CNPq Escolas PROJETO DE PESQUISA TEC-MULCHING ADSORÇÃO DE HERBICIDAS E QUALIDADE DA ÁGUA EM PLANTIO DIRETO COM VERTICAL MULCHING Coordenador Prof. Afranio Almir Righes Ph.D em Engenharia de Água e Solo Edital MCT/CNPq nº 014/2008-Universal Santa Maria RS Agosto de 2008 UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 2 SUMÁRIO 1 - IDENTIFICAÇÃO ..............................................................................................................................3 1.1 1.2 1.3 1.4 - Entidade Proponente.............................................................................................. 3 - Coordenador ............................................................................................................ 3 - Composição da equipe técnica e qualificação ................................................... 3 - Entidades Participantes ........................................................................................ 4 2 - QUALIFICAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVAS PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO: ...4 3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: ............................................................................................................5 4 - OBJETIVOS E METAS A SEREM ALCANÇADOS........................................................................12 4.1 - Objetivo Geral ........................................................................................................ 12 4.2 - Objetivos Específicos ........................................................................................... 12 4.3 - Metas....................................................................................................................... 13 5 - INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO PROGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DO PROJETO .....13 6 - METODOLOGIA A SER EMPREGADA .........................................................................................14 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 6.7 6.8 - Determinações físicas do solo ............................................................................ 15 - Balanço hídrico ...................................................................................................... 17 - Balanço Térmico ................................................................................................... 17 - Determinações meteorológicas .......................................................................... 17 - Concentração de herbicidas................................................................................ 17 - Determinação do índice de qualidade da água do escoamento superficial 20 - Determinações fenométricas .............................................................................. 21 - Delineamento experimental e análise estatística ............................................ 21 7 - PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS OU TECNOLÓGICAS ESPERADAS DA PROPOSTA ....................................................................................................................................22 8 - ORÇAMENTO DETALHADO DA PROPOSTA ..............................................................................23 9 - CRONOGRAMA FÍSICO E FINANCEIRO......................................................................................27 10 - IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA, COLABORADORES E DEMAIS PARCERIAS NO PROJETO.......................................................................................................................................28 11 - DISPONIBILIDADE DE INFRA-ESTRUTURA BÁSICA E DE APOIO TÉCNICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ...........................................................................................29 12 - EXISTÊNCIA DE FINANCIAMENTO DE OUTRAS FONTES OU SOLICITAÇÃO EM CURSO:...29 13 - ENVOLVIMENTO DO COORDENADOR E/OU DE SUA INSTITUIÇÃO COM PROJETOS EM EXECUÇÃO NO PAÍS RELACIONADOS COM OS OBJETIVOS DESTA PROPOSTA: ..............30 14 - INFORMAÇÃO ACERCA DA CONTRAPARTIDA DA INSTITUIÇÃO PROPONENTE .................33 15 - DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DO COORDENADOR DO PROJETO NA GESTÃO DE PROJETOS: ...................................................................................................................................34 16 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................................36 UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching ADSORÇÃO DE HERBICIDAS E QUALIDADE DA ÁGUA EM PLANTIO DIRETO COM VERTICAL MULCHING 1 - IDENTIFICAÇÃO 1.1 - Entidade Proponente UNIFRA - Centro Universitário Franciscano CGC: 95591764/0001 Endereço: Rua dos Andradas 1664 97.010-032 SANTA MARIA –RS Fone: (055) 3220 1200 E-mail: [email protected] Home page: www.unifra.br Fax: (055) 3222 6484 1.2 - Coordenador AFRANIO ALMIR RIGHES CPF 125 508 170-87 Identidade 7003806945 – SSP-RS Endereço: Rua Venâncio Aires 2367 Bairro Passo da Areia 97.010-005. SANTA MARIA - RS E-mail: < [email protected]> Fone Residencial (0xx55) 3212-1394 Celular: (0xx55) 9978-1864 1.3 - Composição da equipe técnica e qualificação Prof. Tit. Afranio Almir Righes – Ph.D Prof. Engenharia Ambiental Fone: +0xx 55 3026-6971 E-Mail: [email protected] CPF: 125 508 17087 CI: 7003806945 SSP/RS Nascimento: 15/05/1946 Coordenador e Pesquisador Prof. Tit. Galileo Adeli Buriol – Dr. Área de Ciências Naturais e Tecnológicas Fone: +0xx 55 3026-6971 E-Mail: [email protected] CPF: 00821500015 CI: 9013746954 SSP/RS Nascimento: 24/01/1941 Pesquisador Prof. Adj. Sergio Roberto Mortari – Dr. Área de Ciências Naturais e Tecnológicas Fone: +(0xx55) 3026-6971 E-Mail: [email protected] CPF: 58768335091 CI: 2034549606 SSP/RS Nascimento: 25/09/1968 Pesquisador 3 UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching Prof. Pedro Daniel da Cunha Kemerich (Mestrando) Área de Ciências Naturais e Tecnológicas Fone: +(0xx55) 3026-6971 E-Mail: [email protected] CPF: 00415423040 CI: 2082231107 SJS/RS Nascimento: 03/01/1983 Pesquisador Prof. Valduino Estefanel – Mestre Área de Ciências Naturais e Tecnológicas Fone: +0xx 55 3220-1222 E-Mail: [email protected] CPF: 00491543034 CI: 4001167701 Nascimento: 10/10/1942 Pesquisador Prof. Ass. Rodrigo Ferreira da Silva –Dr. Área de Ciências Naturais e Tecnológicas Fone: +(0xx55) 3026-6971 E-Mail: [email protected] CPF: 93177550034 CI: 9087079407 SJS/RS Nascimento: 10/09/1976 Pesquisador 4 1.4 – Entidades Participantes 1.4.1 - Estação Experimental da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Sul – FEPAGRO. Engº Florestal - Fabio Saidelles. 1.4.2 - Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Vacacaí e Vacacaí Mirim Engº Civil - Sergio Antônio Martini. 2 - QUALIFICAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVAS PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO: No Rio Grande do Sul, a exemplo de outros Estados brasileiros, o crescimento e o desenvolvimento econômico não foram acompanhados pela manutenção da qualidade do meio ambiente, nomeadamente da preservação dos recursos florestais, hídricos e dos solos. O desenvolvimento da agricultura e da pecuária deu-se, em parte, à custa da destruição das florestas nativas existentes, degradando o ambiente e modificando drasticamente a paisagem da região. Na década de 60 os solos do Rio Grande do Sul foram intensamente mobilizados pelo sistema preparo tradicional. Esse procedimento, entre outras alterações, provocou a redução do conteúdo de matéria orgânica no solo, destruição dos agregados, tanto pela ação mecânica dos implementos como pelo impacto direto das gotas de chuva sobre o solo descoberto, e consequentemente, a degradação da estrutura. O sistema plantio direto contribuiu muito para a redução das práticas mecânicas de contenção das enxurradas, fato incontestável no processo conservacionista. Sem dúvidas, o UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 5 sistema é ideal para as regiões tropicais com chuvas intensas, Entretanto, implantado em solos degradados com camadas de impedimento (pé de arado), tem-se constatado graves problemas de infiltração de água no solo. Considerando a eficácia do sistema plantio direto na redução das perdas de solo, os agricultores na região Norte do Estado, quase na sua totalidade, desmancharam os terraços de suas lavouras, justificado o procedimento pelo aumento na capacidade operativa das máquinas agrícolas e inclusive, semeando no sentido do declive. A inobservância de dois princípios fundamentais do sistema plantio direto como rotação de culturas e formação de palhada para cobertura do solo, não contribuiu para romper a zona de impedimento, “pé de arado”, abaixo da camada arada no sistema convencional, permanecendo lá até o presente. Assim, grandes volumes de água são perdidos por escoamento superficial, carreando consigo altas concentrações de nutrientes e de herbicidas poluindo e contaminando os mananciais. A adoção de novas tecnologias que tenham como princípio a redução do escoamento superficial e, consequentemente, o aumento na infiltração de água no solo vem ao encontro do uso eficiente e manutenção da qualidade dos recursos hídricos no meio rural. Considerando os aspectos abordados, a proposta tem caráter multidisciplinar e interdisciplinar, avaliando a campo e em condições controladas, o impacto da tecnologia do vertical mulching, ecologicamente recomendável, para aumentar a taxa de infiltração de água no solo em sistema plantio direto reduzindo o escoamento superficial. O projeto também avaliará a capacidade da matéria orgânica do vertical mulching adsorver produtos químicos da enxurrada, como herbicidas que podem poluir os mananciais pondo em risco a sustentabilidade dos recursos hídricos. 3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O Rio Grande do Sul, como outros estados do País, situa-se numa posição geográfica altamente susceptível à degradação ambiental quando a cobertura vegetal é removida. As ações antrópicas na ocupação e uso do solo de forma desordenada, tanto em áreas rurais como urbanas, causaram a redução na taxa de infiltração de água no solo e a degradação do ambiente. Como conseqüência, ocorreu: (i) redução no tempo de concentração da água em bacias hidrográficas causando enchentes/alagamentos com poluição ambiental pelo arraste de defensivos agrícolas e herbicidas para os mananciais; (ii) aumento de doenças veiculadas pela água; UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 6 (iii) redução do volume de água armazenado no perfil do solo; (iv) redução na recarga dos aqüíferos subterrâneos e; (v) redução do volume de água em mananciais em períodos de estiagem, causando a falta de água para o abastecimento humano e conflitos pelo uso da água em bacias hidrográficas para uso agrícola. A sustentabilidade dos sistemas de exploração agrícola está diretamente relacionada ao manejo do solo e das culturas e têm como princípio básico, a manutenção e melhoria da estrutura do solo com o objetivo de aumentar a taxa de infiltração de água, reduzindo o escoamento superficial. A estrutura do solo e porosidade drenável são características intrínsecas de cada solo que, muitas vezes, impedem o fluxo de subsuperfície. O vertical mulching poderá ser uma nova técnica no sistema plantio direto, para aumentar o fluxo de subsuperfície evitando-se assim, os picos de descarga, enchentes, erosão do solo, poluição dos mananciais e a sustentabilidade do sistema solo-água-planta-atmosfera, além de, contribuir para a geração de energia elétrica, abastecimento de água potável, navegação, recreação, aquicultura e mesmo para a assimilação e condução de resíduos orgânicos. Dentro dos princípios de conservação do solo e da água, o sistema plantio direto é o que está em maior uso no sul do País. O sistema plantio direto consiste na aplicação de um conjunto de tecnologias, baseada na ausência de preparo e na cobertura permanente do solo (EMBRAPA-CPAO, 1989). Nesse sistema as sementes são depositadas diretamente no solo sem preparo, os resíduos da cultura anterior permanecem na superfície e as plantas daninhas são controladas mediante o uso de herbicidas. O plantio direto, em comparação com outros métodos de preparo do solo, é um dos sistemas em que a energia de impacto das gotas de chuva é amortecida pela camada de cobertura morta que fica na superfície do solo, controlando eficazmente a erosão do solo (DERPSCH et al., 1991). O sistema plantio direto pressupõe a existência de adequada quantidade de palha sobre a superfície do solo. Essa cobertura protege o solo contra o impacto das gotas de chuva, impedindo sua degradação e a formação de camadas compactadas que impedem a infiltração de água. O impacto direto das gotas de chuva sobre a superfície do solo é a principal causa da erosão hídrica (95%) que, associada a força de compactação, pela ação da gravidade, origina crostas superficiais com seus reflexos negativos na infiltração de água e de ar (ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 1985). O sistema plantio direto é eficaz no controle da erosão hídrica. Reduções superiores a 99% e 94%, nas perdas de solo e água, respectivamente, foram obtidas em relação ao solo descoberto (SEGANFREDO et al., 1997). UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 7 LOPES et al. (1987) concluíram que o aumento da percentagem de cobertura morta do solo por resíduos culturais diminuiu acentuadamente a velocidade do escoamento superficial de água, independentemente do tipo de resíduo cultural utilizado. A cobertura do solo por resíduos culturais mostrou-se uma forma simples e eficaz de reduzir a capacidade de transporte dos sedimentos pela enxurrada. O sistema que envolveu pousio no inverno, associado ao plantio direto, segundo ELTZ et al. (1987), foi menos eficiente no controle das perdas de água, reduzindo-as, na média de dois anos, 31% em relação ao solo descoberto. Para ELTZ et al. (1984), a eficiência do plantio direto no controle de perdas de água por erosão precisa ser melhorada com a aplicação de outras práticas que propiciem maior infiltração de água no solo. As perdas por enxurrada incluem não só solo, como também apreciável quantidade de água (BRADY, 1983). Para BERTOL (1995), diferentes tipos de preparo de solo podem apresentar distintas perdas de solo, entretanto podem apresentar perdas de água muito semelhantes. Um dos mais importantes fenômenos na área de conservação do solo é o escoamento superficial, devido aos problemas causados pelo seu deslocamento na superfície do solo. O deslocamento superficial é influenciado por vários fatores. Dentre os fatores climáticos, destaca-se a precipitação com suas duas principais características, intensidade e duração, sendo que quanto maior a intensidade mais facilmente a taxa de infiltração de água no solo é superada, provocando assim, excesso de precipitação que escoará superficialmente. A duração da chuva também é diretamente proporcional ao escoamento superficial, pois à medida que a chuva se prolonga a capacidade de infiltração de água no solo se reduz, favorecendo o escoamento superficial. Infiltração consiste no processo de entrada de água no solo, através de sua superfície (REICHARDT, 1990). A infiltração de água no solo é bastante afetada pelo sistema de manejo do solo. No sistema de manejo plantio direto a palha na superfície do solo protege contra o impacto das gotas de chuva. Como não há desagregação, não há selamento superficial e a água pode infiltrar sem maiores problemas. A palha na superfície do solo ainda aumenta a tortuosidade do fluxo superficial, reduzindo a velocidade de escoamento superficial, tendo mais tempo para infiltrar (ELTZ, 1987). Uma maior infiltração determina um aumento no armazenamento de água no solo, na recarga do lençol freático, na manutenção do regime dos rios e a conseqüente redução do escoamento superficial da água, da erosão do solo, da poluição das águas e das enchentes (ROSA, 1981). A proporção de água da chuva que se infiltra no solo é decisiva para o processo de erosão. Quanto maior for à capacidade de infiltração de água no solo, menor será o escoamento superficial que é considerado o maior responsável pela erosão. UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 8 Dentre os fatores fisiográficos mais importante para o presente estudo está a topografia, que para DENARDIN (1980), determina a forma da superfície sobre a qual a água se precipita. Uma topografia com maior declividade, maior será o escoamento superficial. BERTOL (1995) detectou inícios de enxurrada variando de cinco a sessenta minutos após o início da chuva, em sistemas de manejo de solo com semeadura direta com diferentes doses e tipos de resíduos culturais na superfície do solo. Constata-se que na semeadura direta também ocorrem enxurradas as quais, às vezes, podem ser significantes e apresentarem energia cisalhante suficiente para remover os resíduos culturais da superfície do solo e aumentar a erosão hídrica (BERTOL, 1995). O vertical mulching consiste em substituir parte do solo por material mais poroso que aumenta o fluxo de água para dentro do solo, aumenta o conteúdo de matéria orgânica e melhora a aeração do solo. Para que isto ocorrer é necessário que o referido mulching atinja a superfície do solo ficando em contato com a atmosfera. A abertura de furos no solo e após o seu preenchimento com areia é chamado também de mulching vertical. O uso do mulching vertical tem-se evidenciado altamente significativo no incremento do fluxo de água para dentro do perfil, quando o solo apresenta uma camada compactada logo abaixo da camada arável (pé de arado). Segundo MARGOLIS et al. (1980), trabalhando com milho, verificaram que a redução do escoamento superficial deve-se a maior capacidade de infiltração de água no solo. Observaram também que a fase crítica ocorreu no período de preparo do solo e semeadura, quando o solo encontrava-se praticamente sem cobertura vegetal e as perdas mínimas ocorreram quando a superfície do solo estava coberta com uma camada de material orgânico proveniente dos resíduos da cultura anterior numa densidade de 3,5 t/ha. Este fato evidencia o efeito do mulching pelo decréscimo das perdas de solo e água. NISHIJIMA & RIGHES (1987) estudaram o efeito de cinco sistemas de manejo de solo no escoamento superficial, sob condições de chuva natural. O experimento foi desenvolvido com a cultura do milho em Argissolo vermelho amarelo, unidade de mapeamento São Pedro, com 7% de declividade. Os cinco sistemas de preparo foram: convencional (uma aração e duas gradagens); mulching vertical (sulcos transversais ao declive do solo com 40 cm de profundidade e 15 cm de largura), espaçados de 10 m, e preenchidos manualmente com palha picada; escarificação; cultivo mínimo; e semeadura direta. Os resultados evidenciaram que a semeadura direta e o cultivo mínimo reduziram o escoamento superficial em 81% e 55%, respectivamente, em relação ao preparo convencional. O mulching vertical reduziu o escoamento UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 9 superficial em 52% em relação ao preparo convencional, evidenciando ser uma prática promissora para a redução do escoamento superficial. DOTTO & RIGHES (1989) avaliaram, no período de inverno, o efeito do preparo convencional, vertical mulching e resteva superficial em Argissolo vermelho amarelo, com 7% de declividade, nas perdas de solo e nutrientes por escoamento superficial. As praticas de manejo de solo com resteva superficial e mulching vertical reduziram as perdas totais de matéria orgânica no sedimento carreado de 77% e 60% em relação ao preparo convencional, respectivamente. RIGHES et al (2002), Estudando a aplicação de mulching vertical em sistema plantio direto a cada 5 m e a cada 10 m de espaçamento, com chuva simulada de 111 mm h-1 constataram o controle do escoamento superficial em 73,9 % e 55,3 %, respectivamente, quando comparado com a testemunha. O mulching vertical proporciona ainda um retardamento do início do escoamento superficial. Os pesticidas são produtos químicos orgânicos (sintetizados de extratos de plantas como a nicotina) ou inorgânicos (sintetizados de sais inorgânicos de compostos de arsênio), utilizados no combate às pragas na agricultura. Estes compostos caracterizam-se pela solubilidade, volatilidade e toxidez, e pela capacidade de mutação quando são acumulados em tecidos orgânicos. CASTILHO et al. (1996), em análise de águas, sedimentos de rios e poços artesianos, localizados na bacia do rio Atoya, Chinandega, Nicarágua, constataram uma grande concentração de pesticidas nas águas e nos sedimentos desta bacia, sendo que essa concentração aumentava em período de seca. No organismo humano, os pesticidas podem causar anemia aguda, doenças na estrutura óssea, doenças teratogênicas e embriológicas etc. (MORIFUSA, 1976; ROSER, 1989). Pode-se definir um herbicida como um composto químico que é aplicado em pequenas quantidades e que tem a capacidade de matar ou inibir o crescimento de determinadas plantas. Em muitos casos o herbicida pode exercer esta ação sem afetar as plantas cultivadas. Os produtos fitossanitários geralmente devem ser depositados sobre a superfície de partes vegetais, como ramos, folhas e frutos. Alguns devem permanecer sobre essas superfícies enquanto outros devem ser absorvidos, para atuar no interior dos tecidos. O comportamento de um herbicida no solo merece grande atenção, particularmente no aspecto de efeito residual. O transporte do produto no solo é avaliado com base nos parâmetros mobilidade, adsorsão/dessorção e solubilidade em água. Em relação a persistência do produto, considera-se os mecanismos de degradação biótica (biodegrabilidade no solo) e abiótica (hidrólise e fotólise). A lixiviação do herbicida aplicado é um dos fatores que tem grande UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 10 importância sobre sua duração no solo. Os estudos nessa área são escassos para nossas condições o que é agravado pelo fato de um grande número de novos compostos terem sido introduzidos na agricultura e com uso cada vez mais difundido (SIGNORI et al., 1979). Para SHARON & STEPHESON (1976), estudando a influência da matéria orgânica na adsorsão, mobilidade e fitoxicidade do Metribuzin, mostraram que, com o aumento do conteúdo de matéria orgânica, aumenta a capacidade de sorção do solo, enquanto sua toxicidade decresce. Diversos autores relacionam a alta adsorsão de trifluralin no solo com os conteúdos de matéria orgânica e argila. HOLLIST & FOY (1971) concluíram que o principal papel da matéria orgânica foi reduzir a fitoxicidade do trifluralin. No entanto, a sorção da trifluralin pela argila não é tão efetiva quanto a da matéria orgânica. Quando a matéria orgânica e a argila eram combinadas, agiam sinergicamente, reduzindo a fitotoxicidade do herbicida. WEBER et al. (1974), modificando determinado tipo de solo com acréscimos de matéria orgânica e argila montmorilonita, concluíram que a matéria orgânica aparentemente fixou o trifluralin, decrescendo sua atividade de herbicida, ao passo que a argila não provocou nenhum efeito. Porém, para HELENE et al. (1983), a sorção de metribuzin e trifluralin estavam correlacionadas positivamente com o teor de carbono orgânico dos solos. Trifluralin também apresentou correlação positiva com o teor de nitrogênio. As precipitações pluviais intensas podem arrastar herbicidas mais solúveis para profundidades além daquelas em que atuariam melhor contra sementes e plântulas de espécies daninhas. A partir do início da década de 70, a agricultura brasileira, sofreu drásticas mudanças tecnológicas, com queda acentuada na participação de mão-de-obra, substituída por máquinas e especialmente insumos químicos. Naquele período, o consumo de pesticidas ultrapassou 78.000 toneladas anuais de princípio ativo aplicado, ou aproximadamente 2,5 kg/ha colhido, quadro que tem sido mantido com pequenas oscilações, dependendo do mercado e da economia agrícola. Estudos evidenciam a possibilidade de riscos de contaminação de áreas importantes de recarga de aqüíferos sujeitas ao uso e manejo da agricultura intensiva, podendo implicar em contaminação de águas subterrâneas por pesticidas e nitratos. O uso intensivo de insumos químicos na agricultura tem contribuído para o comprometimento da qualidade das águas superficiais. Outro problema é a concentração de nutrientes em água superficiais. A partir da última década, vêm-se intensificando estudos sobre a influência da estrutura e do manejo de ecossistemas terrestres na concentração de nutrientes nas águas de lagos e rios, em conseqüência da ampliação e da intensificação da agricultura necessária à produção de alimentos para a popu- UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 11 lação crescente. A influência do tipo de vegetação e da quantidade de fertilizantes usados na agricultura sobre a qualidade das águas de rio tem sido bem estudada (SCHELSKE & STOERMER, 1972; McCOOL, 1978; WELLINGS & BELL, 1980; PETERJONH, 1982), sendo recentes as pesquisas sob a influência de características do solo, em termos de composição química (PIERCE, 1982) e em termos do movimento das águas de enxurrada e de percolação lateral (PETERJOHN & CORREL, 1984; LEITE, 1984) e do movimento de águas freáticas (LAWRANCE et al., 1984) na remoção de nutrientes pela drenagem das águas pluviais. Quando se aplica fertilizante nitrogenado a um solo, o nitrogênio pode seguir quatro caminhos diferentes: a) ser perdido por denitrificação (N2) ou por volatilização de NH3, erosão, escoamento superficial, etc; b) permanecer no solo até o final do cultivo; c) ser retirado pela cultura e d) ser lixiviado para a água subterrânea, onde pode vir a ser um poluente. A difusão do nitrato ocorre lentamente no solo sem o apreciável movimento da água. A transferência do nitrato no solo torna-se maior com maior movimento de água (VIETS et al., 1971). Para LIBARDI et al. (1978), do total de nitrogênio percolado, parte vem da matéria orgânica e parte do fertilizante. Segundo ALBERTS et. al. (1978), as perdas de nitrogênio podem ser consideradas muito graves, posto que a maior parte do nitrogênio perdido está combinada com a matéria orgânica, cujos teores são baixos no latossolo vermelho amarelo distrófico. Igualmente, as perdas de nitrogênio analisadas incluem tanto a forma inorgânica quanto a orgânica, sendo essa última uma fonte potencial de nitrogênio, por causa de sua posterior mineralização pela atividade biológica do solo que a transforma em formas disponíveis de amônio e nitrato. GROHMANN & CATANI (1949) encontraram no solo transportado 2,0 vezes mais matéria orgânica, 2,8 mais P2O5, 2,3 mais K2O e 1,9 mais CaO do que no solo original. CASTRO et al. (1986) verificaram que em latossolo roxo ocorreram perdas mais elevadas de nutrientes na enxurrada do que no sedimento; as perdas totais de nutrientes foram proporcionais às perdas de água e de solo; e a concentração dos nutrientes no sedimento independe da quantidade deste, sendo o cálcio o único elemento que apresentou correlação linear significativa para esta relação. As perdas totais de nutrientes foram proporcionais às perdas de solo e de água, sendo que o volume destas perdas está relacionado com o manejo do solo. A concentração média dos elementos no sedimento e na enxurrada não dependem do manejo utilizado, exceto onde se fez a queima da palha, que provocou um enriquecimento do material erodido, especialmente de P e K. Conhecendo-se a composição química de apenas algumas enxurradas e sedimentos, pode-se prever as perdas totais de elementos minerais e matéria orgânica a que está sujeito o solo. UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 12 Para LEITE (1985), há fortes indícios de analogia entre teores de P e K contidos na lixívia do manto detrítico no horizonte A do solo, nas águas de percolação lateral de superfície e nas águas fluviais do ecossistema do Cacau. Os teores de P e K na lixívia do manto e no horizonte A do solo parecem obedecer a uma variação sazonal que é associada a processos de assimilação, retenção e perdas de nutrientes do ecossistema do Cacau. A atividade biológica do manto e do horizonte A pode influir nas perdas de P e K através das águas de percolação lateral, enquanto o uso de fertilizantes pode ser mais uma razão do aumento de K nas águas fluviais, no verão. Para se estabelecer uma avaliação ou monitoramento da qualidade das águas superficiais, torna-se necessário à utilização de métodos simples e que forneçam informações objetivas e que facilite a compreensão do grau de poluição. O uso de índices de qualidade de água pode ser uma alternativa visando resumir as variantes analisadas em um único número, possibilitando analisar a evolução da qualidade da água no tempo e no espaço, facilitando dessa forma, a interpretação de extensas listas de variáveis ou indicadores. Em paises como EUA, Inglaterra e Brasil, para a avaliação da qualidade da água, têm sido usados o Índice de Qualidade de Água desenvolvida pela National Sanitation Foundantion (NSF) (BILICH & LACERDA, 2005). Este índice foi desenvolvido por meio de pesquisa de opinião junto a vários especialistas da área ambiental, que definiram um conjunto de parâmetros considerados mais representativos para a caracterização da qualidade da água (IGAM, 2005). 4 - OBJETIVOS E METAS A SEREM ALCANÇADOS 4.1 – Objetivo Geral Determinar a eficiência do sistema vertical mulching na adsorção de herbicidas e na infiltração e qualidade da água no escoamento superficial em sistema plantio direto. 4.2 - Objetivos Específicos a) Quantificar o impacto da técnica do vertical mulching na infiltração de água com chuva natural em sistema plantio direto em solo franco arenoso; b) Quantificar os elementos do balanço hídrico do solo em função da técnica do vertical mulching e as condições meteorológicas do ambiente; c) Determinar a capacidade do vertical mulching na adsorção de herbicidas aplicados na cultura do milho; d) Determinar o Índice de Qualidade da Água (IQA) do escoamento superficial em função do uso do vertical mulching . UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 13 4.3 - Metas A consecução dos objetivos propostos contribuirá para a sustentabilidade da quantidade, qualidade e disponibilidade da água por meio das seguintes ações: Redução do escoamento superficial; Redução da poluição por herbicidas nos rios contribuindo para a melhoria da qualidade da água; Aumento na taxa de infiltração de água no solo garantindo a manutenção dos recursos hídricos, Maior sustentabilidade das plantas em períodos de estiagem; Espera-se que o vertical mulching possa reter grandes concentrações de herbicidas promovendo o uso eficiente e a manutenção da qualidade dos recursos hídricos no meio rural; 5 - INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO PROGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DO PROJETO Quadro 1 Atividades, indicadores e meios de verificação do progresso técnico-científico. Atividade Indicadores de progresso a) Quantificar a infiltração e o • escoamento superficial de água no solo com a técnica • do vertical mulching em sistema plantio direto. b) Determinar as condições • climáticas da área em estudo. c) Determinar a variação em profundidade do armazenamento hídrico do solo em função do vertical mulching. d) Determinar a capacidade do vertical mulching na retenção de herbicidas aplicados nas culturas; e) Determinar a qualidade da água do escoamento superficial • • • • • Número de chuvas ocorridas com escoamento superficial Volume de água escoado e coletado das parcelas Meios de verificação • Planilha de dados • Número de determinações realizadas. Dados climáticos da estação me- • Planilha de coleta de dados climátiteorológica (chuva, intensidade, temperatura do ar, umidade do cos ar, vento e radiação solar, temperatura do solo) Obtenção do conteúdo de água • Utilização dos dano solo pelo uso do TDR. dos armazenados no data logger. Detecção de herbicidas adsorvidos ao vertical mulching Detecção de herbicidas na água de escoamento superficial Determinações químicas e físicas Índice de qualidade da água (IQA) Dados quantitativos do herbicida em função dos tratamento. • Comparação dos resultados entre os tratamentos. • Dados gerados • UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 14 6 - METODOLOGIA A SER EMPREGADA O projeto será desenvolvido no município de Santa Maria-RS, na Estação Experimental da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária sob a responsabilidade da Instituição executora - Centro Universitário Franciscano – UNIFRA. O experimento será instalado em solo pertencente à unidade de mapeamento São Pedro, classificado como Argissolo vermelho amarelo distrófico. O experimento será conduzido a campo, em parcelas experimentais com chuva natural, com dois tratamentos e três repetições. • Tratamento 1 – Parcela semeada com milho no sistema Plantio direto na resteva de azevém, dessecada com herbicida (testemunha). • Tratamento 2 – Parcela semeada com milho no sistema Plantio direto na resteva de azevém, dessecada com herbicida e com “vertical mulching” a cada 10 m. As parcelas terão as dimensões de 3,5m de largura por 22m de comprimento, perfazendo uma área de 77,0 m2, que serão instaladas em solo franco com aproximadamente 7% de declividade. Para manter a enxurrada na parcela, de forma que o fluxo de superfície não seja deslocado para outras parcelas, estas serão delimitadas por chapas de aço galvanizadas que serão introduzidas no solo, até a profundidade de 10 cm. Na parte inferior das parcelas serão instaladas calhas coletoras de enxurrada, conforme Figura 1. 0,40 FIGURA 1. Perspectiva e planta baixa da calha coletora de enxurrada. Os sulcos para o vertical mulching, com as dimensões de 0,08 m de largura por 0,40 m de profundidade, serão abertos, perpendicularmente ao declive, por uma valetadeira rotativa, produzida pela SEMEATO S.A. Indústria e Comércio e utilizada para drenagem em solos de várzeas. Os sulcos serão preenchidos com palha e compactados o suficiente para evitar o colapso das paredes do sulco, conforme pode ser visualizado na Figura 2. Para evitar o deslocamento transversal da água no sulco do vertical mulching entre os parcelas e blocos, placas de chapa galvanizadas de (0,60 x 0,40m) serão introduzidas no solo nas laterais das parcelas, perpendicularmente ao sulco. UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 3,5 m 15 3,5 m 10 m 22m 0,08 m 10m 2m 0,40 m FIGURA 2. Parcelas experimentais: com a localização do mulching vertical no espaçamento de 10 m entre sulcos e a testemunha. 6.1 - Determinações físicas e hídricas do solo O solo será caracterizado fisicamente em termos de densidade do solo, utilizando-se anéis volumétricos (cilindros de Uhland), Densidade de partículas pelo método do balão volumétrico e a macro e microporosidade determinadas em mesa de tensão. As amostras serão coletadas na parte média de cada horizonte até a profundidade de 0,80 m no perfil. As determinações dos parâmetros citados seguirão as metodologias descritas por CAUDURO & DORFMAN (1986). 6.1.1. Conteúdo de água no perfil do solo O perfil de armazenamento de água no solo será determinado até a profundidade de 0,80 m (Em camadas de aproximadamente 0 a 0,20 m; 0,20 a 0,40 m e 0,40 a 0,80 m, dependendo da espessura dos horizontes). Para evitar alterações na estrutura do solo como perfurações com trados para a coleta de amostras, que possam interferir no processo de infiltração de água nas parcelas, o conteúdo de água será monitorado pelo método não destrutivo usando o TDR (Time Domain Reflectometry). O TDR será conectado a multiplexadores que conectarão UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 16 o equipamento aos sensores instalados nos diferentes tratamentos, blocos e profundidades de controle. Os valores obtidos em cada determinação realizadas três vezes ao dia, serão armazenados em data logger para calcular a variação do armazenamento de água nas diferentes camadas de solo e o balanço hídrico. O TDR será alimentado por uma bateria de 12 Volts, cuja carga será mantida por painel solar de 21 watts com regulador de voltagem. Visando avaliar com maior precisão o movimento da água no solo, será instalado um sistema eletrônico que diminua o intervalo de tempo para aquisição de dados para 30 segundos, quando inicia a chuva esse procedimento será realizado por meio do pluviômetro da estação meteorológica eletrônica total, que enviará um sinal ao data logger reduzindo o intervalo de gravações. Assim que tenha iniciado a chuva, a cada 30 segundos os dados serão gravados. Esse procedimento permitirá determinar o avanço da água no solo a partir do início da chuva e o efeito do vertical mulching no armazenamento de água no solo. O retorno às condições anteriores ocorrerá no momento em que o pluviômetro não registrar mais chuva por um período de 2 horas (evitando assim o acumulo e registro de dados constantes no data logger em períodos sem chuva). 6.1.2. Escoamento superficial O escoamento superficial de cada parcela será coletado e quantificado conforme metodologia descrita por COGO (1978). O escoamento (enxurrada) será coletado por calhas coletoras, contendo uma tela cobrindo toda a extensão de coleta para evitar que fragmentos orgânicos carreados pela enxurrada venham interferir na quantificação do escoamento superficial. Considerando o tamanho das unidades experimentais e a possibilidade de ocorrência de chuvas intensas e o volume escoado ser muito grande, o escoamento será dividido em seis frações idênticas por um divisor Giber. Uma das frações será direcionada para um reservatório de fibra de vidro de 500 L para a quantificação do volume escoado e determinações químicas. Os valores correspondentes aos volumes escoados de cada parcela serão determinados sempre que houver precipitação natural com escoamento superficial. 6.1.3. Volume de água infiltrado no solo Para determinar o volume de água infiltrado no solo torna-se necessário determinar a quantidade e a intensidade da precipitação. Para tal, será utilizado uma estação meteorológica UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 17 eletrônica total. O pluviômetro eletrônico será conectado ao data logger o qual fará o armazenamento dos dados em função do tempo. O cálculo será realizado pela equação: Volume infiltrado = P- Es (2) sendo: P = precipitação e Es = Escoamento superficial 6.2 - Balanço hídrico De posse dos dados de precipitação, escoamento superficial e variação do armazenamento de água no solo, obtido pelo TDR, será possível determinar o balanço hídrico em cada tratamento durante o período de desenvolvimento do trabalho. 6.3 - Balanço térmico Variações no conteúdo de água no solo podem afetar a difusão térmica no solo e conseqüentemente influenciar no aumento da temperatura do ar. A variação temporal e espacial da temperatura do solo será monitorada por sensores instalados em quatro profundidades: 5, 10, 20 e 30 cm, em duas parcelas com três repetições. Serão instalados 24 sensores com conversor para comunicação do painel de instrumentos com computador e software de supervisão. A temperatura do ar será monitorada pela Estação Meteorológica Automática. 6.4 - Determinações meteorológicas As disponibilidades micrometeorológicas serão determinadas pela estação meteorológica automática. Os dados registrados serão: temperatura do ar, umidade do ar, chuva, radiação solar global e direção e velocidade do vento. A estação será instalada ao lado das parcelas experimentais. 6.5 - Concentração de herbicidas 6.5.1 Experimento de campo em parcelas experimentais As concentrações de sedimentos: material sólido (areia, silte e argila) serão determinadas em uma das 6 frações da água do escoamento superficial obtidos pelo divisor Giber instalado no final das parcelas e armazenada no reservatório. Após cada chuva, a água e os sedimentos serão homogeneizados e coletados duas amostras (i) para determinar a concentração de sedimentos e a outra (ii) para as análises químicas. As amostras serão acondicionadas em UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 18 frascos de polietileno, estabilizadas quimicamente e congeladas até a realização das análises de acordo com a metodologia da CETESB (1989). Para não haver contaminação, os frascos serão lavados previamente com solução aquosa de Extran® alcalino 5% (v/v), enxaguando com água corrente, água deionizada e álcool etílico comum, antes de serem usados na coleta das amostras. O preparo das amostras de água será utilizado Extração em Fase Sólida (SPE) por ser uma ferramenta muito empregada para a extração e/ou pré-concentração de analitos. O procedimento emprega adsorventes recheados em cartuchos de polipropileno contendo cerca de 50 a 500 mg de adsorvente, com 46-60 µm de tamanho de partículas, fixado no tubo através de dois filtros (Figura 3). Na SPE a solução contendo o analito de interesse é colocada no topo de um cartucho e aspirada com pequeno vácuo, percolando no cartucho. Depois de drenada toda a fase líquida, o analito (triazina) retido no cartucho é eluído com um pequeno volume de solvente, que é injetado no cromatógrafo. Polipropileno Reservatório Disco de polietileno (20µm) Adsorvente Disco de polietileno (20µm) Figura 3. Modelo do cartucho SPE Para a análise de herbicidas primeiramente faz-se um condicionamento da SPE com 3 mL de metanol, 3 mL de água Milli-Q para retirar o excesso de metanol e 3 mL de água MilliQ pH 2,0. A solução (100 mL de água do escoamento superficial pH 2,0 com ácido fosfórico 1:1, v/v) contendo os analitos de interesse é percolada através do sorvente à uma vazão de 5 mL min-1 sob vácuo. Após a etapa de pré-concentração passa-se 3 mL de água desionizada para minimizar substâncias interferentes solúveis na mesma, seguida de vácuo por 15 minutos. Na seqüência, faz-se a eluição dos analitos retidos na C18 utilizando-se 2 alíquotas de 1,0 mL da mistura diclorometano:metanol (65:35, v/v). Recolhe-se o analito em tubo de ensaio e UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 19 reduz-se o volume até secura com auxílio de N2. Para a análise via HPLC-DAD será feita a redissolução em 500 µL da fase móvel, resultando em um fator de pré-concentração de 200 vezes. Para executar o monitoramento e avaliação dos herbicidas nas amostras de água será utilizada a técnica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC), com detector DAD (arranjo de diodos), nas condições apresentadas no Quadro 2. Quadro 2. Condições cromatográficas utilizadas para a quantificação das Triazinas por HPLCDAD. Coluna analítica Synergi 4 µ Fusion RP-80 C18 (250 × 4,6 mm, 4 µm) Fase móvel Acetonitrila:Água (55:45, v/v), ajustada a pH 3,0 com H3PO4 (1:1, v/v) Vazão da fase móvel 0,8 mL min-1 Pressão 160 atm Detector Por arranjo de diodos, monitorando em 254 nm para imazetapir e em 247 nm para bispiribaque-sódico e pirazossufurom etílico Alça de injeção 20 µL Terceirização: As análises de herbicidas serão realizadas por terceiros no (LARP: Laboratório de Análise de Pesticidas, Departamento de Química da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM) que dispõe do equipamento HPLC. Considerando o custo do equipamento, não se justificaria sua aquisição para realizar as determinações programadas. A qualidade da água coletada das parcelas será comparada com a qualidade da água da chuva que será coletada na saída do pluviômetro. As determinações serão realizadas tendo como base a Portaria nº 1.469, de 29 de dezembro de 2000 (republicada no DOU nº 38 – E de 22/02/2001, seção 1, pág. 39) do Ministério da Saúde, que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de portabilidade. Os itens que serão avaliados são especificados no Quadro 3. 6.5.2 Experimento Controlado Para avaliar com maior precisão a capacidade de adsorção de herbicidas pelo vertical mulching em sistema plantio direto será reproduzida e instalada junto às parcelas experimentais a campo, uma fração do experimento com o vertical mulching em condições controladas. Para tal, serão utilizados reservatório (caixa d’água) em fibra de vidro de 250L conforme figura 4. UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 20 Vertical mulching Bidin Brita Dreno a) Com vertical mulching b) Sem vertical mulching Figura 4. Unidades experimentais para avaliar a capacidade de adsorção do herbicida pelo vertical mulching em sistema plantio direto. As unidades controladas serão submetidas às mesmas condições climáticas, de manejo e procedimentos que serão realizados nas parcelas experimentais a campo. Para avaliar a capacidade de adsorção do herbicida pelo vertical mulching serão testados cinco tratamentos: T0 = testemunha sem mulching e sem herbicida; T2 = Com mulching e sem herbicida; T3 = Com mulching e a dose de herbicida recomendada; T4= Com mulching e o dobro da dose de herbicida recomendada; T5 = Com mulching e quatro vezes a dose de herbicida recomendada. Após aplicação do herbicida os volumes drenados das caixas serão coletados e serão analisadas as concentrações do herbicida em função do tempo, usando o equipamento HPLC. O delineamento experimental será inteiramente casualizado com duas repetições. 6.6 Determinação do índice de qualidade da água do escoamento superficial Para a determinação do índice de qualidade da água do escoamento superficial será utilizado o ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA desenvolvido pelo National Sanitation Foundantion (NSF). O IQA-NSF é calculado por meio de uma Equação [1] que utiliza parâmetros de qualidade da água que representam suas características físico-químicas e biológicas determinadas por meio das metodologias descritas no AWWA (1995), com seus respectivos pesos conforme Quadro 3 (IGAM, 2005). 9 IQA=∏q iwi (1) i=1 sendo IQA o Índice de Qualidade de Água, variando de 0 a 100; qi a qualidade do parâmetro e; wi o peso atribuído ao parâmetro, em função de sua importância na qualidade, entre 0 e 1. UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 21 Quadro 3. Parâmetros de qualidade da água e respectiva importância (Peso-wi). Parâmetro Oxigênio dissolvido – OD (%ODSat) Coliformes fecais (NMP/mL) pH Demanda bioquímica de oxigênio – DBO (mg/L) Nitratos (mg/L NO3) Fósforo (mg/L P) Variação na temperatura (°C) Turbidez (UNT) Resíduos totais fixos (mg/L) Peso - wi 0,17 0,15 0,12 0,10 0,10 0,10 0,10 0,08 0,08 Fonte: IGAM (2005) A partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas de escoamento superficial, que é definido pelo IQA, variando numa escala de 0 a 100, conforme a Quadro 4 (IGAM, 2005). Quadro 4 - Nível de Qualidade. Nível de Qualidade Excelente Bom Médio Ruim Muito Ruim Faixa 90 < IQA ≤100 70 < IQA ≤90 50 < IQA ≤70 25 < IQA ≤50 0 < IQA ≤25 Fonte: IGAM (2005) 6.7 - Determinações fenométricas Em cada tratamento serão analisados os componentes do rendimento da cultura do milho: rendimento de grãos e altura de plantas, conforme HANWAY (1963) e BERTO (1992), com o objetivo de avaliar o efeito dos tratamentos sobre a cultura, principalmente em relação ao conteúdo de água no solo. 6.8 - Delineamento experimental e análise estatística No experimento a campo com parcelas será feita a análise da variância pelo delineamento em blocos ao acaso com dois tratamentos e três repetições. As diferenças entre as mé- UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 22 dias dos tratamentos serão analisadas pelo teste de Duncan com probabilidade de erro de 5%. O experimento em condições controladas será analisado pelo delineamento completamente casualizado, comparando os tratamentos com mulching com a testemunha, usando o teste de Schefeè. Para avaliar o comportamento das doses do herbicida em relação à adsorção será ajustado um modelo matemático que descreva esse comportamento. 7 - PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS OU TECNOLÓGICAS ESPERADAS DA PROPOSTA A consecução dos objetivos propostos, a médio e longo prazo, com a adoção da técnica do vertical mulching em bacias hidrográficas contribuirá para o desenvolvimento agrícola, contribuindo para: Espera-se que a matéria orgânica do vertical mulching possa adsorver parte dos herbicidas contidos no escoamento superficial no sistema plantio direto reduzindo a poluição química dos corpos d’água contribuindo para a melhoria da qualidade da água potável utilizada nas zonas rurais e urbanas e, portanto, melhorando a qualidade de vida das comunidades; aumento no tempo de concentração da água em bacias hidrográficas que adotarem o vertical mulching reduzindo as enchentes e os freqüentes alagamentos decorrentes das grandes amplitudes de vazões em cursos d’água; redução do volume de água no escoamento superficial com aumento na taxa de infiltração de água no solo, recuperando, a longo prazo, nascentes e a perenidade de rios/riachos. em períodos de estiagem estabilizar as vazões, de riachos especialmente no verão quando mais se necessita de água; maior sustentabilidade das culturas agrícolas de subsistência a deficiência hídrica em períodos de estiagem pelo maior volume de água infiltrado no solo; integrar as ações de diferentes instituições (UNIFRA, FEPAGRO e Comitê de Bacias Hidrográficas) para o melhor uso, manejo, conservação e sustentabilidade do recurso água. Estimular os empreendedores de indústrias de máquinas agrícolas para o desenvolvimento de uma máquina eficiente que em uma única passada abra o sulco e coloque a palha. UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 23 8 - ORÇAMENTO DETALHADO DA PROPOSTA Os quadros com o orçamento detalhado do projeto com a discriminação e justificativa dos gastos nas diferentes rubricas são apresentados a seguir: QUADRO 3. Material Bibliográfico. Discriminação e justificativa de uso Material bibliográfico sobre infiltração de água no solo Livros sobre mobilidade de herbicidas no solo Livros sobre efeitos atmosféricos na degradação de elementos químicos usados na agricultura Unidade (un) Quantidade (n°) Valor Unitário (R$) Valor total (R$) und vários -- 200,00 und vários -- 200,00 und vários -- 200,00 Total R$ 600,00 QUADRO 4. Diárias Discriminação e justificativa de uso Diárias para apresentação de trabalhos em congressos (3 pesquisadores x 4 dias) Unidade (un) Quantidade (n°) und 12 Valor Unitário (R$) Valor total (R$) 187,83 2.254,00 Total 2.254,00 Valor Unitário (R$) 690,00 Total Valor total (R$) QUADRO 5. Passagens Discriminação e justificativa de uso Passagens (3 pessoas) Centro do País Unidade (un) Quantidade (n°) und 03 2.070,00 2.070,00 UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 24 QUADRO 6. Material de consumo Discriminação e justificativa de uso Combustível para deslocamento: Sta. MariaDistrito de Boca do Monte (Fepagro) – Santa Maria (20Km+20Km+5Km desl. = 45Km) x 72 viagens em 2 anos. = 3.240Km Sementes, adubos e herbicidas Anéis p/ extrator de UHLAND para a caracterização física do solo Vasilhame plástico (1,0 litro) para a coleta de água da enxurrada (determinações químicas) Baterías de 12 V. (P alimentação do /data logger e outra para o TDR). Cabo coaxial para conexão do TDR-RG58 Reservatório de fibra de vidro com capacidade de 500 litros p/ coleta do escoamento superficial das 6 parcelas com registros de esferas, flanges e conexões. Reservatório de fibra de vidro com capacidade de 250 litros p/o experimento em condições controladas de adsorção de herbicidas pelo vertical mulching, com registros de esferas, flanges e conexões Calha coletora do escoamento superficial das parcelas, em chapa de ferro pintada com proteção para chuva direta. Tubo de PVC de 60mm x 6 m para conduzir a enxurrada ao divisor Giber e reservatório. Tubos de PVC rígido de 1,5” x 6m para a saída de água das caixas coletoras Material para identificação e demarcação das parcelas nos experimentos Chapas galvanizadas (nº14 - 20 cm x 200cm x 295m) com borda dobrada para a divisão das parcelas experimentais. Reagentes químicos Vidrarias e outros materiais de laboratório Tela (malha 5 cm x 1,30m altura) para proteger a área experimental do ataque de animais (cerca). Arame, pregos, escoras, grampos Moirões para a cerca (2,0 m) Cabo para extensão com tomada Unidade (un) Litros Quantidade (n°) 324 Valor Unitário (R$) 2,70 Valor total (R$) 874,80 -- Vários 950,00 Un. 100 14,50 1.450,00 Un. 200 1,00 200,00 Un 2 200,00 400,00 m 197 3,60 709,20 Un 6 243,00 1.458,00 Un 10 198,00 1.980,00 Un 6 490,00 2.940,00 Un. 6 60,00 360,00 Un 3 34,00 102,00 -- Vários Chapa 2x1m 28 -----m und und m 220,00 150,00 4.200,00 Vários Vários 100 2.900,00 1.500,00 8,80 2.900,00 1.500,00 880,00 vários 48 100 438,00 15,00 2,00 Subtotal (a) 438,00 720,00 200,00 22.482,00 UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 25 QUADRO 7. Serviços de Terceiros Pessoa Física Discriminação Serviço para construção de cerca de tela para isolamento das parcelas e instalação de portão. Mão de obra, escavação do solo para instalação dos reservatórios de fibra de vidro e preenchimento dos sulcos do vertical mulching com palha. Unidade (un) Quantidade (n°) Valor Valor total Unitário (R$) (R$) Un 1 400,00 400,00 und 01 800,00 800,00 Total 1200,00 QUADRO 8. Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica. Discriminação Serviço de transporte do material técnico: Sta. Maria - Distrito de Boca do Monte (Fepagro) - Sta. Maria Impressão de Boletim Técnico para divulgação dos resultados em eventos (Dia de Campo). Manutenção e reparos de equipamentos Confecção de tela tipo otis, rígida de malha (2,5 x 2,5cm) para impedir entrada de fragmentos na calha coletora do escoamento superficial. Confecção do divisor de água para coleta de amostras e determinação da vazão (divisor Giber c/ 6 divisões). Taxas alfandegárias, transporte, desembaraço e despesas da importação de equipamentos Análise de herbicidas em laboratório (externo) com uso de HPLC. Parcelas (4 estações/ano x 2 Trat x 3 rep = 24) Caixas(4 coletas x 5 trat. x 2 rep =40) Construção de um portão em ferro (1mx 1,5m) com dobradiças e fecho Placa em chapa de ferro pintada com suporte para identificação do experimento e da Agência Financiadora (CNPq) tamanho (2 x 1 m) Unidade (un) Quantidade (n°) Viagem 2 un 1000 Vários Valor Unitário (R$) Valor total (R$) 100,00 200,00 0,98 980,00 2.500,00 2.500,00 m2 5 20,00 100,00 und 6 290,00 1.740,00 - - - 5.150,00 und 64 150,00 9.600,00 und 01 148,00 148,00 und 1 520,00 520,00 Subtotal (c) 20.938,00 UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 26 QUADRO 9. Material Permanente. Discriminação e justificativa de uso Extrator de UHLAND para a coleta das amostras de solo não deformadas (determinações físicas). Placa Solar 21 Watts manter a carga na bateria, com regulador de voltagem. Time Domain Reflectometer –TDR para determinação do conteúdo de água no solo. Sensores com hastes com três profundidades para o monitoramento do conteúdo de água com o TDR.(3 prof x 2 Tratamentos x 3 Rep) = 18 Multiplexador com suporte para fixação e conexão do data logger aos pontos de medição. Data logger CR1000 (2MB) P/ registro dos dados do TDR Caixa selada para instalação do TDR , Data Logger e Multiplexadores Estação Meteorológica Automática Completa + Softwares Sensores de temperatura com conversor para comunicação do painel de instrumentos com o data logger. Um notebook Pentium Intel Core Duo 2GB , HD 160 Tela 14.1” para coletar e trabalhar os dados do data logger com maleta e mouse externo. Maquina costal, manual para aplicação de herbicidas. Conversão: US$ 1,00 = R$ 1,788 Un Quant. (n°) Valor Unitário un. 01 1.300,00 1.300,00 0,00 und 01 990,00 990,00 0,00 und 01 US$ 4.386,00 0,00 4.386,00 und 18 US$ 99,50 0,00 1.791,00 und 4 US$ 735,00 0,00 2.940,00 und 02 US$ 1.620,00 0,00 3.240,00 und 01 US$ 315,00 0,00 315,00 01 US$ 8.662,00 0,00 8.662,00 und 24 5.400,00 5.400,00 0,00 un 01 3.125,00 3.125,00 0,00 und 01 450,00 450,00 0,00 Subtotal (b) 11.265,00 21.334,00 Valor R$ 11.265,00 38.145,00 und TOTAL R$ Valor total REAIS US$ 49.410,00 UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 27 Quadro 10. Orçamento global do projeto e valor solicitado ao CNPq ELEMENTO DE DESPESA Reais (R$) Material Bibliográfico Diárias Passagens Material de consumo Serviços de Terceiros Pessoa Física Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica Material Permanente nacional Material Permanente Importado Valor total solicitado ao CNPq R$ 600,00 2.254,00 2.070,00 22.482,00 1.200,00 20.938,00 11.265,00 38.145,00 98.954,00 9 - CRONOGRAMA FÍSICO E FINANCEIRO 9.1 Cronograma físico Quadro 5 Cronograma físico de execução do projeto com o tempo em mêses Tempo em meses Atividades Ano 1 a) Reunião da equipe técX nica do projeto b) Importação de equipaX X X mentos c) Instalação do experiX X X mento e equipamentos d) Quantificar a infiltração e o escoamento superX X X X ficial de água no solo e) Determinar as condições climáticas do local X X X X de estudo f) Determinar a variação do armazenamento hídrico X X X do solo. g) Determinar a capacidade do vertical mulching na X retenção de herbicidas aplicados nas culturas; h) Determinar a qualidade da água do escoamento X X X superficial das parcelas e do experimento paralelo i) Digitação dos dados X j) Análise estatística k) Relatório final e publicações Ano 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 28 9.2 Cronograma Financeiro Elemento de despesa 1º Parcela (Início do projeto) Custeio Material Permanente Sub-Total Total geral 1.200,00 46.000,00 47.200,00 2ºParcela (1º trimestre: 3 meses após o início do projeto ) 48.344,00 3.410,00 51.754,00 98.954,00 10 - IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA, COLABORADORES E DEMAIS PARCERIAS NO PROJETO A equipe técnica, titulação, função e contrapartida institucional em pessoal é apresentada no Quadro 13. Quadro 13 Equipe técnica, titulação, função, horas dedicadas ao projeto. NOME TÍTULO Valor Horas FUNÇÃO/ EspeciaHora Sem Mês lidade (R$) Valor para os 24 meses (R$) DA UNIFRA Afranio Almir Righes Galileo Adeli Buriol Rodrigo Ferreira da Silva Sergio Roberto Mortari Pedro Daniel da Cunha Kemerich Valduino Estefanel Ph.D Coordenador Iowa State Engª de água e University solo EUA Dr Pesquisador Paris-VII Climatologia França Dr. Pesquisador UFSM Solos Dr. Pesquisador PUC-RJ Química Analítica Mestrando Pesquisador UFSM Qualidade da água MS Pesquisador ESALQ-USP Estatística 4 16 32,16 12.349,44 2 8 40,10 7.699,20 2 8 24,53 4.709,76 2 8 32,16 6.174,72 2 8 18,43 3.538,56 2 8 25,51 4.897,92 Contrapartida em recursos humanos da UNIFRA Total (R$) 39.369,60 ENTIDADES PARTICIPANTES FEPAGRO Comitê da Bacia Hidrográfica dos rios Vacacaí e Vacacaí Mirim Engº Florestal Fabio Saidelles Colaborador 1 4 20,00 1.920,00 Engº Civil - Sergio Antônio Martini Colaborador 1 4 20,00 1.920,00 Total parcial 3.840,00 TOTAL EM RECURSOS HUMANOS (R$) 43.209,60 UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 29 11 - DISPONIBILIDADE DE INFRA-ESTRUTURA BÁSICA E DE APOIO TÉCNICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO A UNIFRA colocará a disposição do projeto sua infra-estrutura como: salas de aula, laboratórios equipamentos, biblioteca central, centro de processamento de dados, computadores (“main frame”, programas básicos e suporte técnico), necessários para o desenvolvimento do projeto. QUADRO 14. Material Permanente (CONTRAPARTIDA - UNIFRA) Discriminação Laboratório de Química Analítica (balanças analíticas, estufas, banho de ultra-som, destilador/desionizador de água, mantas e chapas de aquecimento, vidrarias, etc) Laboratório de Análise Instrumental (Espectrofotômetro de IV, Espectrofotômetro de UV-VIS, fotômetro de chama, colorímetro, eletrodos íons seletivos, peagâmetro, balança analítica, etc) Laboratório de Solos (estufas, balança analítica, chapa de aquecimento, infravermelho para determinação de umidade, moinhos, bloco digestor, fotômetro de chama, Espectrofotômetro Vis, prensa elétrica.) Laboratório de microbiologia ambiental (autoclave, forno de pasteur, incubadora para DBO, geladeira, centrífuga, microscópios, destiladores Kjedhal para nitrogênio, forno de microondas). Laboratório de Climatologia e Hidrologia (radiômetro, heliógrafo, albedômetro, geotermômetros, termo hidrógrafo, barômetro, pluviômetro, pluviógrafo eletrônico, evaporímetro, computadores, etc) Rede de Informática (computadores, programas, suporte técnico, e rede Internet) Software, programas, scaners, (aplicáveis ao projeto) Biblioteca Central (39.000 títulos: livros, periódicos, CD-ROM) Considerando 900 títulos específicos relacionados ao tema Infra-estrutura de apoio Salas com mobiliário para a secretaria, reuniões da equipe técnica e coordenação do projeto. Total da contrapartida da UNIFRA em equipamentos em (R$) Valor total (R$) 20.000,00 50.000,00 20.000,00 18.000,00 28.000,00 20.000,00 8.000,00 13.000,00 2.400,00 1.200,00 180.600,00 12 - EXISTÊNCIA DE FINANCIAMENTO DE OUTRAS FONTES OU SOLICITAÇÃO EM CURSO: O projeto não será encaminhado a outras Agências de Fomento. UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 30 13 - ENVOLVIMENTO DO COORDENADOR E/OU DE SUA INSTITUIÇÃO COM PROJETOS EM EXECUÇÃO NO PAÍS RELACIONADOS COM OS OBJETIVOS DESTA PROPOSTA: A seguir são apresentados alguns projetos relacionados com os objetivos da proposta: 13. 13.1 - Controle da enxurrada em microbacia no sistema plantio direto Coordenador do projeto: Prof. Afranio Almir Righes Projeto Integrado Financiado pelo CT-Hidro CNPq Resumo Com o uso do sistema plantio direto, as perdas de solo por erosão foram praticamente controladas. Manter a superfície do solo com cobertura vegetal foi tão importante no controle da erosão hídrica, que os agricultores passaram a retirar os terraços, sem problemas significativos de perdas de solo por erosão. Entretanto, a retirada dos terraços tem provocado um significativo fluxo de água sobre a superfície do solo, agravada pela falta de técnica conservacionista de realizar a semeadura em curva de nível. O tráfego de máquinas pesadas nas operações de colheita e de outras atividades de deslocamento sobre o solo tem contribuído para a compactação do mesmo, reduzindo a taxa de infiltração, causando perdas de água por escoamento superficial. Considerando a consolidação do sistema plantio direto (PD) na região do Rio Grande do Sul, e a demanda por tecnologias que permitam a sustentabilidade da exploração agrícola, o aumento da eficiência do uso da água, bem como a preservação do meio ambiente. O projeto propõe uma inovação tecnológica do sistema agrícola, através do uso do vertical mulching para reduzir o escoamento superficial. Efeito do mulching vertical no escoamento superficial em sistema de cultivo convencional, cultivo reduzido e plantio direto (Trabalho de Dissertação meu orientado na UFSM). 13.2 - Nutrientes na água do escoamento superficial em sistema plantio di direto com mulching ver vertical Coordenador do projeto: Prof. Afranio Almir Righes Financiado pelo CT-Hidro CNPq Resumo Os principais poluentes de mananciais hídricos nas áreas rurais são: matéria orgânica, sedimentos e nutrientes transportados principalmente pelo escoamento superficial da água oriunda das terras cultivadas. Devido a esse fato, faz-se necessário o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias que reduzam tais descargas de resíduos indesejáveis, mais precisamente alguns nutrientes considerados importantes nesse processo, como nitrogênio, fósforo, potássio e o carbono orgânico, que foram analisados neste trabalho. Esse experimento foi conduzido na área experimental da Embrapa, Passo Fundo-RS, com o objetivo de avaliar as perdas de nutrientes na água do escoamento superficial com o uso do vertical mulching em sistema plantio direto sob diferentes intensidades de chuva simulada de forma a promover o manejo sustentável das culturas, bem como, proporcionar alternativas na adoção de sistemas conservacionistas pelos produtores, visando à redução do impacto ambiental dos nutrientes na UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 31 poluição dos mananciais hídricos. Os tratamentos constituíram-se de parcelas sem vertical mulching, vertical mulching a cada 10 metros e a cada 5 metros, em solo argiloso (Passo Fundo) com sistema plantio direto a treze anos. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com três repetições. Simularam-se chuvas com intensidades de precipitação de 70 e 106 mm h-1, durante a fase inicial de desenvolvimento do trigo e, posteriormente, da soja. Os volumes totais do escoamento superficial para os tratamentos com mulching vertical a cada 10 e 5 m, nas duas épocas, não diferem entre si, entretanto reduzem entre 49,6 e 67,1 %, em relação ao tratamento sem mulching vertical. As concentrações de nutrientes na enxurrada não apresentam diferença significativa em relação aos tratamentos. As perdas totais de nutrientes em ordem decrescente são: carbono orgânico, potássio, nitrogênio total e fósforo, estando diretamente relacionados aos volumes de água do escoamento superficial acumulado de cada tratamento. 13.3 - Estudo Estudo temporal e espacial das chuvas na bacia hidrográfica do rio Vaca acacaí Mirim Galileo Adeli Buriol Alexancre Swarowsky Valduíno Estefanel Afranio Almir Righes Resumo O objetivo do projeto é quantificar a disponibilidade temporal e espacial das chuvas na bacia hidrográfica do rio Vacacai Mirin, estado do Rio Grande do Sul. Serão utilizados os dados de chuvas mensais das estações meteorológicas situados na bacia hidrográfica e próxima a elas. Coletar-se-ao os dados do período compreendido desde a instalação de cada estação meteorológica até o ano de 2009. Com os dados das chuvas e da área da abacia hidrográfica serão traçadas as isoietas e calculado volume de área disponível na área da bacia hidrográfica. 13.4 - Estudo da precipitação, evaporação, vazão e balanço hídrico de uma micr microicrobacia hidrográfica urbana urbana de Santa Maria – RS. Galileo Adeli Buriol Afrânio Almir Righes Rafael Cabral Cruz Alexandre Swarowsky Resumo O trabalho tem por objetivo determinar a chuva, evaporação, e a vazão d’água numa Microbacia Hidrográfica Urbana, que tem sua nascente na parte central na cidade de Santa Maria – RS e a partir destes dados calcular o balanço hídrico de sua área. Nesta bacia hidrográfica ocorre frequentemente inundações, erosão, desmoronamento de taludes e invasão de residências pelas águas. A partir dos dados obtidos, buscar-se-á alternativas para a minimização dos problemas causados pelas cheias nesta área. UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 32 13.5 - Projeto bacia escola urbana da UNIFRA a) Projeto Bacia Escola: UNIFRA-UFSM /Prefeitura SM (Financiado p/ CT-Hidro) Instalado em uma bacia hidrográfica (Bacia-escola da UNIFRA) com características intensamente urbanas, com ênfase no estudo das relações entre o uso-manejo e conservação da água. Serve também, como suporte à tomada de decisões permitindo a simulação de cenários para o planejamento urbano, educação ambiental e treinamento de gestores ambientais. Tem como objetivos específicos: determinar a disponibilidade de água na bacia; avaliar a qualidade dos corpos d’água da bacia escola; determinar as fontes potenciais de contaminação da água e do solo; sensibilizar a comunidade para as questões ambientais, visando o uso o manejo e a conservação dos recursos hídricos. b) Projeto Tec-Água: Tecnologias para a sustentabilidade da água em zonas rurais e urbanas em Santa Maria – RS (Projeto financiado pelo CTHidro em fase de conclusão) Sensibilizar a comunidade para o uso de técnicas ecologicamente conservacionistas que aumentem a infiltração de água no solo em áreas rurais e urbanas, reduzindo o escoamento superficial e consequentemente a poluição ambiental, contribuindo para o melhor uso, manejo e conservação da água para o desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida da comunidade. (Projeto integrado UFSM-UNIFRA), tendo como objetivos específicos: capacitar professores que atuam em escolas do ensino fundamental em zonas urbanas e rurais da região de abrangência da UNIFRA para a adoção de tecnologias ecologicamente conservacionistas que aumentem a infiltração de água no solo; desenvolver projetos e instalar sistema de coleta e armazenamento da água da chuva em escolas e associações comunitárias carentes, visando reduzir o pico descarga para os coletores fluviais, amenizando as enchentes em zonas urbanas e conservando água para usos diversos como: irrigação de pequenas hortas, lavagens em geral e outros usos que não necessitam de água potável; monitorar, em diferentes estações do ano o volume e a qualidade física, química e biológica da água coletada; UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 33 desenvolver junto às comunidades campanhas de mobilização social com ações de: educação em saúde, prevenção de doenças veiculadas pela água e redução do desperdício visando o melhor aproveitamento da água; desenvolver atividades participativas de sensibilização e de apropriação dos conhecimentos produzidos pelo projeto para o processo de gestão ambiental participativa na bacia hidrográfica dos Rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim. C) Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos do Centro Universitário Franciscano Financiado pela FAPERGS. 14 - INFORMAÇÃO ACERCA DA INSTITUIÇÃO PROPONENTE O Centro Universitário Franciscano de Santa Maria em sua trajetória de, aproximadamente, cinco décadas, tem sua experiência institucional reconhecida pela comunidade local e regional, formando profissionais para a Área de Educação, com capacidade e competência reconhecidas nacionalmente. No que se refere à graduação, o Centro Universitário Franciscano de Santa Maria oferece, desde 1955, cursos de licenciatura plena nas áreas de: Matemática, Física, Pedagogia, Letras, Filosofia, História, Geografia e Engenharia Ambiental, o Centro Universitário Franciscano de Santa Maria oferece cursos de pós-graduação lato sensu nas diversas áreas do conhecimento. Em nível stricto sensu o curso de mestrado em Nanociências e o mestrado em física e matemática. A UNIFRA mantém na área de Ciências Naturais e Tecnológicas, o curso de Engenharia Ambiental, que é integrado pela equipe de professores do Grupo de Pesquisa já consolidado junto ao CNPq denominado “Ciências Ambientais em Engenharia” e o Programa Institucional de Extensão “ÁGUA: AMBIENTE E COMUNIDADE” que englobam dois grandes projetos na área ambiental. Projeto Bacia Escola e o projeto Tec–Água. Os objetivos do programa têm como meta sensibilizar professores, alunos e a comunidade rural e urbana de Santa Maria, para as tecnologias que aumentem a infiltração de água no solo.O projeo usa a técnica de transferência de conhecimentos “in loco” usando unidades demonstrativas com tecnologias disponíveis que reduzam os impactos da degradação ambiental e melhore as condições de vida das comunidades socialmente menos favorecidas. Na zona urbana destacase o gerenciamento de recursos hídricos em uma bacia hidrográfica (Bacia-escola da UNIFRA) com características intensamente urbanas, com ênfase no estudo das relações entre o UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 34 uso-manejo e conservação da água. Servirá também como suporte à tomada de decisões e que permita a simulação de cenários para o planejamento urbano, educação ambiental e treinamento de gestores ambientais. Nas zonas urbanas, o problema de inundações, desmoronamentos e surtos de doenças veiculadas pela água é diariamente noticiado nos meios de comunicação. Evidencia-se desta forma a importância do tema, não somente nas agendas dos Distritos do Município de Santa Maria, mas em muitas outras regiões do Brasil. Avaliando esse processo no tempo, nota-se que no Rio Grande do Sul o volume das precipitações é praticamente o mesmo, entretanto, as inundações são maiores a cada ano que passa. O problema fundamental é a impermeabilização da superfície do solo urbano pela ocupação de edificações, estacionamentos entre outros, reduzindo a taxa de infiltração de água no solo. Na presente proposta participam no projeto as seguintes entidades: (i) Estação Experimental da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Sul – FEPAGRO; (ii) o COMITÊ das Bacias Hidrográficas dos Rios Vacacaí e Vacacaí Mirim envolvendo os produtores rurais que nela habitam. 15 - DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DO COORDENADOR DO PROJETO NA GESTÃO DE PROJETOS: AFRANIO ALMIR RIGHES (Coordenador e pesquisador) Síntese do Curriculum Vitae • • • • • • • • • • • • • • Ph.D em Engenharia de água e solo pela Iowa State University, IOWA EUA (1977-1980); Prof. Titular em DE no Departamento de Engenharia Rural - CCR/UFSM; Prof. no Curso de Agronomia e de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola; Pesquisador do CNPq, Consultor Científico do CNPq/MCT e da CAPES/MEC; Coordenador do CPG em Engenharia Agrícola (1975 a 1977 e 1981a1984); Membro da Comissão de Desenvolvimento Agrícola do PBDCT/CNPq (1982/84); Membro da Comissão de Pesquisa do CCR/UFSM (1984 a 1985); Diretor do Centro de Ciências Rurais/UFSM (1986 a 1990); Diretor Presidente da Fundação de Apoio a Tecnologia e Ciência (1986 a 1990); Participou como membro em 50 Bancas Examinadoras de Dissertações; Orientou 20 alunos de Mestrado, vários bolsistas IC, de AP e de Apoio Técnico; Membro da Comissão de Consultores Científicos da CAPES na avaliação dos programas de pós-graduação do País e seleção de bolsistas para o Exterior; (dois mandatos) Membro da Missão Externa de Avaliação Técnica e Científica do Plano Diretor para a década de 90 - CPATB/EMBRAPA (1991); Presidente do XXI Congresso Brasileiro de Engª Agrícola e I Simpósio de Engª Agrícola do Cone Sul (1992) Sociedade Brasileira de Engª Agrícola/UFSM; UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching • • • • • • • • • • • • • • • 35 Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola (1991 a 1992); Representou o Brasil no “Interregional Seminar on Assessement and Evaluation of Multiple Objective Water Resources Projects”(ONU/Hungria) BUDAPEST/1985. Palestrante em mais de 75 eventos (Seminários, simpósios, painéis, workshop....) Membro da Comissão Externa Internacional de Avaliação Técnica e Científica do Deptº de Engª Rural da ESALQ – Universidade de São Paulo - SP (1995); Membro do Comitê de Ciências Agrárias da FAPERGS (1993 a 1994); Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UFSM (1993 a1997); Coordenador dos Pró-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa da Região Sul (1997). Presidente do Conselho Superior da FATEC – (1996 a 1997); Coordenador Nacional do I Curso Internacional de Integração e Políticas Agropecuárias do MERCOSUL (Brasil-Argentina-Uruguai - 1996 a 1997); Coordenador e membro do Comitê de Engenharia Agrícola de Alimentos e Florestal do CNPq (Mandato 30 meses a partir de 01/01/1999); Membro do Comitê Multidisciplinar de Articulação (Dir. Executiva do CNPq)09/99; Membro do Projeto ALFA/Münster Alemanha c/8 Univer.Européias e da América do Sul Coordenador de vários Projetos de pesquisa financiados pela FAPERGS e CNPq Sociedades Científicas: Amer. Soc. of Agronomy, SSSA, Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Sociedade de Agronomia de Sta. Maria. Indicado pelo Conselho Consultivo da FINEP para compor a Câmara Técnica Setorial de Recursos Hídricos em 10/nov/2003-2005 Linhas de pesquisa e projetos relacionados a) Manejo e conservação da água e do solo em sistemas agrícolas - Nesta linha de pesquisa são enquadrados os projetos que tratam do desenvolvimento, teste e avaliação de técnicas ou manejos alternativos de sistemas agrícolas com ênfase na conservação da água e do solo e qualidade da água. Projetos: ♦ Efeito do mulching vertical no escoamento superficial em sistema de cultivo convencional, cultivo reduzido e plantio direto. ♦ Efeito de práticas de manejo do solo e perdas de água ♦ Avaliação de déficits hídricos e manejo da irrigação b) Tecnologia e manejo de sistemas de irrigação e drenagem - Agrupa projetos que tratam da análise, avaliação técnica, econômica e dos impactos ambientais decorrentes de diferentes sistemas, métodos e técnicas de irrigação e drenagem utilizadas em culturas agrícolas, bem como o comportamento biológico das plantas submetidas às referidas tecnologias. Projetos ♦ Perdas de nutrientes na cultura do arroz irrigado no sistema mix de pré-germinado; UNIFRA - Adsorção de herbicidas e qualidade da água em plantio direto com vertical mulching 36 ♦ Drenagem torpedo e irrigação de subsuperfície em pequenas várzeas; ♦ Tecnologias alternativas para o uso sustentável de planossolos em várzeas irrigadas. 16 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERTS, E. 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