PLANCTON I. Principais grupos. Critérios de classificação RESUMO Distribuição e relação com os factores físico-químicos e biológicos Distribuição horizontal Distribuição vertical Microdistribuição FCTUNL - 2002/2003 Migrações II. Produção planctónica. Fotossíntese e quimiossíntese. Selecção de alimento. Resposta funcional e numérica Relação inversa Repartição de energia Cadeia alimentar e transferência de energia Métodos de medida da produção planctónica Estações oceânicas Variações sazonais. Exemplos PLANCTON Seston Plancton FCTUNL - 2002/2003 Necton (micronecton) Domínio bêntico (Benthos) Suprabenthos Benthos Coluna de água Domínio pelágico (Pelagos) Neuston (hiponeuston) PLANCTON Plancton Divisões clássicas BacterioFitoZoo- Divisões clássicas holoplancton meroplancton Neuston (p.ex Sifonóforos) FCTUNL - 2002/2003 Micronecton (p.ex Cifozoários) Suprabenthos (p.ex Misidáceos) PLANCTON FCTUNL - 2002/2003 DIMENSÕES DOS ORGANISMOS PLANCTON ADAPTAÇÕES À VIDA PELÁGICA Flutuabilidade Aumento da relação superfície:volume Morfologia do corpo, ramificação dos apêndices, presença de sedas, organização em colónias FCTUNL - 2002/2003 Diminuição do peso Regulação fisiológica (flutuadores de pressão variável, inclusões lipídicas, controlo iónico, vacuolização) Espessura das conchas e frústulas Transparência (homocromia) Bioluminescência PLANCTON DIMENSÕES E BIOMASSA FCTUNL - 2002/2003 <2µm Contribuição dos principais grupos planctónicos para a biomassa (nº indiv x volume esférico equivalente) PLANCTON DIMENSÕES E ABUNDÂNCIA FCTUNL - 2002/2003 1µm (d) Mediterrâneo. Abundância relativa de organismos de diferentes tamanhos (Rodriguez, 1994) PICO- NANO- e MICROPLANCTON µ flagelados Metabolismo versátil Autotrofia (produtores <2µm primários) Heterotrofia bactérias cocolitoforídeo Parasitismo 2-20µm Simbiose diatomáceas 20-200µm BIOMASSA E CLOROFILA dinoflagelados (Pacífico tropical) FCTUNL - 2002/2003 •Picoplancton (<2µm): 39-63% •Nanoplancton (2-20µm): 27-42% •Microplankton (20-200µm): 9-16% foraminífero ciliado tintinídeo PRODUTORES PLANCTÓNICOS UNICELULARES FCTUNL - 2002/2003 diatomáceas dinoflagelado Microfotografias de esqueletos cocolitoforídeo silicoflagelado Barras : 5µm SEDIMENTOS DOS FUNDOS OCEÂNICOS FCTUNL - 2002/2003 Si CaCO3 Vasas calcáreas Vasas siliciosas Argilas vermelhas Sedimentos derivados das massas continentais adjacentes Sedimentosde origem glaciar (adaptado de Wright, 1977-78) DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL Factores físico-químicos Viscosidade (temperatura) Circulação oceânica global (larga escala) Gradientes de luz, temperatura e nutrientes Upwelling Correntes de maré Escorrências dos rios FCTUNL - 2002/2003 Factores biológicos Hábitos alimentares Ciclo de vida e parâmetros demográficos SISTEMAS DE UPWELLING E DIVERGÊNCIA C B Divergência Tropical D A FCTUNL - 2002/2003 Divergência Antártica SISTEMAS DE UPWELLING COSTEIRO: A- Peru; B - Corrente da Califórnia; C - noroeste de Africa; D - sudoeste de África NUTRIENTES DISTRIBUIÇÃO DE NITRATO À ESCALA GLOBAL NO3 (µM) B C FCTUNL - 2002/2003 A D FITOPLANCTON DISTRIBUIÇÃO À ESCALA GLOBAL http://daac.gsfc.nasa.gov B C Divergência Tropical A D Divergência Antártica FCTUNL - 2002/2003 > produtividade SISTEMAS DE UPWELLING COSTEIRO: A- Peru; B - Corrente da Califórnia; C - noroeste de Africa; D - sudoeste de África < produtividade PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA PLANCTÓNICA FCTUNL - 2002/2003 mg C m-2 d-1 BIOMASSA FITOPLANCTÓNICA (CLOROFILA) http://daac.gsfc.nasa.gov Atlântico Norte FCTUNL - 2002/2003 (inverno) > produtividade < produtividade >2 0,25 - 2 PRODUTIVIDADE FITOPLANCTÓNICA E NUTRIENTES < 0,25 PO4- P (µg at l-1) OCEANO PACÍFICO > 250 FCTUNL - 2002/2003 100 - 250 < 100 Produtividade fitoplanctónica (mg C m-3 d-1) ZOOPLANCTON - ATLÂNTICO NORTE Distribuição horizontal e relação com a hidrografia BIOVOLUME (ml 1000m-3) Correntes G - Golfo G C - Canárias A C NEq - Norte equatorial FCTUNL - 2002/2003 A - Antilhas NEq ECOSSISTEMAS PLANCTÓNICOS SUBTROPICAIS Características: Upwelling costeiro Divergência equatorial Giro central 102-103 10-3-10-4 10-4-10-5 NO3-N (µg at l-1) 20-30 20-30 0-5 Produção primária (gm-2d-1) 1-10 1-5 0,1-0,5 Fitoplancton (mgC mgCla-1h-1) 60-180 45-90 15-30 Dimensão das células grandes Biomassa média dos herbívoros (µgC ind-1) 40-100 4-40 4-40 Mobilidade dos herbívoros alta baixa +baixa Variabilidade temporal dos herbívoros alta baixa +baixa Níveis tróficos 1-2 3-4 5-6 Produção no topo alta intermédia baixa FCTUNL - 2002/2003 Velocidade vertical (cm s-1) pequenas (Adaptado de Walsh,1976) BACTERIOPLANCTON Distribuição vertical de bactérias decompositoras (Oceano aberto) FCTUNL - 2002/2003 t0 t1 t2 t3 FITOPLANCTON Distribuição vertical de clorofila (mg m-3) Set FCTUNL - 2002/2003 t0 Baía de S.Francisco, EUA http://sfbay.wr.usgs.gov Abr t1 t2 Gyre, Mar da Irlanda t3 DISTRIBUIÇÃO VERTICAL- LUZ Penetração dos diferentes comprimentos de onda (%) FCTUNL - 2002/2003 t0 t1 t2 t3 ESPECTRO DE ABSORÇÃO DE DIFERENTES PRODUTORES Pigmentos Absorção FCTUNL - 2002/2003 Cl a, b e c Ficoxantinas Ficoeritrinas Ficocianinas v b g y o r visível A presença de pigmentos acessórios é uma importante adaptação fisiológica às condições de mistura turbulenta e ao afundamento. TEMPERATURA – DISTRIBUIÇÃO VERTICAL PERFIL DO OCEANO ATLÂNTICO FCTUNL - 2002/2003 Divergência Tropical TEMPERATURA – DISTRIBUIÇÃO VERTICAL PERFIL DO OCEANO ATLÂNTICO FCTUNL - 2002/2003 2000m Divergência Tropical ZOOPLANCTON - DISTRIBUIÇÃO VERTICAL Oceano Pacífico I 40° 60° II (140° -160°E) 20° 0° 20° (170° -180°W) 40° 500 Profundidade (m) 2000 4000 6000 8000 10000 FCTUNL - 2002/2003 >500 500-100 100-50 10-5 1-0,5 50-10 5-1 0,5-0,1 Biomassa (mg PF m-3) 0,1-0,05 <0,05 60° MICRODISTRIBUIÇÃO (PATCHINESS) Causas da microdistribuição: • Mecanismos físicos Circulação e turbulência à escala regional (ventos) Condições de fronteira, gradientes de luz, temperatura, salinidade • Mecanismos sociais e demográficos Taxas de reprodução Associação em grupos móveis (protecção, reprodução) FCTUNL - 2002/2003 • Mecanismos fisiológicos e comportamentais relacionados com o consumo de recursos Heterogeneidade de nutrientes Diferentes respostas numéricas Competição interspecífica MICRODISTRIBUIÇÃO ESCALA REGIONAL / LOCAL Topografia Formação de termoclinas, nutriclinas... Estuários Upwelling costeiro FCTUNL - 2002/2003 Estratificação Mistura gradiente de salinidade MICRODISTRIBUIÇÃO Factores físicos (hidrodinâmica) Vórtices de Langmuir >3m s-1 FCTUNL - 2002/2003 até 400m compr . A - flutuabilidade neutra (ao acaso) B - flutuabilidade negativa (agregação em upwelling) C - flutuabilidade positiva (agregação em downwelling) D, E, F - agregação nadando contra a corrente (relação com a luz) MICRODISTRIBUIÇÃO Mecanismos sociais e demográficos FCTUNL - 2002/2003 Associação em grupos móveis (protecção, reprodução) Agregação de misidáceos FITOPLANCTON FCTUNL - 2002/2003 PERFIS DE BIOMASSA Biomassa (mgCla m-3) http://botany.uwc.ac.za FITOPLANCTON Produção primária e microdistribuição Biomassa (mgCla m-3) Taxa de fotossíntese (mgC mgCla d-1) PPB Respiração Prof Prof.Comp. P=R t0 FCTUNL - 2002/2003 R PPL t2 t1 FACTORES: Luz Nutrientes Taxa de crescimento ESTRATIFICAÇÃO / MICRODISTRIBUIÇÃO t3 Profundidade (m) MIGRAÇÕES VERTICAIS As Asmigrações migraçõesverticais verticaissurgem surgem em resposta a em resposta a Condições Condiçõesfísico-químicas físico-químicasdo do meio (luz, temperatura, meio (luz, temperatura, correntes) correntes) Preferências Preferênciasalimentares alimentares Evitamento Evitamentode depredadores predadores FCTUNL - 2002/2003 Estratégias Estratégiasreprodutivas reprodutivas Comportamento Comportamentosocial social MIGRAÇÕES VERTICAIS Intensidade luminosa (%) min opt max Profundidade (m) 2m DISTRIBUIÇÃO VERTICAL EM RESPOSTA À LUZ A – Curva de penetração da luz 16 m B – Distribuição vertical de uma espécie eurilume 24 m 27 m FCTUNL - 2002/2003 Nº ind C - Distribuição vertical de uma espécie estenolume MIGRAÇÕES VERTICAIS DISTRIBUIÇÃO VERTICAL EM RESPOSTA À TEMPERATURA Verão Temperatura ºC 10 15 10 15 20 10 5 15 Profundidade (m) 5 FCTUNL - 2002/2003 termoclina 10 indm-3 Temperaturas à superfície superiores a ~12 ºC impedem a migração nictemeral de Mysis relicta (óptimo a 10ºC, > nº de indivíduosm-3) A termoclina condiciona as migrações FCTUNL - 2002/2003 Profundidade MIGRAÇÕES NICTEMERAIS Calanus Cosmetria Misidáceo MIGRAÇÕES NICTEMERAIS Variação com o estado de desenvolvimento FCTUNL - 2002/2003 estados larvares (copepodito V) Calanus finmarchicus, Calanus Loch Fyne Escócia Cosmetria Misidáceo ZOOPLANCTON DSL - DEEP SCATTERING LAYER 0m FCTUNL - 2002/2003 Prof. (m) 40 m Ecograma registado entre as 23:00 e 1:00 (Pacífico Este) Densidade de C. cristatus (ind.m-3) MICRODISTRIBUIÇÃO - ESCALAS Microdistribuição em larga escala - 3 Km FCTUNL - 2002/2003 Microdistribuição em pequena escala distância mínima entre manchas detectadas 14m Zooplancton em registo contínuo (Wiebe, 1970) MICRODISTRIBUIÇÃO VARIABILIDADE NO ESPAÇO ESCALAS: 105 m a 10-1 m Zooplancton - arrasto sup. CO2 sup. FCTUNL - 2002/2003 regressão Clorofila (10m prof) Fitoplancton - uptake de 14C MICRODISTRIBUIÇÃO RELAÇÃO COM A HIDRODINÂMICA E FACTORES BIOLÓGICOS FCTUNL - 2002/2003 agregação Os organismos do plancton não são meros traçadores dos movimentos das massas de água... MICRODISTRIBUIÇÃO CONSEQUÊNCIAS ECOLÓGICAS • Alimentação - resposta agregada dos predadores a elevadas densidades de presas (maior eficiência) • Redução do risco de ser comido - a agregação reduz o risco mesmo que possa atrair predadores • Efeitos demográficos - a baixa turbulência pode promover a microdistribuição de presas e a frequência dos encontros. Turbulência elevada é prejudicial para o crescimento e reprodução • Uso e selecção do habitat - os organismos seleccionam manchas diferentes consoante os recursos nelas presentes • Organização social - quando a competição é do tipo interferência (contest) as manchas mais favoráveis são ocupadas primeiro. Excesso de indivíduos tenderão a utilizar áreas menos FCTUNL - 2002/2003 favoráveis (efeitos demográficos) • Dispersão - muitos indivíduos percorrem distâncias curtas numa mesma mancha; poucos indivíduos percorrem distâncias longas de uma mancha para outra. A distribuição espacial das manchas e a frequência de alterações que estas sofrem afectam a necessidade ou as vantagens da dispersão a longas distâncias PRODUÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA BACTERIOPLANCTON - quimiossíntese nAO+4n[H++e-] nH2A+2H2O substrato reduzido 12NADH2+18ATP+6CO2 produto oxidado C6H12O6+6H2O+18ADP+18P+12NAD FITOPLANCTON - fotossíntese FCTUNL - 2002/2003 nCO2+2nH2A H2O - em presença de oxigénio H2S – em anóxia RESPIRAÇÃO AERÓBIA luz pigmentos nCH2O+2nA+nH2O C6H12O6 C6H12O6+6O2 6CO2+6H2O+36ATP FCTUNL - 2002/2003 PRODUÇÃO PRIMÁRIA PRODUÇÃO PRIMÁRIA - Substratos, oxidantes e produtos finais Dadores de eReceptores de e- Produto final (substratos reduzidos) (oxidantes) (oxidado) FOTOSSÍNTESE (LUZ) Presença de O2 H 2O CO2 O2 Ausência de O2 H2S, H2 CP2 S0, SO42QUIMIOSSÍNTESE B. nitrificantes NO2-, NH4+, NH2OH O2,NO3NO3-, NO2B. sulfo-redutoras* H2S, S0, S2O3O2 S0, SO42B red. hidrogénio* H2 O, SO4 H 2O O2 CO2 B. red. metano* CH4 2+ B. red. ferro* Fe O2 Fe3+ B. red. CO* CO H2 CH4 * também heterotróficos BACTERIOPLANCTON Dimensões: Dimensões:<2µm <2µm Fotossíntese Quimiossíntese Fotossíntese Prof (m) • ALGUNS GÉNEROS: Bacillus Bacterium Desulfovibrio Micrococcus Methanomonas Nitrobacter Pseudomonas Sarcina Spirillum Streptomyces Thiobacillus PRODUÇÃO QUIMIOSSINTÉTICA NO MAR NEGRO Actividade de Actividade de Thiobacillus Thiobacillus Quimiossíntese • MORFOLOGIA: FCTUNL - 2002/2003 Cocos Bastonetes Espiral • HABITAT: Águas doces e marinhas Fontes hidrotermais de profundidade Sedimentos (Adaptado de Sorokin, 1964) PRODUÇÃO PRIMÁRIA RELAÇÃO COM A LUZ 3 Taxa de fotossíntese (P) saturação Taxa de fotossíntese (P) Pmax 2 1 FCTUNL - 2002/2003 Ponto de compensação Intensidade luminosa (I) Intensidade luminosa (I) Fotossíntese vs. luz 1, 2 - comunidades de luz atenuada 3 - comunidade de luz intensa NUTRIENTES/TEMP NUTRIENTES/TEMP Pmax mgCmgCla h-1 Pmax mgCmgCla h-1 PRODUÇÃO PRIMÁRIA - Factores limitantes LUZ/TEMP LUZ/TEMP Pmax mgCmgCla h-1 Temperatura ˚C NUTRIENTES/TEMP NUTRIENTES/TEMP Temp °C FCTUNL - 2002/2003 Fosfato (µg at l-1) Temp Pmax P pot Variações sazonais (Baia de Tóquio)