Pappalardo MCSM et al • Troca de esquema antiretroviral em pacientes com AIDS no CRDST/AIDS Santo Amaro: como é feita? ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO ORIGINAL Troca de esquema antiretroviral em pacientes com AIDS no CR DST/AIDS Santo Amaro: como é feita? Exchange of antiretroviral therapy in AIDS patients at the Centro de Referencia(CR) em DST / AIDS Santo Amaro: how is it done? Mara Cristina Silva Martins Pappalardo1 Merciana Tereza Carvalho Vandeveld2 Katia Fernanda de Carvalho Guedes Correa3 Rev Panam Infectol 2014;16(3):148-152 Recebido em 25/09/2013 Aprovado em 28/1/14 Financiamentos: as autoras declaram que não houve conflito de interesses. Prof.Dra.em Infectologia em Saúde Pública. Medica Infectologista do CR DST/AIDS Santo Amaro e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, SP, Brasil. 2 Farmacêutica do CR DST/AIDS Santo Amaro. Especialista em Administração Hospitalar pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e de Pesquisas Hospitalares – IPH (1992), SP, Brasil. Especialista em Gestão de Assistência Farmacêutica (UNASUS), 2013. 3 Auxiliar de Enfermagem do CR DST/AIDS Santo Amaro. Fisioterapeuta e Especialista em Reeducação Funcional da Postura e Movimento pelo HCFMUSP (2009), SP, Brasil. 1 148 RESUMO Objetivos: os objetivos deste estudo são descrever o esquema inicial antirretroviral (TARV) mais usado pelos médicos do Centro de Referência em DST/AIDS Santo Amaro (CRSA); analisar como é feita a troca do 1º para os demais esquemas; avaliar as situações nas quais são feitas as mudanças nos esquemas de TARV, como a simples troca de uma classe de droga, a troca total do esquema inicial, com ou sem teste de genotipagem, ou presença de infecção oportunista. Métodos e materiais: trabalho retrospectivo e descritivo, realizado por meio da análise de prontuários do CRSA, Prefeitura Municipal de São Paulo, SP, Brasil, entre 1997 e 2009, de 58 pacientes escolhidos aleatoriamente. Resultados: a retirada mensal de antirretrovirais na farmácia do CRSA (x) variou de 5,83% a 93,99% (média de 52%). Os esquemas iniciais mais usados foram: Zidovudina+Lamivudina+Efavirenz (25,9%) e Zidovudina+Lamivudina+Lopinavir/ritonavir (12%); 23 pacientes fizeram uma troca; 34, duas trocas;19, três trocas;10 pacientes, quatro trocas; 3, cinco trocas e 3 pacientes, seis trocas. Dos 23 pacientes com uma troca de esquema, 21 deles mantiveram carga viral indetectável e CD4 entre 206 e 1104 células/mm3. Dos 58 pacientes, nove realizaram testes de genotipagem: um para a 1ª troca, um para a 2ª troca, cinco para a 3ª e dois para a 4ª troca. Conclusões: poucos testes de genotipagem foram solicitados; não houve descrição de infecção oportunista como motivo de troca de TARV. Palavras-chave: Antirretrovirais; Genes de troca; AIDS ABSTRACT Objective: to describe antirretrovirals more prescribed by doctors of the Centro de Referência em DST/AIDS Santo Amaro (CRSA), of Rev Panam Infectol 2014;16(3):148-152 Health’secretary of the Municipality of São Paulo, SP, Brazil; to analyse how the switch was done. Methods: retrospective study, including 58 patients randomly selected from the CRSA, of Health’secretary of the Municipality of São Paulo, SP, Brazil, between 1997 and 2009 . The monthly withdrawal of antiretrovirals in CRSA’ pharmacy (X) ranged from 5.83 to 93.99% (average 52%). The most commonly used initial regimens were Zidovudine+Lamivudine+Efavirenz (25.9%) and Zidovudine+Lamivudine+Lopinavir/ ritonavir (12%); 23 patients exchanged once; 34, two exchanges; 19, three exchanges; 10 patients, four exchanges; 3, five exchanges and 3 another patients exchanged six times. Results: of the 23 patients with one exchange scheme 21 kept undetectable viral load and CD4 count between 206 and 1104 cels/mm3. From 58 patients, nine underwent genotyping assays: one for the 1st exchange, one for 2nd exchange, five for 3rd and two for the 4th exchange. Conclusions: few genotyping assays were requested; there was no description of opportunistic infection as a reason for exchange of antiretroviral therapy. Keywords: Anti-Retroviral Agents; Genes, Switch; AIDS Serodiagnosis INTRODUÇÃO O momento ideal para início de Terapêutica Antirretroviral (TARV), o melhor esquema inicial e individualizado para cada paciente e recomendações específicas para troca de drogas ainda são temas atuais e palpitantes no tratamento de pacientes com infecção pelo HIV/AIDS(1). Vários estudos mostram que a probabilidade da doença avançar para AIDS após quatro a cinco anos de seguimento foi 10% menor em pacientes com carga viral (CV) sempre abaixo do limite de 500 cópias/ mL, do que nos pacientes com CV >500 cópias/mL de forma persistente. Além disso, com a carga viral indetectável, os riscos de transmissão do HIV entre pacientes tratados, estariam próximos a zero(2-3). O paciente aderente à TARV apresenta CV indetectável e, segundo vários estudos, estima-se que seja necessária a tomada de 80% ou mais do total de comprimidos e/ou cápsulas prescritos, para uma boa resposta; outro estudo mostrou que níveis de adesão acima de 95% atingiram supressão viral em mais de 80% dos pacientes em tratamento(4). Na TARV de alta potência, os inibidores de proteases (IPs) reforçados com ritonavir (RTN) têm papel fundamental, tanto nos pacientes virgens de tratamento, como naqueles com falha antirretroviral, devido à sua alta barreira genética e comprovada eficácia a longo prazo. Na terapêutica inicial, apesar do efeito adverso relacionado à síndrome metabólica, possibilita tratamento eficaz, com baixo potencial para a aquisição de resistência viral. Na terapia de resgate, os IPs devem ser usados (de acordo com os testes de resistência), pois exercem ação residual, mesmo na presença de mutações(5). Com o maior número de drogas disponíveis, e, portanto, com melhores possibilidades de associação destas, para obtermos estratégias terapêuticas mais eficientes, passamos também a viver o problema das resistências, onde um esquema otimizado e de fácil aderência é de fundamental importância para a sua prevenção ou a postergação do seu aparecimento. Manter um paciente em falha virológica com o mesmo esquema antirretroviral (ARV) traz risco, mesmo para aqueles clinica e/ou imunologicamente estáveis. Genotipagem é o estudo da diferença genômica do HIV do paciente em comparação com uma cepa padrão (“selvagem”), e a inferência de que cada mutação (modificação nos nucleotídeos em cada códon) encontrada traria alguma diferença no comportamento do vírus. As estruturas estudadas se referem principalmente ao segmento pol do gen do vírus, onde se encontram os códons responsáveis pela produção da transcriptase reversa e protease viral. Os critérios para a realização de teste de genotipagem são: falha virológica confirmada; carga viral >1000 cópias/mL; uso regular de TARV há pelo menos seis meses(1). Vários estudos demonstram que o paciente resgatado com auxílio de testes de resistência apresenta melhores resultados do que aqueles para os quais os novos esquemas foram determinados apenas levando-se em conta as drogas usadas anteriormente(6-9). Os objetivos deste estudo são: descrever o esquema inicial antirretroviral (TARV) mais usado pelos médicos do Centro de Referência em DST/ AIDS Santo Amaro (CRSA), analisar como é feita a troca do 1º para os demais esquemas; avaliar as situações nas quais são feitas as mudanças nos esquemas de TARV: simples troca de uma classe de droga, troca total do esquema inicial, com ou sem teste de genotipagem, ou presença de infecção oportunista. MÉTODOS E MATERIAIS A Farmácia do CRSA contabilizou, em novembro de 2010, 1772 pacientes atendidos (internos e externos ao serviço) em uso de ARV. O critério inicial 149 Pappalardo MCSM et al • Troca de esquema antiretroviral em pacientes com AIDS no CRDST/AIDS Santo Amaro: como é feita? Os dados foram tabulados conforme gênero, idade, raça, categoria de exposição ao HIV, estado civil, esquemas de ARV usados, presença (ou não) de infecções oportunistas, valor de células CD4 antes e após os esquemas de ARV; frequência de consultas médicas e/ou retirada de medicamentos da Farmácia do CRSA e número de genotipagens feitas antes das trocas de esquema de ARV. O trabalho é retrospectivo e descritivo. O critério de adesão ao tratamento foi considerado como 100% (12 retiradas de TARV na Farmácia do CRSA em 12 meses). ASPECTOS ÉTICOS Após aprovação da pesquisa pela Plataforma Brasil, houve a liberação do não preenchimento do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), pelo Desenvolvimento Científico do Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo. RESULTADOS Foram selecionados 58 pacientes, sendo: •29 homens e 29 mulheres, com idade mínima de 30 anos e máxima de 73 anos; 20(34,5%) entre 30-40 anos; 32(55%) entre 40-60 anos e 6 (10,5%) com mais de 60 anos; •19 pacientes eram da raça branca, 18 da parda, 9 da negra, 1 da amarela e não havia essa informação em 11 prontuários; •Quanto à categoria de exposição ao HIV, 35 eram heterossexuais, 5 eram homossexuais, 5 eram bissexuais, 1 era usuário de droga ilícita e em 12 prontuários não havia essa informação; •Em relação ao estado civil, 28 eram solteiros, 12 casados, 5 viúvos, 2 divorciados e em 11 prontuários, não havia informação. Verificou-se que os anos de 2003 e 2004 tiveram mais registros de cadastros na Farmácia do CRSA, 150 Gráfico 1. Distribuição dos pacientes em ano de cadastro na farmácia Nº dos pacientes de seleção dos prontuários médicos foi selecionar, aleatoriamente, prontuários com final 5 dos anos de 1997 a 2009. Foram excluídos pacientes com: •Idade<18anos; •Pacientes externos, que não fazem acompa nhamento médico no serviço; •Pacientes com sorologia negativa para HIV; •Pacientes que evoluíram para óbito; •Abandono de seguimento (mais de seis meses sem vir ao serviço); •Pacientes em uso de TARV em período <6 meses; •Pacientes sem troca de esquema antirretroviral inicial. como mostra o Gráfico 1. A retirada mensal de TARV na Farmácia do CRSA (X) variou de 5,83 a 93,99% (média de 52%), sendo que 9 pacientes tiveram X<25%, 19 tiveram X entre 25-50%, 20 entre 50 e 75% e 10 tiveram X >75% (dados levantados a última vez em 26/08/2011). O menor valor de CD4 para início de TARV foi 3 células/mm3, e o maior, de 340 células/mm3 Os esquemas antirretrovirais mais usados no CRSA estão no Quadro 1. Quanto à quantidade de trocas de esquemas de antirretrovirais, 23 pacientes (39,6%) fizeram uma troca; 34 (58,6%) fizeram 2 trocas; 19 (32,7%) fizeram 3 trocas; 10 (17,2%) fizeram 4 trocas; 3 (5,17%)fizeram 5 trocas e 3 fizeram6 trocas. Dos 23 pacientes com uma troca de esquema antirretroviral, 21 mantém carga viral indetectável e CD4 variando entre 206 células/mm3 e 1104 células/ mm3 (dados de 26/08/2011). Os principais motivos de troca da TARV inicialmente proposta estão no Quadro 2. Num total de 58 pacientes, apenas nove realizaram testes de genotipagem: um para a 1ª troca, um para a 2ª troca, cinco para a 3ª e dois para a 4ª troca. Quanto ao sexo, o estudo confirma que a relação entre sexo masculino/feminino tem sido menor que 2H/1M desde 1998. Em relação à idade, 55%tinham entre 40-60 anos,e a 2ª posição(34,5%) entre 3040 anos. Pelo Boletim Epidemiológico AIDS (2010), a faixa etária entre 30 a 39 anos permaneceu predominante até 2008, quando houve um discreto aumento no grupo etário mais idoso. Em relação ao critério raça/cor, entre 2004 a 2010, a cor de pele branca correspondeu a 59% dos casos; a 2ª foi parda e a 3ª,negra; essa tendência também foi relatada no CRSA. Quanto à categoria de exposição, até 1988 prevaleceu HSH (homens que fazem sexo com homens); em 1989 tinha mais UDI (usuários de Rev Panam Infectol 2014;16(3):148-152 Quadro 1. Esquemas Antirretrrovirais ESQUEMA INICIAL Nº % ESQUEMA INICIAL Nº % AZT+ 3TC+EFZ 15 25,9 ATZ+ DDI+D4T+RTN 1 1,7 AZT + 3TC+LPN/r 7 12,1 DST+3TC+ATZ 1 1,7 AZT+DDI 6 10,3 TDF+3TC+ATZ/r 1 1,7 AZT+3TC+NFV 5 8,6 AZT 1 1,7 D4T+3TC+EFZ 3 5,2 AZT+3TC 1 1,7 AZT+3TC+ATZ/r 3 5,2 AZT+3TC+NVP+NFV 1 1,7 AZT+3TC+ATZ 2 3,4 AZT+3TX+NVP 1 1,7 AZT+DDI+EFZ 2 3,4 AZT+3TC+RTN 1 1,7 D4T+IDN+3TC 2 3,4 D4T+3TC+IND/r 1 1,7 AZT+DDI+NVP 1 1,7 D4T+3TC+NVP 1 1,7 AZT= zidovudina; 3TC=lamivudina; EFV=efavirenz; LPN/r=lopinavir/ritonavir; DDI=didanosina;FV=nelfinavir; D4T= estavudina; ATZ/r= atazanavir/ritonavir; IDN=indinavir; NVP=nevirapina; RTN=ritonavir; TDF=tenofovir Quadro 2. Motivo de troca MOTIVO DE TROCA Nº Anemia (AZT) 4 Cálculo renal 1 Diarréia (LPN/r) 5 Falência terapêutica 4 Gestação, desejo de engravidar ou intolerância (EFZ) Intolerância 9 Intolerância (AZT) 1 Intolerância (DDI) 2 Intolerância (IDN) 1 Lipodistrofia e/ou hipertrigliceridemia e/ ou resistência à insulina e/ hipercolesteroliemia Não adesão 6 Plaquetopenia 2 Queda de CD4 2 Retirada da droga do mercado (NFV) 5 1 8 drogas ilícitas),e a partir de 1990 os heterossexuais (32%) suplantaram UDI (30%) até os dias atuais (cerca de 56% em 2009); o mesmo foi visto no CRSA. DISCUSSÃO Segundo a orientação do Consenso Brasileiro de terapia antirretroviral, contida no manual “Recomendações para terapia antirretroviral em adultos” de 2008 (e mantida no suplemento de 2012), o 1º esquema antirretroviral deve incluir três drogas ativas: 2 ITRN (inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos) + 1 ITRNN (inibidor de transcriptase reversa não-análogo de nucleosídeo) e o 2º esquema, 2 ITRN +1 IP (inibidor de protease) reforçado com ritonavir). Os resultados do estudo mostram que, no CRSA, os médicos prescritores seguem a orientação do Ministério da Saúde: 15 pacientes (25,9%) iniciaram o tratamento com zidovudina+lamivudina +efavirenz, enquanto sete (12,1%) iniciaram com zidovudina+lamivudina+lopinavir/ritonavir. A retirada mensal na farmácia do CRSA foi baixa: só 10 pacientes (17,2%) retiraram >75%; a média de retirada mensal foi de 52%. A troca de esquema antirretroviral nos casos de falha deve ser baseada, sempre que possível, no teste de genotipagem, que reduz a chance de acúmulo progressivo de mutações, e é a melhor estratégia para minimizar a ocorrência de resistência cruzada e otimizar a terapia de resgate(1). Vários estudos prospectivos (americano e de alguns países da Europa) demonstraram que o resgate feito pelo teste de genotipagem foi significativamente melhor, pois, além da queda da carga viral ter sido mais significativa, maior número de pacientes obteve carga viral indetectável, que é o efeito desejado da TARV. Das solicitações de exames de genotipagem feitas à Rede Nacional de Genotipagem (RENAGENO) do Programa Nacional de DST/AIDS, de 2474 pacientes, entre 2002 e 2006, em 17% das solicitações, os pacientes estavam em sua 1ª falha; 33% na 2ª, e 50% na 3ª falha ou mais. Esse dado é preocupante. Outro estudo mostrou que de 101 pacientes avaliados entre 2003 e 2004, através da RENAGENO, 10% deles apresentavam mutações somente a uma classe de ARV; 73% a duas classes e 9%, mutações às três classes(10). Outro dado alarmante mostrou que, em 1997, a resistência primária ao HIV no Brasil 151 Pappalardo MCSM et al • Troca de esquema antiretroviral em pacientes com AIDS no CRDST/AIDS Santo Amaro: como é feita? era 3,5%; em 2000, de 7%, ou seja, a chance de alguém se contaminar com vírus já resistente dobrou em apenas três anos(11). No CRSA, muitos pacientes são aderentes ao serviço (não faltam às consultas médicas e nem com outros profissionais, como fisioterapeutas, psicólogos, dentistas, assistentes sociais, etc.), mas não usam TARV adequadamente, o que foi demonstrado pela baixa retirada de antirretrovirais da farmácia. Preocupadas em diminuir a falta de adesão, uma psicóloga, uma assistente social e uma médica infectologista montaram, desde janeiro de 2010, o “Grupo de Adesão”, voltado ao atendimento de pacientes com HIV/AIDS, que usam (ou não) antirretrovirais, com vários objetivos. Um deles é fortalecer a amizade entre os pacientes que se tratam no CRSA, e o outro é tentar fazer com que todos entendam a importância de um tratamento correto, para melhoria da qualidade de vida e maior sobrevida. CONCLUSÕES •Poucos testes de genotipagem solicitados; •Sem descrição de infecção oportunista como motivo de troca de TARV; •Baixa retirada mensal de antirretrovirais na Farmácia do CRSA. 5. Diaz RS. Guia para o manuseio de resistência antirretroviral.Editora Permanyer Brasil, 2012. 6. Cohen CJ, Hunt S, Sension M, Farthing C, Conant M, Jacobson S et al. A randomized trial assessing the impact of phenotypic resistance testing on antiretroviral therapy. AIDS 2002;16(4):579-88. 7. Tural C, Ruiz L, Holtzer C, Schapiro J, Viciana P, González J et al. Clinical utility of HIV-1 genotyping and expert advice: the Havana trial. AIDS 2002;16(2): 209-18. 8. Cingolani A, Antinori A, Rizzo MG, Murri R, Ammassari A, Baldini F et al. Usefulness of monitoring HIV drug resistance and adherence in individuals failing highly active antiretroviral therapy: a randomized study (ARGENTA). AIDS 2002;16(3):369-79. 9. Yazdanpanah Y, Vray M, Meynard J, Losina E, Weinstein MC, Morand-Joubert L et al. The long-term benefits of genotypic resistence testing in patients with extensive prior antiretroviral therapy: a modelbased approach. HIV MED 2007; 8(7):439-50. 10.Sucupira NCA, Caseiro MM, AlvesK,Tescarollo G,Janini LM et al. High levels of primary antiretroviral resistance genotypic mutations and B/F recombinants in Santos, Brazil. AIDS Patient Care and STDs 2007;21(2):42-54. 11.Boletim Terapêutico de HIV/AIDS,DST e hepatites virais. Ano1 no 3, setembro de 2003. Agradecimentos À dra. Eugênia M.P.B Palhares (coordenadora de Saúde do CR DST/AIDS Santo Amaro); a Cláudia Renata dos Santos Barros e a Flávio Andrade Santos, do Desenvolvimento Científico do Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo SMS-PMSP. REFERÊNCIAS 1. Ministério da Saúde. Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e AIDS. Recomendações para terapia anti-retroviral em adultos infectados pelo HIV; 2008 2. Reynolds SJ, Makumbi F, Nakigozi G, Kagaayi J, Gray RH, Wawer M, Quinn TC et al. HIV-1 transmission among HIV-1 discordant couples before and after the introduction of antiretroviral therapy. AIDS 2011;25(4):473-7. 3. Sullivan P; Kayitenkore K; Chomba E; Karita E; Mwananyanda L et al. Reduction of HIV transmission risk and high risk sex while prescribed ART: results from discordant couples in Rwanda and Zambia. CROI 2009. Abstract 52bLB. 4. de Mello e SilvaACC. Adesão à terapia anti-retroviral. Em:Infectologia Ambulatorial:diagnóstico e tratamento. Ed Sarvier 1ª Ed.,2008; p 251-257. 152 Correspondência: Mara Cristina Silva Martins Pappalardo Rua Tomás Carvalhal 865-apto 32-B Paraíso-São Paulo (SP) E-mail:[email protected]