CONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA BOTÁNICA XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL Latinoamericano de Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão A MORFOLOGIA E A MICROMORFOLOGIA DO POLINÁRIO SÃO DIAGNÓSTICAS PARA AS ESPÉCIES DO GÊNERO PROMENAEA Lindl. (ORCHIDACEAE)? AUTOR(ES):Felipe Fajardo Villela Antolin Barberena;Patrícia da Rosa;José Fernando Andrade Baumgratz;Cláudia Franca Barros; INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro O gênero Promenaea Lindl. (Orchidaceae) é endêmico do Brasil, ocorrendo da Bahia até o Rio Grande do Sul e predominantemente na Floresta Pluvial Atlântica. Historicamente, apenas caracteres florais têm sido utilizados na identificação das espécies, particularmente a cor das flores e o calo do labelo. Durante recém-revisão do gênero, reafirmou-se que a morfologia vegetativa não se mostra útil na separação das espécies. Por sua vez, caracteres morfológicos do polinário estão entre os mais importantes nos sistemas de classificação de Orchidaceae. Variações quanto à forma e tamanho do polinário de gêneros filogeneticamente próximos a Promenaea também constam na literatura. O presente estudo objetiva averiguar se a morfologia e a micromorfologia do polinário são diagnósticas para as espécies de Promenaea. Realizou-se também a morfometria das seis espécies do gênero. Imagens do polinário em microscopia óptica e de varredura são fornecidas. O gênero Promenaea apresenta polínias inteiriças, em número de quatro, desiguais duas a duas, cartilaginosas, sésseis em um viscídio. As polínias maiores medem 1,7-2,5 x (0,5-) 0,75-0,9 (-1,1) mm e são sempre oblongo-obovais, as menores medem (1-) 1,3-1,7 (-1,9) x (0,4-) 0,6-0,8 (-0,9) mm e são obovais. O viscídio mede ca. 2,5 x 1,6 mm, é sempre translúcido e oboval-triangular. Para todas as espécies do gênero, as células do víscido são alongadas-tetragonais, porém verificam-se quatro formas celulares nas polínias: isodiamétrica-tetragonal, alongada-tetragonal, isodiamétrica-poligonal e alongada-poligonal. As paredes anticlinais das células das polínias e dos viscídios são retas, porém nos viscídios essas paredes possuem, ainda, limites canaliculados. As células do polinário possuem paredes periclinais com escultura ligeiramente convexa. Promenaea sp., P. guttata (Rchb.f.) Rchb.f. e P. xanthina (Lindl.) Lindl. apresentam uma zona lisa notória na porção basal das polínias menores e maiores, devido provavelmente à zona de contato com o viscídio. Em Promenaea rollissonii (Lindl.) Lindl., P. silvana F.Barros & Cath. e P. stapelioides (Link & Otto) Lindl., a região basal e apical se mostram semelhantes, com as células em evidência. A morfometria, a morfologia e a micromorfologia do polinário não permitem a distinção entre as espécies do gênero. Outras estruturas e subáreas da botânica devem ser mais bem exploradas, p. ex. anatomia, visando a busca de caracteres diagnósticos para Promenaea. (CAPES)