Correio da bahia Publicação das Atividades do Meio Rural ANO I Nº 17 - Salvador, 08 de julho 2006 05 09 Inhame é nova alternativa em São Gonçalo Projeto combate mosca-das-frutas Mandioca amarela Novas variedades de mandioca dispensam o uso de corantes na produção da farinha de copioba e apresentam maior diversidade nas formas de consumo. eventos e cotações Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 PRODUTOS exposições 2ª EXPOSIÇÃO ESP. DE CAPRINOS E OVINOS DE SERRINHA Período: 7/7/2006 a 9/7/2006 Local: Serrinha - Bahia Informações: (75) 3261-2364 EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA DE ILHÉUS Período: 03 a 06/08/06 Local: Ilhéus - Bahia Informações: (73) 3234-5082 AGRISHOW DO SEMI-ÁRIDO Período: 11/7/2006 a 15/7/2006 Local: Embrapa de Petrolina – PE Informações: [email protected] 3º CONGRESSO BRASILEIRO DE PLANTAS OLEAGINOSAS, ÓLEOS, GORDURAS E BIODIESEL Período: 26/7/2006 a 29/7/2006 Local: Varginha - MG Informações: (35) 3829-1364 ou oleo@ ufla.br CURSOS MÉDIO CEASA/SALVADOR ALGODÃO PLUMA BARREIRAS CAROÇO Confederação Nacional da Agricultura www.cna.org.br ARROZ COM CASCA Conab www.conab.gov.br CAR - Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional www.car.ba.gov.br BANANA FAEB - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia www.faeb.org.br Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores www.ancp.org.br links CAFÉ CONILLON COCO VERDE AIBA - Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia www.aiba.com.br FEIJÃO ADAB - Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia www.seagri.ba.gov.br/adab LARANJA/PERA tempo ARROBA 15,00 BARREIRAS SC 60 KG 18,00 KG 1,00 CENTO 10,00 ARROBA 53,00 NEW YORK (US$) TON DURO TIPO 6 LUIZ E. MAGALHÃES SC 60 KG 220,00 RIO LUIZ E. MAGALHÃES SC 60 KG 170,00 DESPOLPADO LUIZ E. MAGALHÃES SC 60 KG 230,00 DESPOLPADO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 230,00 DURO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 208,00 SC 60 KG 237,50 SANTOS DISPONÍVEL NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO FUTURO NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO TIPO 7 EUNÁPOLIS SC 60 KG 147,00 TIPO 7/8 EUNÁPOLIS SC 60 KG 144,00 CEASA/JUAZEIRO SC 20 KG 12,50 IRECÊ SC 20 KG 10,00 CENTO 120,00 MÉDIO CEASA/SALVADOR MÉDIO CEASA/SALVADOR CARIOCA GRANDE Departamento de Marketing Tel.: (71) 3203-1469/1921 [email protected] Av. Tancredo Neves, 939 Edf. Esplanada Tower , sala 505 Caminho das Árvores - Salvador-Ba Telefax.: (71) 3342.4440/4441 [email protected] [email protected] CENTO 35,00 ADUSTINA SC 60 KG 50,00 IRECÊ SC 60 KG 55,00 RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 70,00 CENTO 12,00 TONELADA 180,00 SC 20 KG 18,00 CEASA/SALVADOR RIO REAL FORMOSA CEASA/SALVADOR KG 0,80 MAMÃO HAWAI CEASA/SALVADOR CX 7/8 KG 8,00 IRECÊ SC 60 KG 30,00 MAMONA CEASA/JUAZEIRO KG 0,55 MELANCIA CEASA/JUAZEIRO KG 0,22 MELÃO CEASA/JUAZEIRO KG 0,90 MILHO BARREIRAS SC 60 KG 14,50 IRECÊ SC 60 KG 17,00 SISAL TOMMY ATKINS EXTRA VALENTE KG 1,06 TIPO 2 VALENTE KG 0,93 REFUGO VALENTE KG 0,70 BARREIRAS SC 60 KG 21,00 (U$$) BUSCHEL 5,93 1ª CEASA/SALVADOR CX 20/22 KG 15,00 1ª CEASA/JUAZEIRO CX 26 KG 13,50 ITÁLIA CEASA/JUAZEIRO CX 06 KG 14,50 FEIRA DE SANTANA ARROBA 49,00 ITAPETINGA ARROBA 46,00 CAPRINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 75,00 OVINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 75,00 FEIRA DE SANTANA LITRO 0,40 TEIXEIRA DE FREITAS LITRO 0,45 BOI GORDO FRIGORÍFICO FRIGORÍFICO Encartado no jornal Correio da Bahia. Não pode ser vendido separadamente. 0,96 MAMÃO UVA Produção 0,81 CEASA/SALVADOR TOMATE MESA Departamento Comercial Tel.: (71) 3203-1864/1353 [email protected] 1.701,00 DISPONÍVEL CHICAGO-USA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento expediente BARREIRAS ILHÉUS/ITABUNA SOJA Editora de Marketing Rafaela Manzo [email protected] 41,34 GRANDE MANGA Nos próximos dias o tempo estará nublado a parcialmente nublado com possibilidade de chuva em áreas isoladas, como no nordeste, recôncavo e litoral norte. Nas demais áreas do estado, o tempo estará parcialmente nublado a claro. A temperatura máxima ficará em torno de 30ºC e a mínima de 14ºC. 80,00 CEASA/SALVADOR INDÚSTRIA LIMÃO TAITI CENTO ARROBA PRATA CEBOLA COCO SECO PREÇO (R$) CEASA/SALVADOR FUTURO CAFÉ ARÁBICA UNIDADE PACOVAN CACAU EBDA www.ebda.ba.gov.br 16ª REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA Período: 23/7/2006 a 27/7/2006 Local: Aracaju - SE Informações: (79) 3107-8584 CURSO DE CORREÇÃO E ADUBAÇÃO DA PASTAGEM Período: 28/7/2006 a 30/7/2006 Local: Auditório do Centro de treinamento da EBDA. Salvador- BA Informações: (71) 3240-3794 / 9172-1248 PRAÇA ABACAXI Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia www.seagri.ba.gov.br EVENTOS TIPO www.agricultura.gov.br Embrapa www.embrapa.gov.br LEITE (NA PLATAFORMA) Fonte: EBAL, EBDA, Coordenação de Conjuntura Agrícola - SEAGRI - Fone : 3115 - 2725 agrobahia Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 Projeto fortalece cadeia produtiva da banana O Projeto de Sustentabilidade do Agronegócio para Pequenos Agricultores Rurais de Teolândia vai beneficiar 400 famílias com renda per capita inferior a R$ 100. O objetivo é fortalecer a cadeia produtiva da banana e incrementar a renda dos pequenos produtores que vivem do cultivo do produto. As ações do projeto incluem o cultivo da bananeira associado ao seu aproveitamento com a implantação da agroindústria familiar e de infra-estrutura para a comercialização. O programa contará com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), que está disponibilizando R$ 414,6 mil para a execução das atividades. A iniciativa contemplará três comunidades carentes do município, que fica a 273 quilômetros de Salvador. O Projeto de Sustentabilidade do Agronegócio para Pequenos Agricultores Rurais de Teolândia vai beneficiar pequenos produtores com, no máximo, 100 hectares que estão divididos em 20 associações. Está prevista ain da a formação de uma comissão composta por representantes da prefeitura e das associações para acompanhar a execução do projeto. A previsão é de que cada produtor tenha um incremento na renda de um salário mínimo por mês. Para o secretário de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais, padre Clodoveo Piazza, os projetos voltados para os pequenos agricultores são fundamentais para a fixação das famílias no campo, diminuindo o êxodo rural.“Quando os produtores se unem em associações, as chances de inserção dos produtos no mercado aumentam e eles podem ter um incremento significativo na renda. Isso evita que as famílias deixem a zona rural”, destaca. O prefeito de Teolândia, Antônio Santana Júnior, explica que a banana é o produto de maior importância econômica do município.“Estamos dando continuidade a um projeto de desenvolvimento sustentável no município, que contempla, principalmente, o cultivo da bananeira. Uma das vantagens é que as ações envolvem desde a produção, passando pela industrialização e comercialização do produto”, afirma, explicando que serão construídas duas agroindústrias e implantados oito estandes ao longo da BR-101 para a venda de bananas, doces, geléias e outros produtos. Além de 12 unidades de demonstração, assistência técnica aos produtores e ins talação de uma unidade de beneficiamento em cada uma das três comunidades, o projeto prevê a implantação de um viveiro para produção de mudas e de um Centro de Refe rência para Comercialização dos Produtos, que ficará num ponto estratégico da BR-101. Para a capacitação dos pequenos produtores serão ministradas aulas práticas e teóricas sobre temas como normas de higiene, segurança e meio ambiente, preparação de frutas para produção de polpas e doces, gestão e empreendedorismo, entre outros assuntos. Na comunidade do Tanque Grande, o projeto inclui ainda a implantação de uma Unidade de Produção de Leite de Vaca, com a finalidade de difundir a pecuária leiteira na região, aproveitando as suas potencialidades. O leite produzido será comercializado a R$ 0,50 e destinado à complementação alimentar e nutricional de crianças de 2 a 7 anos, além de idosos assistidos pelo Centro de Referência da Assistência Social da Secretaria Municipal de Assistência Social. agrobahia Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 Universidade lança programa de caprino-ovinocultura A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) lançou, em Vitória da Conquista, o Programa de Apoio à Caprino-Ovinocultura do Sudoeste da Bahia, denominado de Procriar. Na ocasião, estiveram presentes produtores rurais do município e de cidades circunvizinhas. Desenvolvido pela Uesb desde 1997, em 2006, o Procriar passou a ter a parceria das secretaria de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (Secomp) e da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri). O Padre Clodovel Piazza, secretário de Combate à Pobreza, também esteve presente no lançamento do programa. Para ele, o trabalho é importante, sobretudo, porque revela as possibilidades e a capacidade dos pequenos produtores em produzir riquezas e se inserir no mercado. O produtor Domingos Moreira concorda com o padre: “o programa está ajudando a gente na renda familiar, pois nos ensina a cuidar direito da criação com a assistência dos técnicos”. O Procriar, que vai atender a 120 famílias na Região Sudoeste da Bahia, tem o objetivo de fortalecer a estrutura familiar rural por meio do desenvolvimento da caprino-ovinocultura como uma atividade sustentável. Algumas das ações do programa são a melhoria da infra-estrutura das propriedades cadastradas, no que se refere à implantação de reserva estratégica de alimentos, incluindo conjunto motoforrageiro; disponibilização de serviços nas áreas de sanidade, melhoramento genético e alimentação dos rebanhos; e atividades de capacitação e organização das famílias. A Secomp disponibilizará cerca de 427 mil reais dos 820 mil investidos no programa. A Seagri, por meio da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário (EBDA), irá colaborar na definição dos processos de extensão, capacitação, assistência técnica e articulação com as ações de defesa sanitária. agrobahia Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 Inhame é nova alternativa em São Gonçalo dos Campos A cultura do inhame começa a ser apoiada como uma nova alternativa econômica para agricultores familiares do município de São Gonçalo dos Campos, a 108 quilômetros de Salvador. Através do projeto Proinhame, serão implantadas cinco unidades de demons tração, onde 125 pequenos produtores reunidos em associações terão a oportunidade de cultivar o produto, que deverá ser comercializado até para outros estados. O convênio para a execução do projeto foi assinado entre a Secretaria de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (Secomp) e a prefeitura do município. O investimento total é de R$ 89 mil, sendo proveniente do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep) e do município. Além da implantação das cinco unidades, os recursos serão utilizados na capacitação dos pequenos produtores para o manejo da cultura do inhame, na aquisição de sementes, insumos, equipamentos e na realização de dias-de-campo, cursos, palestras, seminários e excursões, entre outras atividades. Para a superintendente de Articulação e Programas Especiais, Elisa Pellegrini, o Proinhame vai fortaler os agricultores familiares. “Estamos investindo, principalmente, na organização da produção, capacitando os pequenos produtores para que eles possam produzir com mais qualidade, inserir-se no mercado e incrementar a renda de suas famílias”, disse. A idéia é diversificar a produção porque o homem do campo precisa ter novas alternativas à mandioca, que é a principal cultura do município. O quilo do inhame chega a ser vendido por R$ 1,70 e, após a colheita, que acontece dentro de nove meses, a produção deve ser comercializada para uma empresa pernambucana. Foto: AGECOM Matéria da capa Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 Nova mandioca amarela d Duas novas variedades de mandioca vêm sendo testadas pela Embrapa na região do Recôncavo baiano. Conhecidas como variedades amarelas, a mandioca Gema de Ovo e a Dourada, também conhecida como Dendê são espécies biofortificadas. Elas possuem grande concentração de betacaroteno, substância que, ao atingir a corrente sangüínea, transforma-se em vitamina A. A concentração de betacaroteno permite a utilização das cultivares na produção de farinha fina amarela (farinha de copioba), dispensando o uso de corantes, normalmente utilizados pelos agricultores para dar coloração amarela ao produto. Outra vantagem é que elas podem ser cozidas, fritas em forma de chips ou palito e usadas em bolos e pudins. O cozimento é rápido, o sabor é doce e suas raízes não apresentam fibras. Segundo a pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical de Cruz das Almas, na Bahia, Wania Fukuda, responsável pela seleção e identificação das cultivares, as raízes não têm a quantidade total diária de vitamina A necessária para uma pessoa, porém são fontes complementares do nutriente. “A Gema de Ovo é usada principalmente para consumo cozido e para farinha. Já a Dourada serve para tudo”, garante a pesquisadora. Fukuda destaca a importância da raiz para a subsistência dos pequenos produtores rurais e para o incentivo ao comércio. “Afinal, o aipim e a farinha são produtos típicos da mesa do brasileiro”, explica. O cultivo dessas variedades é recomendado, inicialmente, para áreas do Recôncavo Baiano e dos Tabuleiros Costeiros, que apresentam pluviosidade anual em torno de 1200 mm, concentrada nos meses de abril a agosto, temperatura média anual de 24 graus e umidade relativa do ar em torno de 80%. O plantio deve ser efetuado no início das chuvas, utilizando manivas selecionadas de 20cm de comprimento. O campo deve ser mantido limpo, no mínimo nos primeiros 120 dias após o plantio. As variedades já estão sendo testadas também no Semi-Árido, nas regiões de São Luís (MA), Caetité (BA) e Araripina (PE). A va riedade Gema de Ovo é originária do estado do Amazonas e a Dourada é originária de Maragogipe, na Bahia. As primeiras sementes foram distribuídas no município de Cruz das Almas, em dezembro de 2005, para 200 pequenos produtores do Recôncavo, incluindo as cidades de Santo Amaro e Maragogipe. O trabalho de pesquisa foi desenvolvido em parceria com o Programa de Biofortificação de Produtos Agrícolas para Melhor Nutrição Humana (HarvestPlus), que tem como objetivo melhorar a qualidade nutricional das principais culturas alimentares (com teores mais elevados de ferro, zinco e próvitamina A), adaptadas a zonas carentes em todo o mundo. A Bahia é o segundo maior produtor de mandioca do país, tendo alcançado em 2003, o patamar de quatro milhões de toneladas da raiz. No ano passado, o estado ultrapassou essa marca. O cultivo no estado ocorre em praticamente todos os municípios, sendo explorada principalmente por pequenos produtores que utilizam, com predominância, a mão-de-obra familiar. Esta peculiaridade conduz a cultura da mandioca a uma posição de grande importância socioeconômica no estado, pois, além de absorver com intensidade a mãode-obra disponível, durante os dozes meses do ano, ocupa 2º lugar na oferta de posto de serviço, dentre as culturas nessa faixa social. Os produtores que quiserem cultivar as variedades amarelas devem solicitar as sementes (manivas) para a Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical de Cruz das Almas, através do e-mail sac@ cnpmf.embrapa.br ou pelo telefone (75) 3621-8000. Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 dispensa uso de corantes Embrapa vai lançar outras variedades A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical irá lançar as variedades de mandioca Prata e Rosada. O evento será rea lizado no Centro de Tecnologia em Mandioca da Embrapa, em Cruz das Almas, em 27 de ju lho, às 9h. Na ocasião, além da apresentação técnica da raiz e orientação sobre o cultivo, haverá degustação e depoimento de produtores. “O nosso programa de melhoramento está direcionado, atualmente, para dois focos: o valor nutritivo das raízes em termos de ferro, zinco e carotenóides e a qualidade de fécula, que hoje é uma grande demanda nacional”, afirma a pesquisadora Wania Fukuda, líder do programa. Variedade Prata é ideal para a indústria Indicada para a indústria de farinha e fécula, a va vários ecossistemas da reg riedade Prata de mandioca ião semi-árida do Nordeste destaca-se principalment , e utilizando-se o sistem no semi-árido da Bahia, esp a tradicional de cultivo do ecialmente nos município agriculs tor, sem o uso de insum de Itaberaba e Boa Vista os. Na comunidade de Lag do Tupim. A cultivar tem oa de Jenipapo, no município de diversas vantagens em rela Boa Vista do Tupim-Ba, seu ção às variedades tradicios ren nais: alta taxa de germin dimentos de raízes variara ação, produção de mater m entre 18,8 t/ha a 26,0 ial t/ha de raízes com teo de plantio de boa qualid res de amido em torno de ade, maior produtividad 33%, e aos 18 meses após o de raízes, com maiores plantio, contra 12 t/ha e teores de amido e matér 36% de ia ma seca. “A película e a polpa téria seca da variedade loc al, a Olho Roxo. na cor branca facilitam o descascamento para a O híb rido Prata adapta-se bem indústria de fécula”, afir às condições semima áridas do Estado Wania Fukuda. da Bahia, sobretudo aqu elas simi lares aos dos municípios Em campos de observação conduzidos em Itaberade Itaberaba, Boa Vista ba, o híbrido foi selecionad o por sua resistência à sec a, do Tupim e Marcio sobrevivendo a um períod nílio o de 10 meses de estiagem e So uza , qu e se car ainda produzindo oito ton aceladas por hectare de raíz es, terizam por aprese aos 10 meses. “A produtivid ntar ade da mandioca Prata é uma precipitação mé três vezes maior do que a variedade local, a Platina ”, dia anual de 500mm garante Fukuda. a 75 0m m, con cen tra da De 1998 a 2001, o híbrido foi avaliado em provas nos meses de novembro participativas em propri edades de agricultores de a janeiro. Mandioca Rosada auxilia na p revenção do câncer Originária do município de Ibiassucê, no Sudoeste da Bahia, a variedade Ros ada tem elevado teor de licopeno (substância car otenóide), alto potencial de rendimento de raízes e qualidade para o consum o fresco. “O licopeno é enc ontrado em grande quantidade em hortaliças, com o o tomate, tem efeitos antioxidantes e é recomend ado para a prevenção do câncer, sobretudo o câncer de próstata”, explica a melhorista Wania Fukuda. A coloração ro- sada dos produtos feitos com as raízes da mandioc a Rosada é resultante da presença do licopeno, qu e alia valor nutritivo com o aspecto colorido dos seu s derivados. As raízes da var iedade Rosada podem ser cozidas ou usadas para o preparo de sucos, bolos , pudins e outros derivado s. A Rosada é resultado do Projeto de Desenvolvi me nto de Ge rm op las ma de Ma nd ioc a pa ra as Condições Semi-áridas do Nordeste do Brasil, desenvolvido pela Embrapa Ma ndioca e Fruticultura Tropic al, em parceria com o CIAT (Ce ntro Internacional de Agricultura Tropical), e financiado pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA). aGROBrasil Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 A Biotecnologia e a Agricultura Familiar informes rurais Soja Agropecuária da Bahia, fez o monitoramento em 4 áreas no extremo sul do Estado. Dois tipos de armadilhas foram espalhadas entre os mamoeiros, o que garantiu segurança nas operações do plantio à colheita. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai lançar este mês o Plano Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, que terá manual técnico contendo recomendações aos produtores para evitar a disseminação da doença. Entre as medidas a serem adotadas consta o vazio sanitário, o que significa que a soja não poderá ser plantada em áreas irrigadas no período seco, a não ser em casos específicos, sob controle técnico do Ministério. O vazio sanitário prevê um período de 90 dias sem plantio da cultura. Vitória da Conquista Após permanecer três meses fechado para conclusão das obras de reforma exigidas pelo Ministério Público estadual, o Frigorífico Municipal de Vitória da Conquista foi reaberto na última semana, depois de inspeção de representantes do MP, da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e do Centro de Recursos Ambientais (CRA). Elibio Rech* A introdução de tecnologias na agricultura familiar poderá ser um instrumento fundamental e decisivo para a contínua e mais eficiente participação deste importante setor do agronegócio no desenvolvimento social e econômico do Brasil. Entretanto, tecnologias devem ser configuradas como parte de uma estratégia de desenvolvimento que requerem uma análise ex-ante em relação a sua natureza e pujança, associadas a um conjunto de intervenções complementares, que permitam maximizar seus efeitos benéficos e mitigar os custos sociais. Apesar de pouco conhecido por algumas camadas da população, o setor da agricultura familiar apresenta uma grande diversidade em relação ao seu meio ambiente, a sua situação e tipos de produtores, à aptidão às terras, à disponibilidade de infra-estrutura, ao acesso ao crédito, às variações econômicas, entre outras. De acordo com o censo agropecuário de 1995/1996 do IBGE, a agricultura familiar representa 85,2% do total de estabelecimentos, ocupando 30,5% da área total. Apesar de receberem apenas 25,3% do financiamento destinado à agricultura, a agricultura familiar tem sido responsável por 37,9% do VBP (Valor Bruto da Produção) da agropecuária nacional e a principal fonte geradora de empregos no meio rural. O acesso à tecnologia tem apresentado uma grande variação, tanto entre os agricultores familiares como entre os grandes produtores. A utilização da tração animal ou mecânica ainda é muito reduzida em uma grande parcela dos agricultores familiares, onde apenas 16,7% utilizam assistência técnica, contra 43,5% entre os grandes produtores. O uso da biotecnologia poderá contribuir para a solução de diferentes pro blemas e amplificar, de forma ainda mais significativa, os resultados atingidos pela agricultura familiar, com profundos reflexos na qualidade de vida do agricultor familiar e no agronegócio moderno. O uso da cultura de tecidos de plantas viabilizará a produção de mudas sadias e livres de doenças; as técnicas de reprodução na área animal possibilitarão o aumento da produtividade; os kits de diagnósticos serão utilizados para a identificação de doenças; o desenvolvimento de novas vacinas será um importante componente na sanidade animal; a expansão de produção em áreas que não poderiam ser utilizadas no passado, por meio de culturas tolerantes à seca, ao frio e à salinidade; o aumento do valor nutricional de diferentes alimentos; as sementes e o leite natural que agrega medicamentos terapêuticos como hormônios, anticorpos e outras biomoléculas de inte resse farmacêutico e industrial; a redução da exposição a resíduos de defensivos agrícolas; o aumento do tempo de maturação de frutos, facilitando sua comercialização; a redução de perdas de pós-colheita; a redução de impactos ambientais, graças à redução da utiliza- ção de defensivos; a indução de variabilidade; a biorremediação de áreas alagadas e poluídas; entre outras. Para países em desenvolvimento como o Brasil, que querem adotar o desenvolvimento de suas próprias capacidades de inovação ou adaptar tecnologias às condições locais, o incremento nos sistemas de pesquisa e desenvolvimento do setor público, focado na produção tecnológica para a solução de demandas, será um ponto fundamental. Devido à importância e à prioridade estratégica, o desenvolvimento de parcerias para o uso de algumas tecnologias deverá ser conside rado, com base nos aspectos de propriedade intelectual e biossegurança. Ao longo dos últimos 25 anos, o Estado tem investido no desenvolvimento da biotecnologia, permitindo o domínio de praticamente todas as tecnologias associadas, que poderão servir de base para a geração de novos produtos e processos. Isto tem sido demonstrado pela Embrapa, por meio da produção de plantas de feijão, de batata e de mamão geneticamente modificados, contendo características como resistência a doenças, que contribuirão para a solução de problemas prioritários da agricultura familiar. * Elibio Rech é engenheiro agrônomo, mestre e PHD em genética molecular. É cientista da EMBRAPA Recursos Genéticos e Biotecnologia. Café Mamão O mamão produzido no extremo sul da Bahia, está ajudando a aumentar o saldo da balança comercial do Brasil. Toda semana, 16.000 quilos da fruta são embarcados para o mercado norte-americano. O que significa 64 toneladas por mês. A fruta é exportada através do porto de Salvador. Depois de quase seis anos de pesquisa para obter o controle do ataque das moscas das frutas, a ADAB - Agência de Defesa O Ministério da Agricultura e o Banco do Brasil definiram um montante adicional de R$ 550 milhões do Funcafé a serem disponibilizados ao setor cafeeiro ainda neste ano. Os recursos destinamse às linhas de custeio das despesas de colheita de café da safra 2006/2007, tais como herbicida, arruação, transporte, secagem, mão de obra e materiais para as várias etapas da colheita. Os encargos da linha são de 9,5% ao ano e o prazo de pagamento é de cerca de 180 dias, conforme a região. AGROBahia Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 Projeto combate mosca-das-frutas no Vale do São Francisco O projeto de pesquisa para combate à mosca-das-frutas, conhecida como moscamed, ou mosca do mediterrâneo, é apoiado pelo Banco do Nordeste, através do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci). O Projeto-Piloto para Uso de Moscamed Estéril no Pólo de Fruticultura do Sub-Médio São Francisco é coordenado pela Biofábrica Moscamed Brasil (BMB), sob supervisão do pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Antônio Souza do Nascimento. Em funcionamento desde abril deste ano, o projeto quer se tornar uma ferramenta importante para a agricultura nacional, promovendo a manutenção e a expansão dos atuais mercados de exportação de frutas, por meio da diminuição da população de moscas-das-frutas nas áreas de cultivo. Considerada uma das pragas mais destrutivas do mundo, a mosca-das-frutas está atualmente distribuída em quase todo o território nacional. Como as larvas da mosca se desenvolvem no interior dos frutos, alimentandose das polpas, os frutos ficam inutilizados para o mercado, ameaçando a produção dos pólos de fruticultura irrigados do Nordeste. O projeto é desenvolvido tendo como base a utilização da Técnica do Inseto Estéril (TIE), em escala piloto. A tecnologia empregada é ambientalmente segura, já que quase não utiliza substâncias químicas para diminuir a população do inseto. Além de minimizar o emprego de inseticidas, a TIE protege o meio ambiente, adequando-se aos padrões de segurança alimentar preconizada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). De acordo com Francisco Lean dro de Paula Neto, técnico do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão que operacionaliza o Fundeci, a técnica ainda apresenta outras vantagens, como servir de oportunidade para outras ferramentas de controle de pragas qua rentenárias. Projeto já apresenta resultados Para criar condições de liberação dos insetos estéreis no campo e fazer o acompanhamento e o monitoramento populacional das moscas, foram implantados dois laboratórios: um na sede da BMB em Juazeiro (BA), que atende aos municípios de Curaçá (BA) e Nilo Coelho (BA); e outro localizado em Livramento de Nossa Senhora (BA). De acordo com o técnico da Embrapa, Antônio Souza Nascimento, semanalmente, os dados do monitoramento feito nos laboratórios são disponibilizados nosite da Biofábrica Moscamed Brasil, o www.moscamed.org.br. Com base nesses dados, os técnicos da Biofábrica e da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) informam aos produtores os níveis populacionais da praga que é expresso pelo índice MAD (mosca/armadilha/dia). “Essas ações permitem racionalizar o controle da praga com o emprego de tecnologia moderna, até então inédita no país”, completa. Entre as ações já desenvolvidas, está o treinamento de mão-de-obra do setor público e privado para o uso de técnicas de liberação, controle de qualidade e avaliação da eficiência de moscamed estéril, e ainda o desenvolvimento de logística apropriada ao Pólo de Fruticultura do Vale do São Francisco. Os resultados do projeto atendem às expectativas. “A redução da população da praga nos municípios de Livramento e Curaçá tem sido satisfatória”, afirmou Nascimento. Além do Banco do Nordeste e da Embrapa, a iniciativa é apoiada pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Associação dos Produtores e Exportadores de Hortifrutigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). 10 Agrobrasil Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 Novo ministro quer priorizar agroenergia Ao tomar posse no Palácio do Planalto, o novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luis Carlos Guedes Pinto, afirmou que manterá como prioridades da sua gestão algumas metas definidas por seu antecessor, Roberto Rodrigues. Entre elas, destacou o setor de agroenergia, prometendo consolidar a implantação do Centro Nacional de Agroenergia, recém criado pela Embrapa. “Há um vasto campo de pesquisa para melhorar os índices de produtividade, tanto no processo de produção agrícola, quanto industrial para o álcool e o biodiesel. Por outro lado, é preciso aperfeiçoar os mecanismos de integração das diversas instituições públicas e privadas envolvidas neste programa que podem contribuir decisivamente para a geração de renda e emprego no país”, explicou Guedes. Ele destacou também que a defesa sanitária, animal e vegetal, será objeto de permanente preocupação do ministério, considerando-a “condição essencial para a manutenção, consolidação e ampliação de nossa posição de grande exportador”. Para Guedes a melhoria da promoção co mercial dos produtos agropecuá rios brasileiros depende de um planejamento estratégico com a “indispensável participação do setor privado”. Segundo o ministro, além de grande exportador, o Brasil precisa se preocupar com a qualidade dos produtos exportados, incorporando valor e garantindo mercados. O ministro prometeu também aprofundar estudos para reduzir as oscilações inerentes à produção agropecuária e lembrou que os instrumentos e mecanismos do seguro agrícola e dos títulos relacionados ao mercado futuro dos produtos agrícolas já foram estabelecidos pelo ministro Roberto Rodrigues. “Trata-se agora de caminhar na direção do aprimoramento e da consolidação desse processo” Guedes foi secretário-executivo na gestão do ex-ministro Roberto Rodrigues. Guedes enfatizou ainda a necessidade de reduzir o desequilíbrio na relação entre produtores e processadores de produtos agropecuários, buscando-se uma distribuição mais eqüitativa da riqueza do setor. O ministro garantiu que, a exemplo de Rodrigues, manterá as portas do Mapa abertas a todos. “O diálogo franco e leal é tônica da qual não abriremos mão. Estou seguro que, quando não há pré-juízos e pré-conceitos e se busca o inte resse nacional, sempre é possível encontrar a melhor solução para os destinos do país”. Ao empossar Guedes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a atuação de Roberto Rodrigues, afirmando que ele não será lembrado com o ministro da crise, mas pela combinação entre o intelectual e o homem prático do campo. “Nestes três anos e meio aprendi a conhecer a sensibilidade de um ser humano que amargava os dissabores dos momentos delicados da crise na agricultura”, disse o presidente, que também lembrou a respeitabilidade internacional de Rodrigues. O presidente Lula pediu ainda que as entidades representativas do agronegócio, como a Confede ração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), apóiem o novo ministro. “Eu peço a compreensão e ajuda das entidades para que ele (Guedes) possa fazer igual, mais e até melhor do que o professor lhe ensinou”. Nascido em Vera Cruz, interior paulista, Guedes já foi presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), secretário da Agricultura do Estado de São Paulo e diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Enge nheiro agrônomo e professor da Unicamp, o novo ministro da Agricultura foi secretário-exe cutivo na gestão do ex-ministro Roberto Rodrigues. No Governo Federal, também participou do processo de implantação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro pecuária (Embrapa), da qual foi assessor e chefe do Gabinete da Presidência. Desempenhou ainda a presidência do Conselho de Administração da Ceasa Campinas. No setor não-governamental, o professor Guedes Pinto participou da direção de diversas organizações, tendo sido presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária e da Associação de Docentes da Universidade de Campinas. Formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (1965), doutorou-se pela mesma Universidade, em 1973. Em 1991, fez pós-doutorado na Universidade de Córdoba, na Espanha. Além de professor da Unicamp, desde 1983, foi chefe do Departamento de Política e História Econômica e pró-reitor de Desenvolvimento Universitário. Lecionou também na Universidade Católica de Campinas e na Universidade de Brasília (UnB). agrobrasil Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 11 Estendido prazo para renegociar dívida ABC DO PRODUTOR Foto: Eduardo Venturoli Tema da semana: Manga - clima e solo Produtores de cacau que quiserem renegociar suas dívidas ganharam prazo extra para pedir a prorrogação aos bancos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou a ampliação do prazo, que terminaria em junho. Agora o prazo termina em 29 de dezembro, explicou o assessor especial para Assuntos Agrícolas do Ministério da Fazenda, Gerardo Fontelles. “As regras para renegociação continuam as mesmas”, disse o assessor. Em janeiro, o CMN aprovou a prorrogação das dívidas dos produtores de cacau por um prazo de até cinco anos. O primeiro vencimento continua mantido para janeiro de 2007. O CMN também restabele ceu o spread bancário para os empréstimos para os cafeicultores em 4,5% ao ano. Em abril, o spread, que é margem que o banco recebe nos empréstimos, tinha sido reduzido pelo CMN para 4%, mas muitas instituições alegavam que o porcentual era muito baixo e não repassavam recursos para os produtores. Fontelles explicou que os ajustes feitos pelo governo no pacote de ajuda aos agricultores anunciado em 25 de maio já foram ratificados em reuniões extraordinárias do CMN. (AE) DESTAQUES NA TV Jovens de Paulo Afonso trocam à agricultura de sequeiro pela produção de flores Mandioca de 2m e 9kg surpreende moradores do Distrito de Iguá, em Vitória da Conquista Produtores da região nordeste do estado esperam uma boa safra do feijão de inverno Confira tudo isso e muito mais neste domingo, às 7h da manhã, na TV Bahia (Globo). Que condições climáticas são favoráveis ao cultivo da mangueira? A mangueira adapta-se bem às regiões onde as estações secas e chuvosas são bem definidas. Como a planta floresce no período seco, a ocorrência de chuvas ou o uso da irrigação durante quatro a seis semanas após o pegamento do fruto contribui para aumentar a produção e o tamanho dos frutos, pois este é o período crítico de seu desenvolvimento. Como a temperatura influencia o crescimento e o florescimento da mangueira? As temperaturas baixas paralisam o crescimento das mangueiras, de importância fundamental para a ocorrência do florescimento. As plantas tendem a crescer vegetativamente e a florescer irregularmente em condições de temperaturas elevadas (> 30oC dia/25oC noite). A 15oC já ocorre paralisação do crescimento do ramo, estimulando intenso florescimento. A iniciação das brotações florais depende dos dias de frio que ocorrem de dezembro a fevereiro, no Hemisfério Norte, e de junho a outubro, no Hemisfério Sul. Próximo ao equador, esses períodos são variáveis. Como a latitude pode afetar o crescimento e o desenvolvimento da mangueira? A latitude refere-se à distância da linha do equador (latitude 0) aos pólos (latitude 90o norte ou sul, conforme o hemisfério). Quanto mais próximo da linha do equador, mais quente, e quanto mais próximo dos pólos, mais frio. Assim, quanto mais os cultivos se aproximam de temperaturas extremas (acima de 40oC, nas proximidades do equador, e abaixo de 10oC, nas proximidades dos pólos), mais o crescimento e o desenvolvimento das mangueiras são afetados. Como a altitude pode influenciar o florescimento da mangueira? A altitude interfere alterando principalmente a temperatura do ambiente e, assim, atrasando o florescimento da planta. A cada 100 m de aumento da altitude, a temperatura diminui aproximadamente 1oC e a data de florescimento é atrasada em, aproximadamente, 5 dias. Como a precipitação pluvial pode influenciar o florescimento e a produção da mangueira? A mangueira vegeta e frutifica em regiões onde a precipitação pluvial varia de 240 a 5.000 mm por ano. Nas áreas com distribuição regular das chuvas, a mangueira apresenta desenvolvimento vegetativo vigoroso, com prejuízo para o florescimento. A ocorrência de chuvas na época do florescimento: • Retira o grão de pólen depositado no estigma. • Dilui o fluído estigmático. • Favorece a perda da viscosidade e a não retenção do pólen. • Contribui para a queda de flores e frutos. • Prejudica a polinização por insetos. • Favorece a proliferação de doenças como oídio e antracnose. A luminosidade é importante para a mangueira? Sim. A quantidade de luz interceptada pela planta tem influência direta na realização da fotossíntese, processo biológico essencial da nutrição vegetal. A radiação solar é, também, um fator importante para o florescimento da mangueira, e, em geral, as plantas ou os locais da copa sombreados não florescem ou florescem mal. Além disso, a luminosidade é importante para melhorar a coloração avermelhada dos frutos, beneficiando o desenvolvimento do pigmento antocianina. Por que a mangueira produz frutos de boa qualidade, no clima semi-árido? Porque no Semi-Árido as estações secas e chuvosas são bem definidas, tendo baixa precipitação (<800 mm/ano) e baixa umidade relativa do ar. Dessa forma não há problemas com doenças como antracnose e oídio. Na frutificação, quando a mangueira necessita de maior quantidade de água, esta é fornecida por irrigação. 12 Agrobrasil Cresce a exportação de mel no Brasil Após queda significativa em abril deste ano, em função do embargo da União Européia, a exportação brasileira de mel, mas já se recuperou. O crescimento, segundo avaliam especialistas, está relacionado ao crescimento das vendas para países que não estão no continente europeu, principalmente os Estados Unidos. “O fraco desempenho de abril é de fato reflexo do embargo da União Européia e a recuperação observada em maio revelou um movimento para outros mercados, principalmente o norte-americano”, avalia Henrique Faraldo, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel). Em valores, a exportação de mel brasileiro, em abril de 2006, ficou em US$ 616,2 mil. Em peso, atingiu 381,2 mil quilos. A recuperação se deu em maio, com vendas externas de US$ 1,9 milhão, com 1,2 milhão de quilos exportados. Esses índices superaram, inclusive, o mês de maio de 2005, quando a receita foi de US$ 1,4 milhão e o volume enviado foi de 1,1 milhão de quilos. Para o presidente da Abemel, o desafio, neste momento, é manter ou, se possível, am pliar o patamar exportado no mês de maio. “É viável ampliar as vendas e os Estados Unidos são uma boa opção, mesmo sendo um mercado caracteri zado por pagar preços menores pelo mel, ao contrário da Europa”, informa. Salvador - sábado, 08 de julho de 2006 Novos mercados são explorados Os reflexos do embargo europeu ao mel brasileiro no mês de abril de 2006 ficam ainda mais evidentes quando se comparam as vendas com o igual período de 2005. Em abril de 2005, foram comercializados, em valores, US$ 2,6 milhões e 1,9 milhão de quilos, ante os US$ 616,2 mil e 381,2 mil quilos apurados em abril deste ano. “Houve uma forte redução em valores, com queda de 76,3% na receita e de 80,66% em volu me”, frisa Reginaldo Rezende, da Unidade de Agronegócios e Territórios Específicos do Sebrae Nacional e um dos coordenadores nacionais da carteira de projetos de apicultura pela Instituição. Ele ressalta, no entanto, a recuperação significativa observada em maio de 2006 como um sinal de que é possível trabalhar ou tros mercados. “Certamente essa reversão da curva descendente das exportações é decorrente do incremento de 83,6% das vendas para os Estados Unidos, que com- prou US$ 2,74 milhões de janeiro a maio deste ano, superando o volume adquirido no mesmo período de 2005”, aponta. O aumento das exportações brasileiras de mel em maio, segundo avalia um operador do mercado de mel que preferiu não se identificar, também pode estar relacionado a um movimento de revenda do produto para a Europa. Países compradores de fora do continente europeu estariam adquirindo o mel brasileiro e o reenviando para a Europa. Segundo esse mesmo especialista, outro motivo que também pode estar influenciando o aumento das exportações, apesar do embargo europeu, são informações sobre a mortandade de enxames alemães no último inverno, por motivo de doenças. Essa redução dos enxames alemães teria feito com que os europeus, já cientes da iminência do embargo, antecipassem compras para formar estoques de mel do Brasil.