MATERIAIS ODONTOLÓGICOS INFLUÊNCIA DE TEMPERATURA FINAL DO MOLDE NO DESAJUSTE CERVICAL DE RMF Keila Borges de Oliveira1* [email protected], Telmo da Silva Afonso2 (Orientador), José Leonardo Noronha3. 1 – Aluna Bolsista do PIBIC/CNPq, Efoa - Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas, Alfenas/MG. 2 – Departamento de Prótese Restauradora, Efoa - Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas, Alfenas/MG. 3 – Departamento de Produção, EFEI - Escola Federal de Engenharia de Itajubá, Itajubá/MG. (INTRODUÇÃO) A contração da liga durante a solidificação e o resfriamento podem ser compensados adequadamente durante o processo de fundição, se pretendemos que a fundição tenha uma precisão de adaptação aceitável. A compensação da contração, pode ser obtida por qualquer um ou por uma combinação dos dois métodos: 1 – expansão térmica do revestimento; 2 – expansão de presa ou expansão higroscópica do revestimento. Uma restauração precisa assentar com exatidão no término do preparo, exibindo um mínimo de linha de cimento. A adaptação marginal é considerada como principal e significante fator na redução da microinfiltração, da diminuição da solubilidade do agente cimentante e, consequentemente, da prevenção de cárie. Considerando a importância da adaptação marginal para o bom desempenho das RMFs, este trabalho teve como objetivo avaliar o desajuste cervical de uma liga à base de cobre (Duracast MS), em função da temperatura final do molde a 700 °C, 800 °C e 900 °C. (METODOLOGIA) Através do torneamento de um cilindro de aço inoxidável, foi obtido um troquel metálico esquemático, de preparo para coroa total, com as seguintes características e dimensões: preparo para coroa total com término cervical em ombro, com expulsividade de 5°, 7 mm de diâmetro cervical próximo ao ombro; 6 mm de diâmetro na superfície oclusal e 6 mm de altura. Foram demarcados próximo ao término cervical, 4 pontos tendo a mesma distância dos seus contíguos, que serviram de referência para a medida do desajuste. Os padrões foram obtidos com cera para incrustação, liqüefeita a 75 ± 5 °C e injetada com ligeiro excesso. Após a perda do brilho da cera, uma massa de 9 quilos foi colocada sobre o conjunto e mantida por 15 minutos. A integridade do padrão foi inspecionada com uma lupa esterioscópia (Ascania, modelo GSZ – 2). A inclusão foi feita com revestimento fosfatado (Heat Shock), colocada na bancada de trabalho para aguardar a presa final do revestimento. O conjunto anelrevestimento-padrão e o cadinho para fundição foram colocados em forno elétrico (EDGCON – 3P) para fundição, na posição horizontal, elevando-se a temperatura à velocidade de 6 °C por minuto até 300 °C. Atingida essa temperatura os anéis foram posicionados verticalmente com o cadinho para cima e a temperatura elevada à velocidade de 6 °C por minuto até 700 °C, permanecendo nesse patamar por 30 minutos, em seguida foi injetada a liga. A temperatura do forno foi elevada de 700 °C à 800 °C à velocidade de 6 °C por minuto, permanecendo no patamar de 800 °C por 30 minutos, em seguida foi injetada a liga. Finalmente, temperatura do forno foi elevada de 800 °C à 900 °C à velocidade de 6 °C por minuto, permanecendo no patamar de 900 °C por 30 minutos, em seguida foi injetada a liga. A fonte de calor usada para a fusão da liga foi maçarico gás-ar e a injeção foi por meio de centrifugação. As medições das RMFs foram feitas através de um projetor de perfil (Carl Zeiss, MP-320), no Laboratório de Metrologia da Escola Federal de Engenharia de Itajubá, cujo ambiente era todo climatizado em condições constantes de temperatura 20 ± 1°C e umidade relativa do ar de 50 ± 5%. O corpo-de-prova foi acentado manualmente no troquel e aplicada uma carga estática de 9 quilos por um minuto. Foram realizadas 3 leituras nos 4 pontos previamente marcados no troquel, e o desajuste final foi a média aritmética dos 4 pontos. (RESULTADOS) Após as medições obteve-se a média do desajuste das temperaturas dos moldes de 700 °C (0,253 mm), 800 °C (0,267mm) e de 900 °C (0,258 mm). Os dados foram submetidos ao teste para variância iguais de Bartlett e de Levene e análise de variância (ANOVA) para avaliar a igualdade das médias. (CONCLUSÃO) A partir da análise estatística, pode ser concluído, a um nível de significância de 5%, que não há diferença significativa no desajuste cervical a essas temperaturas, 700 °C, 800 °C e 900 °C, sendo todas semelhantes estatisticamente. Agência Financiadora: PIBIC/CNPq. TRABALHO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA . 54ª Reunião Anual da SBPC - Goiânia, GO – Julho / 2002