Disciplina: Leitura e Produção de texto
Ano / Série: 1ª EM
Professor (a): Fernanda Moreira
Data:
/
/ 2014
Nome: ___________________________________________________________________
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Roteiro de recuperação
Querido(a) aluno(a),
Esta atividade é uma oportunidade de você rever alguns conteúdos estudados durante a 2ª etapa. Vamos conversar, esclarecer
dúvidas, acolher sugestões e nos preparar para as avaliações. Você atingirá o objetivo principal: aprender com tranquilidade e
revelar todo seu potencial.
Consulte, também, o livro didático.
Um abraço,
Fernanda.
O texto abaixo e seus conhecimentos servem de base para as questões 1 , 2 e 3.
EU ERA UM MORTO
(Gabriel Garcia Márquez)
Não me lembro do amanhecer do sexto dia. Tenho uma idéia nebulosa de que, durante toda a
manhã, fiquei prostrado no fundo da balsa, entre a vida e a morte. Nesses momentos, pensava em minha
família e a via tal como me contaram agora que esteve durante os dias do meu desaparecimento. Não
fiquei surpreso com a notícia de que tinham me prestado homenagens fúnebres. Naquela sexta manhã de
solidão no mar, pensei que tudo isso estava acontecendo. Sabia que haviam comunicado à minha família
o meu desaparecimento. Como os aviões não voltaram, sabia que tinham desistido da busca e que me
haviam declarado morto.
Nada disso era errado, até certo ponto. Em todos os momentos, tratei de me defender. Encontrei
sempre um meio de me defender. Encontrei sempre um meio de sobreviver, um ponto de apoio, por
insignificante que fosse, para continuar esperando. No sexto dia, porém, já que não esperava mais nada.
Eu era um morto na balsa.
Á tarde, pensando que logo seriam cinco horas e os tubarões voltariam, fiz um desesperado
esforço para me levantar e me amarrar à borda. Em Cartagena, há dois anos, vi na praia os restos de um
homem destroçado por tubarão. Não queria morrer assim. Não queria ser repartido em pedaços entre um
montão de animais insaciáveis.
Eram quase cinco horas. Pontuais, os tubarões estavam ali, rodando a balsa. Levantei-me
penosamente para desatar os cabos do estrado. A tarde era fresca. O mar, tranqüilo. Senti-me
ligeiramente fortalecido. Subitamente, vi outra vez as sete gaivotas do dia anterior e essa visão infundiu
em mim renovados desejos de viver.
Nesse instante teria comido qualquer coisa. A fome me incomodava. Mas o pior era a garganta e a
dor nas mandíbulas, endurecidas pela falta de exercício. Precisava mastigar qualquer coisa. Tentei
arrancar tiras de borrachas dos sapatos, mas não tinha com que cortá-las. Foi então que lembrei dos
cartões da loja de Mobile. Estavam num dos bolsos da calça, quase completamente desfeitos pela
umidade. Rasguei-os, levei-os à boca e comecei a mastigar. Foi um milagre: a garganta se aliviou um
pouco e a boca se encheu de saliva. Lentamente continuei mastigando, como se aquilo fosse chiclete.
[...] Pensava continuar mastigando os cartões indefinidamente para aliviar a dor das mandíbulas e até
achei que seria desperdício jogá-los no mar. Senti descer até o estômago a minúscula papa de papelão
moído e desde esse instante tive a sensação de que me salvaria, de que não seria destroçado pelos
tubarões. [...]
Afinal, amanheceu o meu sétimo dia no mar. Não sei por que estava certo de que esse não seria o
ultimo. O mar estava tranquilo e nublado, e quando o sol saiu, mais ou menos às oito da manhã, eu me
sentia reconfortado pelo bom sono da noite. Contra o céu cinza e baixo passaram sobre a balsa as sete
gaivotas.
Dois dias antes eu sentira uma grande alegria vendo as sete gaivotas. Mas quando as vi pela
terceira vez, depois de tê-las visto durante dois dias consecutivos, senti o terror renascer. “são sete
gaivotas perdidas”, pensei, com desespero. Todo marinheiro sabe que, às vezes, um bando de gaivotas se
perde no mar e voa sem direção, durante vários dias, até encontrar e seguir um barco que lhes indique a
direção do porto. Talvez aquelas gaivotas que vira durante três dias fossem as mesmas todos os dias,
perdidas no mar. Isso significa que eu me distanciava cada vez mais da terra.
(Gabriel
Garcia Márquez, Relato de um náufrago. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1970. p. 70-3.)
Colégio Maria Clara Machado / (31) 2551-3648 / www.mariaclaramachado.com.br
QUESTÃO 1- No relato, normalmente se emprega a variedade padrão da língua, que pode ser formal ou
informal, dependendo de quem é o narrador-protagonista e seu ouvinte ou leitor. No relato em estudo, que
variedade linguística foi empregada? Justifique com um exemplo retirado do texto.
QUESTÃO 2 - Assinale a alternativa correta.
A) A maioria dos verbos está no futuro.
B) O Título não faz relação direta ao texto.
C) O relato poderia encaixar-se em um diário de bordo.
D) A variedade linguística é bem coloquial.
E) O narrador é observador.
QUESTÃO 3 - Escreva V para afirmação Verdadeira e F para Falsa.
A) ( ) Os fatos são narrados em 3ª pessoa.
B) ( ) Para sentir um alívio o marinheiro mastigou cartas.
C) ( ) Duas coisas em particular atormentavam o marinheiro: os tubarões e a fome.
D) ( ) As gaivotas significavam esperança, pois se ligavam à proximidade com a terra.
E) ( ) O relato no mar se refere ao sexto e sétimo dia.
QUESTÃO 4- A partir do cartum, abaixo, pense no seu discurso sobre o tema tratado e escreva um
pequeno texto, justificando o seu pensamento e ideia.
Colégio Maria Clara Machado / (31) 2551-3648 / www.mariaclaramachado.com.br
QUESTÃO 5- Leia com bastante atenção o texto abaixo.
Por: Paty Algayer
O médico e o monstro traz à vida uma história sobre a natureza humana e a
dualidade entre o bem e o mal. Sua percepção psicológica e discernimento ético
têm raízes literárias em Crime e Castigo, de Fiodor Dostoiévski. O livro
acompanha a investigação do advogado Gabriel John Utterson sobre as
estranhas ocorrências entre seu amigo Dr. Henry Jekyll e o estranho Edward
Hyde. Hoje, a novela de Stevenson, é reconhecida como um importante estudo
da moralidade vitoriana, além de um ótimo thriller.
Creio que a maioria de vocês já devam ter ouvido falar em O Médico e o Monstro, não é verdade?
Afinal, já foram lançadas várias adaptações desta história, tanto em reedições do livro original, quanto nos
cinemas, quadrinhos e até mesmo em desenhos animados… no entanto, eu nunca havia lido a obra de R.
L. Stevenson, um thriller lançado originalmente por volta de 1885. E devo dizer que é uma história muito
boa, digna do renome que tem até os dias atuais!
Em O Médico e o Monstro, entramos na pele de Gabriel John Utterson, advogado do Dr. Jekyll, que
resolve investigar o misterioso Sr. Hyde após uma estranha alteração no testamento do velho amigo.
Afinal, o velho Dr. Jekyll ditou, em seu testamento, que em caso de sua morte ou desaparecimento, todos
os seus bens deveriam ficar com este homem misterioso e, até aquele momento, desconhecido para a
maior parte de seus amigos! Intrigado, o Sr. Utterson começa a investigar o estranho homenzinho, e acaba
se deparando com um caso bastante incomum e um tanto quanto assustador…
R. L. Stevenson, com seu estilo de escrita, consegue prender a atenção do início ao fim do livro. O
leitor fica simplesmente fascinado com o mistério da trama, passada em uma bucólica Londres tomada
pela neblina, com vielas sombrias e um personagem sombrio à solta… o livro não é exatamente
assustador, mas o suspense da história garante um thriller de primeira!
A edição de O Médico e o Monstro que li – da Abnara, selo dos livros clássicos da Rai Editora – foi
muito bem feita: a capa dá o clima do suspense existente na história, a diagramação, mesmo simples,
torna a leitura bastante agradável, e a tradução e revisão não deixam a desejar. É um livro pequeno (98
páginas), que garante uma leitura rápida e aprazível. Super recomendado, nota 10!
Fonte: http://www.magicaliteraria.com/resenha-o-medico-e-o-monstro-de-r-l-stevenson/ - Acesso em 21/08/2013.
O texto encaixa-se perfeitamente em uma resenha ou relato pessoal? Justifique sua resposta e cite 3
características do gênero encontradas no texto.
QUESTÕES DO LIVRO “ Jogos vorazes” DE SUZANNE COLLINS
QUESTÃO 6- Leia com atenção a o texto abaixo.
Teórico do socialismo, Karl Marx estudou direito nas universidades de Bonn e Berlim (Alemanha), mas
sempre demonstrou mais interesse pela história e pela filosofia. Quando tinha 24 anos, começou a trabalhar como
jornalista em Colônia, assinando artigos social-democratas que provocaram uma grande irritação nas autoridades
do país. […] Embora praticamente ignorado pelos estudiosos acadêmicos de sua época, Karl Marx é um dos
pensadores que mais influenciaram a história da humanidade. O conjunto de suas ideias sociais, econômicas e
políticas transformaram as nações e criou blocos hegemônicos.
Muitas de suas previsões ruíram com o tempo, mas o pensamento de Marx exerceu enorme influência sobre
a história.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/karl-marx.jhtm - Acesso em 08/08/2014.
Colégio Maria Clara Machado / (31) 2551-3648 / www.mariaclaramachado.com.br
Para Karl Marx, toda sociedade tem uma classe dominante e uma classe dominada, uma divisão que
desperta tensões. Explique, em um parágrafo estruturado, esta separação de classes no livro.
QUESTÃO 7- O texto abaixo serve de base para a questão.
A formação de um homem bomba
Opressão, falta de liberdade, lavagem cerebral, miséria. Entenda o que há por trás e como se cria um
mártir islâmico
# Lavagem cerebral - Desde cedo, as crianças aprendem que a vida é um
desperdício. Como cresceram cercadas por violência e miséria, são facilmente
condicionadas a acreditar no que ensinam nos campos de treinamento. Aprendem
também que seu sacrifício em nome de Alá serve como passagem imediata para o
céu, onde poderão desfrutar de diversas recompensas. As crianças passam então
a acreditar que sua verdadeira vida só começa depois de sua morte.
# Treinamento - Durante a vida, estas pessoas recebem todo tipo de treinamento de manipulação de
armas, preparação de coletes suicidas e táticas de emboscada. Algumas facções concedem ajuda
financeira às famílias de homens-bomba. Em muitos casos, este valor serve como incentivo final ao mártir
que se sente mais tranquilo ao saber que sua família estará “amparada”.
Fonte:http://www.areah.com.br/cool/radical/materia/58328/1/pagina_1/a-formacao-de-um-homem-bomba.aspx – Acesso em 08/08/2014.
1 – Responda: O que são Tributos Carreiristas? 2- Relacione os Carreiristas aos homens bomba. 3Escolha um Carreirista e descreva suas ações na narrativa.
QUESTÃO 8- Explique a cena abaixo e a relação do distrito 12 com as chamas.
.
FOGO
Fonte: http://giovanatoffoli.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html-Acesso em 20/08/2014.
QUESTÃO
9 – Escreva uma notícia de tema livre e separe seus elementos.
Colégio Maria Clara Machado / (31) 2551-3648 / www.mariaclaramachado.com.br
Download

GÊNERO TEXTUAL NOTÍCIA - Colégio Maria Clara Machado