São Vicente, 1 de Julho de 2012 - Senhor Vice-Presidente da Assembleia da República, Excelência - Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Excelência - Senhor Presidente do Governo Regional, Excelência - Senhores Membros do Governo - Senhor General Comandante da Zona Militar da Madeira - Senhor Conferencista, Prof. Doutor Jorge Bacelar Gouveia - Senhores e Senhoras Deputados da Assembleia Legislativa da Madeira - Demais entidades Civis, Militares e Religiosas - Senhores Autarcas - Senhoras e Senhores Convidados 1 Nos seus quase trezentos anos de história, feita de trabalho e isolamento; de desenvolvimento e de afirmação, São Vicente é hoje um Concelho orgulhoso e honrado por estar a ser o palco de tão importantes comemorações – O Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses. Por isso e em nome da população do Concelho dou as boas vindas a todos e agradeço de forma especial ao Sr. Presidente da Assembleia Legislativa Regional ter-nos honrado com tão prestigiadas comemorações e ao Sr. Professor Doutor Jorge Bacelar de Gouveia a sua presença. É deveras importante esta descentralização e rotatividade; é deveras importante que as comemorações deste dia, que tanto nos honra enquanto Região Autónoma e enquanto diáspora, sejam vivenciadas pelos vários Concelhos. Todos Somos Madeira! Somos Madeira os que aqui trabalham e lutam pelo seu desenvolvimento económico e social. São Madeira aqueles que um dia procuraram noutros países uma forma mais digna e confortável de viver, porque políticas ditadas de longe os privava de uma vida condigna. Felizmente os tempos mudaram e hoje a Madeira é uma realidade diferente, graças ao poder autonómico. É uma Madeira mais 2 desenvolvida e mais solidária porque mais próxima. Porque mais autónoma. E hoje estamos aqui, em São Vicente, para lembrarmos e alicerçarmos mais, os pilares de uma autonomia, não enfraquecida mas ferida por uma crise mundial. É por demais evidente, todo o desenvolvimento que atingimos nestas últimas três décadas. E isso só se consegue descentralizando. É descentralizando que se faz a união de todos os madeirenses – daqueles que aqui habitam e daqueles que povoam as cidades da África do Sul, da Venezuela, do Reino Unido ou dos Estados Unidos. E que hoje estão mais próximo… São Vicente, enquanto parte da Região autónoma da Madeira, beneficiou e muito com a autonomia e descentralização. Foi a autonomia que permitiu todo o desenvolvimento deste Concelho aninhado entre o verde das montanhas e o azul do Mar. Foi a autonomia que quebrou o isolamento da população, criando novas acessibilidades. A Via rápida e a via expresso/túnel aproximou São Vicente do resto da Madeira. 3 Foi a autonomia que criou escolas e centros de saúde. Outrora com poucas escolas e em edifícios degrados, o Concelho tem hoje um parque escolar digno, que começou com a edificação de creches e de uma escola básica e secundária pública. A instalação de centros de saúde nas freguesias do concelho, proporcionou um melhor acesso de todos aos cuidados de saúde. Foi a autonomia que permitiu fomentar todo o desenvolvimento vitivinícola de um Concelho que sempre procurara no vinho a sua economia. De um Concelho onde a maioria da população se dedicava à agricultura de subsistência ou emigrava, passamos a ser um Concelho que apostou fortemente na produção de uva para vinho madeira e de mesa, E isto graças aos apoios e incentivos do Governo Regional e ao poder interventivo das políticas de proximidade. Foi a autonomia que permitiu que a maioria dos nossos idosos, que outrora mendigava para subsistir, tenha uma vida condigna sobretudo devido às políticas sociais implementadas. Foi a autonomia que contribuiu para o desenvolvimento sustentável deste Concelho que, sendo rural, encontra todas as 4 comodidades dos grandes centros. Mas encontra ainda a calma e o sossego das suas paisagens. Foi a autonomia que contribuiu para uma maior dinamização /promoção do turismo no concelho. O Concelho de São Vicente, outrora com turismo de passagem, encontrou, com a autonomia e a regionalização, apoios e incentivos ao investimento hoteleiro, sobretudo ao turismo rural. Mas este Concelho que tão bem tem sabido aproveitar toda essa política de proximidade tem mais ambições. Quer continuar a crescer e a desenvolver-se de forma sustentável e sustentada. O turismo foi, é e continuará a ser a sua primordial aposta. A Natureza aguça-nos o engenho. As tradições dão-nos a arte. Queremos combater a desertificação de um Concelho que, embora crescendo no número de habitações, decresceu no número de habitantes e isso só consegue fixando os nossos jovens à sua terra. É preciso investidores. Precisamos de investimento para criar emprego. Apelamos aos nossos emigrantes, também eles, muitas vezes, vítimas de falta de oportunidades, que venham e invistam. 5 Continuamos a pensar que o futuro deste Concelho está nas mãos de quem tiver iniciativa, de quem souber inovar e procurar investir criando empregos e gerando riqueza. Foi a autonomia que aproximou pessoas e dotou o Concelho com os bens e serviços necessários – temos Segurança Social; divisão de apoio aos agricultores; Bombeiros; Bancos; Seguradoras… Fosse a justiça regionalizada e, tenho a certeza, hoje o Concelho continuaria a ter o tribunal. Foi a autonomia que modificou São Vicente e o “modus vivendi” da sua população. Foi a autonomia que modificou a Madeira e a tirou do atraso e do esquecimento. Minhas Senhoras e meus Senhores Em nome do povo do Concelho de São Vicente, agradeço a todos os que com o seu trabalho e dedicação contribuíram para que o “dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses” possa ser comemorado e, de uma forma especial, ao Presidente do Governo Regional a sua luta constante pela autonomia. 6