A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM COMO SUBSÍDIO PARA A COMPREENSÃO DA
EVOLUÇÃO DO CAMPO DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
Andreza Coelho Pereira1
Hannah Alves Dutra Lima2
Hélen Cristian Rodrigues de Moura3
Myckahellen Cardoso Gonçalves4
Sheila Aparecida Ribeiro Furbino5
RESUMO
O campo de atuação da enfermagem tem crescido substancialmente nos últimos anos, abrindo
perspectivas de conhecimento em múltiplas direções e espaços, permitindo que o enfermeiro
desenvolva atividades e serviços nas áreas do cuidado, da educação e da gestão, tanto de
natureza pública quanto privada. Florence Nigthingale introduziu a enfermagem como arte ou
modelo vocacional, legitimando a hierarquia e disciplina no trabalho de enfermagem. O
objetivo deste artigo consiste em descrever a evolução do campo de atuação do enfermeiro a
partir de Florence Nightingale, bem como conhecer a evolução histórica do campo de atuação
do enfermeiro e descrever suas principais áreas de atuação. Como metodologia, utilizou-se a
revisão bibliográfica descritiva de artigos encontrados nas bases de dados Scielo, Biblioteca
Virtual em Saúde, Bireme e REME. No ensino e pesquisa, este estudo contribuirá para
apresentar aos acadêmicos, profissionais de enfermagem e à sociedade o papel que o
enfermeiro desempenha nas diferentes áreas em que atua. As conquistas da enfermagem ao
longo dos anos são notórias, porém, muitas são as melhorias a serem alcançadas. Nesse
sentido, vê-se a necessidade de enfermeiros engajados em realizar e divulgar estudos e
pesquisas que busquem a cientificidade da enfermagem, culminando numa atuação segura,
autônoma e reconhecida, apresentando aos profissionais e à sociedade os avanços alcançados
e os desafios futuros desta profissão.
Palavras-chave: História da enfermagem. Campo de atuação. Enfermeiro.
1
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce
Email: [email protected]
2
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce
Email: [email protected]
3
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce
Email: [email protected]
4
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce
Email: [email protected]
5
Orientadora Professora do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce
Email: [email protected]
2
empresas
INTRODUÇÃO
prestadoras
desses
serviços;
consultoria, auditoria e emissão de parecer
sobre matéria de enfermagem.
Os estudos históricos sobre a
Segundo Erdmann et al. (2009), a
enfermagem possibilitam a conscientização
enfermagem
do que é esta profissão, o desenvolvimento
pessoas, independentemente dos contextos
da autoestima coletiva e a formação da
e ambientes em que estão inseridas,
identidade
forma,
durante todo o ciclo vital, visando a
estudar a história da enfermagem gera
manutenção e melhoria da qualidade de
liberdade e permite um novo olhar sobre a
vida, prevenindo doenças ou amenizando
profissão (BARREIRA, 1999).
seus efeitos. Destaca, ainda, a atuação do
profissional.
O
campo
enfermagem
Dessa
de
atuação
tem
assume
o
cuidado
das
da
enfermeiro nas áreas de promoção da
crescido
saúde e recuperação do doente, em
substancialmente nos últimos anos, abrindo
consultórios,
perspectivas
em
domicílios; nos serviços de assessoria e
múltiplas direções e espaços, permitindo
atividades organizacionais, possibilitando
que este profissional desenvolva atividades
que este profissional atue de maneira
e serviços nas áreas do cuidado, da
autônoma e empreendedora na gestão de
educação e da gestão, tanto de natureza
serviços de saúde e em atividades de
pública quanto privada (ERDMANN et al.,
ensino e pesquisa.
de
conhecimento
2009).
hospitais
e
Rosa e Lima (2005), em pesquisa
A Lei nº 7.498/86, de 25 de junho
de
clínicas,
1986
que
a
imprensa escrita, identificaram o exercício
da
da enfermagem intimamente ligado à
enfermagem e dá outras providências, em
função assistencial, sendo que a atividade
seu Artigo 11 demonstra algumas áreas de
gerencial, de planejamento e avaliação não
atuação que são exclusivas do enfermeiro e
foi evidenciada, bem como as de ensino e
vão além do cuidado com o paciente, como
pesquisa.
regulamentação
dispõe
do
sobre
baseada na análise de reportagens da
exercício
a direção do órgão de enfermagem
Segundo Toledo e Soares (2008), a
integrante da estrutura básica da instituição
ausência de uma filosofia de trabalho e a
de saúde, chefia de serviço e de unidade de
percepção
enfermagem; organização e direção dos
dificultam uma concepção clara da prática
serviços
profissional do enfermeiro.
atividades
de
enfermagem
técnicas
e
e
de
suas
auxiliares
nas
de
conceitos
fragmentados
Considerando o desenvolvimento
3
da
enfermagem
expansão
do
como
campo
de
profissão,
a
atuação
do
Com o resultado da primeira busca
foram
identificadas
201
produções
enfermeiro e o desconhecimento deste
científicas. Realizou-se então a leitura dos
crescimento
alguns
artigos para seleção e fichamento dos
profissionais de enfermagem e sociedade,
textos. Durante este processo, foram
identificou-se a necessidade de descrever a
descartados 151 produções, pois apesar de
evolução
possuírem
por
do
enfermeiro
parte
campo
a
de
partir
de
atuação
algum
dos
descritores
Florence
delimitados na busca, não tratavam do
Nightingale, bem como conhecer a sua
assunto de interesse do estudo. Após o
evolução
refinamento, o quantitativo de publicações
histórica
e
de
do
descrever
suas
principais áreas de atuação.
identificadas envolvendo os descritores
Entende-se que o estudo sobre o
consistiu em 50 produções científicas.
campo de atuação do enfermeiro é
De posse das fontes selecionadas,
relevante na medida em que oferece
procedeu-se à confecção do artigo, que foi
subsídios à reflexão dos profissionais de
organizado em 04 subtemas para facilitar
enfermagem e da sociedade acerca das
seu entendimento e atender ao objetivo
várias áreas de ação do enfermeiro e do seu
proposto.
papel no ambiente de trabalho. Neste
quesito, o presente estudo contribuirá para
apresentar aos acadêmicos, profissionais de
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM A
enfermagem e à sociedade o verdadeiro
PARTIR
papel
NIGTHINGALE
que
o
enfermeiro
poderá
DE
FLORENCE
desempenhar.
Trata-se de um estudo descritivo,
de natureza bibliográfica acerca do campo
No
decorrer
da
história,
a
de atuação do enfermeiro, desenvolvido no
enfermagem encontrou muitas situações
período de agosto de 2011 a maio de 2012,
dificultadoras, desde um trabalho de
a partir da análise de artigos, teses e leis
sacrifício
selecionados em sites de busca disponíveis
atividades realizadas. Influenciada por
na internet (Google) e nos bancos de dados
diferentes contextos, a enfermagem foi
Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde,
exercida por diversos agentes: mulheres,
Bireme e REME através dos descritores:
escravos e religiosos (SOUSA et al., 2010).
história da enfermagem, campo de atuação
Para Rodrigues (2001), a história da
e enfermeiro.
até
enfermagem
o
pode
reconhecimento
ser
situada
das
antes,
4
durante e depois da Idade Média. Antes, o
Em
1854,
Florence
atuou
processo saúde/doença esteve ligado ao
voluntariamente na Guerra da Criméia,
sobrenatural e a enfermagem era praticada
prestando serviço às tropas inglesas.
de forma intuitiva. Durante a Idade Média,
Juntamente com outras mulheres, Florence
a concepção de saúde/doença foi vinculada
organizou
ao aspecto religioso e com o exercício do
mortalidade dos internos de 40% para 2%,
trabalho
de
em seis meses. Por seu trabalho foi
queriam
aproximar-se
enfermagem
as
de
pessoas
Deus.
O
um
hospital,
baixando
reconhecida pelo governo inglês e abriu a
surgimento do capitalismo e a organização
primeira
do
(PADILHA; MANCIA, 2005).
espaço
hospitalar
possibilitou
o
a
escola
de
enfermagem
treinamento de pessoas para exercer a
Gomes et al. (2007) afirmam que
enfermagem, e o que antes estava ligado à
não foi somente na organização hospitalar
religião adquiriu significado vocacional.
que Florence se destacou, mas também na
De acordo com Sousa et al. (2010),
humanização dos cuidados dispensados aos
a enfermagem vivenciou três momentos
soldados,
estabelecendo
melhores
marcantes em sua história, empirismo,
condições sanitárias e no tratamento dos
evolutivo e de aprimoramento, partindo-se
feridos.
de cuidados muito simples e de práticas
baseadas
em
experiências
aperfeiçoando-se
com
leigas,
Florence
Nightingale no século XIX, firmando-se
como
profissão
e
construindo
A
ORGANIZAÇÃO
DA
ENFERMAGEM NO BRASIL
um
conhecimento próprio no século passado.
Foi a partir da segunda metade do
A organização da enfermagem na
século XIX, na Inglaterra, que, sob a
Sociedade Brasileira começa no período
liderança de Florence Nightingale, a
colonial e vai até o final do século XIX. A
enfermagem surgiu como profissão e como
profissão
surge
um campo do saber (GOMES et al., 2007).
prestação
de
como
uma
simples
cuidados
aos
doentes,
Através da sua atuação, Florence
realizada por um grupo formado, na sua
deu à enfermagem poderosos fundamentos,
maioria, por escravos, que nesta época
princípios
trabalhavam nos domicílios (LEMPEK,
técnicos
e
educacionais
e
elevada ética, impulsionando a profissão e
criando oportunidades impensáveis até
então (OGUISSO, 2007).
1995).
O
ensino
de
enfermagem
foi
instituído no Brasil com a criação da
5
Escola Profissional de Enfermeiros e
populacional, em especial nas capitais dos
Enfermeiras, posteriormente denominada
estados
Escola de Enfermagem Alfredo Pinto. A
governo a preocupar-se com a elaboração
escola foi oficializada pelo Decreto Federal
de uma política sanitarista, devido ao
n° 791, de 27 de setembro de 1890, que
aumento das doenças transmissíveis como
determinava a sua criação, a duração do
a cólera, a peste bubônica, a febre amarela,
curso de dois anos e a composição do
a varíola, a tuberculose, a lepra e a febre
corpo
tifóide (KRUSE, 2006).
docente
(KLETEMBERG;
SIQUEIRA, 2003, MECONE; FREITAS,
mais
importantes,
forçou
o
Desde que surgiram as primeiras
preocupações em torno da “higienização da
2009).
O ensino era voltado a cuidados
nação”, as questões sanitárias favoreceram
com pacientes psiquiátricos, demandado
a inserção de estratégias estrangeiras nas
por
formação
reformas internas no campo da saúde. A
técnica para assistência a estes pacientes. O
enfermagem foi alvo de interesses políticos
exercício da enfermagem no Brasil até
neste período e esteve envolvida com
então,
reformas sanitárias (MECONE; FREITAS,
processos
era
políticos
praticado
solidariedade
de
com
humana
base
na
(MECONE;
FREITAS, 2009).
2009).
Assim, durante a primeira reforma
Em fins de 1908, a escola Cruz
sanitária,
Carlos
Chagas,
diretor
do
Vermelha Brasileira foi organizada e
Departamento Nacional de Saúde Pública,
instalada no Brasil, tendo como primeiro
tomando como referência as ações da
presidente
Fundação Rockfeller buscou implantar um
o
médico
Oswaldo
Cruz
(LEMPEK, 1995).
A
novo modelo de atenção à saúde que
produção
historiográfica
evidenciava a necessidade de unidades de
brasileira no âmbito
da enfermagem
saúde locais e permanentes, com a
relaciona
a
enfermagem
institucionalização
moderna
às
da
formação de uma equipe de profissionais
grandes
que atuassem de forma sistemática junto à
epidemias (RIZZOTTO, 2006).
população
No início do século XX, fatores
como o aumento do comércio internacional
(MERHY,
1992
apud
RIZZOTTO, 2006).
Com
o
objetivo
de
formar
e o incremento das correntes migratórias,
profissionais para atuar na saúde pública,
teriam
crescente
como agentes de educação em saúde, o
complexidade da estrutura socioeconômica
sanitarista Carlos Chagas em parceria com
do
a Fundação Rockfeller, criou em 1923 a
levado
Brasil.
O
a
uma
constante
aumento
6
Escola de Enfermeiras do Departamento
Nacional
de
Saúde,
posteriormente,
Na segunda metade da década de
1940, houve um aumento no interesse
denominada Escola de Enfermagem Anna
pelas
Nery, tendo como modelo o sistema
enfermeira-chefe e pela formação desta
nightingaleano
2002).
profissional, a fim de atender a necessidade
Contudo, o objetivo de formar enfermeiras
de preparação de enfermeiras para o
com o papel de educadoras em saúde não
exercício gerencial. À enfermeira competia
se concretizou devido a uma série de
o bom andamento do serviço, o bem estar
fatores que, articulados, determinaram o
dos doentes e a satisfação de sua equipe,
desenvolvimento da enfermagem numa
tornando-a essencial tanto na organização,
perspectiva
quanto no gerenciamento do serviço de
(GEOVANINI,
diferente
daquela
atividades
desempenhadas
originalmente pensada. Diante disso, o
enfermagem
único campo fora dos hospitais, onde a
ROZENDO; GOMES, 1998).
enfermagem teve algum desenvolvimento,
foi
nos
programas
de
combate
à
(LEITE,
pela
1947
apud
Na década de 1950, o trabalho
desenvolvido
pela
enfermagem,
tuberculose, onde a Fundação Rockfeller
considerado como trabalho em equipe,
tinha particular interesse em que fossem
proporciona ao enfermeiro o papel de líder,
investidos recursos e ações de saúde
que assume a administração da assistência
(MERHY, 1992 apud RIZZOTTO, 2006).
de enfermagem, responsabilizando-se pelo
No período histórico de 1930 a
planejamento, coordenação e a supervisão
1949, a literatura produzida retrata a
da
preocupação
das
responsabilidades do cuidado direto ao
enfermeiras, bem como com a definição de
paciente a membros da equipe (VIETTA et
seu papel (ROZENDO; GOMES, 1998).
al., 1996).
com
a
formação
assistência,
delegando
certas
Os mesmos autores citando Paixão (1947)
Com a publicação da portaria n°
relatam que, após três anos de estudo, as
94162 de 27 de março de 1962, do
enfermeiras
Ministro de Estado dos Negócios do
recém-formadas
eram
absorvidas pelo mercado de trabalho com a
Trabalho
responsabilidade de orientar os serviços de
enfermeiro, até então mantido numa
enfermagem, manter a ordem e a higiene
situação irregular, situado na categoria de
das
a
enfermeiros e empregados de hospitais e
responsabilidade pelo controle do espaço
casas de saúde, conquista sua autonomia
físico, dos doentes e dos demais agentes da
profissional,
criando
equipe de enfermagem.
enfermeiros
como
enfermarias,
cabendo
a
elas
e
Previdência
o
Social,
grupo
profissão
o
de
liberal
7
(SILVA et al., 1979 apud VIETTA et al.,
constitucional do direito universal à saúde
1996).
e a construção institucional do Sistema
Vietta, Uehara e Netto (1996) citam
Único de Saúde (SUS).
Souza (1984) ao afirmarem que, a partir da
Ribeiro e Amorim (2004) afirmam
década de 1970, as enfermeiras brasileiras
que diante do contexto da Reforma
reconhecendo a necessidade de um campo
Sanitária, o enfermeiro buscou ampliar seu
de conhecimento, buscaram entrar em
campo de ação e questionou a assistência
contato com as teorias de enfermagem que
de
já
conceituada
vinham
sendo
desenvolvidas
nos
enfermagem
vigente
como
o
até
então,
atendimento
às
Estados Unidos desde a década de 1960,
necessidades
biopsicossociais.
Os
tendo sido publicadas várias delas como as
profissionais,
embasados
em
teorias de Orlando, Hall, Levine, Rogers,
conhecimentos técnico-científicos da saúde
dentre outras. Ainda na década de 1970,
coletiva, perceberam que esse movimento
Wanda Horta foi a responsável pela
demandava uma nova prática profissional,
primeira teoria de enfermagem brasileira,
em que seria necessário preparar atores
fundamentada na teoria das necessidades
para
humanas de Maslow.
enfermagem como uma prática social.
novas
funções,
definindo
a
No início da década de 1980, o
A partir de então, a formação do
modelo de saúde vigente baseava-se na
enfermeiro volta-se para um atendimento
oferta de serviços de saúde coletivos,
integral no que diz respeito à promoção,
excludentes, ligados aos interesses da
proteção
indústria médico-hospitalar e tecnológica,
implicando
com o enfoque para a doença. Com o fim
atendimento com uma visão global do
da
homem na plenitude de seus direitos de
ditadura
militar
e
início
da
democratização do país, enfermeiros e
e
recuperação
na
da
humanização
saúde,
do
cidadão (ALMEIDA, 1986).
sanitaristas viram no campo da saúde um
terreno para discutir a ampliação dos
direitos de cidadania e uma possível
PRINCIPAIS ÁREAS DE ATUAÇÃO
socialização do país a partir da estatização
DO ENFERMEIRO NA ATUALIDADE
do setor saúde (RIBEIRO; AMORIM,
2004).
Para Fleury (2009), a reforma
Desde a criação do SUS, em 1988,
sanitária no Brasil emergiu como parte da
os municípios têm buscado adequar-se às
luta pela democracia e alcançou a garantia
normas e diretrizes que o regem, quais
8
sejam, a universalidade do acesso aos
família (COSTA; SILVA, 2004).
serviços; a integralidade da assistência; a
participação
da
comunidade;
O enfermeiro encontrou na ESF um
a
progressivo campo de atuação, que lhe
descentralização político-administrativa e a
permite atuar de forma autônoma e
ênfase na regionalização e hierarquização
desvincula da prática subordinada a outros
da rede de serviços de saúde (ROCHA;
profissionais, exercendo um papel distinto
ZEITOUNE, 2007).
do que lhe era conferido nas instituições
Em 1994, foi criado o Programa
Saúde da Família (PSF), mais adiante
denominado
Estratégia
modelo
tradicional
(COSTA; MIRANDA, 2008).
Atualmente, a ESF tem sido porta
Família (ESF), como nova forma de
de entrada no mercado de trabalho para a
desenvolvimento do SUS e eixo central
maioria dos enfermeiros, o que gera a
para promover a extensão de cobertura do
necessidade de profissionais capacitados e
Ministério
comprometidos para agir na atenção
Saúde
Saúde
no
da
da
de
estruturadas
(MONTEIRO;
FIGUEIREDO; MACHADO, 2009). A
primária.
Nesse
sentido,
ESF surgiu em resposta à crise do modelo
acadêmica
e
médico-clínico, até então predominante no
enfermagem vêm modificando-se ao longo
país, o qual não contemplava os princípios
dos anos, a fim de preparar profissionais
do SUS, pois tinha como foco a assistência
conhecedores dos problemas sociais e de
individualizada, curativa e medicamentosa,
saúde da população e capazes de intervir
com pouca resolutividade e baixo impacto
na reorganização do setor saúde de
social (OGATA, MACHADO; CATOIA,
maneira técnica, científica, política e ética
2009).
(COSTA; MIRANDA, 2008).
a
a
formação
qualificação
em
Nesse contexto, o trabalho da
Erdmann et al. (2009) destacam que
enfermagem adequou-se à nova política de
a enfermagem também pode ser vista como
saúde
produzindo
uma profissão autônoma, pois o enfermeiro
mudanças relevantes na organização e
pode se especializar em diferentes campos,
operacionalização dos serviços de saúde. A
associados
enfermagem foi então incorporada a um
coordenação, avaliação clínica, diagnóstico
conjunto
e
vigente
de
no
País,
atividades
assistenciais,
às
intervenção
de
ações
de
de
decisão,
enfermagem
independência
como
gerenciais, educativas e de pesquisa,
atributos
e
adquirindo competência técnica e científica
conhecimento. Ressalta ainda a atuação
na assistência à população, visando à
deste profissional em serviços hospitalares,
promoção da saúde do indivíduo e sua
escolas e empresas, além de atividades de
9
ensino e pesquisa estimulando a inserção
conforto
dos alunos e profissionais nos grupos de
cliente/paciente do ambiente hospitalar
pesquisa e projetos de extensão.
(GONÇALVES; PIANCÓ; ALMEIDA,
De acordo com Gonçalves, Piancó
e
Almeida
(2011),
enfermagem
os
vêm
consideravelmente,
avanços
e
comodidade
privando
o
2011).
da
A Resolução do Conselho Federal
crescendo
de Enfermagem (COFEN) n° 267, afirma
um
que o SAD baseia-se na prestação de
campo notório onde o enfermeiro pode vir
serviços de saúde ao cliente/paciente,
a atuar promovendo a saúde da população
família e grupos sociais em domicílio,
e qualidade de vida. Consultorias e
além
auditorias, consultórios e atendimento
acompanhamento,
domiciliar
reabilitação de pacientes, de diferentes
particularidades
vislumbrando
são
algumas
que
concedem
das
ao
enfermeiro uma atuação autônoma.
faixas
de
constituir
etárias,
necessidade
e
um
serviço
tratamento,
em
resposta
de
seus
de
e
à
sua
familiares,
A presença do enfermeiro entre os
atendendo a qualidade do funcionamento
profissionais que atuam nos serviços de
do contexto domiciliar (PAZ; SANTOS,
auditoria em saúde indica a relação que
2003). Esta resolução ainda ressalta que a
existe entre o conhecimento necessário
enfermagem em Home Care, exprime
para o trabalho neste campo e as
significativamente a autonomia e o caráter
responsabilidades assumidas na prática
liberal
assistencial. Isto porque o profissional que
prevendo atividades nos níveis de menor,
atua na maior parte dos procedimentos
média e alta complexidade (ALVES et al.,
relacionados à assistência prestada ao
2007).
do
profissional
enfermeiro,
usuário desde o atendimento direto, até as
Trevizan et al. (1982) ressaltam que
atividades administrativas e gerenciais é o
a colaboração do enfermeiro de serviço nas
enfermeiro, o que lhe confere alguma
atividades de ensino e de pesquisa vem
competência técnico-administrativa para
crescendo substancialmente. Através de
lidar com o processo de produção da conta
observação sistemática tem-se verificado
hospitalar (PINTO; MELO, 2010).
que há disposição do enfermeiro em
O Home Care ou Serviço de
Atendimento
Domiciliar
(SAD)
vem
colaborar no ensino de estudantes de
enfermagem.
ganhando espaço no mercado por trazer
A
produção
de
novos
inúmeros benefícios, como a promoção,
conhecimentos na modalidade de pesquisa
prevenção, recuperação da saúde, além do
vem
se
desenvolvendo
por
diversos
10
pesquisadores, sejam eles titulados ou em
de especialidade em algumas áreas em
formação. A enfermagem como ciência e
função do seu conhecimento e trabalho.
profissão tem desenvolvido ao longo dos
Dentre
anos pesquisas que se fazem necessárias
destacar a presença do enfermeiro em
para o exercício da prática profissional e
clínicas laboratoriais, sendo este habilitado
aquisição de novos conhecimentos onde os
e responsável por todas as ações de
diferentes métodos de pesquisa sustentam
enfermagem que ali sejam executadas
o saber da enfermagem rumo à excelência
(SILVA, 2004).
e qualificação (ERDMANN; LANZONI,
2008).
estas
especialidades,
Outra
área
é
em
podemos
centro
de
diagnóstico por imagem, onde desenvolve
A enfermagem como parte maior da
procedimentos
de
diagnósticos
na
equipe multiprofissional destaca-se não só
administração de contrastes em serviços de
na assistência ao paciente como também se
radiologia
faz responsável por outras unidades no
computadorizada;
ambiente hospitalar atuando na liderança,
hemodinâmica e ressonância magnética,
gerência e pesquisa, além de desempenhar
sendo sua principal função identificar os
o trabalho em equipe visando sempre o
fatores de risco para a execução dos
cuidado ao paciente (SILVA; ERDMANN;
serviços e intervir com responsabilidade e
CARDOSO, 2008).
habilidade nas possíveis complicações que
Auricchio e Massarollo (2007)
enfatizam a atuação do enfermeiro em
clínicas de estética que tem como objetivo
possam
convencional;
surgir
tomografia
ultrassonografia;
em
consequência
do
procedimento (SALES et al., 2010).
Silva
(2005)
citando
Mendes
a execução de técnicas destinadas a
(2003) relata que a preocupação com a
corrigir alterações do relevo cutâneo da
saúde dos trabalhadores tem sido motivo
face e de outras regiões do corpo por meio
de grande discussão e investigação de toda
de procedimentos clínicos minimamente
a sociedade. Isso se aplica devido as
invasivos onde se faz presente, assim como
condições
tem a função de preparar o cliente
trabalhadores e os impactos que a mesma
informando-o e esclarecendo-o sobre o
traz, repercutindo na sociedade, economia
procedimento a ser realizado e presta
e política.
cuidados de pré e pós-procedimento,
avaliando riscos e benefícios para o tal.
de
trabalho
na
vida
dos
Diante disso, Castro, Sousa e
Santos (2010) apontam a atuação do
A enfermagem conquistou novos
enfermeiro na saúde do trabalhador como
espaços de atuação e alcançou a categoria
especialista em saúde ocupacional, tendo
11
como atribuições gerenciar e prestar
PERSPECTIVAS
assistência
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
de
trabalhadores,
enfermagem
prevenindo
aos
FUTURAS
PARA
riscos
ocupacionais e atendendo os doentes e
acidentados, em busca de seu bem-estar
físico e mental.
As inúmeras e rápidas alterações no
campo
Devido
à
necessidade
político,
econômico,
social
e
de
cultural, decorrentes dos processos de
profissionais qualificados para remoção
globalização do mundo contemporâneo,
aeromédica de pacientes de alto risco,
geram efeitos drásticos na saúde humana
surgiu a modalidade de enfermeiro de
individual e coletiva e impõem novos e
bordo. No Brasil, esta ainda é uma
grandes
atividade recente, cuja formação está
profissional de enfermagem do século XXI
voltada para emergências e cuidados a
(SILVA, 2008).
pacientes graves (THOMAZ, 1999).
Campos (2007) relata a atuação do
desafios
No
rápida.
navios
expectativa
extração
de
petróleo,
Brasil,
o
a
disciplina
crescimento
da
população idosa vem ocorrendo de forma
enfermeiro de bordo em plataformas ou
de
para
O
aumento
de
à
considerável
vida
dos
diminuição
da
na
brasileiros
desenvolvendo atividades como: realizar
associado
taxa
de
consulta de enfermagem; prescrever ações
natalidade têm ampliado a proporção
de enfermagem; prestar assistência direta a
relativa de idosos na população brasileira
pacientes graves; realizar procedimentos
(PAVARINI et al., 2005).
de maior complexidade; solicitar exames;
Pesquisa publicada pela Revista de
prescrever medicamentos; acionar equipe
Administração e Inovação em 2010 buscou
multiprofissional
registrar
identificar quais serão as profissões mais
observações, cuidados e procedimentos
prováveis de se desenvolver no futuro e
prestados; realizar a evolução clínica de
onde estarão as oportunidades de negócios
pacientes, dentre outras. Destaca ainda que
para empreendedores, considerando o ano
o enfermeiro de bordo tem sob sua
de 2020. Os resultados da pesquisa
responsabilidade uma população de até 200
evidenciaram, dentre outras coisas, que
trabalhadores, exigindo deste profissional
devido ao envelhecimento da população,
conhecimento
profissões relacionadas a cuidados com os
de
técnico
saúde;
e teórico para
executar as atividades de bordo.
mais velhos, como a enfermagem, estão
entre as carreiras mais promissoras para os
próximos
anos
(WRIGHT;
SILVA;
12
SPERS, 2010).
No
se situavam no ano de 2030 e imaginavam
século
XXI,
serão
os
as
conquistas
que
a
profissão
teria
enfermeiros frente à gerência que terão que
alcançado (OGUISSO et al., 1999). Os
mudar
estudantes visualizaram que, no futuro,
paradigmas
sobreviver,
mas
para
não
prosperar,
apenas
pois,
a
enfermeiros
teriam
competência
para
globalização é o caminho, e o desafio de
realizar anestesias e pequenas cirurgias;
cada profissional para ocupar o seu espaço
ocupariam cargos de destaque, como
(CARDOSO, 2003).
Ministro da Saúde ou até de Diretor Geral
Com o crescente avanço científico e
da Organização Mundial de Saúde; e
tecnológico na área da saúde vê-se a
enfermeiros no campo político, assumindo
necessidade dos profissionais da área
cargo de Senadores da República ou
buscarem constante atualização. Destaca-
Deputados Federais. Apesar da esperança
se o saber do profissional enfermeiro no
demonstrada pelos alunos, a autora lança o
mundo tecnológico, uma vez que este, na
seguinte
execução de novas pesquisas, contribui de
enfermeiros
forma eficiente, digna e ética para uma
(OGUISSO, 2000).
vida cotidiana mais prazerosa e menos
complicada (KOERICH et al., 2006).
influenciar
o
modo
esse
caminho?”
Mesmo as perspectivas para a
totalmente
definidas,
sabe-se
que
a
vida,
enfermagem do futuro será contestadora e
fazendo-se presente nos dias atuais em
superadora dos limites impostos pelo
diversos campos da atividade humana. A
modelo
incorporação de novas tecnologias tem
comprometida com
gerado mudanças nos cuidados prestados
político-estruturais que o cuidado em saúde
pelo enfermeiro e, ao mesmo tempo, induz
da população requer e deseja (PRADO E
o
REIBNITZ,2004).
aperfeiçoamento
de
seguirão
“Quantos
atuação do enfermeiro no futuro não sendo
A tecnologia pode modificar assim
como
questionamento:
técnico-cientíco
político
e
econômico,
as transformações
possibilitando um cuidado com maior
qualidade e eficácia (SILVA; FERREIRA,
2009).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Outras
áreas
de
atuação
dos
enfermeiros no futuro são sugeridas por
alunos do primeiro ano do curso de
A evolução da enfermagem e do
graduação de enfermagem da Universidade
campo de atuação do enfermeiro se vincula
de São Paulo, em um trabalho no qual eles
diretamente com seu passado histórico.
13
Florence
Nightingale
marco
na
representou
um
histórica
da
evolução
por progresso e reconhecimento para a
profissão.
A
enfermagem, permitindo a inserção da
assumindo
como
cientificidade e a institucionalização da
crescimento, conquistando cada vez mais
profissão. Com o decorrer da história e
áreas de atuação. Nesse sentido, vê-se a
atrelada às mudanças nas práticas de saúde,
necessidade de enfermeiros engajados em
a profissão deixou de ser restrita a
estudos e pesquisas que busquem a
ambientes
cientificidade
hospitalares
e
conquistou
enfermagem
uma
da
vem
se
profissão
em
enfermagem,
destaque no âmbito de promoção e
proporcionando-lhes uma atuação segura,
prevenção da saúde, e conforme surgiram
autônoma e reconhecida.
novas
necessidades
de assistência,
a
Tão importante quanto à realização
enfermagem conquistou espaço em áreas
de estudos e pesquisas é a divulgação dos
antes inéditas.
resultados das mesmas. Baseando-se nisso,
Conclui-se então que as conquistas
espera-se que este estudo ofereça subsídios
da enfermagem ao longo dos anos foram
para reflexão da evolução das práticas de
notórias, porém muitas são as melhorias a
enfermagem,
serem
profissionais e à sociedade os avanços
realizadas.
melhorias
O
depende
alcance
da
dessas
união
e
comprometimento dos enfermeiros na luta
apresentando
aos
alcançados, contribuindo assim para um
maior reconhecimento da profissão.
THE HISTORY OF NURSING AS A SUBSIDY FOR THE COMPREHENSION OF
THE EVOLUTION IN THE ACTING FIELD OF THE NURSE
ABSTRACT
The nurse acting field has grown substantially in the last few years, opening perspectives of
knowledge in multiple directions and spaces, allowing the nurse to develop activities and
services in the areas of care, education and administration, as either public or private nature.
Florence Nigthingale introduced nursing as an art or vocational model, legitimizing the
hierarchy and discipline in the nursing job. The objective of this article consists in describing
the evolution in the acting field of the nurse since Florence Nightingale, also to know the
historic evolution of the nurse acting field and to describe its main working area. In the
methodology, bibliographic revised descriptive articles found in Scielo’s database, Health
Virtual Library, BIREME and REME, were used. In teaching and research, this study will
contribute to the presentation for the academics, nursing professionals and for the society, the
14
role that the nurse can develop in various areas of work. The nursing achievement throughout
the years are remarkable, However, many are the progress that still needs to be reached. This
way, there is a need to have nurses engaged to conduct and disseminate research and studies
that seek the scientificity of nursing, culminating in a secure, independent and recognized
performance, presenting to professionals and to society the advances reached and the futures
challenges of this profession.
Keywords: History of nursing. Working field. Nurse.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Maria Cecília Puntel de. A
formação do enfermeiro frente à reforma
sanitária. Cadernos de Saúde Pública.
Rio de Janeiro, v.2, n.4, out./dez. 1986.
ALVES, Marília et al. Trabalho do
enfermeiro em uma empresa de Home
Care de Belo Horizonte, Brasil. Revistas
Científicas de América Latina, v. XXV,
n 2, set. 2007. Disponível em: <http://red
alyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/1052/105215
257009.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2011.
AURICCHIO, Ana Maria;
MASSAROLLO, Maria Cristina
Komatsu Braga. Procedimentos
estéticos: percepção do cliente
quanto ao esclarecimento para a
tomada de decisão. Revista da
Escola de Enfermagem da
USP, São Paulo, v. 41, n.1. mar.
2007. Disponível em:<http://ww
w.scielo.br/pdf/reeusp/v41n1/v4
1n1a01.pdf>. Acesso em: 20
nov. 2011.
BARREIRA, Ieda de Alencar. Memória e
história para uma nova visão da
enfermagem no Brasil. Revista Latinoamericana de Enfermagem, Ribeirão
Preto, v. 7, n. 3, p. 87-93, julho 1999.
BRASIL. Lei nº 7.498/86 - de 25 de junho
de 1986. Dispõe sobre a regulamentação
do exercício da Enfermagem e dá outras
providências. Associação Brasileira de
Enfermagem. Disponível em: < http://ww
w.abennacional.org.br/download/LeiPROF
ISSIONAL.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2012.
CAMPOS, Tito Laucas de. Enfermagem
de bordo: análise da legislação e
normatização de proteção à saúde do
trabalhador de enfermagem aquaviário.
2007. 80 f. Dissertação (Mestrado em
Enfermagem, saúde e sociedade) –
Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: <http
://www.dominiopublico.gov.br/download/
texto/cp040955.pdf>. Acesso em: 08 set.
2011.
CARDOSO, Gessi Maria. Perfil da
enfermeira na função gerencial do sistema
de saúde pública. In:
Seminário
Nacional Estado e Políticas Sociais no
Brasil. Paraná, 2003. Disponível em:<
http://cac-php.unioeste. br/projetos/gpps
/midia/seminario1/index2.htm>. Acesso
em: 19 maio 2012.
CASTRO, Angélia Borges Souza de;
SOUSA, Josie Teixeira Costa de;
SANTOS, Anselmo Amaro dos.
Atribuições do enfermeiro do trabalho na
prevenção de riscos ocupacionais. Journal
of the Health Sciences Institute, São
Paulo, v. 28, n. 1, p. 5-7, 2010.
15
COSTA, Maria Bernadete de Sousa;
SILVA, Maria IracemaTabosa da. Impacto
da criação do programa saúde da família na
atuação do enfermeiro. Revista de
Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v.
12, p. 272-279, 2004. Disponível em: <http
://www.facenf.uerj.br/v12n3/v12n3a04.pdf
>. Acesso em: 06 ago. 2011.
GONÇALVES, Chirlaine Cristine;
PIANCÓ, Isabella Maria Filgueira Guedes;
ALMEIDA, Isabella Barros.
Empreendedorismo em enfermagem:
relatos de sucesso, 2011. Disponível em: <
http://189.75.118.67/CBCENF/sistemainsc
ricoes/arquivosTrabalhos/I26976.E9.T515
2.D5AP.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2012.
COSTA, Roberta Kaliny de Souza;
MIRANDA, Francisco Arnoldo Nunes de.
O enfermeiro e a estratégia saúde da
família: contribuição para a mudança do
modelo assistencial. Revista da Rede de
Enfermagem do Nordeste, Fortaleza, v. 9,
n. 2, p. 120-128, abr./jun. 2008. Disponível
em: <http://www.revista rene.ufc.br/pdf/9
_2.pdf>. Acesso em: 08 set. 2011.
GOMES, Vera Lúcia de Oliveira et
al. Evolução do conhecimento científico na
enfermagem: do cuidado popular à
construção de teorias. Revista
Investigación y Educación en
Enfermería, v.17, núm 2, set.
2007. Disponível em: <http://redalyc.uae
mex.mx/redalyc/pdf /1052/10521 525
7010.pdf>. Acesso em: 19 maio 2012.
ERDMANN, Alacoque Lorezini et al. A
visibilidade da profissão de enfermeiro:
reconhecendo conquistas e lacunas.
Revista Brasileira de Enfermagem,
Brasília, v. 62, n. 4, p. 637-643, jul./ago.
2009.
KLETEMBERG, Denise Faucz;
SIQUEIRA, Márcia T. A. Dalledone. A
criação do ensino de enfermagem no brasil.
Cogitare Enfermagem, v. 8, n. 2, 2003.
Disponível em: <http://200.195.174.230
/Materiais/971_520.pdf>. Acesso em: 06
set. 2011.
ERDMANN, Alacoque Lorenzini;
LANZONI, Gabriela Marcellino de Melo.
Características dos grupos de pesquisa da
enfermagem brasileira certificados pelo
CNPq de 2005 a 2007. Revista de
Enfermagem Escola Anna Nery, v. 12, n.
2, p. 316-322, jun. 2008.
FLEURY, Sonia. Reforma sanitária
brasileira: dilemas entre o instituinte e o
instituído. Revista Ciência e Saúde
Coletiva. Rio de Janeiro, v.14, n.3,
maio/jun. 2009.
GEOVANINI, Telma. História da
enfermagem: versões e interpretações. 2.
ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2002. 338 p.
KOERICH, Magda Santos et al.
Tecnologias de cuidado em saúde e
enfermagem e suas perspectivas
filosóficas. Texto contexto Enfermagem.
Florianópolis, v. 15, p. 178-185, 2006.
KRUSE, Maria Henriqueta Luce.
Enfermagem Moderna: a ordem do
cuidado. Revista Brasileira de
Enfermagem, v. 59, n. especial, p. 403410, 2006.
LEMPEK, Isadora da Silva. História da
enfermagem. Escola de Enfermagem –
UFRGS. Departamento de Enfermagem
Médico-Cirúrgica, 1995. Disponível em:
16
<http://www.ufrgs.br/eenf/arquivo-disci
plinas/materiais-de-apoio/fund.-cuidadohumano-i/historia.pdf>. Acesso em: 13
out. 2011.
MECONE, Márcia Cristina da Cruz;
FREITAS, Genival Fernandes de.
Representações da enfermagem na
imprensa da Cruz Vermelha Brasileira
(1942-1945). Texto Contexto
Enfermagem, Florianópolis, v. 18, n. 4, p.
741-749, out./dez. 2009.
MONTEIRO, Michele Mota;
FIGUEIREDO, Virgínia Paiva;
MACHADO, Maria de Fátima Antero
Souza. Formação do vínculo na
implantação do Programa Saúde da
Família numa Unidade Básica de Saúde.
Revista da Escola de Enfermagem da
USP, v. 43, n.2, p. 358-364, 2009.
Disponível em: Acesso em: 09 abr. 2012.
OGATA, Márcia Niituma, MACHADO,
Maria Lúcia Teixeira; CATOIA, Erika
Aparecida. Saúde da família como
estratégia para mudança do modelo de
atenção: representações sociais dos
usuários. Revista Eletrônica de
Enfermagem, v. 11, n. 4, p. 820-829,
2009. Disponível em: <http://www.fen.u
fg.br/revista/v11/n4/pdf/v11n4a07.pdf>.
Acesso em: 02 set. 2011.
OGUISSO, Taka et al. Ano de 2030 - A
aurora da profissão do milênio:
enfermagem - uma visão prospectiva de
estudantes de graduação de enfermagem.
Revista da Escola de Enfermagem da
USP, v. 33, n. 4, p. 384-390, dez. 1999.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pd
f/reeusp/v33n4/v33n4a10.pdf>. Acesso
em: 02 fev. 2012.
OGUISSO, Taka. A enfermagem no
mundo atual e projeções para o futuro.
Acta Paulista de Enfermagem, São
Paulo, v. 13, n. especial, p. 44-51, 2000.
Disponível em: <http://www.unifesp.br/
mwg-internal/de5fs23hu73ds/progress?id
=0LfFlBXgie&dl>. Acesso em: 14 jan.
2012.
OGUISSO, Taka. Florence Nightingale. In:
Trajetória histórica e legal da
enfermagem. 2. ed. Barueri: Manole,
2007.
PADILHA, Maria Itayra Coelho de Souza;
MANCIA, Joel Rolim. Florence
Nightingale e as irmãs de caridade:
revisitando a história. Revista Brasileira
de Enfermagem, São Paulo, v. 58, n.6, p.
723-726, nov./dez. 2005.
PAVARINI, Sofia Cristina Iost et al. A
arte de cuidar do idoso: gerontologia como
profissão? Texto Contexto Enfermagem,
v.14, n.3, p. 398-402, jul./set. 2005.
PAZ, Adriana Aparecida; SANTOS,
Beatriz Regina Lara dos. Programas de
cuidado de enfermagem domiciliar.
Revista Brasileira de Enfermagem,
Brasília (DF), v. 56, p. 538-541, set./out.
2003.
PINTO, Karina; MELO, Cristina Maria
Meira de. A prática da enfermeira em
auditoria Em saúde. Revista da Escola
Enfermagem USP, São Paulo, v. 44, n. 3.
p. 671-678. 2010. Disponível em: <http://w
ww.scielo.br/pdf/reeusp/v44n3/17.pdf.
Acesso em: 25 nov. 2011.
PRADO, Marta Lenise; REIBNITZ, Kenya
Schmidt. Saúde e globalização: desafios
futuros para o cuidado de enfermagem.
Investigação e Educação em En-
17
fermagem, v. 22, n. 2, p. 112-119, 2004.
Disponível em: http://aprendeenlinea.udea
.edu.co/revistas/index.php/iee/article/view
File/2964/2677. Acesso em: 23 mar. 2012.
RIBEIRO, Flávia Letícia Trindade;
AMORIM, Wellington Mendonça de. Os
enfermeiros no movimento de reforma
sanitária brasileira nos anos 80. Revista de
Pesquisa Cuidado é Fundamental, Rio
de Janeiro, a. 8, n. ½, p.15-24, 2004.
Disponível em: <http://www.unirio.br/repe
f/arquivos/2004/02%202004.pdf>. Acesso
em: 19 maio 2012.
RIZZOTTO, Maria Lucia Frizon. A
origem da Enfermagem Profissional no
Brasil: determinantes históricos e
conjunturais. In: SAVIANI, Dermeval;
LOMBARDI, José Claudinei;
NASCIMENTO, Maria Isabel Moura.
(Org.). Navegando na história da
educação brasileira - HISTEDBR. 1 ed.
Campinas: Graf FE: Histedbr, 2006, v. 1,
p. 1-19. Disponível em: <http://www.histe
dbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos_pdf/
Maria_Lucia_Frizon_Rizzotto_artigo.pdf>.
Acesso em: 20 nov. 2011.
ROCHA, Jesanne Barguil Brasileiro;
ZEITOUNE, Regina Célia Gollner. Perfil
dos enfermeiros do programa saúde da
família: uma necessidade para discutir a
prática profissional. Revista de
Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v.
15, n. 1, p. 46-52, jan./mar. 2007.
RODRIGUES, Rosa Maria. Enfermagem
compreendida como vocação e sua relação
com as atitudes dos enfermeiros frente às
condições de trabalho. Revista Latinoamericana de Enfermagem, Ribeirão
Preto SP, v. 9, n. 6, p. 76-82, nov./dez
2001.
ROSA, Raquel Borba; LIMA, Alice Dias
da Silva. Concepções de acadêmicos de
enfermagem sobre o que é ser enfermeiro.
Acta Paulista de Enfermagem, São
Paulo, v. 18, n. 2, p 125-130, 2005.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf
/ape/v18n2/a02v18n2.pdf>. Acesso em: 16
jun. 2011.
ROZENDO, Célia Alves; GOMES,
Elizabeth Laus Ribas. Liderança na
enfermagem brasileira: aproximando-se de
sua desmitificação. Revista Latinoamericana de Enfermagem, Ribeirão
preto, v. 6, n. 5, p. 67-76, dez. 1998.
SALES, Orcélia Pereira et al. Atuação de
enfermeiros em um Centro de Diagnóstico
por Imagem. Journal of the Health
Sciences Institute, São Paulo, v. 28, n. 4,
p.325-328, 2010.
SILVA, Adriana Marque. Caracterização
do Trabalho de Enfermagem em
laboratórios de Análises Clínicas. 2004.
204 f. Dissertação (Mestrado em
Enfermagem) – Escola de Enfermagem
Universidade de São Paulo, São Paulo,
2004. Disponível em:< www.teses.usp.br
/teses/disponiveis/7/7131/tde-02062004210029/publico/adriana.tde.pdf>. Acesso
em: 20 nov. 2011.
SILVA, Alcione Leite da. A enfermagem
na era da globalização: desafios para o
século XXI. Revista Latino-Americana
de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 16, n.
4, jul./ago. 2008.
SILVA, Maria Anice da; ERDMANN,
Alacoque Lorenzini; CARDOSO, Renata
da Silva.O sistema de enfermagem
hospitalar: visualizando o cenário das
políticas gerenciais. Revista Eletrônica de
Enfermagem, v. 10, n.2, p. 448/459, 2008.
Disponível em: <http://www.revistas.ufg
.br/index.php/fen/article/view/8046.
18
Acesso em: 25 nov. 2011.
SILVA, Rafael Celestino da; FERREIRA,
Márcia de Assunção. A tecnologia em
saude - uma perspectiva psicossociologica
aplicada ao cuidado de enfermagem.
Revista de Enfermagem Escola Anna
Nery. Rio de Janeiro, v. 13, n.1, jan./mar.
2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n1/
v13n1a23.pdf. Acesso em: 19 maio 2012.
SILVA, Rafael Celestino da; FERREIRA,
Márcia de Assunção. A tecnologia em
saúde - uma perspectiva psicossociologica
aplicada ao cuidado de enfermagem.
Revista de Enfermagem Escola Anna
Nery. Rio de Janeiro, v. 13, n.1, jan./mar.
2009. Disponível em: http://www.
Scielo.br/pdf/ean/v13n1/ v13n1a23.pdf.
Acesso em: 19 maio 2012.
SILVA, Sergio Lima da. Interações do
enfermeiro do trabalho com a saúde do
trabalhador em âmbito de prática e
assistência de enfermagem. 2005. 130 f.
Tese (Doutorado) – Escola de Enfermagem
Anna Nery da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
Disponível em: < http://teses.ufrj.br/EEAN
_d/SergioLimaDaSilva.pdf>. Acesso em:
05 fev. 2012.
SOUSA, Francisco Emmanuel Miranda de
et al. Percepção de estudantes de
enfermagem acerca da profissão. Revista
da Rede de Enfermagem do Nordeste,
Fortaleza, v. 11, n. 4, p. 110-117,
out./dez.2010. Disponível em:< www.rev
istarene.ufc.br/vol11n4_pdf/a12v11n4.pdf
>. Acesso em: 13 maio 2012.
THOMAZ, Rosiney Romero et al.
Enfermeiro de bordo: uma profissão no ar.
Acta Paulista de Enfermagem, São
Paulo, v. 12, n. 1, p. 86-96, jan./abr. 1999.
Disponível em: www.unifesp.br/denf/acta/
sum.php?volume=12&numero=1&item=p
df/art10.pdf. Acesso em: 16 jun. 2011.
TOLEDO, Melina Mafra; SOARES,
Teresa Cristina. A percepção dos
enfermeiros sobre a prática: a ótica do
profissional no contexto hospitalar.
Revista Nursing, São Paulo, v.11, n. 120,
p. 214-218, maio 2008.
TREVIZAN, Maria Auxiliadora et al. A
respeito da colaboração do enfermeiro de
serviço às atividades de ensino e de
pesquisa. Enfermagem Atual, Ribeirão
Preto, n. 23, p. 10-16, 1982.
VIETTA, Edna Paciência et al.
Depoimentos de enfermeiras hospitalares
da década de 60: subsídios para a
compreensão da enfermagem atual.
Revista Latino-americana de
Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 4, n. 2, p.
23-39, jul. 1996.
VIETTA, Edna Paciência; UEHARA,
Marlene; NETTO, Kelly Aparecida Silva.
Evolução da enfermagem do contexto do
hospital-escola: depoimentos de
enfermeiros representantes da década de
70. Revista Latino-americana de
Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 4, n. 3, p.
135-154, dez. 1996.
WRIGHT, James Terence Coulter; SILVA,
Antonio Thiago Benedete; SPERS, Renata
Giovinazzo. O mercado de trabalho no
futuro: uma discussão sobre profissões
inovadoras, empreendedorismo e
tendências para 2020. Revista de
Administração e Inovação, São Paulo, v.
7, n. 3, p. 174-197, jul./set. 2010.
Disponível em: <http://www.revistarai.org
/ojs-2.2.4/index.php/rai/article/download/5
05/341>. Acesso em: 23 jan. 2012.
Download

A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM COMO SUBSÍDIO PARA