CONCEIÇÃO GONÇALVES Área de Especialidade: Avaliação em Educação Face ao objeto e aos desideratos deste estudo estabeleci um quadro conceptual assente nos vetores seguintes: (1) , (2) , (3) , (4) e (5) Em Portugal, tal como outros países da Europa, a importância da avaliação de programas, de projetos ou de medidas políticas, no âmbito da educação, acentuou-se ao longo da década de 90, do século XX. Nos 21 anos abrangidos por este estudo operaram-se mudanças nos mandatos, na quantidade e na utilização da avaliação, na relação entre a avaliação e a política e na natureza das instituições que fizeram da avaliação objeto de estudo e de prestação de serviços. Com o presente estudo pretendo identificar e discutir de medidas, de programas e de projetos que consubstanciaram as políticas educativas neste período, e . Para tal tomo como referência os mandatos políticos de três ministros da educação, do mesmo período, Roberto Carneiro, Marçal Grilo e Maria de Lurdes Rodrigues, sendo que, a par de uma caracterização das avaliações de medidas, de programas e de projetos que consubstanciaram as políticas educativas entre 1990 e 2010, analiso e discuto a avaliação na agenda destes ministros da educação, em função do seu entendimento do papel da avaliação, da utilização que fizeram das avaliações e dos domínios de avaliação que privilegiaram. A metodologia visa a obtenção de três produtos: (quanto ao foco, abordagem avaliativa, utilização, instituição/avaliador, encomenda, divulgação dos resultados e legislatura), (na perspetiva dos avaliadores e dos seus utilizadores) e (subordinada às categorias de caracterização já referidas). O estudo assumirá uma vertente em extensão, que dará uma perspetiva global das avaliações, e outra em profundidade, que introduzirá o ponto de vista de quem realizou ou utilizou essas avaliações. A segunda vertente assenta numa seleção restrita avaliações realizadas no mandado dos ministros referidos, baseada, entre outros critérios, na diversidade de abordagens avaliativas e no potencial de utilização. As fontes de informação são documentais (relatórios e contratos de avaliação; discursos políticos, recortes de imprensa e escritos sobre ou da autoria dos ministros mencionados), que serão analisados de modo a gerar sínteses descritivas, e são os testemunhos dos avaliadores responsáveis por algumas das avaliações, dos ministros referidos e de outros decisores políticos dos seus mandatos, recolhidos em entrevista. avaliação de políticas, abordagens avaliativas, utilização da avaliação