Código: 74
Kethelyn Gabriela da Silva Gomes
Título: H2O Em Crise
A crise hídrica que afeta o Estado de São Paulo pode bater à porta da Região Metropolitana da Baixada Santista se medidas não
forem tomadas. Embora a região seja uma das únicas que ainda não sentiu os fortes impactos da falta d'água, ela não está
imune ao risco, mesmo possuindo 26 mananciais no Parque Estadual Serra do Mar, 50 reservatórios e 5 estações de tratamento.
Muitos moradores de São Paulo que já sabem o que é ter suas torneiras secas, pensam em se mudar para a Baixada. Estima-se
que até 2030 haverá um grande aumento de moradores nas cidades da região, o que poderá trazer problemas hídricos. Há ainda
o risco de enviar água dos rios que abastecem a região para o Planalto.
Diante desse quadro, a dessalinização (retirada do sal da água) seria uma boa saída.
No Brasil é um processo inovador e que pode ser feito a curto e médio prazos. Inclusive, a técnica já vem sendo usada em
Bertioga (Litoral Norte) por uma empresa.
Durante o processo, é captada a água do mar ou de poços, através de bombas, que,
passando por membranas poliméricas para reter o sal e as impurezas, transforma a água em usável ou potável.
Mas todos podem fazer sua lição de casa com atitudes simples: banhos mais rápidos,
torneiras bem fechadas, recolhimento de água da chuva e da máquina de lavar. Afinal, o desperdício é cultural e deve ser
revertido. Felizmente, na Baixada Santista, é possível ver comerciantes que, preocupados com a falta desse líquido tão precioso,
estão na“onda” do reúso. Alguns postos adotaram técnicas de filtragem; hotéis já possuem sistemas de reaproveitamento de
água; fábricas de gelo instalaram caixa d’água para captar a água da chuva e reutilizá-la... Enfim, sustentáveis de economizar.
Seria importante, também, que a mídia local (TV, rádio e jornais) implantassem em suas programações campanhas de incentivo
à prática do reúso, trazendo matérias e ensinando para as donas de casa, crianças e público em geral atos simples de economia
que farão, com certeza, a diferença.
A SABESP (empresa responsável pelo tratamento/abastecimento de água da Baixada
Santista e boa parte do Estado de São Paulo), por ser um órgão público, também precisa fazer sua parte de forma mais eficaz,
isto é, fazendo reparos constantes em suas tubulações e trocando encanamentos velhos por novos, para que não vejamos mais
tanta água tratada jorrando pelas ruas.
Quando se pensa em crise hídrica não se deve esquecer da questão do desmatamento, problema sério no País e, claro, na
região. Caso continue ocorrendo, acarretará em mais falta de água, pois as florestas são fundamentais para assegurar o
equilíbrio do clima e são partes essenciais do ciclo da água. Governantes de todas as esferas devem estar em estado de alerta
para que haja maior controle na reposição dos vegetais e incentivo ao replantio.
Durante anos, o ser humano acreditou que a água era uma um recurso inesgotável, uma teoria que a cada dia está se esvaindo
mais e mais. A água doce, aquela que pode ser potável, chegou a níveis críticos mundiais. E isso aconteceu pelo uso
descontrolado e excessivo, agravado à falta de chuva para abastecer os reservatórios. Portanto, chegou a hora de cidadãos,
micro e grandes empresas, órgãos públicos e todas as pessoas residentes na Baixada Santista e aquelas que visitam a região em
finais de semanas, feriados e férias, se unirem para entender a importância da água, a fim de evitar o desperdício desse líquido
tão precioso quanto vital.
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