ÁCIDO SALICÍLICO Acidum Salicylicum COOH OH C7H6O3 138,12 00340 Ácido salicílico Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 101,0% das quantidades declaradas de C7H6O3, calculado em relação à substância seca. DESCRIÇÃO Características físicas. Pó esponjoso, branco e cristalino; é inodoro e de sabor a princípio adocicado, passando a acre, inalterável ou cristais brancos, geralmente em forma de agulhas finas. O produto sintético é branco e inodoro. O obtido de substâncias naturais é ligeiramente corado de amarelo ou róseo e com leve odor de salicilato de metila. Solubilidade. Pouco solúvel em água, muito solúvel em acetona, facilmente soluvel em etanol e éter etílico, ligeiramente solúvel em clorofórmio e óleos graxos. Constantes físico-químicas Faixa de Fusão (V.2.2): 158° e 161°C. IDENTIFICAÇÃO A. O espectro de absorção no infravermelho (V.2.14) da amostra dessecada sobre sílica-gel, e dispersa em brometo de potássio apresenta máximos de absorção nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles observados no espectro de paracetamol SQR, preparado de maneira idêntica. B. Solubilizar 0,1 g da amostra a frio em ácido sulfúrico R. Adicionar alguns cristais de nitrato de sódio R. Produz-se coloração vermelha. C. Adicionar a uma solução aquosa saturada, 1 gota de cloreto férrico SR. Produz-se coloração roxa que, pela adição de amônia R, se torna pardo-esverdeada. Os ácidos minerais fortes, algumas bases e diferentes sais impedem esta reação. ENSAIO DE PUREZA Metais pesados (V.3.2.3). Dissolva 0,5 g em 25 ml de acetona R, adicione 2 ml de água e 10 ml de sulfeto de hidrogênio SR; a coloração produzida não deve ser mais intensa do que a obtida numa solução padrão, preparada com 25 ml de acetona R, 1 ml da solução de chumbo para provas de comparação Pb SR e 10 ml de sulfeto de hidrogênio SR. No máximo 0,002% (20 ppm). Cloreto (V.3.2.1). Aquecer 1,5 g com 75 ml de água destilada até completar dissolução; deixe esfriar, adicione água destilada até completar o volume o volume inicial e filtre; 25 ml do filtrado não devem conter mais cloreto do que o correspondente a 0,10 ml do ácido clorídrico 0,02 N. No máximo 0,014% (140 ppm). Sulfato (V.3.2.2). A 25 ml do filtrado, obtido no ensaio para cloreto, adicione 2 gotas de ácido clorídrico R e 5 gotas de cloreto de bário SR; não deve produzir-se turvação mais intensa do que a apresentada por 0,1 ml do ácido sulfúrico 0,02 N. No máximo 0,02% (200 ppm). Fenol. Dissolva 0,5 g em 10 ml de carbonato de sódio SR e agite com 10 ml de éter R; deixe repousar algum tempo, decante o éter, desseque-o com sulfato de sódio anidro R e filtre; 5 ml do filtrado, abandonados à evaporação espontânea, devem deixar, no máximo 0,001 g de resíduo; este, dissolvido em água quente e adicionado de amônia R e de algumas gotas de hipoclorito de sódio SR, deve apresentar coloração azul. Cinzas Sulfatadas (V.2.10). Determinar em 1 g de amostra. No máximo 0,05%. Substâncias Facilmente Carbonizáveis. Dissolva 0,5 g em 5 ml de ácido sulfúrico R; não deve produzir coloração nitidamente parda antes de 20 minutos. DOSEAMENTO Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra, previamente dessecados sobre sílica-gel durante três horas, em 25 ml de etanol previamente neutralizado com hidróxido de sódio 0,1 M. Titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV empregando fenolftaleína SI como indicador, até o aparecimento da coloração rósea. Cada ml de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 13,812 mg de C7H6O3. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Em recipientes bem fechados. ROTULAGEM Observar a legislação vigente. CLASSE TERAPÊUTICA Queratolítico.