São Borja Dados gerais
População Total (2008): 63.008 habitantes
Área (2008): 3.616,0 km²
Densidade Demográfica (2008): 17,4 hab/km²
Taxa de analfabetismo (2000): 9,04 %
Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 72,35 anos
Coeficiente de Mortalidade Infantil
(2007): 16,60 por mil nascidos vivos
PIBpm(2007): R$ mil 848.901
PIB per capita (2007): R$ 13.729
Exportações Totais (2008): U$ FOB 770.057
Data de criação: 11/03/1833 (Resolução do Presidente da
Província em Conselho)
Munícipio de origem: Rio Pardo
Fonte: http://www.brasilchannel.com.br/municipios/mostrar_municipio.asp?nome=S%E3o+Borja&uf=RS
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São Borja Um dia calmo e pacato
Assim como no velho Texas, em São Borja, andar armado é comum e resolver um desentendimento no facão
marca formiga é o corriqueiro, também porque, está situado no Rio Grande do Sul, que é o único país que teve que
guerrear para separar-se do Brasil (como o Texas). São Borja
resistiu a uma invasão da mesma forma (e melhor) que o
famoso Alamo (no Texas). Tem estradas retas, uma paisagem sonolenta e repetitiva, as pessoas vivem ainda num
pseudo-coronelismo.
A cidade tem várias pessoas ilustres como Getúlio Vargas, Jango, Enoir (centroavante do São Borja), a Horizontina, o Canário, o Cícero Loco, etc...
São Borja funciona como em um CTG, tem a patronagem: meia dúzia de homens que falam mai$$$$ alto e
que comandam como vai ser o baile. Frase dita por um são
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borjense “A região das missões é a parte mais taura
do mundo, pois quem vive nela sabe pelear por suas
terras e não se entrega numa rusga”.
Os moradores não utilizam plural (as bola, os carro, as
caminhoneta), e falam o português mais correto do Brasil,
segundo eles. Palavras e expressões como:
• Arrecém - recém
• Enterte - entretem
• Torrada - misto quente
• Batida - vitamina
• Negrinho - brigadeiro
• Enchufar - plugar
• Paciencioso - paciente
• Guspe - cuspe
• Parabolizado - parboilizado
São Borja Um dia calmo e pacato
• “Madeuzolivreloko”
• “Masbotapiápassado”
• “Baitabarateza”...
Entre outras proezas... fazem parte do dia-a-dia em
São Borja. Esta tentativa de município, mais precisamente
um quase vilarejo povoado por quase bugres e uns poucos
descendentes de europeus, está situada na região de “FINDIMUN”, pois é longe de todas as outras cidades da Fronteira
Oeste.
Em São Borja não há quase nada para fazer, a não ser
comer e dar bandinha de carro pela pracinha da lagoa e
pelo posto (chamado Bobódromo). Não possui Mc Donalds
e há apenas um prédio em toda a cidade, o famoso Fórum
Para a carreira dos sãoborjenses há duas opções: agri-
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cultor ou advogado (cada quadra tem no mínimo três escritórios de advocacia, onde empregados processam seus
patrões na justiça trabalhista).
Pesquisas indicam que daqui há alguns anos todos os
habitantes terão formato de bola e o buraco da camada de
ozônio estará sobre a cidade.
Fonte: http://desciclo.pedia.ws/wiki/São_Borja
São Borja Cultura
O Memorial João Goulart, situado em São Borja, mantém em exposição uma síntese da cultura missioneira. Como parte do projeto Rota das Missões, o objetivo da exposição é um resgate dos Sete Povos Missioneiros. Os artesãos
reconstituem, por meio de suas obras, a contribuição dos
índios, jesuítas e etnias europeias na formação histórica regional. As peças expostas podem ser adquiridas – e já contam com diversos pedidos, principalmente de turistas. Os
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artistas locais participantes da mostra são Tuto Mezzomo,
Júlio Aquino e Rossini Rodrigues, que produzem trabalhos
de destaque no cenário nacional.
Em outro ambiente próximo, também no Memorial
João Goulart, cinco grupos de artesãos são-borjenses – Os
Amigos da Arte – mantêm ateliê e loja de artesanato. A
Emater dá auxílio técnico à iniciativa, que sintetiza a produção artístico-artesanal local, com o apoio da prefeitura.
São Borja História
21/05/1834 - Invasão
empurra o Brasil para a guerra
A ex-missão jesuíta de São Francisco de Borja foi um dos
tubos de ensaio para o ditador Solano Lopes fazer a Guerra
do Paraguai. Em 1865, uma coluna com cerca de 12 mil homens invadiu a terra natal de Getúlio Vargas. Sem reação
à altura, as forças estrangeiras ocuparam a cidade por 10
dias. A tomada do município assustou o governo imperial
e serviu de estopim para a entrada definitiva dos brasileiros
num dos maiores confrontos armados da América do Sul.
Os planos de conquistar o Rio Grande do Sul começaram cedo. Por volta de 1847, quando ainda era tratado de
El Generalito, Solano Lopes invadiu a província argentina de
Corrientes. Sem ser reconhecido, atravessou o rio Uruguai e
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verificou as condições de combate em algumas fazendas do
interior de São Borja. Quase 20 anos mais tarde, o projeto
de invasão foi concluído.
Depois de ocupar o sul da Província do Mato Grosso,
o comandante paraguaio decidiu avançar em direção ao
território gaúcho. No início de 1865, seu exército contava
com mais de 60 mil homens e um grande estoque de armamento e munição. Sob o comando do coronel Antônio de la
Cruz Estigarribia, uma coluna com cerca de 12 mil soldados
partiu rumo ao Sudeste. A missão: invadir o Rio Grande do
Sul e o Estado Oriental do Uruguai.
Mesmo alertado sobre a intenção do inimigo, o chefe
das forças da fronteira, coronel Antônio Fernandez Lima, não
acreditou na rapidez dos paraguaios e permaneceu com seus
2 mil homens no Passo da Pedra, metade do caminho entre
São Borja História
Itaqui e São Borja. Pouco mais de 650 homens tentaram defender a cidade quando os adversários iniciaram a travessia
do rio no Passo de São Borja. Eram 10h do dia 10 de junho de
1865.
Depois de quatro horas de luta, os defensores receberam o auxílio do 1o Batalhão dos Voluntários da Pátria, comandado pelo coronel João Maunel Menna Barreto. O reforço de última hora deu uma sobrevida à resistência brasileira. Estigarribia demorou dois dias para dominar a cidade.
Controlada a situação, o coronel paraguaio ordenou o saque
das casas. A derrotada e assustada São Borja estava deserta.
Como o alvo de Solano Lopes era Uruguaiana (de onde
pretendia alcançar o Uruguai e unir forças com Aguirre),
Estigarribia não permaneceu muito tempo na cidade. No
dia 19 de junho, o ex~ercito paraguaio partiu. O prõximo
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destino seria Itaqui.
Isolada do teatro das operações, o palco da Guerra do
Paraguai não precisou ser reconquistado. Havia sido abandonado por seus próprios atores.
Dinastia Vargas detém o poder
Em algum momento das vidas de Viriato, Protásio, Spartaco e Benjamin, ser irmão de Getúlio Vargas falava mais alto. Com certeza, mais positiva do que negativamente. Graças
à trajetória política do filho do meio do general Manoel do
nascimento Vargas, a família manteve-se no poder político
de São Borja durante várias décadas. Valendo-se de estratégias diversas, os quatro Vargas e seus homens de confiança
ficaram na fronteira controlando o rebanho eleitoral.
São Borja História
Interrompida apenas pela ditadura militar, a família sempre indicou ou foi consultada na escolha dos governantes de São Borja. “Os trabalhistas estiveram na
prefeitura do início do século até 1988”, afirma o ex-prefeito Florêncio Guimarães, 71 anos, um dos fundadores do antigo PTB. “Até a morte de Getúlio, todos eram
membros da família ou amigos dele”, acrescenta.
O estadista mais controvertido da história brasileira e o
comportamento de seus irmãos ofuscaram até a imagem do
pai. Veterano da Guerra do Paraguai e da Revolução Federalista de 1893, Manoel foi o primeiro Vargas a comandar o município. “A força do general nunca chegou aos pés do domínio
dos filhos”, considera o pesquisador Timótheo Ávila, 60 anos.
Depos de governar de 1907 a 1911, o cetro do pai passou
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para o filho mais velho. Durante o mandato do coronel Viriato
Vargas (1911-14), São Borja assistiu a um grande número
de perseguições políticas. A situação era tão delicada que
Viriato chegou ao ponto de se exilar na Argentina depois de
ser acusado como mandante do assassinato de um médico.
Quando Getúlio saiu da Revolução de 30 como presidente da República, a cidade virou o quintal dos Vargas.
Sob o comando de Benjamin “Beja” Vargas, o 14o Corpo
Provisório tornou-se o braço armado do poder. “Eles reprimiam qualquer tipo de manifestação de oposição atuando como defensores das idéias da família”, conta Ávila.
Anos depois, um dos soldados mais temidos tornou-se
chefe da guarda pessoal do presidente. Seu nome: Gregório Fortunato.
São Borja História
O primeiro dos sete retornos
Na liderança de 1.952 pessoas, o padre jesuíta Francisco Garcia atravessou o Rio Uruguai para fundar uma colônia em
sua margem esquerda. O aldeamento pertenceria à redução de Santo Tomé. Foi batizado de São Francisco de Borja. O ano
era 1682. Este seria o primeiro de uma série de sete retornos que trariam de volta ao solo gaúcho os guaranis catequizados
pela Companhia de Jesus. Quase 50 anos antes, os bandeirantes paulistas haviam expulsado os índios para o lado argentino.
Formada por famílias educadas e integradas ao trabalho, a colônia se desenvolveu rapidamente. Com a volta dos habitantes de outras reduções em 1687, o povoado recbeu a autorização para caminhar com suas próprias forças. Nasciam os
Sete Povos das Missões Orientais do Uruguai.
Fonte: http://www.paginadogaucho.com.br/hist/sborja.htm
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São Borja Testamento
A Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas!
“Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me
acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão
o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a
minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre
defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de
domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive
de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha
subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei
de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça
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da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis
criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas
através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de
agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500%
ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam
fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano.
Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão
sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a
uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender
São Borja Testamento
o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso
dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu
ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos
humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia
para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem,
sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos
manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada
gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio
respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de
ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu
sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do
Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito
aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo.
Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada
receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.” (Rio de Janeiro,
23/08/54 - Getúlio Vargas)
Fonte: http://www.defender.org.br/sao-borjars-arte-missioneira-no-memorial-de-jango/
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Garruchos Dados gerais
GEOGRAFIA
LIMITES
Altitude: 99m
Latitude: 28° 39´ 44”
Longitude: 56° 00´ 44”
Área territorial: 830,9 km2
Clima: temperado subtropical
Solo: rico apresentando as seguintes
características - pedregal, aluvial, distrófico.
Relevo: ondulado e suavemente ondulado
Vegetação: subtropical
Norte: República Argentina
Sul: Município de São Borja
Leste: Municípios de São Nicolau
e Santo Antonio das Missões
Oeste: República da Argentina
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Garruchos Dados gerais
DISTÂNCIAS DE GARRUCHOS
Porto Alegre: 650 km
São Borja: 110 km Rodovia, BR 285
Santo Antonio das Missões: 60 km Rodovia, BR 285
Santo Ângelo: 185 km Rodovia, BR 285
São Nicolau: 55 km, estrada vicinal.
LOCALIDADES DO INTERIOR DO MUNICÍPIO
Faxinal
Rincão do Pedregulho
São Lucas
Passo da Tigra
São José Velho
Mangerona
Caçapava
São João Tujá
São João Mirim
Passo da Telha
Rincão do Sarm
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Garruchos Prefeitura e hotel
HOTEL RAIZ DE PEDRA
Rua Ary Medeiros Athayde 756.
Fone: (0XX55) 613-7159
Garruchos - RS - CEP 97675-000.
CNPJ - 02449558 0001-84.
Site: http://www.hotelraizdepedra.com.br/garruchos.htm
Reservas: feita com Sra. Rita,
reservados 3 aptos. duplos e um casal.
CARRO DE SOM
Renato (55) 8432-8679 / 3613-7074
Recebe arquivo mp3 e divulga dias 2, 4, 6 e 7.
Divulgará tambem na Rádio Missioneira, em São Luiz.
14
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS
Endereço: R. Ramão Adão Gonçalves de Souza, 505
Telefone: 55 (55) 3363-1299
Fax: 55 (55) 3363-1299
E-mail: [email protected]
Site: http://www.garruchosfamurs.com.br
SECRETARIA DE CULTURA
R. Ramão Adão Gonçalves de Souza, 505
Telefone: 55 (55) 3363-127271
Fax: 55 (55) 3363-1240
E-mail: [email protected]
Site: http://www.garruchosfamurs.com.br
Secretária de Educação: Sra. Rosani Scotto
Garruchos História
Por volta do ano de 1600 o Rio Grande do Sul era habitado
por diversas tribos de índios. Com a chegada dos jesuítas em
1626, foi fundada, na margem direita do Rio Piratini, afluente da margem esquerda do Rio Uruguai, a Missão Jesuítica
de São Nicolau, a primeira povoação fundada no Rio Grande
do Sul. A partir desse fato, começaram a chegar à região os
brancos civilizados, não só os que acompanhavam os jesuítas,
mas também as missões oficiais que vinham de Buenos Aires,
a cujo governo estavam subordinadas as Missões Jesuíticas,
uma vez que estavam à serviço da Coroa Espanhola.
Com a permanência dos jesuítas no Rio Grande do Sul
e o aumento das reduções que chegaram a 18, vieram também o gado vacum e o cavalar e isto despertou o interesse
dos Bandeirantes paulistas que levavam os índios para os
escravagistas e caçavam o gado para lhes tirar o couro para
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uso próprio, a carne para seu consumo e o sebo para vender
no comércio internacional da época. Devido aos freqüentes
ataques aos Bandeirantes, as Reduções Jesuíticas foram se
transferindo para a margem direita do Rio Uruguai já que os
Bandeirantes não transpunham esse rio e assim os jesuítas
ficavam a salvo de seus ataques.
Nessas retiradas, muitos índios não acompanhavam
os Jesuítas e se dispersavam pelos matos. Passado algum
tempo da retirada das Missões Jesuíticas para a banda ocidental do Rio Uruguai, os Bandeirantes encontraram novos interesses com a descoberta de ouro no Brasil Central,
mais precisamente em Minas Gerais, como conseqüência,
desinteressaram-se pelos ataques ao sul.
Estes fatos, isto é, a fuga dos jesuítas e dos índios, a
descoberta do ouro em Minas Gerais e o desinteresse dos
Garruchos História
Bandeirantes pelas missões, fez com que o gado vacum aumentasse muito na região missioneira e os cavalos também. Com isso os jesuítas e os índios, que ainda os acompanhavam, voltaram e fundaram os Sete Povos das Missões,
começando por São Francisco de Borja (São Borja), que foi
o primeiro dos Sete Povos das Missões, fundado em 1682.
Dos índios que não quiseram acompanhar os jesuítas
na fuga para a banda ocidental do Rio Uruguai, ficou uma
tribo que costumava desafiar os Bandeirantes nos seus ataques, que estabeleceram as suas malocas nas margens esquerda e direita do Rio Uruguai, a cerca de 50 km abaixo da
foz do Rio Piratini, afluente do mesmo rio.
Assim, quando os Bandeirantes atacavam na margem esquerda eles fugiam para a maloca da margem direita. Quando os
Bandeirantes se retiravam, eles voltavam à margem esquerda.
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Ali deixavam aqueles índios os seus vestígios, as suas
habilidades e o seu nome que deu origem ao gaúcho brasileiro. Nessa época surgiram os instrumentos de caça, tanto
ao gado vacum quanto ao cavalar. Tais instrumentos eram
o laço feito do couro do próprio gado vacum, as boleadeiras
e a garrucha que era uma lâmina em forma de meia-lua,
presa na ponta de uma vara de madeira e que era usada para desgarronar os animais, especialmente do gado vacum
destinado ao próprio consumo.
Esta Garrucha foi inventada pelos próprios garruchos,
por isso levou o nome deles e não deve ser confundida com
a garrucha, arma de fogo, que ali não existia nessa época...
O grande interesse dos índios pela margem esquerda
do rio Uruguai era a abundância de gado e caça, já que,
devido à pressão dos Bandeirantes, a região estava quase
Garruchos História
vazia, tanto de brancos quanto de índios, pois estes eram
muito disputados pelos escravagistas e por isso se ocultavam nas matas. Com o desinteresse dos Bandeirantes pela
região devido a descoberta de ouro em Minas Gerais, aumentou muito o rebanho dos pampas.
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Diziam os primitivos garruchenses que as lembranças
das refregas de outros tempos estão gravadas nas pedras
que enfeitam o povoado. São lembranças das lutas dos bravos índios que deixaram suas marcas de um lado e de outro
do Velho Rio.
Garruchos Cultura
FEVEREIRO
02/02 - Procissão fluvial da Nossa Senhora dos Navegantes.
24 a 28/02 - Baile municipal, escolha da Rainha e Rei Momo do carnava, Carnaval de rua e Bailes Carnavalescos.
SETEMBRO
14/09 à 20/09 - Comemorações da Semana Farroupilha.
Abertura, Bailes, Torneio de Truco, Intensa atividade nos Piquetes de Tradições gaúcha e desfile dos Cavalareanos.
MARÇO
20/03 - Comemorações ao aniversário do Municípío.
18 e 19/03 - Torneio de Pesca ao Dourado.
DEZEMBRO
02/09 à 08/09 - Comemorações a Semana da Padroeira do
Município, Nossa Senhora Imaculada Conceição, com abertura, shows, feiras, olimpíadas estudantis, rodeio crioulo e
baile municipal.
13/12 à 15/12 - Natal para todo
AGOSTO
26/08 - Concurso de Dança Folclórica Gaúcha e Refrifest –
Festa do Refrigerante (Organizados pelo Grupo de Danças
Folclica SARANDEIO).
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Garruchos Economia
Garruchos é uma das cidades mais distante de uma rodovia asfaltada no Rio Grande do Sul, mas ela poderá ver
um sonho antigo realizado: a pavimentação da RS 176, rodovia de 60 km que liga o município à BR 285.
O projeto será apresentado à ministra Dilma Rousseff
para inclusão no PAC rodoviário que está por sair.
A negociação com o governo federal foi autorizada pelo secretário de Infra-Estrutura, Daniel Andrade. Segundo
o secretário executivo dos programas Rio Uruguai e Aqüífero Guarani da Secretaria das Obras Públicas e Saneamento, João Manoel Bicca, uma das precondições do PAC está
cumprida: há projeto pronto. Há mais de dez anos, aliás, o
que permitirá uma economia de R$ 3 milhões, estimativa
de custo de um projeto do tipo.
A obra é avaliada em torno de R$ 75 milhões. Em-
19
bora a rodovia não seja de sua alçada, Bicca entrou no
assunto por estar duplamente envolvido com a região,
por causa dos programas da Bacia do Rio Uruguai e por
ser missioneiro.
Outro missioneiro, o ex-governador Olívio Dutra, está
encarregado da articulação com o governo federal.
Pólo energético
Bicca ressalta que os 60 km que separam Garruchos
do asfalto são incompatíveis com a importância do município para o Mercosul. Garruchos abriga duas das três únicas
grandes conversoras de energia do mundo (a terceira é na
Austrália) e responde por 90% da exportação de energia
para a Argentina.
Garruchos Economia
Fase final
Mas Bicca está de olho, também, no que é de sua alçada. Segundo ele, o resultado da licitação internacional para realização do Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai sairá nos primeiros dias de outubro. É feita pelo BID e envolve
1,5 milhão de dólares, doados por um fundo oficial do governo japonês.
Fonte: Por Correio do Povo/RS Panorama Econômico/D. Nunes
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Garruchos Links úteis
Site da Prefeitura de Garruchos
http://www.garruchos.rs.gov.br/
Site do IBGE
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=430865#
Foto de satélite de Garruchos
http://wikimapia.org/5971870/pt/Garruchos
A história de Garruchos, fotos e mapas
http://www.urisan.tche.br/~iphan/upload/downloads/file169.pdf
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Itacurubi Dados gerais
População: 3 568 / Censo: 2007
DDI e DDD: 55
Altitude: 169 metros
Clima: subtropical
Área - 1.118,01 km² representando 0.4158% do Estado,
0.1984% da Região e 0.0132% de todo o território brasileiro.
Ano de Instalação: 1989
Microrregião: Santiago
Mesorregião: Centro Ocidental Rio-Grandense
Distância à Capital: 413,09Km
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Itacurubi História
O início da povoação de Itacurubi deu-se por volta de 1890, com a chegada do Capitão da Marinha Jacques Ouriques
Simons, oriundo do Estado da Bahia, com a consequente instalação de uma casa para troca e venda de produtos da região.
Esses primeiros moradores muito contribuíram, com seu bravo trabalho, para o desenvolvimento e crescimento de
Itacurubi.
Em 1930, surgiu a primeira farmácia e, em 1947, foi fundada a Associação do Aeroclube de Itacurubi, sendo no mesmo
ano criada a Escola Estadual de 1° Grau Vicente Goulart. O município foi desmembrado de São Borja em 1988, há 22 anos.
Significado do nome Itacurubi
Ita = Pedra
Curuba = Caroço
I = pequeno
Ou seja, PEDREGULHO, segundo o dicionário Tupi-Guarani do professor Silveira Bueno, São Paulo, 1984, 3ª edição,
página 157.
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Itacurubi Cultura
Cascata
Distante 12 quilômetros da sede do município é um dos pontos turísticos mais bonitos da região. Trata-se de um anel
de pedra com várias quedas d`água, sendo que a principal delas com 17 metros de altura.
Fazenda Rancho Grande
Com alto valor histórico, por ter sido local de nascimento do ex-presidente João Goulart. Foi um dos últimos locais do
Brasil onde Jango esteve após ser deposto e antes de seguir para o exílio no exterior, no Golpe de 1964.
Templo de Pentecostes
É o mais antigo templo Evangélico do Estado que atrai anualmente milhares de pessoas da região e do país, principalmente no mês de fevereiro. Vila da Igreja, interior do município.
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Itacurubi Cultura
Música
Itacurubi De Meu Deus (Mano Lima)
O meu tordilho na quina de um rodeio
Salta pegando não precisa levantar a espora
A minha china se esconde nos pelegos
Suspira fundo e diz baixinho que me adora.
Eu sou um gaúcho que tenho tudo na vida
Sou índio taura e ando de chapéu tapeado
Tenho a mulher que uma china caprichosa
Cavalo gordo bem sã de lombo e delgado.
O meu ri grande é a oitava maravilha
Oiga-lhe-te que coisa linda que acho
Quando eu vejo os meus campos verdejando
Até parece ver o céu de boca pra baixo.
De madrugada eu levanto ao cantar do galo
Bato os tição e faço um mate bem cuiudo
Ali que eu vejo que um índio bem a cavalo
Com china e rancho se torna o dono do mundo.
O meu rancho é de capim e tem goteira
Não tem importância, eu não me importo o rancho é meu
O importante é que meu filho esta brincando
E eu tô mateando e conversando com Deus.
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Itaqui
Dados gerais
População: 36361 (censo de 2007)
DDI e DDD: 55
Altitude: 78 metros
Clima: subtropical
Site oficial: www.itaqui.famurs.com.br
Prefeitura: Rua Bento Gonçalves, 335
CEP: 97650-000 - Telefone: (55) 3433-2323
Secretário substituto da Cultura:
Cristiano Rheinheimer - Ramal 247
Teatro Prezevodowski [email protected]
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Mesorregião: Sudoeste Rio-Grandense
Microrregião: Campanha Ocidental
Municípios limites: Alegrete, Maçambara,
Manoel Viana, São Borja e Uruguaiana
Distância até a capital: 670 quilômetros
Área: 3.404,047 km²
População: 35.000
Densidade: 12,6 hab./km²
Vias de acesso: BR 472 - sudoeste
de São Borja, BR 472 - 95km
Itaqui
Dados gerais
Estação Rodoviária
Rua Tiradentes, 1320 - Fone: (55) 3433-1406
Horários
- De segunda a sexta pela manhã das
9h às 12h com saídas a cada 1hora.
- De segunda a sexta pela tarde: das 14h
às 17h com saídas a cada 1 hora.
Empresa de ônibus
Planalto - Fone: (+55)(51)3374-9779
Portos / Travessias
TRAVESSIA ITAQUI/ALVEAR
Endereço: Rua Luizinha Aranha, 593
Fone: (55)3433-1545 / 9192-6647 / 3343-7201
E-mail: [email protected]
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Exigência: Documentação original
do veículo e seguro carta verde.
Empresa: Transporte Fluvial Recreio
Itaqui
História
Itaqui teve o primeiro indício de vida civilizada por meio
de uma missão de jesuítas espanhóis, no ano de 1700. No século seguinte, o povoamento foi sendo desenvolvido em conjunto com a atividade pecuária, até hoje uma das marcas econômicas da região.
Situa-se às margens do rio Uruguai, divisa entre Brasil e
Argentina, sendo esse um dos atrativos para os turistas que a
visitam. A caverna Iguariaçá apresenta uma paisagem pitoresca da região e provavelmente foi habitada pelos primeiros
índios que lá estiveram. No local onde hoje está o município
de Itaqui, foi feito o primeiro povoamento pelos jesuítas da
redução ou missões de La Cruz (hoje localidade argentina, na
fronteira com São Borja), por volta de 1700. Somente no início
do século XIX foi incorporada às terras portuguesas, e em 1802
foram concedidas as primeiras sesmarias.
José Artigas, filho adotivo de José Gervasio Artigas (1764-
28
1850), general e presidente do Uruguai, pretendeu anexar estas terras àquele país. Encontrou aqui uns três ranchos e 13
homens que liquidou com seus 1.600 índios. Esta tentativa de
permanecer, porém, durou pouco tempo, porque veio um destacamento com a finalidade de expulsá-lo.
Estava acampado no Arroio Cambaí, porém uma enchente obrigou-os a procurar outro local, sendo escolhido onde hoje
está a cidade de Itaqui. Isto foi em 1821, e logo vieram várias
famílias para a localidade. Durante a Revolução Farroupilha
(1835-1845) estas presenciaram várias lutas.
De acordo com a Lei nº. 419, de 6 de dezembro de 1858,
Itaqui foi desmembrada do município de São Borja. Nessa época a população da vila era de aproximadamente quatro mil
habitantes. Itaqui novamente foi campo de lutas, durante a
Guerra do Paraguai, quando seus homens tiveram a oportunidade de fazer frente aos soldados de Francisco Solano López,
Itaqui
História
presidente daquele país.
De 1750 a 1851 o Uruguai tentou aumentar seu território
até o rio Ibicuí, pretendendo tomar a metade sul do Rio Grande
de São Pedro do Sul, nome do RS na época. Pela vontade do
presidente do Uruguai, Manuel Oribe, Itaqui poderia hoje ser
território uruguaio. Em maio de 1879 foi elevada à categoria de
cidade. Inicialmente, o nome foi São Patrício de Itaqui, em homenagem ao padroeiro local, depois foi simplificado para Itaqui.
Ainda no século XIX, foram desmembrados dois outros
municípios destas terras: São Francisco de Assis e Santiago.
Itaqui tem um dos mais antigos teatros da América do Sul,
o Teatro Prezewodowski, construído em 1883. Leva o nome do
capitão comandante da Flotilha de Guerra do Alto Uruguai, sediada em Itaqui, de 1872 a 1874, Estanislau Prezewodowski,
baiano de nascimento, que teve participação destacada ante-
29
riormente na Guerra do Paraguai (1864-1870). Possui uma população estimada em 36.191 habitantes (IBGE - Censo 2007).
Origem do nome Itaqui
O topônimo tem sua origem etimológica na língua guarani e compõem-se de dois termo: ita, pedra, e ku’i, areia. Provavelmente a origem do nome deve-se às características físicas do Rio Uruguai, que é a fronteira natural entre o Brasil e a
Argentina e cuja bacia e margens são cheias de pedras’. Ao sul
existe o afluente Rio Ibicuí, com sua bacia e margens cheias de
areia e que divide Itaqui de Uruguaiana.
Há ainda outras hipóteses, como a de Aurélio Buarque de
Holanda, que sustenta que o nome do município significaria
“pedra d’água”, própria para afiar.
Itaqui
Geografia
Localiza-se a uma latitude 29º07’31” sul e a uma longitude 56º33’11”
oeste, estando a uma altitude de 57 metros. Sua população estimada em
2004 era de 41 902 habitantes. Possui uma área de 3405,7 km².
Localizado na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, entre os municípios de Uruguaiana e São Borja,
conta com as águas do rio Uruguai e tem fronteira fluvial com a Argentina. Sua atividade principal
está focada na agropecuária, em especial no plantio de soja, trigo e arroz e criação de gado.
30
Itaqui
Cultura e o Turismo
Cultura
Itaqui tem um dos mais antigos teatros da América do Sul, o
Teatro Prezewodowski, construído no ano de 1883.
Turismo
Situa-se as margens do Rio Uruguai, divisa entre Brasil e Argentina,
sendo esse um dos atrativos para os turistas que a visitam.
A caverna Iguariaçá apresenta uma paisagem pitoresca da região e
provavelmente foi habitada pelos primeiros índios que lá estiveram.
31
Itaqui
Os itaquienses
Em Itaqui, a história repousa entre coxilhas e planícies.
O solo bastante antigo guarda as marcas do tempo. Sua
fisionomia denuncia o capricho da natureza e a trilha dos
homens que fizeram e fazem de seu passado e presente,
uma comunidade rica e curiosa.
Uma região antiga habitada pelas tribos indígenas que
sucumbiram ou miscigenaram-se com a colonização. Juntamente com os espanhóis, portugueses e negros deram
origem à etnia desse povo. Depois outros povos vieram integrar nossa comunidade, tais como os descendentes de
alemães e italianos, dedicados à agricultura, e os descendentes de árabes e libaneses, que se dedicam ao comércio.
Mas é vendo as grandes pastagens, as matas, o gado, o
minuano na face, o encontro do azul celeste ou do por - do
- sol com o verde do pampa, que se compreende porque o
32
homem pampeano tem orgulho deste chão. Nosso município carrega suas características, seus monumentos e locais
históricos, seus personagens e lendas, onde muitos feitos
confundem-se no tempo.
Por estes pagos, entre outras coisas, há em comum o
churrasco, o amargo e reflexivo chimarrão, as belas prendas e gaúchos, pilchados nas festas e nas peleias da vida. É
isso que dá a esse povo, queimado de sol e de vento, uma
identidade distinta.
Os grupos formadores desse povo contribuíram na maneira de vestir, de se alimentar e de se recrear, com as festas
que aqui são comemoradas, as cantigas, as brincadeiras de
crianças e as lendas.
As festas populares, danças, músicas, crenças, brincadeiras e tudo aquilo que o povo inventa e vai transmitindo
Itaqui
Os itaquienses
de pai para filho fazem parte desse folclore.
O artesanato popular de nosso Município utiliza o couro para fazer objetos de montaria, tais como o buçal, as rédeas, o laço e as boleadeiras. A lã, muito usada para fazer
cobertor, bacheiros e blusão. Do porongo é feita a cuia do
chimarrão, dos chifres do boi são feitos cabos de facas.
Na alimentação, temos os seguintes pratos: churrasco,
arroz carreteiro, pucheiro com pirão, mondongo mexido,
feijoada, espinhaço de ovelha com canjica, doce de leite,
de abóbora, arroz com leite, chimia, rapadura de abóbora,
batata e leite. A passarinhada, os chucrutes e os sonhos são
pratos típicos introduzidos pelos descendentes de italianos
e alemães.
Os jogos populares estão hoje em grande parte esquecidos. Mas ainda existe o jogo de tava (ou de osso). As carrei-
33
ras em cancha reta também fazem parte dessas tradições.
No fandango, que é um baile, são apresentadas várias
músicas para o povo dançar, entre elas temos o vanerão,
a vanera, o xote, a rancheira, milonga, chamamé, valsa e
marcha.
Para cultuar essas tradições, existem dois centros de
tradições gaúchas: Centro de Tradições Gaúchas Rincão da
Cruz, fundado em 20 de agosto de 1959 e o CTG Cristóvão
Pereira de Abreu, fundado em 03 de outubro de 1970.
Em nosso Município há algumas festas, que são comemoradas todos os anos:
CARNAVAL – em Itaqui temos a Comissão Pró – Carnaval, que é vinculada à Secretaria de Serviços Urbanos,
encarregada de programar e organizar o carnaval de rua,
com participação das entidades sociais e carnavalescas do
Itaqui
Os itaquienses
nosso Município. É festa alegre e sadia.
FESTA DOS ITALIANOS – é uma festa onde se reúnem
os descendentes de italianos que moram em nosso Município. São momentos de reverência à cultura e à tradição
italiana onde são saboreados pratos típicos como: risoto,
presunto, queijo, radite, carne de porco ao rolete, bígole,
salame e embutidos. Regados com sua bebida tradicional:
o vinho. A festa é tradição. Também se aprecia a música
folclórica ao som de bandinhas típicas. Realização no CTG
Cristóvão Pereira de Abreu.
SEMANA FARROUPILHA – Uma festa das mais animada da região oeste, onde o prato típico, o churrasco e o
carreteiro, a música tradicionalista, a cultura, os usos e os
costumes do sul são valorizados ao máximo. Culmina com
um desfile a cavalo, com tropa pilchada, no dia 20 de setem-
34
bro. Tem caráter estadual e ganha força a cada ano que passa.
SEMANA DE ITAQUI – Itaqui foi emancipada em 06 de
dezembro de 1858. Para reverenciar esta data comemora-se todos os anos no inicio do mês de dezembro, a Semana
de Itaqui. Neste período, são realizados atos cívicos, atividades culturas, inclusive shows pirotécnicos.
EXPOFEIRA – Realizada anualmente, no mês de outubro, com o objetivo de divulgar a produção agropecuária,
fazer leilões e arremates.
CASILHA DA CANÇÃO FARRAPA – Evento realizado
entre os meses de agosto e setembro, e tem por finalidade
premiar artistas da fronteira oeste que se destacarem em
apresentações abertas ao público, onde são avaliados e julgados nos quesitos de melhor letra, música e interpretação
com conteúdos ligados a história desta região.
Itaqui
Os itaquienses
Nosso Itaqui ontem e hoje
Itaqui é um nome de origem indígena, mais especificamente origem tupi-guarani que significa “pedra d’água”,
ita = pedra; qui = macia, própria para afiar. Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda: ita = “variedade de
quartzo que contem ar e água”.
No passado, a localização privilegiada às margens do
rio Uruguai, propiciou o progresso do município. A possibilidade de comunicação com a Argentina e Uruguai, através
do rio, elevou o nível econômico e cultural do povo itaquiense.
Hoje, passados quase 150 anos de emancipação política, a cidade cresceu, expandiu-se. Continua estrategi-
35
camente privilegiada pela localização geográfica. É um
importante município da fronteira Oeste do Estado do Rio
Grande do Sul. O passado e o presente se entrelaçam em
construções antigas ao lado de prédios modernos.
O espaço geográfico de Itaqui como um todo foi e continua sendo transformado, construído, reconstruído e organizado pelo trabalho dos itaquienses. Muitas coisas deixaram saudades, mas são marcas de urna sociedade que
se transforma e evolui através do tempo. Neste patamar,
porém, há algo que não passou: o espírito altruísta e hospitaleiro do povo itaquiense. A solidariedade e a esperança
são características que permeiam os momentos difíceis, dos
quais surgem heróis e vítimas, ambos vivendo e convivendo
em sonhos de um futuro melhor.
Maçambara Dados gerais
População: 4 415 / Censo: 2007
DDI e DDD: 55
CEP: 97.645-000
Altitude: 104 metros
Clima: subtropical
Site oficial: www.macambara.rs.gov.br
Secretaria Municipal de
Educação, Cultura e Turismo
Rua Norberta Acosta, 498
Secretaria: Nadia
[email protected]
Telefone: 55 (55) 3435-1004
Fax: 55 (55) 3435-1004
E-mail: [email protected]
Site: www.macambara.famurs.com.br
Site Oficial
Fonte: http://www.macambara.rs.gov.br/
portal1/intro.asp?iIdMun=100143222
36
Maçambara Como chegar?
Distância da capital: 593 km
Empresa de ônibus que
atende o Município:
São João Transportes Coletivos
Fone: +55 (51) 3722-9700
Vias de acesso: RS 529 - leste de
Itaqui, BR 472, RS 529 - 55km
Estação Rodoviária:
Rua Luiz Antônio de Medeiros, 56
Fone: (55) 3535-1117
Observação:
Ocorre conexão na cidade de
Maçambará. Entre em contato com as
empresas de ônibus relacionadas.
37
Maçambara Imprensa
RBS Uruguaiana, cobre a região.
BARRA DO QUARAÍ:
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
SÃO BORJA/MAÇAMBARÁ:
[email protected]
ALEGRETE/MANOEL VIANA:
[email protected]
Radio Santiago
E-mail: [email protected]
Fones: (55) 3251-2211 e (55) 3251-1487
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Maçambara Restaurantes
RESTAURANTE CHEGA MAIS
Endereço: Rua Francisco Sanchotene
RESTAURANTE MANSKE
Endereço: Rua Wilson Pires Gavião, 584
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Maçambara História
Maçambará, pequeno povoado formado em 1910 por criadores de gado oriundos
do Uruguai. Com isso urgindo várias fazendas entre elas a Fazenda Recreio, a qual
deu o nome ao povoado. Mais tarde por vontade dos moradores e por solicitação
do proprietário da fazenda, foi trocado para Massambará, nome original de uma
erva africana comum na região. O povoamento evoluiu gradativamente com
a chegada de fazendeiros e plantadores de arroz. Em 1912 com a construção
da R.F.F.R.G.S, trazendo mais moradores. No ano de 1995, emancipou-se de
Itaqui, através da Lei Estadual nº 10646 de 28 de dezembro de 1995.
Fonte: http://www.turismo.rs.gov.br/portal/index.php?q=cidades&mun=446&cod=
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Maçambara Turismo
Reserva Biológica do São Donato
Está inserida na região da Campanha, com a predominância de campo, incluindo grandes extensões de
banhados, vassourais, vegetação de tabuleiros, mata-palustre, mata de galeria e capões de mata arbóreo-arbustiva. Entre as árvores mais freqüentes estão: o angico,
a figueira, o salso e o jerivá. Um total de 201 espécies
de aves ocorrem na região com destaque para o veste-amarela, ameaçado de extinção, a marreca-asa-branca,
a guaravaca-de-crista-branca, o caboclinho-de-barriga-vermelha e o carretão. A fauna de mamíferos é bem representada com a presença do zurrilho, do mão-pelada
e de espécies ameaçadas, como os gatos-do-mato e a
lontra.
41
• Municípios: Itaqui e Maçambará
• Decreto de criação: n° 23.798, de 12 de março de 1975
• Área: 4.392 ha
• Contato: 55.3433.7782
• Não é aberta à visitação. O acesso é restrito à pesquisa
científica e educação ambiental.
Ecoturismo - Parques
O Rio Grande do Sul sempre foi pioneiro na proteção do
ambiente natural. Essa consciência se reflete na seleção de
áreas que ao mesmo tempo em que protegem a natureza,
proporcionam o contato direto com os sistemas naturais.
Assim, a escolha da visita pode contemplar as áreas
elencadas como Unidades de Conservação do Estado, em
Maçambara Turismo
especial os Parques Estaduais, e áreas particulares, organizadas para o contato do visitante com práticas sustentáveis.
Além disso, vários municípios abrigam áreas de interesse
ecológico que podem proporcionar momentos de puro encantamento em meio à vida natural. Escolha seu destino e
boa viagem.
Observação de Aves
O Rio Grande do Sul possui uma fauna de aves rica e
diversificada, presente em todos seus ambientes naturais.
As áreas mais propícias são as lagoas, açudes, áreas protegidas e mesmo áreas rurais.
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Espécies que não podemos deixar de ver na natureza:
EMA: Maior ave do continente, típica dos campos gaúchos
PERDIZ: Encontrada em campos do Estado, vive no
chão.
GARÇA: Espalhadas em doze espécies pelo Estado. A
garça-moura impressiona por sua beleza. A plumagem da
garça-grande-branca e da garça-branca-pequena são caractísticas. Sua presença ocorre nas áreas mais baixas do
território.
MARRECAS: Nos banhados e açudes é fácil visualizar
a marreca-piadeira, marreca-parda e a marreca-caneleira.
URUBUS: Encontrado na porção norte e central do Estado. Impressiona o vôo do urubu-rei e do urubu-de-cabeça-preta.
Maçambara Turismo
GAVIÃO: Presença do gaviãozinho em áreas de florestas. O gavião-carijó se encontra em todas regiões e é o mais
fácil de observar. Importante também é o gavião-caramujeiro .
FALCÃO: O mais importante é o Caracará, encontrado
em campos e áreas florestadas.
SARACURA: Encontradas quase sempre perto das
águas em especial a saracura-carijó em áreas de banhados.
JAÇANÃ: Habitante de banhados e lagos com vegetação aquática.
QUERO-QUERO: Ave símbolo do Rio Grande do Sul e
de fácil visualização.
POMBAS: O estado possui 6 espécies mais comuns como a pomba-carijó, a pomba-de-bando e a rolinha picuí.
MAÇARICOS: Espécies migratórias, encontradas em
43
águas rasas, lagoas e mares.
PAPAGAIO: Entre as espécies a mais importante é o
papagaio-charão, visualizado no norte do Estado.
ALMA-DE-GATO: Encontrada na maior parte do Estado.
CORUJAS: O Estado possui 13 espécies, desde a pequena coruja-caburé até a jacurutu com mais de 50cm de
tamanho. A coruja-das-torres, coruja-do-campo e a corujinha-do-mato também figuram nessa lista.
BEIJA-FLOR: Na região central, sul e oeste há grande número de beija-flor-dourado e o beija-flor-de-papo-branco freqüenta altitudes maiores.
MARTIM-PESCADOR: O Estado possui três espécies
mais abundantes na parte sul e central como o martim-pescador-pequeno, o martim-pescador-verde e o martim-pescador-grande.
Maçambara Turismo
PICA-PAU: Nas matas do norte da região central encontramos o pica-pau-anão-carijó e no Estado todo visualizamos o pica-pau-do-campo.
JOÃO-DE-BARRO: O Rio Grande do Sul possui 40 espécies dessa ave, sendo o local com maior concentração do
Brasil, distribuídos desde o Parque do Espinilho até as regiões altas dos Campos de Cima da Serra.
PAPA-MOSCAS: Família com várias espécies migratórias. Seus representantes mais abundantes são a noivinha,
no sul e oeste do Estado, a tesourinha, presente em grande número nos meses de verão, os bem-te-vi abundantes
em todo estado e pouco vistos no inverno nas regiões mais
altas, o alegrinho vivendo em capoeiras e o guaracava-de-bico-curto que invade o Estado na primavera.
ANDORINHA: Apresenta onze espécies no Estado, al-
44
gumas migratórias. Entre as mais comuns está a andorinha-de-testa-branca mais abundante em terras baixas e a
andorinha-pequena-de-casa.
Outros atrativos
Localidade de Santo Isidro
Moradia antiga, onde nasceu Osvaldo Aranha.
Distância do centro: 118 km
Fone: (55) 3433-2950 / 3433-3013
Fonte: http://www.turismo.rs.gov.br/portal/
index.php?q=cidades&mun=446&cod=
O Pampa Bioma
Pampa é um nome de origem quechua genericamente dado à região pastoril de planícies com coxilhas. A abrange a
metade meridional do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, ocupando cerca de 63% do território gaúcho[1], se estendem
pelos territórios do Uruguai e pelas províncias argentinas de Buenos Aires, La Pampa, Santa Fé, Entre Ríos e Corrientes. No
Brasil o Pampa também é conhecido como Campos do Sul, Campos Sulinos ou Campanha Gaúcha.
Ecologicamente, é um bioma caracterizado por uma vegetação composta por gramíneas, plantas rasteiras e algumas
árvores e arbustos encontrados próximos a cursos d'água, que não são abundantes. Comparados às florestas e às savanas,
os campos têm importante contribuição na preservação da biodiversidade, principalmente por atenuar o efeito estufa e
auxiliar no controle da erosão. Na parte brasileira do bioma, existem cerca de três mil espécies de plantas vasculares, sendo
que aproximadamente 400 são gramíneas, como capim-mimoso, pelo menos 385 espécies de aves, como pica-paus, caturritas, anus-pretos e 90 de mamíferos terrestres, como guaraxains, veados, tatus. No Brasil é um bioma ameaçado.
O clima da região é o subtropical, que caracteriza-se por temperaturas amenas e chuvas com pouca variação ao longo
do ano. O solo em geral é fértil, sendo bastante utilizado para a agropecuária.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pampa
45
O Pampa Localização
O Pampa Gaúcho está situado no sul do Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o Uruguay. A região foi
disputada entre portugueses e espanhóis nos séculos XVII e XVIII, e foi repartida em sesmarias, sob o poder português.
O Pampa é uma região de clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se situam os
campos de produção pecuária e as várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas. A região sul tem, na pecuária,
uma tradição que se iniciou com a colonização do Brasil. A Metade Sul, onde fica a região do Pampa, é a de mais antiga
ocupação no Rio Grande do Sul e apresenta problemas de desenvolvimento econômico. Embora tenha 25% da população
do Estado, responde por apenas 15% do PIB. Esse é o principal desafio do Pampa no século 21.
Os campos no RS ocupam uma área de aproximadamente 40% da área total do estado, tendo a sua maior concentração
junto à fronteira da Argentina e Uruguai. O Pampa gaúcho da Campanha Meridional encontra-se dentro da área de maior
proporção de campos naturais preservados do Brasil, sendo um dos ecossistemas mais importantes do mundo.
O gaúcho, descendente mestiço de espanhóis, portugueses e indígenas tem uma forte ligação com a região do pampa,
e cultiva sua tradições através do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) em CTGS, ou centros de tradição gaúcha, que
atualmente estão espalhados por todo o Brasil, levados por gaúchos que residem em outros estados e até fora do Brasil.
Existe até um CTG no mundo virtual do Second Life. A música regional tem ritmos como a vaneira, vaneirão, chamamé,
valsa, milonga, rancheira, xote, polonaise e chimarrita, entre outras, que são cultivados nos CTGs.
46
O Pampa A pilcha
O gaúcho dos pampas ainda usa a pilcha, que é a sua indumentária tradicional. O traje típico do gaúcho inclui o pala ou
poncho, que é um sobretudo que pode servir de cobertor para dormir, um facão ou adaga, um relho, e as bombachas, que
são calças largas, presas à cintura por um tipo de cinto denominado guaiaca. Tudo é complementado pelas botas, o chapéu
de barbicacho e o lenço no pescoço. No dia 20 de setembro quando é comemorada a Revolução Farroupilha no Estado, as
pessoas das cidades do RS se vestem a caráter durante toda a semana que antecede os desfiles comemorativos à data.
Querência Amada (Teixerinha)
Quem quiser saber quem sou,
olha para o céu azul,
e grita junto comigo,
viva o Rio Grande do Sul!
O lenço me identifica,
qual a minha procedência,
da província de São Pedro,
padroeiro da querência.
Ó meu Rio Grande de encantos mil,
disposto a tudo pelo Brasil.
Querência amada dos parreirais,
da uva vem o vinho, do
povo vem o carinho,
bondade nunca é demais.
Berço de Flores da Cunha,
e de Borges de Medeiros.
Terra de Getúlio Vargas,
presidente brasileiro.
Eu sou da mesma vertente,
que Deus saúde me mande,
E que eu possa ver muitos anos,
o céu azul do Rio Grande.
Te quero tanto,
torrão gaúcho,
morrer por ti,
me dou o luxo.
Querência amada,
planícies e serras,
os braços que me puxa,
da linda mulher gaúcha,
beleza da minha terra.
Meu coração é pequeno,
porque Deus me fez assim,
o Rio Grande é bem maior,
mas cabe dentro de mim.
Sou da geração mais nova,
47
poeta bem macho e guapo,
Nas minhas veias escorrem,
o sangue herói dos farrapos.
Deus é gaúcho,
de espora e mango,
foi maragato,
ou foi chimango.
Querência amada,
meu céu de anil.
Este Rio Grande gigante,
mais uma estrela brilhante na bandeira do Brasil.
O Pampa Origem da bombacha
A bombacha é uma peça de roupa, calças típicas abotoadas no tornozelo, usada pelos gachos. O nome foi adotado do
termo espanhol "bombacho", que significa "calças largas".
A época em que a bombacha começou a ser utilizada pelo gaúcho não é precisa. Existem várias versões para a sua
origem.
Uns afirmam que a bombacha foi introduzida por intermédio do comércio britânico na região do Rio da Prata, por volta
de 1860, das sobras dos uniformes usados pelas forças coloniais, que copiavam as vestimentas dos povos conquistados. A
bombacha seria, então, de origem turca, ou talvez espólio da Guerra da Criméia (como sustenta uma outra versão).
Há também uma versão que diz que, durante a Invasão Moura na Península Ibérica, a calça larga teria se incorporado
ao vestuário do norte da Espanha, na região chamada "La Maragateria" e depois trazida para a América do Sul pelos maragatos durante a colonização. Portanto, ela teria origem árabe.
Por fim, a última tese é de que a bombacha teria vindo com os habitantes da Ilha da Madeira.No Rio Grande do Sul, a
vestimenta passou a ser utilizada inicialmente pelos mais pobres, no trabalho nas estâncias, logo após a Guerra do Paraguai,
por causa da sua funcionalidade. Depois, passou a ser usada por todos.
48
O Pampa Charruas e cavalos
"Animal elegante e de exuberante imponência Potrilha de beleza e soberania os campos de nossos pagos.O cavalo é o
maior companheiro do gaúcho. Nas lides campeiras ,ele é o senhor das distâncias, a maior relíquia do peão posteiro.O cavalo
foi introduzido no atual território rio-grandense, em 1634, pêlos padres jesuítas, nas missões. Era a presença majestosa do
primeiro cavalo, em nossa terra Molhado pelas águas do Rio Uruguai, pisou em nosso solo selando a convivência campeira
das três patrias irmãs. Uruguai, Brasil e Argentina.O cavalo era desconhecido dos nativos em pouco tempo tornou-se o maior
patrimônio guerreiro dos índios Charruas, Jarros, Guaranis, Minuanos, etc., que habitavam a região do Tape. Os Charruas
foram os mais hábeis cavaleiros da nossa história. Muitas reduções jesuítas receberam o cavalo pêlos índios Jarros, nas investidas contra os Charruas.Quando o cavalo pisava o solo pampeano pela primeira vez, seu relincho ativo foi a marca da
soberania de uma era. O cavalo entrou em nosso Estado, seguindo a mesma rota do gado "Aspas Longas", aqui chamado
de "Gado Franqueiro'', trazido do Uruguai pêlos missioneiros, essa raça bovina encontramos até hoje em nossa tropa sul-rio-grandense.O Rio Grande do Sul tem tradição na criação de cavalos."
49
O Pampa Etnias pampeanas
Charruas e Minuanos
Os índios Pampeanos eram organizações de caçadores
coletores com um vínculo de identidade entre si, que na
maior parte delas, era denominada pelo ramo lingüístico
Quíchua (ou Quéchua). Esses índios viviam no que hoje conhecemos como a República Oriental do Uruguai, parte do
Pampa e do Chaco Argentino e o extremo sul do Brasil, onde
hoje é o estado do Rio Grande do Sul. Daremos mais destaque as etnias Charrua e Minuano pela sua proximidade
com a cultura platina, pelo mistério que ainda as envolve,
e por influenciar na origem dos mais diversos costumes do
povo Gaúcho.
Características gerais dos grupos
Pelos poucos registros que restam, sabe-se que os
50
Charruas eram uma etnia voltada a caça e a guerra, eram
exímios cavaleiros, hábito que aprenderam tardiamente
com os espanhóis. Não possuíam um chefe específico, respeitavam o mais idoso da tribo pelo seu conhecimento e
vivência, assim que esse idoso viesse a falecer, seria eleito
um outro. Quem fazia essa eleição eram os filhos do antigo
cacique.
Os charruas tinham uma estatura média de 1,68m a
1,70m, apresentavam um rosto sisudo, com olhar bravo e
valente, alguns possuíam barba para mostrar mais virilidade. As mulheres traziam adornos de pedras aos cabelos,
mediam em média 1,65m e apresentavam um corpo robusto, provavelmente devido a força braçal de trabalho.
Os Minuanos igualmente aos Charruas eram grupos
de caçadores coletores também voltados à caça de aves e
O Pampa Etnias pampeanas
animais silvestres, foi dos Minuanos que se tem o registro
do uso das boleadeiras para a caça do avestruz. Os grupos
Minuanos eram constituídos por associações de famílias e
as decisões tribais eram feitas por um conselho de homens
que tinham um poder relativo ao do cacique. Hoje em dia
existem estudos que nos indicam um forte laço entre Charruas e Minuanos, acreditando que essa segunda etnia seria
provida da primeira, essas indicações são baseadas nas inúmeras semelhanças apresentadas pelas duas etnias, tanto
no que se refere a sua vestimenta, quanto a aparência, hábitos alimentares e rituais.
Crenças e rituais
Dos charruas e minuanos no que se refere à mitologia
e rituais, não se tem muita informação, o que se sabe é que
51
para debelar ou aliviar as doenças, os Charruas em particular, mantinham a pratica da medicina caseira. Essa atividade era exercida tanto por homens como por mulheres,
no entanto há relatos que dizem que essa é uma atribuição
apenas das mulheres mais velhas (BECKER, 2002). O procedimento era: “chupar com muita força o estômago do paciente, assim extraindo-se o mal”, usavam também cinzas
quentes nos doentes, como meio de cura. Podemos ter essas praticas, como sendo da ordem de um ritual, devido às
características desses procedimentos, onde no caso da doença, estaria dada a descontinuidade em um determinado
individuo, ou no caso de uma “peste” ou epidemia, em um
grupo maior. Este ritual serviria exatamente ao propósito
de voltar à continuidade, a saúde.
Quanto aos mortos, às poucas fontes falam acerca de
O Pampa Etnias pampeanas
“cemitérios”, que eram feitos geralmente em morros, fazia-se um buraco com pouca profundidade, onde colocavam
o cadáver, depois cobrindo-o com pedras, terra ou galhos.
Encima vinham os possíveis pertences dos defuntos, como
as boleadeiras. A lança era cravada ao lado da “sepultura”, e
o cavalo atado a uma estaca. O cavalo e os pertences eram
deixados ali, simbolizando sua crença na vida após a morte,
pois serviam para a viajem que o individuo iria empreender.
Os mortos também passavam por um processo, em que o
corpo era desossado, podendo se pensar em um sepultamento primário. O luto, tem aspectos singulares nessas sociedades. Quando é morto o pai, o líder da família, os filhos,
a viúva e as irmãs casadas, cortam um de seus dedos por
cada defunto, começando pelo dedo mindinho. Cravavam-se a lança ou a faca de cana do morto, pelos braços peito e
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costas, como também ficavam por 2 dias sem comer como
forma de luto. O luto não era praticado pelo homem nem
quando sua mulher, nem quando seus filhos morriam. Entre
os Minuanos o luto era praticado pelas filhas adultas, pela
morte de quem as criou, devido a entrega dos filhos nessas
populações, após alguns anos de vida, a outro parente. E os
homens ao invés de se cravarem a lança ou a faca, o faziam
com espinhos de peixes. Suas cerimônias traziam sempre a
mutilação dos sobreviventes (BECKER, 2002).
Alguns cronistas afirmam que eles não tinham religião,
não podemos assegurar que tinham devido à escassez das
fontes, no entanto essa crença na vida após a morte simboliza sua fé em alguma força maior, parece também que
acreditavam em ressurreição da alma e em sua imortalidade (SERRANO apud BECKER, 2002). Outro fator que pode
O Pampa Etnias pampeanas
influenciar nessa hipótese e desconstruir esta imagem pré-concebida são as chamadas bebedeiras, que podem ser consideradas cerimônias religiosas, onde evocavam um ser superior, que era chamado por alguns jesuítas de “Diabo”. Além
dessa “divindade” acreditavam na existência de um espírito
maléfico ao qual atribuíam todas as doenças e desastres, este
era denominado Gualiche. O ser superior das bebedeiras e
Gualiche representariam os não-humanos dessa sociedade.
Havia também feiticeiros, que agiam sobre as forças da natureza, faziam chover, provocavam tormentas, despertavam
a ira das feras e faziam transbordar arroios e rios (SERRANO
apud BECKER, 2002).
Conclusão
Ainda hoje é muito difícil fazer uma analise mais profunda
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sobre as etnias Pampeanas e mesmo pelo pouco material deixado por esses antigos habitantes dos campos sulinos, podemos observar que muitos traços de sua cultura ainda permanecem vivos nos costumes do gaúcho, como os próprios adornos da vestimenta usados até hoje, como a Palla, o Chiripá, as
malas de garupa, além dos hábitos alimentares, como o de
comer carne assada, reunir-se a beira do fogo de chão sentado
nos calcanhares, o respeito pelo idoso (assemelhando-se ao
costume Charrua de eleger o mais velho como chefe). O caráter
honroso e guerreiro, dessas populações, foi o principal forjador
da identidade do homem do pampa. Sendo por isso, digno de
mais pesquisas e estudos, para que possamos ressaltar essas
etnias “madres” dos povos meridionais da América do Sul.
Fonte: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/etnias-pampeanas-charruas-e
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