10 – A Decisão Abençoadora de Rute Tópicos a serem estudados: • 1) A decisão de Rute de manter-‐se leal a Noemi. • 2) Rute decide não se acomodar. • 3) Decisão movida por determinação de ir a luta. Objetivo da lição • Mostrar, que o relacionamento interpessoal necessita ser verdadeiro e fiel para que seja de fato profundo e duradouro. Rute • Quando alguém diz: “deixe-‐me contar sobre a minha sogra”, esperamos algum tipo de declaração negativa ou humorística, pois muitas delas têm sido alvo de ridicularização ou comédia. • O livro de Rute, porém, conta uma história diferente. Ela amou a mãe de seu esposo, Noemi. Recentemente viúva, Rute implorou ficar com sua sogra onde quer que ela fosse, embora isto significasse deixar sua própria pátria (Rt 1.16). • Não é dito muito sobre Noemi a não ser que amava e cuidava das noras (Rt 1.8,9). Obviamente, a vida dela foi um poderoso testemunho para a realidade do Senhor. • Rute foi atraída para ela – e para o Deus dela. Nos meses que se sucederam, o Todo-‐ poderoso levou esta jovem viúva moabita a um homem chamado Boaz, com quem posteriormente se casou. Como resultado, ela se tornou bisavó de Davi e ancestral do Messias (Rt 4.17). • O livro de Rute é também a história da graça de Deus em meio às difíceis circunstâncias. Este fato ocorreu no tempo de juízes – um período de desobediência, idolatria e violência. Mesmo no momento de crise e o mais profundo desespero, existem aqueles que seguem a Deus e através deles o Senhor opera maravilhas. • Não importa quão desencorajador ou antagônico possa parecer o mundo, sempre haverá pessoas que temem a Deus. Ele usará qualquer um que esteja pronto a receber seus propósitos. Rute era moabita, e Boás, descendente de Raabe, uma antiga prostituta de Jericó. Não obstante, sua linhagem deu origem à família através da qual o Messias veio ao nosso mundo. • Quando conhecemos Rute, ela é uma viúva sem perspectiva de vida (Rt 2.2). Acompanhamos sua união com o povo de Deus, a colheita no campo e o risco de sua honra na eira de Boaz. Finalmente a vemos tornar-‐se esposa dele (Rt 4.13). Um retrato de como chegamos a Cristo. Reflexão • A presença viva de Deus em uma relação, supera as diferenças que poderiam de outra forma criar divisão e desarmonia. Introdução • Revista (leia). O desafio de construir relacionamentos saudáveis • Segundo a especialista Camila Cury não há soluções mágicas para construir relacionamentos saudáveis, é necessário apenas saber as habilidades corretas para educar a emoção e equipar o intelecto. • "Precisamos conhecer os papéis do Eu, que representa a capacidade de escolha. Entre esses papéis, o de ser autor da própria história, um protetor do psiquismo, um jardineiro do território da emoção, um plantador de experiências positivas na memória das pessoas que estão próximas." • A especialista ressalta ainda que brigar, gritar, impor ideias em excesso não reflete uma personalidade do Eu forte, como muitos pensam, mas, sim, frágil. “Falar o que vem à mente, nem sempre é a expressão de um Eu maduro, mas, sim, de quem não tem autocontrole. • Um Eu forte e maduro aquieta sua ansiedade, protege quem ama, pede desculpas sem medo, aponta primeiro o dedo para si antes de falar dos erros do outro, repensa sua história, exige menos e se doa mais. • Saber se relacionar saudavelmente também auxilia as pessoas a superarem melhor as frustrações e decepções, sentimentos que são inevitáveis no convívio humano. • “Você pode conviver com milhões de máquinas e não sofrer nenhuma frustração, mas, se conviver com um ser humano, por mais que o ame, haverá decepções imprevisíveis e frustrações inesperadas.” • Não há nada tão saudável quanto construir relações sociais saudáveis, fundamentadas em amor inteligente, elogio, apoio, diálogo, tranquilidade, generosidade. Dicas: • 1 -‐ Não avalie o outro pelos seus erros: • A maioria tem uma tendência a resumir o outro pelo erro, esquece-‐se os acertos e pauta-‐se principalmente nas dificuldades. Entender que ninguém oferece ao outro o que não tem para dar e que as pessoas são mais importantes que os seus erros, pode contribuir muito na construção de relações saudáveis. • 2 -‐ Elogie antes de criticar • Elogiar em público e criticar no particular é a melhor técnica para produzir aprendizagem. Geralmente, as pessoas expõem o outro acreditando que o constrangimento é importante para gerar mudança, mas acontece o contrário, a pessoa exposta sente-‐se invadida emocionalmente e pode se fechar a qualquer iniciativa de reflexão e mudança. • 3 -‐ Cobre menos e abrace mais • Ser tolerante e paciente primeiramente consigo, é fundamental para ser assertivo, proporcionar reflexão as outras pessoas e provocar mudanças comportamentais. Doe-‐se sem reservas, mas, não espere a contrapartida do retorno. • 4 -‐ Reconheça os erros • Antes de exigir mudanças nos outros, devemos buscar mudanças em nós mesmos, e o primeiro passo é reconhecer os erros. • 5 -‐ Seja empático, simpático e carismático. • Ser empático, ou seja, colocar-‐se no lugar do outro se preocupando pelo interesse e necessidade das pessoas é o ponto de partida para construir relacionamentos estáveis. • O simpático é aquele que expõe o que sente pelo outro, compartilha suas histórias e valoriza a das outras pessoas. O carismático dá um passo adiante em relação à empatia e simpatia, pois distribui elogios, demonstra paciência e amabilidade e destila sabedoria e afetividade. 1 – A Decisão de Rute de Manter-‐se Leal a Noemi • Quem nunca viu em um convite de casamento o trecho desse versículo: ”[...] aonde quer que fores irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”. (Rute 1.16.) • Seria normal uma esposa dizer isso ao marido ou o marido a esposa? • Agora, de uma nora para uma sogra? • A primeira coisa que podemos aprender com Rute é sua lealdade. Ela foi sincera, honesta e franca com Noemi e foi fiel com seus compromissos referentes à Noemi. • Ser leal é uma virtude. • Muitas vezes temos o costume de assumir compromissos que sabemos que não somos capazes de cumpri-‐los, e já pensamos: “Eu vou ter que dar um ‘jeitinho’ e vai dar tudo certo”! Temos que ser capazes de assumir que não damos conta; esse não é um problema, mas o problema é quando cumprimos com o combinado. • Após Rute ter afirmado que ficaria com Noemi, elas foram para Belém. Noemi tinha um parente de nome Boaz, o qual tinha campos de cevada. Como era época da sega da cevada, Rute disse a Noemi que iria apanhar espigas. • E ela foi justamente ao campo de Boaz, que a notou e lhe deu proteção. Em reconhecimento de que, ela fez isso? • Por conta de sua lealdade à sua sogra Noemi. • Boaz convida, então, Rute para comer com seus servos, os quais receberam ordens para que deixassem espigas caídas para ela; assim, ela foi favorecida por Boaz por toda a colheita de cevada e trigo. • Boaz tinha um coração de servo, mesmo ele sendo o dono dos campos, ele favoreceu a uma estrangeira e reconheceu que Rute era uma mulher especial, e não só pensou nela, como também em sua sogra Noemi. • Quando toda a colheita já havia sido efetuada, Noemi deu algumas instruções à Rute para reivindicar a proteção de Boaz. Ela sabia que ele era um verdadeiro cavalheiro. • Rute não questionou, mas seguiu as ordens de Noemi. • Então, Rute foi à tenda de Boaz e dormiu aos pés dele. Pela manhã ele a envia para sua casa com seis medidas de cevada e com o compromisso de que, se o parente dela mais chegado não a resgatasse, ou seja, casasse com ela, Boaz se casaria, conforme a lei daquela época. • Tomado dez anciões da cidade como testemunhas, Boaz apelou para o parente mais chegado de Noemi que redimisse um terreno que pertencia a Elimeleque, e que era uma possessão que não devia mudar de família proprietária. A isso, Boaz se apresentou adicionalmente a obrigação de casar-‐se com Rute, conforme a lei. Mas o parente mais chegado não podia fazê-‐lo e renunciou de tal direito, em favor de Boaz. • Boaz não iria perder essa oportunidade de se casar com uma mulher virtuosa como Rute e, com certeza, se ela foi leal à Noemi, seria leal a Boaz. E Rute não recusou, pois depois de tudo que Boaz tinha feito, ela sabia que ele tinha um coração reto e íntegro e servia ao verdadeiro Deus. • Será que hoje eu seria benefíciado por algo por causa da minha lealdade? 2 – Rute decide não de acomodar èA pessoa sem iniciativa dá lugar à preguiça, mas o trabalho gera provisão e a decisão de ir à luta é sabedoria. èA acomodação gera e aumenta sempre mais a necessidade do necessitado. èO trabalho é o fator, o motor do sucesso pessoal, pois não há sucesso previsto para o preguiçoso. A Iniciativa faz a Diferença • A falta de iniciativa é um dos grandes obstáculos ao desenvolvimento profissional. O funcionário que faz só o que lhe é exigido, se aproveita do trabalho alheio ou adota a lei do mínimo esforço, tem poucas chances de avançar na carreira. • A empresa não é instituição de caridade. Hoje, mais que nunca, ela precisa superar seus limites continuamente para oferecer bons serviços a seus consumidores e jamais conseguirá isso com uma equipe sem iniciativa. • Exemplos de iníciativa: à Façam o que precisa ser feito, mesmo sem ser solicitadas. à Resolvam problemas em vez de criá-‐los, ignorá-‐los ou de transferi-‐los para os outros. à Tenham a qualidade do seu trabalho como marca registrada. à Corram risco e se dediquem como se fossem donas do negócios. • A iniciativa é a qualidade que diferencia um funcionário ativo, notável, com visão empreendedora, do medíocre. E esse último, que geralmente espera ser carregado pelos outros, é muito mais comum nas organizações do que se imagina. • Essas pessoas estão equivocadas. A velha manobra de trabalhar "conforme o salário" não leva ninguém a lugar nenhum. • Empresa nenhuma hoje te gratifíca para te incentivar, mas sim por reconhecimento do trabalho prestado. • Às vezes, o preguiçoso ainda se acha esperto e pensa que seu colega, com iniciativa, é um idiota. No entanto, o indivíduo que se dedica às suas tarefas o mínimo possível pode até obter benefícios provisórios, mas a longo prazo será o mais prejudicado. Esse princípio vale para todos. • Manter a iniciativa exige resolução e isso logicamente aumenta o risco de se cometer erros. Mas é melhor errar buscando melhorias para o trabalho, que fazer a mesma atividade, todos os dias, como se fosse uma máquina. • Além disso, quem tem iniciativa pode ser rejeitado pelos colegas. Isso porque, no geral, as pessoas nivelam a qualidade de seu trabalho por baixo e esperam que todos façam o mesmo para que sua mediocridade não apareça. • Para o consultor americano Bob Nelson, especialista em motivação, o maior erro que um funcionário pode cometer é pensar que trabalha para alguém. • "Você pode ter um chefe, receber o pagamento de determinada empresa, mas você é o mestre de seu próprio destino. É você que decide que potencial alcançar em sua careira, o que você realizar em sua vida.” • Todos os dias você tem chance de exceder-‐se, de ser excepcional. Tudo isso vem da sua iniciativa. 3 – Decisão movida por Determinação de ir a luta • Rute foi a um campo, sem saber de quem era, e trabalhou muito, colhendo das sobras das espigas colhidas pelos servos de Boaz, que, ao chegar da cidade, viu aquela desconhecida e perguntou aos seus servos quem ela era, e descobriu que ela era moabita e que havia deixado sua família, deuses, e nação, por amor a Noemi e ao Deus de Noemi. • Rute achou estranho tudo aquilo, então perguntou a Boaz por que ele a tratava daquela maneira, e sua resposta foi: “… O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do Senhor Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio.” (Rute 2:12) • Aos olhos do mundo, pode parecer que somos loucos quando agimos por fé. Às vezes, podemos parecer insanos quando decidimos seguir a vontade de Deus, abrindo mão de nossa própria vontade, ou de vantagens significativas desse mundo. • As palavras de Boaz, porém, deveriam servir de consolo e de encorajamento para nós, que decidimos buscar refúgio sob as asas do Deus de Israel. • Por mais difícil que seja, por mais incerto que pareça ser o nosso futuro, por mais preocupante que seja a nossa situação financeira, por mais crítico que seja o nosso estado de saúde, por mais perigosa que seja a nossa jornada, quando nos refugiamos sob as asas do Deus Altíssimo, estamos realmente seguros e protegidos. • A determinação de Rute não chamou a atenção de Boaz, mas do Deus de Boaz. • Deus direcionou Rute para aquele campo, e direcionou Boaz, para que lá estivesse, o que nem sempre acontecia. O Deus de Boaz queria recompensar a fé, a determinação, a fidelidade daquela mulher. • Quando Deus recompensa: àEle nos permite ver os frutos do nosso trabalho. àEle multiplica o pouco que Lhe damos. àEle cuida de nós diante dos inimigos. àEle nos ampara quando estamos desamparados. àEle nos fortalece quando estamos fracos. àEle cura nossas doenças. àEle nos honra quando nos humilham. àEle é Bondoso quando a maldade ronda nossas casas. • E se isso não bastasse, Ele ainda guarda para a eternidade de recompensas que nem podemos imaginar. Conclusão • Lealdade tem recompensas • Acomodação tem consequências • Determinação e perseverança tem providências PR. ANDERSON LUIS PEREIRA [email protected]