Coordenadoria de Educação
II CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO
2010
Língua Portuguesa – Professor(a)
8° Ano
Secretaria Municipal de Educação
Subsecretaria de Ensino
Coordenadoria de Educação
Eduardo Paes
Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro
Profª Claudia Costin
Secretária Municipal de Educação
Profª Regina Helena Diniz Bomeny
Subsecretária de Ensino
Profª Maria de Nazareth Machado de Barros Vasconcellos
Coordenadora de Educação
Profª Maria Socorro Ramos de Souza
Profª Maria de Fátima Cunha
Coordenação
Profª Drª Maria Teresa Tedesco Vilardo Abreu
Consultora de Língua Portuguesa
Profª Ana Paula de Lisboa
Profª Valéria Preza
Elaboração
Profª Leila Cunha de Oliveira
Revisão
Profª Ana Paula de Lisboa
Profª Valéria Preza
Diagramação
8º ANO
II Caderno
Língua Portuguesa
Caderno do(a) Professor(a)
8º ANO
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
Caro(a) Professor(a)
O caderno de atividades nº 2/2010 é composto por duas
atividades. A primeira, elenca 19 textos variados cujo tema é
“Trânsito”. O assunto é comum em nossa sociedade e nos leva
a refletir sobre questões importantes que envolvem suas regras,
como a tecnologia pode influenciá-lo e as consequências
positivas ou negativas que podemos perceber a partir disso. É
mais uma oportunidade para debates, troca de opiniões e
esclarecimentos de como motoristas e pedestres podem
conviver de forma harmônica e gentil no trânsito.
O texto 2 exemplifica o trânsito das formigas. Proponha
aos alunos que pesquisem sobre o inseto. Todas as espécies de
formigas são sociais, assim como os cupins. Um inseto é
denominado social ou eusocial pela sobreposição de gerações,
pela divisão de tarefas e pelo cuidado com a prole. A divisão de
tarefas está associada à presença de diferentes castas dentro
da colônia. Existem a casta das operárias e a casta dos
reprodutivos (rainhas e machos).
Partindo da pesquisa sobre a sociedade das formigas,
podemos abordar sua presença entre os humanos e como elas
se transformam em pragas domésticas de difícil prevenção e
controle. Além disso, pode-se explorar o lado das curiosidades,
mostrando, entre outras coisas, que formiga também é alimento.
Uma boa fonte de pesquisa em internet é o site
http://mundodasformigas.vilabol.uol.com.br.
8º ANO
Caderno do(a) Professor(a)
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
O texto 5 compara o ato de dirigir ao jogo Tétris. O
objetivo do jogo é encaixar peças de diversos formatos que
descem do topo de uma tela. Quando uma linha é completada,
desaparece e dá pontos extra ao jogador. O jogo termina
quando as linhas incompletas se empilham até o topo da tela.
Até hoje o jogo é lembrado e recriado de uma forma
nova e diferente, mas sempre mantendo o mesmo objetivo.
“O jogo tem um tipo de espírito criativo ao invés da
destruição que você encontra em jogos de tiro e na maioria
dos outros títulos. Nele você cria algo”, diz Pajitnov. “Você
pega o caos das peças caindo aleatoriamente e as coloca
juntas em um tipo de ordem. Isso causa nas pessoas uma
sensação boa”.
Fazer relações entre os textos 1 e 5 é importante.
Comparar a situação atual do “caos” no trânsito nas maiores
cidades do mundo e o jogo criado pelos russos. Como
podemos fazer para que o “trânsito”, como no jogo, seja
organizado? É preciso pensar rápido e de um jeito estratégico,
imaginando qual será o próximo a surgir na tela. Uma peça
inesperada pode estragar o jogo. Promova debates, proponha
aos alunos que organizem pontos de vista e proponham
estratégias para o trânsito de nossa cidade.
A seguir, peça aos alunos/as que escrevam um texto
em que proponham estratégias para a melhora do trânsito de
nossa cidade. O texto deverá ser argumentativo.
8º ANO
Caderno do(a) Professor(a)
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
O termo charge é proveniente do francês “charger” (carregar, exagerar). Sendo
fundamentalmente uma espécie de crônica humorística, a charge tem o caráter de crítica,
provocando o hilário, cujo efeito é conseguido por meio do exagero. Ela se caracteriza por
ser um texto visual humorístico e opinativo, que critica um personagem ou fato específico
Nos textos 6, 7 e 8 utilizamos a charge , já que esse tipo de texto – verbal e não verbal –
permite que diversas atividades sejam realizadas, além de ser um material interessante para
os alunos, a fim de torná-los cada vez mais capazes de construir os possíveis sentidos do
texto.
Tais atividades envolvem a compreensão e interpretação, visando ao desenvolvimento
da criatividade do aluno, a partir das inferências que este pode realizar de acordo com seu
conhecimento de mundo.
Um outro aspecto importante é a sua proximidade com o cotidiano. São, geralmente,
encontrados em jornais e revistas, tratando temas atuais, atemporais, divertindo e marcando
épocas. Além disso, permite que o aluno passe a entender a imagem como discurso,
atribuindo-lhe sentidos sociais e ideológicos.
Sons, gestos, imagens, diversos e imprevistos, cercam a vida do homem moderno,
compondo mensagens de toda ordem, transmitidas pelos mais diferentes canais, como a
televisão, o cinema, a imprensa, o rádio, o telefone, o telégrafo, os cartazes de propaganda,
os desenhos, a música e tantos outros. Em todos, a língua desempenha um papel
preponderante, seja em sua forma oral, seja através de seu código substitutivo, escrito. E,
através dela, o contato com o mundo que nos cerca é permanentemente atualizado.
A linguagem verbal é um código que utiliza palavras faladas ou escritas.
O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra, denomina-se linguagem não verbal,
isto é, usam-se outros códigos (o desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão
fisionômica, as cores). Uma boa charge deve procurar um assunto atual e ir direto onde
estão centrados a atenção e o interesse do público leitor.
http://karlacunha.com.br/tag/charge/
8º ANO
Caderno do(a) Professor(a)
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
A charge é um tipo de texto atraente aos olhos do leitor; afinal, a imagem é de rápida leitura, transmitindo múltiplas
informações de uma só vez. No entanto, o leitor tem que estar bem informado acerca do tema abordado, para que possa
compreender e captar seu teor crítico. Afinal, ali está focalizada e sintetizada uma certa realidade. E somente os que
conhecem essa realidade efetivamente entendem a charge.
Também é importante verificar que a charge serve de estímulo à leitura de outros textos contidos nos jornais e
revistas em que aparece, ou seja, possibilita atividades mais dinâmicas, interessantes, desenvolvendo ainda o interesse
do aluno pela leitura e pela busca de novas informações. Além disso, ela tem muitas vezes o objetivo de convencer,
influenciar – de acordo com uma determinada ideologia – o imaginário do interlocutor, a fim de torná-lo mais consciente
da realidade. Afinal, a educação precisa ser eficaz, enquanto formadora de cidadãos capazes de entender a realidade e
interferir nela, e é exatamente por esse motivo que o professor deve estar sempre atualizado para exercer sua função
como formador de opinião, orientar o aluno, ser capaz de fazer com que este aprenda e entenda novas possibilidades
além do seu conhecimento de mundo.
Adaptado de http://www.filologia.org.br/ixcnlf/5/03.htm
http://blog10.wordpress.com/2009/12/07/imagens-chargeslegais/
http://maryvillano.blogspot.com/2008/04/chargesdo-dia.html
BETA
BETA
Nome da
Escola:______________________________________________
Nome:_______________________________________________
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu
no Rio de Janeiro em 1865 e faleceu no mesmo local em
1918. Fez o primário no Colégio do padre Belmonte, no
Rio de Janeiro, e por insistência do pai começou a estudar
Medicina aos 15 anos, abandonando-a no quinto ano.
Estudou Direito em São Paulo e sem concluir o curso,
retornou ao Rio de Janeiro. Dedicou-se às letras e, em
1902, foi secretário de Campos Sales na viagem à
Argentina; em 1906 secretariou a Conferência Panamericana do Rio de Janeiro; em 1907 foi secretário do
Prefeito do Distrito Federal.
Solteiro, levou uma vida quase boêmia, vestia-se
com apuro, viajou muitas vezes à Europa, confrontando o
progresso dos países e o atraso brasileiro, na tentativa de
elevar o nível do país. Dedicou-se ao jornalismo,
escrevendo crônicas e artigos diários para diversos
jornais.
Participou ativamente das demonstrações de
civismo e conscientemente desempenhou o papel de
poeta cívico, promovendo uma campanha em prol do
serviço militar obrigatório. Foi abolicionista e republicano,
ficou preso por 6 meses na fortaleza de Laje, durante o
governo de Floriano Peixoto; livre, exilou-se em Minas
Gerais. Autor da letra do Hino à Bandeira, escreveu
poemas infantis e livros didáticos e, em 1913, foi eleito o
primeiro "príncipe dos poetas brasileiros".
8º ANO/ Julho 2010
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
8º ANO
Caderno do(a) Professor(a)
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
Aproveite os textos 9 e 10 para comparar o comportamento dos escritores diante do surgimento do automóvel.
Especialmente, o título do texto 10 nos remete a um poema de Olavo Bilac. Apresente-o a seus alunos. Aproveite para
mostrar também a letra e música do Hino à Bandeira Nacional, disponível no site do Exército Brasileiro. Bilac tinha
características ufanistas em sua produção. Vale uma pesquisa... Por que ele é considerado o príncipe dos poetas
brasileiros?
Via Láctea
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso"! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
Olavo Bilac
http://www.exercito.gov.br/01inst/Hinoscan/bandeira.htm
8º ANO
Caderno do(a) Professor(a)
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
O texto 12 nos permite explorar a leitura e a produção de textos do tipo Gráfico.
Saber ler e interpretar diferentes textos em
diferentes linguagens, saber analisar e interpretar
informações, fatos e idéias, ser capaz de coletar e
organizar informações, além de estabelecer relações,
formular perguntas e poder buscar, selecionar e mobilizar
informações, são habilidades básicas para o nosso dia a
a dia.
É comum a abordagem de tabelas e
gráficos em textos de divulgação de informação
presentes na mídia e em quase todos os textos
informativos. A construção de gráficos é uma estratégia
muito interessante para permitir que os alunos se
apropriem desses textos. Construindo gráficos, os alunos
vivenciam todo o processo de levantamento de
informações.
É interessante mostrar aos alunos as
regras que estruturam os textos gráficos e tabelas, (ver
figura lado).
Título: indica o assunto tratado ou pode apenas ter a
função de chamar a atenção do leitor.
Subtítulo ou Texto Explicativo: explicita o tema da
tabela e contextualiza a situação.
Cabeçalho e Colunas Indicadoras: correspondem aos
títulos dos conteúdos das colunas e linhas,
respectivamente.
Corpo: é composto pelos dados da tabela.
Fonte: usualmente aparece no rodapé da tabela.
8º ANO
Caderno do(a) Professor(a)
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
Gráfico em Linhas ou de Segmento:
8º ANO
Caderno do(a) Professor(a)
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
O que são as tiras humorísticas?
É a arte de contar uma história por meio de sequências
de imagens, desenhos ou figuras impressos. Os diálogos
entre os personagens, seus medos e inseguranças, suas
vitórias e derrotas, enganos e acertos, seus pensamentos e a
narração do próprio personagem, aparecem sob a forma de
legendas ou dentro de espaços irregulares delimitados, que
são chamados de balões.
As histórias em quadrinhos ou tiras humorísticas são
um meio artístico e de comunicação, que unem a literatura à
imagem, compondo, assim, uma outra forma de comunicação
e expressão. Também refletem a idéia e a opinião do autor da
história. Este por sua vez, faz com que sua realidade social e
cultural reflita em suas histórias,conduzindo, assim, os leitores
a uma reflexão voltada para as descobertas e progressos da
tecnologia e ciência, da sociedade da qual faz parte.
Os textos 17 e 18 são duas sequências de quadrinhos
que têm o mesmo tema. Tratam com humor peculiar os sinais
de trânsito e suas interpretações.
Incentive seus alunos a criarem seus próprios textos.
Divida a turma em duplas que em parceria trabalharão
texto/imagem. Divirtam-se!
http://filipealtino.wordpress.com/2007/06/
Caderno do(a) Professor(a)
8º ANO
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
Explique o que é uma narrativa, mostre
exemplos do gênero, anotando as principais
características. Em seguida, compare a narrativa ao
texto de uma peça teatral e aponte as diferenças entre
ambos.
Durante a listagem de personagens, baseado no
texto Reunião na AFAT, estimule a perceberem o uso
dos diálogos existentes e gestos que determinem as
características de cada personagem. Assim, todos
poderão participar da montagem da história.
Oriente a leitura do texto e convide a turma a
prestar atenção ao foco da narrativa e na
personalidade do narrador. A seguir, questione o
grupo sobre as possibilidades de transformar essa
história em uma peça teatral. Sugira que todos releiam
o texto, dessa vez já com vistas às mudanças que são
necessárias para a adaptação ao novo gênero.
Leia trechos de textos teatrais, leve livros de
textos teatrais para a sala de aula.
Caderno do(a) Professor(a)
8º ANO
FICHA 2
Coordenadoria de Educação
Amigo(a) Professor(a), a segunda atividade do Caderno Pedagógico 2 faz uma homenagem ao centenário de Noel Rosa.
Composta por textos, em sua maioria, biográficos, possibilita iniciar o trabalho biografias na sala de aula. Pode tomar
diferentes dimensões, dependendo dos objetivos que queira alcançar com seus alunos. Ler e escrever biografias pode, por
exemplo, ser uma forma de os alunos se tornarem capazes de resumir informações. Contudo, trabalhar com esse gênero de
texto também pode abrir um caminho amplo e diversificado de contato com novas informações e novos conhecimentos,
principalmente se as atividades propostas não forem somente de exploração superficial do texto.
Apresente a eles textos biográficos de personalidades conhecidas do grupo, e deixe-os disponíveis, diariamente, ao
alcance dos alunos, de modo que possam perceber as características específicas das biografias: linguagem mais usual,
expressões usadas, apresentação da estrutura do texto. Comece o trabalho com a leitura de biografias de personalidades da
música, da pintura e da literatura. Por meio delas, as crianças vão se familiarizar com esse tipo de texto, além de conhecer um
pouco da vida de Portinari, da grandeza da obra de Mozart, das férias de Monteiro Lobato no sítio, ou se indignar com a
infância de Heitor Villa-Lobos, que tinha suas pernas amarradas pelo pai para fazer a lição. Converse com eles sobre as
características identificadas, e o que diferencia esse tipo de texto dos demais. É importante que eles conheçam o modelo.
Incentive a análise dos alunos sobre a estrutura das biografias através de perguntas como: o que sempre há escrito nesses
textos? Como eles começam e terminam?
Caderno do(a) Professor(a)
8º ANO
FICHA 2
Coordenadoria de Educação
Convide seus alunos para a aventura de fazer um livro, em que cada um conte a sua história, faça um registro escrito
de suas marcas pessoais, suas lembranças mais queridas e de fatos relevantes de suas vidas.
Escrever com o grupo o roteiro com todos os assuntos que gostariam de escrever nas autobiografias: nome, local de
nascimento, nomes dos pais e irmãos, o que mais gostam de fazer na escola, as comidas preferidas, os bichos de
estimação, as histórias mais queridas, entre outros.
Com o roteiro pronto, e antes de escrever sua própria história, proponha à turma escrever coletivamente uma
biografia, a fim de experimentar a produção do tipo de texto que acabaram de conhecer. Pode ser a biografia do diretor da
escola, a de outro professor, ou a de um servente, mas deixe que a classe escolha quem será o biografado.
Com o fim da tarefa, a etapa seguinte é uma revisão do texto a partir da pergunta: "o que precisamos fazer para que
esta biografia fique mais bonita e mais gostosa de ler?“ O próximo passo será escrever com os alunos uma lista com
expressões, organizadores textuais conectivos e palavras que eles gostariam de usar em suas autobiografias, por exemplo:
desde então, tal qual, predileta, emocionante, porém, silenciosamente, entre outras.
Feito isso, comece a temporada de intensa produção de texto, revisão e ajustes. Os alunos podem escrever de
próprio punho ou digitalizado. Um dos imperativos da sala de aula é a diversidade. A heterogeneidade faz parte da vida
escolar, e cabe ao educador respeitar e planejar boas situações de aprendizagem para todos.
Caderno do(a) Professor(a)
8º ANO
FICHA 2
Coordenadoria de Educação
Aproveite para se deliciar com o restante dos textos da atividade 2. Lindos sambas. Para enriquecer a atividade
estendemos as biografias de grandes personalidades em alguns bairros cariocas. Curta, com seus alunos, suas obras e
suas histórias.
Estrela de Madureira
Zaquia Jorge
inaugurou seu teatro,
na Rua Carolina
Machado, com a peça
“Trem de luxo”, de
Válter Pinto e Freire
Júnior.
Brilhando,
Um imenso cenário
Num turbilhão de luz (de luz)
Surge a imagem daquela
Que meu samba traduz
A estrela vai brilhando,
Mil paetês salpicando
No chão de poesias,
A vedete principal
No subúrbio da central
Foi a pioneira
E um trem de luxo parte
Para exaltar a sua arte,
que encantou Madureira,
Mesmo com palco apagado
a apoteose é o infinito,
Continua a estrela
Brilhando no céu.
www.letrasterra.com
8º ANO
Caderno do(a) Professor(a)
FICHA 2
Coordenadoria de Educação
Com que Roupa ?
Noel Rosa
Agora vou mudar minha conduta
Eu vou pra luta, pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com força bruta
Pra poder me reabilitar
Pois esta vida não está sopa
Eu pergunto com que roupa
Com que roupa . . .eu vou?
Pro samba que você me convidou?
Com que roupa . . .eu vou
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?
Seu português, agora, deu o fora
Já foi-se embora e levou seu capital
Esqueceu quem tanto amou outrora
Foi no Adamastor pra Portugal
Pra se casar com a cachopa
Eu hoje estou pulando como sapo
Pra ver se escapo
Desta praga de urubu
Já estou coberto de farrapos
Eu vou acabar ficando nu
Meu paletó virou estopa
Eu nem sei mais com que roupa?
Com que roupa que eu vou...
Tudo indica que Noel Rosa
não percebeu de início o
potencial da música "Com
Que Roupa", pois, além de
mantê-la inédita por um ano,
vendeu-lhe os direitos pela
quantia de 180 mil-réis,
irrisória já na época.
Caderno do(a) Professor(a)
8º ANO
FICHA 2
Coordenadoria de Educação
Madureira... É assim que é
Sergio Loroza
A cegonha também me deixou em Madureira
Quem é local nunca tá de bobeira
Ponto de partida, esse é o lugar
Sérgio Loroza é meu nome, muita letra pra mandar
Pros íntimos: Serjão, crioulo-sangue-bom
Sempre bem acompanhado, se liga no som, irmão
No morro São José nascido e criado
Em qualquer canto conhecido e considerado
Sim, sim, é, acredite você pode crer
Essa quebrada é puro lazer
De uma gente que só rala, mas nunca se cansa
Se esmerdalha na batalha e ainda dança
Dança, dança, dança... e com dança
Só pode ser uma espécie de esperança
Dança, dança, dança... e diz no pé
Isso aqui é Madureira, é assim que é...
Madureira...
Pode rir, pode dançar
Madureira...
É no suingue, Vamo lá
Na quadra do Império Serrano ou no Portelão
No pagode da Tia Doca ou na Tradição
Tem samba do bom, fundo de quintal, de mesa ou cadenciado
Na palma da mão, um partido alto, com verso improvisado
Na Conselheiro Galvão, berço do Pancadão
Baile do MEC, quem não curtiu, era Furacão 2000
Tempo passa, tempo voa, e o “tem tudo” tá la na boa
Primeiro shopping, quem não esquece... com reduto GLS...
Baile Charme pra quem tá no clima
Debaixo do Negrão de Lima
“Viaduto-Suingue”, eu diria: tem funk, tem charme,
Tem samba e guria
“Vixe”, quanta guria, nossa!
Um verdadeiro desfile de preta formosa
Tudo sarada, no pano
Sensualidade dançando
Agora eu entendo o que o Chico quis
Dizer com “tufão nos quadris”
Que rebolado é esse, irmão?
Chega até dar palpitação
Dança, dança, dança... e diz no pé
Isso aqui é Madureira, é assim que é...
REFRÃO
(continua)
8º ANO
Caderno do(a) Professor(a)
FICHA 2
(continuação)
Madureira...
Pode rir, pode dançar
Madureira...
É no suingue, Vamo lá
No Mercadão de Madureira pra fazer economia
Infinidade de produtos pra enfrentar o dia a dia
No Shopping Rio tem conforto, segurança e mordomia
No camelô tem preço baixo, disposição e alegria
Diga meu Deus, de onde virá, tanta felicidade
Escola não dá, emprego não há, dura realidade
Já pensou um sujeito com educação, moradia e alimentação
Alegria, sorriso era pouco, esse povo ficava era louco
Um alô pro Jongo da Serrinha, resistência de 1ª linha
Salve pro Cajueiro e São José, é nóis, sabe como é
Adjacências: Campinho, Fubá, Cascadura, Pombal, Irajá
Oswaldo Cruz, Vaz Lobo e Turiaçu, Madureira de norte a sul
Suburbano: autoestima, suburbano conquistar
Periferia é periferia, já disse o poeta, em qualquer lugar
Dança, dança, dança... e diz no pé
Isso aqui é Madureira, é assim que é...
A cegonha me deixou em Madureira
De presente para minha mãe Silva Limeira
Madureira chorou...
Madureira chorou de dor
É de Madureira seu José
É de Madureira seu José
É de Madureira seu José
É de Madureira...
http://farm4.static.flickr.com/3596/3687229246_5043e53612.jpg
Coordenadoria de Educação
8º ANO
Caderno do(a) Professor(a)
FICHA 2
Coordenadoria de Educação
Professor(a),
Incentive a pesquisa
e entre no desafio...
Se achar que a
produção dos seus
alunos, na atividade
sobre a estrela do
bairro onde vivem,
ficou boa, envie
para a gente. Será
um grande prazer
dividir o sucesso
com vocês!
Bom trabalho!
Até a próxima!
E/SUBE/CED –
Coordenação
Técnica
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
Download

Língua Portuguesa - Desafios da sala de aula