São Borja Dados gerais População Total (2008): 63.008 habitantes Área (2008): 3.616,0 km² Densidade Demográfica (2008): 17,4 hab/km² Taxa de analfabetismo (2000): 9,04 % Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 72,35 anos Coeficiente de Mortalidade Infantil (2007): 16,60 por mil nascidos vivos PIBpm(2007): R$ mil 848.901 PIB per capita (2007): R$ 13.729 Exportações Totais (2008): U$ FOB 770.057 Data de criação: 11/03/1833 (Resolução do Presidente da Província em Conselho) Munícipio de origem: Rio Pardo Fonte: http://www.brasilchannel.com.br/municipios/mostrar_municipio.asp?nome=S%E3o+Borja&uf=RS 2 São Borja Um dia calmo e pacato Assim como no velho Texas, em São Borja, andar armado é comum e resolver um desentendimento no facão marca formiga é o corriqueiro, também porque, está situado no Rio Grande do Sul, que é o único país que teve que guerrear para separar-se do Brasil (como o Texas). São Borja resistiu a uma invasão da mesma forma (e melhor) que o famoso Alamo (no Texas). Tem estradas retas, uma paisagem sonolenta e repetitiva, as pessoas vivem ainda num pseudo-coronelismo. A cidade tem várias pessoas ilustres como Getúlio Vargas, Jango, Enoir (centroavante do São Borja), a Horizontina, o Canário, o Cícero Loco, etc... São Borja funciona como em um CTG, tem a patronagem: meia dúzia de homens que falam mai$$$$ alto e que comandam como vai ser o baile. Frase dita por um são 3 borjense “A região das missões é a parte mais taura do mundo, pois quem vive nela sabe pelear por suas terras e não se entrega numa rusga”. Os moradores não utilizam plural (as bola, os carro, as caminhoneta), e falam o português mais correto do Brasil, segundo eles. Palavras e expressões como: • Arrecém - recém • Enterte - entretem • Torrada - misto quente • Batida - vitamina • Negrinho - brigadeiro • Enchufar - plugar • Paciencioso - paciente • Guspe - cuspe • Parabolizado - parboilizado São Borja Um dia calmo e pacato • “Madeuzolivreloko” • “Masbotapiápassado” • “Baitabarateza”... Entre outras proezas... fazem parte do dia-a-dia em São Borja. Esta tentativa de município, mais precisamente um quase vilarejo povoado por quase bugres e uns poucos descendentes de europeus, está situada na região de “FINDIMUN”, pois é longe de todas as outras cidades da Fronteira Oeste. Em São Borja não há quase nada para fazer, a não ser comer e dar bandinha de carro pela pracinha da lagoa e pelo posto (chamado Bobódromo). Não possui Mc Donalds e há apenas um prédio em toda a cidade, o famoso Fórum Para a carreira dos sãoborjenses há duas opções: agri- 4 cultor ou advogado (cada quadra tem no mínimo três escritórios de advocacia, onde empregados processam seus patrões na justiça trabalhista). Pesquisas indicam que daqui há alguns anos todos os habitantes terão formato de bola e o buraco da camada de ozônio estará sobre a cidade. Fonte: http://desciclo.pedia.ws/wiki/São_Borja São Borja Cultura O Memorial João Goulart, situado em São Borja, mantém em exposição uma síntese da cultura missioneira. Como parte do projeto Rota das Missões, o objetivo da exposição é um resgate dos Sete Povos Missioneiros. Os artesãos reconstituem, por meio de suas obras, a contribuição dos índios, jesuítas e etnias europeias na formação histórica regional. As peças expostas podem ser adquiridas – e já contam com diversos pedidos, principalmente de turistas. Os 5 artistas locais participantes da mostra são Tuto Mezzomo, Júlio Aquino e Rossini Rodrigues, que produzem trabalhos de destaque no cenário nacional. Em outro ambiente próximo, também no Memorial João Goulart, cinco grupos de artesãos são-borjenses – Os Amigos da Arte – mantêm ateliê e loja de artesanato. A Emater dá auxílio técnico à iniciativa, que sintetiza a produção artístico-artesanal local, com o apoio da prefeitura. São Borja História 21/05/1834 - Invasão empurra o Brasil para a guerra A ex-missão jesuíta de São Francisco de Borja foi um dos tubos de ensaio para o ditador Solano Lopes fazer a Guerra do Paraguai. Em 1865, uma coluna com cerca de 12 mil homens invadiu a terra natal de Getúlio Vargas. Sem reação à altura, as forças estrangeiras ocuparam a cidade por 10 dias. A tomada do município assustou o governo imperial e serviu de estopim para a entrada definitiva dos brasileiros num dos maiores confrontos armados da América do Sul. Os planos de conquistar o Rio Grande do Sul começaram cedo. Por volta de 1847, quando ainda era tratado de El Generalito, Solano Lopes invadiu a província argentina de Corrientes. Sem ser reconhecido, atravessou o rio Uruguai e 6 verificou as condições de combate em algumas fazendas do interior de São Borja. Quase 20 anos mais tarde, o projeto de invasão foi concluído. Depois de ocupar o sul da Província do Mato Grosso, o comandante paraguaio decidiu avançar em direção ao território gaúcho. No início de 1865, seu exército contava com mais de 60 mil homens e um grande estoque de armamento e munição. Sob o comando do coronel Antônio de la Cruz Estigarribia, uma coluna com cerca de 12 mil soldados partiu rumo ao Sudeste. A missão: invadir o Rio Grande do Sul e o Estado Oriental do Uruguai. Mesmo alertado sobre a intenção do inimigo, o chefe das forças da fronteira, coronel Antônio Fernandez Lima, não acreditou na rapidez dos paraguaios e permaneceu com seus 2 mil homens no Passo da Pedra, metade do caminho entre São Borja História Itaqui e São Borja. Pouco mais de 650 homens tentaram defender a cidade quando os adversários iniciaram a travessia do rio no Passo de São Borja. Eram 10h do dia 10 de junho de 1865. Depois de quatro horas de luta, os defensores receberam o auxílio do 1o Batalhão dos Voluntários da Pátria, comandado pelo coronel João Maunel Menna Barreto. O reforço de última hora deu uma sobrevida à resistência brasileira. Estigarribia demorou dois dias para dominar a cidade. Controlada a situação, o coronel paraguaio ordenou o saque das casas. A derrotada e assustada São Borja estava deserta. Como o alvo de Solano Lopes era Uruguaiana (de onde pretendia alcançar o Uruguai e unir forças com Aguirre), Estigarribia não permaneceu muito tempo na cidade. No dia 19 de junho, o ex~ercito paraguaio partiu. O prõximo 7 destino seria Itaqui. Isolada do teatro das operações, o palco da Guerra do Paraguai não precisou ser reconquistado. Havia sido abandonado por seus próprios atores. Dinastia Vargas detém o poder Em algum momento das vidas de Viriato, Protásio, Spartaco e Benjamin, ser irmão de Getúlio Vargas falava mais alto. Com certeza, mais positiva do que negativamente. Graças à trajetória política do filho do meio do general Manoel do nascimento Vargas, a família manteve-se no poder político de São Borja durante várias décadas. Valendo-se de estratégias diversas, os quatro Vargas e seus homens de confiança ficaram na fronteira controlando o rebanho eleitoral. São Borja História Interrompida apenas pela ditadura militar, a família sempre indicou ou foi consultada na escolha dos governantes de São Borja. “Os trabalhistas estiveram na prefeitura do início do século até 1988”, afirma o ex-prefeito Florêncio Guimarães, 71 anos, um dos fundadores do antigo PTB. “Até a morte de Getúlio, todos eram membros da família ou amigos dele”, acrescenta. O estadista mais controvertido da história brasileira e o comportamento de seus irmãos ofuscaram até a imagem do pai. Veterano da Guerra do Paraguai e da Revolução Federalista de 1893, Manoel foi o primeiro Vargas a comandar o município. “A força do general nunca chegou aos pés do domínio dos filhos”, considera o pesquisador Timótheo Ávila, 60 anos. Depos de governar de 1907 a 1911, o cetro do pai passou 8 para o filho mais velho. Durante o mandato do coronel Viriato Vargas (1911-14), São Borja assistiu a um grande número de perseguições políticas. A situação era tão delicada que Viriato chegou ao ponto de se exilar na Argentina depois de ser acusado como mandante do assassinato de um médico. Quando Getúlio saiu da Revolução de 30 como presidente da República, a cidade virou o quintal dos Vargas. Sob o comando de Benjamin “Beja” Vargas, o 14o Corpo Provisório tornou-se o braço armado do poder. “Eles reprimiam qualquer tipo de manifestação de oposição atuando como defensores das idéias da família”, conta Ávila. Anos depois, um dos soldados mais temidos tornou-se chefe da guarda pessoal do presidente. Seu nome: Gregório Fortunato. São Borja História O primeiro dos sete retornos Na liderança de 1.952 pessoas, o padre jesuíta Francisco Garcia atravessou o Rio Uruguai para fundar uma colônia em sua margem esquerda. O aldeamento pertenceria à redução de Santo Tomé. Foi batizado de São Francisco de Borja. O ano era 1682. Este seria o primeiro de uma série de sete retornos que trariam de volta ao solo gaúcho os guaranis catequizados pela Companhia de Jesus. Quase 50 anos antes, os bandeirantes paulistas haviam expulsado os índios para o lado argentino. Formada por famílias educadas e integradas ao trabalho, a colônia se desenvolveu rapidamente. Com a volta dos habitantes de outras reduções em 1687, o povoado recbeu a autorização para caminhar com suas próprias forças. Nasciam os Sete Povos das Missões Orientais do Uruguai. Fonte: http://www.paginadogaucho.com.br/hist/sborja.htm 9 São Borja Testamento A Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas! “Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça 10 da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder. Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender São Borja Testamento o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.” (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas) Fonte: http://www.defender.org.br/sao-borjars-arte-missioneira-no-memorial-de-jango/ 11 Garruchos Dados gerais GEOGRAFIA LIMITES Altitude: 99m Latitude: 28° 39´ 44” Longitude: 56° 00´ 44” Área territorial: 830,9 km2 Clima: temperado subtropical Solo: rico apresentando as seguintes características - pedregal, aluvial, distrófico. Relevo: ondulado e suavemente ondulado Vegetação: subtropical Norte: República Argentina Sul: Município de São Borja Leste: Municípios de São Nicolau e Santo Antonio das Missões Oeste: República da Argentina 12 Garruchos Dados gerais DISTÂNCIAS DE GARRUCHOS Porto Alegre: 650 km São Borja: 110 km Rodovia, BR 285 Santo Antonio das Missões: 60 km Rodovia, BR 285 Santo Ângelo: 185 km Rodovia, BR 285 São Nicolau: 55 km, estrada vicinal. LOCALIDADES DO INTERIOR DO MUNICÍPIO Faxinal Rincão do Pedregulho São Lucas Passo da Tigra São José Velho Mangerona Caçapava São João Tujá São João Mirim Passo da Telha Rincão do Sarm 13 Garruchos Prefeitura e hotel HOTEL RAIZ DE PEDRA Rua Ary Medeiros Athayde 756. Fone: (0XX55) 613-7159 Garruchos - RS - CEP 97675-000. CNPJ - 02449558 0001-84. Site: http://www.hotelraizdepedra.com.br/garruchos.htm Reservas: feita com Sra. Rita, reservados 3 aptos. duplos e um casal. CARRO DE SOM Renato (55) 8432-8679 / 3613-7074 Recebe arquivo mp3 e divulga dias 2, 4, 6 e 7. Divulgará tambem na Rádio Missioneira, em São Luiz. 14 PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS Endereço: R. Ramão Adão Gonçalves de Souza, 505 Telefone: 55 (55) 3363-1299 Fax: 55 (55) 3363-1299 E-mail: [email protected] Site: http://www.garruchosfamurs.com.br SECRETARIA DE CULTURA R. Ramão Adão Gonçalves de Souza, 505 Telefone: 55 (55) 3363-127271 Fax: 55 (55) 3363-1240 E-mail: [email protected] Site: http://www.garruchosfamurs.com.br Secretária de Educação: Sra. Rosani Scotto Garruchos História Por volta do ano de 1600 o Rio Grande do Sul era habitado por diversas tribos de índios. Com a chegada dos jesuítas em 1626, foi fundada, na margem direita do Rio Piratini, afluente da margem esquerda do Rio Uruguai, a Missão Jesuítica de São Nicolau, a primeira povoação fundada no Rio Grande do Sul. A partir desse fato, começaram a chegar à região os brancos civilizados, não só os que acompanhavam os jesuítas, mas também as missões oficiais que vinham de Buenos Aires, a cujo governo estavam subordinadas as Missões Jesuíticas, uma vez que estavam à serviço da Coroa Espanhola. Com a permanência dos jesuítas no Rio Grande do Sul e o aumento das reduções que chegaram a 18, vieram também o gado vacum e o cavalar e isto despertou o interesse dos Bandeirantes paulistas que levavam os índios para os escravagistas e caçavam o gado para lhes tirar o couro para 15 uso próprio, a carne para seu consumo e o sebo para vender no comércio internacional da época. Devido aos freqüentes ataques aos Bandeirantes, as Reduções Jesuíticas foram se transferindo para a margem direita do Rio Uruguai já que os Bandeirantes não transpunham esse rio e assim os jesuítas ficavam a salvo de seus ataques. Nessas retiradas, muitos índios não acompanhavam os Jesuítas e se dispersavam pelos matos. Passado algum tempo da retirada das Missões Jesuíticas para a banda ocidental do Rio Uruguai, os Bandeirantes encontraram novos interesses com a descoberta de ouro no Brasil Central, mais precisamente em Minas Gerais, como conseqüência, desinteressaram-se pelos ataques ao sul. Estes fatos, isto é, a fuga dos jesuítas e dos índios, a descoberta do ouro em Minas Gerais e o desinteresse dos Garruchos História Bandeirantes pelas missões, fez com que o gado vacum aumentasse muito na região missioneira e os cavalos também. Com isso os jesuítas e os índios, que ainda os acompanhavam, voltaram e fundaram os Sete Povos das Missões, começando por São Francisco de Borja (São Borja), que foi o primeiro dos Sete Povos das Missões, fundado em 1682. Dos índios que não quiseram acompanhar os jesuítas na fuga para a banda ocidental do Rio Uruguai, ficou uma tribo que costumava desafiar os Bandeirantes nos seus ataques, que estabeleceram as suas malocas nas margens esquerda e direita do Rio Uruguai, a cerca de 50 km abaixo da foz do Rio Piratini, afluente do mesmo rio. Assim, quando os Bandeirantes atacavam na margem esquerda eles fugiam para a maloca da margem direita. Quando os Bandeirantes se retiravam, eles voltavam à margem esquerda. 16 Ali deixavam aqueles índios os seus vestígios, as suas habilidades e o seu nome que deu origem ao gaúcho brasileiro. Nessa época surgiram os instrumentos de caça, tanto ao gado vacum quanto ao cavalar. Tais instrumentos eram o laço feito do couro do próprio gado vacum, as boleadeiras e a garrucha que era uma lâmina em forma de meia-lua, presa na ponta de uma vara de madeira e que era usada para desgarronar os animais, especialmente do gado vacum destinado ao próprio consumo. Esta Garrucha foi inventada pelos próprios garruchos, por isso levou o nome deles e não deve ser confundida com a garrucha, arma de fogo, que ali não existia nessa época... O grande interesse dos índios pela margem esquerda do rio Uruguai era a abundância de gado e caça, já que, devido à pressão dos Bandeirantes, a região estava quase Garruchos História vazia, tanto de brancos quanto de índios, pois estes eram muito disputados pelos escravagistas e por isso se ocultavam nas matas. Com o desinteresse dos Bandeirantes pela região devido a descoberta de ouro em Minas Gerais, aumentou muito o rebanho dos pampas. 17 Diziam os primitivos garruchenses que as lembranças das refregas de outros tempos estão gravadas nas pedras que enfeitam o povoado. São lembranças das lutas dos bravos índios que deixaram suas marcas de um lado e de outro do Velho Rio. Garruchos Cultura FEVEREIRO 02/02 - Procissão fluvial da Nossa Senhora dos Navegantes. 24 a 28/02 - Baile municipal, escolha da Rainha e Rei Momo do carnava, Carnaval de rua e Bailes Carnavalescos. SETEMBRO 14/09 à 20/09 - Comemorações da Semana Farroupilha. Abertura, Bailes, Torneio de Truco, Intensa atividade nos Piquetes de Tradições gaúcha e desfile dos Cavalareanos. MARÇO 20/03 - Comemorações ao aniversário do Municípío. 18 e 19/03 - Torneio de Pesca ao Dourado. DEZEMBRO 02/09 à 08/09 - Comemorações a Semana da Padroeira do Município, Nossa Senhora Imaculada Conceição, com abertura, shows, feiras, olimpíadas estudantis, rodeio crioulo e baile municipal. 13/12 à 15/12 - Natal para todo AGOSTO 26/08 - Concurso de Dança Folclórica Gaúcha e Refrifest – Festa do Refrigerante (Organizados pelo Grupo de Danças Folclica SARANDEIO). 18 Garruchos Economia Garruchos é uma das cidades mais distante de uma rodovia asfaltada no Rio Grande do Sul, mas ela poderá ver um sonho antigo realizado: a pavimentação da RS 176, rodovia de 60 km que liga o município à BR 285. O projeto será apresentado à ministra Dilma Rousseff para inclusão no PAC rodoviário que está por sair. A negociação com o governo federal foi autorizada pelo secretário de Infra-Estrutura, Daniel Andrade. Segundo o secretário executivo dos programas Rio Uruguai e Aqüífero Guarani da Secretaria das Obras Públicas e Saneamento, João Manoel Bicca, uma das precondições do PAC está cumprida: há projeto pronto. Há mais de dez anos, aliás, o que permitirá uma economia de R$ 3 milhões, estimativa de custo de um projeto do tipo. A obra é avaliada em torno de R$ 75 milhões. Em- 19 bora a rodovia não seja de sua alçada, Bicca entrou no assunto por estar duplamente envolvido com a região, por causa dos programas da Bacia do Rio Uruguai e por ser missioneiro. Outro missioneiro, o ex-governador Olívio Dutra, está encarregado da articulação com o governo federal. Pólo energético Bicca ressalta que os 60 km que separam Garruchos do asfalto são incompatíveis com a importância do município para o Mercosul. Garruchos abriga duas das três únicas grandes conversoras de energia do mundo (a terceira é na Austrália) e responde por 90% da exportação de energia para a Argentina. Garruchos Economia Fase final Mas Bicca está de olho, também, no que é de sua alçada. Segundo ele, o resultado da licitação internacional para realização do Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai sairá nos primeiros dias de outubro. É feita pelo BID e envolve 1,5 milhão de dólares, doados por um fundo oficial do governo japonês. Fonte: Por Correio do Povo/RS Panorama Econômico/D. Nunes 20 Garruchos Links úteis Site da Prefeitura de Garruchos http://www.garruchos.rs.gov.br/ Site do IBGE http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=430865# Foto de satélite de Garruchos http://wikimapia.org/5971870/pt/Garruchos A história de Garruchos, fotos e mapas http://www.urisan.tche.br/~iphan/upload/downloads/file169.pdf 21 Itacurubi Dados gerais População: 3 568 / Censo: 2007 DDI e DDD: 55 Altitude: 169 metros Clima: subtropical Área - 1.118,01 km² representando 0.4158% do Estado, 0.1984% da Região e 0.0132% de todo o território brasileiro. Ano de Instalação: 1989 Microrregião: Santiago Mesorregião: Centro Ocidental Rio-Grandense Distância à Capital: 413,09Km 22 Itacurubi História O início da povoação de Itacurubi deu-se por volta de 1890, com a chegada do Capitão da Marinha Jacques Ouriques Simons, oriundo do Estado da Bahia, com a consequente instalação de uma casa para troca e venda de produtos da região. Esses primeiros moradores muito contribuíram, com seu bravo trabalho, para o desenvolvimento e crescimento de Itacurubi. Em 1930, surgiu a primeira farmácia e, em 1947, foi fundada a Associação do Aeroclube de Itacurubi, sendo no mesmo ano criada a Escola Estadual de 1° Grau Vicente Goulart. O município foi desmembrado de São Borja em 1988, há 22 anos. Significado do nome Itacurubi Ita = Pedra Curuba = Caroço I = pequeno Ou seja, PEDREGULHO, segundo o dicionário Tupi-Guarani do professor Silveira Bueno, São Paulo, 1984, 3ª edição, página 157. 23 Itacurubi Cultura Cascata Distante 12 quilômetros da sede do município é um dos pontos turísticos mais bonitos da região. Trata-se de um anel de pedra com várias quedas d`água, sendo que a principal delas com 17 metros de altura. Fazenda Rancho Grande Com alto valor histórico, por ter sido local de nascimento do ex-presidente João Goulart. Foi um dos últimos locais do Brasil onde Jango esteve após ser deposto e antes de seguir para o exílio no exterior, no Golpe de 1964. Templo de Pentecostes É o mais antigo templo Evangélico do Estado que atrai anualmente milhares de pessoas da região e do país, principalmente no mês de fevereiro. Vila da Igreja, interior do município. 24 Itacurubi Cultura Música Itacurubi De Meu Deus (Mano Lima) O meu tordilho na quina de um rodeio Salta pegando não precisa levantar a espora A minha china se esconde nos pelegos Suspira fundo e diz baixinho que me adora. Eu sou um gaúcho que tenho tudo na vida Sou índio taura e ando de chapéu tapeado Tenho a mulher que uma china caprichosa Cavalo gordo bem sã de lombo e delgado. O meu ri grande é a oitava maravilha Oiga-lhe-te que coisa linda que acho Quando eu vejo os meus campos verdejando Até parece ver o céu de boca pra baixo. De madrugada eu levanto ao cantar do galo Bato os tição e faço um mate bem cuiudo Ali que eu vejo que um índio bem a cavalo Com china e rancho se torna o dono do mundo. O meu rancho é de capim e tem goteira Não tem importância, eu não me importo o rancho é meu O importante é que meu filho esta brincando E eu tô mateando e conversando com Deus. 25 Itaqui Dados gerais População: 36361 (censo de 2007) DDI e DDD: 55 Altitude: 78 metros Clima: subtropical Site oficial: www.itaqui.famurs.com.br Prefeitura: Rua Bento Gonçalves, 335 CEP: 97650-000 - Telefone: (55) 3433-2323 Secretário substituto da Cultura: Cristiano Rheinheimer - Ramal 247 Teatro Prezevodowski [email protected] 26 Mesorregião: Sudoeste Rio-Grandense Microrregião: Campanha Ocidental Municípios limites: Alegrete, Maçambara, Manoel Viana, São Borja e Uruguaiana Distância até a capital: 670 quilômetros Área: 3.404,047 km² População: 35.000 Densidade: 12,6 hab./km² Vias de acesso: BR 472 - sudoeste de São Borja, BR 472 - 95km Itaqui Dados gerais Estação Rodoviária Rua Tiradentes, 1320 - Fone: (55) 3433-1406 Horários - De segunda a sexta pela manhã das 9h às 12h com saídas a cada 1hora. - De segunda a sexta pela tarde: das 14h às 17h com saídas a cada 1 hora. Empresa de ônibus Planalto - Fone: (+55)(51)3374-9779 Portos / Travessias TRAVESSIA ITAQUI/ALVEAR Endereço: Rua Luizinha Aranha, 593 Fone: (55)3433-1545 / 9192-6647 / 3343-7201 E-mail: [email protected] 27 Exigência: Documentação original do veículo e seguro carta verde. Empresa: Transporte Fluvial Recreio Itaqui História Itaqui teve o primeiro indício de vida civilizada por meio de uma missão de jesuítas espanhóis, no ano de 1700. No século seguinte, o povoamento foi sendo desenvolvido em conjunto com a atividade pecuária, até hoje uma das marcas econômicas da região. Situa-se às margens do rio Uruguai, divisa entre Brasil e Argentina, sendo esse um dos atrativos para os turistas que a visitam. A caverna Iguariaçá apresenta uma paisagem pitoresca da região e provavelmente foi habitada pelos primeiros índios que lá estiveram. No local onde hoje está o município de Itaqui, foi feito o primeiro povoamento pelos jesuítas da redução ou missões de La Cruz (hoje localidade argentina, na fronteira com São Borja), por volta de 1700. Somente no início do século XIX foi incorporada às terras portuguesas, e em 1802 foram concedidas as primeiras sesmarias. José Artigas, filho adotivo de José Gervasio Artigas (1764- 28 1850), general e presidente do Uruguai, pretendeu anexar estas terras àquele país. Encontrou aqui uns três ranchos e 13 homens que liquidou com seus 1.600 índios. Esta tentativa de permanecer, porém, durou pouco tempo, porque veio um destacamento com a finalidade de expulsá-lo. Estava acampado no Arroio Cambaí, porém uma enchente obrigou-os a procurar outro local, sendo escolhido onde hoje está a cidade de Itaqui. Isto foi em 1821, e logo vieram várias famílias para a localidade. Durante a Revolução Farroupilha (1835-1845) estas presenciaram várias lutas. De acordo com a Lei nº. 419, de 6 de dezembro de 1858, Itaqui foi desmembrada do município de São Borja. Nessa época a população da vila era de aproximadamente quatro mil habitantes. Itaqui novamente foi campo de lutas, durante a Guerra do Paraguai, quando seus homens tiveram a oportunidade de fazer frente aos soldados de Francisco Solano López, Itaqui História presidente daquele país. De 1750 a 1851 o Uruguai tentou aumentar seu território até o rio Ibicuí, pretendendo tomar a metade sul do Rio Grande de São Pedro do Sul, nome do RS na época. Pela vontade do presidente do Uruguai, Manuel Oribe, Itaqui poderia hoje ser território uruguaio. Em maio de 1879 foi elevada à categoria de cidade. Inicialmente, o nome foi São Patrício de Itaqui, em homenagem ao padroeiro local, depois foi simplificado para Itaqui. Ainda no século XIX, foram desmembrados dois outros municípios destas terras: São Francisco de Assis e Santiago. Itaqui tem um dos mais antigos teatros da América do Sul, o Teatro Prezewodowski, construído em 1883. Leva o nome do capitão comandante da Flotilha de Guerra do Alto Uruguai, sediada em Itaqui, de 1872 a 1874, Estanislau Prezewodowski, baiano de nascimento, que teve participação destacada ante- 29 riormente na Guerra do Paraguai (1864-1870). Possui uma população estimada em 36.191 habitantes (IBGE - Censo 2007). Origem do nome Itaqui O topônimo tem sua origem etimológica na língua guarani e compõem-se de dois termo: ita, pedra, e ku’i, areia. Provavelmente a origem do nome deve-se às características físicas do Rio Uruguai, que é a fronteira natural entre o Brasil e a Argentina e cuja bacia e margens são cheias de pedras’. Ao sul existe o afluente Rio Ibicuí, com sua bacia e margens cheias de areia e que divide Itaqui de Uruguaiana. Há ainda outras hipóteses, como a de Aurélio Buarque de Holanda, que sustenta que o nome do município significaria “pedra d’água”, própria para afiar. Itaqui Geografia Localiza-se a uma latitude 29º07’31” sul e a uma longitude 56º33’11” oeste, estando a uma altitude de 57 metros. Sua população estimada em 2004 era de 41 902 habitantes. Possui uma área de 3405,7 km². Localizado na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, entre os municípios de Uruguaiana e São Borja, conta com as águas do rio Uruguai e tem fronteira fluvial com a Argentina. Sua atividade principal está focada na agropecuária, em especial no plantio de soja, trigo e arroz e criação de gado. 30 Itaqui Cultura e o Turismo Cultura Itaqui tem um dos mais antigos teatros da América do Sul, o Teatro Prezewodowski, construído no ano de 1883. Turismo Situa-se as margens do Rio Uruguai, divisa entre Brasil e Argentina, sendo esse um dos atrativos para os turistas que a visitam. A caverna Iguariaçá apresenta uma paisagem pitoresca da região e provavelmente foi habitada pelos primeiros índios que lá estiveram. 31 Itaqui Os itaquienses Em Itaqui, a história repousa entre coxilhas e planícies. O solo bastante antigo guarda as marcas do tempo. Sua fisionomia denuncia o capricho da natureza e a trilha dos homens que fizeram e fazem de seu passado e presente, uma comunidade rica e curiosa. Uma região antiga habitada pelas tribos indígenas que sucumbiram ou miscigenaram-se com a colonização. Juntamente com os espanhóis, portugueses e negros deram origem à etnia desse povo. Depois outros povos vieram integrar nossa comunidade, tais como os descendentes de alemães e italianos, dedicados à agricultura, e os descendentes de árabes e libaneses, que se dedicam ao comércio. Mas é vendo as grandes pastagens, as matas, o gado, o minuano na face, o encontro do azul celeste ou do por - do - sol com o verde do pampa, que se compreende porque o 32 homem pampeano tem orgulho deste chão. Nosso município carrega suas características, seus monumentos e locais históricos, seus personagens e lendas, onde muitos feitos confundem-se no tempo. Por estes pagos, entre outras coisas, há em comum o churrasco, o amargo e reflexivo chimarrão, as belas prendas e gaúchos, pilchados nas festas e nas peleias da vida. É isso que dá a esse povo, queimado de sol e de vento, uma identidade distinta. Os grupos formadores desse povo contribuíram na maneira de vestir, de se alimentar e de se recrear, com as festas que aqui são comemoradas, as cantigas, as brincadeiras de crianças e as lendas. As festas populares, danças, músicas, crenças, brincadeiras e tudo aquilo que o povo inventa e vai transmitindo Itaqui Os itaquienses de pai para filho fazem parte desse folclore. O artesanato popular de nosso Município utiliza o couro para fazer objetos de montaria, tais como o buçal, as rédeas, o laço e as boleadeiras. A lã, muito usada para fazer cobertor, bacheiros e blusão. Do porongo é feita a cuia do chimarrão, dos chifres do boi são feitos cabos de facas. Na alimentação, temos os seguintes pratos: churrasco, arroz carreteiro, pucheiro com pirão, mondongo mexido, feijoada, espinhaço de ovelha com canjica, doce de leite, de abóbora, arroz com leite, chimia, rapadura de abóbora, batata e leite. A passarinhada, os chucrutes e os sonhos são pratos típicos introduzidos pelos descendentes de italianos e alemães. Os jogos populares estão hoje em grande parte esquecidos. Mas ainda existe o jogo de tava (ou de osso). As carrei- 33 ras em cancha reta também fazem parte dessas tradições. No fandango, que é um baile, são apresentadas várias músicas para o povo dançar, entre elas temos o vanerão, a vanera, o xote, a rancheira, milonga, chamamé, valsa e marcha. Para cultuar essas tradições, existem dois centros de tradições gaúchas: Centro de Tradições Gaúchas Rincão da Cruz, fundado em 20 de agosto de 1959 e o CTG Cristóvão Pereira de Abreu, fundado em 03 de outubro de 1970. Em nosso Município há algumas festas, que são comemoradas todos os anos: CARNAVAL – em Itaqui temos a Comissão Pró – Carnaval, que é vinculada à Secretaria de Serviços Urbanos, encarregada de programar e organizar o carnaval de rua, com participação das entidades sociais e carnavalescas do Itaqui Os itaquienses nosso Município. É festa alegre e sadia. FESTA DOS ITALIANOS – é uma festa onde se reúnem os descendentes de italianos que moram em nosso Município. São momentos de reverência à cultura e à tradição italiana onde são saboreados pratos típicos como: risoto, presunto, queijo, radite, carne de porco ao rolete, bígole, salame e embutidos. Regados com sua bebida tradicional: o vinho. A festa é tradição. Também se aprecia a música folclórica ao som de bandinhas típicas. Realização no CTG Cristóvão Pereira de Abreu. SEMANA FARROUPILHA – Uma festa das mais animada da região oeste, onde o prato típico, o churrasco e o carreteiro, a música tradicionalista, a cultura, os usos e os costumes do sul são valorizados ao máximo. Culmina com um desfile a cavalo, com tropa pilchada, no dia 20 de setem- 34 bro. Tem caráter estadual e ganha força a cada ano que passa. SEMANA DE ITAQUI – Itaqui foi emancipada em 06 de dezembro de 1858. Para reverenciar esta data comemora-se todos os anos no inicio do mês de dezembro, a Semana de Itaqui. Neste período, são realizados atos cívicos, atividades culturas, inclusive shows pirotécnicos. EXPOFEIRA – Realizada anualmente, no mês de outubro, com o objetivo de divulgar a produção agropecuária, fazer leilões e arremates. CASILHA DA CANÇÃO FARRAPA – Evento realizado entre os meses de agosto e setembro, e tem por finalidade premiar artistas da fronteira oeste que se destacarem em apresentações abertas ao público, onde são avaliados e julgados nos quesitos de melhor letra, música e interpretação com conteúdos ligados a história desta região. Itaqui Os itaquienses Nosso Itaqui ontem e hoje Itaqui é um nome de origem indígena, mais especificamente origem tupi-guarani que significa “pedra d’água”, ita = pedra; qui = macia, própria para afiar. Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda: ita = “variedade de quartzo que contem ar e água”. No passado, a localização privilegiada às margens do rio Uruguai, propiciou o progresso do município. A possibilidade de comunicação com a Argentina e Uruguai, através do rio, elevou o nível econômico e cultural do povo itaquiense. Hoje, passados quase 150 anos de emancipação política, a cidade cresceu, expandiu-se. Continua estrategi- 35 camente privilegiada pela localização geográfica. É um importante município da fronteira Oeste do Estado do Rio Grande do Sul. O passado e o presente se entrelaçam em construções antigas ao lado de prédios modernos. O espaço geográfico de Itaqui como um todo foi e continua sendo transformado, construído, reconstruído e organizado pelo trabalho dos itaquienses. Muitas coisas deixaram saudades, mas são marcas de urna sociedade que se transforma e evolui através do tempo. Neste patamar, porém, há algo que não passou: o espírito altruísta e hospitaleiro do povo itaquiense. A solidariedade e a esperança são características que permeiam os momentos difíceis, dos quais surgem heróis e vítimas, ambos vivendo e convivendo em sonhos de um futuro melhor. Maçambara Dados gerais População: 4 415 / Censo: 2007 DDI e DDD: 55 CEP: 97.645-000 Altitude: 104 metros Clima: subtropical Site oficial: www.macambara.rs.gov.br Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo Rua Norberta Acosta, 498 Secretaria: Nadia [email protected] Telefone: 55 (55) 3435-1004 Fax: 55 (55) 3435-1004 E-mail: [email protected] Site: www.macambara.famurs.com.br Site Oficial Fonte: http://www.macambara.rs.gov.br/ portal1/intro.asp?iIdMun=100143222 36 Maçambara Como chegar? Distância da capital: 593 km Empresa de ônibus que atende o Município: São João Transportes Coletivos Fone: +55 (51) 3722-9700 Vias de acesso: RS 529 - leste de Itaqui, BR 472, RS 529 - 55km Estação Rodoviária: Rua Luiz Antônio de Medeiros, 56 Fone: (55) 3535-1117 Observação: Ocorre conexão na cidade de Maçambará. Entre em contato com as empresas de ônibus relacionadas. 37 Maçambara Imprensa RBS Uruguaiana, cobre a região. BARRA DO QUARAÍ: [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] SÃO BORJA/MAÇAMBARÁ: [email protected] ALEGRETE/MANOEL VIANA: [email protected] Radio Santiago E-mail: [email protected] Fones: (55) 3251-2211 e (55) 3251-1487 38 Maçambara Restaurantes RESTAURANTE CHEGA MAIS Endereço: Rua Francisco Sanchotene RESTAURANTE MANSKE Endereço: Rua Wilson Pires Gavião, 584 39 Maçambara História Maçambará, pequeno povoado formado em 1910 por criadores de gado oriundos do Uruguai. Com isso urgindo várias fazendas entre elas a Fazenda Recreio, a qual deu o nome ao povoado. Mais tarde por vontade dos moradores e por solicitação do proprietário da fazenda, foi trocado para Massambará, nome original de uma erva africana comum na região. O povoamento evoluiu gradativamente com a chegada de fazendeiros e plantadores de arroz. Em 1912 com a construção da R.F.F.R.G.S, trazendo mais moradores. No ano de 1995, emancipou-se de Itaqui, através da Lei Estadual nº 10646 de 28 de dezembro de 1995. Fonte: http://www.turismo.rs.gov.br/portal/index.php?q=cidades&mun=446&cod= 40 Maçambara Turismo Reserva Biológica do São Donato Está inserida na região da Campanha, com a predominância de campo, incluindo grandes extensões de banhados, vassourais, vegetação de tabuleiros, mata-palustre, mata de galeria e capões de mata arbóreo-arbustiva. Entre as árvores mais freqüentes estão: o angico, a figueira, o salso e o jerivá. Um total de 201 espécies de aves ocorrem na região com destaque para o veste-amarela, ameaçado de extinção, a marreca-asa-branca, a guaravaca-de-crista-branca, o caboclinho-de-barriga-vermelha e o carretão. A fauna de mamíferos é bem representada com a presença do zurrilho, do mão-pelada e de espécies ameaçadas, como os gatos-do-mato e a lontra. 41 • Municípios: Itaqui e Maçambará • Decreto de criação: n° 23.798, de 12 de março de 1975 • Área: 4.392 ha • Contato: 55.3433.7782 • Não é aberta à visitação. O acesso é restrito à pesquisa científica e educação ambiental. Ecoturismo - Parques O Rio Grande do Sul sempre foi pioneiro na proteção do ambiente natural. Essa consciência se reflete na seleção de áreas que ao mesmo tempo em que protegem a natureza, proporcionam o contato direto com os sistemas naturais. Assim, a escolha da visita pode contemplar as áreas elencadas como Unidades de Conservação do Estado, em Maçambara Turismo especial os Parques Estaduais, e áreas particulares, organizadas para o contato do visitante com práticas sustentáveis. Além disso, vários municípios abrigam áreas de interesse ecológico que podem proporcionar momentos de puro encantamento em meio à vida natural. Escolha seu destino e boa viagem. Observação de Aves O Rio Grande do Sul possui uma fauna de aves rica e diversificada, presente em todos seus ambientes naturais. As áreas mais propícias são as lagoas, açudes, áreas protegidas e mesmo áreas rurais. 42 Espécies que não podemos deixar de ver na natureza: EMA: Maior ave do continente, típica dos campos gaúchos PERDIZ: Encontrada em campos do Estado, vive no chão. GARÇA: Espalhadas em doze espécies pelo Estado. A garça-moura impressiona por sua beleza. A plumagem da garça-grande-branca e da garça-branca-pequena são caractísticas. Sua presença ocorre nas áreas mais baixas do território. MARRECAS: Nos banhados e açudes é fácil visualizar a marreca-piadeira, marreca-parda e a marreca-caneleira. URUBUS: Encontrado na porção norte e central do Estado. Impressiona o vôo do urubu-rei e do urubu-de-cabeça-preta. Maçambara Turismo GAVIÃO: Presença do gaviãozinho em áreas de florestas. O gavião-carijó se encontra em todas regiões e é o mais fácil de observar. Importante também é o gavião-caramujeiro . FALCÃO: O mais importante é o Caracará, encontrado em campos e áreas florestadas. SARACURA: Encontradas quase sempre perto das águas em especial a saracura-carijó em áreas de banhados. JAÇANÃ: Habitante de banhados e lagos com vegetação aquática. QUERO-QUERO: Ave símbolo do Rio Grande do Sul e de fácil visualização. POMBAS: O estado possui 6 espécies mais comuns como a pomba-carijó, a pomba-de-bando e a rolinha picuí. MAÇARICOS: Espécies migratórias, encontradas em 43 águas rasas, lagoas e mares. PAPAGAIO: Entre as espécies a mais importante é o papagaio-charão, visualizado no norte do Estado. ALMA-DE-GATO: Encontrada na maior parte do Estado. CORUJAS: O Estado possui 13 espécies, desde a pequena coruja-caburé até a jacurutu com mais de 50cm de tamanho. A coruja-das-torres, coruja-do-campo e a corujinha-do-mato também figuram nessa lista. BEIJA-FLOR: Na região central, sul e oeste há grande número de beija-flor-dourado e o beija-flor-de-papo-branco freqüenta altitudes maiores. MARTIM-PESCADOR: O Estado possui três espécies mais abundantes na parte sul e central como o martim-pescador-pequeno, o martim-pescador-verde e o martim-pescador-grande. Maçambara Turismo PICA-PAU: Nas matas do norte da região central encontramos o pica-pau-anão-carijó e no Estado todo visualizamos o pica-pau-do-campo. JOÃO-DE-BARRO: O Rio Grande do Sul possui 40 espécies dessa ave, sendo o local com maior concentração do Brasil, distribuídos desde o Parque do Espinilho até as regiões altas dos Campos de Cima da Serra. PAPA-MOSCAS: Família com várias espécies migratórias. Seus representantes mais abundantes são a noivinha, no sul e oeste do Estado, a tesourinha, presente em grande número nos meses de verão, os bem-te-vi abundantes em todo estado e pouco vistos no inverno nas regiões mais altas, o alegrinho vivendo em capoeiras e o guaracava-de-bico-curto que invade o Estado na primavera. ANDORINHA: Apresenta onze espécies no Estado, al- 44 gumas migratórias. Entre as mais comuns está a andorinha-de-testa-branca mais abundante em terras baixas e a andorinha-pequena-de-casa. Outros atrativos Localidade de Santo Isidro Moradia antiga, onde nasceu Osvaldo Aranha. Distância do centro: 118 km Fone: (55) 3433-2950 / 3433-3013 Fonte: http://www.turismo.rs.gov.br/portal/ index.php?q=cidades&mun=446&cod= O Pampa Bioma Pampa é um nome de origem quechua genericamente dado à região pastoril de planícies com coxilhas. A abrange a metade meridional do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, ocupando cerca de 63% do território gaúcho[1], se estendem pelos territórios do Uruguai e pelas províncias argentinas de Buenos Aires, La Pampa, Santa Fé, Entre Ríos e Corrientes. No Brasil o Pampa também é conhecido como Campos do Sul, Campos Sulinos ou Campanha Gaúcha. Ecologicamente, é um bioma caracterizado por uma vegetação composta por gramíneas, plantas rasteiras e algumas árvores e arbustos encontrados próximos a cursos d'água, que não são abundantes. Comparados às florestas e às savanas, os campos têm importante contribuição na preservação da biodiversidade, principalmente por atenuar o efeito estufa e auxiliar no controle da erosão. Na parte brasileira do bioma, existem cerca de três mil espécies de plantas vasculares, sendo que aproximadamente 400 são gramíneas, como capim-mimoso, pelo menos 385 espécies de aves, como pica-paus, caturritas, anus-pretos e 90 de mamíferos terrestres, como guaraxains, veados, tatus. No Brasil é um bioma ameaçado. O clima da região é o subtropical, que caracteriza-se por temperaturas amenas e chuvas com pouca variação ao longo do ano. O solo em geral é fértil, sendo bastante utilizado para a agropecuária. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pampa 45 O Pampa Localização O Pampa Gaúcho está situado no sul do Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o Uruguay. A região foi disputada entre portugueses e espanhóis nos séculos XVII e XVIII, e foi repartida em sesmarias, sob o poder português. O Pampa é uma região de clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se situam os campos de produção pecuária e as várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas. A região sul tem, na pecuária, uma tradição que se iniciou com a colonização do Brasil. A Metade Sul, onde fica a região do Pampa, é a de mais antiga ocupação no Rio Grande do Sul e apresenta problemas de desenvolvimento econômico. Embora tenha 25% da população do Estado, responde por apenas 15% do PIB. Esse é o principal desafio do Pampa no século 21. Os campos no RS ocupam uma área de aproximadamente 40% da área total do estado, tendo a sua maior concentração junto à fronteira da Argentina e Uruguai. O Pampa gaúcho da Campanha Meridional encontra-se dentro da área de maior proporção de campos naturais preservados do Brasil, sendo um dos ecossistemas mais importantes do mundo. O gaúcho, descendente mestiço de espanhóis, portugueses e indígenas tem uma forte ligação com a região do pampa, e cultiva sua tradições através do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) em CTGS, ou centros de tradição gaúcha, que atualmente estão espalhados por todo o Brasil, levados por gaúchos que residem em outros estados e até fora do Brasil. Existe até um CTG no mundo virtual do Second Life. A música regional tem ritmos como a vaneira, vaneirão, chamamé, valsa, milonga, rancheira, xote, polonaise e chimarrita, entre outras, que são cultivados nos CTGs. 46 O Pampa A pilcha O gaúcho dos pampas ainda usa a pilcha, que é a sua indumentária tradicional. O traje típico do gaúcho inclui o pala ou poncho, que é um sobretudo que pode servir de cobertor para dormir, um facão ou adaga, um relho, e as bombachas, que são calças largas, presas à cintura por um tipo de cinto denominado guaiaca. Tudo é complementado pelas botas, o chapéu de barbicacho e o lenço no pescoço. No dia 20 de setembro quando é comemorada a Revolução Farroupilha no Estado, as pessoas das cidades do RS se vestem a caráter durante toda a semana que antecede os desfiles comemorativos à data. Querência Amada (Teixerinha) Quem quiser saber quem sou, olha para o céu azul, e grita junto comigo, viva o Rio Grande do Sul! O lenço me identifica, qual a minha procedência, da província de São Pedro, padroeiro da querência. Ó meu Rio Grande de encantos mil, disposto a tudo pelo Brasil. Querência amada dos parreirais, da uva vem o vinho, do povo vem o carinho, bondade nunca é demais. Berço de Flores da Cunha, e de Borges de Medeiros. Terra de Getúlio Vargas, presidente brasileiro. Eu sou da mesma vertente, que Deus saúde me mande, E que eu possa ver muitos anos, o céu azul do Rio Grande. Te quero tanto, torrão gaúcho, morrer por ti, me dou o luxo. Querência amada, planícies e serras, os braços que me puxa, da linda mulher gaúcha, beleza da minha terra. Meu coração é pequeno, porque Deus me fez assim, o Rio Grande é bem maior, mas cabe dentro de mim. Sou da geração mais nova, 47 poeta bem macho e guapo, Nas minhas veias escorrem, o sangue herói dos farrapos. Deus é gaúcho, de espora e mango, foi maragato, ou foi chimango. Querência amada, meu céu de anil. Este Rio Grande gigante, mais uma estrela brilhante na bandeira do Brasil. O Pampa Origem da bombacha A bombacha é uma peça de roupa, calças típicas abotoadas no tornozelo, usada pelos gachos. O nome foi adotado do termo espanhol "bombacho", que significa "calças largas". A época em que a bombacha começou a ser utilizada pelo gaúcho não é precisa. Existem várias versões para a sua origem. Uns afirmam que a bombacha foi introduzida por intermédio do comércio britânico na região do Rio da Prata, por volta de 1860, das sobras dos uniformes usados pelas forças coloniais, que copiavam as vestimentas dos povos conquistados. A bombacha seria, então, de origem turca, ou talvez espólio da Guerra da Criméia (como sustenta uma outra versão). Há também uma versão que diz que, durante a Invasão Moura na Península Ibérica, a calça larga teria se incorporado ao vestuário do norte da Espanha, na região chamada "La Maragateria" e depois trazida para a América do Sul pelos maragatos durante a colonização. Portanto, ela teria origem árabe. Por fim, a última tese é de que a bombacha teria vindo com os habitantes da Ilha da Madeira.No Rio Grande do Sul, a vestimenta passou a ser utilizada inicialmente pelos mais pobres, no trabalho nas estâncias, logo após a Guerra do Paraguai, por causa da sua funcionalidade. Depois, passou a ser usada por todos. 48 O Pampa Charruas e cavalos "Animal elegante e de exuberante imponência Potrilha de beleza e soberania os campos de nossos pagos.O cavalo é o maior companheiro do gaúcho. Nas lides campeiras ,ele é o senhor das distâncias, a maior relíquia do peão posteiro.O cavalo foi introduzido no atual território rio-grandense, em 1634, pêlos padres jesuítas, nas missões. Era a presença majestosa do primeiro cavalo, em nossa terra Molhado pelas águas do Rio Uruguai, pisou em nosso solo selando a convivência campeira das três patrias irmãs. Uruguai, Brasil e Argentina.O cavalo era desconhecido dos nativos em pouco tempo tornou-se o maior patrimônio guerreiro dos índios Charruas, Jarros, Guaranis, Minuanos, etc., que habitavam a região do Tape. Os Charruas foram os mais hábeis cavaleiros da nossa história. Muitas reduções jesuítas receberam o cavalo pêlos índios Jarros, nas investidas contra os Charruas.Quando o cavalo pisava o solo pampeano pela primeira vez, seu relincho ativo foi a marca da soberania de uma era. O cavalo entrou em nosso Estado, seguindo a mesma rota do gado "Aspas Longas", aqui chamado de "Gado Franqueiro'', trazido do Uruguai pêlos missioneiros, essa raça bovina encontramos até hoje em nossa tropa sul-rio-grandense.O Rio Grande do Sul tem tradição na criação de cavalos." 49 O Pampa Etnias pampeanas Charruas e Minuanos Os índios Pampeanos eram organizações de caçadores coletores com um vínculo de identidade entre si, que na maior parte delas, era denominada pelo ramo lingüístico Quíchua (ou Quéchua). Esses índios viviam no que hoje conhecemos como a República Oriental do Uruguai, parte do Pampa e do Chaco Argentino e o extremo sul do Brasil, onde hoje é o estado do Rio Grande do Sul. Daremos mais destaque as etnias Charrua e Minuano pela sua proximidade com a cultura platina, pelo mistério que ainda as envolve, e por influenciar na origem dos mais diversos costumes do povo Gaúcho. Características gerais dos grupos Pelos poucos registros que restam, sabe-se que os 50 Charruas eram uma etnia voltada a caça e a guerra, eram exímios cavaleiros, hábito que aprenderam tardiamente com os espanhóis. Não possuíam um chefe específico, respeitavam o mais idoso da tribo pelo seu conhecimento e vivência, assim que esse idoso viesse a falecer, seria eleito um outro. Quem fazia essa eleição eram os filhos do antigo cacique. Os charruas tinham uma estatura média de 1,68m a 1,70m, apresentavam um rosto sisudo, com olhar bravo e valente, alguns possuíam barba para mostrar mais virilidade. As mulheres traziam adornos de pedras aos cabelos, mediam em média 1,65m e apresentavam um corpo robusto, provavelmente devido a força braçal de trabalho. Os Minuanos igualmente aos Charruas eram grupos de caçadores coletores também voltados à caça de aves e O Pampa Etnias pampeanas animais silvestres, foi dos Minuanos que se tem o registro do uso das boleadeiras para a caça do avestruz. Os grupos Minuanos eram constituídos por associações de famílias e as decisões tribais eram feitas por um conselho de homens que tinham um poder relativo ao do cacique. Hoje em dia existem estudos que nos indicam um forte laço entre Charruas e Minuanos, acreditando que essa segunda etnia seria provida da primeira, essas indicações são baseadas nas inúmeras semelhanças apresentadas pelas duas etnias, tanto no que se refere a sua vestimenta, quanto a aparência, hábitos alimentares e rituais. Crenças e rituais Dos charruas e minuanos no que se refere à mitologia e rituais, não se tem muita informação, o que se sabe é que 51 para debelar ou aliviar as doenças, os Charruas em particular, mantinham a pratica da medicina caseira. Essa atividade era exercida tanto por homens como por mulheres, no entanto há relatos que dizem que essa é uma atribuição apenas das mulheres mais velhas (BECKER, 2002). O procedimento era: “chupar com muita força o estômago do paciente, assim extraindo-se o mal”, usavam também cinzas quentes nos doentes, como meio de cura. Podemos ter essas praticas, como sendo da ordem de um ritual, devido às características desses procedimentos, onde no caso da doença, estaria dada a descontinuidade em um determinado individuo, ou no caso de uma “peste” ou epidemia, em um grupo maior. Este ritual serviria exatamente ao propósito de voltar à continuidade, a saúde. Quanto aos mortos, às poucas fontes falam acerca de O Pampa Etnias pampeanas “cemitérios”, que eram feitos geralmente em morros, fazia-se um buraco com pouca profundidade, onde colocavam o cadáver, depois cobrindo-o com pedras, terra ou galhos. Encima vinham os possíveis pertences dos defuntos, como as boleadeiras. A lança era cravada ao lado da “sepultura”, e o cavalo atado a uma estaca. O cavalo e os pertences eram deixados ali, simbolizando sua crença na vida após a morte, pois serviam para a viajem que o individuo iria empreender. Os mortos também passavam por um processo, em que o corpo era desossado, podendo se pensar em um sepultamento primário. O luto, tem aspectos singulares nessas sociedades. Quando é morto o pai, o líder da família, os filhos, a viúva e as irmãs casadas, cortam um de seus dedos por cada defunto, começando pelo dedo mindinho. Cravavam-se a lança ou a faca de cana do morto, pelos braços peito e 52 costas, como também ficavam por 2 dias sem comer como forma de luto. O luto não era praticado pelo homem nem quando sua mulher, nem quando seus filhos morriam. Entre os Minuanos o luto era praticado pelas filhas adultas, pela morte de quem as criou, devido a entrega dos filhos nessas populações, após alguns anos de vida, a outro parente. E os homens ao invés de se cravarem a lança ou a faca, o faziam com espinhos de peixes. Suas cerimônias traziam sempre a mutilação dos sobreviventes (BECKER, 2002). Alguns cronistas afirmam que eles não tinham religião, não podemos assegurar que tinham devido à escassez das fontes, no entanto essa crença na vida após a morte simboliza sua fé em alguma força maior, parece também que acreditavam em ressurreição da alma e em sua imortalidade (SERRANO apud BECKER, 2002). Outro fator que pode O Pampa Etnias pampeanas influenciar nessa hipótese e desconstruir esta imagem pré-concebida são as chamadas bebedeiras, que podem ser consideradas cerimônias religiosas, onde evocavam um ser superior, que era chamado por alguns jesuítas de “Diabo”. Além dessa “divindade” acreditavam na existência de um espírito maléfico ao qual atribuíam todas as doenças e desastres, este era denominado Gualiche. O ser superior das bebedeiras e Gualiche representariam os não-humanos dessa sociedade. Havia também feiticeiros, que agiam sobre as forças da natureza, faziam chover, provocavam tormentas, despertavam a ira das feras e faziam transbordar arroios e rios (SERRANO apud BECKER, 2002). Conclusão Ainda hoje é muito difícil fazer uma analise mais profunda 53 sobre as etnias Pampeanas e mesmo pelo pouco material deixado por esses antigos habitantes dos campos sulinos, podemos observar que muitos traços de sua cultura ainda permanecem vivos nos costumes do gaúcho, como os próprios adornos da vestimenta usados até hoje, como a Palla, o Chiripá, as malas de garupa, além dos hábitos alimentares, como o de comer carne assada, reunir-se a beira do fogo de chão sentado nos calcanhares, o respeito pelo idoso (assemelhando-se ao costume Charrua de eleger o mais velho como chefe). O caráter honroso e guerreiro, dessas populações, foi o principal forjador da identidade do homem do pampa. Sendo por isso, digno de mais pesquisas e estudos, para que possamos ressaltar essas etnias “madres” dos povos meridionais da América do Sul. Fonte: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/etnias-pampeanas-charruas-e