OTIMIZAÇÃO DO TEMPO GASTO NA FORRAÇÃO DOS QUARTOS PARA IODOTERAPIA Silva RDC, Guedes VAB, Ramos GO. Hospital Alemão Oswaldo Cruz Contato: [email protected] Palavras- Chave: Radioisótopos de Iodo; Neoplasias da Glândula Tireoide; Equipe de Enfermagem; Introdução O câncer da tireóide tem possibilidade de cura, com boa resposta ao tratamento, pois apresenta evolução lenta, o que não descarta a existência de óbitos pela patologia, que vêm diminuindo gradativamente, devido a diagnósticos precoces e tratamentos mais adequados, minimizando o aparecimento de metástase. O radionuclídeo artificial reage com moléculas orgânicas, o que permite que seja utilizado como radiofármaco: iodo-123 e iodo-131, importantes na terapêutica do Carcinoma Diferenciado de Tireóide. Suas principais indicações são para: ablação do tecido tireoideano residual após tireoidectomia, tratamentos de recorrência local e metástases a distância que envolve principalmente pulmão e ossos. Observa-se que a cirurgia seguida de tratamento com o iodo -131e hormônios tireoideanos diminuem intensamente o índice de recidivas. É de suma importância o conhecimento técnico referente aos procedimentos utilizados para o preparo do quarto de internação, antes, durante e após o tratamento com o iodo-131, a adequação das instalações intra-hospitalar, principalmente quanto ao decaimento e armazenamento dos rejeitos radioativos gerados durante o período da internação. Os custos relacionados a infra estrutura e equipe treinada para prestar assistência ao paciente em Iodoterapia, levam a redução deste serviço em muitos hospitais, pois, é necessário ter quartos individuais que sigam a legislação conforme o órgão regulador – CNEN, envolvendo todo um preparo destes quartos a cada internação tornando mais oneroso este tratamento. Pois envolve tempo, mão de obra de profissionais de enfermagem para o preparo e forração dos quartos e gasto com o material utilizado para forração, visto que dimensionamento de pessoal é um importante problema a ser gerenciado em unidades não exclusivas de iodoterapia. Fez-se um estudo do tempo gasto no preparo e forração destes quartos. Após levantamento radiométrico feito por enfermeiros juntamente com os físicos num período de seis meses, chegou-se a conclusão que a redução das forrações não impacta na qualidade do preparo do quarto, pois há áreas que mesmo após a internação do paciente em tratamento permanecem livres de contaminação. Optou-se pela redução das forrações nestas áreas não contaminadas. Com isso, houve a diminuição do tempo gasto na forração dos quartos, visto que não se trata de uma unidade exclusiva de iodoterapia, e contém pacientes com outros perfis, facilitando o dimensionamento de pessoal nesta unidade. Objetivo Otimizar o tempo gasto na forração dos quartos de iodoterapia. Método Trata-se de um relato de experiência acontecido na unidade de internação de iodoterapia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Resultados e Conclusão Antes deste estudo o tempo para a forração completa deste quarto estimava-se em 75 minutos / quarto, eram gastas 2 horas e 30 minutos em apenas 2 quartos. Atualmente, após a implantação das novas forrações, o tempo médio é de 56,5 minutos / quarto, totalizando 3 horas e 45 minutos na forração de 4 quartos. É um dado muito relevante, visto que a unidade tem outros perfis de pacientes que necessitam também de serem assistidos pela mesma equipe. Com isto, conseguiu-se diminuir o tempo gasto por profissionais da enfermagem em atividades indiretas a assistência ao paciente, melhorando o dimensionamento de pessoal. Bibliografia Rissato, M. L. Iodoterapia: avaliação crítica de procedimentos de precaução e manuseio dos rejeitos radioativos gerados em unidade de internação hospitalar / Dissertação. Araraquara, 2007,129 p. Buchpiquel, CA. Implantação do tratamento ambulatorial do carcinoma da tireóide com atividades de 100 e 150 mCi de iodo-131 na rotina clínica hospitalar: projeto piloto. FAPESP. São Paulo,2010.