LIçõES
Bíblicas
POR TELMA BUENO
Subsídio para
“Uma jornada de fé”
A formação do povo
de Israel e sua
herença espiritual
Lição
1
Israel no
Cativeiro
Ao longo deste trimestre teremos a oportunidade
ímpar de estudar o livro de Êxodo. Segundo Eugene
Merrill “o êxodo é o evento teológico mais expressivo
do Antigo Testamento, porque mostra a magnificente
ação de Deus em favor de Seu povo”.
O autor desta esplendorosa obra é Moisés. O segundo livro da Bíblia foi escrito certamente durante a
sua peregrinação pelo deserto, no ano de 1450—1410
a.C (aproximadamente).
O objetivo da primeira lição deste trimestre é
destacar os aspectos biográficos de Moisés, ressaltando sua preparação para resgatar seu povo da
escravidão. Israel passou 400 anos no Egito sendo
afligido pelos egípcios. Todavia, “quanto mais os
afligiam, tanto mais se multiplicavam e cresciam, até
que Deus levantou um libertador que iria conduzir
seu povo rumo à Terra Prometida”.
O livro de Êxodo
No livro de Gênesis vemos a criação, a Queda
e o projeto de redenção divina para a humanidade.
Deus chama Abraão e promete que de sua descendência todas as famílias da terra seriam abençoadas
(Gn 12.3). Já no livro de Êxodo podemos ver o povo
hebreu, descendência de Abraão, sendo resgatado da
escravidão e tornando-se uma nação a fim de que o
plano redentivo do Pai alcançasse toda a humanidade.
Deus é fiel! Seus propósitos jamais serão frustrados
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ENSINADOR
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(Jó 42.2). O propósito de Deus não era apenas libertar
Israel do cativeiro egípcio, mas também todos aqueles
que um dia iriam crer em Jesus Cristo, o Libertador.
Na antiga aliança a redenção do homem era por meio
de sacrifícios e por isso um animal puro e inocente
deveria morrer. Era impossível ao homem se aproximar de Deus sem sacrifício. Cristo, nosso libertador,
derramou seu sangue no Calvário para nos resgatar
da escravidão do pecado de uma vez por todas.
Podemos dividir o livro de Êxodo em três partes
principais: Israel no Egito (1-5), a travessia do mar
Vermelho ao Sinai (16-18) e Israel no Sinai (19-40).
Um bebê é salvo
No livro de Êxodo encontramos a biografia de Moisés,
o autor. Vemos que ele foi salvo da morte porque seus
pais, em especial sua mãe, eram pessoas de fé. A fé
fez com que Joquebede acreditasse que Deus poderia
salvar seu filho da ira de Faraó. A fé fez também com
que ela elaborasse um plano brilhante que livraria seu
bebê e o colocaria em segurança até a idade adulta. O
plano de fé de Joquebede ainda permitiu que seu filho
recebesse uma educação de primeira, sendo que ela
ainda receberia o pagamento por isso. Este é o primeiro
milagre narrado no livro de Êxodo. A vida de Moisés foi
um milagre de Deus. Você crê em milagres? Deus não
mudou. Ele também tem poder para livrar sua família
e seus filhos do poder destruidor do Inimigo.
Lição
2
Lição
3
Um Libertador
para Israel
As Pragas e as Ardilosas
Propostas de Faraó
Moisés foi sendo preparado dia a dia pelo Senhor a
fim de que se tornasse o líder do seu povo e os conduzisse
rumo à Terra Prometida. Aprendemos com a segunda
lição do trimestre que Deus vocaciona e chama líderes
para sua obra, porém aqueles que forem chamados
precisam fazer a sua parte preparando-se. Se você tem
um chamado de Deus em sua vida, prepare-se. Faça a
sua parte e deixe que o Senhor faça a dEle.
Moisés é preparado para se tornar o libertador
(Êx 3.1-22)
Moisés viveu seus primeiros anos de vida na casa
de seus pais. Certamente uma família humilde, porém
temente a Deus. Em seu lar ele foi preparado para
poder viver mais tarde no palácio de Faraó. Segundo
os historiadores, como príncipe, Moisés teve uma
educação primorosa, pois o texto bíblico de Atos
7.22 declara que ele foi “instruído em toda a ciência
dos egípcios”. O conhecimento adquirido por Moisés
não foi certamente desperdiçado, mas muito o ajudou
como líder do seu povo, profeta, escritor e legislador.
Deus tinha um propósito definido ao chamar
Moisés, Ele também tem um propósito definido em
sua vida. Porém, muitos não querem assumir um
compromisso com Deus e a sua obra. Você deseja
assumir um compromisso com o Todo-Poderoso?
Ao chamar Moisés, Deus foi bem enfático quanto ao
seu propósito: “Para que tires o meu povo do Egito” (Êx
3.8-10). Deus desejava redimir o seu povo e organizá-lo como nação a fim de que todas as famílias da terra
fossem abençoadas. O Senhor precisava de um único
homem, Moisés, para redimir seu povo da escravidão.
Na Nova Aliança, Deus também necessitava de um
único homem, porém este deveria ser perfeito. Então o
Todo-Poderoso enviou seu próprio Filho, Jesus Cristo.
Jesus atendeu ao Pai, se fez homem e habitou entre
nós para nos libertar da escravidão do pecado (Jo 3.16).
Quantos, ao serem chamados pelo Senhor para
alguma obra já não apresentaram uma lista vasta de
desculpas? Com Moisés não foi diferente, ele também
apresentou a Deus várias dificuldades. Porém, assim
como nós, ele se esqueceu de que Deus é o nosso
Criador. Ele nos conhece melhor do que nós mesmos.
As escusas de Moisés, assim como as nossas, não vão
impressionar o Senhor. Confie naquEle que está chamando você e não queira perder tempo com desculpas.
Quem sabe o Senhor não esteja também chamando
você para a realização da sua obra? Evite as escusas.
Confie no Senhor e permita que Ele use seus dons e
talentos para que muitos sejam libertos da escravidão
do pecado.
Faraó estava decidido a não deixar o povo de Deus
partir do Egito, pois a saída dos hebreus iria prejudicar
seriamente a economia egípcia. Diante da recusa de
Faraó, o Senhor enviou várias pragas que deixaram
o Egito arrasado economicamente. Como um Deus
bondoso poderia enviar terríveis flagelos a um povo?
Qual era o seu propósito? O Senhor desejava mostrar
que os deuses egípcios não eram nada. Todavia, os
mágicos de Faraó tentaram, por duas vezes, realizar
também os mesmos milagres. Nos dois primeiros flagelos
eles foram bem-sucedidos (Êx 7.14-24; 8.1-15), porém
Deus não permitiu que houvesse mais demonstração
de milagres por intermédio do ocultismo. Cada praga
enviada ao Egito estava relacionada com uma divindade
adorada por eles. Quando Faraó viu que não poderia
deter os hebreus por muito tempo, tentou iludi-los com
falsas promessas. Estamos vivendo tempos trabalhosos,
precisamos estar também atentos as muitas propostas
ardilosas do maligno para a igreja. Moisés, como líder do
povo de Deus, soube discernir cada sugestão de Faraó.
Tem você buscando em Deus o dom do discernimento?
Observe, com atenção, as quatro ardilosas propostas
de Faraó e veja o que elas representavam:
A primeira proposta de Faraó (8.25). “Ide, sacrificai ao
vosso Deus nesta terra” (Êx 8.25). O que ela representava?
Representava a falta de santidade, de separação das
coisas deste mundo. Deus exige santidade do seu povo:
“E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor sou santo,
e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26).
A segunda proposta (8.28). “Somente que indo,
não vades longe”. O que ela representava? Uma separação, parcial do Egito. Atualmente muitos já aceitaram
esta proposta e querem viver um cristianismo sem
compromisso com Deus e sem a cruz.
A terceira proposta (10.7). “Deixai ir os homens
somente, e os filhos fiquem no Egito” (Êx 10.7). O que
ela representava? A divisão familiar. Deus criou a família
e deseja que ela viva unida, pois nenhum reino (ou
instituição) dividido pode estar de pé (Mc 3.24), porém
o Inimigo trabalha sempre para separá-la.
A quarta e última proposta. “Ide, servi ao Senhor;
somente fiquem ovelhas e vossas vacas” (v. 24). O que
ela representava? A falta de sacrifícios, de entrega ao
Senhor e de adoração. Evangelho sem a cruz de Cristo
não é evangelho autêntico.
Satanás vai tentá-los com muitas propostas. Ele
tentou o Filho de Deus, mas foi derrotado. Jesus
derrotou o Diabo utilizando a Palavra de Deus, faça
uso da Bíblia, pois ela é uma arma poderosa contra
as propostas ardilosas do Inimigo.
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Lição
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A Celebração da
Primeira Páscoa
A Travessia do
Mar Vermelho
Deus desejava que o os israelitas se recordassem do
dia triunfal em que no Egito seus filhos primogênitos
foram libertos da morte (Êx 12.1-30). O Senhor também
almejava que as novas gerações conhecessem a sua história e os Seus feitos a fim de que temessem o Seu nome.
Então, o Senhor ordenou que o povo comemorasse a
Páscoa. A Páscoa era um memorial ao Todo-Poderoso,
por isso deveria ser celebrada todos os anos.
Cada família teria que ter o seu cordeiro sem
mácula. Se a família fosse pequena poderia se unir
a outra, pois neste dia nada poderia faltar ou sobrar.
A medida de Deus é sempre justa, certa. O Senhor
não desperdiça nada.
Um animal inocente deveria ser morto e seu sangue
aspergido sobre as ombreiras e na vergas das portas:
“E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta [...] (Êx 12.7). O cordeiro
sem mácula e inocente apontava para Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
Para os egípcios, a Páscoa significava o juízo divino,
para os israelitas, a passagem para uma vida de liberdade, longe da escravidão, e para nós os cristãos, ela
significa a remissão dos nossos pecados. Hoje podemos
afirmar que Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.7b). Assim
como Israel não poderia se esquecer de tal celebração,
nós também jamais poderemos nos esquecer do sacrifício remidor do nosso Redentor, Jesus Cristo. Jamais
se esqueça que Cristo morreu em seu lugar. Este é um
dos princípios da Ceia do Senhor. Jesus declarou: “Em
memória de mim” (1 Co 11.24,25). Todas as vezes que
participarmos da Ceia temos que recordar da nossa
passagem, da escravidão do pecado, para uma nova
vida em Cristo (1 Co 5.17). Israel foi salvo da ira divina
e liberto do pecado. Nós também estávamos destinados a experimentarmos da ira divina, mas Cristo, o
Cordeiro Pascal, nos substituiu na cruz do calvário. Em
Cristo fomos redimidos dos nossos pecados. O sangue
de um cordeiro foi aspergido nos umbrais das portas
das casas, pois sabemos que “sem derramamento de
sangue não há remissão de pecado” (Hb 9.2)
O pão. Apontava para Jesus o Pão da Vida: “eu
sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá
fome” (Jo 6.35).
As ervas amargas. Apontavam para toda a amargura e aflição vividos no cativeiro egípcio.
Um cordeiro sem mácula. Apontava para Jesus,
“Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. Ele morreu para
trazer a redenção a toda humanidade. Ele é o nosso
Redentor.
A saída do povo de Deus do Egito foi algo marcante, tanto para os israelitas como para os egípcios.
O Egito ficou economicamente arrasado devido às
pragas, porém o último flagelo marcou profundamente
as famílias. Nos lares dos egípcios havia pranto, dor e
morte, já nas casas dos israelitas, todos estavam prontos,
festejando a Páscoa e com o coração repleto de alegria
pelo livramento que o Senhor estava concedendo.
Os israelitas, ao deixarem o Egito não saíram com
as mãos vazias. Eles despojaram os egípcios.
O coração de Faraó era mal. Depois de tudo que
viu e enfrentou ainda não estava disposto deixar o
povo de Deus partir (Êx 14.5). Ele reuniu seu exército
e saiu em perseguição ao povo de Deus. O Inimigo
não desiste facilmente, por isso precisamos buscar
em Deus forças para resisti-lo. A Palavra de Deus nos
ensina: “resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). Se
você é um servo fiel ao Senhor, saiba que durante sua
caminhada até o céu encontrará muitos “Faraós” que
lhe resistiram. Você está preparado para enfrentá-los?
Só conseguiremos vencer o Inimigo com Jesus Cristo.
Você consegue imaginar o desespero dos israelitas
ao verem Faraó e seu exército vindo em sua direção?
Os hebreus ficaram desesperados, pois parecia não
haver saída. Eles estavam encurralados. O Inimigo
não mudou suas táticas, ele está sempre tentando nos
acuar. Porém, se esquece que conosco está o “varão
de guerra”: “O Senhor é varão de guerra; Senhor é
o seu nome” (Êx 15.3).
Os israelitas clamaram ao Senhor (Êx 14.10) e Ele
lhes ouviu. O Senhor ouve e responde às orações do
seu povo (Jr 33.3).
Diante do perigo e da aproximação do inimigo a
ordem do Senhor foi: “Dize aos filhos de Israel que
marchem” (Êx 14.15). Marchar para onde? Para o mar?
Parecia impossível, porém os israelitas obedeceram.
Na obediência está a bênção de Deus. Aquele que
obedece vê o impossível acontecer! Então, Deus enviou
um vento e o mar se abriu para o povo de Deus passar.
O povo de Israel atravessou o mar e os egípcios
quiseram imitá-los, mas o Senhor os derribou (Êx
14.27). O livramento era para o povo de Deus, não
para os inimigos. Você pertence ao povo de Deus?
Então, não tema. Há livramento para você.
Diante de tão grande livramento ninguém poderia ficar calado. Todos louvaram e exaltaram a Deus.
Moisés celebrou ao Senhor com um cântico. Uma
forma de agradecer a Deus pelos seus feitos. Tem
você celebrado a Ele pelas vitórias? Seu coração é
grato ao Senhor?
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7
Israel e a sua
Peregrinação pelo
Deserto
Os Dez
Mandamentos
Esta lição trata da caminhada do povo de Deus
até o Sinai. O objetivo da lição é mostrar como Deus
guiou e sustentou seu povo durante a longa jornada
pelo deserto. Os hebreus se mostravam, a cada dificuldade, serem murmuradores e ingratos. Eles também
não haviam deixado a idolatria no Egito, pois logo
criaram um bezerro de ouro para adoração. Embora
Israel fosse infiel, o Senhor é fiel e cuidou, dia a dia,
do seu povo. Deus não nos deixa sozinhos em nossa
caminhada até o céu.
Moisés conduziu o povo até Mara (que significa
amargura e tristeza), pois ao chegar ali, descobriram
que as águas eram amargas, salobras e impróprias para
o consumo (Êx 15.23). Diante de cada dificuldade, os
israelitas logo murmuravam. Qual é a sua reação diante
das adversidades? Em Mara não foi diferente. Descontentes, os hebreus reclamaram de Moisés, todavia eles
não estavam murmurando de Moisés, mas do próprio
Todo-Poderoso que os libertara da escravidão.
Como evitar a murmuração e não cometer os
mesmos erros dos israelitas? Mantendo viva a chama
da fé. A fé nos faz ver o impossível (Hb 11.1). Sem fé
é impossível vencer as dificuldades cotidianas sem
murmurar. Moisés era um homem de fé e mais uma
vez se volta para o Senhor. Então o Pai lhe mostrou
o tronco de uma árvore. Moisés jogou o tronco nas
águas e os israelitas puderam saciar a sede. Deus
curou as águas amargas de Mara. O Senhor não
mudou, Ele tem poder para curar seu corpo, sua alma
e seu espírito. Talvez seu coração esteja amargurado
e cansado. O Pai pode e deseja lhe curar.
Os israelitas precisavam ser lapidados, moldados
pelo Senhor até que se transformassem em uma nação.
Eles ainda eram uma massa de gente briguenta, murmuradora e sem fé caminhando pelo deserto. Mas, Deus
escolheu e separou Israel para que se transformasse em
uma nação santa. Os israelitas foram moldados pelo
Senhor no deserto. O deserto era somente um lugar de
passagem, porém se tornou uma grande escola para
o povo de Deus. Talvez você também esteja passando
por um vale árido, um deserto. Este não é o lugar que
Deus preparou para você, mas com certeza é um tempo
de aprendizado e de ver o milagre da provisão. Depois
do deserto, Israel estava pronto para a Canaã. Depois
dos “desertos” desta vida, você também estará pronto
para a eternidade com Deus.
Depois de Mara os israelitas foram enviados até
Elim, um verdadeiro oásis no deserto. Com isto
aprendemos que depois da luta (Mara), sempre haverá
a bonança e o refrigério (Elim). Confie!
Depois de caminharem pelo deserto e verem a
provisão do Senhor, o povo chegou ao monte Sinai.
Ali Deus falou diretamente com todo o povo na entrega do Decálago (Dt 4.13). Podemos afirmar, sem
sombra de dúvida, que o Decálogo é o ponto alto
do Pentateuco. É o mais perfeito e justo código de
leis da humanidade, estudado até hoje pelos juristas.
Qual o propósito dos Dez Mandamentos? Sem
lei não existe transgressão. O propósito era expor e
condenar os pecados dos israelitas e os nossos (Gl
3.24). O objetivo era mostrar que sem Deus, o homem
não conseguiria obedecer plenamente à lei moral
(Gl 3.11). A lei apontava para o Senhor Jesus Cristo,
pois Ele nos resgatou da maldição da Lei (Gl 3.13).
Segundo o Comentário Bíblico Moody “a lei não foi
dada como meio de salvação. Foi dada a um povo
já salvo a fim de instruí-lo na vontade do Senhor”.
Talvez você esteja se perguntando: A lei moral (os
Dez Mandamentos) é para o crente atual? Sim! A lei não
serve para a nossa salvação, pois esta é mediante a fé,
todavia devemos observá-la. Jesus não veio revogar
a lei e os profetas, todavia Ele criticou os excessos
que eram cometidos (Mt 5.17). Observe o que Jesus
falou em relação a alguns mandamentos: Compare o
sexto mandamento, “não matarás” (Êx 20.13), com a
declaração de Jesus: [...] qualquer que, sem motivo,
se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo (Mt
5.22). Agora compare o sétimo mandamento, “não
adulterará” (Êx 20.14) com as seguintes palavras do
Mestre: [...] “qualquer que atentar numa mulher para
a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com
ela” (Mt 5.28).
Podemos afirmar que os quatro primeiros mandamentos são uma referência ao nosso relacionamento
com Deus. “Não terás outros deuses diante de mim”
(Êx 20. 3); “Não farás para ti imagem de escultura” (Êx
20.4-6); “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus,
em vão” (Êx 20.7) e “Lembra-te do dia de sábado,
para o santificar” (Êx 20.8). Segundo o Comentário
Bíblico Moody “o primeiro mandamento resguarda
a unidade de Deus, o segundo a sua espiritualidade,
e o terceiro sua divindade ou essência”.
Do quinto mandamento em diante Deus trata
do relacionamento do homem com o seu próximo.
Segundo o pastor Claudionor de Andrade no
seu Dicionário Teológico “teologicamente falando,
a Lei de Deus, contida no Pentateuco, é a expressão
máxima da vontade divina quanto à condução dos
negócios, interesses e necessidades humanos em
família, na sociedade e no Estado”.
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Moisés - Sua Liderança
e seus Auxiliares
Um Lugar de Adoração
a Deus no Deserto
Moisés foi um dos líderes mais importantes do
Antigo Testamento, todavia como homem ele não
era perfeito e com certeza também cometeu algumas falhas enquanto líder. Moisés era um homem
que teve uma excelente formação, ele foi “instruído
em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em
suas palavras e obras” (At 7.22). Liderança requer
treinamento, preparo. Muitos almejam a liderança,
porém não querem se esforçar e não buscam se
preparar para realizar, com excelência, aquilo para
o que foram chamados pelo Senhor. Moisés passou
pelo treinamento do Egito e do deserto. Jesus, nosso
exemplo de líder, foi treinado também no deserto.
Liderança requer treinamento. Não se faz um líder
da noite para o dia.
John Maxwell tem uma frase que resume bem a
importância de se trabalhar em equipe: “Nada muito
significativo foi alcançado por um indivíduo que tenha
agido sozinho”. Liderança envolve trabalho em equipe,
gerenciamento de pessoas. É algo que deve ser feito
em parceria. Moisés, quem sabe, durante os longos
anos que passou sozinho cuidando dos rebanhos do
seu sogro Jetro, precisava aprender esta lição logo no
início da sua caminhada pelo deserto. Moisés carecia
aprender a delegar tarefas. Para isso o líder precisa
conhecer sua equipe e ter pessoas leais ao seu lado
e compromissadas com o trabalho. O líder que não
sabe delegar tarefas terá como resultado o cansaço
e o estresse. Ele vai sofrer e a obra de Deus também,
pois com certeza a produtividade será baixa. Se você
está precisando de ajudantes fiéis, ore ao Senhor. Ouça
também aqueles que estão ao seu lado. Moisés, em
um gesto de humildade, ouviu e atendeu os sábios
conselhos de Jetro, seu sogro.
Moisés, como líder, era um despenseiro do Senhor e não dono dos israelitas (Êx 18.13-27). Alguns
líderes, com o passar do tempo, acabam achando,
erradamente, que são os donos das ovelhas e da
obra. Puro engano! Diótrefes (3 Jo vv. 9,10), tinha
uma visão errada a respeito da liderança e passou
a se achar dono da congregação. Ele foi duramente
criticado por João.
Moisés entendeu bem a lição, pois ao estudarmos
sua biografia vemos que ele contou com a ajuda de
homens e mulheres. Não podemos nos esquecer que
Mirã foi também uma ajudante.
Jesus, como líder, escolheu doze homens para
estar com Ele. Estes doze o ajudaram na pregação do
Reino de Deus e ao mesmo tempo foram preparados
para a partida do Salvador.
A planta do santuário, assim como os seus objetos, não seriam idealizados pelo homem, mas todo
o projeto foi elaborado e entregue a Moisés pelo
próprio Senhor.
Os recursos para a construção do local de adoração vieram do povo de Deus. Eles foram convidados
a ofertarem e o fizeram com alegria (2 Co 9.7). Tem
você contribuído com alegria ou por constrangimento?
Segundo o Comentário Bíblico Moody o tabernáculo “simbolizava para Israel, como para nós também,
grandes virtudes espirituais. Claramente ensinava o
fato da presença de Deus no meio do Seu povo”.
O tabernáuclo era dividido em três partes: o Átrio,
o lugar Santo e o lugar Santíssimo.
O átrio era um pátio: “Farás também o pátio do
tabernáculo” (Êx 27.9), um lugar cercado, reservado
que mostrava os israelitas que a adoração a Deus exige
sempre santidade, separação. O acesso ao átrio era
feito por intermédio de uma única porta. Esta porta
apontava para Jesus Cristo. Nosso Redentor, certa
vez declarou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por
mim, salvar-se-á [...] (Jo 10.9). Jesus é o único caminho
que leva o homem até a presença do Todo-Poderoso
(Jo 14. 6).
No pátio havia duas peças principais, o altar do
holocausto e a pia de bronze. Antes de realizar qualquer
ação o sacerdote deveria ir até a pia e ali se purificar.
Ao olhar na bacia, o sacerdote poderia ver a sua imagem ali refletida e se lembrar de que era pecador e
que sem purificação não poderia se chegar diante de
Deus. Somos imperfeitos e impuros, mas “o sangue de
Jesus Cristo nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1.7).
“Farás também o altar de madeira de cetim [...]
(Êx 27.1). Depois de passar pela pia, o sacerdote se
dirigia até o altar do holocausto. O altar apontava para
Cristo e o seu sacrifício na cruz. Vários animais eram
mortos para cobrir os pecados, todavia o sacrifício
de Jesus foi único e substitutivo: “mas o Senhor fez
cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6).
Depois de entrar no pátio, se purificar na bacia de
lavar e oferecer sacrifícios pelo pecado, o sacerdote
podia entrar em um lugar ainda mais reservado, o
lugar Santo. Ali ele veria a luz do castiçal de ouro (Êx
25.31-40) que apontava para Jesus Cristo, a luz do
mundo (Jo 8.12). No lugar santo também era colocada
a mesa com os pães da proposição e o altar de incenso.
O terceiro e último compartimento era o Santo
dos Santos, um local restrito, onde somente o sumo
sacerdote poderia entrar uma única vez ao ano. Dentro
deste compartimento secreto ficava a arca da aliança.
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As Leis Civis Entregues
por Moisés aos
Israelitas
A Escolha de Arão e
seus Filhos para o
Sacerdócio
Ao sair do Egito os hebreus eram um grupo de
pessoas murmuradoras e rebeldes. Deus almejava
organizá-los como nação. O Senhor não queria uma
“massa de gente”. Ele desejava estabelecer uma
nação santa e justa. Deus iria fazer dos hebreus uma
nação modelo, para isso o povo precisava de leis,
de uma constituição que os ensinassem a respeitar
a Deus e ao próximo.
Deus falava com Moisés face a face e ele transmitia
aos hebreus as instruções divinas. Moisés era a “ponte”
que ligava Deus ao povo. Moisés tipificava Jesus, o
único mediador entre Deus e os homens: “Porque
há um só Deus e um só mediador entre Deus e os
homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.5). Todavia,
Deus desejava falar diretamente com o seu povo e
não somente por intermédio de Moisés. Mas os israelitas não suportaram ouvir a voz do Todo-Poderoso
diretamente. Enquanto povo, reconheceram que
suas iniquidades os impossibilitariam de estar diante
de Deus face a face. O pecado nos separa do Pai.
O Senhor falava com Adão pessoalmente, todavia
depois do pecado, ao ouvir Deus chamar, Adão se
esconde da presença do Criador (Gn 3.8). O pecado
nos impede de vermos a face do Altíssimo e ouvir
a sua voz: “Mas as vossas iniquidades fazem divisão
entre vós e o vosso Deus [...]” (Is 59.2).
A escravidão é uma forma cruel de degradação
humana. Somente o homem sem Deus pode aceitar
tal condição. O Altíssimo nunca compactuou com a
escravidão, todavia esta prática desumana já fazia
parte do contexto social dos israelitas e precisava
ser ordenada por uma legislação que amparasse o
indivíduo. Depois de serem 400 anos afligidos pela
escravidão egípcia, os israelitas deveriam abominar
tal prática, todavia ela existia entre os hebreus. As
leis civis entregue por Moisés tinha como propósito
regulamentar esta triste condição social. Em Israel
uma pessoa só poderia ficar na condição de escravo
durante seis anos (Êx 21.2). No sétimo ano ela deveria
ser alforriada. Segundo o Comentário Bíblico Beacon “a lei não exigia que houvesse escravidão, mas
visto que existia, estas leis regulamentares regiam a
manutenção das relações certas”.
A escravidão geralmente se dava pela pobreza.
Sim, em Israel, como em todas as sociedades sempre
existiu pobres e ricos (Dt 15.11; Jo 12.8). Caso uma
pessoa não conseguisse pagar suas dívidas ela e seus
filhos poderiam ser levados como escravos (2 Rs 4.1).
Todavia, Deus estabeleceu leis para que as pessoas
pudessem pagar suas dívidas e tornarem-se livres.
Segundo a ordenação de Deus a Moisés, Arão e
seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar deveriam
ser separados e consagrados para o sacerdócio (Êx
28.1). Todavia, sabemos que Nadabe e Abiú morreram
perante o Senhor ao oferecer fogo estranho. Então o
sacerdócio ficou restrito aos descendentes de Eleazar e
Itamar (Lv 10.1,2). Para ser um sacerdote não bastava ter
nascido na família de Arão, pois havia várias restrições
que impediam uma pessoa de exercer o sacerdócio.
Para desempenhar tal nobre função eram necessárias
certas exigências; o homem não poderia ter nenhum
defeito físico (Lv 21.1-24). A lei exigia perfeição e tal
perfeição apontava para Cristo, o homem perfeito.
O sacerdote tinha a função principal de conduzir
o homem até Deus, todavia também exercia funções
no tabernáculo e no ensino da Lei (Lv 10.10,11; Dt
33.10; 2 Rs 17,27,28). O sacerdote não era um neófito. Ele precisava conhecer as leis civis e religiosas
para exercer suas funções. Qualquer erro era pago
com a própria vida. Isto nos mostra como é grande a
responsabilidade daqueles que ministram na Casa de
Deus. É necessário que os pastores sejam separados,
tenham uma vida santa, conheçam a Palavra de Deus
e estejam aptos para ensiná-la.
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe “o sacerdócio
hebreu incluía três classes básicas: o sumo sacerdote,
os sacerdotes, e os levitas”.
O sacerdote deveria se apresentar diante de Deus
com roupas santas, separadas para a ministração.
Infelizmente, muitos pensam que porque estamos
no tempo da graça podemos nos achegar a Deus de
qualquer maneira. Puro engano! A Palavra de Deus
nos ensina que sem santidade (separação do mundo)
ninguém verá ao Senhor (Hb 12.14). Precisamos ser
santos na nossa maneira de ser, vestir, falar e proceder.
Deus ordenou que se fizessem túnicas brancas e
vestes íntimas (Êx 28.6-12) de linho puro para os sacerdotes. O linho puro e branco simbolizava a pureza,
perfeição e justiça de Cristo, nosso Sumo Sacerdote.
Todas as partes do corpo do sacerdote deveriam ficar
cobertas. Somente os pés poderiam aparecer. Não
podemos nos esquecer que Deus ordenou que Moisés tirasse as sandálias dos pés, pois no oriente esta
era uma atitude de respeito. Os sacerdotes tinham
ao todo umas oito peças de roupa para os rituais no
tabernáculo. Segundo Victor Hamilton “quatro vestes
só podiam ser usadas pelo sumo sacerdote (o éfode
(Êx 28.6-12); o peitoral do juízo (Êx 28.15-30); o manto
do éfode (Êx 28.31-35); uma mitra (Êx 28.36-38)”. Tanto
as roupas como os rituais apontava para Cristo.
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Lição
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A Cerimônia de
Consagração do
Sacerdócio
O Legado de
Moisés
Moisés, segundo as instruções divinas, separou a
Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar para
o sacerdócio (Êx 28.1). Todos os dias o sacerdote deveria
oferecer no altar do holocausto sacrifícios. Primeiro era
necessário que um animal inocente fosse morto em
resgate da vida do próprio sacerdote, e em seguida
outro animal morreria em favor do povo de Deus.
Vários eram os ritos de purificação que os sacerdotes eram submetidos diariamente. Eles não poderiam
jamais se apresentar diante do Altíssimo de qualquer
maneira. As roupas deveriam estar limpas e em ordem,
e os cabelos bem penteados. A Antiga Aliança não
permitia falhas. Tudo apontava para Jesus Cristo, o
homem perfeito, único capaz de cumprir toda a lei.
Água era aspergida sobre Arão e seus filhos, pois se
tratava de uma lavagem simbólica: “Então, farás chegar
Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e
os lavarás com água” (Êx 29.4). Qual era o propósito da
lavagem? Era apontar para a pureza e perfeição de Cristo.
A purificação se dava na porta da tenda para que todos
os israelitas vissem. Deus é santo e o sacerdote deveria
também ser santo: [...] “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Êx 19.2). Nossa santidade
precisa ser vista por aqueles que não conhecem a Cristo
a fim de que glorifiquem a Deus. Somos chamados para
sermos “sal” e “luz” deste mundo, precisamos fazer a
diferença no meio de uma sociedade perversa.
A água simboliza também a Palavra de Deus.
Jesus declarou: “Vós já estais limpos pela palavra
que vos tenho falado” (Jo 15.3). A Palavra de Deus
é pura e santa, por isso ela pode nos tornar limpos.
Ela também tem o poder de penetrar no mais íntimo
do nosso ser, ela chega onde nenhum homem pode
alcançar (Hb 4.12).
O azeite da santa unção era derramado sobre a
cabeça de Arão e seus filhos: “E disto farás o azeite
da santa unção, o perfume composto segundo a obra
do perfumista; este será o azeite da santa unção” (Êx
30.15). Este azeite era santo (separado) e só poderia
ser utilizado neste ritual. O templo do Senhor, assim
como seus móveis e objetos são santos e só devem
ser utilizados na obra de Deus. Sabemos que um dos
símbolos do Espírito Santo é o azeite.
Em o Novo Testamento vemos que Jesus, nosso
Sumo Sacerdote, recebeu a unção do Espírito Santo
antes de iniciar seu ministério, durante o seu batismo.
Jesus foi ungido para servir (At 10.38; Lc 4.18,19). O
batismo com o Espírito Santo nos torna aptos para o
serviço a Deus.
Moisés foi um importante profeta, poeta, legislador e acima de tudo servo do Senhor valoroso. Um
homem de muita fé. A fé de Moisés fez com que ele
acreditasse no impossível. Sem fé não teria conduzido
por tantos anos um povo rebelde e contumaz. Sua vida
foi um milagre, pois ainda bebê foi salvo da morte por
seus pais. Embora tenha sido criado no Egito, ele se
identificou com o seu povo (Hb 11.5). Moisés viveu no
Egito, foi criado pela filha de Faraó, mas nunca permitiu que o Egito entrasse em seu coração. A Palavra
de Deus nos exorta: “Não vos conformeis com este
mundo” (Rm 12.2), o Egito é um tipo do mundo. Não
podemos nos adequar à maneira de ser mundana.
Vivemos neste mundo, mas não pertencemos a ele,
estamos aqui de passagem. Em breve veremos não
a Terra Prometida, mas a Nova Jerusalém.
Moisés foi escolhido e preparado pelo Senhor
para conduzir os hebreus até a Terra Prometida. O
povo peregrinou durante quarenta anos pelo deserto,
e certa vez, Deus desejou exterminar o povo ali mesmo e prometeu a Moisés que faria dele uma grande
nação: “Agora, pois deixa-me, que o meu furor se
acenda contra eles, e os consuma; e eu farei de ti
uma grande nação” (Êx 32.10). Todavia Moisés não
buscava somente favores divinos para si. Ele amava seu
ministério e suas ovelhas e intercedeu em favor delas
(Êx 32. 11-14). Moisés foi testado pelo Senhor. Deus
também testa a fidelidade e o amor daqueles que Ele
chama para conduzir seu povo. Tem você sido fiel?
Moisés era homem e como tal um dia seu ministério
chegaria ao final. Porém, como líder ele se preocupava
com seu povo e desejava instruí-los para que depois
de sua partida continuassem tendo a Deus como o
soberano e único Senhor. Antes de partir e estar para
sempre com o Senhor, Moisés se preocupou em deixar
toda a lei escrita, assegurando que o povo jamais a
abandonaria.
Depois de atravessar o mar Vermelho, Moisés
cantou um hino de adoração e louvor ao Senhor pela
passagem e livramento milagroso. Perto de passar
desta vida para a eternidade, Moisés canta novamente
adorando a Deus. Seu cântico é um resumo de tudo
que Deus fez em favor do seu povo. Moisés era grato
a Deus por todos os Seus feitos. Moisés começou bem
sua carreira e terminaria os seus dias também bem,
todavia por desobedecer a Deus ele não entrou na
Terra Prometida. Moisés vê a Terra Prometida e morre.
O local da sua sepultura é um mistério que somente
será revelado na eternidade.
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