XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 Arranjos produtivos locais: o caso da indústria do vestuário de São Gonçalo/RJ. M.Sc. Edison Alves Portela Júnior (UFF) [email protected] D.Sc. Fernando Toledo Ferraz (UFF) [email protected] Resumo Este artigo tem como objetivo estudar e analisar as relações, vinculações, governança e fatores inibidores e de sucesso entre o setor tradicional de confecção de vestuário do município de São Gonçalo no estado do Rio de janeiro. Tentar levantar o perfil empreendedor dos empresários, caracterizar o pólo já existente no local, identificar os fatores estimulantes à formação de um arranjo produtivo e avaliar as relações com a governança. Para tanto primeiramente buscou-se realizar uma breve resenha bibliográfica apresentando as principais correntes teóricas que vêm estudando as chamadas aglomerações produtivas localizadas em uma mesma região geográfica específica. Foi realizada uma pesquisa pelo método do estudo de casos com trinta empresários de confecção de vestuário de São Gonçalo localizados em uma mesma região do município. Como resultado podemos destacar o desejo por parte dos empresários de se estruturarem em um arranjo produtivo local baseado na cooperatividade entre as empresas, a governança e a academia. Concluímos ainda que existe o desejo por parte destes empresários de se capacitarem em gestão empresarial na forma de cursos, seminários e eventos produzidos para este fim. Palavras-Chave: Inovação; Arranjo Produtivo; Confecção. 1. A abordagem evolucionista e o sistema nacional e regional de inovação e os conceitos de sistemas e arranjos produtivos locais A ênfase principal do recorte teórico dos autores evolucionistas é a inovação. Esses autores retomam as idéias do economista Joseph Chumpeter onde o sistema capitalista não é estacionário, mas, encontra-se em constante mudança impulsionado pelo surgimento de novos processos de produção. Uma definição básica de inovação diz respeito ‘a busca, descoberta, experimentação, desenvolvimento, imitação e adoção de novos produtos, novos processos de produção e estabelecimento de novas formas organizacionais (Dosi, 1998). Dentro da perspectiva do processo de inovação, vários autores da neoshumpeteriana – entre eles Freeman, Lundvall, Nelson e Edquist – voltaram sua atenção para os “Sistemas Nacionais de Inovação”. A ênfase do estudo sobre inovação destes autores recai sobre os desempenhos nacionais onde se investiga os respectivos processos, aprendizado, conhecimento, as dimensões cooperativas e competitivas das relações interfirmas e das relações entre as firmas e as instituições e organizações de suporte tais como: associações industriais, centros de P&D, ENEGEP 2006 ABEPRO 1 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 inovação e produtividade, universidades e mecanismos financeiros (Cooke, Uranga e Etxebarria, 1970). O “Sistema Nacional de Inovação” é definido por algumas características, das quais todas são geralmente encontradas juntas dentro dos limites ou fronteiras de um estado. Estas características são determinadas e somadas a outros fatores, com uma história em comum, língua e cultura. Todos estes elementos dão um aumento a uma certa estrutura institucional. Em aspectos mais próximos relacionados com o que é atualmente chamado de sistema de inovação, podemos ver estas características previamente ditas, por exemplo, no modo como as firmas são organizadas, no modo como as firmas negociam entre si, o papel do setor público e no modo que os sistemas de ciência e tecnologia e P&D são organizados. Em termos conceituais nós podemos nos referir a dois processos subjacentes para a designação de regiões. O primeiro deles é a regionalização. Esta é a delimitação de um território supralocal por um corpo político-administrativo como um Estado. Podendo ou não respeitar história cultural pré-existente. O segundo processo é o de regionalismo. Enquanto a regionalização envolve a inscrição de fronteiras regionais, regionalismo envolve demandas de baixo de política, onde regiões culturais, como um caso neste ponto, se mobiliza de forma a perceber a negligência do Estado, a ineficiência ou discriminação para negociar uma nova ordenação institucional. Esta nova ordenação institucional cria novas normas, rotinas, hábitos que constrói uma nova estrutura de governança (Cooke, Uranga e Etxebarria, 1997). Nesta análise, os autores vêem duas perspectivas para o Sistema Regional de Inovação: - Uma visão regionalizada, que relaciona a região e sua competência, avaliando o seu grau de autonomia para desenvolver políticas e gerenciar os diferentes elementos que fazem o sistema regional incluindo as capacidades financeiras para os investimentos estratégicos necessários para o desenvolvimento dos processos de inovação. - Uma visão regionalista, relativa à cultura de uma região que gera determinado potencial sistêmico. Tanto para o caso “regionalizado” como para o “regionalista”, a região torna-se um ambiente com ordem social negociada, desenvolvida de forma coletiva. Um cluster regional inovativo é provável encontrarmos firmas com: acesso a outras firmas em seus setores como clientes, fornecedores, networks operando formal ou informalmente; centros de conhecimento como universidades, institutos de pesquisas, agencias de transferência de tecnologia; e uma estrutura de governança como, associações de industria e comércio, câmaras de comércio e desenvolvimento de economia pública, agencias de promoção e treinamento e departamentos de governo. Onde todos eles estão disponíveis numa região, que podemos notar que as organizações são associativas. Significa dizer que há um intercambio sistêmico, regular de duas vias em assuntos de importância para a inovação e competitividade das firmas, podemos considerar isto como sendo um sistema regional de aprendizado. O Sistema Regional de Inovação terá, assim, passado de um dispositivo de aprendizado de entendimento rápido, e desenvolvimento de competência, para um dispositivo que implementa, aplica e adapta inovações de outros lugares e para um dispositivo de tutoramento onde mostra a capacidade de inovação de novo. Como foi visto, a capacidade tecnológica de um sistema de inovação se baseia na existência do aprendizado interativo e a inovação é intimamente ligada a troca de conhecimento tácito, o que é difícil de se conseguir ‘a distancia. Quando existe, adicionado ao sistema regional de aprendizado, uma capacidade financeira através de infraestrutura que permita que as firmas tenham o financiamento ENEGEP 2006 ABEPRO 2 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 necessário para o investimento nas qualidades de capital que gerarão inovação endógena, os autores consideram haver um “Sistema Regional de Inovação”. Com o objetivo de caracterizar aglomerações envolvendo produtores, fornecedores, clientes, organizações de conhecimento e outras com potencial de criar e adicionar valor utilizando uma nomenclatura mais próxima das especificações brasileiras (Lemos, 2003), Cassiolato e Lastres (1999) e um grupo de estudos dentro da disciplina de economia de inovação denominado Rede de Pesquisa em Arranjo Produtivo e Inovativo Locais (Redesist) vem utilizando, como ferramenta analítica, o conceito de arranjo e sistemas produtivos e inovativos locais. Segundo esses estudiosos, arranjos produtivos locais são definidos como aglomerações territoriais de agentes econômicos focados em um conjunto específico de atividades econômicas e que apresentam vínculos, ainda que incipientes. Esses espaços produtivos envolvem a participação e a interação de empresas e suas variadas formas de representação e associação. Seu estudo inclui as diversas outras instituições públicas e privadas voltadas para: formação e capacitação de recursos humanos, como escolas técnicas e universidades; pesquisa, desenvolvimento e engenharia e a política, promoção e financiamento voltados para este espaço produtivo. Os sistemas produtivos e inovativos locais, por sua vez, são definidos como os arranjos produtivos onde a interdependência, articulação e vínculos consistentes resultam em interação, cooperação e aprendizagem, com potencial de gerar o incremento de capacidade inovativa endógena, da competitividade e do desenvolvimento local. Os estudos acerca dos espaços produtivos denominados arranjos e sistemas produtivos locais buscam investigar e analisar suas características, atores relevantes, e o quadro institucional; a importância da proximidade geográfica, social e cultural como fontes de diversidade e vantagens competitivas; o papel das interações entre agentes nos diferentes arranjos e sistemas; os fluxos de conhecimento (especialmente sua dimensão tácita) e as bases dos processos de aprendizado para capacidade produtiva; organizacional e inovativas; as principais políticas e programas que contemplam os arranjos e sistemas. 2. Análise dos dados De acordo com as entrevistas realizadas com os empresários de confecção de vestuário 73,33% são formais, 95,45% pretendem continuar formais e 62,5% dos não formais pretendem se formalizar. Este universo pesquisado emprega 1546 funcionários diretos, produzem cerca de 323.800 peças por mês. Os artigos mais produzidos são calças, bermudas, saias e shorts masculino e feminino. Os tipos de tecidos mais empregados são: com 33,34% o jeans e 30,00% a micro fibra. E o tipo de controle da empresa é familiar em 56,67% dos entrevistados. De acordo com a pesquisa, a respeito do grau de importância da estruturação de um arranjo produtivo na confecção de vestuário de São Gonçalo 40% dos entrevistados acham essencial, 33% acham muito importante e 27% importante. Dentro do sistema de trabalho já implantado no local existe uma cadeia de trabalho entre empresas, tais como a terceirização de mão-de-obra para facções e de serviços, como lavanderia e de acabamento também. Esta pergunta se refere justamente a estas parcerias, e pode-se constatar que estes vínculos são incipientes. Estes vínculos incipientes podem ser o começo de parcerias de vínculos fortes e compromissados entre estas empresas e outras que irão se constituir de acordo com a estruturação do arranjo produtivo e fator de sucesso. ENEGEP 2006 ABEPRO 3 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 De acordo com o estudo a parceria em serviço é maior como mostra as figuras 1e2 . Isto é fácil de compreender, pois este tipo de parceria já existe e com o advento do arranjo produtivo crescerá muito. Até porque os empresários admitem trabalhar desta forma, já é cultura deles. Entretanto, compra de matéria-prima e treinamento de pessoal não existe, porém será de fácil implantação, uma vez que o arranjo esteja funcionando. VÍNCULOS FORTES; 3 VÍNCULOS FORTES VÍNCULOS MODERADOS; 5 VÍNCULOS MODERADOS VÍNCULOS INCIPIENTES; 9 VÍNCULOS INCIPIENTES NENHUM VÍNCULO; 13 NENHUM VÍNCULO 0 2 4 6 8 10 12 14 Figura 1 - Classificação das relações cooperação e parcerias já existentes entre as empresas do AP ENEGEP 2006 ABEPRO 4 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 30% 20% 20% 18% 18% 10% 9% 10% 8% 5% 1% 1% 1% 1% MALA DIRETA COM BOOK VIAGENS DE NEGÓCIOS 2% EVENTOS 2% PRODUÇÃO 2% ANÁLISE DE CRÉDITO FEIRAS SEMINÁRIOS ALIMENTAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS TRANSPORTE DE PESSOAL FINANCIAMENTOS CLIENTES TREINAMENTO DE PESSOAL COMPRA DE MATÉRIA-PRIMA SERVIÇOS 0% Figura 2 - Tipo de cooperação e parceria já existente e que poderão surgir na estruturação do AP A participação em seminários, eventos, feiras e viagens de negócios, também são parcerias fáceis de serem implantadas pelo fato dos empresários já aceitarem na sua cultura. Análise de crédito é assunto entre eles e já acontece de modo informal por telefone ou encontros casuais. Quando se faz necessário saber se algum dado cliente está bom pagador. Este item é de fácil implantação e requer grande investimento financeiro. A falta de uma liderança é, com certeza, um fator inibidor para a formação de um arranjo produtivo. Sem líderes não é possível haver uma associação que responda pelo setor. Sem líder não pode se estabelecer uma confiança mútua entre estes atores. O interesse associativo e a união devem estar sempre presentes. A falta de um objetivo comum, também, foi citado como fator inibidor na formação do arranjo produtivo. Esta falta de um objetivo comum nos remete de volta a presença do líder. Mesmo as idiossincrasias inerentes ao ser humano, também foram citadas, como: mesquinhez, falta de humildade, arrogância, inveja, individualidade, vaidade e falta de solidariedade. Estes fatores se referem ao caráter de cada empresário e tendem a influenciar estruturação do arranjo produtivo. Por último a ser citado foi a falta de uma política sindical-trabalista. Os empresários sentem falta de um sindicato patronal mais atuante. Sem dúvida os sindicatos têm papel relevante na estruturação do arranjo produtivo como pudemos ver na revisão bibliográfica. Veja na figura 3 os fatores inibidores citados com maior freqüência. ENEGEP 2006 ABEPRO 5 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 9 8 8 7 6 5 4 4 3 3 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Objetivo comum Crença na proposta de parceria Mesquinharia Falta de humildade Arrogância Inveja Desinformação do empresário Vaidade Divulgação do Arranjo crédito 1 Dedicação dos empresários à atividade 1 Localização 1 Antigo paradigma de parceria 2 1 Desinfomação quanto à parceria confiança mútua ajuda do poder público municipal união dos empresários liderança/sindicato patronal Desinteresse/ individualismo 0 Figura 3 - Fatores inibidores na formação do AP Perguntado ao empresariado quais eram os eventos importantes para sua empresa na estruturação do arranjo produtivo, as respostas foram variadas e podem ser analisadas pelo figura 4, em que quanto menor o valor, maior seu grau de importância. Acesso a fontes de financiamento, segundo os empresários é de extrema importância. Com dinheiro em caixa ficarão mais nivelados os grandes empresários com os pequenos. Depois de estar com dinheiro em caixa, o necessário é escoar a produção, ou seja, acesso a canais de comercialização e aí por diante. Está coerente dentro da forma que estes empresários estão pensando com as coisas devam caminhar. As participações dos governos municipais, estaduais e federais foram citadas com de importância relevante neste arranjo, de modo que cada um dê sua contribuição de acordo com seu poder público. O governo municipal foi o mais criticado por estar perto e ter por obrigação a dar infra-estrutura e urbanismo para o desenvolvimento de um setor com grande capacidade de gerar empregos diretos e indiretos, uma vês que a confecção necessita de mãode-obra intensiva. Pois a produção demanda 80% de mão-de-obra das costureiras. E finalizando, melhoria nos processos produtivos e desenvolvimento de novos produtos. A questão das reclamações dos empresários a respeito da infra-estrutura de São Gonçalo foram na sua maioria comuns como se pode ressaltar, asfalto, acesso ao município, segurança pública e incentivos fiscais são alguns exemplos. Porém uma citação deve ser considerada pela sua relevância que é a falta de acomodação, ou seja, hotel onde os compradores possam se hospedar enquanto estiverem no município a trabalho. ENEGEP 2006 ABEPRO 6 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 Um curso de capacitação profissional em uma universidade federal, destinado aos empresários do setor de confecção de vestuário agradou 97% dos entrevistados. Que disseram ser uma novidade no campo do conhecimento, pois os cursos disponíveis para as confecções são em geral para os funcionários e este é destinado os patrões. 25,0 17,8 18,2 18,8 18,9 MAIOR PARTICIPAÇÃO DE INSTITUIÇÕES DE APOIO 20,0 MELHORIA NOS PROCESSOS PRODUTIVOS 22,2 MAIOR INTERAÇÃO COM FORNECEDORES 15,0 15,5 MAIOR PARTICIPAÇÃO DO GOVERNO 16,6 15,5 13,9 11,1 10,0 DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS MAIOR VISIBILIDADE NO MERCADO AUX'ÍLIO PARA EXPORTAÇÃO ACESSO A CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO ACESSO A FONTES DE FINANCIAMENTO 0,0 MELHORIA NA QUALIDADE DO PRODUTO 5,0 Figura 4 - Média ponderada de eventos importantes para as empresas na estruturação da AP 3. Conclusão Diversos autores das disciplinas de engenharia de produção, economia, sociologia e geografia econômica vêm estudando aglomerações produtivas de um mesmo segmento econômico localizadas em uma região específica e buscando analisar sua competitividade e eficiência, envolvimento de diferentes tipos de agentes e a importância da dimensão local frente ao quadro de mudanças da economia globalizada. Os autores neoshumpeterianos, por sua vez, focam seu estudo na importância da proximidade geográfica para transferência de conhecimento, principalmente do conhecimento tácito que não está codificado em normas ou manuais, e na maior facilidade de aprendizado coletivo dado que empresas e instituições de ensino, pesquisa, coordenação local se encontram em uma mesma região. No entanto, segundo essa linha teórica, a proximidade geográfica não é suficiente para o surgimento de externalidades produtivas. As empresas e instituições de coordenação local ENEGEP 2006 ABEPRO 7 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 devem interagir para que se crie as externalidades positivas que possam construir a eficiência coletiva, gere maior competitividade e tragam desenvolvimento à região como um todo.A análise dos dados coletados, através da aplicação de questionários a proprietários de confecção localizadas no município de São Gonçalo, foram analisados e comparados entre si e forneceram respostas às questões-chave, permitindo conclusões e deduções sobre a inserção das confecções no ambiente competitivo da indústria na qual está inserida. Segundo os empresários há infra-estrutura e vocação do município de São Gonçalo para a estruturação de um arranjo produtivo, porém o governo municipal tem que exercer sua função para alavancar a indústria e o comercio de São Gonçalo. Principalmente o setor de confecção que é um grande gerador de postos de trabalho. De acordo com a cadeia produtiva que já existe hoje no local, as parcerias estão incipientes. Através de um programa de desenvolvimento e capacitação é possível que estas parcerias venham a ficar fortes. Estas parcerias, segundo os empresários podem ser em serviços, compra de matéria-prima, treinamento de pessoal entre outras. O ambiente é propício para a estruturação de um arranjo produtivo. Há a falta de uma política para fortalecer a união entre empresários dentro de uma visão associativa única e um foco só. Fortalecer o sindicato patronal, a confiabilidade mútua, a liderança e fortalecer a cultura da parceria. Todos estes aspectos irão favorecer o desenvolvimento regional. 4. Referências CASSIOLATO, J.E., LASTRES, H. M. M., LEMOS, C., MALDONADO, J. e VARGAS, M. A., “Globalização e Inovação Localizada: Experiências de Sistemas Locais no Mercosul”. In: Ed. José Eduardo Cassiolato e Helena M. M. Lastres. IBICT/MCT, 1999. pp. 39-71. Brasília. COOKE, P., URANGA, M.G., EXTEBARRIA, G., “Regional Innovation Systems: Institutional and Organizational Dimensions”. In: Research Policy v. 26, 1997. pp. 475-491. DOSI G., “The Nature of the Innovative Process”, In: Dosi G (org ). Technical Change and Economic Theory. Printer Publishers London, 1988. pp. 221-238. LEMOS, C., “Inovação para arranjos e sistemas” In: Projeto de Pesquisa Proposição de Políticas para a Promoção de Sistemas Produtivos Locais de Micro, Pequenas e Médias Empresas – Fase I. htt//www.ie.ufrj.br/redesist, 2001. Rio de Janeiro. __________, 2003, Micro, Pequenas e Médias Empresas no Brasil: Novos Requerimentos de Política para a Promoção de Sistemas Produtivos Locais. Tese de Doutorado (Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ). PIKE, F., SENGENBERGER, W. Distritos industriais e recuperação econômica local: questões de pesquisa e de política. In: GALVÃO, A., URANI, A., COCCO, G. Empresários e empregos novos territórios produtivos: o caso da terceira Itália. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. PIORE, M.; Sabel, C. The second industrial divide: possibilities for prosperity. Nova Iork: Basic Books, 1984. PORTER, Michael. Cluster and the new economics of competition. In: Havard Business Review 1998. ENEGEP 2006 ABEPRO 8 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 YIN, Robert K. Estudo de caso: Planejamento e Métodos. 2 ed. São Paulo: Artmed Editora s.a., 2001. ENEGEP 2006 ABEPRO 9