INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES SECRETARIA DA INDÚSTRIA. COMÉRCIO. CIÊNCIA E TECNOLOGIA AUTARQUIA ASSOCIADA A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA TETRACICLINA COMO AGENTE EXTRATOR DE ALGUNS PRODUTOS DE FISSÃO leda Irma Lamas Cunha Tose apresentada como parte dos requisitoe para obtenção do Grau de "Doutor na Area de Concentração em Tecnologia Nudear Básica''. Orientador. Dra. Maria José Coutinho Nastasi São Paulo 1983 INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOS ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA TETRACICLINA COMO AGENTE EXTRATOR DE ALGUNS PRODUTOS DE FISSAO leda Irma Lamas Cunha Tese apresentada como parte dos requisitos para Area obtenção de do Grau de " D o u t o r ConcentraçáTo Nuclear Básica". Orientadora: Dra. Maria José Coutinho Nastasi SÃO PAULO 1983 f r N S T I T U T O DE PE S Q U ' S * S E - f RC-. É - I C ' S F N . j r , F A R E S em na Tecnologia Ao Mareio e Melisa AGRADECIMENTOS De um modo g e r a l , quero agradecer a todos aqueles que colaboraram para a realização deste trabalho e, em particu^ lar, ã Dra. Maria JosÍ Coutinho N a s t a s i , orientadora desta tese, que sempre demonstrou interesse e dedicação ao traba^ lho. Desejo expressar meu reconhecimento ao Dr. Fausto' W. L i m a , Diretor da Aplicações de Técnicas N u c l e a r e s , pelas sugestões e pelo incentivo demonstrado na realização deste trabalho. Agradeço também ao Dr. Durvaldo G o n ç a l v e s , Superintejn dente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares ( I P E N - C N E N / S P ) , pelas possibilidades o f e r e c i d a s , para o de senvolvimento deste trabalho. A Laborterapi ca Bristol (São P a u l o ) , ao Dr. Ney GaJ_ vão da Silva e ao Sr. Almir L a r a n j a , pela doação do clorj_ drato de tetraciclina. As Srtas. Aradi J.Cruz, Thereza Timo laria e Ana Maria de Almeida pelo excelente trabalho de d a t i l o g r a f i a . Aos colegas da Divisão de R a d i o q u í m i c a , pela colabora ção e amizade. E , com muito carinho agradeço ao M á r c i o , pelo constaji te incentivo ã minha carreira c i e n t í f i c a , e ã Melisa de cu^ ja presença tantas vezes me privei para a execução trabalho. U.STlTUTOOe^CSOÜ , deste o trabalho intitulado "Estudo do Comportamento da Tetraciclina como Agente Extrator de Alguns Produtos de Fissão" que se constitui na Tese de Doutoramento de leda Irma Lamas C u n h a , foi parcialmente financiado pe la Comissão Nacional de Energia Nuclear. Por este mo tivo a autora apresenta os seus agradecimentos a Comissão. essa ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA TETRACICLINA COMO AGENTE EXTRATOR DE ALGUNS PRODUTOS DE FISSffO lEDA IRMA LAMAS CUNHA RESUMO Usando as técnicas de espectrofotometria e de titula_ ção potenci ometri ca foi verificada a formação de coniplexos entre a tetraciclina e os Tons dos elementos z i r c o n i o , urã n i o , m o l i b d e n i o , e s t r o n c i o , bario e r u t e n i o , tendo sido o^ servado que c é s i o , telurio e iodo não formam complexos com a-te_ traciclina. Essas técnicas permitiram também determinar a posição de complexaçao dos Tons na molécula de t e t r a c i c l i na . Foi feito o estudo do comportamento da tetraciclina como agente extrator dos elementos mencionados incluindo o n i o b i o e o tecnecio. Esse estudo consistiu em verificar a influência da acidez do meio sobre a extração dos elemen^ tos. A determinação dos valores de porcentagem de extração para cada um dos elementos foi feita a partir de soluções aquosas contendo os ãnions cloreto, p e r c l o r a t o , nitrato ou sulfato. Também foram feitos os estudos com o verificar se o complexo extraído para a fase objetivo de orgânica realmente o complexo formado entre a tetraciclina e o é Ton do elemento em estudo e, a i n d a , os referentes a determina^ ção do tempo de agitação necessário para atingir o equilT brio termodinâmico entre as f a s e s . Foi examinada a possibilidade de utilizar a tetracj^ clina para a separação de alguns produtos de fissão entre si e do urânio. Com base nos resultados de extração obt^ ~ 95 tos para o uranio e para os produtos de fissao 95 Zr, Nb, ^ ^ ^ C e , ^ ^ ° L a , ^ ° ^ R u , ^^°Ba e ^^^Cs foi proposto um esquema de separação simultânea para esses e l e m e n t o s . Esse mesmo estudo foi feito para soluções contendo a mistura de prodi£ tos de fissão ^ ^ h , ^^Mo, ^ ^ " ' T C e ^"^^Te e , a i n d a , o urâni.o e 239NP. Este trabalho teve como finalidade examinar as poten^ cialidades da tetraciclina para separação de alguns produ^ tos de f i s s ã o , quando esses estão presentes em cuja atividade esta ao nível de traçadores e não uso em reprocessamento de combustíveis nucleares dos ou para aplicações em escala industrial. soluções para o irradia^ STUDY OF THE BEHAVIOR OF TETRACYCLINE AS AN EXTRACTIKIi AGENT FOR SOME FISSION PRODUCTS Ieda Irma Lamas Cunha ABSTRACT Both spectrophotometric and Potentiometrie titulation techniques were used to show the formation of complex compounds between tetracycline and the elements zirconium, uranium, molybdenium, strontium, barium and ruthenium. It has been verified that tetracycline does not form complexes with ' cesium, tellurium and iodine. Those techniques have also been used to determine the sites on the tetracycline molecule at which ions may be bound. The behavior of tetracycline as an extracting agent for those ele ments, as well as for niobium and technetium has been studied and the influ ence of the acidity of the aqueous phase upon extraction of the elements meji tioned has been considered. Extraction experiments were carried out in the presence of chloride, Perchlorate, nitrate and sulfate anions. Studies have been made to determine whether or not the complex ex tracted into the organic phase is really the complex formed between tetra cycline and the elements considered as well as to determine the time of shaking necessary so that the equilibrium between the phases is attained. Based on all information obtained from extraction experiments made for uranium and the fission products ^^zr, ^S^b, l^lCe, l^Ota, 103RU, lAOßa and 137cs, the possibility of using tetracycline for separating those fission products from each other and from uranium has been studied and a scheme for simultaneous separation of those elements has been proposed. The same study has been made for T31i, 99mTc, 99MO, 132Te, 239Np and uranium. This research work aims at studying the application of tetracycline for the separation of some fission products existing in solutions the activj^ ty of which is at tracer level and not to use it in nuclear fuel reprocessing or for any other application on industrial scale. ÍNDICE Pagina RESUMO ABSTRACT CAPITULO 1 I - INTRODUÇÃO CAPITULO II - ESTUDO DA FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS ENTRE A TETRACICLINA E OS ELEMENTOS Sr, B a , C s , T e , I, R u , M o , Zr, Nb e U 13 II.1 - Equipamentos 1? II. 2 - Reagentes 13 11.3 - Preparação das Soluções l4 11.4 - Verificação da Formação dos Complexos por Meio das Medidas Espectrofotometri cas e das Titulações Potenciometri cas 16 11.4.1 - Medidas Espectrofotometri cas 16 II.4.1.1 - Resultados obtidos nas Medidas Espec trofotometricas 17 11.4.2 - Titulações Potenciometri cas 24 II.4.2.1 - Resultados obtidos nas Titulações tenciométricas CAPITULO III - A TETRACICLINA COMO AGENTE TOR DOS ELEMENTOS EM ESTUDO III.1.- Equipamentos III.2 - Reagentes , « Po 25 EXTRA 29 29 30 31 111.3 - Preparação das Soluções 111.3.1 - Preparação das*Soluções dos Traçadores Radioativos 111.3.2 - Preparação das Soluções Contendo Uranilo • lons 35 111.3.3 - Preparação da Solução de Perclorato de Sódio 35 111.3.4 - Preparação da Solução de em Álcool BenzTlico Tetraciclina 36 111.4 - Procedimento Adotado para a Realização dos Experimentos de Extração 36 111.5 - Verificação da Ocorrência ou Não da tração dos Elementos em Estudo pelo cool BenzTlico E)<^ Al^ 39 111.6 - Determinação do Tempo de Agitação Nece¿ sãrio para o Estabelecimento do EquilT brio Entre as Fases ^8 111.7 - Estudo da Variação da Porcentagem de Ex tração dos Elementos C é s i o , T e l u r i o , T e £ n e c i o , M o l i b d e n i o , Iodo, Estroncio, Bã r i o , Z i r c o n i o , Niobio e Urânio em Função da Variação da Acidez da Fase A q u o s a . . . . 57 CAPITULO IV - UTILIZAÇÃO DA TETRACICLINA PARA A SEPARAÇÃO DE ALGUNS PRODUTOS DE FISSÃO ENTRE SI E DO URÂNIO ...... 79 IV.1 - Separação dos Produtos de Fissao « N b . l^^Ce. ^''"u. ^ entre si e do Urânio 95 Zr, 137^^ 79 IV.1.1 - Extração a Partir de Soluções de Nitra^ 79 to de Uranilo IV.1.2 - Extração a Partir de Soluções de to de Uranilo Clor£ 92 IV.2 - Separação dos Produtos de Fissão ^ ^ ^ I , ^ ^ V , 99 13 2 — Mo e Te entre si e do Urânio 95 IV.2.1- Extração a Partir de Soluções de Nitrato 95 de Uranilo IV.2.2 - Extração a Partir de Soluções de Clore 1^ to d e Uranilo IV.3 - Separação de Pares de Radioisótopos ticamente Relacionados Gene- CAPITULO V - DISCUSSÃO E CONCLUSÜES 1^. 112 APÊNDICE - CARACTERÍSTICAS NUCLEARES DOS R A D I O ^ SOTOPOS CONSIDERADOS NESTE TRABALHO.. I35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS k mSTÍTUTO ! DE P E S Q u ' S í - S E ^-^ !í RO É T i C - S E N U C L E A R E S I, P E. N. CAPITULO I I N T R O D U Ç Ã O O grupo de substancias denominadas genericamente te traciclinas e conhecido ha muitos anos. Em 1953 foi deseo berto o composto dessa familia de antibióticos sobre ro: qual se desenvolve o presente trabalho, que Ó a tetraciclina. ' • A estrutura das tetraeiel i nas e a seguinte: B R^ = H R^ = OH oxitetracielina R^ = Cl R2 = H clorotetraeiclina R^ = H R2 = H tetraciclina (terramicina) (aureomicina) (acromicina) As tetraciel i nas apresentam três grupos á c i d o s , a ber, o sistema tricarbonilmetano sa ( A ) , a beta-dicetona fenó CAP. I lica (B) e 0 grupamento eHmetil amonio-(C). \ Tão logo foi feita a verificação que as tetraciclinas podem formar complexos com diferentes guns pesquisadores Tons m e t á l i c o s , 3' ^' a^ determinaram os valores das constantes de estabilidade dos respectivos complexos m e t á l i c o s . Em 1 9 5 3 , Albert^^^ apresentou os valores das de estabilidade dos complexos formados pela constantes oxitetracicli^ na e pela cl orotetraci cl i na com diversos cations," a saber C u ( I I ) , N i ( I I ) , F e ( I I ) , C o ( I I ) , Z n ( I I ) , Mn(II) e Fe(111 ) , O método utilizado para as determinações foi o da titula^ ção potenciométrica. Albert e R e e s V d e t e r m i n a r a m as constantes de estabj^ lidade dos complexos que se formam entre a tetracicl;ina e aqueles m e s m o s Tons bivalentes acima citados incluindo tam bém os Tons Fe(ril) e A l ( I I I ) . Sakaguchi e colaboradores^^^^ determinaram as constan^ tes de estabilidade dos complexos formados entre F e ( I I I ) , Z r ( I V ) , T h C l V ) , U 0 2 ( I I ) . Al(III) e Mg(II) os Tons e guns dos derivados de tetraciclina. O método empregado ra essas determinações foi o colorimétrico. al pa^ CAP. I (29) Maxwell e colaboradores^ ' determinaram as constan^ tes de estabilidade dos -complexos formados pela tetracicli^ na com alguns dos elementos al c a l i n o - t e r r o s o s , C a ( I I ) , Mg(II) e S r ( I I ) , utilizando o método a saber: da titulação potenciométrica. Por meio do método da titulação p o t e n c i o m é t r i c a . Do luisio e M a r t i n ^ ^ ^ ^ calcularam as constantes de estabilida^ de dos complexos que não só a tetraciclina, m a s , também, alguns de seus derivados formam com os Tons C u ( I I ) , Ni (Ilj, e Zn(II). Benet e G o y a n ^ ^ ^ determinaram as constantes de e s t a b ^ lidade dos complexos formados pela tetracilcina e seus de rivados com o cobre utilizando o método da titulação poter^ ciométrica. Usando o mesmo m é t o d o . Si 1vaeDias^^^^ determinaram as constantes de estabilidade dos complexos formados pela traciclina e os Tons Mg"*"^, Ca"^^, Sr"^^, Ba"^^, Co"^^, te Ni"^^ , Cu^2 e C d ^ ^ Muitos métodos analTticos ( 5, 2 7 , 2 9 , 3 3 , 3 5 , 4 1 , 44) têm sido desenvolvidos usando a tetraciclina, clorotetraci^ clina e oxitetracielina como agentes complexantes para rios T o n s . Esses complexos têm sido usados como vã reagentes que apresentam utilidade na quTmica analTtica para a deter^ minação das tetracicli nas e dos Tons m e t á l i c o s . CAP. I (¿LA) Oxford^ ' desenvolveu um método para a detecção cl orotetraci cl i na , baseado na propriedade que ela ta de formar complexos coloridos e estáveis com da apresein os Tons M g ( I I ) , C a ( I I ) . N i ( I I ) , Cu(II) e Sr(II). Ishidate e S a k a g u c h i ^ basearam-se na formação do complexo da clorotetracicli na com os Tons Th(IV) para a de terminação colorimetri ca da clorotetracicli n a . • « Kohn^^^^ apresentou um método de maior sensibilidade que o de O x f o r d ^ ^ ^ ^ para a determinação das tetracicli n a s , levando em conta que as tetracicli nas f o r m a m , com o barb¿ tal e o Ton C a ( I I ) , compostos mistos que apresentam alta f1uorescénci a. A s K t o n ^ ^ ^ investigou a possibilidade de usar a ciclina como tetra^ indicador fluorescente na determinação de cã tions do grupo II. O método proposto por A s h t o n ^ ^ ^ mostrou^ -se sensTvel para as titulações complexometri cas de c a l c i o , estroncio e magnésio com EDTA. Mahgoub e c o l a b o r a d o r e s ^ estudaram um método e s p e £ trofotométrico para a determinação da tetraciclina por meio da formação de complexo entre o Ton uranilo e a tetracicli_ na. Nesse mesmo trabalho também foi estudada a desse complexo na determinação de Tons uranilo. aplicação .CAP. I Hall^^^^ apresenta a determinação f1uorimetrica da te traciclina por meio da f.ormação de complexo entre a tetr¿ ciclina e aluminio. Narayama^^^^ propôs a clorotetraciclina como um reagente analítico para a analise colorimetrica novo de boro presente em nivel de t r a ç o s . Varios trabalhos foram publicados visando as aplica_ ções do complexo da tetraciclina com radioisótopos úteis en, medicina nuclear ^- '^-l"- "7- . . Tubis e Morrison^^^^ estudaram a preparação dos com plexos de tetraciclina com os elementos lantanTdicos para o exame de tumores do cerebro. Chauncey e colaboradores^^^"^^^ f i z e r a m , em diversos t r a b a l h o s , o estudo da incorporação da tetraciclina 131 da com I em tumores de tecidos. marca^ Os complexos da tetraciclina com ^ ^ " " T C foram estuda^ (7 9 20-22 25 47^ dos por diversos pesquisadores^ ' * ' ' ^. Fliegel e c o l a b o r a d o r e s ^ estudaram clinicas do complexo ^ ^ " " T C - Tetraciclina. as aplicações CAP. I Breslow e colaboradores^^^ estudaram o efeito do pH, da concentração de SnCl2 e da concentração da tetraciclina na distribuição biológica do complexo ^ ^ " " T C - T e t r a c i c l i n a . Em diversos t r a b a l h o s , Dewanjee e colaboradores^^^"^^^ fizeram um estudo das condições experimentais para a prepa^ ração do complexo ^ ^ " " T C - Tetraciclina bem como das cações clinicas desse complexo. Esses a u t o r e s ^ ^ ^ ^ que a presença dos lons Sn apli_ indicam é essencial para a ligação do tecnecio ã molécula de t e t r a c i c l i n a , sendo sua função a de um agente redutor do tecnecio. Hunt^^^ estudou os complexos de ^ ^ " " T C com a tetracj_ clina e verificou que são úteis para a localização das mu danças patológicas nos tecidos. Robinson e Battag1 i a ^ estudaram a eficiencia de re dução do Ton pertecnetato pelo Sn(II) e a quelação do ^^"^Tc reduzido pela t e t r a c i c l i n a ; a seguir o complexo foi utilizado em estudos biológicos. Ao lado dos trabalhos feitos tanto para a ção das constantes de estabilidade dos complexos entre a tetraciclina e Tons metálicos como para a determina formados determ^ nação da estrutura de tais c o m p l e x o s , há a ressaltar bém tam os trabalhos que vêm sendo realizados com a finalidade CAP. I de examinar as possibilidades do emprego da tetracicli na em aplicações p r a t i c a s , ou*seja para a analise ou separação de um dado elemento presente em urna amostra ou para a sepa^ ração de grupos de e l e m e n t o s . A primeira aplicação da tetraciclina para uma separa^ ção quTmica foi apresentada por M a s t e r s ^ ^ ^ ^ para determi^ nar ^^Sr em amostras de g r a m a . Em outro trabal ho, Masters^-^ apresentou um estudo sobre as possibilidades do uso da te traciclina como agente e x t r a t o r , para a separação de diver sos e l e m e n t o s , entre os q u a i s , titanio, e s c a n d i o , n í q u e l , itrio, ferro , n i o b i o , talio e chumbo. Na área de Radioquímica do IPEN vem sendo desenvolví d a , ja hã bastante t e m p o , uma linha de pesquisas do a tetraciclina como agente complexante nas (1 8 químicas de elementos de interesse nuclear > utiliza^ separações 1 9 24 42 ' » ' » 43. 4 5 , 4 9 - 5 6 , 6 1 ) . Nastasi e Lima^^^^ fizeram um estudo sistemático ^ do comportamento da tetraciclina como agente extrator dos ele mentos lantanTdicos e mostraram que o sistema constituido por tetraciòlina e álcool benzTlico pode ser usado para separação destes elementos entre si e, também, para separar uranio, torio e escandio quando se usa de extração com solventes. ryjT'rUTO DE" PEÍCLi 5. '-J. a a deles técnica 8 CAP. I Dando prosseguimento a essa linha de e s t u d o s , Saiki e Lima^^^^ determinaram as* constantes de estabilidade dos complexos formados pela tetraciclina e os elementos lanta^ TiTdicos e, em outro trabal ho ^^'^^, determinaram as constaji tes de estabilidade dos complexos formados pela tetracicli^ na com o tÕrio. Saiki e Lima ^^'^ V estudaram a separação do uranio torio usando o ãcido dieti 1 enotri aminopentaaceti co como agente mascarante do (.DTPA) para o tÕrio. Saiki e Lima^^^^ estudaram a separação entre urânio, lantanidios e escandio mediante a adição de agentes masca_ rantes ã fase aquosa do sistema de extração formado por uma solução de tetraciclina em ãlcool benzTlico. Para ob^ ter tal separação foi utilizado o ãcido etilenodiaminotetra^ acitico(EDTA) como agente mascarante para os elementos la£ tanTdicos e escandio. Saiki e Lima^^^^ estudaram a separação do urânio uma serie de e l e m e n t o s , a saber: S e , Br, M o , S b , B a , de Ta, W, Au e Hg u s a n d o , em alguns c a s o s , agentes m a s c a r a n t e s . A separação desses elementos do urânio e importante porque eles interferem na determinação deste último por analise ativação com neutrons e p i t é r m i c o s , uma-vez que-os topos produzidos pela ativação dos elementos por radioso mencionados CAP; I emitem radiações gama com energias praticamente iguas a do ^^^U (74.6 K e V ) . Saiki e Lima^^^^ estudaram a separação entre escandio e zinco. A separação entre esses dois elementos e i m p o r t a ^ te na analise por ativação quando ambos estão presentes na mesma amostra a ser a n a l i s a d a , porque as energias dos raios gama dos radioisótopos ^^Zn e ^^Sc são muito próx^ mas. Saiki e Lima^^^^ mostraram a possibilidade de isolar 233 233 U do torio e Pa empregando a tetraciclina como ageji te extrator e DTPA como agente mascarante para tÓrio e pr£ 233 tactTnio. Para separar Pa do tório foi usado o fluoreto de sódio com a finalidade de mascarar a reação de complexa^ ção da tetraciclina com o protactTnio. Em outros trabalhos que estão sendo desenvolvidos na Divisão de Radioquímica do IPEN-CNEN-SP, Tarenzi^^^^ tem como objetivo determinar os valores das constantes de e s t £ bilidade dos complexos formados pela tetraciclina como urânio e Petrauskas^^^^ tem como objetivo aplicar a o tetra ciclina ã separação de alguns elementos interferentes na Í24^ análise por ativação do uranio. Figueiredo e Saiki^ ' f£ zem a análise de traços de chumbo pelo método de radio-rea^ g e n t e , usando a tetraciclina como complexante. 10 CAP. I Dando continuidade a esta linha de pesquisas desenvoj_ vidas no IPEN-CNEN-SP o jjresente trabalho tem como objeti^ vo estudar o comportamento da tetraciclina como agente extrator dos elementos c e s i o , bario, e s t r o n c i o , rutenio, zirconio, nio bio, t e c n e c i o , m o l i b d e n i o , telurio e iodo. Estes elementos foram selecionados levando em conta que os produtos de f i ¿ - 137^ 140^ 90_ 89^ }03^ 106^ 95-, 95^. sao Cs, Ba, Sr, Sr, Ru, Ru, Zr, Nb, ^ ^ " • T C , ^^MO, ^ ^ H e , ""^^Te, ""^^ tidades apreciáveis na irradiação e ^^^I são formados em quan de uranio com neutrons ter^ m i c o s , por tempos a d e q u a d o s . O comportamento de alguns dos elementos l a n t a n T d i c o s , dos quais alguns radiosÕtopos ~ 235 1 4 4 1 4 0 bem são formados na fissao do U, como Ce, La 144 Í421 Pr ja foi estudado por Nastasi e Lima^ tam e Embora tenha sido mostrado no trabalho de Nastasi e Lima^^^^ q u e , em determinadas condições de acidez, e possT ~ 95 95 vel separar o uranio dos produtos de fissao Zr, Nb, ^"^^Ru e ^ ^ ^ C s , quando se usa a tetraciclina como agente ex trator, não foi feito o estudo completo do comportamento desses produtos de fissão com relação ã sua extração com a tetraciclina. Da mesma f o r m a , embora encontrem-se na ratura referências a compostos formados pela lite tetraciclina com os elementos c é s i o , bario, m o l i b d e n i o , tecnecio, iodo, estroncio e zirconio é no presente trabalho que e feito estudo sistemático de seu comportamento quanto ã com t e t r a c i c l i n a . o extração 11 CAP. I No presente trabalho foi primeiramente examinada a ocorrência da formação de complexos entre a tetraciclina e os elementos em estudo. Para esta finalidade foram emprega^ das as técnicas de espectrofotometria e de titulação poteni ciométrica. Esse estudo não foi feito para o tecnecio 99 não se dispor de carregador deste elemento (: T c ) . por Os estudos realizados permitiram verificar quais são os possíveis locais de complexaçao pelos quais a de tetraciclina se une aos elementos em estudo, molécula uma vez que a tetraciclina apresenta três grupos ãcidos (o sistema tricarbonilmetano, a beta-di cetona fenõlica e o grupamento, dimetil amonio) disponíveis para a entrada do T o n . Depois de verificar quais são os elementos que formam complexos com a tetraciclina foi examinado o comportamento quanto a extração desses c o m p l e x o s , usando o ãlcool benzT lico como d i l u e n t e . Essa parte da pesquisa consistiu em d £ terminar, para cada um dos elementos em e s t u d o , a variação da porcentagem de extração em função da variação do pH da fase aquosa e do tempo de agitação das fases aquosa e orgã nica. Os experimentos de extração foram feitos nos meios nitrato, c l o r e t o , sulfato ou perclorato. Para verificar se os elementos em estudo formam mente complexos com a tetraciclina foi examinado se rea]_ esses 12 CAP. I elementos são ou não extraídos pelo alcool benzilico, na ausência da tetraciclina*. Somente depois de examinar quais os elementos que for^ mam complexos com a tetraciclina e qual ê o comportamento quanto ã extração destes elementos foi possível verificar a possibilidade do uso deste complexante em procedimentos prãticos. Para obter a separação si-multanea dos de fissão " z r . " N b . l^te. ' ^ " t a . ">hu, produtos ^ ^ B a e 'V.c, e urânio foi estabelecido um esquema de operações com a fina^ lidade de conseguir tal separação. Com base no c o m p ó r t a m e ^ to de extração dos produtos de fissão ^ ^ h , ^ ^ " " T C , ^^MO Ç 132 239 Te e, a i n d a , do • Np e do uranio foi estabelecido um esquema para a separação simultânea entre esses e l e m e n t o s . CAPITULO II ESTUDO DA FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS ENTRE A TETRACICLINA E OS ELEMENTOS S r . B a , C s . T e , I. R u . M o , Z r . N b , U II.1. - Equipamentos - EspectrofotÔmetro Beckman Modelo DB e cubetas de quart^ zo de 10 m m de comprimento de percurso; - registrador automático potenciometrico - linear logarTt^ mico - B e c k m a n ; - medidor de pH Metrohm Modelo E-350B, com escala de leitu ra dom divisões de 0,1 unidades de p H . 11. 2. - Reagentes - Diuranato de amonio nuclearmente puro fornecido pelo De partamento de Engenharia Q u T m i c a , do IPEN; - óxidos dos elementos molibdenio (Carlo E r b a ) , bario (Merck ), zirconio e n i o b i o (Johnson Matthey Chemicals L i m i t e d ) ; - telurio em pÓ (Schuchardt); - iodeto de potássio (Merck); - cloretos dos elementos rutenio (Matheson Cokman & B e l l ) , cesio (British Drug Houses)* sódio (Merck); (Merck). estroncio 14 CAP. II - ãcido clorídrico (Carlo E r b a ) ; - hidróxido de sÓdio (Carlo E r b a ) ; - cloridrato de tetraciclina cedido pela Laborterapica-BrÍ£ t o l , São Paulo; Todos os reagentes usados neste trabalho foram de De todos os elementos estudados foram preparadas so grau analítico. II.3. - Preparação das Soluções -2 1uçoes-estoque de concentração 1 , 0 x 1 0 - M com relação respectivoslons. A agua usada para a preparação ções foi desionizada e, em s e g u i d a , destilada em das aos sol£ destil¿ dor de quartzo. a) Soluções dos elementos bario, m o l i b d e n i o , u r â n i o , rutê nio e telurio Foram preparadas soluçoes-estoque desses elementos la dissolução de seus respectivos compostos pe (mencionados no Item II.2) com ãcido clorídrico concentrado, a quente , com exceção do Óxido de bario para cuja dissolução foi em pregada solução de ácido clorídrico de concentração 0 , 1 M . 15 CAP. II b) Soluções dos elementos e s t r o n c i o , iodo e cesio As soluções dos elementos e s t r o n c i o , iodo e cesio fo ram preparadas por dissolução dos respectivos sais (meneio nados no ítem II.2) com agua. c) Solução de zirconio Para obter a solução contendo o zirconio fundiu-se, inicialmente, o Oxido de zirconio com carbonato de .sodio anidro, sendo a relação das massas de oxido de zirconio pa^ ra o carbonato de 1:5. A seguir procedeu-se ã digestão do residuo com solução de acido clorídrico 7M. A solução o b t ^ da na operação de digestão foi d i l u i d a , a s e g u i r , de manei_ ~ ra a atingir a concentração de 1,0x10 -2 - M em zirconio. d) Solução de niobio Para preparara solução de niobio foi feita a fusão do oxido de niobio com bissulfato de potãssio e digestão do residuo com solução de ãcido sulfúrico de concentração 9M. A relação das massas do Oxido de n i o b i o para o bissulfato foi de 1:10. Foi feita uma diluição como mencionado no ca so anterior. e) Solução de cloreto de sodio A solução de cloreto de sÕdio foi preparada pela di¿ 16 CAP. II solução do cloreto de sÕdio com ã g u a , obtendo-se uma ção-estoque de concentração f) Solução de tetraciclina sol£ 1,0M. (TQ ~ A solução de tetraciclina de concentração 1,0x10 foi obtida pela dissolução do respectivo cloridrato -2 M com ãgua destilada. 11.4. - Verificação da Formação dos Complexos por das Medidas Espectrofotometricas e das ' meio Titulações Potenciometri cas II.4.1. - Medidas Espectrofotometri cas Foram registrados os espectros de absorção de sol£ ções de tetraciclina, de concentração 4,0xl0"^M, na faixa de pH compreendida entre 0,8 e 9,0. O intervalo de comprj^ mentos de onda examinado variou desde 440 h m ate 240 h m . V Tendo sido verificado que os espectros de absorção das soluções aquosas dos elementos em e s t u d o , de concentração 1,0x10" M , não apresentam picos de absorção na região em que aparecem os picos da solução de tetraciclina, foram re gistrados os espectros de absorção de soluções obtidas ao misturar a solução de tetraciclina com as soluções conten^ do os diferentes lons. A concentração das soluções de t£ 17 CAP. II . traciclina foi mantida constante em 4,0xl0"^M e a conceji tração das soluções dos.Tons foi sempre de l.OxlO'^M. força iónica do meio foi mantida constante com o A emprego de solução de cloreto de sodio, cuja concentração final foi de 0,1M. Variou-se o pH das soluções desde 0,2 ate pH 9,0. A s e g u i r , compararam-se os espectros de absorção das soluções de tetraciclina obtidos na ausência e na presença dos Tons dos elementos em estudo. Para afirmar se houve formação de complexos- levou-se em conta que o aparecimento de um pico de absorção seu deslocamento são considerados como critérios ou o indicat^ vos da formação de complexos. II.4.1.1. - R e s u l t a d o s obtidos nas Medidas Espectrofotomé* • — ' tricas A FIGURA II.1 mostra o espectro de uma solução de -5 traciclina de concentração 4,0x10 M e pH 4,5 , te isenta dos elementos em estudo. Esse espectro de absorção mostra existência de dois picos de absorção m á x i m a , um dos a quais se localiza em 357 n m e o outro em 275 Wm. As FIGURAS II.2 e II.3 mostram a variação na localiza^ ção do comprimento de onda para o qual a absorção e mãxima CAP,II < 18 0,75 O z *< m cr O 0) m < 0,50- 0.25- 250 350 300 400 450 X,(nm) FIGURA II.1 . ESPECTRO P E ABSORÇÃO P A SOLUÇÃO D E TETRACICLINA ^TETRACICLINA] =4,OxlÕ^ M;pH=4,5. I- P. E. N. RE3 360 380 400 X,(nffl ) 420 / 8 pH TETRACICLINA N A AUSÊNCÍIA E N A PRESENÇA D E VÁRIOS ÍONS A D I F E ^ N T E S VALORES D E p H . lUo!WS»=iAJC«RfiÇL»MJ3 u Q — J ^ - ^ ^ M rnPnMCÜ 3 rWrl 0~3m \ . . FIGURA II.2 . VARIAÇÃO N A LOCALIZAÇÃO D O COMPRIMENTO D E ONDA D E ABSORÇÃO MAXIMA D E SOLUÇÕES D E —a-i^ « I A. M o Ba » Ru A Te /.Cs .I +o 1 ' .TC 260 270 280 290 300 X.(nm) 310 8 pH . I .TC iSr o Ba k Ru A Te X Cs [TETRACICLINA]=4,Ox10-5M;[fONSj=1,QxlO-^M. TETRACICLINA NA AÓSÊNCIA E N A PRESENÇA D E VARIOS ÍONS A DIFERENTES VALORES D E pH. FIGURA II.3 .VARIAÇÃO NA LOCALIZAÇÃO D O COMPRIMENTO D E ONDA D E ABSORÇÃO MAXIMA D E SOLUÇÕES D E 1 Mo o 21 CAP. II das soluções de t e t r a c i c l i n a , provocada pela presença dos lons em e s t u d o , para diferentes valores de pH. A FIGURA II.2 mostra também que, acima de pH 6 , 5 , S£ luções de tetraciclina mesmo isentas dds elementos em e s t £ do apresentam variações na posição do pico de absorção mã xima localizado em 3 5 7 Jim. A FIGURA I I . 3 mostra q u e , nas soluções contendo^ nas a tetraciclina o pico de absorção máxima localiza-se em 2 7 5 nm somente para valores de pH compreendidos 2,5 e ape entre 7,0. De acordo com dados da literatura 34, 5 7 , 60) picos de absorção máxima localizados em 357 nm e 2 7 5 nm estão a s s o c i a d o s , respectivamente, aos grupa^ mentos beta-dicetona fenõlica e tricarbonilmetano da t e t r ¿ cidlina. Assim sendo, o deslocamento na posição do pico de absorção máxima localizado em 3 5 7 nm que é provocado pe la adição de lons a urna solução de t e t r a c i c l i n a , pode ser atribuido a formação de um complexo com a participação do grupamento beta-dicetona f e n o l i c a . E , da mesma forma,ode£ locamento verificado na posição do pico de absorção máxima localizado em 2 7 5 nm indicara a participação do grupamento tricarbonilmetano na formação de um complexo entre a cula de tetraciclina e os T o n s . mole 22 CAP. II As FIGURAS II.2 e II.3 mostram que as soluções de traciclina em presença dos Tons dos elementos c é s i o , te tel£ rio e iodo apresentam, em toda a faixa de pH e s t u d a d a , os valores dos comprimentos de onda de absorção máxima coincJ_ dentes, com os das soluções de tetraciclina na ausénciados Tons em estudo. Pode-se concluir, p o r t a n t o , que esses el£ mentos não formam complexos com a t e t r a c i c l i n a , nas posj_ ções de coordenação correspondentes aos grupamentos beta- dicetona fenolica e tricarbonilmetano. Os espectros de absorção das soluções de tetraciclina em presença do rutenio apresentam os picos de absorção xima c o i n c i d e n t e s , quanto ã localização, com os das ma solij ções de tetraciclina sem esse elemento; porém, a partir de pH 0,8 notou-se uma intensificação na coloração da solução. Foi observado o aumento nos valores de a b s o r b ã n c i a corres^ pondentemente aos picos de absorção de 357 nm e 275 nm com relação aos valores apresentados pela solução de tetracj_ clina na ausencia do ruténio. A FIGURA II.2 evidencia a formação dos complexos eni tre a tetraciclina e os Tons dos elèmentos zircõnio, uranio, m o l i b d e n i o , estroncio e bario, com a participação do g r u p ¿ mentó beta-dicetona f e n o l i c a , uma vez que a adição de tais Tons provoca um deslocamento no pico de absorção máxima da solução de tetraciclina localizado em 357 nm, a partir dos 23 .CAP. II valores de pH 0,2(Zr); 3,0(.U e Me) e 6,6 (Sr e B a ) . Nas soluções de tetraciclina as quais foram adición^ dos lons dos elementos zirconio, molibdenio e uranio foi observado, também, o deslocamento no pico de absorção mãxi_ ma localizado em 275 nm (FIGURA 1 1 . 3 ) , indicando a ção desses elementos também com o grupamento intera^ tricarboniIme taño da tetraciclina. Para as soluções de tetraciclina em presença de zirc5 nio, SÕ foi possTvel registrar os espectros até pH 3,7 pojr que a partir deste valor de pH ocorreu a formação de precipitado um na solução, p r o v a v e l m e n t e , decorrente da hi_ drÕlise do zirconio. Conforme mostram as FIGURAS II.2 e II.3 somente a partir de pH 3,0 a adição dos ions dos ele mentos molibdenio e uranio provocam deslocamento na ção dos picos de absorção máxima da solução de na localizados em 375 nm e 275 nm. Porém, ja posi_ tetracicli_ em soluções de acidez 1,0M, foi observada urna intensificação na colora^ ção das soluções de tetraciclina contendo esses e l e m e n t o s , fato esse que Õ considerado uma indicação da formação de um complexo. Não foi possível real i zar as medidas espectrof otometri^ cas das soluções de tetraclina em presença do elemento niÕ bio. Isto p o r q u e , ao preparar a solução-estoque de niobio 24 •CAP. II para ser utilizada nas medidas espectrofotometricas ha ne cessidade que o meio apresente uma concentração elevada em ácido sulfúrico (meio em que foi feita a digestão do resî^ duo resultante da fusão do Oxido de n i o b i o ) , para que não ocorra a precipitação do niobio,Kiehl e Hart^^^ ^veri f i caram que para o niobio permanecer estável em uma solução concentração seja de 0,038M em oxido de niobio cuja a acidez em ácj^ do sulfúrico deve ser, pelo m e n o s , 3M. Ao diminuir a aci_ dez do meio para valores menores que 0,2M, houve a ..forma^ ção de um precipitado de n i o b i o , impedindo a realização das medidas espectrofotometricas. II.4.2. - Titulações Potenciometricas Foram obtidas as curvas de titulação potenciométrica das soluções de tetraciclina com solução de hidróxido de sódio, na ausência e na presença dos elementos bário, e¿ trÕncio, z i r c o n i o , m o l i b d e n i o , rutenio, u r â n i o , césio, te lúrio e iodo. A concentração da solução de tetraciclina usada para -3 a titulação potenciométrica foi de 1,0x10 M e a concentra ção da solução de hidróxido de sÓdio usada como titulante foi de 0,044M. A concentração d a s soluções contendo os e l £ mentos bário, e s t r o n c i o , c é s i o , t e l u r i o e iodo foi de -3 1,0x10 M , com relação a concentração do e l e m e n t o . Para os 25 CAP. II demais elementos foram usadas soluções -4 1,0x10 de M , porque foi verificado que nesse concentração caso se fossem usadas soluções de concentração l,OxlO""'^M aparecia uma tur_ vação na solução. Foram comparadas as curvas de titulação potenciómetro ca de soluções aquosas de tetraciclina obtidas na presença e na ausencia dos elementos em e s t u d o , com a finalidade de utiliza-las para verificar a formação de complexos. Quando ocorre a formação d e um complexo, ao efetuar a titulação da solução de tetraciclina na presença do elemen-to em e s t £ do com solução de hidróxido de sÓdio, atinge-se^ para um mesmo volume de titulante adicionado, um valor de pH menor do que aquele que é alcançado quando se faz a titulação da tetraciclina na ausencia do l o n ^ ^ ^ ^ . II.4.2.1. - Resultados Obtidos nas Titulações Potenciometricas Ao considerar os resultados obtidos nas titulações p £ tenciométricas e necessário ressaltar, em primeiro lugar, que as curvas de titulação potenciométrica da solução de tetraciclina, sem o e l e m e n t o , apresentam um ponto de infle xão bem d e f i n i d o , em pK 5,5, correspondente ã neutraliza ção do primeiro hidrogênio ionizãvel pertencente ao grUp£ mento da tetraciclina que apresenta o menor valor da con£ tante de dissociação CpK'2- ^ » 3 0 ) ^ Vários autores (""5, 1 6 , ÍWSTÍTUTO D E P e S Q U ' P * S P - • P " é - e c mii-~! c &.í?SQ 26 CAP. II 46, 59) afirmam que este valor esta associado a ção do hidrogênio do grupamento dissocia^ tricarbonilmetano. O segundo ponto de inflexão e que corresponde ã tralização completa do segundo hidrogênio ionizãvel e neu di_ ficil de ser determinado, porque a diferença entre os v a l £ res pK^ e pK2 e muito menor que 4. Por este motivo as vas de titulação potenciométrica somente permitem as alterações que ocorrem no grupamento cur observar tricarbonilmetano. Os resultados obtidos mostram que as curvas'de titula^ ção potenciométrica das soluções de t e t r a c i c l i n a , em sença dos elementos telurio, iodo e césio, são prç coincide^ tes com a curva de titulação potenciométrica da solução de tetraciclina isenta dos Tons desses elementos indicando que a formação de complexos entre o grupamento tricarbonij^ metano da tetraciclina e os elementos citados não ocorre. Na FIGURA II.4 estão apresentadas as curvas de titula ção potenciométrica das soluções de tetraciclina obtidas na ausência e na presença dos Tons dos' elementos bario, e ¿ trõncio, z i r c o n i o , m o l i b d e n i o , ruténio e urânio. As curvas de titulação potenciométrica das soluções de tetraciclina obtidas na ausencia e na presença dos mentos estroncio e bario são coincidentes até pH = 6,5 e^e , CAP.IT o 1,0 20 3,0 4,0 VOLUME D E NaOH ADICIONADO(ml) FIGURA 11A . CURVAS D E TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA D E SOLUÇÕES D E TETRACICLINA N A AUSÊNCIA E N A PRESENÇA D O S fONS ESTUDADOS. [BARIO]=[ESTRÔNCIO] =1, OX1O-3MJ [ZIRCONIO] 410LIH)Ê NIo] =|ÍUTÊNIO] =. [URÂNIO] =1, OxlO~^M; [TETRACICLINA] = 1,0x10"^; [NáOH] =0,044M. 28 CAP. II mostrando que esses elementos não formam complejos com a tetraciclina, com a participação do grupamento tricarboni]_ metano. Tomando como base os resultados da titulação potencio métrica das soluções de tetraciclina na ausencia e na pr£ sença dos elementos u r a n i o , m o l i b d e n i o , zirconio e ruténio (FIGURA I I . 4 ) , conclui-se que a complexaçao desses elemen tos pela tetraciclina ocorre por meio do grupamento fricar, bonilmetano. CAPITULO III A TETRACICLINA COMO AGENTE EXTRATOR DOS ELEMENTOS EM ESTUDO III.l. - Equipamentos - detetor Geiger - Milller; - espectrómetro de raios g a m a , mono-canal marca Nuclear Chicago Modelo 8 7 53 acoplado a um cristal de cintila ção de Nal(TI) do tipo poço, de dimensões 5,00x4,38 cm; - espectrómetro de raios gama marca Hewlett-Packard de 3 4096 c a n a i s , acoplado a um detector de Ge-Li (27 cm volume ativo e 3,4 KeV de resolução para o raio gama de de 1 ,33 MeV do ^°Co. - mi ni-computador Hewlett-Packard, modelo 2100A, acoplado ao analisador de raios g a m a ; - espectrómetro gama marca TMC de 400 canais, acoplado um cristal de cintilação de Nal(Tl) do tipo poço, de a á\_ mensões 7,5x7,5 centímetros; - medidor de pH marca Metrohm Modelo E-350 B, com escala de leitura com divisões de 0,1 unidades de pH. - agitador para os funis de separação Marca B.T.L. "Umitemp", procedencia Inglesa termostatizado, com temperatura coin 30 CAP. Ill trolada para 25,0 Í 0,5°C; - centrifuga C l a y - A d a m s , tipo Safeguard (2500 rpm). III.2. - Reagentes Alguns dos reagentes empregados nesta parte do traba, lho jã foram relacionados no Item II.2. Na relação apresen^ tada devem ser incluídos: • « - ãlcool benzilico (Cario E r b a ) ; - ãcidos nítrico, perclorico e sulfúrico (Carlo E r b a ) ; - alumina (Merck); - perclorato de sõdio (Merck); - periodato de sÕdio (May & Boker, L t d , E n g l a n d ) ; - bisulfito de sodio (Carlo E r b a ) ; - nitrito de sodio (Merck); - tetracloreto de carbono (Merck); - cloreto estanoso (Cario E r b a ) ; - nitrato de sodio (Baker e A d o n s o n ) ; - sulfato de sodio (Cario E r b a ) . todos os reagentes eram de grau analítico. - U3O8 nuclearmente puro 31 CAP. III III.3. - Preparação das Soluções III.3.1. - Preparação das Soluções dos Traçadores Radioati vos Bario - para a preparação da solução do traçador r a d i o a t ^ — 139 vo do elemento bario ( Ba) foram irradiados 20 mg de seu Óxido sob um fluxo de neutrons térmicos da oHdem de 12 -2-1 10 n.cm .s durante 1 hora. Apos a irradiação^ o oxido de bário foi d i s s o l v i d o , a quente, com soluções dos ãcidos clorídrico, nítrico ou perclorico de concentração dependendo do meio em que os experimentos de extração 0,1M, S£ riam posteriormente e x e c u t a d o s . A solução obtida na dissolução do Óxido foi diluída com ãgua d e s t i l a d a , chegando-se -5 a uma concentração final de bario de 1,0x10 M , c o n c e n t r ¿ ção esta em que os experimentos de extração foram r e a l i z £ dos. Molibdêhio - o traçador radioativo do elemento molibdenio (^^Mo) foi obtido pela irradiação de 100 mg de MoO^ sob um 1 2 - 2 - 1 fluxo de'neutrons térmicos da ordem de 10 n.cm .s du^ rante 8 horas. ApÓs a irradiação, o Óxido de molibdenio foi dissolvido, a q u e n t e , com solução de hidróxido de sódio lOM e a solução foi diluída de forma a o b t e r , para os e x p £ ~ -4 rimentos de e x t r a ç ã o , uma solução de concentração 5,0x10 M em m o l i b d ê n i o . Tecnecio - o radioisÓtopo ^ ^ " ' T C foi obtido como produto do 99 decaimento radioativo do M o . Uma solução do traçador ra • KüTityTO DE PeaQUiSAS E N E R G É T I C A S E N U C L E A R E S I. P . E. N. ; i 32 CAP. III 99 dioativo de molibdenio ( M o ) , contendo 10 mg — molibdie de nio em pH 4,2 foi percolada por uma coluna de alumina (ca^ racterTstica da coluna: diâmetro de 1,2 cm e altura da luna de alumina 5,0 c m ) , previamente condicionada com ções de concentração 0,1M dos ácidos clorídrico c£ soliJ[ , nítrico, perclorico ou sulfúrico, dependendo do meio em que os expe rimentos de extração seriam feitos. O tecnecio foi eluTdo com o emprego de soluções de cloreto, nitrato, p e r c l o r a t o , ou sulfato de sodio de concentração 0,2M, dependendo do. meio em que a coluna fora condicionada. Em todas as etapas a va^ zão foi de 4 gotas por minuto. Experimentos feifos a técnica de cromatografia em papel ascendente usando mostrara,m que^ nas condições e m p r e g a d a s , o tecnecio é eluTdo sob forma de Tons pertecnetato a (TcO^"). As soluções de tecné cio foram usadas livres de carregador. Foi feito o estudo da tetraciclina como agente extrator do tecnecio na forma de Tons pertecnetato (TcO^"). 90 Estrôncio - A uma solução nTtrica de Sr livre de carre gador foi adicionado nitrato de estrôncio de tal forma que a concentração final de estrôncio para a realização dos ex -5 -, \, perimentos de extração fosse de 1,0x10 M. A solução nitri^ ca de estrôncio foi percolada por uma coluna de resina aniô nica (Amberlite CG-400, 100-200 " m e s h " , na forma C l " ) . coluna de resina foi previamente condicionada com A solução de ãcido clorTdrico ou perclorico 1,0M. Desta f o r m a , a so 33 CAP. III lução de nitrato de estroncio foi convertida em de cloreto e de perclorato de e s t r o n c i o , p a r a , soluções a seguir, serem usadas nos experimentos de extração realizados ne£ ses m e i o s . Ruténio - O traçador radioativo de ruténio (^'^'^Ru) foi ob^ tido pela irradiação de uma solução de cloreto de ruténio (10 mg/ml de ruténio) em ampola de quartzo por um periodo de 40 horas. A solução irradiada foi diluida com agua tilada de modo a obter uma concentração final de 1,0x10 de£ -4 M em rutenio. Para a obtenção do traçador de rutenio nos meios n í t r i c o , perclorico e sulfúrico procedeu-se de maneira análoga a descrita para o estroncio. Z i r c o n i o , Niobio e Césio - O estudo referente aos elemen^ tos z i r c o n i o , niobio e césio foi feito usando soluções li_ 95 95 137 vres de carregador dos radioisótopos Zr, Nb e Cs. Estes foram obtidos como produtos da fissão térmica de U ao irradiar 2,6 g de U^Og (urânio natural) por um pe rTodo de 100 horas. ~ 95 95 137 Para os experimentos de extração de Zr, Nb e Cs, foram usadas as próprias soluções resultantes da dissolu^ ção do UgOg irradiado, e s t a n d o , p o r t a n t o , esses radioisÓto pos presentes ao lado não sÓ dos demais produtos de fissão como também do urânio cuja concentração era de l,8xlO"^M.O 34 CAP. Ill Óxido de urânio irradiado foi d i s s o l v i d o , apÓs um resfri£ mento de 2 m e s e s , com o, emprego dos ácidos c l o r í d r i c o , per^ d ó r i c o ou sulfúrico concentrados ou com solução de ãcido nítrico de concentração 4,0M. A dissolução do óxido de urânio com ãcido clorTdrico não foi t o t a l . A solução de cloreto de uranilo foi padronj_ zada (analise por ativação com neutrons epitérmicos) e dT_ luTda de forma a obter uma solução de urânio de c o n c e n t r a ~ -3 ~ çao 1,8x10 M para os experimentos de extração. - 123 Tel uri o - O traçador radioativo do telurio ( Te) foi tido pela irradiação de 200 mg de ãcido telúrico por ojb 8 ho^ ras. Após um resfriamento de dois m e s e s , a amostra foi d i £ solvida diretamente com ãgua de modo a obter uma concentra^ _ -4 çao final em telurio de 1,0x10 M. 131 Iodo - O traçador radioativo do iodo ( 235 mo produto de fissao do I) foi obtido U na irradiação de 250 mg UgOg (urânio natural) com neutrons t é r m i c o s , por um do de 4 horas. ApÓs um resfriamento de 5 d i a s , foi dissolvida com solução de ãcido nTtrico de a de perTo amostra concentra^ ção 4,0M ou ãcido clorTdrico c o n c e n t r a d o , dependendo meio a ser estudado. O comportamento de extração do do iodo, foi estudado na presença dos demais produtos de fissão também do próprio urânio cuja concentração c£ na solução e era 35 CAP. III de 1 .SxlO'-^M. O estudo do comportamento da tetraciclina como agente extrator do iodo foi feito estando este elemento presente livre de carregador, sob todas as formas químicas em que ~ 235 ' e produzido na fissao do U e, também, depois de leva-lo a uma só forma química ( i o d e t o ) , cuja concentração utiliza^ -4 da nos experimentos de extração foi 1,0x10 M. Para conver. ter o iodo para a forma de iodeto, o método adotado foi apresentado por Glendenin e o Metcalf 1 1 1 . 3 . 2 . - Preparação das Soluções contendo Tons Uranilo . Para o estudo da extração do urânio as soluções foram obtidas por dissolução do oxido de urânio (U30g), não-irra^ diado, com solução de acido nítrico de concentração 4M e com os ãcidos clorídrico, sulfúrico e perclorico concentra^ dos, dependendo do meio em que os experimentos de extração seriam posteriormente e x e c u t a d o s . A concentração das soli£ ções de urânio utilizadas nos experimentos de extração foi -4 2,9x10 M em uranio. 1 1 1 . 3 . 3 . - Preparação da Solução de Perclorato de SÕdio A solução de perclorato de sodio foi preparada pela dissolução deste sal com ãgua d e s t i l a d a , obtendo-se uma solução de concentração 1,0M em perclorato de sodio. Proce 36 CAP. III deu-se da mesma maneira para a preparação das soluções de cloreto, nitrato e sulfato de sódio. III.3.4. - Preparação da Solução de Tetraciclina em T^lcool Benzi 1 i co O cloridrato de tetraciclina foi dissolvido com ãlcool benzTlico previamente equilibrado com agua e a concentra^ ção da solução de tetraciclina usada para as operações de -2 extração foi 2,0x10 M. - III.4. - Procedimento Adotado para a Realização dos Experi mentos de Extração As fases aquosas e o ãlcool benzTlico foram mutua mente prÓ-equi 1 i brados com o objetivo de evitar a variação de seus volumes durante a operação de extração. A operação de pre-equi 1Tbri o. do ãlcool benzTlico sistiu em co£ agitã-lo com agua destilada (proporção 2:1). separação das fases foi feita por decantação seguida A de centrifugaçao. O ãlcool benzTlico assim pre-equilibrado foi utilizado para a dissolução do cloridrato de tetraciclina. De modo análogo, foi feito o prÓ-equiiTbrio da aquosa isenta dos elementos a serem extraTdos, usando o cool benzTlico ja saturado com agua. fase áj_ 37 CAP. III Para a execução dos experimentos de extração foram us£ das soluções dos traçadores radioativos dos elmentos em es^ tudo sendo as concentrações dos elementos bario, estroncio, m o l i b d e n i o , r u t e n i o , uranio e telurio as anteriormente men^ cionadas. As soluções de tecnecio, z i r c o n i o , n i o b i o , cesio e iodo foram usadas livres de carregador. Os experimentos de extração foram realizados em um in^ tervalo de acidez tal que a porcentagem de extração ;dos elementos variasse de O a 100%. Esse intervalo variou desde 8M em ácido (clorTdrico ou nTtrico) ate pH ='9,5. Ao empregar os ácidos sulfúrico e perclorico as concentrações máximas de ácido utilizadas foram 4,0M e 3,6M, respectiva^ m e n t e , porque acima dessas concentrações o tempo rio para a separação das fases era muito longo necessá notando-se alteração no aspecto da fase orgánica evidenciando uma de^ gradação nesta fase provocada por esses á c i d o s . Para a realização dos experimentos de extração no tervalo de pH de 1 até 9,5 foram adicionados cloreto, trato, sulfato ou perclorato de sodio, mantendo a iji ni^ concen^ tração final do eletrolito em 0,1M. Assim sendo, os exp£ rimentos de extração feitos no intervalo de pH indicando o foram nas condições de concentração constante de e l e t r Õ l f to. Estes sais não foram adicionados aos sistemas de e x t r £ ção realizados em valores de acidez maiores que 0,1M. ^8 CAP. III Os sistemas de extração foram constituidos por 5.»0 mi das soluções aquosas dos elementos em estudo e por 5,0 -2 de solução de concentração 2,0x10 mi M de tetraciclina em a]^ cool benzTlico. Com a adição de volumes adequados de solu^ çõesde concentração 0,1M de hidróxido de sÓdio ou de ácido adequado foi feito o ajuste do pH aos valores em que se riam posteriormente executados os experimentos de extração. O tempo de agitação usado para a realização d o s ^ e x p £ rimentos de extração foi de 30 m i n u t o s . Terminada a agita ção e após uma separação inicial das f a s e s , por decantação, procedia-se ã centrifugação das fases e media-se novamente o pH da fase aquosa, sendo este o valor tomado como aquele em que o equilTbrio entre as fases fora estabelecido. De cada uma das fases foram tomadas alTquotas díe 2,0ml para contagem. Nos casos em que somente um radioisótopo e £ tava presente foi utilizado um espectrómetro de raios gama mono-canal , acoplado a um cristal de cintilação de Nal(Tl) ra do tipo poço. No caso de amostras contendo mais de um dioisÓtopo foi utilizado um espectrómetro de raios gama, de 4096 c a n a i s , acoplado a um detetor de Ge (Li). Para a 90 contagem das partTculas beta do Sr foi utilizado um tector Geiger-Muller. A contagem das partTculas beta 90 Sr foi feita na na pi presença do crito por Kirby,(32) 90 de do — Y, empregando o método d e ¿ 39 CAP. III As determinações do uranio foram feitas usando a t é c nica de analise por ativação com neutrons epitérmicos^^^me dindo a atividade correspondente ao fotopico de 74,6 KeV 239 •do U. Para a contagem do uranio foi utilizado um e s p e £ tÕmetro de raios gama de 400 c a n a i s , acoplado a um cristal de cintilação de Nal(Tl) do tipo poço. 0 calculo de porcentagem de e x t r a ç ã o , % E , foi feito usando a relação seguinte: o^E = (.cpm/ml)^ V^ X 100 (cpm/ml )q V^ + (cpm/ml)^ V^ onde (cpm/ml)p representa a r a d i o a t i v i d a d e , em numero de contagens por m i n u t o , de um mililitro da fase orgânica e ( c p m / m l ) ,a representa o numero de contagens por m i n u t o , de um mililitro da fase a q u o s a , sendo V. e V, os volumes u das a fases orgânica e a q u o s a , respectivamente. i r i . 5 . - Verificação da Ocorrência ou não da Extração Elementos em Estudo pelo Alcool dos Benzilico Para verificar se o ãlcool benzilico e x t r a i r i a , si SÕ, os elementos em e s t u d o , foram feitos por experimentos, nos quais soluções aquosas contendo os traçadores radioati^ vos de cada um dos elementos em e s t u d o , mantidas em dife 40 CAP. III rentes valores de a c i d e z , foram postas em contato e agita das com alcool benzTlico apenas. O mesmo estudo foi feito para o urânio. Os experimentos foram realizados descrito no ítem III.4, a menos da presença da conforme tetraciclj^ na. Foi verificado que os elementos estroncio, cesio, rio, telurio e urânio não são extraTdos pelo alcool lico nas condições experimentais e m p r e g a d a s , e foi observado que no intervalo de acidez estudado a bâ benzT taitíbem extração de zirconio e niobio pelo ãlcool benzTlico não excede a 5% independentemente do meio empregado. Para o elemento rutenio foi verificado que, dentemente do eletrolito usado, sua extração pelo indepen^ ãlcool benzTlico não excede a 3% na faixa de pH de 1,0 a 9,5, quanto que, para valores de acidez acima de IM, sua BB extra^ ção é de cerca de 10%. As TABELAS III.1 e IÍI.2 apresentam os valores da por centagem de extração dos elementos tecnecio e molibdenio , respecti v-amente, pelo alcool benzTlico, nos diversos meios estudados. As curvas de extração apresentadas nas FIGURA'SIII.I III.2 mostram que o ãlcool benzTlico por si sÕ extrai e os «o O) to IO 10 O 3 ITS 10 (O -O N (U T3 •t- <u cr M O 3 48.7 29,8 17.9 13,9 10.2 8,0 1.0 2.4 3,5 5.2 6.0 6,5 1.0 2.5 3.0 5,6 6.3 6,5 6.9 7.5 30,5 14,8 9,4 5,0 4.8 5.2 5.1 3,6 47,0 49,1 52,0 48,2 44,2 %£ 1,0 2,5 4,0 5,0 6,1 1,0 6,0 4,0 2,0 8,0 Acidez 6.8 4.2 n.o 23,2 37.1 49,2 62,3 63,5 65.1 60,4 %£ Tempo de Agitação: 30 min. Tecnecio Livre de Carregador; [NaX] = 0,1M (X = Cl-, C104', NO3- e SO4—); 62,5 75,5 71,6 2.0 77,2 77,2 1,7 0,8 3.6 3,0 Acidez 72,5 77,2 %E Meio NO3- EMPREGANDO O DILUENTE ÁLCOOL BENZÍLICO Meio CIO4- ACIDEZ DA FASE AQUOSA 2.0 1.0 8.0 6.0 5,0 4.0 3,0 Acidez Meio C T DE PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DO TECNECIO OBTIDA NOS DIFERENTES VALORES TABELA II1.1 1.3 1.8 3.1 4.5 5.2 1.0 4.0 3.0 2.0 Acidez Meio S04" 43,1 33.2 22,1 14.9 10,1 69.9 63.1 60,5 51,3 %E H—1 0 -a • CT <£ 3' ' t/)l—1 o s to 5.9 6.5 1.5 2.2 2.9 3,5 4,5 1.0 4,0 2.0 5,0 1,3 0 0 4.7 3.2 19.9 22.1 71.1 53.7 84,4 77.5 8.0 6,0 3,1 4.0 5,0 7.0 1,5 2.3 1.0 0,25 2.0 3.6 3,0 Acidez %E 0 0 11.9 7.4 2,0 0 24,8 73,6 50,7 40,9 44,2 Meio CIO4- EMPREGANDO 2,1 3,0 1.0 1,0 Q- Tempo de Agitação: 30 min. - 0 5.9 3,0 20,5 . 18,1 36,7 35.7 34,3 8,0 6,0 4,0 2,0 %E Acidez Meio NO3 O DILUENTE ÁLCOOL BENZTLICO 7,5 0 0 0 [Molibdinio] = 5,0 x lO-^M; [NaX] = 0,1M (X = Cl-, C104-, NO3- e S O 4 " ) ; ac T3 ta U- to «o OI 5" t/l o (O •X. T5 'r- (U NI «o •o «0 u. (/) %E Acidez Meio Cl- DE ACIDEZ DA FASE AQUOSA PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DO MOLIBDENIO OBTIDA NOS DIFERENTES VALORES TABELA II1.2 1,3 1,8 2.5 1,0 2.0 4.0 3,0 Acidez 2.1 5.2 4.0 8,5 5.7 23,0 13,7 %E Meio S04'•- - a o 3» ro 45 CAP.III 2 r C5 :2; B 2 o Ü •9 M CO 'S Ü Ü O II o' M O ï o c o s. o I o M H O 100 |IIIM I I—I |IM I I I I—I I I l^-l~aT?r |lll! II 10' |ll I I I I I I N03- X 10^ A] ui.i.i . 1 . J . • • . Cl O 4 ' k 10 ,-6 li • , i , , S04" C f 0 - r r [T [ l l l l I I I—I _i -7 10 |i. 1 III I I I—r MOLIBDENIO]-5, Q x l O - ' ^ M ; [NaX]=0,lM (X»cr, ClO^.NO^.SO^);TEMPO D E A G I T A Ç Ã O O O m i n . FIGURA III.2. CURVAS D E EXTRAÇÃO D O MOLIBDENIO PELO ALCOOL BENZÍLICO NA AUSÊNCIA D A TETRACICLINA^ l i l i — I 10« 4^ H H M • 45 CAP. III elementos tecnecio e m o l i b d e n i o , respectivamente,sendo que esta extração depende da, acidez do meio e da natureza do anión inorgânico presente na f a s e a q u o s a . A TABELA III.3 apresenta os valores da porcentagem de extração do iodo pelo ãlcool benzTlico para o intervalo de acidez da fase aquosa c o n s i d e r a d o , nos meios clorTórico e nTtrico, estando o iodo sob todas as formas quTmicas pr£ duzidas na fissao e, t a m b é m , sob a forma de iodeto. As curvas de extração apresentadas na FIGURA III.3 mos_ tram que o alcool benzTlico extrai 100% do iodo presente sob todas as formas quTmicas em que é produzido na fissão, na faixa de acidez de 6,4M a 0,1M em acido nTtrico ou cío rTdrico. Também no intervalo de pH de 1 a 9,5 o ãlcool bejí zTlico extrai o iodo e esta extração diminui com o aumento do pH da solução. E necessário salientar que as curvas de extração apre sentadas na FIGURA III.3 rppresentam o comportamento de ex tração do iodo presente nas soluções de nitrato e cloreto de uranilo utilizados nos experimentos f e i t o s . Esta ressal_ va é feita levando em consideração o fato de que a propor, ção em que os diferentes estados de o x i d a ç ã o , portanto formas quTmicas (I~, lOg", 10^" e I2) em que o iodo é formado no processo de fissão pode variar as elemento de uma > O c Z m 1 1 8.1 6.0 1.0 1.5 3.8 6.4 4.8 2.4 Acidez cr NaCl] e [NaNOa] = O.IM Tempo de Agitação : 30 min. Solução livre de Carregador fO -o a: o. Ll. (0 L/L 0) 3 o <c (0 V) <c O •1— -O <U •o N íTl (/) D C > IO «o 10 (U -O O m G o cr Meio 54,9 44,2 98,7 93,1 77,3 100 100 100 %E 5.2 9,2 1.0 2,3 3.9 2,4 1.3 6,4 4.8 Acidez Meio NO3- Solução sem Tratamento Químico 70,7 48,6 100 95,8 92,2 97,4 100 100 100 _ cr 11,9 12,1 1,0: 12,7 13,1 13,3 12,9 22,3 46,1 33,5 75,1 80,5 81,9 73,3 IMeio 1.9 5,0 6,9 1,0 2,1 1.0 8,0 7.0 4,8 3,0 Acidez X 10-4M ^Iodeto] = NaCl] e ;NaN03] = 0,1M Tempo de Agitação: 30 min. 7.2 0,9 2,6 3,3 4.4 5.4 6.4 1.2 2,0 3.2 8,0 6,5 5,0 Acidez Meio DE ACIDEZ DA FASE AQUOSA EMPREGANDO O DILUENTE ÁLCOOL BENZTLICO PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DO IODO OBTIDA NOS DIFERENTES VALORES TABELA II1.3 %E 10,5 20,7 12,3 36,1 56,2 71,7 80,3 79,7 81,6 75,1 NO3- CO o -t=ON .1 CO D O' . \ 1 10" I \ I" \ I 1ó' ••••o. ci- 1tf i n n I r I i iini i 111 I I 1Ò* !• I—T J ll l l l 1Ò^ I I I (Fissão) l l ll ll 'I « [H ' I—I 1ó' llll I I I R-I—» I 1ò' llHI t » F T TEMPO D E AGITAÇÃO OOmln. I (FISSÃO) LIVRE D E CARREGADOR; [I"]=1, 0X10"V [NaX]=0,lM (X«Cr,NO^) FIGURA I I I O - CURVAS D E EXTRAÇSO D O IODO PELO ÁLCOOL EENZILICO N A AUSÊNCIA D A TETRACICLINA. 10 oL 20 40 60 80-A. %E loor'u w 'cpç A| 1Ò' JLLLI 1b' I... 48 CAP. III irradiação para outra e, também que estas diferentes for mas quTmicas podem ou nãx) ser igualmente extraTdas pelo ã]_ cool benzTlico. No caso do estudo da extração do iodo pelo ãlcool ben^ zTlico, estando o iodo presente sob a forma de Tons iodeto, as curvas de extração da FIGURA III.3 mostram q u e , na xa de acidez de SM a 4M em ãcido c l o r T d r i c o , hã uma fàj^ extra_ ção de cerca de 80% do iodeto pelo ãlcool benzTl ico,..e q u e , para valores m e n o r e s de a c i d e z , a extração do iodeto pelo álcool benzTlico diminui com a diminuição da acidez do meio. E¿ sas curvas mostram também q u e , para um mesmo valor de p H , a extração dos Tons iodeto pelo álcool benzTlico é menor do que a extração observada para o iodo presente nas solu^ ções de cloreto ou nitrato de uranilo nas quais não foi feito qualquer tratamento quTmico para levar o iodo ã for^ ma quTmica única de iodeto. 111.6. - Determinação do Tempo de Agitação Necessário para o Estabelecimento do EquilTbrio entre as Fases Para a determinação do tempo de agitação necessário para que as duas fases entrem em e q u i l T b r i o , foram zados experimentos de extração nos quais as fases reali_ aquosa e orgânica foram postas em contato, sob agitação constante, durante intervalos de tempo que variaram desde 10 até minutos. 120 49 CAP. III Como o tempo de agitação necessário para que o equilT brio entre as fases seja^ atingido pode não ser o mesmo ra soluções de valores de pH d i f e r e n t e s , os pa^ experimentos de extração foram realizados em dois valores de pH. foram escolhidos de maneira que a porcentagem de Esses extração dos elementos em estudo pela solução de tetraciclina álcool benzTlico não excedesse a 9 5 % e nem fosse em inferior a 5%. Mantendo a extração dentro desses limites os erros experimentais são m e n o r e s do que os cometidos quando urna das fases esta praticamente isenta do elemento que se está distribuindo entre as f a s e s . Para este e s t u d o , que foi feito apenas em meio clorT d r i c o , os experimentos de extração foram realizados confor^ me descrito no ítem III.4. Os resultados encontrados nas duas series de experi^ m e n t o s , uma para cada valor de p H , são os que estão na TA BELA II1.4. Os resultados mostraram que não ha variação na porcen^ tagem de extração para os elementos uranio, e s t r o n c i o , bá rio, t e c n e c i o , m o l i b d e n i o , r u t e n i o , z i r c o n i o , n i o b i o , e iodo, para os diferentes tempos de agitação empregados (10, 30, 6 0 , 90, 120 m i n u t o s ) . O tempo de agitação adotado para a realização dos experimentos de extração foi de trinta mi^ ñutos. 50 CAP. Ill TABELA 111.4 PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTUDADOS OBTIDA NOS DIVERSOS TEMPOS DE AGITAÇAO EMPREGADOS Elemento Acidez da Fase Aquo Tempo de Agitação (minutos) 10 30 60 90 120 16,1 68,4 13,1 75,9 19,3 72,3 12,3 78,0 16,9 73,8 Sr pH=l,l pH=4,0 pH=5,0 18,2 70,9 11,5 73,8 17,3 70,2 11,8 73,1 Ba pH=6,0 pH=6,6 22,5 77.8 34,0 80,7 27,1 75,8 Tc pH=1.2 pH=6,0 76,9 24,9 76,2 23,9 Mo pH=5,5 pH=4.9 18,7 62,0 Ru pH=l,0 pH=4,0 Zr Nb U I sa pH=0,5 — —• — — 34,6 84,8 75,9 22,8 76,2 25,7 76.5 24,3 19,1 61,9 17,9 60,6 19,5 59,7 20,3 61,5 38,6 65,7 38,5 70,5 39,6 70,1 38,7 71,2 42,3 69,4 pH=2,0 HC1(2M) 91,0 38,9 91,8 40.1 92,5 40,5 91,9 39,7 92,3 41,3 pH=2,0 HC1(2M) 79,1 16,1 80,5 15,8 79,9 16,7 81,2 16,3 80,5 15,9 pH=2,5 • pH=6,5 76,3 39,8 80,5 40,3 81,4 41,5 82,5 38,7 81,6 42,5 [Tetraciclina] = [NaCl] = 2,0 x 10"^M 0,1M ' 51 CAP. III Com o objetivo de verificar se o tempo de agitação de 30 minutos e realmente suficiente para que o equilTbrio ter^ modinãmico entre as fases se e s t a b e l e ç a , foram obtidas curvas de extração a partir dos experimentos de as retro-ex tração alem das obtidas nos experimentos de extração diré t a , u s a n d o , em ambos os c a s o s , o mesmo tempo de agitação. Somente e possTvel afirmar que as condições de equilT brio de extração foram atingidas quando as curvas de .extr£ ção de um elemento obtidas nas operações de extração e de retro-extração, realizadas no mesmo tempo de agitação, são coincidentes. Para a realização dos experimentos de rètro-extração p r e p a r o u - s e , inicialmente, uma sol ução-estoque de fase gãnica contendo o complexo de tetraciclina com o em estudo. Essa solução orgânica foi obtida or^' elemento procedendo-se como descrito no Item III.4 sendo que o pH da fase aquosa foi acertado de modo a obter a extração máxima do elemento considerado. Esses valores de pH foram escolhidos com base nos resultados dos experimentos de extração descritos no Item III.7 apresentado a seguir. Na operação de r e t r o - e x t r a ç ã o , 5,0 ml da fase orgânj^ ca (estoque) contendo o complexo da tetraciclina com o e l £ mento em e s t u d o , foram colocados em contato com 5,0 ml de 52 CAP. III fase aquosa constituida por urna solução de cloreto de s5 dio 0,1M, apresentando diferentes valores de acidez. As d £ mais etapas da operação de retro-extração foram as mesmas descritas no ítem III.4. A FIGURA III.4 apresenta as curvas de extração do tênio obtidas nas operações ru^ de extração e de retro-extra^ ção. Os respectivos resultados experimentais m o s t r a r a m que ao variar o pH desde 1,5 ate 8,6 nas operações de e x t r a ç ã o , os valores de porcentagem de extração variaram desde 56% até 2 8 % passando por um valor máximo de 90%. No caso ' das operações de retro-extração os valores de porcentagem de extração variaram dentro do intervalo de 14% a 5% quando o pH variou desde 1,5 até 7,8. Repetiram-se os experimentos de extração e de extração para o r u t é n i o , aumentando o tempo de retroagitação para 2 h o r a s , para verificar se desta forma seriam obtidos valores coincidentes para as porcentagens de e x t r a ç ã o . resultados obtidos foram os mesmos observados ao Os empregar 30 minutos de agitação. ApÕs o ruténio ser extraído para a fase o r g â n i c a , somente de 5 a 14% do ruténio são retro-e_x traídos para a fase aquosa. A TABELA III.5 apresenta os valores das porcentagens de extração para os elementos e s t r o n c i o , bario, tecnecio, m o l i b d e n i o , z i r c o n i o , niobio, ruténio e u r â n i o , obtidos 53 CAP.III F I G U R A I I I - 4 . C U R V A S DE EXTRAÇÃO DO RUTENIO OBTIDAS NAS OPERAÇÕES DE ÇÃO E DE RETRO-EXTRAÇÃO. EXTRA. feuTÊNIO]=1X)X10"^MjTETRAClCLlNAl=:^0X 10"2MTNaCÍli0.1M.TEMPO DE AGrTACÁO 30min. í.^-loTíTUTO D E P E S Q U ' S A S E N E R G É T I C A S E N U C L E A R e S I, P E. N. pH %E 0.9 5,0 12,0 34,9 57,1 75,2 93,9 99,0 99,1 pH 2,8 3,5 4,0 4.5 4,8 5.0 5,5 6,0 6,5 0.7 1.3 1,3 4.4 24.7 48.9 83.3 84.9 99.8 %E = 0,1M M' M %E l.OM* 69,0 80,1 1,0 2-, 5 89,8 2,9 81,8 3,3 79,9 3,9 61,0 4.5 39,8 5,9 24,3 7.5 7.5 X Tecnecio Mol aridade do acido clorTdrico Tempo de Agitação: 3 0 min [NaClJ [Tetraciclina] = 2 , 0 x 1 0 - 2 M 2.6 4.7 5,2 5.5 6,0 6,3 6.7 • 6.9 7.4 Bário Estroncio 6.1 6,8 7.5 4,9 5,5 1.2 1.5 2,5 3.2 3,9 pH 94,7 94,0 97,3 98,3 96,5 41,0 19,4 12,8 0 0 %E Molibdenio %E 4,0M* 32,0 2,5M* 36,8 l.OM* 53,1 67,3 1.1 2,2 91.5 3.5 97,2 5.3 87,4 7.2 65,3 43,1 9,5 M X / p H Zirconio / M 3.5 5.3 7,2 9,5 1,1 2.2 4,0M* 2,5M* 1,0M* pH 13,5 15,3 20,2 34,3 83,0 100 95,0 44,6 2.5 6,8 7,2 7,8 1,5 2,6 3,5 4,2 5,8 pH X 13,5 10,4 9,0 9,1 7,1 5,3 7.3 6,6 %E Rutinio Nióbio %E EM ALCOOL BENZTLICO NOS DIFERENTES VALORES DE ACIDEZ DA FASE AQUOSA PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTUDADOS OBTIDA USANDO SOLUÇAO DE TETRACICLINA TABELA II1.5 6.1 1.1 1.3 1,5 1.9 2.5 4.5 0,5 0.9 pH 15,1 29,7 49,5 67,1 83,2 92,5 100 100 99,7 %E Urânio o -o 55 CAP. III nas operações de retro-extração. Os valores da porcentagem de extração desses elementos obtidos nos experimentos de extração serão apresentados na TABELA III.6. Para poder afirmar que as curvas de extração obtidas nas operações de extração e retro extração são ou não coin cidentes e necessário aplicar testes e s t a t í s t i c o s ^ ^ ^ ^ aos valores obtidos experimentalmente. E n t r e t a n t o , os testes estatísticos não podem ser aplj_ cados diretamente as curvas de extração, uma vez .que c u r v a s , que mostram a variação de porcentagem de tais extração em função de variação do p H , não representam a variação de uma função linear. Porém, como tanto a porcentagem de ex^ tração como a razão de distribuição são grandezas que re presentam o comportamento de um sistema de extração e am bos estão ligados entre si pela relação: %E = lOOD (D + onde: %E = porcentagem de e x t r a ç ã o ; D = razão de distribuição e ^) Vo 56 CAP. III Va e Vo são os volumes das fases aquosa e orgânica, re£ lan pectivamente e possivel realizar o estudo e s t a t í s t i c o , cando mão da variação do logaritmo da razão de distribuj_ ção em função da variação do pH que é uma variação linear (reta l o g D x p H ) . O estudo estatístico realizado para verificar a coiji cidencia entre as retas (logDxpH) consistiu no exame vio da condição de paralelismo entre elas,e,uma vez prê" verifi_ cado que esta condição era s a t i s f e i t a , examinou-se a condj^ ção de coincidencia entre as retas paralelas. A aplicação dos testes estatísticos aos valores dos nos experimentos em que foi feita a agitação obtj_ durante 30 minutos mostrou que as retas que representam o c o m p o r t a mento de extração dos elementos bario, e s t r o n c i o , uranio e tecnecio, são c o i n c i d e n t e s , em um nTvel de significancia de 0,10, com as retas que representam o comportamento de ex^ tração verificado nos experimentos de retro-extração. Po de-se concluir, p o r t a n t o , que para estes elemerttos o librio entre as fases é atingido com 30 minutos de equ^. agita^ ção. No caso dos elementos m o l i b d e n i o , niobio e zirconio foi verificado que as curvas de extração (que estão apre sentadas no ítem s e g u i n t e , III.7) FIGURAS III.^, III.10 e 57 .CAP. III III.11 mostram um ponto m á x i m o . Por este m o t i v o , para tais e l e m e n t o s , são obtidas duas retas log DxpH com inclinações o p o s t a s . Entretanto, os po£ tos experimentais pertencentes a cada uma dessas retas não são suficientes para sofrer o tratamento estatístico n e c e £ sãrio para examinar as condições de paralelismo e coincj^ d ê n c i a , como o que foi feito no caso dos demais e l e m e n t o s . A s s i m , não houve outro recurso senão a comparação direta entre as curvas de extração obtidas nas operações de e x t r £ ção e de r e t r o - e x t r a ç ã o , tratando-se portanto de <jma anãlj^ se menos rigorosa do que a adotada nos demais casos. A par^ tir de tal exame foi possTvel concluir que o equilTbrio ter^ modinãmico entre as fases e atingido com 30 minutos de agT_ tação também no caso dos elementos m o l i b d e n i o , niobio e zirconio. Iir.7. - Estudo da Variação da Porcentagem de Extração dos elementos Césio, T e l u r i o , T e c n e c i o , Molibdenio , lodo. Estroncio, Bario, Z i r c o n i o , Niobio, Ruténio e Urânio em Função da Variação da Acidez da Fase Aquosa. Para cada um dos elementos considerados neste trab£ lho foi determinada a variação da sua porcentagem de e x t r £ ção em função da variação da acidez da fase a q u o s a , sendo 58 CAP. III mantida constante a concentração da solução de tetraciclj_ na em álcool benzTlico em 2,0x10" M. Os experimentos de tração foram f e i t o s na presença dos ãnions cloreto, ex nitra to, sulfato ou perclorato. A extração do elemento iodo sÕ foi estudada na presença dos ãnions cloreto e nitrato. Todos os experimentos de extração foram realizados conforme estã descrito no Item rri.4. Para cada um dos elementos estudados e n c o n t r a m - s « , na TABELA III.6, os valores da porcentagem de extração para o intervalo de acidez da fase aquosa considerado. São apre sentados os resultados de extração referentes a todos os meios empregados. Os elementos cesio e telurio não são extraTdos solução de tetraciclina em ãlcool benzTlico nas pela condições experimentais consideradas neste trabalho. As curvas de extração do tecnecio apresentadas na GURA III.5 mostram que, considerando soluções de mesma dez, obtêm-se valores da porcentagem de extração do cio maiores ao usar o meio clorTdrico, do que os ao empregar os demais meios estudados. Na faixa de de 8,0M acj_ tecné obtidos acidez a 1,0M em ãcido clorTdrico a extração do tecnecio varia de 90 a 70% e, no intervalo de pH desde 1,0 até 3,0 ocorre o valor mãximo de extração do tecnecio que é de cer TABELA III.6 PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTUDADOS OBTIDA USANDO SOLUÇÃO DE TETRACICLINA EM ÃLCOOL BENZTLICO NOS DIFERENTES VALORES DE ACIDEZ DA FASE AQUOSA (continua) Molibdenio Tecnédo <d » Melo NO3- Melo CIO4- Melo Cl Melo Meio S O 4 - Melo CIO^' Acidez % E 8.0 58.1 4.0 50.6 65.5 6.0 64.9 3,0 54,0 67.0 4.0 70,9 2.0 56.6 72.7 2.0 74,5 1.0 64,3 1.0 78,7 Acldez %í Acldez SE Addez 8,0 88,5 3.6 57.4 8.0 61.7 4,0 71,5 8,0 88,5 3.6 63.6 6.0 87.4 3.0 59.0 6.0 62,5 3.0 69.7 6,0 87.4 3.0 84,1 2.0 79.3 1.0 80.2 5.0 84,1 2.0 58.3 4.0 65,0 2.0 68.3 ^4 o 4.0 2.0 1.0 79.3 80.2 68.3 1.0 59.9 2.0 59.8 1.0 71,6 5.0 4,0 • 2.0 1.0 86.6 1.0 2.5 91,1 86.6 2.0 3,0 «E Acidez Melo SO^-- %í %E Acidez Melo NOj" Acidez Acidez •O la t/i cr ÍE 1.0 58.3 0.6 67.5 44.3 0.5 68.1 0.9 71,1 0.6 81.5 1.0 80.2 0.5 79,5 1.6 87,6 46.9 1.4 80,2 1.3 71.6 1.4 2,3 89.0 1.5 90.9 1.7 93,8 2.2. 2.5 94,5 94.1 1.4 2.3 93,2 76,7 .96,5 2.2 94.9 3.2 97,2 3.4 96,7 3.1 3.8 95,4 97,2 94,5 4,3 88.3 2 -a Vt 3.2 O 4.2 5.0 67.9 5.5 35,0 gs; •s XD- 6,0 6,5 40,1 25.0 14.9 92.3 96.2 59,5 2.3 81.5 3.7 55.2 3.1 79.5 Z.3 3.2 4.2 4.7 39.3 4.5 55.9 4.7 42,2 3.1 3,5 26.4 5.3 24.2 5.4 25.3 3.7 95.9 4.5 82.7 5,3 57.5 21.8 5.9 12,9 5.0 67.8 87.9 5.3 27,9 5,7 23.0 6.2 7.2 6,7 11.2 9.2 6.2 3.9 4.5 96.0 5.0 5.2 25.1 5.0 68.9 5,9 5,2 6,7 4.8 5.9 9.5 5,6 24,0 6.7 4.5 7.2 1.3 7.5 0 6.6 2,0 7.9 0,5 7.2 5.2 70.9 [Molibdenio] = 5.0 x 10-4M T e c n é d o Livre de Carregador [Tetraciclina] = 2.0 x IQ-^M; [NaX] O.IM (X = Cl", CIO^", N03"'e SO^""); Tempo de Agitação : 30 min. vo 00 CL •O (13 (O Ü- V» lU cr <c 10 to o 0- «t <u 3 10 o T3 N ta ro I 86,6 1,5 1.7 85,2 1.9 1.9 84,1 2.2 2,3 81,7 3.1 2.7 73,4 4.0 3,6 61,8 4.2 4.7 45,3 5.7 6.1 45,3 6,4 6.7 41,5 7.0 7,8 38,8 8,3 35,3 9.1 Solução Livre. de Carregador [Tetraciclina] = 2,0 X 1 0 " ^ ; [NaCl NaNOs] 89,0 85,1 81,9 79,3 67.8 67,9 50,2 42,3 39,1 I (Solução sem Tratamento QuTmico) Meio ClMeio NO3" Acidez %E Acidez 98,1 7,0 100 6,4 100 5,0 100 3.2 100 3,0 100 2.4 100 1.5 100 1.3 100 0,5 93.6 0.5 0,1M; cr 24,8 14,1 11,9 10,7 8,3 %E 84,3 82,1 73,5 40,3 Tempo de Agitação : 30 min. 0.9 2,5 4,0 6,0 8,2 23,1 15,3 12,1 10,5 41,8 NOs" %E 79,2 84,3 78,7 75,2 60,1 (continuação) Meio Acidez 7.0 5,0 2.5 2.0 1.0 - [Iodeto] = 1,0 X 10-4M 1,1 2,5 4.0 6,0 8,0 Meio Acidez 7.0 5,0 2,5 1.0 Iodeto PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTUDADOS OBTIDA USANDO SOLUÇAO DE TETRACICLINA EM ALCOOL BENZTLICO NOS DIFERENTES VALORES DE ACIDEZ DA FASE AQUOSA TABELA II1.6 o -o o - Meio CIO4" %E pH 0 0,5 4,4 1.8 3,8 24,7 38,1 4.5 4.7 55,1 5.2 69,2 6.8 88,0 7,5 89,7 8.5 91,1 92,3 9,0 Meio NO3" %E pH 0.9 1.7 8.0 2.6 3,3 12,0 3,6 4.7 41,7 47,2 5.1 61,8 6.5 7,0 65,1 65,5 7.5 8,0 . 68,1 71,3 9.0 [Tetraciclina] = 2,0 x 10"^M; [NaK] = 0,1M (X [Estroncio] = 1,0 x IQ-^M Meio C-r %E pH 3,0 1.2 3,8 3,5 13.6 4.0 28,1 4.3 41.5 4.5 56,3 4.7 5.0 75,9 94,1 5.5 98,4 6.0 99,8 7,5 99,7 8,5 Estroncio PH 3,0 4,3 4,8 5.1 5,5 5,8 6,0 6,6 7.1 8,5 0 0.9 2,7 3.2 6,4 12,7 25,9 76,5 96,8 99,7 %E [Bário] = 1,0 X 10"^M 0,5 0.7 0.9 0 7.4 15,6 33.6 50,7 72.1 78,4 87,5 100 100100 %E Meio CIO4- Meio NOa"%E pH 0 1.1 3,8 0 4.6 ^0 6.3 0 20,3 6,5 6,6 43,2 6,8 70,1 89,1 7.1 7.6 100 7,9 100 9,2 100 (continuação) cr,C104","N03"); Tempo de Agitação : 30 min. 7'4 7.9 8,9 PH 2.3 3,6 4.2 4,9 5,6 5,9 6,0 6,3 6,6 6,8 7,0 Meio Cr Bário PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTUDADOS OBTIDA USANDO SOLUÇÃO DE TETRACICLINA EM ALCOOL BENZTLICO NOS DIFERENTES VALORES DE ACIDEZ DA FASE AQUOSA TABELA II1.6 -o 5 2,3 2,5 4.5 5.4 93,2 83,7 5,2 6,8 8,1 94,0 95.5 94,7 95,9 95,1 94,7 2,9 3,1 3,3 3,8 4,6 2,9 97,7 76,9 92,6 3.3 3.1 2.9 2,7 2.5 1.9 1.4 0,25 1.2 2.4 o. •a u. 8.9 9,2 90.1 6.0 9,5 8,1 6,8 5,2 4,4 .4,9 20,5 55,2 97,8 99,7 9,2 7.9 7,2 6.9 6.6 6.3 6.0 5,4 4.5 3,1 2,9 2,5 2,3 2,1 1.6 90,1 75.3 2.3 3,1 0.8 1.0 2.4 3.2 4,8 6.4 25,2 7,5 7,9 8.1 Meio Acidez 1,1 1,0 2.0 3.0 Meio CIO4Acidez %E Niobio fTetraclclinal = 2.0 x 10'^M; fNaXl « O.IM (X = C T . ClOa'. N0^~. S O / " ) . Tempo de Agitação ; 30 min. 12.1 8.9 29.5 47.3 52.9 80.3 93.7 94.6 97.6 99.2 98,7 97.1 96,4 94.3 94,3 90.3 79,3 40.4 29,9 16,6 14.4 18.3 17.7 -9.2 7.9 72,7 ^ 5!E 20.1 16.4 7.2 7.0 6.5 84,8 87,1 85.8 Zlrcônlo e Htõbito Livres de Carregador 9.2 68.8 62,1 7.9 7.2 6.9 6,6 7.9 81,2 84.6 75.5 7,2 6.5 83,8 s 6,0 5.7 91,2 6,3 VI 5.0 92,1 6,0 90,1 4.6 6,2 7.9 97,2 97,2 96,3 89,9 8é,4 83,8 62,3 3.2. 4,8 3.8 5,1 97,5 30.2 38.1 6.4 Acidez 95.1 3,7 99.1 tt 28,5 97.6 2.5 2.0 90,1 97,5 r,3 0.5 1,6 3,0 73,4 56,2 54.2 52,4 41.7 4,0 Acidez Meio Cl- 93.4 3,1 «E 31,8 Meio S04"" 5,0. 70,3 1,6 2,1 2,7 90,8 94,7 2,3 3.5 92.2 0,8 1.0 2,4 3,2 94,5 72,0 47,2 36,5 4,8 6.4 32,1 Acidez %E 31.8 1.9 1,1 1,0 2,0 3.0 3.6 Acldez Meio NO3- 2.5 69,6 48.7 38,9 33.1 Zirconio Meio CIO4- 5.7 3 0,25 1.2 .2,4 3,2 33,0 2E Cr o «> 5 o « «1 -a <U •O i—1 lO RS U. Ul <u 6.4 Acidez Meio 8,8 22,9 44,7 56,7 68,7 80,7 87,1 98,3 99,4 96,5 95,1 91,2 88,3 85.9 59,3 14.1 5,5 7.6 8,7 11.2 %l 13,5 m{ 7,9 7,0 6.2 5.1 3.7 2.5 2.0 1.3 0,5 1.5 3,0 4.0 Acidez 6,6 39,6 72.1 100 90,5 66,4 58,8 28,9 18,7 9,7 5,0 %l 2.8 Meio S O 4 " (continuação) PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTUDADOS OBTIDA USANDO SOLUÇAO DE TETRACICLINA EM ALCOOL BENZTLICO NOS DIFERENTES VALORES DE ACIDEZ DA FASE AQUOSA TABELA II1.6 a) O 10 01 to o (O V) ia N T3 IO 0,6 0,8 1.2 1.5 1.8 2.9 5,4 5,8 6,2 ^ 7.2 19,0 22,4 71,5 87,1 96,4 99,3 99,5 98,9 99,5 91.4 0,6 1.2 1.4 1.5 1.9 3.2 5.0 6.4 6.9 2.0 0,7 Acidez 21.2 29.7 41.5 52.1 90.7 99.7 99.4 94.6 89,2 4.1 11,3 ÍE Meio C104- 29,3 50,1 76,3 95.4 98,8 99,5 99,7 99,9 94,1 30 min. 0.9 1.1 1.5 1.9 2.6 3.7 4.2 5,6 6,9 4,5 14,9 1.5 0,5 2,0 0 Meio NO3" Acidez Tempo de Agitação: [Urânio] =• é,9 x 10-4M [Tetraciclina] = 2,0 x IQ-^M; [NaX] = 0,1M (X =• Cl", CIO4", NO3", S O 4 " ) ; [Rutênio] = 1,0 X IC^'M 7,4 9,05 2.0 1.1 ÍE Acidez Meio Cl- Urânio ^ 0,9 1.0 1.1 1.5 2.2 2.7 5,0 6.2 1.5 0,5 Acidez 25,1 38,3 75,3 94,5 99,1 99,7 99,1 97,3 2,9 8,4 ÍE Meio S O ^ — (continuação) PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTUDADOS OBTIDA USANDO SOLUÇÃO DE TETRACICLINA EM ALCOOL BENZTLICO NOS DIFERENTES VALORES DE ACIDEZ DA FASE AQUOSA TABELA II1.6 5» -O O - 20 o- •o. "I I I 10" iii• 11 I I I M 10 o- |MII I I I I 10' lllll I I I I • o>... | l i r i I I I—I I—I 10' ll I I I I I I •o. I I I I 10 lini I 1 I 11 I I—I I 10 l ! 10'« l i N03- X h m [HL .M lo"^ I I _ S 0 4 " CL04" ci- I I I [ i i i i I I 1—r A O [ I I I 11 I I—I <N^1 I—I llll! M I I I TEMPO DE AGlTAÇaooOmln. TECNÍCIO LIVRE DE CARREGADOR; [TETRACICLINA] =2, QxlO"^M; [NaXl=0,lM (X»Cr,C10]^,N0^,S0]p; FIGURA I I I . 5 . CURVAS DE EXTRAÇKO DO TECNÉCIOÍTcO^"). 10 mil I I I - 40 - 60 80 - 7o E 100 65 CAP. III ca de 90%. Para valores de pH acima de 3,0 a extração do tecnecio diminui com o aumento do pH. Ao comparar as curvas de extração do tecnecio obtidas quando e usado apenas o ãlcool benzilico (FIGURA 111.1 ) com as obtidas ao utilizar a solução de tetraciclina em ãlcool benzilico (FIGURA Iir.5) verifica-se q u e , na faixa de aci^ dez de 1 ,0M a 8,0M em ã c i d o , a extração do tecnecio e dev_i_ da quase que exclusivamente ao ãlcool benzTlico e que a adição da tetraciclina aquele ocasiona aumento na extração do tecnecio somente para valores de acidez menores que 1,0M. As curvas de extração do molibdenio apresentadas na FIGURA III.6 mostram q u e , para soluções de acidez acima de 1 ,0M em á c i d o , a porcentagem de extração do molibdenio tida ao usar o meio clorTdrico e maior do que o^ as obtidas ao empregar os demais m e i o s . Essas curvas mostram ainda que para valores de acidez menores que 1,0M não há influên^ cia da natureza do meio sobre a extração do m o l i b d e n i o . No intervalo de pH de Z,0 a 4,0 foi verificada extração iiuma de molibdenio de cerca de 9 5 % . Para valores de pH maiores que 4,0 hã uma diminuição acentuada nos valores de porcen^ tagem de extração do m o l i b d e n i o . Foi verificado também q u e , em todo o intervalo de acj^ dez estudado a adição da tetraciclina ao álcool benzTlico C D CO -í) o 7o E 100 10* 11111 II I—I irrrrm—r llll I 11 .1 10 -l 10,-2 J-LJ I 10 -3 lllll I I I I Llll. I 10 -•4 I III I I I I i lllll I I I—I 10 1-5 I l [IIIII I I—I I CIO; NO; A X • sor cr |l O "1 I I llll 10 -6 10 ,-7 [H*],M 10 -8 lllll I I 1 ["-^^íwfii in I 1 lllll rrrr TAÇAOOOmln. MOLIBDENIO]-5,OX10'^M;[TE'IRACICLINAJ =2,0x10~^M;[NaX]-O,IM (X=Cr,C10;j,N0^,S0]^");TEMPO D E A G I FIGURA III.6. CURVAS D E EXTRAÇSO D O MOLIEDÊNIO. 10 I llll 1 I I IIII I I I—I 67 CAP. III provoca um aumento nos valores da porcentagem de extração do molibdenio (FIGURA III.6) com relação aos obtidos ao em pregar o diluente sozinho (FIGURA III.2). Isto foi observa^ do independentemente da natureza do ãnion inorgânico sente pre no sistema de extração. Comparando as curvas de extração do iodo pelo ãlcool benzTlico apresentadas na FIGURA III.3 com as curvas de e_x tração deste elemento pela solução de tetraciclina em ãj_ cool benzTlico apresentadas na FIGURA III.7, conclui-se que a adição da tetraciclina ao ãlcool benzTlico não- provoca aumento no valor da porcentagem de extração obtido pregar ao o diluente sozinho. Tal conclusão aplica-se em aos dois casos em que a extração do iodo foi estudada ou seja, estando ele sob a forma única de iodeto ou sob todas as formas quTmicas produzidas na fissão do urânio. As curvas de extração do iodo (FIGURA III.7) obtidas a partir de soluções nas quais não foi feito tratamento quT mico para levã-lo a uma forma quTmica ú n i c a , mostram que não hã influência da natureza do meio sobre a extração d e £ te elemento pelo alcool benzTlico. Entretanto, para as so luções em que hã apenas Tons iodeto, foram obtidos valores de extração mais elevados na presença dos ãnions do que os obtidos na presença dos ãnions cloreto, nitrato quando a acidez do meio é menor que 2,OM. Deve ser salientado que ] 1- IT, o Z C rn 21 "Il 11 o LA 0 20 40 I 18^ lliill I I \ I 10-1 llllliil •P. o Cl" I I ' I I—I 10 -2 llllrllll I'" I I 10,-3 I j i m i I I I I 10 llU^illl o II c r II I I 1 0 -5 lin l( Fissão) llllL I 1 I |Tl'||| I 1 0 -6 ~}5 | i i | 11 I I I 1 0 -7 | t » t l I I I—( 10 o -8 pr Il I I r TEMPO DE AGITAÇÃO OOmin. h r 1 2 r n I(FISSSO) LIVRE DE CARREGADOR; [l"J=l,QxlO'^M; [TETRACICLINA] =2,Qx10'''M; [NaX]«0,lM; (XsCr.NO*) FIGURA III.7 . CURVAS DE EXTRAÇSO DO IODO. 10 lllll f l 60 _ 80 100 I Jili 10 -9 iirn 69 CAP. III o iodo presente em urna determinada forma q u í m i c a , pode pendendo da acidez do meio e da natureza do anión nico, ser oxidado ou reduzido transformando-se d£ inorgi em outras formas quTmicas que podem ter um comportamento de extração diferente com relação ao apresentado pelos Tons iodeto. As curvas de extração do estroncio apresentadas na GURA III.8 mostram que ao empregar o eletrolito cloreto de sodio, o b t ê m - s e , a partir do pH 4,5 valores de porcentagem de extração mais altos do que os obtidos ao empregar os d £ mais eletrÕlitos e as mesmas curvas mostram também q u e , so mente para o meio clorTdrico consegue-se a extração quanti tativa do estroncio pela solução de tetraciclina em álcool benzTlico. As curvas de extração do bario apresentadas na FIGURA III.9 mostram que quando o cloreto e perclorato de sodio estão presentes no sistema de e x t r a ç ã o , a extração do bã rio tem inTcio em pH 5,0 e 4,5, r e s p e c t i v a m e n t e , e jã écom pleta em pH 7,4 porém, na presença de nitrato de sÕdio, a curva de extração do bario é deslocada para a direita e a sua extração sõ tem inTcio em pH 6,4, sendo completa em pH 7,8. Analisando as curvas de extração do niobio apresenta^ das na FIGURA III.10 verifica-se que para todos os meios estudados a extração do niobio é de cerca de 95% no ínter valo de pFf de 3,0 a 6,0. - - - 60 40 20 u>- X 1 Cl 04' 1 Noj" | i i i i I I I—I I I—I | i i i i I I I—I [ I I I ! I I I—I |ii 1 1 1 I I—r—j f l l l ) I lUI I TAÇÃO OOraln. ESTRÔNCIO] =1, Ox10-5MJ [TETRACICLINA] =2, QxlO"^M; [NeX] =0, I M (X=Or, CIQ^, NO^) FIGURA III.8. CURVAS D E EXTRAÇRO D O ESTRÔNCIO. lllll 10 - LLLLL I I — R 80 7o E 100 1 10 -9 [llll I . ; TEMPO D E A G I - [H.j,M 10 ° |ll I I I lUI E - I 10 I—I 10.1 M I—I |iiillll—I 10 10 liiiTâi>NCFR*.^<RJJ' i.i, I |ini I I D E EXTRAÇSO D O B/ÍRIO. 10 •iiiiu-t N O 3 - C 1 0 4 â X Cl - ° [ H l l I I I—I l f i I 10 — I k / . I I i i i i í í L_ • r 7 [llll 10 I l! I: * ! 1/ | i i i 11 I I—I UL. 10 1111 ijj^^i-^oyiiriTi'! D E AGITAÇSOOOmln. [BARIO] =1, QX10"5M; [TETRACICLINA] =«2, QxlO'^M; [NaX] =0, I M (X-CF, C10;|, NO") CíiaVAS 11111 a.i |iiiI I I FIGURA III.9. 10 i)ji I—I I 1 I IIII M 20 - 40 60 80 7o 100 1 j TEMPO 10' LII111 1I III 1 ' [in^ C A F . I I I ê o I <» 'o S L o o O z O w 03 'ê Ö •o o H •n 'o I o H ë •o oj" H Ü •o O H g O o o Ü o <5 o o H • M M H 8 73 CAP. III As curvas de extração do zirconio apresentadas na GURA III.11 são muito pr,õximas e, considerando os erros experimentais existentes nas operações de e x t r a ç ã o , -se considerar que não houve influencia da pode- natureza do anión inorgánico na extração do zirconio. N o . intervalo de pH de 2,0 a 6,0 a extração do zirconio e da ordem dé 90%, diminuindo em valores de pH acima de 6,0. NA FIGURA III.12 são apresentadas as curvas de ^extra^ ção do rutenio pela solução de tetraciclina em álcool ben^ zTlico nos diversos meios estudados. Verif i ca-se' que os va^ lores de porcentagem de extração obtidos nos experimentos de extração realizados em presença do cloreto de sodio são acentuadamente mais elevados do que os obtidos em presença dos demais e l e t r Õ l i t o s , ate pH 7,0. Neste c a s o , ha a ressaltar o fato de q u e , dar o comportamento da tetraciclina como para agente do rutenio nos meios constituidos por n i t r a t o , estu_ extrator perclorato e sulfato de s o d i o , a solução de cloreto de ruténio foi percolada por uma coluna de resina a n i õ n i c a , sendo o eflue£ te retomado com as soluções dos respectivos á c i d o s . O o b j £ tivo desta operação foi eliminar da solução os Tons substituindo-os pelos Tons N O ^ ' , CIO"^ ou SO^" de Cl maneira que existissem ãnions de uma sÕ natureza nos diferentes ex^ perimentos r e a l i z a d o s . 20 llll lllll 11 I L I m i i • I I t i m llll 1 0 ° lo"' lo'* 1 0 * ' lllll llll cr Cl 0 4 " NO3" S04"" A X • |iiii I • ' o I '—[rm-m—I [tttttt [H*].M lllll I 1 I I lllll I I I I lllll I I I I TO' lo"' 10'' lO'* |iii II I I llll llll I lllll l l l l io"* io"' lllll l l l l ÇÃO OOmln.- H 9 LujJLi ZIRCÔNIO LIVRE DE CARREGADOR; [TETRACICLINA] =2,QxlO"^M; |NaX]=0,lM (X=Cr,ClOj|,NO^,SO]^1;TEMPO DE AGITA- FIGURA III.11 . CURVAS DE EXTRAÇÃO DO ZIRCÔNIO. 10 ) r-i-r-i i_i_i I 10 IIII 1 1 1—I s6r iii 1 1 1 1 0¡ r i i i r I I I—I no; Cl « X cr o lllll 11 I i III I 111111 I 1 — I Id' 111111 i6' 11111 I I ||i n i i i—i I 10» lllll | | i i i i i i—i 10 :6 l l l l l L. I 1¡ ii.i i i i i L "llll I L j | i i i i i i—i 10 , M II I I I I I—l j|iii i i i lllll I Trr [RUTÊNIO]-1,0x10"V [1ETRACICLINA]»2,0X10"^M; [NaXj»0,lN (X=Cl^CIO".NO^.SO]^');TEMPO D E AGITAÇÃO^Omln. II I ifirm-i—i FIGURA III.12. CURVAS D E EXTRAÇÃO D O RUTÊNIO. 10 20- 40- 60- 80-1 100 [ I I I 1 1 i n — I H 9 76 CAP. III Lembrando que o elemento rutenio f o r m a , com f a c i l i d a d e , lons complexos positivos, negativos e neutros e poss? vel q u e , com a percolação da solução de cloreto de rutinio pela coluna de resina a n i õ n i c a , o rutenio obtido no efluen^ te apresente-se sob forma(s) quTmica(s) diferentes{s) com relação aquelaCs] inicialmente presente(s) na amostra de cloreto de rutenio. Assim s e n d o , o exame das curvas de extração d o ^ rut£ nio apresentadas na FIGURA III.12, não permite afirmar que o aumento nos valores da porcentagem de extração «observado no meio C l " , com relação aos valores encontrados mos de mais m e i o s , seja exclusivamente devido ã presença do ãnion cloreto. E preciso considerar que a solução inicial de cloreto de ri£ tênio não sofreu o mesmo tratamento que a solução da para a realização dos experimentos feitos utiliza^ nos outros m e i o s . Também deve ser mencionado o fato que não foi feito nenhum tratamento químico na solução contendo os Tons de ri£ tênio para levã-lo ã uma forma quTmica d e f i n i d a . As curvas de extração do urânio apresentadas na RA III.13 m o s t r a m q u e , em soluções dos ãcidos FIG_U clorTdrico, perclorico, nTtrico e sulfúrico de concentração 1,0M, uma extração de cerca de 10% para o urânio e, em pH 2,0 extração e maior do que 90%. hã a O Ã1 rn • • I'. 0:11 |l \ I o ' l| !! ii ! O c ''1 r; -7 % 20- 40- 60- 80- E 100 I I Mil llll—r LL X ^ f [MX 10^ I1I I I ' '—' a^l 11 I'0 III 10 Cl" X 10 I I_I I -7 [H*],M 10 LL I ^ " ''• •o '|llll I II X . I I ] I I -6 LL NO,- * CLO; o •ffc^l^M^. I 11 I t I I I I I I PO D E AGITAÇÃO OOmln. 'URÂNIO] =2,9x10~^M; [TETRACICLINA] =2, QxlO'^M; [NaXJ =0, I M (JÇ=Cr, CIO",NO",SOj^');TEM- 10 -3 LL 111 III I I 11 1 I I I 1 \^^Xshk^-^ FIGURA III.13. CURVAS D E EXTRAÇÃO D O URÂNIO. 10 111 78 CAP. III Para verificar a influencia da natureza do meio sobre a extração do uranio, foram aplicados testes estatísticos as retas que dão a variação do logaritmo da razão de di£ tribuição do uranio em função do pH para os diversos meios estudados. Esses testes aplicados foram os m e s m o s , mencio nados no ítem III.6. Os testes estatísticos mostraram que não hã influêji cia da natureza dos ãnions inorgânicos (Cl", N02~ e SQ^"") sobre a extração do u r â n i o , uma vez que as retas que dão a variação do logaritmo da razão de distribuição do urânio em função da variação do pH são c o i n c i d e n t e s . Entretanto,, esses mesmos testes mostraram que no caso do ãnions a reta e paralela as obtidas com o uso dos demais Clo^ ãnions, porem não coincidente com e l a s . Considerando que os ãnions perclorato dificilmente formam compostos com os Tons uranj_ Io, e pouco provável que esta falta de coincidência entre as retas obtidas possa ser atribuTda ã influência da reza do ãnions CIO^" sobre a extração do urânio. Por tro lado deve ser lembrado que em um intervalo pequeno natu^ ou^ de pH (entre 1 e 2) e observado uma variação muito grande nos valores da porcentagem de extração (entre 25 e 9 5 % ) . Desta f o r m a , qualquer imprecisão na leitura dos valores de pH da fase aquosa acarreta uma variação grande nos valores de por_ centagem de extração. 79 CAPITULO U T I L I Z A Ç Ã O DA T E T R A C I C L I N A DUTO DE F I S S A O PARA ENTRE I V A S I SEPARAÇÃO e DO I V . 1 . - Separação dos Produtos de Fissao DE ALGUNS PRO- URANIO Zr, N b , '^'Ce, ^ ^ ° L a , ^°^Ru e ^^°Ba e ^^^Cs Entre Si e do Urânio. IV.1.1. - Extração a Partir de Soluções de Nitrato de, Ura_ n i 1 o. Para estudar o comportamento quanto a extração com te Q'í 141 140 traciclina dos radioisótopos Zr, "¡Nb, 'Ce, La, ^'^^Ru, ^^^Ba e ^^^Cs e examinar a possibilidade de usar tetraciclina para separã-los entre si e do u r â n i o , a reaH zaram-se experimentos de extração partindo de soluções con_ tendo a m i s t u r a dos produtos de fissão presente na solução de nitrato de uranilo obtida pela dissolução de U^Og (urã nio natural) irradiado sob um fluxo de neutrons de 10 n.cm .5 térmicos durante 100 horas. O período de tempo de corrido desde o fim da irradiação até a execução dos exp£ rimentos de extração foi de 2 m e s e s . O oxido de urânio foi dissolvido com o emprego de uma solução de ãcido nTtrico de concentração 4,0M. A fase aquosa dos experimentos de extração foi constj^ 80 CAP. IV tuTda por uma alíquota da solução de nitrato cuja concentração em urânio era de 1,8x10 de uranilo M e na qual nível de atividade dos radioisótopos era suficiente a realização das m e d i d a s . O procedimento adotado o para para a execução dos experimentos de extração e o descrito no Item III.4. Para as determinações do urânio foi usada a de analise por ativação com neutrons epi tÕrmi cos técnica ^. \' As determinações dos radiosÕtopos emissores de ção gama foram feitas usando um espectrómetro de radia radiação g a m a , de 4096 c a n a i s , acoplado a um detector de G e ( L i ) . As curvas de extração apresentadas na FIGURA IV.1 tra^ çadas com os valores da porcentagem de extração apresenta^ dos na TABELA I V . l , mostram que alguns dos produtos de f i £ são, a saber, ^ ^ Z r , ^ ^ ^ C e , ^ ^ ° L a , ^°^Ru e ^^°Ba podem separados entre si e do u r â n i o , desde que seja ser escolhido um valor apropriado de pH para a realização do experimento de e x t r a ç ã o . As curvas de extração dos elementos niobio e urânio apresentadas na FIGURA IV.l mostram que é muito difícil s£ parar esses dois elementos sem recorrer a uma operação de extração realizada em varios estadios. fO ll. o. -a fO IO (U O 3 cr to M ta O < «) O •T- •o <u -O nj Vt 31,8 41.7 52,4 54.2 56,2 %£ 95Zr NOS DE EXTRAÇÃO 13,5 11.2 8,7 7.6 5,5 95Nb 25,4 24,9 21,6 18,4 10,6 z tf' ' 2.1 9.9 50,1 66,1 85,1 95,3 99,6 100 100 100 100 100 100 100 100 = 1,8 x ' LlI o Q E DO l^Oea X I- o: %£ 19,8 UJ 47,1 77,7 LU 86,2 92,7 92,1 95,8 97,1 Z 42,1 98,3 100 76,8 100 86,8 100 100 100 100 1 0 - 3 M ; [Tetraciclina] = O Lü X ÜJ o NITRATO URANIO MEIO %£ H O L S AQUOSA. FISSAO FASE DE 141ce DA %£ ACIDEZ PRODUTOS %£ 1 0 3 R U DE DOS I V J 5.4 14.1 5,6 59,3 6.7 85,9 9,2 88,3 11,5 91,2 16,7 95,1 24,2 96,5 44,1 99,4 98,3 65,5 87,1 64,1 80,7 64,8 68,7 61,9 56,7 58,2 44,7 48,3 28,3 22,9 8,8 O de Carregador; [Urânio] Agitação : 3 0 min. %E DIFERENTES VALORES 73.4 90,1 1.6 97,5 2.1 2.3 99,1 2.5 97,5 2.9 97,2 97,7 3.1 97,6 4.5 95,1 5.4 92,1 6.0 91,2 6,3 90,1 6.6 6.9 85,8 7.2 87,1 7.9 84,8 9.2 72,7 rodutps de Fissao Livres NaNOsJ = 0 , 1 M ; Tempo de 0,8 Acidez 6.4 4,8 3.2 2,4 OBTIDA PORCENTAGEM TABELA 2,0 x lO'^M; 1.0 1,3 1.5 1.7 2.9 3,7 4.2 6,0 Acidez 1,5 0,5 33,8 6T,4 76.8 95,1 98,3 99,5 99,7 100 %£ U 2,3 12,1 < 1—( • -O o OD FIGURA TV. 1. [H*],M 10 D E AGITAÇÃO :30ffiin. PRODUTOS D E FISSÃO LIVRES D E CARREGADOR; [URÂNT0Jb1,8X10'^M; [TETRACICLINA]=2, OxlC^M; [NaJlff^-O, IM; TEMPO CURVAS D E EXTRAÇÃO D O S PRODUTOS D E FISSÃO E D O URÂNIO.MEll) NITRATO. 10 ' 83 £ A P . IV As curvas de extração dos elementos zirconio e urânio apresentadas na FIGURA IV.l mostram que, em solução em ãcido n í t r i c o , 2,0M (52%) do zirconio são extraídos para fase o r g â n i c a , enquanto q u e , nestas c o n d i ç õ e s , não ha a ex^ tração do urânio pela tetraciclina. Assim s e n d o , com a rea^ lização de 5 operações de extração feitas a partir de solu^ ção 2,0M em acido n T t r i c o , 98% do zirconio estarão presen^ tes na fase o r g â n i c a , e o urânio remanescente na fase aquo sa ficara contaminado com 2% do zirconio i n i c i a l m e n t e , pre_ sente. Neste valor de a c i d e z , (2,0M) o niobio e extraTdo j u £ tamente com o zirconio (7^). Assim sendo, apÕs 5 operações de e x t r a ç ã o , o zirconio extraTdo para a fase orgânica esta^ rã contaminado com 30% da quantidade do niobio inicial e o niobio restante permanecera na fase aquosa contaminando urânio. C o n c l u i - s e , pelos dados a c i m a , que uma o separação completa entre zirconio e niobio e a separação de zirconio e niobio do urânio e muito difTcil. As curvas de extração apresentadas na FIGURA IV.l mos_ tram que os elementos c i r i o , lantânio, rutenio e bãrio po dem ser separados do u r â n i o , uma vez que em pH 1,7 a extra^ ção do urânio é de 95% enquanto que neste pH não ocorre a extração desses e l e m e n t o s . O mesmo pode ser dito para o ce sio que não e extraTdo pela solução de tetraciclina em n£ 84 CAP. IV nhum valor de acidez estudado. Neste pH de 1,7 a extração do rutenio e da ordem de 5%. Com base nos resultados de extração obtidos e levando em conta que a utilização da silica-gel para a retenção de zirconio e niobio e largamente e m p r e g a d a , e proposto o esquema de separação que estã indicado na FIGURA IV.2, on^ de e apresentada a seqüência de passos que permitem a separação simultanea dos produtos de fissão obter estudados, entre si e do uranio. Realizou-se um experimento com a finalidade de examj^ nar a viabilidade de estabelecer tal esquema de separação. Para a realização deste experimento usou-se a solução de nitrato de uranilo convenientemente diluida contendo a m i ¿ tura dos produtos de fissão. Essa solução de nitrato uranilo é a m e s m a que foi utilizada para a de obtenção das curvas de extração do uranio e dos produtos de fisso apre sentadas na FIGURA IV.1. Retenção de ^ ^ Z r é ^ ^ N b ém sTlica-gel A uma alíquota da solução de nitrato de uranilo tendo a m i s t u r a dos produtos de f i s s ã o , foi adicionado con^ um volume adequado de solução de ãcido nítrico 1OM de forma a obter uma solução de nitrato de uranilo 3,0M em ãcido nT 85 CAP.TV NITRATO DE URANILO + MISTURA DE PRODUTOS DE PISSAO. .(HNO5 3M , UOj"* l,8xlO"-^M) HNO^ IdM HNO^ j>m + H^O^ 5^ » 95 Zr —> 95 Nb -> 95 Zr 95 coltina sílíSagel. l^^cs 1 4 0 ^ l^lce^^O^ U EXTRAÇÃO D O URÂNIO PA:pH=l,7 p F0:[TC]-2,0X10"'^M FA ^^•^Cs ^^^Ru l^^Ba ^^^Ce EXTRAÇÃO Ce,La e Ba. FA:pH=9,2 ,OxlO'^M F0:[TC]-2,l RETRO EXTRAÇÃO HNO 2M V l^-^Cs l^^Ru ^^^Ba ^^^Ce ^^"La RETRO EXTRAÇÃO D O BARTO FA:pH= ^,0 EXTRAÇÃO DO RUTÉNIO FA:riH«5.5 p F0:lTCj»2,axl0"''M FA 137, Cs FO 140.Ba RETRO EXTRAÇÃO pIi-1.7 FIGURA IV.2. ESQUEMA PARA A SEPARAÇÃO SIMULTÂNEA DE l^^Ba^^^Ce/^^Ia e URÂNIO. ^^Zr,^^m>,^^'^CB,'^^\u, 86 CAP. IV trico, sendo de l,8xl0" M a concentração de uranio. Essa solução foi percolada por uma coluna de silica-gel (diãmetroda coluna = 1,2 cm, altura da coluna de silica = 10 cm, vazão = 4 gotas/ minuto), previamente condicionada com solução de ãcido nTtrico .3,OM. Para a eluição dos elementos zirconio e niobio que f^ caram retidos na sTlica-gel foram u s a d o s , r e s p e c t i v a m e n t e , 60 ml de solução de ãcido nTtrico lOM e 23,5 ml de uma m i ¿ tura constituTda por ãcido nTtrico 3,0M e agua oxigenada 5%. A escolha das condições experimentais adotadas para a retenção e posterior eluição de zirconio e niobio baseou- -se no trabalho de Akatsu e A r a t o n o ^ ^ ^ . Os elementos c e s i o , l a n t â n i o , bario, rutênio e urânio que ficaram retidos intersticialmente na sTlica gel foram retirados com 25 ml de ã g u a . Extração do Urânio Com o objetivo de separar o urânio dos elementos cê rio, lantânio, bãrio, rutênio e césio a solução aquosa ob^ tida na lavagem da coluna de sTlica gel foi extraTda com solução 2,0x10" M de tetraciclina em ãlcool benzTlico, man^ tendo o pH da fase aquosa em 1,7. (Va = V o ) . Com o EARES ,N8TtTU-.ODEPHBQU:S^--^^ objetj^ 87 CAP. IV vo de obter o uranio em solução a q u o s a , a fase orgânica con tendo o uranio foi posta em contato com uma solução de ã c ^ do nTtrico de concentração 2,0M, utilizando, também, rela^ ção unitaria entre os volumes das fases. Extração do C e r i o , Lantanio e Bãrio A fase aquosa ja isenta de uranio, onde estavam sentes c e r i o , lantanio, r u t e n i o , bãrio e cesio pre adicionou- -se solução de hidróxido de sodio 0,1M, ate ser atingido o pH 9,2. A seguir foi realizada a extração dos elementos cé rio, lantanio e bãrio com o emprego de uma solução -2 -r 2,0x10 M de tetraciclina em ãlcool benzTlico ( V a = V o ) . Na fase aquosa restaram os elementos rutenio e cesio. Retro-EXtração do Bario Com o objetivo de separar o bario dos elementos cerio e lantanio, a fase orgânica contendo esses três foi colocada em contato com uma fase aquosa de elementos pH = 5,0(\í), Va = 10 m l ) . Nestas c o n d i ç õ e s , o bãrio foi retro-extraTdo para a fase aquosa e o cerio e o lantânio permaneceram fase orgânica. Para obter o cerio e o lantânio em aquoso, a fase orgânica contendo esses elementos foi cada em contato com uma fase aquosa de pH 1,7. na meio colo 88 CAP. IV Extração do Rutenio Com a finalidade de separar o rutenio do cesio deu-se ã extração do rutinio com o emprego de uma proce solução de tetraciclina em ãlcool benzTlico de concentração -2 2,0x 10 essa M. O pH da fase aquosa foi mantido em 5,5. Para separação foram necessãrias quatro operações de extração, uma vez que em cada uma delas são extraTdos cerca de 65% do rutenio. O cesio permanece na fase aquosa. Recuperação e Contaminação dos Elementos em Estudo Com a passagem da solução de nitrato de uranilo con tendo a mistura dcrs produtos de fissão sobre a coluna de sT^ lica-gel ficaram retidos 95,4% do zirconio e 93,9% do niõ bio inicialmente presentes na solução. Na etapa de eluição do zirconio obteve-se uma recuperação de 49,7% do zirconio contaminado com 2,0% da quantidade de niobio inicialmente presente e na eluição do niobio a recuperação foi de 80,9%, apresentando uma contaminação de 0,7% do zirconio inicial_ mente presente. Na etapa de extração do u r â n i o , 95,6% do urânio foram extraTdos para a fase orgânica juntamente com 3,8% do rutê nio, 2,2% do zirconio, 1,5% do niobio e 0,4% do cério inj_ cialmente presentes na solução. A recuperação obtida 'para o urânio na etapa de retro-extração foi de 95,3%. Juntamein 89 CAP. IV te com o urânio são retro-extraidos 0,17% do r u t ê n i o , 0,4% do cério e 1% do zirconio e niobio inicialmente presentes. Na etapa de extração do cério, lantânio e bãrio obte_ ve-se a extração quantitativa desses elementos pela solu^ ção de tetraciclina e os elementos rutênio e césio permane^ ceram na fase aquosa. Nas condições experimentais usadas para esta o p e r a ç ã o , 2,6% do urânio inicial foram extraídos para a fase orgânj_ ca, juntamente com 1,9% do rutênio e 0,2% de zireõnio e niobio. Na etapa de retro-extração do bãrio houve uma recup£ ração de 98,9% do bario inicial, encontrando-se este cont£ minado com 0,3% de cério e também de lântanio e com 0,2% de rutênio. Na etapa de retro-extração do cério e lantânio a recu^ peração obtida para esses elementos foi de 9 5 % encontrando -se contaminados com 0,2% do rutênio inicialmente presentes. Para separar esses elementos entre si e necessário zar a técnica de extração em contra-corrente apresentado por Nastasi e L i m a ^ ^ ^ ^ . — Neste trabalho nao foi considerado o util^. descontínua 1 4 4 Pr também pr£ sente na mistura de produtos de f i s s ã o , p o r é m , de acordo 90 CAP. IV com seu comportamento de extração que ja foi estudado por Nastasi e L i m a ^ ^ ^ ^ , no esquema de separação apresentado na 144 Figura IV.2, o Pr acompanharia o cerio e o lantanio. r- Na etapa de extração do rutênio que consistiu de qu¿ tro operações de extração obteve-se 93% do rutênio contamj_ nado com 0,2% do c e s i o , 0,7% do niobio e 1% do urânio. Usando a seqüência de operações apresentada no .esqu£ ma de separação da FIGURA IV.2 obteve-se uma recuperação de 96% para o cesio que se encontra contaminado c o m ' 0 , 5 % do rutênio inicialmente presente na amostra. A p r e s e n t a m - s e , a seguir, as indicações de como proce^ der para obter a separação de alguns produtos de fissão ein tre s i , sem recorrer a todas as etapas do esquema de sepa_ ração simultânea apresentado na FIGURA IV.2. As curvas de extração apresentadas na FIGURA IV.l mos^ tram que ê possTvel isolar o bãrio dos elementos z i r e õ n i o , urânio, n i o b i o , cerio e lantanio, pois enquanto a extração do bãrio SÕ têm inTcio em pH 6,4 os demais elementos apre sentam uma extração maior que 90% jã em pH 4,0. Nestas coin dições 3 5 % do rutênio são extraTdos para a fase orgânica e o restante permanece na fase aquosa junto com o bãrio. ra separarbãrio do rutênio deve ser realizada uma Pa^ outra 91 GAP. IV operação de extração em pH 9,2. Nestas condições^ a extra^ ção do bãrio e quantitativa e o rutênio permanece na 137 fase aquosa. O radioisótopo Cs também presente na mistura de produtos de fissão não e extraído pela solução de clina e permanece com o rutênio na fase aquosa. tetracj^ Portanto, para isolar o bãrio de uma mistura dos produtos de fissão ê suficiente realizar duas operações de extração das quais uma ê efetuada em pH 4,0 e , a o u t r a , em pH 9,2. Para isolar o cesio presente na mistura de produtos de fissão pode-se proceder como descrito acima para a paração do bãrio (extração em pH 4,0 e pH 9,2) e da s£ fase aquosa contendo neste caso o rutênio e o cesio extrai-se o rutênio com solução de tetraciclina realizando a em pH 5,5. Com repetidas operações de e x t r a ç ã o , extração consegue- -se obter o cesio na fase aquosa isento de rutênio. Com es^ te procedimento, consegue-se também isolar o rutênio da m i ¿ tura de produtos de fissão sem efetuar todas as etapas do esquema de separação indicadas na FIGURA IV.2. E n t r e t a n t o , com este procedimento a recuperação final do rutênio serã menor do que a obtida quando são realizados todos os pa¿ S O S indicados no esquema de separação (FIGURA I V . 2 ) , uma vez q u e , ao realizar a primeira operação de extração em pH 4,0 para obter separação dos elementos bãrio, rutênio e ce sio de u r â n i o , z i r c o n i o , niobio, cério e lantânio, uma extração de cerca de 35% do rutênio. :Z^\c:~ sT^^o. ^ A ^ ^ S i têm-se 92 CAP. IV As curvas de extração apresentadas na FIGURA IV.l nio£ tram que em pH 1,7 o cer,io e o lantânio não são extraTdos enquanto ocorre a extração de 95% do zireõnio, 95% do urã nio e 6 5 % do niobio. Os elementos bãrio e cesio não são ex_ traTdos e permanecem com o cerio e o lantânio na fase aquo s a , juntamente com 95% do rutenio. Para isolar cerio e lan^ tãnio dos e l e m e n t o s rutenio, cesio e bãrio realizam-se passos necessários para t a l , conforme apresentado na os FIGl¿ RA IV.2. IV.1.2. - Extração a Partir de Soluções de Cloreto de Uranilo Esses experimentos foram feitos nas mesmas condições experimentais descritas no Item IV.1.1, porem o oxido de urânio irradiado foi dissolvido com o emprego de uma solu^ ção de ãcidó clorTdrico concentrado. A partir das curvas de extração dos elementos zircÔ nio, u r â n i o , n i o b i o , c e r i o , lantânio, rutênio e bãrio apre sentadas na FIGURA IV.3 pode-se examinar a viabilidade separar estes elementos entre si e do urânio. Os de valores de porcentagem de extração desses elementos em função do pH estão apresentados na TABELA IV.2. Os resultados para a separação destes elementos entre Ul o 3 s: 0) •a 1 - ^ =§. v VI o 3 cr «c n IA id N •o V) [NaCl] = O.IM; Tempo de Agitação : 30 min. Produtos de Fissão Livres de Carregador; [Urânio] 5,9 5,0 3,0 1,5 2,0 1,3 1,0 %E 1,8 X 10-3M; [Tetraciclina] = 2,0 x lO-^M; 100'. 100 100 12.1 62,1 9,2 100 100 100 6,1 0 16,4 68,8 8,9 100 100 100 19,1 72,1 100 29,5 75,5 33,6 100 87,5 98,3 12,1 100 100 100 z X o UJ Ul X (- te 0,25 0,5 -x. 1,0 •-• 2,0 Acidez o 98,3 100 7,9 140Ba o 100 •••• %í 23,9 20,5 7.2 84.6 6,5 52,9 47.3 22,3 — 100 100 20,1 93.7 80.3 83,8 6.0 81,2 100 16,3 94.6 90,1 5,7 7.0 100 10,2 97.6 93.4 5.0 95,7 99,2 94.7 100 4,6 95,2 98,6 9.8 98,7 95.1 3,8 14,6 97.1 79,6 97,2 95,9 67.2 95.1 96,4 94.7 3.1 3,3 64,8 « 90,1 21,5 94,3 95,5 2.9 z o 5,2 23,9 94.3 94,0 2.7 - 39,6 23.7 90,3 94,5 2.5 - UJ X UJ s1— o o V-" l^OLa 19,0 27,4 79.3 92,2 1.9 %í 75,7 3,2 27.5 40,4 74.7 X Ul s(— g ^^ICe 1.4 27.7 13,5 .E 29,9 16,6 16.5 20,6 • 18,1 22,6 103RU 69,6 48,7 %í 0,25 1.2 2.4 14,4 3.2 38,9 18,3 33,1 6,4 17,7 95Nb — %í 4.8 95zr 20,1 %Z 33,0 Addez OBTIDA NOS DIFERENTES VALORES DE ACIDEZ DA FASE AQUOSA. MEIO CLORETO PORCENTAGEM DE EXTRAÇÃO DOS PRODUTOS DE FISSAO E DO URANIO TABELA IV.2 U 100 99,7 100 95,6 89,7 75,2 48,7 27.3 15,3 8,1 6,9 -a 2 VO 10" 1Ó' 1Õ' i i(f llllll I li I 'icr i l t k l i I 1 li i(f . Jllífll I I I i(f lllll l l l l de A G I T A Ç Ã O 0 0 min. i I I * [hIm lililí I I I e x l O " ^ M j [NaClJ-O, I M j T E M P O 1? PRODUTOS D E FISSÃO LIVRES D E CARREGADOR; [uRÂNI0]-.l,8xl0"^M; [TETRACICLINA]-2, FIGURA T V .5.CURVAS D E EXTRAÇÃO DOS PRODUTOS D E FISSÃO E DO URÂNIO.MEIO CLORETO. 10 WUtY^k TI 95 CAP. IV si e do uranio são os mesmos obtidos ao empregar o meio n? trico (FIGURA I V . l ) , porem algumas considerações devem ser feitas. A curva de extração do bãrio obtida quando os experi^ mentos de extração foram efetuados na presença dos ãnions Cl" (FIGURA rv.3) estã deslocada no sentido de valores de pH menores do que a obtida na presença dos ãnions NO^ (FJ[ GURA IV.l). Nâ presença dos ãnions C l ' a extração do bãrio tem inicio em 5,0 enquanto que na presença dos ãnions NOg sua extração tem inTcio em pH 6,4. O rutênio apresentou um comportamento de extração ferente ao,empregar os meios NO^" e C l " como mostram di_ as curvas de extração deste elemento apresentadas nas FIGURAS IV.l e IV.3, respectivamente. IV.2. - Separação dos Produtos de Fissão ^ ^ h , ^^"^Tç^^Moe 132 Te entre si e do Uranio IV.2.1. - Extração a Partir de Soluções de Nitrato de Ura ni 1 o Para estudar o comportamento de extração dos produtos de fissão ^ ^ h , ^^'"TC, ^^MO e ^"^^Te foram irradiados ZSOmg de U g O g (urânio natural) com neutrons térmicos sob um — xo de neutrons térmicos de 10 fl£ 1n.cm 2 - 2 .s - 1 durante 4 horas, 96 CAP. IV sendo de 5 dias o tempo de resfriamento da amostra. ApÕs e£ se periodo o óxido de urânio foi dissolvido com solução de ãcido nTtrico de concentração 4,0M. As curvas de extração desses elementos foram obtidas de maneira análoga ã descrita no Item III.4, utilizando uma alTquota da solução de nitrato de uranilo cuja concentração de uranio era 1,8x10 M e qual o nTvel de atividade dos radioisótopos na considerados era suficiente para a realização das m e d i d a s . • « Nas condições de irradiação adotadas forma-se 239 dioisotopo o ra^ Np proveniente do decaimento do radioisótopo ^"^^U formado na reação ^^^U ( n , Y ) ^ ^ ^ U . Considerando as curvas de extração dos produtos de fis ~ 131, 9 9 m , 99„ . . . 239,, . - . sao I, Tc e Mo e, ainda as do Np e do urânio apresentadas, na FIGURA IV.4, pode-se observar que a separa^ ção de alguns desses elementos entre si e possTvel desde que se trabalhe com soluções de acidez adequada. Na TABELA IV.3 estão apresentados os valores das porcentagens de tração desses elementos para diversos valores de p H , do os experimentos de extração foram realizados ex^ quani em meio nTtrato. O telurio não foi extraTdo pela solução de tetra^ cTclina em ãlcool benzTlico. Também para o caso dos prodj¿ tos de fissão considerados no Item IV.2 foi estabelecido um esquema de separação. A FIGURA IV.5 apresenta a seqüên^ cia de operações que permitem o b t e r , isoladamente os elemen^ 3 O "O ra V) ra (U CR «T 1o0 «o <J CR <C<T •O N ro w«—' a; 61,4 63,2 65,5 77,7 81,3 78,1 60,9 42,5 20,7 1.2 DA DO ^^%p U 2,1 13,4 18,7 24,5 %E 2,0 X 10'^M; 1.1 1.3 1,5 1.9 2.2 Acidez 2,0 0,75 0,5 0,25 NITRATO URANIO 1,8 X lO'^M; [Tetraciclina 1.2 3,8 21,7 73,1 87,8 90,2 93,0 69,8 42,5 27,1 t- XJ U <: O Q 239NP MEIO E 3.1 4,0 4.2 5.7 6,4 %E AQUOSA. E 39.6 54,8 ^ 76,4 96,5 97,4 98,1 98,5 99,4 97,8 100 FASE FISSAO 83,4 81,2 79,7 79,1 74,3 62,8 43,7 23,1 9.0 O ACIDEZ DE 89.0 85,1 81.9 79,3 67,8 67,9 50,2 42,3 39,1 30,1 DE PRODUTOS 59.1 62,4 57,1 55,3 56,1 99mTc VALORES DOS 61,0 59,6 58,2 62,8 73,0 DIFERENTES EXTRAÇBO 100 100 100 100 93,6 NOS DE IV.3 Produtos de Fissão Livres de Carregador; [Urânio^ [NaNOs] » 0,1M; Tempo de Agitação : 30 min. 3.1 4.0 4.2 5.7 6.4 7.0 8.1 1.5 1,9 2.2 Acidez 7.0 5.0 3,0 1.5 0,5 OBTIDA PORCENTAGEM TABELA "O O --3 vo 10° 10'' icr" 10'^ 10"* io'" 10" io" .^"^M PRODUTOS D E FISSAO LIVRES D E CARREGADOR; NEPTÚNIO LIVRE D E CARREGADOR; [uRÂNiq] »1,8x10"^M; [TETRACTCLjî!A]-2,Qx10-2M; [NaNO^-0,lM; TEMPO D E AGITAÇÃO OOMINi FIGURA TV.4. CURVAS D E EXTRAÇÃO D O S PRODUTOS D E FISSAO E D O ^^Np E URÂNIO.MElÒ NITRATO. 10 iac8 lui l l l l 9 99 CAP. TV 99nvp^ 99„^ 132^^ 239NP U lj>lj EXTRAÇÃO D O IODO, TECNÉCIO E MOLIBDENIO. FA:LH*1=8M a 2M FOtlTC' -2,0xl0"^M l^^Te^^Np U 131j 99mTc 99;Mo EXTRAÇÃO DO URÂNIO lFA:çIt.l,7 p PO:fTC]-2,0xl0'^M EXTRAÇÃO DO NEPTÚNIO. FA:pH«4,0 a 6,0 F0:[TC]=2,0xl0"'=^M FIGURA ÏV.5. ESQUEMA PARA A SEPARAÇÃO SIMULTÂNEA DE "'•^•'•I, ^^^c, ^Mo, .-^'^Te, ^^^Np E URÂNIO. — ':;,:,.e..^.3 ^MÊ^^ÉTiCAS E NUCLEARES 100 CAP. IV tos u r a n i o , telurio e neptunio e, como um g r u p o , os elemen^ tos iodo, tecnecio e m o l i b d e n i o . E possível obter a separação de iodo, tecnecio e mo^ libdênio dos elementos uranio, neptunio e telurio, no i n t e £ valo de acidez de 8,0M a 2,0M em ãcido nítrico desde que sejam feitas repetidas operações de extração. Nestas condi_ ções de acidez ocorre a extração quantitativa do iodo e a extração de 60% do tecnecio e também do mol i bdêni o. ,Q urã nio, o neptunio e o telurio permanecem totalmente na a q u o s a , conforme mostram as curvas de extração fase 'apresenta^ das na FIGURA TV.4, para os dois primeiros e l e m e n t o s , e c£ mo indicam os resultados obtidos experimentalmente para o telurio. Considerando que a fase resultante da operação ant£ rior contém apenas uranio, neptunio e telurio e levando em conta que o telurio não é extraído pela solução de tetracj^ c l i n a , a separação conjunta de neptunio e telurio Ido nio pode ser conseguida realizando a operação de extração em pH 1,7, urna vez que neste valor de pH obtém-se urna urã ex tração de 95% para o uranio enquanto que o neptunio e.teTúrio não são extraidas. Para separar o neptunio do telurio tes na fase aquosa proveniente do passo a t e r i o r , presen^ deve-se realizar um experimento de extração no intervalo de pH 4,0 a 6,0. Nestas c o n d i ç õ e s , de 90 a 95% do neptunio de são CAP. IV extraídos, enquanto o telurio permanece na fase a q u o s a . As curvas de extração obtidas para 131 I, 9 9m Tc e 99 Mo que estão apresentadas na FIGURA IV.4 mostram que e difT cil conseguir uma separação completa entre esses . produtos de fissão. O tecnecio e o molibdenio apresentam comporta^ mento de extração muito semelhante e não e possTvel separa -los ao empregar a tetraciclina como agente e x t r a t o r ; a£ sim como também e difTcil conseguir uma separação completa entre o iodo e os elementos tecnecio e molibdenio. Quando a operação de extração e realizada em valores de'pH mai£ res que 8,0, a extração do iodo pelo ãlcool benzTlico ê de aproximadamente 3 5 % , enquanto que o tecnecio e o nio permanecem na fase aquosa. Nestas condições molibd£ consegue- -se a separação entre estes produtos de f i s s ã o , porem o rendimento para a obtenção do iodo e baixo, da ordem de 3 5 % , em cada operação de extração. Para separar o neptunio da mistura de produtos de fis^ são contendo iodo, t e c n e c i o , molibdenio e telurio e uranio, sem utilizar todas as etapas apresentadas no esquema da Fl_ GURA IV.5, uma primeira operação de extração deve ser rea^ 1 izada em pH 1,7, condição na qual se obtém a extração urânio ( 9 5 % ] , iodo C 9 0 % ) , tecnecio (80%), molibdenio do (60%), sendo que o neptunio & o telurio permaneceram na fase a q u £ sa. Com repetidas operações de extração consegue-se sep£ 102 CAP. IV rar completamente o neptunio e o telurio, conjuntamente dos demais elementos citados e, f i n a l m e n t e , para , separar o neptunio do telurio procede-se como indicado para isto no esquema da FIGURA IV.5. A separação do telurio dos elementos iodo, tecnecio, m o l i b d e n i o , urânio e neptunio pode ser feita em varias eta pas ou s e j a , deve-se separar o telurio e neptunio dos de mais elementos e depois estes dois entre s i , como j ã _ de£ crito acima ou e n t ã o , levando em conta que o telurio não é extraTdo em nenhum valor de acidez na fase aquosa deve-se escolher um determinado valor de pH onde se o b t e n h a , s i m u ^ t a n e a m e n t e , a extração mais elevada possTvel dos demais elementos para a fase orgânica e realizar varias operações de extração. Em pH 4,0 obtem-se a extração quantitativa do urânio e a extração de neptunio ( 9 0 % ) , do molibdenio (80%), do iodo (70%) e do tecnecio ( 7 0 % ) , enquanto que o telurio permanece em fase aquosa. Com repetidas operações de extra^ ção obtem-se o telurio isento dos elementos citàdo.s IV.2.2. - Extração á Partir de Soluções de Cloreto de Uranilo 99 A m i s t u r a dos produtos de fissão ^ ^ h , ^^"'TC, ^° 132 239 Te contendo ainda uranio e Np foi obtida de maneira análoga a descrita no Item I V . 2 . 1 , a menos da operação de 103 CAP. IV dissolução do óxido de uranio irradiado para a qual se em pregou o ãcido clorídrico concentrado. As demais etapas en volvidas na extração desses elementos foram feitas confor. me descrito no ítem III.4. Com os valores da TABELA IV.4 foi traçada a IV.6 que apresenta a variação da porcentagem de FIGURA extração dos elementos iodo, m o l i b d e n i o , t e c n i c i o , uranio e nept£ nio em função da variação da acidez da fase aquosa,* para o meio cloreto. As curvas de extração de ^^^l, ^^""TC e urânio obtidas na presença dos ãnions C l " e N O ^ " foram c o i n c i d e n t e s . Os valores de porcentagem de extração do molibdinio obtidos na presença dos ãnions C l " foram mais elevados do que os o b t ^ dos na presença dos ãnions NO3". Para o caso do neptunio tambim foram observados valores de extração mais elevados na presença dos ãnions C l " , a partir de valores de pH 6,0. Ao empregar o esquema de separação apresentado na F ^ 131 GURA IV.5 para a separação dos produtos de fissao ^^Mo, ^ ^ " " T C , 132jg g ainda o ^^^Np obtém-se no meio I, clore to os mesmos resultados observados ao trabalhar em meio nitrato, podendo haver em alguns casos uma pequena vari£ ção nos valores de porcentagem de extração dos e l e m e n t o s . > íO 1 ' o. "O (O Li_ la «c 3 o l/i la < O •r- <c cr 3 -o <u tn •a o 1 U. 10 V) o %E 45,2 41,5 38,8 35.3 86,6 85,2 84,1 81,7 73,4 61,8 45,3 100 100 • 100 100 98,1 1311 20/9 0,04 0 ' 0:02 69,5 32,4 88,4 87,6 87,8 87,5 88,3 71.2 70,2 70,7 71,9 71.9 %£ 99mTc > 6,9 0 58.4 32,1 85,1 77,5 71.2 55,8 85,2 83,4 82,3 72,8 74,9 75,2 77,4 83,4 %E 99MO 2.1 9.1 25,1 52,4 83,5 94,5 91,4 88,5 60,9 52,3 -30,3 X o Ul >< !— «í >— %E 239NP o o 1.1 1.3 1.7 2.0 3,6 4.7 6,1 0.8 1.3 0.5 0.25 Acidez %E 32,í 51,4 80,2 91,5 100 99,7 99,6 96,4 1,2 12.5 17.3 U NaCi; = O.IM; Tempo de Agitação : 30 min. Produtos de Fissão Livres de Carregador; "Urânio] = 1,8 X 10"3M; [tetraciclina] = 2,0 X lO'^M; 9.1 6,1 6,7 7,8 8.3 1.7 1.9 2.3 2,7 3,6 4,7 1.3 0.5 Acidez 6.4 3.2 2.4 OBTIDA NOS DIFERENTES VALORES DE ACIDEZ DA FASE AQUOSA. MEIO CLORETO TABELA IV.4 o •o Ti o m : í m .- 20 40 6a 8o4 100 fii 10° imo iHi 10"' 10'' 10"* 10'' 10"^ TEMPO D E AGITAÇÃO OOmm. PRODUTOS D E FISSÃO E NEPTÚNIO LIVRES D E 10' 'n II ' IH T M w" [|iiriiii!i: | — i Htm CARREGADOR;[URÂNIo]»l,8xlO"^M;[TETRACICLINA]-2,QxlO"^M;[NaCl]-0,lM; FIGURA I V .6. CURVAS D E EXTRAÇÃO D O S PRODUTOS D E FISSÃO E D O '^-'^Np E URÂNIO .MEIO CLORETO. 10 I •II 106 CAP. IV IV.3. - Separação de Pares de Radloisõtopos Geneticamente Rei acionados Foram feitos alguns experimentos de extração com o ob^ jetivo de obter a separação de alguns pares de radioisÕto pos produzidos na fissão que são geneticamente re1aciona_ dos. Os experimentos de extração foram feitos cora o descrito no Item 111.4. Neste c a s o , os de acordo experimentos SÕ foram realizados em meio clorTdrico. Os sistemas pai-filho estudados foram: ' " S r - ^ f y . l ^ ^ B a - l ^ L a . ^^he-^'h. "M„. Separação Sr-Y As curvas de extração do estroncio e do Ttrio apreseji tadas na FIGURA TV.7 mostram q u e , ao empregar a solução de tetraciclina em álcool benzTlico, ê possTvel separar 90 de Y com controle do pH. Em pH = 2,9 a extração do Ttrio e de 100%, Sr enquanto que nestas condições não hã extração do estroncio. SEPARAÇÃO Ba-La Como mostram as curvas de extração do bãrio e do la£ E ÍTRIO. "TETRACICLINA]«2,OxlO"^M;[HaCl]-0,IM; jTETRACICLm]-2,0xl0"^M; [NaCl 0,1M;ÏEMP0 D E AGITAÇR0:30mín. lEMPO D E AGITAÇÃO OOm-rn. BARIO E LANTSNTO LIVRES D E CARREGADOR; FIGURA IV.g.CURVAS D E EXTRAÇÃo D O BÂRIO E IANTANTO. [ESTRÔNCIO]»tÎIRI0]«l, 0x10'^M; FIGURA IV.7.CURVAS D E EXTRAÇSO D O ESTRÔNCIO . 108 CAP. IV tãnio apresentadas na FIGURA IV.8, entre pH 4,5 e 5,0, extração do lantânio e quantitativa enquanto que o a bãrio permanece totalmente na fase aquosa. Separação Te-I E possTvel separar esses elementos pois enquanto curva de extração do iodo apresentada na FIGURA IV.6 mo¿ tra que na faixa de acidez de 7,0M a 1,5M em ãcido drico a extração deste elemento ? quantitativa o a clorT teiúrio não é extraTdo pela solução de tetraciclina em ãlcool be£ zTlico. Separação U-Np Para separar o urânio do neptunio (FIGURA IV.9) os ex^ perimentos de extração devem ser feitos em pH 1,7. Nestas condições 95% do urânio são extraTdos para a fase o r g â n i c a , enquanto que a extração do neptunio não excede a Z%. Separação Mo-Tc Analisando as curvas de extração do molibdenio e i do tecnicio apresentadas na FIGURA IV.10 verifica-se que elas são muito p r ó x i m a s , para que se consiga separar esses dois elementos com uma operação única de extração ao empregar a tetraciclina como agente extrator. 100 FIGURA TV.9.CURVAS DE EXTRAÇÃO DO URÍNIO E NEPTt5NI0. , URANI0]-1,8x10'-^M;NP livre de carregarior; JTETRACICLINA] » 2 , Ox 10-2M; fNaClJ -n,lM;TEMPO D E AGITAÇA0:;50nTín. TTTiT•) r n m r.-T FIGURA IV.IO.CURVAS D E EXTRAÇÃO DO MOLIBDENIO E TECNÉCIO. MOLIEDÊNIO E TECNECIO LIVRES D E CARREGADOR; [TETRACICLINA" 2 , OxlO'^M; [NaClJ -O, IM; TEMPO D E AGITAÇÃO OOm^ n. 110 -CAP. IV Separação Zr-Nb A separação entre zireõnio e niobio não e posiivel com uma única operação de extração» As curvas de extração zirconio e do niobio apresentadas na FIGURA IV.11 que em solução de pH 9,0, 15% do niobio e do mostram 66% do zirconio são extraTdos para a fase o r g â n i c a . Nestas c o n d i ç õ e s , apÕs cinco operações de extração são encontrados na fase aquosa cerca de 50% do niobio contaminados com 1% do zirconio i nj_ cialmente presente. 100 ' 1"""t — 1 1 1 1 1 |l|ll 1 I 1—1 1 80 y - [.i|i>r 1 1 l'ii 1 • » 1 60 /• /. 40 Nb/ / / ./. 20 lllll 1 1 1 10 lllll 11 10° . . 1 10*' 1 IC' !.. 10 I. 10-'' 1 1 10-5 .....LU..^..l.i. J l U ^ ^ X 1. ia« 10'^ llllll 1 ll 10"' ,.„!i^ 10' FIGURA TV. 11.CURVAS D E EXTRAÇÃO D O ZIRCÔNIO E NIÓBIO. ZIRCÔNIO E NIÓBIO LIVRES D E CARREGADOR,- [TETRACICLINA]-2, O x i e ' ^ M ; [NaClJ-0,lM;TEMPO D E AGITAÇÃO OOm^n. 112 CAPITULO V DISCUSSÃO E CONCLUSÕES As técnicas de espectrofotometria e de tituTação tenciométrica utilizadas neste trabalho tém sido pjo emprega^ das por muitos pesquisadores para estudar os complexos que a tetraciclina e seus análogos formam com os Tons relativa^ mente aos locais de ligação do Ton ã molécula da ligante. Nas condições experimentais utilizadas neste trabalho foi v e r i f i c a d o , pela técnica e s p e c t r o f o t o m é t r i c a , que os elementos c é s i o , telurio e iodo não formam complexos com a tetraciclina e q u e , a partir de valores adequados de pH, os elementos z i r e õ n i o , urânio, rutênio, m o l i b d e n i o , estrõji cio e bãrio-formam complexos com a tetraciclina com a paj^ ticipação do grupamento beta-dicetona fenõlica. Para quatro primeiros elementos os mencionados foi verificada tam tém a participação do grupamento tricarbonilmetano na fo£ ção do complexo. A analise da FIGURA II.2, que mostra a formação complexos com a participação do grupamento dos beta-dicetona f e n õ l i c a , permite concluir que o complexo formado pela te traciclina com o zireõnio e muito e s t á v e l , uma vez que já em solução de pH baixo (pH 0,2) ocorre a formação complexo. Dos complexos considerados neste estudo, o desse mais 113 CAP.V estável é aquele formado com o zireõnio, sendo os formados com urânio e molibdenio de estabilidade intermediaria e os r formados com o estroncio e bário os de menor e s t a b i l i d a d e . O fato de ter sido verificado que a formação dos com plexos entre a tetraciclina e os elementos estroncio e b£ rio somente ocorre a partir de pH 6,6 demonstra tratar-se de complexos pouco estáveis. Realmente, isto e comprovado pelos baixos valores das respectivas constantes de estabjj^ lidade determinados por Silva e D i a s ^ ^ ^ ^ , sendo de 4,^0 3,1 os logaritmos das constantes de estabilidade e dos com Ao fazer a mesma análise para os casos em que hã pa£ plexos de estroncio e b ã r i o , respectivamente. ticipação do grupamento tricarbonilmetano para a formação dos complexos com zireõnio, urânio e molibdenio (FIGURA I I . 3 ) , observou-se que a estabilidade dos complexos segue a seqüência Zr > U = Mo. Deve ser lembrado que a estabilidade do complexo mado pela tetraciclina com um determinado elemento fo_r quando hã a participação do grupamento beta-dicetona fenõlica p£ de não ser a mesma que a apresentada quando há a p a r t i c i p a ção do grupamento tricarbonilmetano, uma vez que a afinida^ de do elemento com relação aos dois diferentes grupamentos pode não ser a m e s m a . Os resultados obtidos nas titulações potenciometricas 114 CAP. V das soluções de tetraciclina feitas com hidróxido de sódio na ausencia e na presença dos elementos em e s t u d o , p e r m i t a ram concluir que o grupamento tricarbonilmetano participa da formação dos complexos da tetraciclina com os elementos zirconio, uranio, molibdenio e rutenio. Ibsen e Urist^^^^ estudaram os complexos da oxitetra ciclina com alguns dos Tons alcalinos terrosos em soluções aquosas e verificaram que o grupamento beta-dicetona fenó lica deve ser o que participa da ligação do Ton ã molécula do ligante. * Estudando a formação de complexos entre a clina e Tons metálicos Jogun e Stezowski ^"^0) +2 q u e , na presença dos Tons Sr oxitetraci verificaram +2 e Ba , ocorre mento na posição do pico de absorção máxima da um desloca^ oxitetracj^ clina localizado em 360 nm, em soluções de pH acima de 6. Os autores concluíram que a formação desses complexos ocoj^ re com a participação do grupamento beta-dicetona fenolica, uma vez que o pico de absorção de 360 nm está associado a esse grupamento. As conclusões obtidas no presente trabalho com ~ + 2 + 2 çao ã posição de complexaçao dos Tons Sr e Ba na molé cula de tetraciclina são concordantes com as obtidas por Jogun e Stezowski^^0) g Ur1st(28). O S apresentados por Ibsen rel£ e 115 CAP.V Ishidate e Sakaguchi ^ ^ mostraram que a cl orotetracj_ clina forma complexos com os Tons Zr(IV) e produziji do compostos e s t á v e i s . Esses autores mostraram q u e , depeji dendo da acidez do m e i o , podem formar-se dois compostos d ^ ferentes entre a cl orotetraci cl i na e os Tons Z r ( Í V ) . Quají do a reação se dá em solução de ácido clorTdrico de concejí tração 3N forma-se um composto cuja proporção de metal pa ra ligante é 1:1. P o r e m , nas soluções de pH 4,5 o composto obtido apresenta a relação de dois átomos de metal para um de ligante. No mesmo t r a b a l h o , os autores verificaram o grupamento beta-dicetona fenõlica e o responsá.vél formação dos complexos entre a tetraciclina e pela os Zr{IV) e U 0 2 ^ ^ e, também que no complexo formado que Tons com os Tons de zireõnio cuja relação de metal para ligante é 2:1, a entrada do segundo Ton ocorre na posição correspondente ao grupamento tricarbonilmetano. Stoel e colaboradores^^^^ investigaram a interação dos elementos S b , M n , C a , M g , Z n , A l , Zr e Zn com a anidro tetraciclina. Ao comparar os espectros de absorção desses compostos com os dos complexos formados pelos mesmos Tons com derivados da anidrotetracicli n a , concluiram que o pamento beta-dicetona fenõlica está envolvido e que com os Tons Zr(IV) também pôde ocorrer na a ligação participa_ ção do grupamento tricarbonilmetano na formação do xo. gru comple^ 116 CAP. V No presente trabalho foi verificado que a formação do complexo da tetraciclina com os Tons de zirconio com a participação de ambos os g r u p a m e n t o s , ocorre tricarbonilm£ taño e beta-dicetona f e n õ l i c a , que é um resultado concor^ ? dante com os apresentado tanto por por Ishidate e S a k a g u c h i ^ como por Stoel e colaboradores (60) Por meio de estudos espectrofotométrieos e 29) ' condutimé trieos realizados com soluções de tetraciclina na presença de Tons uranilo Mahgoub e colaboradores^"^5) verificaram a existência do complexo de proporção 1:1, sendo q u £ , acordo com seus r e s u l t a d o s , hã a participação do to tricarbonilmetano Embora de grupameji na formação deste complexo. M a h g o u b e colaboradores^^5) tenham mostrado que para a formação do complexo da tetraciclina com os Tons uranilo haja a participação do grupamento tricarbonilmet£ no, Ishidate e S a k a g u c h i ^ v e r i f i c a r a m que o grupamento que toma parte no complexo é a beta-dicetona f e n õ l i c a . Ve rificou-se, no presente trabalho, que para a formação do complexo mencionado houve a .parti cipação dos dois grupameji tos. As moléculas de tetraciclina assim como de seus anãloi gos são complexas e, como mostram os resultados obtidos por varios p e s q u i s a d o r e s , o local de complexaçao não esta 117 CAP. V firmemente estabelecido. Os estudos apresentados na l i t e r ¿ tura com relação ã posição de complexaçao do Ton pela mole cula da tetraciclina mostram que essa posição depende do Ton ^do pH em que esses complexos são formados e da p r o p o £ ção de metal para ligante existente no s i s t e m a . Os resultados dos experimentos de extração realizados no presente trabalho mostraram que os Tons de telurio e ce sio não são extraTdos pela solução de tetraciclina em ã^ cool benzTlico e que a extração do iodo para a fase orgâni^ ca é devida exclusivamente ao ãlcool benzTlico.' Os Tons dos elementos tecnecio e molibdenio são extra^ dos pelo ãlcool b e n z T l i c o , porem a adição da tetraciclina a e s t e , provoca um aumento nos valores da porcentagem de extração desses elementos com relação aos obtidos ao e m p r £ gar o diluente apenas. Para o tecnecio, esse aumento sÓ foi pronunciado para valores de acidez menores que 1,0M, quanto q u e , para o m o l i b d e n i o , esse aumento foi eji observado em todo o intervalo de acidez estudado. Também foi verificado que a extração dos elementos es^ trõncio, b ã r i o , z i r e õ n i o , n i o b i o , ruténio e urânio para a fase orgânica ocorre quando é usada uma solução de tetracj_ clina em ãlcool benzTlico e que isto não ocorre quando usado o ãlcool banzTlico sozinho. Isto significa q u e , é de£ 118 CAP.V de que se trabalhe com soluções de acidez a d e q u a d a , tem lj¿ gar a formação de complexos entre a tetraciclina e os Tons dos elementos citados. No presente trabalho foi observada uma concordância entre os resultados obtidos ao empregar as técnicas de pectrofotometria, titulação potenciométrica e de e_s extração com solventes, com relação ã verificação de quais dos ele mentos em estudo formam complexos com a tetraciclina. Embora tenha sido venf içada a formação de compl exoseji tre a tetraciclina e os diversos elementos por meios das trés técnicas acima mencionadas deve ser lembrado que nes^ ses estudos a relação das concentrações m e t a l : ligante foi diferente e, entre outros f a t o r e s , a formação de complexos depende desta relação. Desta forma pode-se dar o caso de não serem os mesmos os complexos presentes nos sistemas considerados nos estudos feitos por meio de cada uma das três técnicas. Nos experimentos feitos com o objetivo de determinar o tempo de agitação necessário para ser atingido o equilT brio termodinâmico entre as f a s e s , foi verificado q u e , com 30 minutos de a g i t a ç ã o , é atingido o equilTbrio entre as fases para todos os elementos estudados com exceção do ru tênio. 119 CAP .V No caso do elemento ruténio foi verificado que os lores de porcentagem de extração obtidos nas mesmas v£ condi ções experimentais nas operações de extração e retro-extra^ ção são d i f e r e n t e s . Tratando-se do rutênio essa diferença pode ser devida a uma mudança em sua forma quTmica ao extraTdo para a fase o r g â n i c a , e, na operação de ser retro-e_x tração, esta nova forma quTmica pode apresentar um tamento de extração diferente da apresentada pelo compo£ rutênio em sua forma o r i g i n a l . E n t r e t a n t o , não estã excluTda a pos sibilidade de que duas horas de agitação, que foi o tempo mãximo utilizado para este e l e m e n t o , não tenham sjdo sufi_ cientes para atingir o equilTbrio termodinâmico entre as fases. As curvas de extração dos elementos em estudo mostra^ ram que os valores de porcentagem de extração variam com a acidez do m e i o . Como era de esperar que ocorresse no c_a so da extração de quelatos m e t á l i c o s , com o aumento da acj^ dez do meio hã uma diminuição na porcentagem de extração. E n t r e t a n t o , deve ser ressaltado o fato de que para os elementos tecnecio, m o l i b d e n i o , rutênio, niÕbio, z i r e õ n i o , urânio e neptunio a partir de determinados valores de uma para cada e l e m e n t o , a porcentagem de extração pH, diminui com a diminuição da acidez do m e i o . Neste caso deve-se coji siderar a possibilidade da ocorrência de hidrolise desses 120 CAP. V T o n s , com a conseqüente diminuição nos valores de porcenta^ gem de extração^^^)_ Master^^'') apresenta as curvas de extração de S O S elementos diver^ empregando a tetraciclina como agente extra^ tor e os resultados obtidos nesses estudos mostraram uma boa perspectiva com relação ã possibilidade de uma separa^ ção em grupos de elementos quTmicos. Os resultados obtidos no presente trabalho para a ex tração dos elementos z i r c o n i o , niÕbio, m o l i b d e n i o , rutenio e lantânio não podem ser comparados com os apresentados por í 37) Master^ uma vez que as condições experimentais utiliza^ das nos experimentos de extração não foram as mesmas em am bos os c a s o s . No trabalho de Master o tempo de contato das duas fases componentes do sistema de extração foi de nas um minuto e a concentração da solução de ap£ tetraciclina em ãlcool benzTlico foi de 4,5X10"3M. Saiki e Lima^^^^ apresentam os resultados da extração do urânio pela solução de tetraciclina em ãlcool benzTlico, mostrando que o urânio e extraTdo quantitativamente no in tervalo de pH de 2,5 a 6,0. Apresentam também os resulta^ dos de extração dos elementos bãrio e molibdenio e a possj^ bilidade de separã-los do urânio. Esses estudos foram fej^ tos apenas em meio perclorico e no intervalo de pH ff.fSTiTu'.0 DE P H S Q U i í , * 3 E v F R G É M C ' S E NUCl Ç A R E 3 1. P E. N. de | 121 CAP.V 1,0 a 6,0. No caso do elemento bario, Saiki e Lima^^^^ não verificaram ate pH 5,0, a sua extração pela tetraciclina, que somente se torna significativa a partir desse p H . i R a r a o elemento m o l i b d e n i o , aqueles autores não apresentam as curvas de extração, apenas citam que o molibdenio é e x t r a j do diretamente pelo ãlcool benzTlico, na ausencia da t e t r ¿ ciclina e que a separação completa deste elemento do urã nio não e possTvel. Os resultados de extração obtidos para o uranio presente trabalho são concordantes com os obtidos por ki e L i m a ^ ^ ^ ^ , porém nos casos do bario e Saj_ do molibdenio apresenta-se no presente trabalho, um estudo mais do comportamento no completo de extração desses elementos pela tetracj_ clina, tendo sido determinadas as condições que tornam possTvel experimentais uma separação completa do uranio dos elementos molibdenio e bãrio. Nastasi e Lima^^^^ estudaram o comportamento dos plexos formados entre a tetraciclina e os elementos nTdicos quanto ã sua extração, usando o ãlcool como diluente. As curvas de extração obtidas para com lanta^ benzTlico os el£ mentos cério e lantânio são concordantes com as obtidas no presente trabalho. Embora nas condições experimentais empregadas no pr£ 122 CAP. V sente trabalho tenha sido verificado que o césio não forma complexo com a tetraciclina, Coíbion e L a z l o ^ ^ ^ ^ que estjj daram a formação de complexos entre a tetraciclina e os Tons Li"*", Na"*", Cs"*", K"*" e Rb"*" mostraram que sua complexaçao ocorre em pH 8,6, mas não em soluções neutras. De acordo com esses a u t o r e s , a interação da tetraciclina com Tons dos metais alcalinos é mais fraca do que com os cátions dj_ valentes. No caso dos primeiros as constantes de dissocia^ ção são da ordem de 50 m M , enquanto que no caso dos c o m p o ¿ tos formados com alguns cãtions divalentes são bem m a i o r e s , sendo para Mg"^^ e Co"^^ 4 x l O " ^ M , para Mn'^^6,3x10"^J^ e para Cu"^^l ,6xlO"^M. Outros pesquisadores que estudaram a formação de com plexos da tetraciclina com alguns dos Tons considerados no presente t r a b a l h o , a saber. Tons dos elementos urânio, zij^ cõnio, b ã r i o , estroncio, iodo e tecnecio não tiveram por objetivo estudar o comportamento da tetraciclina como agejn te extrator para esses T o n s , e s i m , a aplicação desses com plexos para determinações a n a l T t i c a s , para aplicações médj_ cas, ou para a determinação da posição de complexaçao. O comportamento da tetraciclina como agente extrator para o tecnecio foi feito, no presente trabalho, estando esse elemento presente sob a forma de Tons p e r t e c n e t a t o , e os resultados desses experimentos mostraram que o tecnecio 123 CAP.V é extraTdo pela tetraciclina em ãlcool benzTlico. Enquanto que para os demais elementos em estudo a foj;^ mação dos complexos com a tetraciclina ocorre por meio da substituição de um ou mais hidrogenios ionizaveis da molé cula de tetraci cl i na peí os cãtions m e t á l i c o s , possivelmejn t e , no caso dos Tons pertecnetato a extração ocorra pelo mecanismo da formação de pares i ó n i c o s , com a participação do grupamento dimeti1 amonio. Para examinar este aspecto fo ram realizados experimentos de extração com a dedimetilte^ traciclina ( D M T C ) , um derivado da tetraciclina que não apre senta o grupamento dimetil amonio. Os resultados obtidos mostraram que o tecnicio não e extraTdo pela DMTC as mesmas condições experimentais empregadas usando na operação de extração com a tetraciclina e , nas q u a i s , a extração do tecnicio ocorre. Esses resultados indicam que a formação do complexo de tetraciclina com o tecnicio ocorre com a participação do grupamento dimeti 1 amonio. E , assim, e ra_ zoável admitir que a extração de tal complexo ocorra com a formação de um par iónico. Para a execução do experimento de extração com a DMTC foi utilizada uma mistura de produtos de fissão na qual, alim do tecnicio, estavam presentes o m o l i b d e n i o , o iodo, neptunio e o urânio. Desta f o r m a , foi possTvel examinar o comportamento da DMTC também com relação a estes e l e m e n t o s . í'Ar-.3T!YU 1 ú D E P E S Q U ' S , - , & E N E R G É T I C - S Ê N U G L E A R E S !. P. E. N. 124 CAP. V Os resultados obtidos para os valores da porcentagem de extração mostraram q u e , nos casos do iodo, neptunio uranio, o comportamento de extração da DMTC e e idéntico da tetraciclina. Entretanto, no caso do molibdenio ao foram obtidos valores de porcentagem de extração mais baixos quaji do foi usada a DMTC do que quando foi empregada a tetrac^ clina. Este fato indica q u e , ã semelhança do que ocorre na extração do t e c n e c i o , tambim no caso do m o l i b d e n i o , hã par ticipação do grupamento dimetil amonio para a extração do composto formado. Considerando ser o bãrio um elemento quTmico que apre^ senta apenas um estado de oxidação ( + 2 ) , era de esperar e foi o b s e r v a d a , na p r a t i c a , a coincidência das curvas de ex. tração obtidas tanto ao usar a solução do traçador resuj^ tante da irradiação do respectivo' oxido (FIGURA III.9) co mo ao utilizar a solução contendo o bãrio produzido na fis^ são (FIGURAS IV.l e IV.3) Os valores de porcentagem de extração do tecnicio obtj_ dos quando os experimentos de extração foram realizados partir de soluções de nitrato de uranilo foram a coincidentes com os obtidos ao trabalhar com soluções contendo apenas traçador de tecnicio para valores de pH abaixo de 4,5. o Po rim, acima deste valor de pH foram encontrados valores mais altos de extração quando foi usado o tecnicio produzido na 125 CAP. V fissão. Igual comportamento foi observado para do tecnecio em meio Cl",, porem neste caso o a extração deslocamento da curva ocorreu a partir de pH 3,0. O rutênio e o molibdenio presentes nas soluções tando os demais produtos de fissão e o urânio coji irradiado apresentaram um comportamento de extração diferente daqu£ le observado quando os experimentos de extração foram rea_ 1 izados apenas na presença de seus respectivos traçadores. Os resultados obtidos para esses elementos vêm mostr.ar a necessidade de realizar um tratamento quTmico nas amostras para levã-los a uma forma quTmica definida. Deve ser ressaltado o fato de que quando foram utilj^ zadas as soluções de urânio irradiado, os produtos de fis^ são estavam presentes livres de carregador e nos experimeji tos feitos em presença dos traçadores raioativos dos elje m e n t o s , as concentrações empregadas foram l,OxlO"^M para o bãrio, 5,0xl0'''^M para o molibdenio e l,OxlO"^M para o rutê nio. O tecnecio fof sempre usado livre de carregador. Os experimentos de extração do ^^Zr e do ^^Nb foram feitos unicamente usando as soluções em que a mistura todos os produtos de fissão estavam presentes na de solução de nitrato ou cloreto de uranilo. As curvas de extração do urânio, obtidas quando os ex perimentos de extração foram realizados na presença dos pro 126 CAP. V dutos de fissão, foram coincidentes com as obtidas pregar soluções de urânio ao em não irradiado. O exame da posição relativa das curvas de extração dos elementos zireõnio, urânio, n i Õ b i o , cerio, lantânio, rutê nio e bãrio apresentadas na FIGURA I V . l , permite fazer aj_ gumas considerações com relação ãs estabi 1 i.dades entre si dos complexos formados entre a tetraciclina e esses elemeji tos. Lembrando que quanto mais estável o complexo, maior pode ser a acidez do meio a partir do qual o complexo e ex_ traTdo, a ordem de estabilidade desses comjil exos .pode ser dada pela seqüência apresentada a seguir: Z r > U > N b 7 C e 7 L a > B a , uma vez que esta é a ordem em que estão dispostas as cu£ vas de extração apresentadas na Figura IV.l. O rutênio não foi incluTdo nesta sequência de estabilidades porque o seu comportamento de e x t r a ç ã o , não foi reprodutível. A comparação das curvas de extração do estrôncio apre sentada na FIGURA III.8 com as curvas de extração dos de mais elementos estudados e que são apresentadas na IV.l permite concluir que na sequência de FIGURA estabilidades a do estrôncio deve ser colocada entre as dos complexos de lantânio e debário. Fazendo essa mesma analise para as curvas de extração dos elementos urânio e neptunio que estão apresentadas na 127 CAP. V FIGURA I V . 4 , pode-se afirmar que a seqüência na estabilida^ ele de dos complexos formados pela tetraciclina com esses mentos é U>Np. Por diferentes motivos o i o d o , tecnecio e molibdenio não foram incluidos nesta seqüência de estabilj^ dades. No caso do iodo foi verificado que sua extração devida exclusivamente ao ãlcool benzTlico. que o tecnecio (totalmente) e o molibdenio Foi e mostrado (parcialmente) são extraTdos pelo mecanismo de formação de pares i ó n i c o s , diferentemente dos demais elementos cuja extração ocorre de acordo com o mecanismo de formação de q u e l a t o s . Além disso, no caso do molibdenio foi ainda observado que o com portamento de extração deste elemento e diferente nos dois meios estudados (Cl~ e NO3") . Dos elementos estudados no presente trabalho, jã fo ram d e t e r m i n a d o s , por outra pesquisadores,os valores das constantes de estabilidade dos complexos formados pela traciclina com os Tons de estroncio, b ã r i o , cério, te lantã nio, urânio e zirconio. Saiki e L i m a ^ ^ ^ ^ determinaram os valores das constari tes de estabilidade dos complexos formados pela t e t r a c i c l ^ na com os Tons de cério e de lantânio, sendo de 9,42 e 8 , 9 0 , respectivamente, os logarTtimos dos valores dessas constaji tes. 128 CAP. V Sakaguchi e col aboradores ^''^^^ determinaram as constají tes de estabilidade dos complexos de tetraciclina Tons Fe'^^^ Ir^'^, Th"^^, \}0^'^, com os Al"^^ e Mg"^^ e veri f i caram que a sequência de estabilidade desses complexos é a seguinte: RB^Szr-^^>Th^Su0/2^A1^3^Mg^^ A seqüência dos valores de estabilidades encontrada no presente trabalho para os complexos formados pela t e t r ¿ ciclina com os elementos zirconio e uranio, cerio e lant_ã nio, estroncio e bario está de acordo com os valores das constantes de estabilidade jã determinados para cirio e 1 a n t ã n i 0 ^ ^ , estroncio e bãrio^^^^ e, tambim, com os áa dos de Sakaguchi e c o l a b o r a d o r e s ^ n o que se refere a S £ quincia das estabilidades dos complexos formados pela t£ traciclina com os Tons dos elementos uranio e zirconio. Utilizando a seqüência de operações apresentadas FIGURA IV.2 consegue-se isolar Zs , ^^^Ku, ^^°Ba, o 141 Qg_l 40j^g^ e, tambim, o uranio da mistura de produtos fissão empregando a tetraciclina como agente 95 95 separação de fissão Zr e extrator. na par de A Nb entre si e dos demais produtos de e, a i n d a , do uranio i obtida com o emprego de uma col una de sTli ca-gel. No esquema de separação apresentado na FIGURA IV.2 s£ mente se levou em conta os produtos de fissão emissores de CAP .V ~ 90 radiação g a m a , e nao foram considerados o Sr 89 S r , também presentes nas amostras contendo e os nem o produtos de fissão em estudo. Comparando a curva de extração do estroncio (meio trato) apresentada na FIGURA III.8 com as curvas de ção do uranio e dos produtos de fiss^ío apresentadas na GURA I V . 1 , pode-se predizer o comportamento do nj_ extra FI^ estroncio no esquema de separação proposto. Ao realizar a extração • - 1 4 1 do uranio para separa-lo dos produtos de fissao Ce, ^^^La, ^ ^ 3 R U ^ ^^°Ba e ^ ^ ^ Q ^ ^ ^ estroncio permanece ria na fase aquosa juntamente com estes produtos de fissão,. Na segunda operação de extração feita com o objetivo de ex trair o c é r i o , lantanio e bãrio deixando o ruténio e o cé sio na fase a q u o s a , o estroncio se distribuiria entre as duas f a s e s . Somente com repetidas operações de extração o estroncio seria quantitativamente extraTdo para a fase or g ã n i c a , permanencendo junto com o cério, lantanio e bario. Para separar o bãrio dos elementos cério e lantanio , realiza-se uma operação de retro-extração em pH 5,0. Nesta o p e r a ç ã o , 4 5 % do estroncio permaneceriam na fase orgânica juntamente com o cério e o lantanio e a restante porção seria retro-extraTda para a fase aquosa com o bãrio. Considerando a presença do e s t r o n c i o , a operação de 130 CAP ,V retro-extração feita com o objetivo de obter o bãrio e o estroncio na fase aquosa deve ser realizada em pH 3,0. N e ¿ tas condições 90% do estroncio e 100% de bãrio são retro- extraTdos para a fase aquosa enquanto que o cirio (100%) e o lantânio (90%) permanecem na fase orgânica. Dos produtos de fissão estudados o mais difTcil de ser separado do estroncio Í o bãrio. Para obter a separação en^ tre esses elementos a operação de extração deve ser realj^ zada em pH 5,5. Nestas condições o bãrio permanece tota^ mente na fase aquosa e 50% do estroncio são extraTdos para a fase o r g â n i c a . Com repetidas operações de extração conse gue-se obter a separação total entre estroncio e bãrio. A comparação das curvas de extração obtidas para o ex^ trõncio e para o bãrio em meio cloreto (FI GURAS I II.8 e IV.3) permite prever que neste meio a separação entre esses dois elementos deve ser mais fãcil do que em meio nitrato. A Fj^ GURA III.8 mostra que em meio cloreto a extração do estrõji cio i quantitativa em pH 5,0, enquanto que a FIGURA IV.3 mostra que a extração do bãrio sõ tem inTcio em pH 5,2. A comparação das curvas de extração do cirio e do te£ nicio apresentadas nas FIGURAS IV.l e IV.4, respecti vameji te, mostram que a separação entre esses elenentos i poss_T vel. Essa separação pode ser realizada em pH 1,5 onde a ex 131 CAP. V tração do cério não ocorre e a extração do tecnecio é da ordem de 8 0 % , o u , então, executando os experimentos de extra ção em pH 8,0 onde a extração do cério é quantitativa e o tecnecio permanece na fase aquosa. A separação entre o cério e o tecnecio é importante quando se trata da determinação desse elemento quando bos estão presentes em uma mistura de produtos de am fissão. Os radioisótopos ^^^Ce e ^^"'TC apresentam raios gama com ' «• energias muito p r ó x i m a s , a saber: 145keV e 140,5keV, re¿ pectivamente. Os elementos iodo e neptunio podem ser separados do telurio com a seqüência de operações de extração apresenta^ das no esquema de separação da FIGURA IV.5. Essa separação é importante na determinação do telurio presente em uma 239 mi sl mistura de produtos de fissao. Os radioisótopos Np e 132, "I, também presentes na m i s t u r a , apresentam raios gama 132 com energias muito próximas aos raios gama do T e , a sa^ ber: 228keV e 667keV e interferem na determinação do telQ ri o. As sequências de operações necessãrias para a separa^ ção do urânio dos elementos cério e bãrio e para a separa^ ção do urânio do molibdenio estão indicadas nos de separação apresentados nas FIGURAS IV.2 e I V . 5 , esquemas respe£ 132 CAP. V tivamente. A separação do uranio desses elementos i muito importante na determinação do uranio por análise por ativa_ ção com niutrons e p i t é r m i c o s , quando a matriz contém esses elementos. Na irradiação dessa matriz com niutrons epitér micos ocorrerá a formação dos radioisótopos ^ S ^ Q , ^^l^a e 143ce que a p r e s e n t a , raios gama com energias próximas a 74,6 keV que i a energia do pico do 2 3 9 u , radioisótopo es^ te que i utilizado para a determinação do teor de uranio. S e , ao invés da separação do uranio desses e l e m e n t o s , optar-se pela contagem das amostras com o emprego do tor de G e ( L i ) , deve-se levar em conta que como i déte sabido, esse detetor não Í, em g e r a l , indicado para a determinação do urânio quando presente ao nTvel de ppm ou m e n o s . caso deve-se aumentar a eficiência do mitodo de Neste contagem com o uso de contadores de Nal (TI) e os radioisótopos meji cionados são quase sempre interferen tes. Com o conjunto de trabalhos realizados na Divisão RadioquTmica, de ao qual pertence o presente trabalho, pode- -se ter uma visão global da aplicação da tetraciclina para a separação de muitos elementos q u T m i c o s . O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de estudar as possibilidades das aplicações analTticas da tetraciclina como agente extrator de alguns produtos de fi¿ são, dando continuidade ã linha de pesquisas desenvolvidas 133 CAP. V na Divisão de Radioquímica do IPEN-CNEN/SP. Não se teve co mo objetivo usar esse agente extrator em processos indu£ triáis ou no reprocessamento de elementos combustíveis nu oleares. Esta aplicação não seria viãvel porque os preços dos reagentes t e t r a c i c l i n a , reagente analítico, e ãlcool benzilico não são competitivos com os dos reagentes normaJ_ mente empregados no reprocessamento e, alim disso, ao alto nível de radiação existente nas soluções devido envolvj^ das nas operações do reprocessamento ocorreria dano d e ^ ra diação na molicula de t e t r a c i c l i n a , pois conforme mostrou Andrade e Silva(4) hã ocorrência de danos na molicula tetraciclina, levando a uma diminuição no valor da conceji tração da solução de tetraciclina, quando submetida a ses altas de radiação gama. de do APÊNDICE CaracterTsticas Nucleares dos Radioisótopos Considerados Neste Trabalho Radioisótopo Meia Vida Energia do Raio Gama (keV) Radioisótopo - 82,9,min 165,8 239 Np 12,Bd 537,3 32,3d 145,4 99m,^ 661,6 123mTe 364,4 239u 90Y_90mY Meia Vida Energia do Raio Gama (keV) 2.35d 277,6 39,6 d 496,9 6,02h 140,5 • • 30,Oa 131j 8,06d '""La 40,2h 487,0 99,Mo 66,2h 181,0 95Nb 35d 765,8 95Zr 120,0 d 23,54m1n. i59,0 74,6 64,lh-3,19h 202,5 482,5 65,5 d 724,2 Os valores de meia vida e energia do raio gama utilizados são apresentados em: Die Gamma Linien der Radionuklide . 1003 - AC - 1973). os Band 1. G.Erdtmann, W.Soyka(jijl. 0 radioisótopo ^°Sr é um emissor beta, com meia vida de 28,8 anos e a energia mãxima das partTculas beta e 0,54 MeV. (Determination of the ener gy of beta particles and photons by absorption. L.E.Glendenin. Nucleonics 2, 16 (1948)). 135 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. AKATSU, A. &.ARATONO, Y. Separation of Zirconium from fission products in silica gel-nitric acid systems. Anal. Chim. Acta, 84:347-353, 1976. 2. ALBERT, A. Avidity of terramycin and aureomycin for metallic tions. Nature. 172:201, 1953. 3. ALBERT, A. & REES, C.W. Avidity of tetracycline for the cations of metals. Nature, lZ2:433-4, 1956. 4. ANDRADE E SILVA, L.G. Estudo do efeito da radiação gama sobre a molécula de tetraciclina relativamente ao seu comportamento como agente complexante e extrator. São Paulo, 1982 (Tese de ' Doutora^ mento. Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, CNEN/SP). ca- J * 5. 6. ASHTON, A.A. 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