Indústria Portuguesa: A Chave da Crise O caso da SECIL JEEC/14 – Jornadas de Engenharia Electrotécnica e Computadores do IST 2014.03.11 1 Índice A Crise para a SECIL: Enquadramento A estratégia da SECIL A Implementação da Estratégia O Benckmark para a Eficiência Energética As Metas Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 2 A Crise para a SECIL: Enquadramento Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 3 A Crise para a SECIL: Enquadramento Evolução do consumo no Mercado Português Consumo de Cimento (Mt) 6,0 6,4 6,4 6,3 5,5 5,3 5,4 5,1 5,3 3,9 7,9 7,8 7,8 7,3 6,2 5,8 4,9 4,4 3,5 Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 1986 1985 1984 1983 1982 1981 1980 1979 1978 1977 2,8 1976 1975 1974 1973 1972 2,7 3,2 3,4 3,3 5,8 6,4 6,6 7,6 7,5 7,6 7,1 7,4 11,1 11,3 10,8 10,6 10,1 9,3 9,2 9,5 8,7 8,4 4 A Crise para a SECIL: Enquadramento Vendas de Cimento em Portugal Vendas MI Cimpor+Secil 2013 Capacidade não utilizada 2,6 Mt 23% 8,0 Mt Capacidade de produção de Cimento ≈ 11,4 Mt A Estratégia da SECIL Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 6 A Estratégia da SECIL Principais Iniciativas Procurar novos mercados através de exportação e expansão através de aquisições ou implementação de novas fábricas noutros Países; Tornar as exportações independentes do tamanho do mercado interno; Reduzir custos e emissões de CO2; Diminuir dependência de combustíveis exógenos; Produzir electricidade por aproveitamento calor perdido; Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 7 A Implementação da Estratégia Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 8 A Implementação da Estratégia: Aumento exportações e diversificação destinos Exportações da SECIL 1.600.000 1.400.000 toneladas 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0 Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 9 A Implementação da Estratégia: Aumento exportações e diversificação destinos Destino das exportações em 2013 – 1.488.000 t para 26 Países Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 10 A Implementação da Estratégia: Presença em vários países Portugal: • Cimento • Betão-Pronto • Inertes • Argamassas • Prefabricados de Betão • Painéis de Cimento-Madeira Presença em 6 Países Tunísia: • Cimento • Betão Pronto • Cal Artificial • Prefabricados de Betão Líbano • Cimento • Betão-Pronto Cabo Verde: • Inertes • Prefabricados de Betão Brasil •Cimento •Betão-Pronto Angola: • Cimento A Implementação da Estratégia: Redução de Custos Evolução do Custo total na Produção de Cimento (clinquer) 120 102,30 100 98,42 100 92,18 88,20 83,65 80 % 60 40 20 2008 2009 2010 2011 2012 2013 evolução custo total Adaptação da Estrutura: Aumento de Produtividade Redução de Custos Operacionais: Produção e Manutenção (Serviços/Materiais) Aumento da Eficiência Energética: Térmica e Eléctrica Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 12 A Implementação da Estratégia: Adaptação da Estrutura em Portugal Adaptação da Estrutura Orgânica do Negócio de Produção de Cimento em Portugal: Passagem Estrutura Hierarquia para Estrutura Matricial; Coordenação partilhada da Unidade de Negócio; Estrutura suficientemente elástica capaz de se adaptar rapidamente à dimensão do mercado, nos dois sentidos; Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 13 A Implementação da Estratégia: Adaptação da Estrutura em Portugal Administrador 1 Administrador 2 Fábrica 1 Fábrica 2 Fábrica 3 Produção 1 Produção 2 Produção 3 Manutenção 1 Manutenção 2 Manutenção 3 Qualidade 1 Qualidade 2/3 Ambiente & Segurança 1 Ambiente & Segurança 2/3 Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 Comercial Vendas Distribuição Estrutura Inicial 14 A Implementação da Estratégia: Adaptação da Estrutura em Portugal Estrutura Adaptada Administrador Direcção Geral Fábrica 1 Fábrica 2 Fábrica 3 Produção 1 Produção 2 Produção 3 Manutenção 1/2/3 Qualidade 1/2/3 Ambiente & Segurança 1/2/3 Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 Vendas Distribuição 15 A Implementação da Estratégia: Redução de Custos Operacionais Evolução dos custos unitários do clínquer face à redução da produção Produção clínquer 2008 vs 2013: -35% Variáveis 2008 vs 2013: -4% Cash Costs 2008 vs 2013: -9% (totais s/amortizações) Peso relativo das principais rubricas na estrutura custos: 2008: Pessoal: 13%; Serviços externos: 26%; Variáveis: 56% 2013: Pessoal: 12%; Serviços externos: 27%; Variáveis: 59% Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 16 A Implementação da Estratégia: Redução de Custos Operacionais Imprescindível a redução de custos por forma a competir no mercado de exportação Subjacente a lógica da maximização da variabilização dos custos operacionais Renegociação de contratos de produção e serviços manutenção; Contratos valorizados preferencialmente com base na produção; Redução do nível de stocks (working capital/custos de posse) Minimização dos custos fixos e de estrutura Redução de pessoal fixos (-30%) Otimização dos serviços e operações transversais Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 17 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Peso da Energia no Custo de Produção de Cimento (Clinquer) 100,00 90,70 87,26 90,00 89,34 89,23 89,02 86,26 80,00 70,00 60,00 49,98 47,64 % 50,00 51,45 49,01 48,09 2011 2012 40,97 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 2008 2009 2010 % energia no custo variável 2013 % energia no custo total s/a Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 18 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 19 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Térmica Distribuição de Combustíevis Portugal Combustíveis Alternativos em Portugal 4,88% 21,13% Pneus Biomassa Animal 4,67% 8,06% 61,25% Biomassa Vegetal Combustíveis Derivados de Resíduos Resíduos Industrais Perigosos Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 20 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Térmica Principais Combustíveis Alternativos Utilizados: Chips de pneu Farinhas animais Fluff (têxteis de pneus) Estilha de madeira RDF (Plásticos+Têxteis+Papel) Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 Lamas oleosas 21 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Térmica Aterros: Principais Operadores 1 3 2 CDR derivado RINP: -SGR -Ambitrena 1 VALOR-RIB 2 Rima 3 SEMURAL 4 RESILEI 5 LENA AMBIENTE 6 RIBTEJO 7 PRORESI 8 CITRI -Semural -Ecomais 4 5 6 -EGEO 7 -Renascimento 8 9 9 LENA AMBIENTE Potencial de 250.000 t/ano Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 22 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Térmica CDR derivados de RSU - Sistemas Gestoras de RSU AdP 1 1 2 Valorminho 4 3 Resinorte 6 4 Suldouro 5 6 7 8 9 10 11 Valnor Valorsul Amarsul Algar C B A B 5 D C D 7 Resistrela ERSUC Ffuu Valorlis 3 A Resulima 2 EGSRA E F E G 8 F 9 G H 10 I H J J K 11 I K Braval Lipor Resíduos Nordeste Ecobeirão Resitejo Ecoleziria Tratolixo Gesamb Amcal Ambilital Resialentejo Potencial de 1500.000 t/ano Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 23 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Térmica Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 24 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Térmica Evolução da Utilização de Combustíveis Alternativos na SECIL em Portugal 50,00 43,70 45,00 41,00 38,16 40,00 35,00 31,58 % 30,00 22,84 25,00 20,00 17,30 13,06 15,00 10,00 14,52 9,39 5,00 0,00 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Taxa de substituição (calor) Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 25 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Térmica Evolução do Custo da Energia Térmica a Produção de Cimento (clinquer) 120 100 100 91,84 77,40 80 73,85 68,83 60,85 % 60 40 20 2008 2009 2010 2011 2012 2013 evolução custo energia térmica Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 26 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Térmica Comparação Custo Térmico Real com Combustíevis Alternativos vs Custo Térmico com Combustível Coque 120 100 100 87,4 80 74,0 75,91 72,5 67,0 64,7 70,53 % 60 60,23 55,23 49,70 47,58 40 20 0 2008 2009 2010 % evolução custo térmico só com coque 6 % 2011 2012 2013 % evolução custo real face ao coque Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 27 A Implementação da Estratégia: Redução Custos Energia Eléctrica Evolução do Custo da Energia Eléctrica a Produção de Cimento (clinquer) 180 165,18 155,66 160 140 128,91 116,74 120 100 100 96,35 % 80 60 40 20 2008 2009 2010 2011 2012 2013 evolução custo energia eléctrica Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 28 A Implementação da Estratégia: Proj. Eficiência Energética lançado em 2012 Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 29 A Implementação da Estratégia: Proj. Eficiência Energética lançado em 2012 Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 30 A Implementação da Estratégia: Projecto Inovador Integrado CTEC 03-01-2014 31 Benchmark Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 32 Benchmark: Energia Térmica Consumo específico de Energia Térmica 1000 950 Kcal/Kg clk 900 850 800 750 700 650 600 1987 1989 1991 1993 1995 SECIL 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 Média GNR - EU-27 Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 33 Benchmark: Energia Eléctrica Consumo específico de Energia Eléctrica 140,0 130,0 110,0 100,0 90,0 Global Benchmark 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 80,0 1996 kWh/t 120,0 EU-27 Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 34 Benchmark: Emissões de CO2 Emissões Específicas de CO2 por tonelada de clínquer 920 840 800 760 720 SECIL 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 680 1990 kgCO2/t clk Cz 880 GNR EU-27 Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 35 Metas Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 36 Metas 2011 - 2016 Potencial Redução Custos Potencial de redução de custos anual de -8 M€ Portugal Cimento SECIL Substituição Alternativos Energia Térmica Energia Eléctrica Emissão CO2 Intergração Clinquer Energia Eléctrica c/ WHR Unidades % MJ/kg Kwh/t tCO2/tclinquer % Kwh/t Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 2011 38,16 3686 108,2 0,813 74,18 108,2 2016 70 3490 100 0,73 72 85 37 A apresentação está disponível em www.secil.pt a partir de 2014.03.12 Instituto Superior Técnico – JEEC/14 - 11 de Março 2014 38