XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO SUBSÍDIO PARA A ORGANIZAÇÃO DA PISCICULTURA NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO MARACANÃ, SÃO LUÍSMARANHÃO Jonatas S. Castro1; Lucenilde C. Freitas1; Josielma S. Silva1; Raimunda N. F. C. Neta1 1 [email protected] (Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, Maranhão) [email protected] (Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, Maranhão) 1 [email protected] (Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, Maranhão) 1 [email protected] (Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, Maranhão) 1 A Área de Proteção Ambiental (APA) do Maracanã é uma Unidade de Conservação estadual maranhense que ainda não possui plano de manejo, necessitando de ações educativas voltadas para a conservação da atividade piscícola e de seus recursos naturais. Dessa forma, objetivou-se neste estudo identificar a percepção dos piscicultores da APA do Maracanã sobre o meio ambiente e a atividade piscícola desenvolvida na região, a fim de elaborar cartilhas e oficinas educativas direcionadas para os moradores que atualmente cultivam peixes dulcícolas na área. Realizaram-se visitas aos tanques de piscicultura existentes na APA e os piscicultores foram entrevistados através de questionários semiestruturados. No questionário foram abordados os seguintes temas: benefícios e impactos gerados pela piscicultura, poluição dos rios pelos resíduos oriundos dos tanques, crescimento do cultivo de forma adequada e conhecimento a respeito de responsabilidades e encaminhamentos do órgão ambiental responsável pela gestão da APA. Resultados das entrevistas indicaram que a qualidade da água, o excesso de ração, a utilização de medicamentos ineficientes, a construção imprópria dos tanques, o manejo inadequado dos peixes e a falta de apoio técnico são os principais fatores que contribuem para os impactos da prática piscícola na APA. Averiguou-se ainda, que 100% dos piscicultores não conhecem o órgão gestor responsável pela APA do Maracanã (que no caso é a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Naturais, já que a Unidade de Conservação foi criada pelo governo estadual) e nem possuem licença ambiental para realizar a atividade de piscicultura. Essas informações forneceram subsídios para a elaboração das cartilhas educativas que abordaram os seguintes aspectos: o que é piscicultura, o que é APA, princípios que devem ser seguidos na atividade piscícola, leis que regem o licenciamento ambiental da piscicultura, impactos ambientais e as principais doenças em peixes de cultivo. A cartilha foi trabalhada didaticamente com os piscicultores e moradores (oficinas educativas) da região que mostraram interesse coletivo em melhorar as práticas exercidas na criação de peixes dulcícolas. Os piscicultores também apontaram a necessidade de continuidade desse tipo de formação para os moradores da área. De acordo com a avaliação feita pela comunidade alvo da ação educativa as informações adquiridas propiciaram um entendimento sobre a importância das ações conservacionistas na APA para o desenvolvimento de uma piscicultura de água doce adequada. Esses dados indicam que a Educação Ambiental é um processo que pode auxiliar nos processos de ordenação das atividades econômicas desenvolvidas em Unidades de Conservação de Uso Sustentável. Palavras-chave: atividade piscícola, Unidade de Conservação, piscicultores Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 426