TEMA:
POSTURAS E ATITUDES PROFISSIONAIS, LIDAR COM A HUMANIDADE E TELEOLÓGICOS
TÍTULO:
ÉTICA, PSICOLOGIA, LÍNGUAS BÍBLICAS, CIÊNCIAS HUMANAS, E TEOLOGIA.
INTRODUÇÃO:
É inquestionável, a primeira impressão é a que fica. Portanto, as posturas e as
atitudes de um profissional, são de suma importância. E uma das mais infalíveis armas é
saber lidar com a humanidade - Não há restrições para um profissional assim.
Principalmente, quando a sua base e formação é a genuína Teologia.
O mundo, inclusive, o Brasil estar clamando por profissionais competentes e
comprometidos com Deus, com o povo, com a sua profissão e com a Bíblia.
Sem homens e mulheres assim, o povo sofre, perde as esperanças, e fica a mercê
de todas as circunstâncias. Mas lembre-se, feliz é aquele que preocupam com as pessoas,
com sinceridade, e procura fazer algo.
Mas extem alguns fatores que impedem que isto aconteça, a saber: o egoísmo,
acadêmicos que só visam um salário e o diploma, instituições educadoras que só visam os
pagamentos dos alunos, alunos que não fazem os trabalhos do curso e etc.
Ensinamos várias linhas teológicas, mas, principalmente, a Luterana. O escritor
destas matérias é pastor nas Assembleias de Deus desde 1997 e Doutor em Educação Cristã.
Abordar-me-ei, os seguintes pontos, nesta 3ª fase do Curso de Bacharelado em
Teologia:
ÉTICA DO BACHAREL EM TEOLOGIA
PSICOLOGIA PASTORAL
RELIGIÕES COMPARADAS
BIBLIOLOGIA
GREGO KOENÊ
HISTÓRIA DE ISRAEL
INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL
LIVROS HISTÓRICOS
LIVROS POÉTICOS
RELAÇÕES HUMANAS
PROFETAS MAIORES E MENORES
TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
OS EVANGELHOS
HEBRAICO
HOMILÉTICA
ANTROPOLOGIA CULTURAL
SOCIOLOGIA
MONOGRAFIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ÉTICA DO BACHAREL EM TEOLOGIA
Em primeiro lugar estou te parabenizando por se interessar por um Curso desta
natureza. Os Bacharéis em Teologia são necessários e importantíssimos. Sem eles não era
possível haver religião. O que seria da humanidade sem religião?
Vejam bem, todas as instruções explicitas nesta Matéria precisam ser rigorosamente,
observadas para que o Bacharel em Teologia tenha influencia. A falta de apenas um deles se
torna os Bacharéis em Teologia sem qualificação.
Quando se trata de Bacharéis em Teologia é preciso abrir mão de todo amadorismo e
fazer uso de todo profissionalismo. Portanto, e estude com muita atenção esta Matérias.
O objetivo desta Matéria é instruir o acadêmico em todos os métodos para ser um
excelente especializado na obra do Senhor.

PERFIL DO BACHAREL EM TEOLOGIA
Veja as dez características que compõe o perfil de um Bacharel em Teologia:
1) Ama a ler,
2) Ama escrever,
3) Estar sempre preocupado em aprender,
4) Ama as pessoas,
5) Estar sempre preocupado com os problemas do povo,
6) Ser humilde,
7) Ser prudente,
8) Ser Educado,
9) Ser Cordial,
10) Ser Carismático.

PROGRESSO DO BACHAREL EM TEOLOGIA
Acostumo sempre expressar que ser um Bacharel em Teologia é uma grande honra,
mas ela só é concedida aos muito esforçados. Diante de tantos esforços o Bacharel merece
progredir. Mas para isto acontecer são imprescindíveis vinte virtudes importantes, que são:
1. Chame os seus liderados pelos seus nomes;
2. Peça lhes, por favor;
3. Converse com eles moderadamente;
4. Sorrir para eles;
5. Lembre-se dos seus aniversários;
6. Faça-os sorrirem;
7. Não chame ninguém pelo seu apelido, se eles não queiram;
8. Brinque com os eles com respeito e de maneira que eles aceitem;
9. Cumpre o que promete;
10. Peça lhes sugestões;
11. Não perda a calma com as críticas. Elas doem, mas fazem parte da vida de um
líder;
SEJA:
12. Pontual;
13. Cordial;
14. Prestativo;
15. Preocupe, com sinceridade, com os problemas dos outros;
16. Simples, no modo de viver e de ministrar. Os maiores Ministro do mundo eram
simples e ministrava com simplicidade. Mas não confunda simplicidade com
sujeiras, relaxos e desordem.
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17. Mas seja culto. Bacharel, além de título, é cultura.
18. E muito Atencioso;
19. Nunca sinta sábio o bastante, sempre sente a necessidade de saber mais um
pouco.
20. Jamais desista de teus sonhos. Eles são umas sementes plantadas e em breve
rá nascer e dar muito fruto.
21. Etc..
Estes pequenos e simples detalhes (e que estão no alcance de todos, não custa nada)
eles são os segredos do sucesso... O ser humano não fora criado para ser dominado, mas para
ser conquistado. Portanto, eis aqui a receita para conquista-lo. Lembre-se: um BACHAREL EM
TEOLOGIA é uma grande e importante autoridade, e autoridade precisa conquistar o povo.
Qualquer dúvida, com respeito esta matéria, entre em contato através do e-mail:
[email protected]
3
PSICOLOGIA PASTORAL
1O Que é Psicologia
As antigas especulações sobre a alma e a capacidade intelectual do homem foram
complementadas desde o século XIX por uma nova ciência, a psicologia, que estabeleceu
métodos e princípios teóricos aplicáveis ao estudo e de grande utilidade no estudo e
tratamento de diversos aspectos da vida e da sociedade humana. Psicologia é a ciência dos
fenômenos psíquicos e do comportamento.
Entende-se por comportamento uma estrutura vivencial interna que se manifesta na
conduta. O termo psicologia origina-se da junção de duas palavras gregas: psiché, "alma", e
lógos, "tratado", "ciência".
A teoria psicológica tem caráter interdisciplinar por sua íntima conexão com as ciências
biológicas e sociais e por recorrer, cada vez mais, a metodologias estatísticas, matemáticas e
informáticas. Não existe, contudo, uma só teoria psicológica, mas sim uma multiplicidade de
enfoques, correntes, escolas, paradigmas e metodologias concorrentes, muitas das quais
apresentam profundas divergências entre si.
Nos últimos anos tem-se intensificado a interação da psicologia com outras ciências,
sobretudo com a biologia, a linguística, a informática e a neurologia. Com isso, surgiram
campos de aplicação interdisciplinares, como a psicobiologia, a psicofarmacologia, a
inteligência artificial e psiconeurolinguística
2 Métodos e Técnicas
Os métodos científicos da psicologia podem ser divididos em três grupos:
experimentais, diferenciais e clínicos. Os métodos experimentais, oriundos das ciências físicas,
têm por princípio a variação de um fator, o fator causal também chamado variável
independente, mantendo constantes todas as outras fontes de influência. Observar-se-ão,
assim, as modificações produzidas na variável dependente. A tarefa fundamental do psicólogo
será, de um lado, encontrar medidas precisas quanto às variações das variáveis independente
e dependente, e, de outro lado, controlar todas as outras variáveis para que seu efeito possa
ser considerado como constante.
Em certos casos, como no estudo do desenvolvimento dos fatores da inteligência, da
personalidade etc., o psicólogo não pode variar diretamente o fator que deseja estudar.
Recorre então ao método diferencial. As diferenças individuais constituirão a variável
propriamente dita; as outras condições, e mesmo as provas às quais os indivíduos serão
submetidos, ficam constantes.
Enquanto os dois métodos citados permitem estabelecer leis gerais, o método clínico
se propõe compreender o indivíduo em sua situação particular ou pretende aplicar as diversas
leis gerais a casos individuais. Seu uso é indispensável no diagnóstico da personalidade. Para o
conhecimento preciso de determinados fenômenos psicológicos, muitas vezes os três métodos
devem ser empregados conjuntamente.
3 Conceito de Psicologia Pastoral
A psicologia pastoral, na sua essência e na sua tarefa, é ciência auxiliar da teologia
pastoral e, como esta serve diretamente à assistência espiritual e prática. A psicologia pastoral
pode definir-se, noutras palavras, como ciência psicológica enquanto oferece os
conhecimentos psicológicos necessários a assistência espiritual. Como a assistência espiritual
tem por objeto a alma humana, o pastor de Psicologia. Pastoral almas agirá com tanto mais
sucesso, quanto mais conhecer a alma. O pastor e o educador que não se identificarem, com a
alma nas suas peculiaridades e condições e não as compreenderem, saberão bem pouco de
suas profundas misérias e necessidades, para poder remediá-las; de seus defeitos e
obstáculos; de suas tendências e prerrogativas, para poder realizá-las. Faz lembrar o semeador
que lança a semente preciosa ao vento. “Não tem sido esta, às vezes, nossa atitude? Fé
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límpida e a melhor das vontades por parte do pastor, trabalho ininterrupto, dia e noite,
todavia sem fruto! Falta de clarividência e de tato pedagógico, de compreensão das almas e
dos tempos. ‘Vós, teólogos, não nos compreendeis’ era muitas vezes a sentença conclusiva de
quem precisava de nós e de quem nós precisamos” (L. Bopp).
Olhando desse ponto de vista, devemos admirar como a ciência da alma humana, do
caráter, do temperamento, das peculiaridades da vida psíquica segundo a idade, o sexo e as
condições de vida tenha parte tão pequena na instrução dos teólogos e dos pastores de almas.
É verdade que, nos últimos, tempos, no quadro das disciplinas, filosóficas que precedem os
estudos teológicos propriamente ditos, concedeu-se um lugar à 'Psicologia experimental', mas
isso não satisfaz plenamente as exigências da assistência espiritual. Devemos concordar com o
que diz Rbaban Liertz: “Com tôda a psicologia experimental avizinhamo-nos bem pouco da
exploração da vida psíquica, propriamente dita”. Não podemos ignorar existirem não poucos
pastores e educadores que, apesar de trabalharem há longos anos no cuidado das almas,
conhecem mal os homens. As razões são muitas. Uma, porém, consiste na falta de introdução
adequada, na compreensão da vida psíquica humana durante o período da preparação
profissional. Com o mesmo direito, senão maior, com que se introduzem os futuros pastores
nos conceitos basilares da Sociologia pastoral e da Economia política, devem exigir-se lições de
Psicologia pastoral, no programa de estudos teológicos, Uma instrução a fundo sobre questões
de psicologia, e justamente com critérios bem diversos, mais práticos do que os que se
realizam no estudo da psicologia experimental, é absolutamente necessária para o futuro
pastor de almas; de qualquer modo, mais necessária que tantas “matérias secundárias”, cujo
conhecimento se exige hoje dos estudantes de teologia. “A psicologia pastoral é lacuna que
espera ser preenchida” (Bopp). São estas as palavras com que o conhecido teólogo de Friburgo
aponta a necessidade da exposição dos problemas da psicologia pastoral.
Diante da urgência desta ciência auxiliar teológico-pastoral justifica-se a pergunta: por
que até hoje não se chegou ao tratamento sistemático de uma psicologia pastoral, apesar de
todos os trabalhos preliminares e parciais? A razão talvez derive da natureza dos problemas a
tratar, os quais, achando-se à margem do campo científico, suscitam discussões quanto a
pertencerem ao campo do teólogo ou do 18 psicólogo. E, de fato, na prática concreta, muitas
vezes é difícil decidir se um psicopata deve tratar-se com o confessor ou com o psiquiatra.
Outro motivo da falta de exposição sistemática de psicologia pastoral talvez fosse
possível reconhecer na falta de que se ressente muitas vezes o cientista da necessária
experiência do assistente espiritual, enquanto ao pastor prático falta em geral tempo para se
ocupar dos resultados científicos da psicologia moderna. Além disso devemos confessar que,
até pouco tempo, também a psicologia tinha descurado não poucos problemas do próprio
campo específico. “A psicologia moderna abandonou, com desinteresse na verdade
surpreendente, as questões do temperamento, mentalidade, caráter, ou delas tratou de
passagem, como apêndice ou complemento (Utitz). Dessas considerações emergem, de um
lado, as razões da falta de uma psicologia pastoral conclusiva, de outro a necessidade da
colaboração entre teóricos e práticos, sacerdotes e leigos, educadores e médicos. Podem
atribuir-se as deficiências da vida religiosa de inúmeras pessoas de nossos dias a razões e
causas várias e a situações de ato. A maior parte das almas, hoje afastadas de Deus, não se
pode ir por via direta. Suas dificuldades não consistem tanto no fator religioso, mas nas suas
premissas. Muitos homens modernos, do ponto de vista religioso, estão cegos e surdos; não
enxergam nem escutam mais.
Não estão nem mesmo em condições de poderem fazer atos de fé, esperança e
caridade. São contrários ao que é dogmático, ético, religioso-tradicional e eclesiásticoconfessional. Nem sequer oram ou só raramente e, mesmo então, só à sua maneira, conforme
o humor e o capricho, mas não “em espírito e em verdade” (Jo 4,23).
A presente exposição de questões psicológico-pastorais, que de nenhuma forma
pretende ser trabalho exaustivo e completo, mas só uma experiência e incitamento ao nobre
bacharelando.
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Capítulo 2
Psicologia dos tipos
Para a compreensão da alma humana é de suma importância saber que cada uma delas
representa algo de particular, de único. Entre tantos milhares de almas, saídas da mão criadora
de Deus, não há duas sequer que sejam completamente iguais. Todavia podemos classificar as,
qualidades psíquicas conforme sua natureza, desenvolvimento e o ambiente, em grupos que
apresentam uma série de formas típicas. Resulta claro, portanto, a importância do
conhecimento dos diversos tipos da psique no estudo da psicologia pastoral.
2.1 Diferenciação Segundo o Sexo
“Vós todos batizados em Cristo, estais revestidos de Cristo. Não judeu, nem grego, nem servo,
nem livre, não há homem nem mulher” (Gl 3.27-28). Com estas palavras o apóstolo Paulo
afirma que na comunhão de vida que une todos os membros do Corpo de Cristo, desaparecem
as diferenças de origem, de classe social e até as sexuais. Mas o apóstolo seria mal
interpretado, se acreditássemos que nega todas as diferenças naturais existentes entre os
homens.
Justamente Paulo sublinha a diferença natural entre homem e mulher, relacionando-a com a
vontade expressa de Deus (1Tm 2.12 etc.). É necessário que o pastor de almas conheça as
diferenças psíquicas da sexualidade masculina e feminina. Não faltam hoje vozes segundo as
quais para o esfriamento religioso do mundo masculino contribuíram, entre outros fatores,
também os sacerdotes, pela compreensão deficiente das particularidades masculinas; como as
formas de devoção levam grandemente em conta o sentimento feminino, o homem em vez de
se sentir atraído, considera-as desagradáveis. É certo que para a direção espiritual eficaz é
preciso o conhecimento profundo das peculiaridades e da diferenciação da vida psíquica nos
dois sexos; tanto mais nos dias de hoje, o cuidado pastoral leva mais em consideração os
dados da natureza. Deixando de lado esta questão, impõe-se o conhecimento exato das
diversidades psíquicas do homem e da mulher. Quanto mais o homem e a mulher se sentirem
compreendidos pelo confessor nas suas peculiaridades psíquicas, com tanto
maior boa vontade, e sem reserva alguma, abrir-se-ão a ele e tanto mais frutuosa será sua
influência na vida espiritual. A atitude psíquica fundamental, o caráter e a mentalidade do
homem são, sob tantos aspectos, tão diferentes 20 dos da mulher, que se chegaria a pensar
que o homem não deve ter a mesma alma que a mulher. Mas tal não é exato. Não há almas
masculinas e almas femininas, há apenas almas humanas. As capacidades e os modos de
reação da vida psíquica masculina e feminina derivam da diferença do físico, de modo que a
alma, criada diretamente por Deus e ligada ao germe vital, sentirá de maneira masculina ou
feminina, conforme o germe se desenvolver para tornar-se masculino ou feminino. A biologia
moderna demonstra que os hormônios gerados nas glândulas vitais, e transportados ao
sangue por meio da secreção interna, determinam as disposições, capacidades, modos de
reação e várias necessidades dos sexos. Poder-se-ia usar a comparação de um artista que
maneja dois instrumentos diferentes. A impressão musical despertada pela sua arte será
completamente diversa, conforme tocar um ou outro instrumento.
A distinção psíquica dos sexos é querida por Deus, portanto, deve conservar-se e cuidar-se
também na ordem sobrenatural. Segundo o princípio: gratia supponit naturam, em vez
suprimi-las nas suas peculiaridades, essas disposições masculinas e femininas devem ser
cultivadas e nobilitadas no sentido cristão.
Ocupemo-nos primeiro da particularidade psíquica dos sexos. Aparece já na história da criação
que o homem tem o primado sobre a mulher. A mulher foi destinada para companheira do
homem representa o complemento dEle e o seu aperfeiçoamento. Ele é o início, ela a
continuação; ele o impulso, ela a executora; ele cria a ideia, a ela realiza; ele adquire, ela
conserva e guarda.
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Daí deriva a diversidade de dotes entre o homem e a mulher. Vemo-lo já no físico, pois o
homem tem dotes para o rendimento máximo, a mulher para a maior duração. Não devemos
esquecer que a sexualidade não é do ser, mas das atividades e dos hábitos a ele submetidos.
Por isso renegar o caráter sexual e tender à assimilação das peculiaridades do outro sexo é
artificial e, portanto, funesto, porque debilita e perturba a polaridade e a tensão querida por
Deus e, ao mesmo tempo, também a atração recíproca dos dois sexos. Só um homem em
plena posse das peculiaridades e dos valores masculinos poderá conquistar e conservar
duradouramente a estima e o amor por parte da mulher, como também por outro lado, só a
mulher que conserva e cultiva as peculiaridades femininas terá atrativos para o homem e
poderá conservá-lo preso a si.
Passemos a ilustrar as características principais que diferenciam a psique dos dois sexos.
Primeiro dote do homem é o talento criador. É exigido para a realização da ordem divina de
sujeitar a terra e dominá-la
(Gn 1. 28). É por isso que quase todas as invenções e as descobertas cabem ao homem,
enquanto que a mulher nesse campo, 21 Psicologia Pastoral não demonstra muito sucesso.
Diz-se o mesmo da arte. Também nesse campo as obras do homem ultrapassam de longe as da
mulher. A ação supõe a ideia, isto é, ato de conhecimento intelectivo. Por isso no homem
prevalece a inteligência e a força lógica. O homem pensa de modo claro, calmo, lógico,
enquanto a mulher no seu conhecimento fica com facilidade do sensível e o seu pensamento
caracteriza-se muita vez por uma falta surpreendente de lógica e por notáveis preconceitos.
Característica ulterior da mentalidade masculina é o sentimento do objetivo, do positivo. Ao
contrário, a alma da mulher orientasse fortemente para o subjetivo, o pessoal. A inteligência
do homem é propensa à abstração, ao universal, ao típico, enquanto o pensamento da mulher
dirige-se acentuadamente para o concreto, o sensível.
Correspondendo a essa distinção, a fantasia dos dois sexos é diferente. O homem é mais capaz
de dominar a fantasia por meio da vontade, enquanto a própria fantasia, notavelmente mais
viva e colorida, domina a mulher com grande facilidade. O homem, superando o sensível,
volta-se para as ideias universais, para os conceitos. Daí o sentimento do essencial, o desejo de
saber, a compreensão das leis da ordem, o interesse pela grandeza, vastidão e profundidade.
Ao contrário, o pensamento da mulher cinge-se ao particular, aos fatos experimentados
pessoalmente; tem o sentimento do especial, do particular; o desejo de saber não se
concentra na pesquisa do motivo e da causa, mas na experiência do novo e se expressa na
curiosidade e no prazer do sensacional. A compreensão das leis da ordem e do universal é nela
pequena. Possui, porém muito maior capacidade de adaptação a situações especiais e
compreensão do que está próximo, é íntimo e mínimo. Enquanto o homem, diante das ideias,
muitas vezes se descuida da realidade, a mulher possui grande sentimento prático da vida. O
homem aliança pela ideia, a mulher pela própria experiência. Ao homem agrada o trabalho
independente, a mulher produz mais
cumprindo tarefas que outros lhe impõem. O homem considera e examina a obra com reflexão
objetiva e crítica, enquanto a mulher se entrega a móveis inconscientes, subconscientes, para
físicos. Este fato
22 explica muita vez também seus enigmas e a irresponsabilidade. O homem atinge o alvo com
vontade e coerência metódica, a mulher com a finura intuitiva do instinto, com o sentimento e
tenacidade da paixão.
Servem-lhe otimamente a habilidade e a perspicácia. O homem caracteriza-se pelo
pensamento discursivo, enquanto a mulher capta a verdade frequentemente de modo
intuitivo, espontâneo, quase instintivo. O processo imaginativo é mais dominado, controlado,
meditado no homem. Prova disso é a loquacidade feminina. A linguagem da mulher é mais
viva, mais impulsiva e às vezes atropelada.
O homem nos seus atos é ponderado, toma em consideração os obstáculos que se lhe põem,
enquanto a vontade da mulher é desenfreada, impulsiva, muitas vezes imprudente e
sustentada por otimismo longe da realidade. A vontade do homem tem consciência de seus
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fins e vê as consequências; a da mulher, ao contrário, é instável, caprichosa e inconsequente.
O homem mantém os objetivos a determinada distância, a mulher perde-se com facilidade nos
mais próximos. O homem tem o sentimento da verdade, a mulher o da bondade e da beleza. O
homem deixa-se convencer por motivos razoáveis, a mulher deixa-se persuadir e influenciar
por argumentos superficiais. O homem sacrifica-se por uma ideia, a mulher por uma pessoa.
As peculiaridades psíquicas dos sexos exprimem-se também na consciência moral. O homem
reconhece no imperativo da consciência outros tantos fins, vê nele princípios para a ação. Para
a mulher, contudo, as normas da consciência parecem mais obstáculos concretos às aspirações
muita vez inconscientes. O homem procura explicar a si mesmo a lei, a mulher procura
desculpar-se diante dela. O homem, apesar das faltas isoladas, permanece mais facilmente fiel
a um princípio ético, a mulher, depois de superados os obstáculos iniciais, forma-se muitas
vezes desenfreada. Com esse fenômeno concorda a experiência, segundo a qual a mulher, se é
má, é muito pior que o homem e arrepende-se com muito mais dificuldade.
Agora procuraremos aplicar as considerações precedentes ao reconhecimento das diferenças
psíquicas do caráter, à vida religiosa e aos efeitos que resultam na vida moral dos dois sexos.
2.2 Sexo e Personalidade
Psicologia Pastoral
A capacidade criadora do homem confere o senso da grandeza, vastidão e profundidade. Daí o
espírito de iniciativa, o dinamismo, o prazer de viajar, a natureza combativa a avidez de
conquista. A tudo isto vem juntar-se a generosidade, a tendência a atingir o fundo das
questões, dos acontecimentos da natureza e da técnica. Ao contrário, a mulher tem mais
compreensão do que está próximo, recolhido, íntimo. Daí o sentimento inato de ardor, de
intimidade de casa agradável e ordenada. A mulher aceita os acontecimentos como são, sem
perguntar a si mesma a razão íntima, a causa motriz, a natureza e função. A mulher é capaz de
servir-se de uma máquina durante anos sem nunca interessar-se pela lei de seu
funcionamento, enquanto o menino desmonta a boneca da irmãzinha para descobrir o
segredo da fala.
Com o sentido positivo, objetividade e tendência ao universal do espírito do homem explicase a constância maior, enquanto o apego ao concreto, sensível, pessoal e subjetivo, unido à
vida afetiva mais intensa, produz o bem conhecido capricho feminino. Com as supracitadas
qualidades do homem explica-se também a maior sinceridade, retidão, simplicidade, enquanto
pelas peculiaridades psíquicas da mulher, o inconsciente, a emotividade entende-se mais
facilmente seus enigmas e irresponsabilidade. Enquanto conseguimos conhecer e penetrar,
após determinado tempo, a vida psíquica de um homem, justamente pela primitividade
relativa, com a mulher, nesse sentido, não o conseguimos nem depois de muito tempo; antes,
mesmo depois de longos anos, podemos descobrir qualidades que não supúnhamos. Em
última análise, a alma da mulher permanece por toda a vida um tanto misteriosa, enigmática,
não só para os outros, mas também para si mesma. “A obscuridade misteriosa que existe no
fundo de cada alma de mulher, não se abre completamente ao olhar do homem, nem mesmo
depois de muitos anos de íntimo intercâmbio espiritual, estende-se também à religiosidade
específica do sexo feminino” (Rademacher). Dada essa grande impenetrabilidade da vida
psíquica da mulher, ao olhar da própria consciência explica-se porque até hoje não há uma
exposição científica da vida psíquica feminina redigida por uma mulher. “A mulher ainda nos é
devedora da ciência, inteira relativa ao seu sexo; ela, como representante do próprio sexo, é
ainda hoje um livro com sete selos” (Hedwig Dransfeid).
Neste sentido exprime-se também a doutora em filosofia e medicina
Frederica Sack, no excelente relatório por ocasião do Congresso dos
Catequistas Austríacos em Viena, a 18 de abril de 1951: “A psicologia da mulher encontra-se
ainda em estádio pré-científico”.
24 Da natureza psíquica do homem, orientada para o intelectual e o objetivo, origina-se a
tendência para o conhecimento da verdade, a inclinação para os motivos racionais. A mulher,
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por outro lado, tende ao bom e ao belo, a que aspira com todas as forças espirituais. O homem
inclina-se mais para a reflexão, à calma, ao pensamento sem preconceito, à coerência na ação.
A mentalidade da mulher, ao contrário, vê-se ameaçada pelo perigo de tornar-se o desejo pai
do pensamento, de que ela “raciocine com o coração” e que o sentimento e a paixão se
substituam à realidade objetiva e com ela entrem em conflito. Desde que os sentimentos
estão expostos a maiores oscilações, essa particularidade da mulher gera muita vez a
incongruência no pensamento e na ação, induzindo-a a destruir hoje o que adorava ontem e
vice-versa. Entra também nos traços essenciais da alma feminina dependência em relação às
influências do ambiente em tão alto grau que se escraviza. Por isso se torna vítima da ação
persuasiva de qualquer pessoa com mais facilidade que o homem, e abandona as próprias
convicções em favor de ideias alheias. Mas, quando se apropria de determinada convicção, por
motivos sentimentais, será bem difícil dela arrancá-la. Poder-se-ia, em certo sentido, afirmar
que a mulher se deixa persuadir com facilidade, mas dificilmente se deixa dissuadir.
2.3 Sexo e Vida Religiosa
A têmpera espiritual diferente do homem e da mulher reflete-se naturalmente na tonalidade
diversa da vida religiosa. Para o homem a estrada que leva a Deus é mais longa e mais cheia de
dificuldades. Procura reconhecer e servir a Deus “em espírito e em verdade” (Jo 4.23). O
conceito que tem de Deus é mais puro, mais espiritual. Para
Ele Deus é o onipotente, o infinito, o inatingível, o augusto, o poderoso. O homem com a sua
inteligência adere mais à ideia, por isso sua luta para captar a personalidade de Deus é mais
dura. “A falta da materialidade e a imensa distância do objeto dificultam ao homem a ideia da
personalidade, do ser em si, da natureza divina; atinge no máximo, o impessoal, a que atribui
existência e uma soma de qualidades” (Zimmermann). A essas dificuldades, acrescentam-se
numerosas outras, que derivam da praxe da vida religiosa. Em primeiro lugar: dificuldade na
vida de 25 Psicologia Pastoral oração. A oração é essencialmente atitude espiritual de
humildade diante de Deus. Isto, porém, para o homem, que na vida social está habituado a
dar, a ordenar, a agir, torna-se incomparavelmente mais difícil do que para a mulher. Devemos
acrescentar ainda a menor exuberância do sentimento e da fantasia masculina. Além disso, sua
autossuficiência, afirmada frequentemente no campo natural, faz com que não sinta desejo
tão ardente do Deus pessoal, como sente a mulher. Nem podemos menosprezar a influência
relevante, ao menos no campo religioso, do respeito humano, do medo da zombaria e do
desprezo pelo cumprimento dos deveres religiosos. Se refletirmos enfim na escassa
possibilidade que o atual serviço litúrgico oferece ao homem para aplicar o espírito de
iniciativa, na maior dificuldade de arrepender-se dos pecados cometidos, torna-se claro que o
homem
encontra maiores obstáculos que a mulher na vida religiosa.
Mas não poucas vantagens compensam essas dificuldades. Se o homem, por meio de suas
lutas, consegue superar todos os obstáculos da índole masculina, alcança conceito de Deus
mais puro e mais espiritual do que o da mulher e então presta a Deus veneração mais
profunda; na estrada para Deus vai direto à meta; é mais independente, mais consciente que a
mulher, e então também a convicção franca resiste melhor às provações e agitações; o ardor
do amor por Deus o impele impetuosamente ao apostolado, à cooperação na difusão do reino
de Deus. Tais homens, dignos de confiança, sabem ficar no seu posto mesmo durante o furor
da tempestade, como verdadeiras colunas da Igreja. Devendo o homem, no campo religioso,
superar dificuldades maiores, que derivam da própria índole masculina, explica-se por que
tantos homens sejam religiosamente tíbios e indiferentes. Entre os representantes do sexo
forte poucos merecem o adjetivo de religioso e piedoso. Quando, porém, o homem capta a
essência da vida religiosa, supera a mulher, como em tantos outros campos. Completamente
diversos são os pressupostos naturais da mulher para a vida religiosa. A estrada para atingir a
Deus é mais curta, mais simples, sem tantos problemas, porque seu conceito de Deus é mais
primitivo, menos penetrado de espiritualidade e mais antropomorfo. Ela não vê tanto em Deus
o ser infinito, augusto, mas o Pai cheio de bondade e misericórdia, a quem dirige o olhar
confiante, procurando proteção e auxílio. Sua necessidade natural de apoio lhe vem em
9
auxílio, como também o impulso de dedicação amorosa e o sentimento da personalidade de
Deus. Por esses motivos a mulher 26 atinge com - maior facilidade o mais alto grau de amor a
Cristo.
Naturalmente não está excluído o perigo de que pare no lado puramente humano. Na, vida de
oração, a fantasia viva, a ternura, a atitude fundamentalmente humilde da psique, inclinada ao
cuidado e à obediência ajudam muito a mulher. Encontram-se mais almas místicas entre as
mulheres do que entre os homens o que se explica principalmente pela índole espiritual
passiva. A mulher demonstra maior perseverança nas instruções e pregações longas, enquanto
a paciência do homem se esgota mais depressa.
Os lados negativos da índole feminina no campo religioso são: a tendência a humanizar o
conceito de Deus, tratá-lo com muita familiaridade, a inclinação à sugestão, ilusão e capricho,
a exaltação sentimental, a superficialidades fraqueza da vontade. Como as mulheres olham
mais para a pessoa do que para a ideia, é de concluir que uma mulher mesmo excessivamente
religiosa é capaz de abandonar completamente os deveres religiosos quando entra em conflito
pessoal com um sacerdote, o que demonstra como é necessário ao pastor de almas
preocupar-se com a irrepreensibilidade de sua pessoa, para que os de pessoais não
prejudiquem o respeito devido à religião.
2.4 Sexo e Vida Moral
O homem sente-se senhor e coroamento da criação. Seu sentimento de superioridade baseiase em certas qualidades em que supera a mulher. Em primeiro lugar a força física e espiritual,
a independência e liberdade social. Porque não serve à vida de modo tão direto como a
mulher, traz em si traço inconfundível de amor-próprio que, degenerando, pode transformarse em egoísmo brutal.
Na vida instintiva, o instinto sexual ocupa lugar preeminente. O impulso afetivo, mais
desenvolvido na mulher, é mais fraco no homem; ao contrário, o instinto físico, normalmente
mais desenvolvido, pretende impetuosamente a satisfação. Por isso a continência pré
matrimonial exige, sem comparação, maior abnegação no homem do que na mulher, pois
reclama, além do sacrifício sentimental, também o físico. Esse fato explica, além disso, que o
homem é em geral mais responsável pelo abuso matrimonial do que a mulher e, por outro
lado, a santificação do matrimônio e a fidelidade matrimonial exigem dele sacrifícios muito
maiores. Da tarefa fisiológica, da força e da vitalidade do instinto físico masculino, resulta que
o homem não pode cumprir o ato sexual sem satisfação física. A mulher, porém, é capaz de
cumprir o
“debitam coniugale” sem “delectatio venerea”. Naturalmente, nesse caso, trata-se de forma
não natural da relação conjugal que, com ou sem culpa do marido, pode levar mais cedo ou
mais tarde a perturbações físicas e até psíquicas graves na mulher. A força maior de paixão do
instinto sexual masculino tem como consequência que o homem comete pecados contra a
castidade com mais facilidade. Por outro lado, apesar disso ou justamente por isso, o homem é
capaz de libertar-se e corrigir-se com mais facilidade de quedas sexuais, do que a mulher que,
uma vez perdidos os obstáculos morais, precipita-se mais baixo que o homem e torna-se quase
incorrigível. O sentimento de justiça encontra origem na forma mentis objetiva e positiva do
homem. Ele não se deixa dominar com tanta facilidade pelos sentimentos, por humores e
preconceitos e, portanto, com maior dificuldade que a mulher, torna-se vítima de simpatias e
antipatias.
Consegue prescindir melhor da pessoa, e por isso é menos parcial nos julgamentos. O homem,
como protetor e defensor da família, deve ser intrépido e corajoso. Como a mulher sente
necessidade da proteção masculina, um homem a atrai tanto mais quanto mais possuir essas
qualidades.
Na qualidade de chefe de família, cabe ao homem a responsabilidade principal de todos os
interesses da comunidade familiar. A mulher deve tomar parte, sobretudo como conselheira. É
atitude estranha da mulher, observada comumente, não querer tomar decisões sozinha, mas
realizar, encarregando o homem do que havia deliberado e sugerido antes. Assim acontece
10
quando se aconselha com o homem sobre aquilo que já decidiu. Com esse comportamento a
mulher procura atingir um fim duplo: de uma parte realizar a própria vontade, e de outra
aparentar obediência ao homem, atirando às costas dele a responsabilidade. Ao sentimento
de grandeza, vastidão e sublimidade no homem, corresponde a generosidade e aversão à
estreiteza de vistas. (O pedantismo do homem esconde com facilidade um traço feminino de
seu caráter). O reverso dessa qualidade, elogiável em si, é a desordem, a imprecisão, na qual o
homem cai muito mais comumente que a mulher. Como o homem destina-se ao rendimento
máximo, cansa-se muito mais depressa do que a mulher, sendo também menos tenaz. Daí, 28
provavelmente, também a tendência à impaciência e muitas vezes a perseverança deficiente e
a inclinação à comodidade. Da sua coragem, intrepidez, amor ao positivo, provém a
veracidade. O homem sincero odeia a mentira, o fingimento e todas as aparências. Verdade e
justiça provêm da mesma fonte. O homem, mais que a mulher se encontra, em meio à vida
pública, que o aprecia e estima tanto mais, quanto mais pode contar com a lealdade
profissional e o sentimento de dever dele. Por isso estas qualidades, juntamente com a
observância e o respeito às leis justas, fazem parte do quadro característico da masculinidade
verdadeira e autêntica. Devemos acrescentar ainda a seriedade da vida, consequência lógica
da luta pela existência e da preocupação pelo pão cotidiano. Lançando um olhar de conjunto
sobre as considerações precedentes, vemos que o homem, embora não estando livre de
aspectos fracos e de tendências perigosas, apresenta, todavia, nas suas disposições naturais
tantos valores positivos que deixa perceber no espírito, mesmo no estado de natureza
decaída, os vestígios de sua semelhança originária com Deus, e de ter recebido dele na criação
as bases naturais de seu destino como filho de Deus, concedidas com a graça santificadora.
Consideremos agora as qualidades características da mulher na vida moral. Conforme o
destino de companheira do homem, a natureza e a atividade levam-na à ajuda, ao
complemento, à guarda e à assistência. Daí o sentimento inato de amor para com o próximo,
cuidado, compaixão e sacrifício. Uma mulher sem altruísmo, sem sentimento materno - casada
ou não - é criatura desnaturada. Como o cavalheirismo representa o ornamento mais belo do
homem, assim o sentimento materno é o aspecto mais formoso da figura da mulher. Toda
mulher que segue o impulso do coração deseja ser mãe dos próprios filhos ou de outros,
grandes ou pequenos. Até em relação ao homem a mulher procura desdobrar o sentimento
materno. Não apenas por causa dos filhos, mas também pela manifestação do próprio
reconhecimento pelos seus cuidados delicados, o homem chama muitas vezes a mulher:
“Mamãe'. Muitos homens, embora procurando escondê-lo, porque acreditam devê-lo à
masculinidade, sentem saudade no fundo do coração da bondade feminina, de seus cuidados e
auxílio, do sentimento materno. Para o exercício da profissão de mãe, a mulher foi dotada pelo
Criador de grande -prontidão para o sacrifício, de capacidade de dedicação, de força de
abnegação, de paciência e perseverança. O homem, menos rico em sentimentos, é também
menos capaz de proporcionar conforto.
Esta qualidade, naturalmente, pode também degenerar, como vemos com frequência no
campo da moda. Mas é sempre índice de decadência e da negação da natureza feminina. O
sentimento estético explica também a tendência inata para a ordem e a limpeza.
Já aludimos à consciência que a mulher tem da lei como obstáculo e limite à atuação concreta.
Perdendo este sentimento, ela não presta atenção nem mesmo ao contraste com a lei; assim
se explica que na
mulher podem coexistir condutas opostas do ponto de vista moral, sem preocupações de
consciência. Assim se compreende também como a
alma da mulher, ao lado da consciência mais delicada, da fidelidade ao dever e da
pontualidade, pode dar lugar a ofensas inconsideradas de normas morais importantes.
À mutabilidade do sentimento e adesão ao concreto e ao pessoal, ligase a conhecida inclinação
ao capricho feminino. Além disso, a vida sentimental da mulher depende notavelmente do
fator físico. Médicos experientes declaram que são poucas as mulheres que não sentem
psiquicamente a influência dos processos físicos do período de menstruação. A maioria fica
11
deprimida mais ou menos intensamente nesses dias ou antes ou depois. Conforme as
peculiaridades pessoais, manifestam irritabilidade, tristeza ou angústia.
por Cristo.
2.6 Psicologia Pastoral no Cuidado das Almas Femininas
A psicologia da mulher caracteriza-se antes de tudo pela força e profundeza de sentimento.
Assim se explica também a inclinação que tem pela intimidade, espiritualidade, desejo ardente
de ser útil ao próximo, de cuidar, de socorrer. É claro que este dote natural pode ser colocado
com facilidade a serviço de sua vida religiosa. A religião cristã é mais rica de valores
sentimentais que qualquer outra. Basta pensar no ensinamento sobre o amor provido e
paterno de Deus, sobre a Encarnação e a Paixão do Salvador etc. Muitas verdades religiosas e
formas de oração tem, portanto, efeito mais vistoso sobre a alma feminina. Mas, justamente
por isso, a mulher está mais exposta ao perigo da exaltação e do sentimentalismo mórbido.
Assim é preciso orientar a mente da mulher para o essencial, o verdadeiro e o espiritual. O
Redentor disse à samaritana que Deus deve ser adorado “em
espírito e verdade” (Jo 4.23).
Outro aspecto característico da psicologia feminina é a ligação intensa ao que é pessoal; é a
raiz de sua maior força de amor e da capacidade de dar-se sem reservas. Devemos procurar
que esse laço ao pessoal se inspire no amor puro, pois, de outra forma, degenera facilmente
em capricho, parcialidade e transforma-se repentinamente em aversão. Dessa ligação com o
pessoal, tão forte na alma feminina, resulta também a facilidade de sentirse segura na
proteção, no amor e na misericórdia de Deus, de chegar ao amor ardente e entusiasta por
Cristo. O exercício da humildade e da confiança, tão indispensáveis para a vida cristã, é menos
fatigante para a mulher do que para o homem. Da mesma forma, para a mulher é mais fácil
abrir a alma. Há naturalmente o perigo de ver no confessor-não o mediador entre Deus e a
própria alma, más a pessoa do sacerdote, tornando-a termo de aspiração e de desejo. É lógico,
portanto, que o diretor espiritual das mulheres possua personalidade irrepreensível e notável
medida de altruísmo, se quiser conduzir diretamente para Deus uma alma feminina a ele
confiada.
A palavra do precursor deve tornar-se seu lema: “Ele (Cristo) deve crescer, eu diminuir” (Jo
3.30).
Toda a direção espiritual da mulher, para ser bem feita e fecunda, deve aproveitar-se do ideal
especificamente feminino, que se exprime no binômio virgindade e maternidade. Em qualquer
alma nobre de mulher - não importa se casada ou não - a virgindade e a maternidade devem
harmonizar-se e completar-se reciprocamente.
Não é a virgindade nem a maternidade só
que representam o ideal feminino.
A maternidade da mulher suscita nos outros uma sensação de refúgio seguro e de amor; a
virgindade, ao contrário, desperta o sentimento da intangibilidade, do respeito profundo. Já
que hoje devemos lutar pelo verdadeiro ideal feminino que renove o mundo, é muito
importante acentuar a fusão necessária entre maternidade e virgindade. Se falta um desses
elementos, o ideal feminino fica automaticamente diminuído e falsificado. Também a alma
virginal, deve sentir a maternidade, que
pode exprimir-se no cuidado dos enfermos e das crianças, no apostolado da oração e no
serviço contínuo da caridade. Sem calor materno, a virgindade torna-se fria, rígida, fossilizada,
sem doçura nem graça. No entanto, também a maternidade da mulher casada deve
estar unida à virgindade espiritual que a torne intangível para o homem. Ele deve permanecer
diante da mulher, apesar de todo o amor e de toda a confiança, a respeitosa distância. Deve
ver nela o aspecto sagrado, que não ousa tocar e pretender toda para si, por perceber
que, em virtude de sua virgindade espiritual, pertence só a Deus. Em última análise, trata-se
apenas de acentuar um ou outro dos dois pólos do ideal feminino: para a virgem será a
virgindade materna e para a casada será a maternidade virginal” (H. Schmidt).
12
Era, portanto, errado nas associações da juventude feminina apresentar a virgindade
como o único bem. Educar boas mães cristãs em pureza virginal e, portanto, pintar em cores
vivas também o ideal da mãe cristã e apresentá-la como modelo, deveria ser uma das tarefas
principais dessas associações. O que nem sempre tem acontecido. Nunca se poderá sublinhar
bastante que bênção representam os filhos para a mulher, não só do ponto de vista psíquico,
mas também do físico. Não é raro o caso de moças, que durante anos sofreram diversas
formas de neuroses, ficarem curadas logo que se tornam esposas felizes e mães de criança
sadia. Os filhos são justamente o desejo natural mais profundo de todo coração genuinamente
feminino.
Naturalmente custam paciência, sacrifício e preocupações. Mas é no desdobramento e
na ativação dessas disposições femininas que a mulher encontra a própria felicidade. É óbvio
que a mulher, compreendida sob o ideal duplo da maternidade e da virgindade, poderá
defender melhor a dignidade do matrimônio contra a profanação do abuso conjugal. Educará o
marido, pela sua pureza, ao respeito tão profundo de modo que ele, levando em consideração
seus sentimentos e dignidade, aceitará o sacrifício da continência, ou ela, com seu sentimento
materno pronto ao sacrifício, aceitará todos os filhos que a Providência divina quiser concederlhe.
2.7 Psicologia da Vida Sexual
Na época do materialismo ateu, consideravam a função sexual dos homens apenas como meio
de satisfação da libido, cujas consequências naturais podiam ser evitadas com violações
arbitrárias das leis da natureza. O fanatismo racial dos últimos anos, sem nenhum sentimento
espiritual, descobria no instinto sexual um meio para tomar o próprio povo grande e poderoso,
pronto a combater e exterminar outros povos e outras raças, mediante o desprezo dos direitos
humanos mais primitivos, aniquilando ou impedindo a vida dos seres fracos e não idôneos
para a luta e criando os descendentes da raça pura. Diante desse conceito de vida sexual,
contrário à dignidade humana, perguntamos qual seja o significado e o alvo da sexualidade,
desejado por Deus e digno do homem. Da resposta a essa pergunta aparentemente teórica,
resultam consequências para a psicologia e para a prática da cura pastoral. Indica-se em geral
a geração de nova vida e a propagação da espécie como objetivo da sexualidade humana. É a
verdade, porque está de acordo com a natureza de muitas qualidades sexuais do homem e da
mulher. Mas aí não está a relação completa do complexo sexual e, menos ainda, da grande
diferenciação psíquica que se manifesta nos dois sexos. E mesmo se toda a esfera sexual se
destinasse à procriação, ficaria sempre a pergunta: Por que o Criador quis para a geração
justamente a forma bissexual, quando no resto da natureza existem também outras formas de
propagação? “Mas a essência da sexualidade deve ter razão mais profunda, uma vez que
abarca e fundamenta também as peculiaridades psíquicas dos dois sexos. Observação
demasiadamente superficial pode demonstrar-nos que o homem e a mulher completam se
reciprocamente, que se comportam como partes de um todo de natureza superior, mesmo em
outros setores que nada tem a ver com a procriação. O homem parece fragmentado na sua
totalidade física e psíquica. Uma relação polar de atração e repulsão recíproca, de um
procurar-se e escapar-se, fornece os elementos de processo vital singular. Nessas tensões está
expressa a intenção do Criador, segundo a qual os dois sexos devem fundir-se numa síntese
determinada, completar-se reciprocamente numa criação ulterior, que
ultrapasse os indivíduos, sem anulá-los” (F. Zimmermann). Mas nem mesmo a função
integradora dos sexos, no sentido do aperfeiçoamento de cada um, explica o significado último
da sexualidade. Surge outra pergunta: por que Deus criou cada ser humano de tal forma que
tenha necessidade de um complemento, e por que, por outro lado, esse complemento deve vir
por meio de outro ser pessoal? Estamos aqui na metafísica da sexualidade. A razão última está
apenas na vontade do Criador de dar vida, por meio do ser particular, a organismo humano
superior: a comunidade dos indivíduos diferenciados. Na ordem do plano divino da criação,
essa comunidade está colocada acima do ser particular; o todo tem mais valor que as partes. O
indivíduo está orientado para a comunidade e a ela deve servir. Assim a comunidade homem13
mulher é o protótipo e o modelo de qualquer comunidade humana. Nela o homem e a mulher
atingem o aperfeiçoamento natural, nela o ser pessoal eleva-se à vida vivida em conjunto, um
pelo outro, em complemento recíproco. Por isso a família não é uma comunidade, mas a
comunidade dos homens. E justamente não só no setor natural, mas também no religioso. “A
cabeça de todo homem é Cristo, a cabeça da mulher é o homem, e cabeça de Cristo é Deus... O
homem, portanto, não deve cobrir a cabeça, porque é imagem e glória de Deus, mas a mulher
é glória do homem. De fato, o homem não é da mulher, mas a mulher do homem. Pois o
homem não foi criado para a mulher, mas a mulher para o homem” (1 Cr 11.3ss). A sociedade
entre o homem e a mulher, a simbiose sexual, não tem, portanto, como finalidade só a troca
de bens terrenos, mas por tarefa suprema a mediação entre a comunidade e Deus. A mulher
chega a Deus por meio do homem, como Deus chega à mulher por meio do homem. Assim
aconteceu na criação da mulher e assim continua na criação posterior, no processo vital dos
sexos. Dessa forma o homem é o mestre e o sacerdote da mulher. Antes do pecado original o
vínculo conjugal era também comunhão sobrenatural com Deus, no qual o homem foi
mediador dos bens e das graças divinas. A mulher foi santificada mediante a união com o
homem; por meio dele a mulher era admitida não só à comunicação da natureza humana mas
também à da vida divina da graça. Com o pecado original, no qual o homem caiu por meio da
mulher, a corrente da vida sobrenatural separou-se do vínculo conjugal e agora caminha por
conta própria. O matrimônio torna-se agora, segundo o ensinamento do apóstolo Paulo, o
grande mistério e a imagem da união vivificadora e cheia de graça de Cristo com sua Igreja.
“Na nova ordem, também o vínculo sexual foi santificado, como imagem da união de Cristo
com a alma em estado de graça, como era no estado primitivo, quando o homem representava
ainda para a mulher o mediador da graça sobrenatural.
Com a santificação do homem e da mulher, mediante a união com Cristo, também se leva a
sua união novamente à função sobrenatural originária. No matrimônio consagra-se o homem
outra vez sacerdote
da mulher, de modo que o casamento, como no estado primitivo, se torna comunhão não só
de bens humanos, mas também dos bens divinos” (Zimmermann).
14
RELIGIÕESCOMPARADAS
Religião comparada é um campo do estudo das religiões que analisa as diferenças
interpretativas de temas comuns, mitos, rituais e conceitos entre as religiões do mundo.
O antigo épico Mahabharata observa que "princípios morais podem ser compartilhados por
todas as religiões(…) mas suas posições filosóficas são frequentemente diferentes".
1 O humanismo marxista é uma linha interpretativa de textos de Marx, geralmente oposta ao
materialismo dialético de Engels e de outras linhas de interpretação que entendem o
marxismo como ciência da economia e da história.
É baseado nos manuscritos da juventude de Marx, onde ele critica o idealismo
Hegeliano que coloca o ser humano como um ser espiritual, uma autoconsciência. Para Marx o
ser humano é antes de tudo um ser natural, assim como já havia dito Feuerbach, mas,
diferentemente deste, Marx considera que o ser humano, diferente de todos os outros seres
naturais, possui uma característica que lhe é particular, a consciência, que se manifesta como
saber. Como nos diz Salvatore Puledda a respeito disso em seu livro "Interpretaciones del
Humanismo", "Através de sua atividade consciente o ser humano se objetiva no mundo
natural, aproximando-o sempre mais de si, fazendo-o cada vez mais parecido com ele: o que
antes era simples natureza, agora se transforma em um produto humano. Por tanto, se o
homem é um ser natural, a natureza é, por sua vez, natureza humanizada, ou seja,
transformada conscientemente pelo homem."
Os humanistas seculares, como o nome indica, são mais racionalistas e empiristas e menos
espirituais; são geralmente associados a cientistas e acadêmicos, embora a filosofia não se
limite a esses grupos. Têm preocupação com a ética e afirmam a dignidade do ser humano,
recusando explicações transcendentais e preferindo o racionalismo. São ateus ou agnósticos.
Cerca de 54% dos Universalistas Unitários baseiam suas crenças no humanismo.
Os humanistas religiosos acham que o humanismo secular é friamente lógico demais e
são mais espirituais, alguns chegando a ser deístas. São ocasionalmente associados a artistas e
cristãosliberais.
O humanismo renascentista propõe o antropocentrismo. O antropocentrismo era a ideia de
"o homem ser o centro do pensamento filosófico", ao contrário do teocentrismo, a ideia de
"Deus no centro do pensamento filosófico". O antropocentrismo surgiu a partir do
renascimento cultural.
O humanismo positivistacomtiano afirma o ser humano e rejeita a teologia e a metafísica. A
forma mais profunda e coerente do humanismo comtiano é sua vertente religiosa, ou seja, a
Religião da Humanidade, que propõe a substituição moral, filosófica, política e epistemológica
das entidades supranaturais (os "deuses" ou as "entidades" abstratas da metafísica) pela
concepção de "Humanidade". Além disso, afirma a historicidade do ser humano e a
necessidade de uma percepção totalizante do homem, ou seja, que o perceba como afetivo,
racional e prático ao mesmo tempo.
O humanismo logosófico propõe ao ser humano a realização de um processo de
evolução que o leve a superar suas qualidades até alcançar a excelência de sua condição
humana. González Pecotche afirmava que o humanismo logosófico "parte do próprio ser
sensível e pensante, que busca consumar dentro de si o processo evolutivo que toda a
humanidade deve seguir. Sua realização nesse sentido haverá, depois, de fazer dele um
exemplo real daquilo que cada integrante da grande família humana pode alcançar".
Fundamentalismo é o nome dado a movimentos de guerras na idade media , cujos
adeptos mantém estrita aderência aos princípios fundamentais.
O Termo fundamentalismo popularmente empregado refere-se pejorativamente a qualquer
grupo religioso de infringentes de uma maioria, conhecido como Fundamentalismo religioso,
ou refere-se a movimentos étnicos extremistas com motivações (ou inspirações) apenas
nominalmente religiosas, conhecido como Fundamentalismo étnico. O Fundamentalista
15
acredita em seus dogmas como verdade absoluta, indiscutível, sem abrir-se, portanto, à
premissa do diálogo.
Fundamentalismo "é um movimento que objectiva voltar ao que são considerados
princípios fundamentais, ou vigentes na fundação do determinado grupo". Especificamente,
refere-se a qualquer grupo dissidente que intencionalmente resista a identificação com o
grupo maior do qual diverge quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao outro
grupo maior ter-se desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou
contraditórios à identidade original.
No estudo comparativo das religiões, fundamentalismo pode se referir a movimentos antimodernistas nas várias religiões.
No estudo comparativo das etnias, fundamentalismo pode se referir a movimentos
anti-modernistas nas várias Etnias e Raças.
Por extensão de sentido o termo "fundamentalismo" passou a ser usado por outras ciências
para significar uma crença irracional e exagerada, uma posição dogmática ou até um certo
fanatismo em relação a determinadas opiniões, como em Economia ocorre com
"fundamentalismo de livre mercado".
Monoteísmo Abraâmico
Judaísmo (em hebraico ‫יהדות‬, transl. Yahadút) é o nome dado à religião do povo judeu,
a mais antiga das três principais religiões monoteístas (as outras duas são o cristianismo e o
islamismo).
Surgido da religião mosaica, o judaísmo, apesar de suas ramificações, defende um conjunto de
doutrinas que o distingue de outras religiões: a crença monoteísta em YHWH (às vezes
chamado Adonai ("Meu Senhor"), ou ainda HaShem ("O Nome") - ver Nomes de Deus no
Judaísmo) como criador e Deus e a eleição de Israel como povo escolhido para receber a
revelação da Torá que seriam os mandamentos deste Deus. Dentro da visão judaica do mundo,
Deus é um criador ativo no universo e que influencia a sociedade humana, na qual o judeu é
aquele que pertence a uma linhagem com um pacto eterno com este Deus.
Há diversas tradições e doutrinas dentro do judaísmo, criadas e desenvolvidas
conforme o tempo e os eventos históricos sobre a comunidade judaica, os quais são seguidos
em maior ou em menor grau pelas diversas ramificações judaicas conforme sua interpretação
do judaísmo. Entre as mais conhecidas encontra-se o uso de objetos religiosos como o quipá,
costumes alimentares e culturais como cashrut, brit milá e peiot ou o uso do hebraico como
língua litúrgica.
Ao contrário do que possa parecer, um judeu não precisa seguir necessariamente o judaísmo
ainda que o judaísmo só possa ser necessariamente praticado por judeus. Hoje o judaísmo é
praticado por cerca de treze milhões de pessoas em todo o mundo (2007).[1] Da mesma
forma, o judaísmo não é uma religião de conversão, efetivamente respeita a pluralidade
religiosa desde que tal não venha a ferir os mandamentos do judaísmo. Alguns ramos do
judaísmo defendem que no período messiânico todos os povos reconhecerão YHWH como
único Deus e submeter-se-ão à Torá.
Cristianismo (do grego Xριςτόσ, "Cristo") é uma religiãomonoteísta[1] centrada na vida
e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento.[2]
A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor.
A religião cristã tem três vertentes principais: o Catolicismo, a Ortodoxia Oriental (separada do
catolicismo em 1054) e o protestantismo (que surgiu durante a Reforma Protestante do século
XIV). O protestantismo é dividido em grupos menores chamados de denominações. Os cristãos
acreditam que Jesus Cristo é o Filho de Deus que se tornou homem e o Salvador da
humanidade, morrendo pelos pecados do mundo. Geralmente, os cristãos se referem a Jesus
como o Cristo ou o Messias.
16
Os seguidores do cristianismo, conhecidos como cristãos,[4] acreditam que Jesus seja
o Messiasprofetizado na Bíblia Hebraica (a parte das escrituras comum tanto ao cristianismo
quanto ao judaísmo). A teologia cristã ortodoxa alega que Jesus teria sofrido, morrido e
ressuscitado para abrir o caminho para o céu aos humanos;[5] Os cristãos acreditam que Jesus
teria ascendido aos céus, e a maior parte das denominações ensina que Jesus irá retornar para
julgar todos os seres humanos, vivos e mortos, e conceder a imortalidade aos seus seguidores.
Jesus também é considerado para os cristãos como modelo de uma vida virtuosa, e tanto
como o revelador quanto a encarnação de Deus.[6] Os cristãos chamam a mensagem de Jesus
Cristo de Evangelho ("Boas Novas"), e por isto referem-se aos primeiros relatos de seu
ministério como evangelhos.
O cristianismo se iniciou como uma seita judaica e, como tal, da mesma maneira que o
próprio judaísmo ou o islamismo, é classificada como uma religião abraâmica (ver também
judaico-cristão). Após se originar no Mediterrâneo Oriental, rapidamente se expandiu em
abrangência e influência, ao longo de poucas décadas; no século IV já havia se tornado a
religião dominante no Império Romano. Durante a Idade Média a maior parte da Europa foi
cristianizada, e os cristãos também seguiram sendo uma significante minoria religiosa no
Oriente Médio, Norte da África e em partes da Índia.[12] Depois da Era das Descobertas,
através de trabalho missionário e da colonização, o cristianismo se espalhou para as Américas
e pelo resto do mundo.
O cristianismo desempenhou um papel de destaque na formação da civilização
ocidental pelo menos desde o século IV. A primeira nação a adotar o cristianismo como
religião oficial foi a Armênia, fundando a Igreja Ortodoxa Armênia, em 301.
No início do século XXI o cristianismo conta com entre 1,5 bilhão e 2,1 bilhões de
seguidores, representando cerca de um quarto a um terço da população mundial, e é uma das
maiores religiões do mundo. O cristianismo também é a religião de Estado de diversos países.
O Islão ou Islã (do árabe‫اإل س الم‬, transl. al-Islām) é uma religiãomonoteísta que surgiu
na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé
(Muhammad) e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é conhecida ainda por islamismo.
Na visão muçulmana, o Islão surgiu desde a criação do homem, ou seja, desde Adão,
sendo este o primeiro profeta dentre inúmeros outros, para diversos povos, sendo o último
deles Maomé.
Cerca de duzentos anos após Maomé, o Islão já se tinha difundido em todo o Médio Oriente,
no Norte de África e na Península Ibérica, bem como na direcção da antiga Pérsia e Índia. Mais
tarde, o Islão atingiu a Anatólia, os Balcãs e a África subsaariana. Recentes movimentos
migratórios de populações muçulmanas no sentido da Europa e do continente americano
levaram ao aparecimento de comunidades muçulmanas nestes territórios
A mensagem do Islão caracteriza-se pela sua simplicidade: para atingir a salvação,
basta acreditar num único Deus, rezar cinco vezes por dia voltado para Meca, submeter-se ao
jejum anual no mês do Ramadão, pagar dádivas rituais e efectuar, se possível, uma
peregrinação à cidade de Meca.
O Islão é visto pelos seus aderentes como um modo de vida que inclui instruções que
se relacionam com todos os aspectos da actividade humana, sejam eles políticos, sociais,
financeiros, legais, militares ou interpessoais. A distinção ocidental entre o espiritual e
temporal é, em teoria, alheia ao Islão.
Fé Bahá'í é uma religião monoteísta fundada por Bahá'u'lláh, na Pérsia durante o século XIX,
que enfatiza a unidade espiritual da humanidade. Trata-se de uma religião independente que
possui as suas próprias leis, escrituras sagradas, administração e calendário. Mas não possui
dogmas, clero, nem sacerdócio. Estima-se que existam cinco a seis milhões de Bahá'ís
espalhados por mais de 200 países e territórios.
Os ensinamentos Bahá'ís atribuem grande importância ao conceito de unidade das
religiões. A história religiosa da humanidade é vista como um processo de desenvolvimento
gradual, em que surgem diversos Mensageiros Divinos com ensinamentos adequados às
17
necessidades de cada momento e à maturidade de cada povo. Esses mensageiros incluem
Krishna, Abraão, Buda, Jesus, Maomé e, mais recentemente, O Báb e Bahá'u'lláh. Segundo os
ensinamentos Bahá'ís, a humanidade encontra-se num processo de evolução colectiva a
caminho de uma civilização mundial, e as suas necessidade actuais centram-se,
essencialmente, no estabelecimento gradual da paz, justiça e unidade a uma escala global.
A palavra Bahá'í pode ser usada para referir a Fé Bahá'í ou os seguidores desta religião. Esta
palavra deriva do termo árabe "Bahá" (‫ )ب هاء‬que significa glória ou esplendor.
Religiões do Dharma
O hinduísmo é uma tradição religiosa[1] que se originou no subcontinente indiano. O
hinduísmo é frequentemente chamado de Sanātana Dharma (सनातनधर्म) por seus praticantes,
uma frase em sânscrito que significa "a eterna (perpétua) dharma (lei)"
Num sentido mais abrangente, o hinduísmo engloba o bramanismo, a crença na "Alma
Universal", Brâman; num sentido mais específico, o termo se refere ao mundo cultural e
religioso, ordenado por castas, da Índia pós-budista. Entre as suas raízes está a religião védica
da Idade do Ferro na Índia e, como tal, o hinduísmo é citado frequentemente como a "religião
mais antiga", a "mais antiga tradição viva" ou a "mais antiga das principais tradições
existentes". É formado por diferentes tradições e composto por diversos tipos, e não possui
um fundador. Estes tipos, sub-tradições e denominações, quando somadas, fazem do
hinduísmo a terceira maior religião, depois do cristianismo e do islamismo, com
aproximadamente um bilhão de fiéis, dos quais cerca de 905 milhões vivem na Índia e no
Nepal. Outros países com populações significativas de hinduístas são Bangladesh, Sri Lanka,
Paquistão, Malásia, Singapura, ilhas Maurício, Fiji, Suriname, Guiana, Trinidad e Tobago, Reino
Unido, Canadá e Estados Unidos.
O vaso corpo de escrituras do hinduísmo se divide em shruti ("revelado") e smriti
("lembrado"). Estas escrituras discutem a teologia, filosofia e a mitologia hinduísta, e fornecem
informações sobre a prática do dharma (vida religiosa). Entre estes textos os Vedas e os
Upanixades possuem a primazia na autoridade, importância e antiguidade. Outras escrituras
importantes são os Tantras, os Ágamas, sectários, e os Puranas (AFI: *Purāṇas]), além dos
épicosMaabárata (AFI: *Mahābhārata+) e Ramáiana (AFI: [Rāmāyaṇa]). O Bagavadguitá
(AFI: *Bhagavad Gītā+), um tratado do Maabárata, narrado pelo deus Críxena (Krishna),
costuma ser definido como um sumário dos ensinamentos espirituais dos Vedas.
Os hindus acreditam num espírito supremo cósmico, que é adorado de muitas formas,
representado por divindades individuais. O hinduísmo é centrado sobre uma variedade de
práticas que são vistos como meios de ajudar o indivíduo a experimentar a divindade que está
em todas as partes, e realizar a verdadeira natureza de seu Ser.
A teologia hinduísta se fundamenta no culto aos avatares (manifestações corporais) da
divindade suprema, Brâman. Particular destaque é dado à Trimurti - uma trindade constituída
por Brama (Brahma), Xiva (Shiva) e Vixnu (Vishnu). Tradicionalmente o culto direto aos
membros da Trimurti é relativamente raro - em vez disso, costumam-se cultuar avatares mais
específicos e mais próximos da realidade cultural e psicológica dos praticantes, como por
exemplo Críxena (Krishna), avatar de Vixnu e personagem central do Bagavadguitá.
Os hindus cultuam cerca de 330 mil divindades diferentes.
Budismo (páli/sânscrito: Buddha Dharma) é uma religião[1] e filosofia[1][2]nãoteísta[1], abrangendo uma variedade de tradições, crenças e práticas, baseadas nos
ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda (páli/sânscrito: "O
Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu seus ensinamentos no nordeste do subcontinente
indiano, entre os séculos IV e VI a. C.[3].
18
Ele é reconhecido pelos adeptos como um mestre iluminado que compartilhou suas ideias
para ajudar os seres sencientes a alcançar o fim do sofrimento (ou Dukkha), alcançando o
Nirvana (páli: Nibbana) e escapando do que é visto como um ciclo de sofrimento do
renascimento.[4]
O budismo pode ser dividido em dois grandes ramos: Theravada ("Doutrina dos
Anciões") e Mahayana ("O Grande Veículo"). A tradição Theravada, que descende da escola
Vibhajyavada do tronco Sthaviravada, é o mais antigo ramo do budismo. É bastante difundido
nas regiões do Sri Lanka e sudeste da Ásia, já a segunda, Mahayana, é encontrada em toda a
Ásia Oriental e inclui, dentro de si, as tradições e escolas Terra Pura, Zen, Budismo de Nitiren,
Budismo Tibetano, Tendai e Shingon. Em algumas classificações, a Vajrayana aparece como
subcategoria de Mahayana, entretanto é reconhecida como um terceiro ramo.
Mesmo o budismo sendo uma prática muito popular na Ásia, os dois ramos são
encontrados em todo o mundo. Várias fontes colocam o número de budistas no mundo entre
230 milhões e 500 milhões, tornando-o a quinta maior religião do mundo[5][6].
As escolas budistas variam sobre a natureza exata do caminho da libertação, a
importância e canonicidade de vários ensinamentos e, especialmente, suas práticas.
Entretanto, as bases das tradições e práticas são as Três Jóias: O Buda (como seu mestre), o
Dharma (os ensinamentos) e a Sangha (a comunidade budista)[9]. Encontrar refúgio espiritual
nas Três Jóias ou Três Tesouros é, em geral, o que distingue um budista de um não-budista.
Outras práticas podem incluir a renúncia convencional de vida secular para se tornar um
monge (sânsc.; pāli: Bhikkhu) ou monja (sânsc.; pāli: Bhikkhuni).
O zoroastrismo, também chamado de masdeísmo, mitraísmo ou parsismo, é uma
religiãomonoteísta fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos
chamavam de Zoroastro. É considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo
ético. De acordo com os historiadores da religião, algumas das suas concepções religiosas,
como a crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na vinda de um messias, viriam a
influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Tem seus fundamentos fixados no Avesta e admite a existência de duas divindades (dualismo),
representando o Bem (Aúra-Masda) e o Mal (Arimã), de cuja luta venceria o Bem.
O sikhismo ou siquismo é uma religiãomonoteísta fundada em fins do século XV no Punjab
(região atualmente dividida entre o Paquistão e a Índia) pelo Guru Nanak (1469-1539).
Habitualmente retratado como o resultado de um sincretismo entre elementos do hinduísmo
e do misticismo do islão (o sufismo), o sikhismo apresenta contudo elementos de originalidade
que obrigam a um repensar desta visão redutora.
O jainismo ou jinismo é uma das religiões mais antigas da Índia, juntamente com o
hinduísmo e o budismo, compartilhando com este último a ausência da necessidade de Deus
como criador ou figura central. Considera-se que a sua origem antecede o Bramanismo,
embora seja mais provável que tenha surgido na sua forma actual no século V a.C., em
resultado da acção religiosa do Mahavira.
Vista durante algum tempo pelos investigadores ocidentais como uma seita do hinduísmo ou
uma heresia do budismo, devido à partilha de elementos comuns com estas religiões, o
jainismo é contudo um fenómeno original. Ao contrário do budismo, o jainismo nunca teve um
espírito missionário, tendo permanecido na Índia, onde os jainas constituem hoje cerca de
quatro milhões de crentes. Pequenas comunidades jainas existem também na América do
Norte e na Europa, em resultado de movimentos migratórios. A palavra jainismo tem as suas
origens no verbo sânscrito jin que significa "conquistador". Os seus adeptos devem combater,
através de uma série de estágios, as paixões de modo a alcançar a libertação do mundo.
Sua visão básica é dualista. A matéria e a mônada vital ou jiva são de naturezas distintas, e
durante sua vida o ser vivente (seja humano ou animal) tinge sua mônada como resultado de
19
suas ações. Para se purificar, esta religião propõe um extremo ascetismo e o colocar em
prática da doutrina da não-violência ou ahimsa.
Designa-se por período helenístico (do grego, hellenizein – "falar grego", "viver como
os gregos") o período da história da Grécia e de parte do Oriente Médio compreendido entre a
morte de Alexandre o Grande em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma
em 147 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia
do marMediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização
de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava.
Foi naquele período que as ciências particulares tiveram seu primeiro e grande
desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de
transição para o domínio e apogeu de Roma.
Durante o período helenista foram fundadas várias cidades de cultura grega, entre elas
Alexandria e Antioquia, capitais do Egipto ptolemaico e do Império Selêucida,
respectivamente.
Religiões do Tao
Taoísmo
Taoismo (ou daoísmo) é uma palavra empregada para traduzir dois termos chineses
distintos, "Daojiao" (道教) (pinyin: Dàojiào; Wade-Giles: Tao-Chiao), que se refere aos
"ensinamentos ou à religião do Dao", e "Daojia", que se refere à (道家) "escola do Tao (ou
Dao)", a uma linha de pensamento da filosofia chinesa.
Assim, o termo taoismo pode referir-se a:uma escola de pensamento filosóficochinês
que se baseia nos textos do Tao Te Ching, atribuídos a Lao Tse, e nos escritos de Chuang Tse;
um movimento religioso chinês com origem em Zhang Daoling, no final da Dinastia Han, que se
estrutura em seitas como a Zhengyi ("ortodoxa") e Quanzhen ("realidade completa");
manifestações da tradição religiosa chinesa, de caráter popular, que integram elementos da
religião taoista, do confucionismo e do budismo.
Confucionismo
O confucionismo (儒學, ? Rúxué) é um sistema filosóficochinês criado por Kung-FuTzu (Confúcio). Entre as preocupações do confucionismo estão a moral, a política, a pedagogia
e a religião. Conhecida pelos chineses como Junchaio (ensinamentos dos sábios).
Fundamentada nos ensinamentos de seu mestre, o confucionismo encontrou uma
continuidade histórica única
Xintoísmo
Xintoísmo (em japonês: 神道, transl. Shintō) é o nome dado à espiritualidade
tradicional do Japão e dos japoneses, considerado também uma religião pelos estudiosos
ocidentais. A palavra Shinto ("Caminho dos Deuses") foi adotada do chinês escrito (神道),[1]
através da combinação de dois kanjis: "shin" (em japonês: 神, "shin"?), que significa "deuses"
ou "espíritos" (originalmente da palavra chinesa shen); e "tō" (em japonês: 道, "tō"?), ou "do",
que significa "estudo" ou "caminho filosófico" (originalmente da palavra chinesa tao). Os
termos yamato-kotoba (大和言葉) e Kami no michi costumam ser usados de maneira
semelhante, e apresentam significados similares.
20
BIBLIOLOGIA
1. PRESSUPOSTOS INICIAIS. Essa disciplina tem como objetivo introduzir o aluno no
campo da Teologia Sistemática e Bíblica, e oferecer-lhe oportunidade de um contato com
alguns dos temas teológicos.
1.1. OBJETIVO ESPECÍFICO. Proporcionar aos estudantes um conhecimento básico
sobre: a Escritura Sagrada, sua constituição, canonização e suas traduções.
1.2. ALGUMAS PERGUNTAS. Cerca de 73% dos cristãos brasileiros não leem a Bíblia.
São dados de uma pesquisa feita em 2009 pela SBB . Atualmente esse número deve ser bem
maior. Diante disso eu pergunto:
a)
Qual a sua relação com a Bíblia? Faça uma reflexão agora.
•
i.
ii.
iii.
iv.
v.
Dica: OLEMP. Uma boa relação implica em:
Ouvir;
Ler;
Estudar;
Meditar;
Praticar a Escritura.
b)
Você quer entender melhor a Bíblia? Faça esta pergunta para você agora.
•
i.
ii.
iii.
iv.
v.
vi.
Dica: LEVITA. Uma boa compreensão necessita de:
Leitura: leia a Bíblia toda, use o método que você mais gosta;
Estude cada livro: destacando: autoria, conteúdo, destinatário;
Visão panorâmica: tenha uma visão geral da Bíblia;
Intérprete: os textos mais difíceis precisam ser interpretados;
Temas importantes: busque resposta para temas relevantes;
Aplicação dos ensinos: na vida, nas pregações, nos estudos.
1.3. PRÉ-REQUISITOS PARA OS ESTUDANTES DA BÍBLIA. Qualquer pessoa pode ler a
Escritura. No entanto, o seu conteúdo vai além das linhas escritas, ele atinge a alma. A
Escritura estimula a fé e a transformação da vida. É necessário, para compreendê-la melhor:
a) Iluminação do Espírito Santo (1 Co 1:21; 2:10; 2 Co 4:3 – 4);
b) Coração regenerado por Deus (1 Co 2:14);
c) Raciocínio indutivo, percepção clara;
d) Entusiasmo com os resultados;
e) Consciência vocacional;
f) Amor pela Escritura;
g) Mente disciplinada;
h) Prioridade;
i) Humildade...
1.4. NECESSIDADE DE EXAMINAR AS ESCRITURAS: Existem diversas:
a)
Alguns benefícios do exame das Escrituras
Para o amadurecimento da fé a imagem de Cristo (Ef 4.15);
Melhor compreensão das Escrituras (Mt 22.29);
21
Habilitação para o ministério (2 Tm 2:15);
Revela a Pessoa de Deus (Jo 5: 39);
É inspirada por Deus (2 Tm 3: 16);
É a fonte da verdade (Jo 17: 17);
Apologia da fé (1Pe 3.15).
...
b)
Alguns malefícios do não exame das Escrituras
Acrescentaremos ideias contraditórias às Escrituras (Mt 16.6,12);
Faremos distorções das Escrituras (2 Pe 3.16);
Seguiremos doutrinas humanas (Mt 15.9);
Pecaremos por ignorância (Mt 22.29);
Promoveremos heresias (1Tm 4.1,2);
Seremos imaturos (Ef 4.14).
...
2. INTRODUÇÃO A BÍBLIA SAGRADA
livros. Para os discípulos de Cristo, ela detém o conjunto de Escritos revelados e inspirados por
Deus e reconhecidos pela Sua Igreja como regra de fé e prática.
2.1. OS NOMES. A Bíblia é comparada ou associada aos termos abaixo descritos.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
“Lei, Profetas e Salmos” (Lc 24.44; 22.40);
Escritura (2Tm 3.16; 2Pe 3.16);
Sagradas Letras (2 Tm 3.15);
Palavra de Deus (Mt 4.4);
Sã Doutrina (Tt 1.9; 2.1);
Tradições (2Ts 2.15);
Palavra fiel (Tt 1.9);
Verdade (Ef 4.15);
2.3. MENSAGEM. Na Escritura Deus quer nos informar sobre:
a) Ele mesmo: sua pessoa, seus atributos, seu feitos, seu propósitos, seus
mandamentos... Ele é o principal foco da Escritura Sagrada.
b) A Sua Criação: Deus nos revela muito sobre Si mesmo através da Sua criação.
Como Ele criou o mundo, o que Ele usou para criar o mundo e o propósito por trás da criação,
tudo demonstra aspectos do Seu caráter.
c) O Homem: a Bíblia revela claramente como e porque Deus criou o homem, as
suas expectativas para ele, o seu propósito e destino final.
d) ...
2.4. TEMAS. A Bíblia trata de diversos assuntos tais como:
a)
b)
c)
d)
e)
O processo de criação e da queda do homem (gênero humano);
O amor de Deus pela criação especialmente pela humanidade;
O plano de redenção divina para criação e para humanidade;
O Reino de Deus; O julgamento de Deus ao pecado; A restauração universal.
...
22
2.5. LÍNGUAS. As línguas maternas são:
a) Hebraico – o Hebraico Antigo (arcaico) foi à língua da maior parte do Antigo
Testamento.
b) Grego – o Grego Koinê (comum) foi à língua de todo o Novo Testamento.
c) Aramaico – algumas partes do Antigo Testamento e Novo foram escritos em
Aramaico. Ed 4.8; 6.18; 7.12-26; Dn 2.4; 7.28; Jr 10.11; Mt 27,46; Mc 5.40-42.
2.6. MATERIAIS. A Bíblia foi escrita em diversos tipos de materiais tais como:
a) Como folhas para escrever usavam-se o coro de animais: PERGAMINHO; folhas
de plantas: PAPIRO; talhas: de PEDRA; blocos: de MADEIRA etc.
b) Para escrita usava-se CANA COM PONTA e PENA etc.
c) Como tinta: FULÍGEM e outras substâncias extraídas das plantas etc.
• Obs. a Bíblia era enrolara, costurada e escrita a mão (por isso era chamada de
manuscrito), só a partir do século XV d.C. após a invenção da imprensa (prensa de propulsão
humana), é que a Bíblia passou a ser impressa.
2.7. ESTRUTURA. Depende da Bíblia. A protestante tem 66 livros e a Bíblia católica
73 livros.
a) Antigo Testamento: na Bíblia protestante tem 39 livros e na católica 46 livros a
mais. São eles: Judite, Tobias, 1 e 2 Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria e Baruc, mais alguns
acréscimos.
o
Seções:
Pentateuco – 5 livros
Históricos – 12 Livros
• Gênesis
• Êxodo
• Levíticos
• Números
• Deuteronômio •
Josué
• Juízes
• Rute
• 1 e 2 Samuel
• 1 e 2 Reis
• 1 e 2 Crônicas
• Esdras
• Neemias
• Ester
Poéticos – 5 livros Proféticos – 17 Livros
• Jó
• Salmos
• Provérbios
• Eclesiastes
• Cantares
•
Isaías
• Jeremias
• Lamentações
• Ezequiel
23
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Daniel
Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias
b)
Novo Testamento: tanto na Bíblia católica quanto na protestante são 27 livros.
o
Seções:
Biográficos – 4 livrosHistórico – 1 Livro
• Mateus
• Marcos
• Lucas
• João •
Atos
Didáticos – 21 livros Profético – 1 Livro
• Romanos
• 1 e 2 Coríntios
• Gálatas
• Efésios
• Filipenses
• Colossenses
• 1 e 2 Tessalonicenses
• 1 e 2 Timóteo
• Tito
• Filemom
• Hebreus
• Tiago
• 1 e 2 Pedro
• 1, 2 e 3 João
• Judas •
Apocalipse
c) Os capítulos (1.189) foram colocados por Stefhen Langton, catedrático francês
e Bispo da Cantuária, em 1227 dC. Os versículos (31.104) foram colocados pelo Impressor
parisiense Robert Stephanus em 1551 dC. O trabalho facilitou tanto a leitura quanto os
estudos das Escrituras.
2.8. AUTORIAS. É importante saber que Deus é o autor da Bíblia, mas ele fez isso a
várias mãos. De modo que os instrumentos humanos inspirados por Deus são diversos. A
tradição judaica e cristã fala de cerca de 40 homens.
2.9. PERÍODOS. O processo de formação da Escritura durou, em média, 1600 anos.
24
a) Antigo Testamento: conforme a tradição judaica o nosso Antigo Testamento
foi escrito entre: 1500 aC. e 536 aC. O primeiro autor foi Moisés e o último foi Esdras. Alguns
estudiosos afirmam que foi Esdras que organizou os textos do Antigo Testamento o que
facilitou a primeira tradução da Bíblia, a LXX .
b) Novo Testamento: conforme a tradição cristã o nosso Novo Testamento foi
escrito entre: 45 dC. e 90 d.C. O primeiro autor foi Paulo (há controvérsias) e o último foi
João. Foram os Pais (líderes da igreja antiga) que promoveram a organização dos livros do
novo testamento como veremos a seguir.
2.10. DESTINATÁRIOS. O Antigo Testamento ou TNK para os judeus é um livro
direcionado aos filhos de Jacó (Israel). O Novo Testamento não é só um Livro para as igrejas,
mas universal (Mc 16.15). Em síntese os endereçados são:
a)
b)
c)
d)
Israel (a maior parte do Antigo Testamento);
Igreja (a maior parte do Antigo Testamento);
Pessoas (por exemplo: a Teófilo, Timóteo, Filemom etc.);
Nações (por exemplo: profecias a Nínive, Babilônia, Edom etc.).
3. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
3.1. DEFINIÇÃO. A palavra cânon deriva do grego  “cana, régua”, que por sua
vez deriva do hebraico KaNeH que significa “vara ou cana de medir” (Ez 40.3). Além de uma
medida, passou a significar: um padrão ou norma. Para a Igreja tinha um sentido figurado
referindo-se a regra de conduta (Gl 6.16; Fp 3.16). Só depois passou a significar a coleção de
escritos inspirados por Deus.
3.2. A CANONIZAÇÃO. É o processo de escolha dos livros considerados inspirados
por Deus. Um dos grandes problemas enfrentados pelos pais da Igreja do II século d.C. foi
decidir o que determinaria a canonização da Bíblia. Quais critérios deveriam ser levados em
conta. Inicialmente eles chegaram a alguns conceitos deficientes que são:
a)
b)
c)
d)
Seria a Idade do livro que determina sua canonicidade;
Seria a Língua hebraica o critério de canonização;
Seria a concordância do texto com a Torá;
Ou o valor religioso.
Só depois concluíram que o critério para a canonização era a Inspiração divina dos
textos. Pois os livros não eram sagrados por haverem descobertos neles algum valor; eram
valiosos porque provieram de Deus – fonte de todo bem. Por isso, precisamos saber o que vem
a ser inspiração.
3.3. INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS. De forma breve, inspiração é um mistério. Em
suma, é o ato de Deus ter “soprado” ) sobre os escritores bíblicos sua
revelação. Embora a individualidade do escritor fosse mantida (sua personalidade, estilo,
forma etc.), foram ao mesmo tempo movidos e guiados pelo Espírito Santo para escreverem os
oráculos (verdades) de Deus. De modo que o que eles escreveram era de fato Palavra de Deus.
Muito embora a Escritura sendo um produto divino-humano o seu verdadeiro autor é Deus. (2
Tm 3.16; 2 Pe 3. 15).
25
• Obs. Uma pergunta para reflexão: Deus inspirou apenas as Escrituras ou além
delas, as cópias e o processo de canonização da Bíblia?
• Obs. Estudem sobre REVELAÇÃO (geral e especial) e sobre ILUMINAÇÃO.
3.4. O CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO. Não se sabe ao certo quando os textos do
Antigo Testamento foram compilados (reunidos). Sabemos, todavia, que isso ocorreu antes de
Cristo. Há duas correntes: Alguns rabinos atribuem ao rabino Esdras tal feito, isso ocorreu por
volta do IV séculos a.C. Outros estudiosos conferem o feito aos escribas que fizeram a primeira
tradução do Antigo Testamento para o grego, por volta do II século a.C. No entanto, o fato é:
as Escrituras veterotestamentária já eram conhecidas, compiladas e usadas nos tempos de
Cristo e dos Apóstolos.
a) Jesus endossou o Antigo Testamento como Escritura divina (Jo 17.17; 10.35)
b) Jesus leu um de seus livros - Isaías (Lc 4.17)
c) Jesus citou suas divisões (Lc 24.27)
d) Os apóstolos também citaram o Antigo e citaram e endossaram como Escritura
inspirada por Deus (2Tm 3.16).
• Obs. Os apócrifos eram lidos e respeitados pela antiga comunidade judaica.
Porém Jesus não citou nenhum deles como literatura inspirada por Deus. Alguns apóstolos e
discípulos de Jesus citaram, por exemplo, (Jd 14). Paulo citou poetas gregos em sua pregação
em Atenas (At 17).
3.5. A CANONIZAÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO. Alguns estudiosos afirmam que a
verdadeira canonização do Antigo Testamento não ocorreu antes de Cristo, muito embora, a
Escritura já tivesse sido compilada nos dias anteriores ao Messias, Segundo eles, a canonização
de fato ocorreu depois de sua morte e ressurreição no Concílio de Jamnia, por volta do ano 90.
Os critérios foram:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
Autoridade divina - “Assim disse o Senhor”;
Historicidade - A cronologia dos fatos;
Autoria profética - Moisés, Davi, Salomão, Esdras etc.;
Período - Só os Escritos até Esdras nos IV século a.C (Jamnia 90 d.C.);
Língua - Só os Escritos em hebraico arcaico (antigo);
Aceitação - Conhecidos pela comunidade judaica;
Confiabilidade - Verdadeiro naquilo que se referia a Deus e a sua criação.
3.6. CÂNON DO NOVO TESTAMENTO. As expressões Antigo Testamento e Novo
Testamento (aliança, pacto, acordo), Já existiam desde o II século dC. Para os Judeus não existe
“antigo pacto”, pois eles ainda aguardam o mediador do “novo pacto”, conforme profetizou (Jr
31.31). No entanto, para a Igreja, Jesus é o mediado do Novo Pacto, que já está estabelecido
para sempre no seu sangue (Hb 8.6-13).
3.7. A CANONIZAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO. Os livros que compõe o Novo
Testamento foram compilados pelos Bispos da Igreja no Concílio de Cartago, em 397 dC. Foi
reafirmada nos demais. Os critérios adotados pelos Bispos foram:
a)
b)
c)
d)
e)
Apostolicidade - Deveriam ter sido escritos por um apóstolo;
Endossamento apostólico - Assinado por algum apóstolo;
Cristocentrico - Alinhado com a doutrina apostólica;
Progressão - O novo testamento é uma continuação do velho testamento;
Confiabilidade - Verdadeiros nos seus ensinos sobre Deus, sua criação etc.;
26
f)
g)
h)
Dinâmico - Deveria possui poder para transformar vidas;
Período - Escritos até I século dC.;
Aceitação - Pela comunidade cristã.
3.8. OS DEUTEROCANÔNICOS . Foram textos produzidos pelos judeus e por cristãos
durante os séculos III aC. e I dC. São divididos em quatro categorias: Homologomenos,
Antilegômenos, Pseudepígrafos, Apócrifos.
a)
Homologoumenos (falar como um). São os livros aceitos por todos como
inspirados.
Antigo Testamento 34 dos 39
Novo Testamento 20 dos 27
a)
Antilegomenos (falar contra). Trata-se dos excluídos:
Antigo Testamento a.
Cantares: conteúdo erótico, sedutor;
b. Eclesiastes: conteúdo cético “tudo é vaidade”;
c. Ester: não faz referências ao nome de Deus;
d. Ezequiel: desarmônico com a Torá;
e. Provérbios: por haver algumas contradições.
Novo Testamento a.
Hebreus: anonimidade autoral;
b. Tiago: autoria, contrariedade a doutrina da graça;
c. 2 Pedro: problemas de estilística;
d. 2 e 3 João: anonimidade autoral “o presbítero”;
e. Judas: por ter referência pseudepígrafas:14,15,19.
f. Apocalipse: confiabilidade e milenarismo.
b)
Pseudepígrafos (falsos escritos). São livros folclóricos e gnósticos, mas não
inspirados.
Antigo Testamento a.
Lendários: Livros dos Jubileus; Martírio de Isaías;
b. Apocalípticos: 1 Enoque; Assunção de Moisés;
c. Didáticos: 3 e 4 Macabeus; A história de Aicar;
d. Poéticos: Salmos de Salomão, Salmo 151;
e. Históricos: Sadoque.
Novo Testamento a.
Evangelhos: Tomé; Pedro; Maria etc. (gnósticos);
b. Atos de: Pedro; João; Paulo; André;
c. Epístolas: Laodicáia; 2 e 3 Coríntios; A Sêneca;
d. Apocalípses de: Pedro; Paulo; Tomé; Estevam;
e. Outras: Tradição de Matias; Diálogo do Salvador.
c) Apócrifos (escondido, obscuro, duvidosos). Foram Irineu e Jerônimo que
deram aos apócrifos um sentido de “não canônico”, ou seja, sem inspiração divina. No
entanto, Jerônimo chamou-os de livros Eclesiásticos (respeitados por seu valor histórico). Por
esse motivo, dentre outros, a Igreja Romana reconheceu os apócrifos em seu Concílio de
Trento em 1548 dC. com o termo “deuterocanônico” – segundo cânon. Os livros apócrifos são
diversos. Os mais conhecidos são:
Antigo Testamento a.
Romance: Judite;
b. Dogmático: Tobias;
c. Históricos: 1 Esdras; 1 e 2 Macabeus;
27
d. Poético: Eclesiástico; Sabedoria;
e. Profético: Baruc, Epístola de Jeremias; 2 Esdras;
f. Lendários: Adições em Ester (4.10;16.24); oração de Azarias (Dn 3.24-90);
Suzana (Dn 13); Bel e o Dragão (Dn 14); Oração de Manassés.
Novo Testamento a.
Evangelhos: Aos Hebreus; de Policarpo, de Inácio;
b. Atos: de Paulo, de Tecla;
c. Epístolas: Didaquê; Pastor de Hermas; Barnabé;
d. Apocalipse: de Pedro
• Obs.: A Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento) continha os textos
apócrifos. A versão Palestina em hebraico - TNK, não tinha os apócrifos. Tais textos eram lidos
e conhecidos por Jesus, os Apóstolos, os antigos judeus. Pergunta: por que motivos foram
retirados? Pesquisem.
4. AS TRADUÇÕES BÍBLICAS.
Entraremos agora num terreno difícil, pelo menos para mim. Apresentaremos a
seguir as tradições principais e a mais conhecida dos cristãos brasileiros.
Inicialmente ressalto que os rabinos afirmam categoricamente que traduzir a Bíblia
é tarefa de muita responsabilidade e complexidade. Leia o que afirma o “Rebe de Lubavitch”
sobre a Bíblia: “A Torá ou Bíblia tem sua própria terminologia complexa e um único conjunto
de regras e linhas mestras pelas quais se pode interpretá-la. Uma tradução direta pode
facilmente levar a uma distorção, mau entendimento, e até a negação da unidade de Deus”.
4.1. AUTÓGRAFOS. São os textos originais e inspirados. Esses não existem mais,
somente cópias. Alguns textos originais do primeiro século foram encontrados por volta de
1947, em Qunram. (como é o caso de Isaías – escrito em Hebraico), mas os manuscritos, não
foram considerados inspirados pela Igreja.
4.2. CÓPIAS. Os mais antigos manuscritos datam do II século antes de Cristo. Os
mais usados são: o Códice Sinaítivo (IV d.C.) e Alexandrino (V d.C.). Tais cópias foram
preservadas pela Igreja e garantem a fidelidade das Escrituras. Deus prometeu que a sua
palavra jamais seria destruída (Is 40.8; Mt 5.18; Mt 24.35).
4.4. A SEPTUAGINTA OU VERSÃO DOS LXX- BÍBLIA GREGA. No século III a. C. uma
importante colônia judaica vivia no Egito, especificamente em Alexandria, onde se falava
comumente a língua grega. Havia uma necessidade premente de que o povo judeu possuísse a
Bíblia em grego, além da importância que representava para a biblioteca de Alexandria que
ainda não possuía a Bíblia nessa língua.
No reinado do rei egípcio, Ptolomeu Filadelfo II (285-247 a. C.), a pedido de
Demétrio Falário, o bibliotecário do rei, o sumo sacerdote Eleazar, conforme a carta apócrifa
de Aristéias, enviou de Jerusalém setenta e dois sábios, seis representantes para cada uma
das doze tribos de Israel, a fim de realizarem a tradução da Bíblia hebraica para o grego.
Aristéias foi um estudioso judeu que morava em Alexandria na segunda metade do século II
antes de Cristo e quis passar por gentio e valido na corte de Ptolomeu Filadelfo. Conta ainda
Aristéias que a tradução foi completada em 72 dias.
A tradução para o grego recebeu o nome de Septuaginta e passou a fazer parte da
biblioteca do rei Ptolomeu Filadelfo em Alexandria.
O Talmude comenta que “o dia da tradução foi tão doloroso quanto o dia em que o
bezerro de Ouro foi construído, pois a Torá não poderia ser acuradamente traduzida”. Alguns
rabinos disseram que “as trevas cobriram a terra por três dias” quando a LXX ( Setenta ou
Septuaginta) foi escrita.
Segundo a versão talmúdica da história, enquanto traduzia cada sábio era
confinado em celas separadas, na ilha de Faros, e cada um completou a tradução inteira em 72
dias, produzindo assim traduções totalmente independentes. No entanto, seus corações
estavam plenos de sabedoria divina, e eles criaram versões idênticas. Todos fizeram as
28
mesmas mudanças em suas traduções, para que o rei não alimentasse qualquer dúvida que
talvez existisse se as traduções do hebraico fossem literais.
A designação de “versão da LXX” referia-se, no início, somente à tradução do
Pentateuco. Os demais livros foram traduzidos mais tarde, até meados ou, no máximo, final
do século II a. C.!
4.5. A VULGATA DE SÃO JERÔNIMO. A Vulgata é a tradução da Bíblia, do grego para
o latim, que foi realizada por São Jerônimo a pedido do papa Dâmaso, no século IV d.C.
A Septuaginta só contém os livros da Primeira Aliança (Velho Testamento). O Novo
Testamento em grego não é acoplado à Septuaginta, só existindo em separado. Assim, quem
quiser possuir a Bíblia completa, em grego, tem que possuir a Septuaginta e o Novo
Testamento em grego. São Jerônimo fez exatamente isto, traduziu e uniu o Velho e o Novo
Testamento numa só obra, do grego para o latim, surgindo, dessa maneira, a conhecida
Vulgata (a divulgada, vulgar, comum).
4.6. A TRADUÇÃO DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA. João Ferreira de Almeida, que
foi um pastor protestante nascido em Torre de Tavares, Portugal. Aprendeu o hebraico e o
grego, e assim usou os manuscritos dessas línguas como base de sua tradução, ao contrário de
outros tradutores que fizeram suas traduções a partir da Vulgata Latina de São Jerônimo.
Almeida baseou-se no Textus Receptus feito por Erasmo, em 1516 (considerado um
texto inferior), pois ele representa o Texto Bizantino, o mais fraco e mais recente entre os
manuscritos gregos. Ressalto aos caros estudantes, que na época de Almeida não existia
nenhum papiro, razão pela qual ele lançou mão de fontes inferiores.
Almeida só conseguiu a sua tradução e publicação completa da Bíblia no século
XVIII. Apesar do texto inferior por ele usado, bem como dos muitos erros e das edições e
correções – ARC (1858), ARA (1959), AF(1994), AR (2011), essa é a tradução que tem sido mais
bem aceita pelos nossos irmãos protestantes de língua portuguesa.
4.7. AS DEMAIS TRADUÇÕES. Caríssimos estudantes estimulo-vos a continuarem a
pesquisa das demais traduções. Para isso, deixo algumas sugestões:
a.
OS COMENTÁRIOS JUDEUS ANTIGOS:
O Talmuld (Midrash e Gemara) (II – IV d.C.);
Os Targuns aramaicos (III a.C.);
A Mishiná (I-II d.C.) etc.
b.
AS TRADUÇÕES ANTIGAS E MODERNAS:
Inglesas: B. Wicliffe (1382); Genebra (1560); King James (1611);
Portuguesas: Ave Maria (1959); BLH (1973) etc.
Francesa – Bíblia de Jerusalém (1986);
Espanhola – Reina Valera (1569);
Latinas: Nova Vultaga (1979);
Siríaca – Peshita (II-IX d.C);
•
Obs. Não confundam Bíblia de Estudos com Traduções, pois são coisas
diferentes.
CONCLUSÃO. Tentamos aqui, de forma muito resumida, apresentar uma introdução
a Bibliologia que é: o estudo sistemático das Escrituras Sagradas. Falamos da estruturação da
Bíblia; da formação do cânon das Sagradas Escrituras e das principais traduções, para nós, os
cristãos brasileiros. Estimulo os amados a continuarem “escavando” as Escrituras e a
aprofundarem no vosso conhecimento sobre Deus e a Sua Palavra. (Ef 4.13-16)
29
GREGO KOINE
Transcrevemos o texto para alfabeto latino, a fim de facilitar a consulta e de uniformizar
a leitura, independentemente do software utilizado.
Os textos estão em caracteres maiúsculos, porque na Antiguidade se escrevia em
caracteres maiúsculos e sem sinais diacríticos. (Os caracteres minúsculos são fruto da
simplificação dos maiúsculos, sobretudo ao longo da Idade Média.)
Neste texto, assinalamos com acento circunflexo E e O longos, apenas por não haver, no
alfabeto latino, caracteres equivalentes a Êta e a Ô méga. Este acento não tem, nesta
transcrição, nenhuma relação com a pronúncia fechada ou aberta destas vogais.
Nome da letra
Letra grega
Leitura
Transcrição
adoptada
Álpha
a
A
Bêta
b
B
Gámma
g
G
Délta
d
D
È psilón
e (breve)
E
Zêta
dz
Z
Êta
e (longo)
Ê
Thêta
th
TH
Iôta
i
I
Káppa
k
K
Lámbda
l
L
Mû
m
M
Nû
n
N
Xî
ks
X
Ò micrón
o (breve)
O
Pî
p
P
r
(tradicional)
R
Sîgma
s
S
Taû
t
T
Hù psilón
u (francês)
U
Phî
ph
PH
Rhô
30
aqui
Khî
kh
KH
Psî
ps
PS
Ô méga
o (longo)
Ô
Se estiver interessado em colocar estes textos em caracteres gregos, proceda da
seguinte forma:
Guarde os documentos.
Em Editar, Substituir, faça as seguintes substituições e por esta mesma ordem: (Tem,
obrigatoriamente, de guardar a substituição de Ê para o fim, caso contrário, haverá
demasiados hh!)
Localizar
Substituir por
PS
Y
KH
C
PH
F
TH
Q
Ô
W
Ê
H
2- Para obter o sigma final, se colocar o texto em minúsculas:
Localizar
Substituir por
s + 1 espaço
j ou V (conforme os caracteres)+ 1 espaço
s]
j] ou V] (conforme os caracteres)+ 1 espaço
s)
j) ou V) (conforme os caracteres)+ 1 espaço
Os primeiros estudiosos que estudaram o koiné, tanto no período alexandrino e
contemporâneo, foram clássicistas cujo protótipo tinha sido a literária língua ática do período
clássico, e deveria cerrar sobre qualquer outra classe de linguagem helênica. O grego koiné foi,
portanto, considerada uma forma decadente do grego, que não era digna de atenção. A
reconsideração sobre a importância histórica e linguística do grego koiné começou apenas no
início do século XIX, estudiosos de renome, realizaram uma série de estudos sobre a evolução
do koiné em todo o período helenístico e romano que ele abrangiu. As fontes utilizadas nos
estudos do koine têm sido numerosas e de confiabilidade desigual. As mais significativas são as
inscrições dos períodos pós-clássico e os papiros, por serem dois tipos de textos que têm
conteúdo autêntico e podem ser estudados diretamente. Outras fontes importantes são a
Septuaginta, uma tradução grega mais ou menos literal do Antigo Testamento, e o Novo
Testamento, partes do qual pode ter sido traduzido do evangélio hebraico por Jerônimo (ou
outros) com regras semelhantes às dos tradutores da Septuaginta. O ensinamento do Novo
Testamento visava o povo mais comum, e por essa razão que ele usa a linguagem mais popular
da época. Informações também podem ser derivadas de alguns estudiosos aticistas dos
períodos helenístico e romano, que a fim de combater a evolução da linguagem, publicaram
obras que comparam o supostamente "correto" ático contra o "errado" koiné, citando
exemplos. Por exemplo, Phrynichus Arabius durante o século II d.C escreveu:
ΒαςίλιςςαοὐδείστῶνἈρχαίωνεἶπεν, ἀλλὰβαςίλειαἢβαςιλίσ.
Basilissa (Rainha) nenhuma dos Antigos disse, mas Basileia ou Basilis.
31
Διωρίαἑςχάτωσἀδόκιμον,ἀντ' αυτοῦδὲ προκεςμίανἐρεῖσ.
Dioria (prazo) está mal escrito, em vez disso usa-se Prothesmia.
Πάντοτεμὴλζγε, ἀλλὰἑκάςτοτεκαὶδιὰ παντόσ.
Não se diz Pantote (sempre), mas Hekastote e Dia pantos.
Outras fontes podem ser baseadas em resultados aleatórios, tais como inscrições em
vasos escritos por pintores famosos, erros cometidos pelos aticistas devido ao seu
conhecimento imperfeito do puro ático, ou mesmo algum sobrevivente glossárico grego-latino
do período romano, e.g:
Καλιμερον, ἦλκεσ;
Bono die, venisti?
Bom dia, você veio?
Ἐὰνκζλεισ, ἐλκὲμεκ' ἡμῶν.
Si vis, veni mecum.
Se você quiser, venha conosco (O latim diz realmente comigo, e não nós).
Ποῦ;
Ubi?
Onde?.
ΠρὸσφίλονἡμζτερονΛεφκιον.
Ad amicum nostrum Lucium.
Para nosso amigo Lúcio.
Τίγὰρἔχει;
Quid enim habet?
Na verdade, o que ele tem?
O que há com ele?.
Ἀρρωςτεῖ.
Aegrotat.
Ele está doente.
Finalmente, uma importante fonte de informações sobre o koine antigo é a lingua grega
moderna com todos os seus dialetos e sua própria forma koiné, que têm preservado parte dos
detalhes linguísticos da antiga linguagem oral que a tradição escrita perdeu. Por exemplo, o
pontico e dialetos capadócios preservaram a antiga pronúncia de θ como ε (νφφε, ςυνζλικοσ,
τίμεςον, πεγάδι etc), enquanto o Tsakonico preservou o α longo em vez de θ (ἁμζρα,
ἀςτραπά, λίμνα, χοά etc) e as outras características locais do lacônico.[4] Dialetos da parte sul
do grego regiões de língua (Dodecaneso, Chipre etc), preservaram a pronúncia das consoantes
duplas semelhantes (ἄλ-λοσ, Ἑλ-λάδα, κάλας-ςα), enquanto outros pronunciaram em muitas
palavras υ como ου ou preservaram antigas formas de casal (κρόμμυον - κρεμ-μυον, ράξ - ρϊξ
etc.). Fenômenos linguísticos como acima implica que essas características sobreviveram
dentro do koiné, que por sua vez, teve inúmeras variações no mundo de língua grega.
32
Da cidade,
Um cavalo,
O sol,
Da água,
Uma coruja,
A águia,
Koine bíblico
"Koine bíblico" refere-se às variedades do grego koiné usado na Bíblia cristã e textos
relacionados. Suas principais fontes são:
A Septuaginta, uma tradução grega da Bíblia Hebraica do século III a.C, a qual
acrescentou os deuterocanônicos. A maioria dos textos são traduções, mas há algumas
porções e textos compostos em grego. Siraque, por exemplo, foi encontrado em hebraico;
O Novo Testamento, compilado originalmente em grego (embora alguns livros podem
ter tido um substrato hebraico-aramaico e contenham alguma influência semita na língua).
Tem havido algum debate em que grau o grego bíblico representa a principal corrente
do Koine contemporâneo falado e em que medida ele contém especificamente recursos de um
substrato semita (cf. Primado do aramaico). Estes poderiam ter sido induzidos, quer através da
prática de tradução rígida dos originais hebraico ou aramaico, ou através da influência do
grego regional não-padrão falado pelos judeus de língua originalmente aramaica. Alguns dos
recursos discutidos neste contexto são a ausência normativa da Septuaginta das partículas μεν
e δε, e o uso de εγενετο para denotar "aconteceu." Algumas características do grego bíblico
que se pensa ter sido originalmente elementos não-padrão finalmente encontrado o seu
caminho no principal da língua grega.
O grego do Novo Testamento é distintamente menos semita do que a Septuaginta, em
parte sendo 300 anos posterior, em parte sendo amplamente uma nova composição de grego,
não primariamente uma tradução do hebraico e aramaico.
O termo grego patrístico às vezes é usado para o grego escrito pelos Pais da Igreja, os
teólogos cristãos na antiguidade. Escritores cristãos nos primeiros séculos tendiam a usar um
registo simples do Koiné, relativamente perto da linguagem falada do seu tempo, seguindo o
modelo da Bíblia. Após o século IV, quando o cristianismo se tornou a religião oficial do
Império Romano, mais registros eruditos do Koiné influenciado pelo aticismo vieram também a
ser utilizados.
O estudo de todas as fontes de seis séculos, que são simbolicamente abrangidos pelo
Koine revela mudanças lingüísticas do grego antigo sobre elementos da língua falada como:
fonologia, morfologia, gramática, vocabulário.
A maioria das novas formas começaram aos poucos e gradualmente se tornaram mais
freqüentes até que foram estabelecidas. Das mudanças lingüísticas que teve lugar no koiné, o
grego ganhou tamanha semelhança ao seus sucessores medieval e moderno que quase todas
as características do grego moderno pode ser traçada em textos sobreviventes do koiné. Como
a maioria das alterações entre o grego moderno e o antigo foram introduzidas através do
koiné, o koiné é amplamente acessível aos falantes da língua moderna
Fonologia do grego koiné
Durante o período geralmente designado como "grego koiné", uma grande mudança
fonológica ocorreu: no início do período, a pronúncia foi praticamente idêntica ao grego
clássico antigo, enquanto que, no final, tinha muito mais em comum com o grego moderno.
33
As três alterações mais significativas durante este período foram a perda de distinção da
vogal longa, a substituição do sistema de acento tonal por um sistema de acento tônico, e a
monotongação de vários ditongos.
Evolução na fonologia é resumida abaixo:
A antiga distinção entre vogais longas e curtas foi gradualmente perdida, e desde o
século II a.C.todas as vogais eram isócronas.
Desde o século II a.C, os meios de acentuação de palavras alteradas tonais para tônicas,
significando que a sílaba acentuada não é pronunciado em um tom musical, mas mais alto
e/ou mais forte.[4]
O espírito aspirado (aspiração), que já estava perdido no jônico das várias partes da Ásia
Menor e eólico de Lesbos, deixou de ser pronunciado e escrito em textos populares.
Ditongos longos, que nos tempos mais antigos eram escritos com um ι subscrito depois
de uma vogal longa, deixou de ser pronunciado e escrito em textos populares.
Os ditongos αι, ει, e οι tornaram-se simples vogais. Desta maneira 'αι', que já havia sido
convertido pelos beócios em um ε longo desde o século IV a.C.e escrito θ (e.g. πῆσ, χῆρε,
μζμφομθ), tornou-se no koiné, também, primeiro um ε longo e depois em curto. O ditongo 'ει'
já havia se fundido com ι no século V a.C.em regiões como Argos ou no 4° século em Corinto
(e.g. ΛΕΓΙΣ), e se adquiriu esta pronúncia também no Koiné. O ditongo 'οι' adquiriu a pronúncia
do moderno francês 'U' (y), que durou até o século X. O ditongo 'υι' veio a ser pronunciado [yj],
e permaneceu pronunciado como um ditongo. O ditongo 'ου' já tinha adquirido a pronúncia do
latim 'U' desde o século VI a.C.e permaneceu em tempos modernos.
Os ditongos αυ e ευ vieram a ser pronunciados *av+ e *ev+ (via *aβ+, *eβ+), mas são
parcialmente equiparados a *af+, *ef+, antes das consoantes mudas κ, κ, ξ, π, ς, τ, φ, χ, e ψ.
Vogais simples têm preservado sua pronúncia antiga, exceto θ que é pronunciado como
ι, e já o υ manteve a pronúncia [y] do francês moderno 'U' até o século X, e mais tarde foi
também pronunciado como ι. Com essas mudanças na fonologia houve erros de ortografia
entre υ and οι, enquanto o som de ι era multiplicado (iotacismo).
As consoantes também preservaram a sua antiga pronúncia em grande medida, à
excepção de β, γ, δ, φ, κ, χ e η. Β, Γ, Δ (Beta, Gamma, Delta), que eram originalmente
pronunciadas [b, ɡ, d+, adquiriram os sons de v, gh, e dh (v (via *β+), *ɣ], [ð]), que têm ainda
hoje, exceto quando precedidas por uma consoante nasal (μ, ν); nesse caso, elas mantêm os
seus sons antigos (e.g. γαμβρόσ — γαmbρόσ, άνδρασ — άndρασ, άγγελοσ — άŋgελοσ). As
últimas três (Φ, Θ, Χ), que eram inicialmente pronunciadas como aspiradas (/pʰ/, /tʰ/ e /kʰ/
respectivamente), desenvolveram-se para as fricativas [f] (via [ɸ+), *κ+, e *x+. Finalmente a letra
Ζ, que ainda é classificada como uma consoante dupla com ξ e ψ, pois inicialmente era
pronunciada como ςδ (sd), adquiriu mais tarde o som de Z como aparece no inglês e grego
moderno.
O grego koiné na tabela representa uma reconstrução do grego koiné do Novo
Testamento, que decorrem, em certa medida a partir do dialeto falado na Judéia e Galiléia
durante o século I e semelhante ao dialeto falado em Alexandria, Egipto. Observe as
realizações de determinados fonemas diferem do dialeto mais padrão ático de koiné. Observe
o brando β "surdo" na posição intervocálica, a preservação do valor aspirado plosivo de "ph",
"th" e "kh", a preservação de uma distinção entre as quatro vogais frente "i", "ê", " e "e" y
"(que ainda é arredondado), e outras características.
Sou uma lápide, um ícone. Seikilos me pôs aqui como um sinal de memória imortal.
34
Os trechos a seguir ilustram o desenvolvimento fonológico no período do koiné. As
transcrições fonéticas são provisórias, e destinam-se a ilustrar duas diferentes fases do
desenvolvimento reconstruída, uma variedade precoce conservadora ainda relativamente
perto do ático Clássico, e um pouco mais tarde, a variedade mais progressiva aproximação
grego moderno em alguns aspectos.
HISTÓRIA DE ISRAEL
UMA BREVE HISTÓRIA DE ISRAEL e do atual conflito com os Palestinos!
35
Porque haverá grande angustia na terra, e ira sobre este povo. E cairão ao fio da
espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios,
até que os tempos dos gentios se completem. — Jesus, em Lucas.
Abraão saiu de Ur dos Caldeus a fim de herdar uma terra. Peregrinou sobre essa tal
terra décadas e décadas, comprou pedaços dela, mas não a viu sob seu poder jamais. Nem
tampouco seu filho Isaque a viu como status de propriedade, exceto pela fé; e os netos de
Abraão, Jacó e Esaú, também jamais viram a “terra da promessa” como uma promessa que
para eles se cumprira.
Foi somente depois de 430 anos de cativeiro no Egito dos grandes faraós, que o povo
de Abraão, os Hebreus, pela primeira vez tentou herdar no braço a terra que Deus dera a
Abraão pela fé.
Todavia, foi apenas no tempo do rei Davi e de seu filho Salomão que os filhos de
Israel tiveram pela primeira vez o real domínio da “terra da promessa” feita a Abraão.
No entanto, durou pouco, pois, com a morte de Salomão, os próprios filhos de Israel
se separaram, dividindo-se em dois reinos: o do Norte e o do Sul, o último com sede em
Jerusalém.
Ambos os reinos pecaram muito contra Deus e contra a vida, e, por isso, a seu
tempo, foram levados para cativeiro.
É, no entanto, o cativeiro do reino Sul de Israel — o reino de Judá, com sede em
Jerusalém —, que ganha importância vital na narrativa bíblica, pois, entre outras coisas, o
reino do Norte, no cativeiro que experimentou, acabou se diluindo e perdendo a identidade
cultural, genética e espiritual, segundo os critérios religiosos dos “filhos de Israel”.
Depois de 70 anos em cativeiro na Babilônia os filhos de Israel do reino Sul, da tribo
de Judá, receberam permissão para voltar à sua terra, à Jerusalém, e reconstruírem a cidade
que fora destruída.
Eles o fizeram, mas, depois do exílio em Babilônia, jamais de fato foram soberanos
sobre a terra, tendo sempre que estar sob alguma forma de vigilância ou domínio ou mesmo
de convivência perigosa.
Estiveram sob o domínio grego Ptolomeu e Seleuco durante dois séculos.
Revoltaram-se e conseguiram quase 100 anos de independência angustiada, quando da
Revolta dos Macabeus.
Entretanto, os Romanos chegaram, e, com eles, o domínio de muitas bestas. Foi
nesse tempo que Herodes, o Grande, se apoderou da terra e do reino em Israel.
Naqueles dias a terra já começava a ser chamada de Palestina. Foi nesse período que
Jesus nasceu.
Assim, pode-se dizer que a vida física de Jesus aconteceu sob o domínio Romano.
Israel tinha liberdade para habitar e governar os aspectos morais e religiosos do país,
da terra de Israel, ou, Palestina, como preferiam chamar os Romanos.
Os Romanos, assim como os gregos antes deles, preferiam chamar a terra de Israel
de Palestina, a fim de não dar status tão particular à nação de Israel, pois, era politicamente
melhor para os Romanos chamarem a terra por um nome e a nação por outro, diminuindo
assim a força da identidade daquele povo, cuja força de identidade nem os Romanos e nem
nenhum outro povo na história da civilização jamais possuiu tão fortemente.
A terra dos filhos de Israel fora antes chamada de Terra de Canaã, em razão de que
ali viviam antes os cananeus e povos de cultura semelhante à deles. Depois se tornou apenas
Israel. Os gregos já chamavam a terra pelo nome Palestina. Mas foram os Romanos os que
consagraram o termo ligado àquela região.
O nome Palestina decorre do nome da região sul de Israel, onde hoje é a Faixa de
Gaza, e que é assim chamada em razão dos Filisteus que ali viveram anos, conforme as
narrativas bíblicas. Ora, o nome original era Philistia, que, com o tempo, virou Philistin, e,
depois, Palestina.
36
No ano 70 depois do nascimento de Jesus a cidade de Jerusalém foi destruída,
conforme a predição de Jesus, e também conforme Ele os judeus foram dispersos para todas
as nações da Terra.
Quase dois mil anos passaram desde então, e, durante esse longo lapso de tempo
histórico, os filhos de Israel jamais deixaram de ter judeus morando e vivendo na Palestina.
Além disso, os Samaritanos, que são os remanescentes do reino Norte de Israel, também
jamais deixaram de viver na região da Samaria, hoje Cisjordânia.
Israel, no entanto, passou a ser apenas um nome da Bíblia, para os Ocidentais e para
o mundo em geral, sendo que havia gente que pensava que Jerusalém nem mais existia, e isto
até bem pouco tempo atrás, tamanha era a força da suposta realidade de que o Israel da Bíblia
acabara, tendo sobrado apenas os chamados judeus; e esses como cidadãos errantes do
mundo, uma espécie de ciganos de elite do Planeta.
Israel nunca teve vida fácil. Desde Abraão que a existência é dura para Israel.
Da destruição de Jerusalém pelos Romanos até hoje, eis em síntese o que aconteceu:
No ano 68, isto é, apenas cerca de 40 anos depois de Jesus ter dito as palavras acerca
da destruição de Jerusalém e a Dispersão dos Judeus, o general romano Tito foi enviado com
as suas tropas para controlar uma rebelião judaica nacionalista. Após dois anos de cerco, os
romanos entraram na cidade e dizimaram a população. A fúria dos romanos, certamente
provocada pela resistência judaica, foi de tal ordem que incendiaram praticamente a cidade
inteira, incluindo o Templo. Cumpriu-se literalmente a profecia de Jesus: não ficou «pedra
sobre pedra».
Os judeus sobreviventes foram vendidos como escravos e o povo em geral foi
disperso por muito lugares. A partir do ano 70, Israel deixou de existir como nação com um
território próprio. Os judeus espalharam-se por muitas nações, procurando sobreviver em
condições de grande adversidade.
Ao longo de séculos, foram constantemente e irracionalmente perseguidos. Nas
fogueiras e nas prisões do Santo Ofício, milhares pereceram às mãos da Inquisição. Os
progroms e o anti-sionismo dos países da ex-União Soviética perseguiram, prenderam e
mataram muitos judeus.
Ora, todos nos lembramos da famosa «solução final» de Hitler nos campos de
concentração nazistas, onde seis milhões de judeus foram aniquilados, numa operação
macabra de morte que ainda hoje continua a chocar as nossas consciências.
Após a destruição de Jerusalém no ano 70 de nossa era, os romanos ergueram uma
nova cidade - Aelia Capitolina - sobre suas ruínas. Os judeus eram proibidos de entrar no seu
antigo lugar de culto.
No século 4º, a Terra de Israel fazia parte do Império Bizantino; Jerusalém tornara-se
um cidade cristã, e legiões de peregrinos vinham visitar os locais relacionados ao advento do
cristianismo.
Os árabes muçulmanos, comandados pelo califa Omar, conquistaram Jerusalém em
683 e construíram o Domo da Rocha no lugar do primeiro e segundo Templos. Os judeus
tinham novamente permissão para viver na cidade, administrada durante os quatro séculos
seguintes pelos califas muçulmanos, desde suas capitais em Damasco, Cairo e Bagdá.
Jurando libertar Jerusalém do Islã, os Cruzados e seus exércitos partiram da Europa
em 1096. A conquista da cidade foi acompanhada pelo massacre de seus habitantes judeus e
muçulmanos. Durante quase um século, Jerusalém foi a capital do Reino Latino da Terra Santa.
Saladino, Muçulmano do Curdistão, conquistou Jerusalém em 1187 e permitiu o
retorno dos judeus à cidade. Os quase quatro séculos de domínio muçulmano foram marcados
por negligência: a população da cidade minguou e as muralhas se arruinaram. Somente no
início do domínio turco otomano, no princípio do século 16, Jerusalém recuperou parte de seu
antigo esplendor.
37
No século 19, com o enfraquecimento do poder otomano e o despertar do interesse
europeu pela Terra Santa, o atraso medieval cedeu diante do progresso ocidental. Jerusalém
expandiu-se, e por volta de 1840, o número de habitantes havia aumentado
consideravelmente, sendo que mais da metade eram judeus.
No fim da 1ª Guerra Mundial (1917), o general inglês Allenby aceitou a rendição da
cidade por parte do prefeito de Jerusalém, finalizando o domínio otomano. Durante os 30 anos
seguintes, a cidade foi a sede administrativa do mandato britânico. Durante esta época, o
povoado estagnado e abandonado transformou-se em cidade florescente.
Na atualidade a cidade de Jerusalém tem sido palco de inúmeras disputas entre as
três maiores religiões que ali se instalaram: judaísmo, cristianismo e islamismo! Esta disputa é
feita palmo a palmo, pois as três religiões reivindicam os locais sagrados de Jerusalém.
Os judeus dizem ter direito à cidade, pois ela sempre foi a capital do Estado de Israel,
e foi sempre ali que seus antepassados viveram, foi ali que os profetas entregaram as palavras
ditas pelo Eterno à nação, etc...
Os árabes dizem ter direito à cidade, pois quando os judeus foram dispersos pelo
mundo no ano 70 d.C., eles então se apossaram da cidade e do país e reivindicam então sua
posse.
Os cristãos da mesma forma, pois durante os períodos de conquistas, eles passaram
por Jerusalém e ali estabeleceram marcos históricos presentes até a atualidade na cidade! Eles
edificaram igrejas (católicas) e afirmam que a cidade é seu patrimônio, pois Jesus Cristo
(considerado por eles o fundador do cristianismo!) viveu, padeceu, morreu e ressuscitou ali!
A controvérsia está longe de ser decidida e percebemos que desde sempre existiu
uma pressão dos países considerados como "potências" mundiais para que haja tolerância em
Jerusalém! Jerusalém é tida como "Cidade Universal", reclamada para tornar-se o catalisador
mundial das religiões!
Ora, nos últimos dois mil anos, além de todas as lutas e perseguições anteriores, os
judeus, filhos de Israel, sofreram mais do que qualquer outro povo na história humana.
E mais:
Nunca um povo experimentou e sobreviveu a tanta ira espalhada pela Terra!
Depois do “Holocausto”, termo hoje abominável aos “politicamente corretos” da
mídia e da intelectualidade, os judeus receberam permissão da ONU para voltarem à Palestina,
mas apenas para tentarem a vida lá; numa terra que depois de ter tido todos os tipos de
ocupantes e de ocupação, agora, depois de 1948, estava sob o domínio Inglês e Jordaniano,
com supremacia do status religioso dos Islâmicos, desde que os Cruzados perderam a “Terra
Santa” de vez para os Mulçumanos no inicio do 2º Milênio desta era.
Os judeus já vinham comprando terras na região desde muito antes da ONU decidir
mandá-los de volta para lá, para a sua terra, a terra de seus pais, da qual haviam saído não por
livre vontade, mas por deportação, no ano 70 desta era.
A terra estava quase que completamente abandonada. Era pântano para todo lado,
com muita doença; e, no Norte, na Galileia, muita era a malaria que atacava a todos os que ali
obrigados a viver; e que lá não viam nada de bom.
Jerusalém só interessava em razão de sua importância religiosa para os Islâmicos
também, mas, na pratica, a terra toda estava em estado de avançada desertificação, ou, então,
entulhada de pedras ou tomada pelos pântanos.
Os judeus chegaram estabelecendo Kibutz. Comunidades agrícolas e comunistas na
gestão de tudo. Receberam mão de obra de outros judeus que logo começaram a afluir para a
terra de seus pais.
Não demorou e os Kibbutzs começaram a ser atacados pelos árabes islâmicos, tanto
Palestinos, quanto Egípcios, Sírios e Jordanianos.
Trabalhavam com uma mão e empunham a arma na outra. Anos e anos a fio. Então,
depois de muitas guerras contra essas forças, Israel tomou parte da cidade de Jerusalém. Foi a
38
Guerra da Independência, mas o status da cidade de Jerusalém foi mantido, com a supremacia
dos Islâmicos sobre a área mais sagrada da terra: a Monte do Tempo; onde estão as Mesquitas
de Omar e El Aksa.
Depois os Egípcios atacaram na chamada Guerra dos Seis dias, mas foram vencidos,
não tendo tipo a cidade do Cairo tomada pelos exércitos de Israel por pedido encarecido da
ONU.
Então, no inicio da década de 70, os Sírios e os Egípcios atacaram outra vez de
surpresa, só que agora no Dia do Perdão dos Judeus.
Outra vez, quase depois de vencidos, Israel virou a guerra, e, ao Norte, empurrou os
Sírios de volta, e, ao sul, desbaratou os Egípcios. Outra vez a cidade do Cairo, no Egito, tanto
quanto Damasco, na Síria, não foram tomadas em razão de encarecidos pedidos da ONU.
Israel, todavia, depois de ter sido invadido oficialmente duas vezes, e, centenas de
vezes alvejado por torpedos Sírios, lançados de sobre as Colinas de Golan, decidiu não mais
devolver Golan aos Sírios, pois, de cima das colinas eles atacavam sistematicamente, durante
anos e anos.
Com a supremacia definida de Israel na região, definitivamente estabelecida de 1974
para frente, reinou um período de certa tranquilidade alguns anos.
Arafat, no entanto, praticava sistematicamente o terrorismo, sempre na intenção de
provocar um levante na terra.
De 1977 para cá, tudo o que aconteceu por lá, posso dizer que vi com os meus
próprios olhos, e, em algumas ocasiões, eu estava lá quando havia conflitos como o que agora
se vê.
Quando vejo os ataques de Israel em resposta aos ataques do Hamas, sinto muita dor
pelos inocentes Palestinos.
Vejo-os sofrendo como os inocentes moradores de uma favela do Rio, tomada por
traficantes, em guerra com forças do Estado, e, usando o povo como escudo para o
enfrentamento.
Ora, internamente os Palestinos estão mais divididos do que a mídia anuncia.
De fato, o que vejo é perverso em todos os sentidos.
É perverso porque os inocentes Palestinos estão sendo usados covardemente pelo
Hamas. É perverso porque as autoridades de Israel estão exagerando em muito na medida da
resposta. Perverso porque não há solução na cessação de nada, pois, o Hamas não cessa nada
nunca. Perverso porque a estratégia do Hamas é fazer o que está fazendo a fim de por o
mundo em grande ira contra Israel. Perverso porque não se divulga nada com isenção, e, em
não se fazendo, apenas aumenta-se o ódio reinante e as reações de ambos os lados.
O fato é que Israel é atraidor de Ira! Ira entre os povos! E que Ira é essa?
Ora, além de que Israel é o povo cultural e geneticamente mais uniforme do
Ocidente da Terra, é também o povo que mais contribuiu proporcionalmente para tudo o que
o mundo chama avanço e genialidade cultural, artística, intelectual, filosófica e cientifica.
Os próprios Árabes, primos-irmão dos Judeus, nem de longe lograram a
homogeneidade que os de Israel conseguiram, e, muitos menos, tiveram ou têm o avanço de
consciência que os judeus possuem.
O terrorismo Árabe-Palestino ou Árabe qualquer coisa, não dá chance à paz.Quem
pode negociar com sequestradores? Quem pode negociar com terroristas? Quem pode
negociar com quem joga um jogo para o mundo e outro para dentro?Quem pode negociar
com quem ganho o Nobel da paz para fora, para o mundo, e, ao mesmo tempo, incentiva o
terrorismo?
Pior:
39
Quem pode negociar com quem diz que o único negócio é extinção total do "inimigo
judeu"?
Assim, com toda razão Israel ataca, e, fica sem razão por atacar atingindo os civis,
mas não tem alternativa, pois, não fazendo o que faz, não aguentara as pressões internas. Ao
mesmo tempo em que fazendo o que está fazendo, atrai a Ira do mundo contra si mesmo, o
que, no caso de Israel é um perigo, posto que por razoes que nem as pessoas compreendem,
os filhos de Israel existem sob a Ira da inveja e do desconforto espiritual dos povos.
Israel é objeto de todas as iras: as justificáveis e as injustificáveis!
E é assim porque Israel é um elemento pivotal no elemento profético da existência
humana!Quem lê, entenda!
INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL
40
A nossa realidade que nos cerca pode ser considerada de três modos diferentes: o
mundo da natureza, o mundo dos valores e o mundo da cultura. Esses três aspectos dão
ordem ao caos que nos rodeia.
O mundo da natureza compreende tudo quanto existe independentemente da
atividade humana. Vigora aí o princípio da causalidade, das leis naturais que não comportam
exceção, nem podem ser violadas.
As leis naturais são as leis do ser. Uma vez ocorridas determinadas circunstâncias,
ocorrerão inexoravelmente determinados efeitos. No mundo dos valores, atribuímos certos
significados, qualidades aos fatos e coisas que pertencem a nosso meio, a nossa vida. A tudo
que nos afeta, direta ou indiretamente, atribui-se um valor. A atribuição de valor às coisas da
realidade constitui uma necessidade vital. O homem em sociedade sente necessidade de
segurança, trabalho, cooperação, atividade de recreio, política, estética, moral, religiosidade.
Todas essas necessidades são valoradas pela conduta humana. Trata-se, portanto, do aspecto
axiológico.
Quando dizemos que determinada pessoa é boa ou má, é simpática ou antipática,
nada mais fazemos do que lhe atribuir um valor; esse valor é pessoal, podendo não ser o
mesmo atribuído por outrem ou por uma coletividade.
A conduta humana não pode prescindir de uma escala de valores a reger os atos, as
ações socialmente aceitáveis ou inaceitáveis, de acordo com a opinião dessa mesma
sociedade. O fato de o homem atribuir valor a sua realidade é vital para satisfazer a suas
próprias necessidades. Se não tivéssemos continuamente carências, não haveria necessidade
de uma escala de valores. Já o mundo da cultura é o mundo das realizações humanas.
À medida que a natureza se mostra insuficiente para satisfazer às necessidades do
homem, quando sente a falta de abrigo, de instrumentos, de viver com outros seres
semelhantes, passa o homem a agir sobre os dados da natureza, por meio dos valores, isto é,
necessidades para sua existência, criando uma realidade que é produto seu, resultado de sua
criatividade.
Esta breve introdução serve para posicionar o Direito como pertencente ao mundo
da cultura. Nesse mundo cultural, o homem criou vários processos de adaptação, esforçandose para a realização dos seus valores. Não pretendemos aqui explicar a ciência do Direito ou o
Direito em si, nem é objeto dessa disciplina. É necessário, no entanto, fixar os primeiros
passos, para posicionar esse estudo.
A cultura referida abrange tanto a cultura material como a cultura espiritual. Uma
pintura, uma obra literária ou arquitetônica, uma poesia são bens culturais. A intenção com
que foram criadas é que as fazem produtos da cultura humana.
A atividade valorativa ou axiológica orientada para realizar a ordem, a segurança e a
paz social faz surgir o Direito, posicionado no mundo da cultura.
O Direito é uma realidade histórica, é um dado contínuo, provém da experiência. Só
há uma história e só pode haver uma acumulação de experiência valorativa na sociedade. Não
existe Direito fora da sociedade (ubi societas, ibi ius, onde existe a sociedade, existe o direito).
Daí dizer-se que no Direito existe o fenômeno da alteridade, isto é, da relação
jurídica. Só pode haver direito onde o homem, além de viver, convive. Um homem que vive só,
em uma ilha deserta, não é alcançado, em princípio, pelo Direito, embora esse aspecto
modernamente também possa ser colocado em dúvida. Há, portanto, particularidades que
distinguem a ciência do Direito das demais.
O Direito disciplina condutas, impondo-se como princípio da vida social. Leva as
pessoas a relacionarem-se por meio de liames de várias naturezas, comprometendo-se entre
si. Já acenamos aí, portanto, com a existência da obrigação jurídica.
Para que haja essa disciplina social, para que as condutas não tornem a convivência
inviável, surge o conceito de norma jurídica. A norma é a expressão formal do Direito,
disciplinadora das condutas e enquadrada no Direito. Pelo que até aqui se expôs, há de se
perceber a diferença marcante entre o "ser" do mundo da natureza e o "deve ser" do mundo
41
jurídico: um metal aquecido a determinada temperatura muda do estado sólido para o líquido.
Essa disposição da natureza é imutável. O homem que comete delito de homicídio "deve ser"
punido. Pode ocorrer que essa punição não se concretize pelos mais variados motivos: o
criminoso não foi identificado, ou agiu em legítima defesa, ou o fato ocorreu sem que
houvesse a menor culpa do indivíduo.
Esta aí a diferença do "ser" e do "dever ser". Este último se caracteriza pela liberdade
na escolha da conduta. O mundo do "ser" é do conhecimento, enquanto o mundo do "dever
ser" é objeto da ação.
Entre os vários objetivos das normas, o primordial é conciliar o interesse individual,
egoísta por excelência, com o interesse coletivo. Direito é ordem normativa, é um sistema de
normas harmônicas entre si.
No entanto, o mundo cultural do direito não prescinde dos valores. Vive o Direito da
valoração dos fatos sociais, do qual nascem às normas, ou, como queiram, são por meio das
normas que são valorados os fatos sociais.
Há uma trilogia da qual não se afasta nenhuma expressão da vida jurídica: fato socialvalor-norma, na chamada Teoria Tridimensional do Direito, magistralmente descrita por
Miguel Reale (1973).
A medida de valor que se atribui ao fato transporta-se inteiramente para a norma.
Exemplo: suponha que exista número grande de indivíduos em uma sociedade que necessitem
alugar prédios para suas moradas. Os edifícios são poucos e, havendo muita demanda, é certo
que pela lei da oferta e da procura os preços dos imóveis a serem locados elevem-se. O
legislador, apercebendo-se desse fato social, atribui valor preponderante à necessidade dos
inquilinos, protegendo-os com uma Lei do Inquilinato, que lhes dá maior proteção em
detrimento do proprietário. Há aqui um fato social devidamente valorado que se transmutou
em norma.
Não cabe aqui um aprofundamento sobre a matéria, que pertence propriamente à
Filosofia do Direito. O que por ora pretendemos é situar o Direito, para chegar à posição do
chamado Direito Civil. Essas noções introdutórias, porém, são importantes, a fim de preparar o
espírito para o que advirá brevemente nessa exposição.
Complementando, importa também afirmar que o Direito é realidade históricocultural e, como já acentuamos, de natureza bilateral ou alternativa. Não existe Direito fora do
mundo da cultura, que se insere em um contexto histórico, sempre na sociedade.
Por isso se diz que o direito é atributivo, ou seja, consiste em um realizar constante
de valores de convivência.
O Direito refere-se sempre ao todo social como garantia de coexistência. Realizar o
Direito é realizar a sociedade como comunidade concreta, que não se reduz a um
conglomerado amorfo de indivíduos, mas forma uma ordem de cooperação, uma comunhão
de fins que precisa ser ordenada. Daí por que só existir Direito em sociedade.
Direito é ciência do "deve ser" que se projeta necessariamente no plano da
experiência. Para cada um receber o que é seu, o Direito é coercível, isto é, imposto à
sociedade por meio de normas da conduta.
Tipicidade
Para atingir esse objetivo do Direito, para que o Direito tenha a certeza de que existe
e deve ser cumprido, joga com predeterminações formais de conduta, isto é, descrições legais
na norma que obrigam determinado comportamento, quer sob forma positiva, quer sob forma
negativa. A isso se dá o nome de tipicidade. Os fatos típicos existem em todas as categorias
jurídicas, notando-se com mais veemência no campo do Direito Penal, direito punitivo por
excelência, em que as condutas criminosas, reprimidas pela lei, são por ela descritas. Só há
crime se houver lei anterior que o defina.
42
Contudo, o fenômeno da tipicidade é universal no Direito. No Direito Privado, seus
vários institutos são delineados com uma descrição legal. Daí por que a lei define o que é
obrigação, o que é propriedade, como se extingue a obrigação etc.
Essa predeterminação formal do Direito, essa necessidade de certeza jurídica, para
regular as ações na sociedade, vai até o ponto de exigir a constituição de um Poder do Estado,
o Poder Judiciário, cuja finalidade é ditar o sentido exato das normas. Essa função jurisdicional
existe tão-só no Direito, não sendo encontrada na Moral. E é justamente esse poder
jurisdicional que aplica a coercibilidade às normas reguladoras da sociedade.
Esse fato típico que dá origem às relações jurídicas também é denominado fato
jurígeno ou fato gerador (embora esta última expressão seja consagrada no Direito Tributário,
seu sentido é idêntico).
Na maioria das vezes, o fato típico, ou seja, a descrição legal de uma conduta,
predetermina uma ação do indivíduo, quer para permitir que ele aja de uma forma, quer para
proibir determinada ação.
Quando o Código Penal, no art. 121, afirma "matar alguém", está definindo um fato
típico. Todo aquele que praticar essa conduta de matar alguém pode, deve ser condenado,
sem que se afirme que isso venha a ocorrer. Quando o Código Civil afirma, no art. 1.267, que
"a propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição" (antigo,
art. 620), isso quer dizer que há uma tipicidade na conduta para entregar as coisas adquiridas
pelo contrato, pois a propriedade só ocorre com a entrega (tradição) da coisa móvel. Qualquer
outra conduta será atípica, isto é, contrária à disposição da norma, e sofrerá uma reprimenda,
no caso, uma reprimenda civil.
43
LIVROS HISTÓRICOS
Entre os vários gêneros literários da Bíblia, a história, por sua extensão, ocupa o
primeiro lugar. Esse fato já prova quanto a história fosse cultivada pelo antigo povo de Israel.
O fato é confirmado pelas fontes de que logo falaremos. E comparando, sob esse aspecto, a
Bíblia com a literatura dos demais povos do Oriente antigo, notaremos o lugar preeminente e
singular que cabe aos Livros Sagrados. A abundante literatura histórica que os egípcios e os
assírio-babilônios, os dois povos mais poderosos e evoluídos da Antiguidade, nos transmitiram,
consiste quase toda em documentos, tais como as inscrições dos soberanos, onde se narram
com intenção e estilo laudatórios, as façanhas dos mesmos. Mais tarde, entre os babilônicos,
surge o gênero, menos oficial e mais literário, da crônica que registra, ano por ano, os
acontecimentos mais importantes. Nenhum povo, porém, nos legou, como os israelitas, uma
série de escritos que, reunidos, formam como que uma história nacional desde as origens até
os tempos do cristianismo; tampouco quadros históricos de períodos particulares comparáveis
aos dos Juízes e de Samuel.
Rigorosamente falando, devia figurar entre os livros históricos grande parte do
Pentateuco, assinaladamente o Gênesis; estas partes, porém, devido à sua estreita relação
com a legislação mosaica, formam um só corpo com o nome de lei.
Os escritos históricos da Bíblia propriamente ditos Livros históricos, pela matéria e
pelos caracteres internos, são divididos em três categorias:
1° Josué, Juízes, Rute, Samuel e Reis relatam a história do povo de Israel desde a
conquista da Palestina até o exílio na Babilônia (586 a.C.);
2° as Crônicas e Esdras-Neemias retomam essa mesma história sob pontos de vista
particulares desde o reino de Davi (as idades precedentes, desde as origens do homem, estão,
como que resumidas, no princípio 1Crôn 1-9 em tábuas genealógicas) até à formação da
sociedade judaica depois do retorno do exílio (cerca de 430 a.C.);
3° os livros de Tobias, Judite e Ester ilustram alguns episódios notáveis dos últimos
séculos (VII-V a.C.), nos dois livros dos Macabeus narra-se a resistência dos judeus contra o
jugo dos selêucidas e a reconquista da soberania política (séc. II a.C.).
A série dos livros históricos Josué-Reis, considerados como grupo autônomo, os
hebreus chamam-nos "Profetas anteriores," formando com os "Profetas posteriores" (Isaías,
Jeremias, Ezequiel e os Doze menores) a segunda classe ("os Profetas") da sua Bíblia tripartida.
Os livros históricos contidos na série Crônicas-Macabeus recebem apreciações diversas dos
hebreus. A maioria deles admitem no seu cânone as Crônicas, Esdras-Neemias e Ester, mas
colocam-nos, com os restantes Livros Sagrados, na terceira classe dos "Escritos."
Essa divisão é antiga (atesta-a já S. Jerônimo no "Prólogo Galeato" ou prefacio a sua
tradução de Samuel e Reis), não, porém, primitiva. Nos manuscritos da antiquíssima tradução
grega dos LXX, e nas listas (cânones) das igrejas ou escritores cristãos, os livros das Crônicas e,
com diferença de ordem, os outros, são anexados aos precedentes Reis com o título comum
de "histórias." Os dois dos Macabeus nas Bíblias latinas apareciam habitualmente no fim do
Antigo Testamento, mas a conveniência da matéria e razões práticas persuadem-nos,
seguindo, além disso, o exemplo de tradutores modernos católicos, a não separá-los do grupo
dos outros livros de caráter narrativo, e o leitor os encontrará, quase em ordem cronológica,
depois de Judite.
Quase todos os livros históricos da Bíblia indicam, ainda que parcamente, uma ou
mais fontes escritas donde tiraram o material e às quais remetem o leitor para maiores e mais
amplas informações (Núm 21:14 o livro das batalhas do Senhor; ib., 27 os poetas). Tornam-se
mais frequentes nos livros seguintes, especialmente nos Reis e Crônicas. Desde os primeiros
tempos da monarquia (2Sam 8:16), entre outros oficiais do rei encontramos um "monitor" ou
"chanceler" encarregado de registrar os acontecimentos do reino (cf. 1Rs 11:41). Daí o
encontrarem-se frequentemente alusões a tais memórias dos reis de Judá e de Israel desde
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1Rs 14:19-29 até 2Rs 24:5. O autor das Crônicas cita escritos de vários profetas: Samuel,
Natan, Gad (1 Crôn 29:29), Ala, Ado (2 Crôn 9:29), Semeia, Jeú, Hozai (ib.,12:15; 20:34;33:19).
O primeiro deles provavelmente é o livro canônico de Samuel; os outros se perderam,
excetuando-se, talvez, alguma parte incorporada aos livros canônicos dos Reis.
Comparando-se as passagens paralelas dos livros das Crônicas e dos Reis -quer os
Reis tenham servido de fonte ao redator das Crônicas ou quer ambos haurissem duma fonte
comum - observamos que a fonte geralmente é transcrita literalmente conforme os hábitos da
historiografia semítica, numa época que não conhecia os direitos de propriedade literária.
Nesse caso, o autor sagrado, apropriando-se das palavras da fonte, torna-as expressão do seu
próprio pensamento e, através do carisma da inspiração divina, que não se opõe ao uso de
fontes profanas, imprime-lhe o selo da sua infalibilidade.
Pode acontecer que o autor sagrado julgue útil citar um documento como notícia
interessante deixando, porém, quanto à exatidão dos fatos, a responsabilidade pela afirmação
ao autor primitivo. Isto pode-se sempre admitir no caso de citação explicita, isto é, com a
expressa designação da fonte, como nas cartas citadas em Esdras 4,7-16; 1 Mac 12:5-23; 2 Mac
11:16-38. Não havendo indicação da fonte, e, portanto, quando a citação é implícita, requer-se
maior circunspecção.
Para apreciar devidamente os livros históricos do Antigo Testamento é mister levar
em conta a finalidade dos autores sagrados, bem como o espírito que os animava ao
escreverem seus livros. Os escritores bíblicos não pretendem escrever história propriamente
dita, nem narrar para satisfazer a sede de saber. Eles querem evidenciar a mão de Deus no
dirigir a sociedade humana segundo as altas finalidades de sua Providência, especialmente de
acordo com a religião e com a salvação do gênero humano. A sua historiografia é religiosa e
não profana. Daí a escolha, sensível de modo especial, nos livros dos Reis e das Crônicas, de
poucos fatos dentre a enorme quantidade de acontecimentos que, mesmo limitando-se à
Palestina, decorreram nos largos tempos abrangidos pela sua narrativa; enquanto se atribui
um papel importante aos profetas, ministros e porta-vozes de Deus, junto do seu povo, Seguese que não devemos esperar dos hagiógrafos um quadro completo da sociedade israelita da
época. Apesar disso oferecem sempre excelente material para a reconstrução da história
profana, completando os dados transmitidos pelos documentos extra-bíblicos, principalmente
as inscrições cuneiformes dos reis assírios e babilônicos, onde se registram muitos fatos e
personagens dos livros dos Reis.
Josué
O livro de Josué toma o nome do protagonista dos fatos nele contidos. Moisés,
libertando o povo da escravidão dos egípcios, organizou-o na península do Sinai e o conduziu
até às margens do Jordão. Para continuar a mesma missão de Moisés, sucede-lhe Josué. Tinha
na sua frente duas tarefas: ocupar a terra de Canaã ou Terra Prometida, expulsando os antigos
habitantes, e dividir, o país entre as várias tribos de Israel. O livro de Josué é a narração, ora
pormenorizada e viva, ora esquematizada, desta grande empresa. Daí a divisão lógica do livro
em duas partes: ocupação da Terra Prometida e sua partilha; segue-se um apêndice sobre os
últimos fatos de Josué.
Os fatos aqui resumidos abrangem um período de cerca de 30 anos, como se pode
inferir de dois indícios oferecidos pelo próprio livro. Josué, sendo quase da mesma idade de
Caleb (Núm 13:6-8;14:6-38), tinha, no tempo do Êxodo, aproximadamente 40 anos (Jos 14:7);
morreu com 110 anos. Tendo em conta os 40 anos passados no deserto, resulta que
empreendeu a ocupação da Palestina aos 80 anos, sobrevivendo mais trinta.
Cronologicamente, esses 30 anos coincidiram com a época de 'el-Amarna se,
conforme alguns, colocarmos o Êxodo no reinado de Amenófis II; se, conforme outros, o
colocarmos no de Menefta, então coincidiram com o fim do reinado de Ramsés III (1198-1167)
e de seus fracos sucessores. Duas indicações do próprio livro de Josué estariam a favor dessa
data: não existe indício algum duma dominação dos egípcios na Palestina; pelo contrário,
45
encontramos firmemente estabelecidos e fortalecidos os filisteus (13:2-3), dois fatos
explicados pela decadência do Egito sob a dinastia (XX) dos Ramésidas.
O relato do glorioso passado visa à uma dupla finalidade: evidenciar a fidelidade
divina no cumprimento das suas promessas (vide 21:43) e agir sobre o povo como um estímulo
a repelir o desânimo no tempo da provação e a continuar fielmente no serviço do Senhor.
O livro de Josué foi considerado pelas escolas críticas do século XIX, intimamente
ligado ao Pentateuco. Os mesmos documentos do Pentateuco teriam servido para a sua
compilação, que seria obra de vários autores sucessivos, e cuja última redação teria visto a luz
por volta dos séculos V ou IV a.C.
Hoje, a dita crítica modificou bastante a sua hipótese; começa-se, também por parte
da maioria dos racionalistas, a considerar o livro de Josué como um livro independente;
reconhece-se que a sua composição é diferente da composição do Pentateuco, formando um
conjunto distinto e bastante harmônico. É uma espécie de retorno ao que a tradição judaica e
cristã sempre defenderam.
Apesar dessas concessões, entretanto, não se deixa de impugnar, embora sem sólido
fundamento, a unidade do livro e a sua origem antiga. É verdade que se encontram alguns
trechos de,estilo diferente, certas expressões e algumas repetições discordantes do corpo do
livro, mas para explicar isso seria suficiente supor um único autor que tenha aproveitado
documentos parciais.
Da unidade do livro não se pode facilmente chegar à determinação concreta e segura
nem da data de origem, nem do autor. Alguns indícios levariam a concluir que o livro é anterior
ao tempo de Isaías (cf. 8:28 com Is 10:28), de Salomão (16:10 com 1 Rs 9:16), de Davi (15:63
com 2 Sam 5:6-9). Não faltam, entretanto, dificuldades em contrário, que podem, porém, ser
adequadamente solucionadas. Uma das principais é a repetição da fórmula: "até o dia de hoje"
(4:9; 5:9; 6:25; 7:26; 8:29; 9:27; 10:27; 13:13; 14:14; 15:63; 16:10; 22:3-17), que faz supor se
tenha passado um longo período de tempo entre os fatos e a composição do livro. Mas, os
trinta anos decorridos entre estes fatos e a morte de Josué são espaço de tempo suficiente
para legitimar tais expressões.
A origem antiga do livro de Josué e o fim que o autor sagrado se propôs contribuem
para fortalecer a autoridade do livro. Os seus relatos são confirmados, em muitos pontos,
pelos documentos oficiais encontrados em el-Amarna, a oriente do Egito, bem como pelas
escavações feitas na Palestina desde 1902 especialmente em Jericó, Betel, Gezer e Laquis, que
nos revelaram vestígios da invasão dos israelitas, ou pouco antes.
Juízes
Juízes foram chamadas certas personagens insignes que, depois da morte de Josué
até à constituição do reino - isto é, desde o século XII ao XI a.C. - libertaram, em várias
circunstâncias, o povo de Israel dos inimigos.
Não formaram uma série ininterrupta, mas eram chamados pelo Senhor segundo as
necessidades. Eram uma espécie de "ditadores" que, cumprida a missão libertadora,
continuavam a exercer autoridade sobre o povo pelo resto da vida. Não dominavam sobre
todo o povo, mas só nas tribos que libertavam do inimigo; desta forma não é impossível que
alguns juízes exercitassem ao mesmo tempo sua função.
O livro dos juízes narra as empresas desses beneméritos libertadores do povo eleito.
Em vez de uma história propriamente dita, da época, é uma coleção de memórias dos diversos
heróis. São doze ao todo, classificados em maiores e menores, não tanto pela diferente
importância dos empreendimentos e dos heróis, quanto pelo modo de serem apresentados.
Dos menores, o autor contenta-se com citar o nome, alguma notícia da família, a duração de
sua atividade e o lugar da sepultura, sem especificar o empreendimento; ao passo que dos
maiores narra a história com mais particularidades, segundo um esquema fixo, que comporta
quatro momentos: o pecado do povo (práticas idolátricas), o castigo (dominação estrangeira),
o arrependimento e a libertação por obra de um juiz.
46
Esse esquema está em perfeita harmonia com o pensamento dominante (2:11-19) da
introdução especial (2:6-3:6) ao corpo do livro, que defende a tese segundo a qual Israel foi
feliz enquanto se manteve fiel ao Senhor, e infeliz quando se apartou dele. Com isto dá-nos a
conhecer a finalidade do autor: afastar eficazmente os israelitas do culto idolátrico.
Destarte o corpo da obra resulta composto, com sua própria introdução, à qual foi
anteposta outra introdução geral (1:1-2:5) e foram acrescentados dois apêndices (17-18 e 19221).
Não é fácil precisar a data dos dois fatos narrados nesses apêndices; há, contudo,
razões sérias para admitir que ambos se deram nos primeiros tempos dos juizes, pois no
episódio dos danitas aparece como sacerdote um neto de Moisés (Jz 18:30) e um neto de Arão
é contemporâneo de outro episódio. A cronologia do corpo do livro é uma das dificuldades
mais laboriosas que possam ocupar os intérpretes e entre as soluções propostas não há
nenhuma que satisfaça plenamente. Como quer que seja, sem entrar em discussões inúteis,
basta recordar que segundo (1Rs 6,1), entre o Êxodo e a construção do templo (4° ano do
reinado de Salomão) passaram 480 anos. Portanto, se desse número subtrairmos 4 anos de
Salomão, 40 de Davi e outros tantos de Saul (At 13:21), e ainda 70 anos que decorreram desde
o Êxodo à primeira opressão, restariam ainda 330 anos para o período dos juízes. Esse
resultado estaria suficientemente de acordo com o que disse Jefté ao rei de Amon (11:26).
Somando-se, porém, todos os tempos das opressões e os dos domínios dos juízes, obtêm-se
410 anos. Deve-se, portanto, admitir que o autor relatou números aproximados.
A parte principal (2:6-16:31) é obra de um só autor, como prova o esquema
delineado e fielmente seguido em toda a narração. O autor, porém, não podia ter sido
testemunha de tudo o que narra, já que sua história abrange um período de quase dois
séculos. Serviu-se, portanto, de documentos preexistentes e de tradições orais. A sua
fidelidade às várias fontes se manifesta na concisão com que narra fatos de máxima
importância e que um escritor menos escrupuloso teria ampliado a seu bel-prazer.
Quando foi composto o livro? Com boa verossimilhança pode-se crer que foi nos
primeiros anos do reinado de Saul. Com efeito, quatro vezes observa-se nos apêndices que os
inconvenientes narrados aconteceram quando "em Israel não havia rei e cada um fazia o que
lhe agradava." Tal coisa só podia ter sido escrita nos primeiros tempos da monarquia, quando
se gozava dos seus bons efeitos e ainda não pesavam gravames que sobreviriam mais tarde.
Rute
A comovente história de Rute, que dá o título a este opúsculo, é um idílio pela
suavidade e pelo ambiente campestre; um pequeno drama pela variedade e vivacidade das
cenas. Apenas um terço de todo o livro pertence ao gênero narrativo, sendo o resto,
diálogo.Os quatro capítulos em que se costuma dividi-lo são como quatro atos no drama;
podemos assim resumi-los:
1. Em companhia da sogra que volta à pátria. Rute, jovem moabita, viúva sem filhos,
de um hebreu que emigrara de Belém, não abandona a sogra que, depois da morte do marido
e dos filhos, deseja voltar ao torrão natal.
2. A respigadura.. Para o sustento próprio e o da sogra, Rute vai respigar atrás dos
segadores, conquistando com os seus encantos e suas virtudes a afeição de Booz, rico
proprietário, parente de seu sogro.
3. A noite passada na eira. Por conselho dsogra, que pensa em casá-la com Booz,
Rute passa uma noite junto de Booz na eira da colheita e aproveita a ocasião para lembrar ao
mesmo o dever de desposar a viúva do parente falecido sem filhos.
4. As núpcias de Booz com Rute. O convite de Rute agrada a Booz, mas há outro
parente com direito de precedência. Superado o obstáculo pela desistência deste parente,
Booz desposa Rute, que o torna pai de Obed, de quem nasceu Isaí (Jessé), pai, por sua vez, do
grande rei Davi, antepassado do Messias.
Dessa relação com Davi, provém a importância do opúsculo, bem como o seu lugar
no cânon, entre Juízes e Samuel, ao primeiro dos quais pertence pela época dos
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acontecimentos narrados (Rut 1:1), e com o segundo se relaciona pela fundação da dinastia
davídica, cf.(1Sam 16) (2Sam 2-8). É aqui, portanto, que as Bíblias gregas e latinas o inserem;
os hebreus, antigamente, também o colocavam aqui, e só na Idade Média, devido ao uso
litúrgico, foi colocado, juntamente com os outros quatro opúsculos (Cânt, Ecl, Lani, Est), entre
os componentes da última das três partes na qual eles dividem os Livros Sagrados.
Além desta importância histórica, Rute oferece numerosos e preciosos
ensinamentos. A protagonista é um modelo de, piedade filial, de dócil obediência para com a
sogra, de espírito de sacrifício no cumprimento destes seus deveres. Na sua história sobressai
o papel da divina Providência que, por caminhos inesperados, premia a virtude de Rute,
dando-lhe uma posição social elevada. Além disso, sob o aspecto religioso, é digno de nota
como esta estrangeira, que deixa a pátria e os concidadãos para não abandonar a sogra
hebréia, não somente é recebida na verdadeira fé para fazer parte do povo de Deus, mas
também teve a honra de ser inscrita na genealogia do Messias (Mt 1:5).
O autor de Rute nos é totalmente desconhecido. O tempo em que foi escrito, deve-se
deduzir do próprio livro. Sem dúvida correu muito tempo entre os acontecimentos e sua
narração (cf. 4:7). A linguagem, afora algumas particularidades, é da boa época da monarquia;
o estilo, simples e polido, a beleza da narrativa, a pintura viva dos caracteres e dos costumes
colocam Rute entre os melhores modelos de prosa narrativa do Antigo Testamento. Em Rute
temos a amenidade da novela unida à singela veracidade histórica.
Samuel
O livro de Samuel, dividido pelos gregos e pelos latinos - não pelos hebreus - em dois,
recebe o nome do santo profeta, cujas gestas constituem os seus primeiros capítulos, e cuja
ação o dominam inteiramente. A matéria tratada divide-se marcadamente em três partes,
segundo as três personagens que governam sucessivamente o povo de Israel: Samuel, Saul e
Davi.
1a parte. Samuel, o último Juiz:
1) Nascimento de Samuel (1:1-2,10); sua juventude a serviço do templo; reprovação
do sacerdote Heli e de seus filhos (2:11-3,21).
2) Primeira guerra filistéia; derrota, captura da arca, morte de Heli e de seus filhos
(4). Retorno da arca santa (5-7).
3) Judicatura de Samuel: reforma religiosa, segunda guerra filistéia, vitória; governo
de Samuel (7:3-17).
4) Mau governo dos filhos de Samuel. O povo pede um rei (8) Saul é ungido e
proclamado rei (9-10). Vitória sobre os amonitas (11). Samuel abdica e despede-se do povo
(12).
2a parte. Saul, primeiro rei:
1) Terceira guerra filistéia; desobediência de Saul; audácias de seu filho Jônatas;
vitórias. Sumário do reinado de Saul (13-14).
2) Vitória sobre os amalecitas; e outra desobediência de Saul, que é por isso
reprovado (15).
3) Samuel unge secretamente rei a Davi, que é chamado à corte de Saul, assaltado
por mania furiosa (16).
4) Quarta guerra filistéia. Davi vai ao acampamento e mata o gigante Golias (17:154). Amizade de Jônatas com Davi e inveja de Saul para com o mesmo (17:55-18:9).
5) Saul procura matar Davi, o qual foge da corte (18,10-19,17); vai ter com Samuel,
renova com Jônatas o pacto de amizade (19:18-21:1).
6) Davi anda errante por vários lugares (21:2-22:5) Saul mata os sacerdotes fautores
de Davi (22:6-23). Davi em Ceila (23:1-13); em Zif salva-se de grave perigo (23:14-28) em
Engadi poupa a vida a Saul (24) ofendido por Nabal, é aplacado por Abigail, que de pois
desposa (25) novamente, poupa a vida a Saul (26) vive entre os filisteus (27).
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7) Quinta guerra filistéia. Saul consulta a nigromante de Endor (28). Davi, afastado
pelos filisteus (29), vence os amalecitas (30). Saul morre no campo de batalha (31) e Davi
pranteia a sua perda (2Sam 1).
3a parte. Davi, fundador da dinastia (2Sam 2-24):
1) Rei de Judá em Hebron (2:1-7); guerra civil entre os dois partidos, progressos de
Davi (2:8-3:5) assassínio de Abner (3:6-39) e de Isboset (4).
2) Rei de todos os Israelitas em Jerusalém (5:1-16) vitória sobre os filisteus (5:17-25)
transladação da arca para Sião (6) promessa messiânica (7) conquistas no exterior (8) favores
ao filho de Jônatas (9).
3) Desordens domésticas. Guerra amonita (10); duplo pecado de Davi (11);
arrependimento de Davi (12); incesto de Amnon (13:1-22); vingança de Absalão (13:23-36);
seu exílio e repatriação (13:37-14:33).
4) Revolta de Absalão (15:1-12) fuga de Davi (15:13-16:14) e entrada de Absalão em
Jerusalém (16:15-17:23); guerra civil (17:24-18:8); morte de Absalão e luto de Davi (18:9-19:8).
Davi retorna à capital (19:9-43) a rebelião de Seba é dominada (20:1-22) governo (20:23-26).
5) Diversos episódios. Cessa a fome, dando satisfação aos gabaonitas (21:1-14).
Heroísmo de alguns homens contra os filisteus (21:15-22). Cântico triunfal de Davi (22). Últimas palavras de Davi (23:1-7). Os heróis campeões (23, 8-39). Recenseamento do reino; a
peste; ereção de um altar sobre o Sião (24).
Todos esses acontecimentos encheram o período de cerca de um século e meio,
aproximadamente os anos 1120-970 a.C., um lapso de história israelita isento de toda
interferência quer do Egito, quer da Assíria e da Babilônia.
Ao escrever o livro, o autor sagrado tem por finalidade mostrar-nos as vias
providenciais pelas quais foi estabelecida no povo de Deus a monarquia e a dinastia davídica,
de cuja cepa devia nascer o Messias, cujas glórias ter-lhe-ia perpetuado. Em Samuel apresentanos o modelo do ministro fiel de Deus, em Davi o tipo de magnanimidade aliada a uma sincera
piedade.
Reis
Aos livros de Samuel, que narram a fundação da monarquia hebraica seguem-se Reis,
cuja história continua até sua queda sob os assaltos dos poderosos impérios da Assíria e da
Babilônia, isto é, desde os últimos dias de Davi (cerca de 970 a.C). até à tomada de Jerusalém
em 587 a.C., uma duração de cerca de quatro séculos. A cisão política e religiosa, que se seguiu
à ascensão ao trono do segundo sucessor de Davi, cindiu a nação em dois reinos rivais, o de
Israel e o de Judá, e findou com o desaparecimento do primeiro na luta com a Assíria (721
a.C.), delimitando este lapso de tempo em três períodos, com reflexos análogos na composição
da obra.
O livro é escrito à base de um esquema simples e transparente, sobretudo na
segunda e maior parte, daquela dos reinos separados. Seu enredo é formado pelas notícias
sobre cada um dos reis, quer de Judá, quer de Israel, redigido com um cunho uniforme e
distribuído em três partes: 1) Introdução: sincronização do outro reino com o rei
contemporâneo, duração do reinado no momento e para os reis de Judá também os anos de
idade à elevação ao trono e nome da rainha-mãe. 2) Corpo: qualidades morais relativamente à
religião e ao culto mosaico, e breves referências a algum fato mais relevante. 3) Epílogo: envio
para notícias mais amplas, aos "anais dos reis" (de Judá ou de Israel, segundo o caso), morte e
sepultura.
Nas linhas deste traçado, inserem-se os mais amplos e minuciosos relatos de coisas
concernentes à religião e à atividade dos profetas, entre os quais avultam as grandiosas figuras
de Elias e Eliseu. O interesse religioso, sobre o qual se fixa o olhar do autor sagrado, manifestase, inclusive nos poucos acontecimentos políticos narrados com abundância de pormenores
fora do comum, como as ações de Acab (1Rs cc. 20-22), a ascensão de Jeú ao trono (2Rs 9:1-7),
o cerco e libertação de Jerusalém do exército de Senaquerib (2Rs 18:13-19:37). Essas notícias
mais abundantes formam o fundo do livro, ao passo que os esquemáticos perfis dos reis,
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donde lhe vem o título usual, constituem-lhe como que a moldura e o enredo. As primeiras, o
autor hauriu-as das histórias dos profetas, transmitidas, por escrito ou de viva voz; pelos
discípulos dos mesmos. Nos segundos, isto é, na mencionada moldura, devemos ver um
trabalho mais pessoal do redator final, baseado por certo em bons documentos.
O valor histórico do livro dos Reis é incontestável. Garantido pela inspiração divina, é
confirmado por documentos paralelos da história profana, cabendo a primazia à assíriobabilônica, que aqui se nos apresenta com tão grande riqueza, não igualada para nenhum
outro livro do Antigo Testamento.
Não nos foi transmitido quem seja o autor de Reis nem a data da sua existência; seu
nome permanecerá provavelmente para sempre ignorado, ao passo que a idade pode ser
deduzida do próprio livro. Se os últimos quatro vv. (2Rs 25:27-30) não são um apêndice ou
acréscimo posterior, como em si é possível, sem, contudo, parecer provável, o autor teria
terminado a sua obra entre os anos 560 (37° da prisão de Joiaquin) e 538 a.C., que marca o fim
do exílio babilônico, porque não faz nunca alusão ou referência a este grande acontecimento.
É visível o caráter essencialmente religioso desta história dos reis. Numerosos
ensinamentos de doutrina e vida religiosa estão contidos especialmente na atividade dos
profetas, que ocupam continuamente o centro da cena, e nas reflexões do autor sagrado sobre
o procedimento dos reis e dos povos, que freqüentemente rematam o quadro. Cumpre não
deixar de notar o impressionante fato de que, enquanto no reino cismático de Israel houve em
apenas dois séculos (c. 930-730 a.C.), nada menos de oito mudanças de dinastia, no vizinho e
politicamente mais fraco reino de Judá dominou, por mais de 4 séculos (c. 1010-586 a.C.),
constante e invariavelmente a descendência de Davi, embora não faltassem as violências e os
contrastes a partir do exterior (intromissões de Atalia, de Necao, de Nabucodonosor).
Verificava-se assim a promessa divina feita a Davi por boca do profeta Natan (2 Sam 7),
anúncio e penhor do reino do Messias, filho de Davi por excelência (Lc 1:32), insigne pedra
miliar na preparação da salvação humana.
Crônicas
Samuel e Reis receberam uma obra paralela nas Crônicas. Nas Bíblias hebraicas
constituem os mesmos um só livro e tem o título equivalente ao nosso termo "anais." É aquilo
que nos Reis se lê tantas vezes no epílogo dos respectivos reinados. Seguindo uma sugestão de
S. Jerônimo (no "prólogo Baleato" ou prefácio aos livros de Samuel e Reis), os modernos dão,
comumente a esta obra, o nome de "Crônicas." Na versão grega dos LXX acha-se, dividida em
dois livros e intitula-se "Paralipômenos," que significa "coisas omitidas"; subentende-se, nos
livros dos Reis. Este título com a respectiva divisão introduziu-se na Igreja latina.
A narração das Crônicas, excetuando-se as genealogias dos nove primeiros capítulos
e a alusão ao decreto de Ciro nos dois últimos vv., abrange o mesmo espaço de tempo de
Samuel e Reis. Distingue-se deles, porém, pela extensão da matéria, pois, de um lado,
restringe-se ao reino de Judá e, de outro, acrescenta muitas notícias relativas ao culto divino.
Na verdade, a grande ideia central de toda a obra é o templo. O templo, único lugar
destinado ao culto legítimo do Deus de Israel, é o centro vital de Jerusalém; Jerusalém é o
centro de todo o Judá, que é a parte fiel do povo eleito. Destarte toda a vida de Israel palpita
em torno do templo, o qual não é considerado como simples edifício material, fosse embora
simbólico, mas como verdadeiro fator de unidade religiosa e nacional para todo Israel,
mediante o único culto legítimo, exercido somente pelos descendentes de Levi. Donde o
cuidado especial, a insistência, dir-se-ia, com que o autor desce a certas particularidades que a
nós, tão afastados da sua época, nos parecem supérfluas, mas que então constituíam o
fundamento da vida coletiva: assim as importantes genealogias, que eram verdadeiros
documentos oficiais para provar o direito que todo o levita tinha de exercer os atos de culto;
assim, as minuciosas normas litúrgicas, as amplas descrições de solenidades (da Páscoa,
sobretudo), com o número das vítimas imoladas, sem faltar sequer as várias exceções ao rito
legítimo, e todos os trabalhos executados no próprio edifício, desde os preparativos feitos por
Davi até à restauração de Josias.
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Paralela, mas subordinada a esta ideia principal, desenvolve-se outra, a da dinastia
davídica. A família davídica é a única depositária do poder legítimo sobre todo o Israel. Os seus
membros, portanto, são os principais servos de Javé, e os reis que dela descendem têm como
dever primordial o cuidado do templo, pois a sua autoridade régia é um reflexo da autoridade
divina, que brilha no templo. Todavia, a distinção entre o poder régio e o sacerdotal é radical:
o rei não deve usurpar funções sacerdotais. O monarca é realmente o primeiro servo do
templo, mas é o primeiro servo "externo," fora do recinto sagrado.
Destas duas grandes ideias basilares, tomadas em conjunto, explica-se por que o
autor se estenda tanto na citação das genealogias de Levi e de Judá (à qual pertencia a família
de Davi) e por que se desinteresse do reino do norte, que constituía a parte mais numerosa do
povo eleito. Este reino rebelara-se contra a dinastia davídica e rejeitara o culto do templo de
Jerusalém, fabricando para si os bezerros de ouro. Por isso, depois de narrar a sua defecção, o
autor alija-o do esquema de sua obra.
É evidente, e em mais de uma passagem (1 Crôn 10:13-20:1 etc.), que o autor supõe
conhecida a história que narra, ao passo que, excetuadas as particularidades litúrgicas,
raríssimos são os fatos que narra com exclusividade. Destes fatos, porém, um há que, em
1880, recebeu esplêndida confirmação das descobertas arqueológicas (cf. 2 Crôn 32:30).
Quanto às frequentes divergências entre as cifras de Crônicas e Reis, cumpre recordar que os
números, no texto hebraico, têm muitas vezes contra si uma componente desfavorável; e
muito mais em Crônicas, que na transmissão manuscrita, são dos livros mais corrompidos e
mal conservados de toda a Bíblia.
Literariamente, Crônicas são um produto da decadência. O material linguístico situao entre as obras mais tardias da Bíblia hebraica. O fraseado tortuoso, duro e insistente, é
testemunho de uma época em que o hebraico já não era a língua comum, mas ia cedendo
lugar ao aramaico.
Esdras
No texto hebraico e na versão dos LXX, Esdras e Neemias constituem um só livro,
com o título comum de Esdras. Mas já no tempo de Orígenes (inícios do séc.III) eram divididos
em dois. Na Vulgata latina são intitulados I e II de Esdras. Desde épocas longínquas, porém,
chamam-se habitualmente Esdras e Neemias, nomes tomados da principal personagem de
cada um deles.
Com o título de 3° de Esdras, as Bíblias latinas (1 Esdras nas gregas) contam com um
livro composto de nove capítulos, e que apresenta versão diferente daquela dos dois últimos
capítulos das Crônicas, de todo o Esdras (com a transposição de 4:7-24 na fim do c. 1) e de
(Neemias 8,1-12). Além disso, tem de próprio a longa descrição (3,1-5,6, antes de Esdras 2) de
uma disputa literária entre três pajens da corte de Dario, o terceiro dos quais, Zorobabel,
tendo saído vencedor, obteve do rei todas as facilidades para reconduzir à pátria os seus
compatriotas judeus. Por causa desse relato não canônico, isto é, não inspirado, todo o livro
foi colocado pela Igreja católica entre os apócrifos.
O livro canônico de Esdras-Neemias descreve a volta dos judeus do exílio babilônico e
a restauração religiosa, e, em parte, também a política da sua comunidade.
Por sua própria natureza divide-se em três partes, em cujo centro estão as três
personagens que encabeçam o movimento.
1. Regresso, sob as ordens de Zorobabel no tempo de Ciro (no 537 a.C) e
reconstrução do templo (Esd 1-6).
Decreto de Ciro permitindo a reconstrução do templo (1); elenco dos judeus que
regressaram guiados por Zorobabel (2). Ereção do altar (3:1-6) e início da construção do
templo (3:7-13) obstáculos da parte dos adversários e, suspensão dos trabalhos (4:1-5).
Obstáculos opostos mais tarde pelos inimigos à reconstrução da cidade (4:6-24).
Prosseguimento da construção do templo, término e inauguração entre grandes solenidades
(5-6).
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2. Retorno sob a direção de Esdras, no sétimo ano de Artaxerxes, e reforma dos
costumes (Esd 7,10).
Esdras obtém de Artaxerxes rescrito favorável (7); preparativos para a volta (8:1-30)
partida e chegada a Jerusalém (8:31-36). Deploração da desordem dos matrimônios mistos (9),
que são suprimidos (10:1-17). Rol dos culpados (10:18-44).
3. Regresso de Neemias, no vigésimo ano de Artaxerxes, reconstrução da cidade e
restauração religiosa (Ne 1-13).
Tendo recebido notícias alarmantes, Neemias obtém do rei permissão para ir a
Jerusalém (1:1-2:10); inspeção das muralhas e decisão de reconstruí-las (2:11-20) elenco dos
que restauraram alguma parte delas (3) oposição e insídias de Sanabalat e outros inimigos (4).
Extirpação da desordem econômico-social (5). Novas insídias dos inimigos; apesar delas, a
muralha é terminada (6). Recenseamento do povo: elenco dos repatriados (7:6-57 = Esdr 2:155). Leitura pública da lei mosaica e festa dos Tabernáculos (8). Confissão pública e penitência
(9) solene renovação da aliança com Deus (10). Medidas para repovoar Jerusalém (11:1-24);
outras cidades repovoadas (11:25-36). Lista dos sacerdotes e levitas (12:1-26). Dedicação das
muralhas de Jerusalém (12:27-42). Regulamentação das ofertas sagradas e dos matrimônios
mistos (12:43-13, 14:23-31); medidas para a observância do sábado, no ano trigésimo segundo
de Artaxerxes (13:15-22).
Os fatos aqui narrados abrangem o período de um século aproximadamente (537432 a.C.), período importantíssimo para a história do povo eleito e da religião em geral.. O
autor não pretende, porém, deixar-nos uma história completa daquele período memorável,
mas descreve-nos apenas os fatos principais, agrupado mais segundo uma ordem lógica do
que segundo a sucessão cronológica.
Ester
É provável que desde o séc. V a.C. (cf. 2 Mac 15-27), os hebreus tenham celebrado a
festa chamada "purim," em memória da eliminação do perigo de excídio decretado contra os
seus antepassados durante a dominação persa. O livro de Ester narra os fatos que deram
origem a essa festa, mostrando a providência especial usada por Deus com o seu povo eleito,
naquela ocasião tão crítica.
Duas redações nos chegaram deste livro: a hebraica e a grega dos LXX, com a única
diferença, entre si, de que a grega, além da versão fiel do hebraico, contém mais seis seções,
que, tomadas em conjunto, igualam a dois terços do livro hebraico.
O rei da Pérsia, sob o qual se desenrolam esses acontecimentos, é chamado
Ahasveros no texto hebraico (donde "Assuero" na Vulgata), transcrição imperfeita do nome
persa Hsarjarsa, que os gregos transcreveram como Xerxes. A versão grega, ao invés, traz
constantemente "Artaxerxes" no livro inteiro. Daqui as divergências em torno da pessoa do rei
assim denominado. Hoje, a opinião mais comum e provável sustenta que seja Xérxes I, o qual
reinou de 485 a465 a.C. e é conhecido sobretudo por sua campanha infeliz contra a Grécia.
Não perdeu, porém, a sua boa probabilidade a opinião dos antigosassinaladamente de Eusébio
e S. Jerônimo, de que se trata, ao invés, de Artaxerxes II, chamado o Mnemon (405-365 a.C.),
que antes de subir ao trono tinha o nome de Arsu (V. PLUTARCO, Vida de Artaxerxes, I), forma
abreviada ou carinhosa de Hsajarsu. O caráter efeminado de ambos os monarcas, como no-lo
dão a conhecer os escritores profanos, condiz admiravelmente com o que se reflete no livro de
Ester.
Ambos entregues aos prazeres, ambos dominados pela influência de cortesãos e de
mulheres, as histórias dos seus reinados são tecidas de intrigas, de amores ilícitos e também
de, crueldades. Sobre Xerxes veja-se HERÓDOTO, Histórias, IX, 108-110. A respeito de
Artaxerxes II, Plutarco, na Vida do mesmo, carrega as tintas sobre a sua moleza e volubilidade
e afirma que no seu gineceu sustentava tantas mulheres quantos eram os dias do ano (24:3;
27:1-3; cf. Est 2:1-4). Esta é já uma das provas da verdade histórica do livro.
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LIVROS POÉTICOS
Os Salmos, Jó e os Provérbios, nas Bíblias hebraicas, formam um grupo à parte, com a
denominação de Livros poéticos. No uso comum, cristão e moderno, porém, acrescenta-selhes também o Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, o livro da Sabedoria e o Eclesiástico ou
Jesus de Sirac; e é frequente entre os Padres gregos bem como entre os autores modernos,
estender a todos o nome de Livros poéticos. E com razão; pois o Cântico dos Cânticos e o
Eclesiástico são escritos em versos como os Provérbios. O Eclesiastes e o livro da Sabedoria
possuem, outrossim, forma poética, embora menos rigorosa. Trata-se, portanto, de um
elemento comum a todos esses livros.
São também chamados livros didáticos ou sapienciais, por falarem muito de
sabedoria. Mas o título de sapienciais é reservado especialmente aos últimos cinco livros
(Prov, Ecl, Cânt, Sab e Eclo); os salmos são na máxima parte de gênero lírico, sem, todavia, lhes
faltar o elemento didático; o gênero do Cântico dos Cânticos é exclusivamente o lírico. De
resto, lírico e didático são os dois gêneros de poesia cultivada pelos hebreus.
O que caracteriza toda a poesia hebraica é o chamado paralelismo. Ordinariamente,
o verso compõe-se de dois membros ou hemistíquios, o segundo dos quais forma certa
simetria com o primeiro, ora repetindo com outras palavras o conceito (paralelismo
sinonímico), como, por exemplo:
"Quando Israel saiu do Egito, e a casa de Jacó do meio dum povo bárbaro,
Deus consagrou ao seu serviço o povo de Judá, e estabeleceu em Israel o seu
império" (Sl. 113:1-2); ora destacando o mesmo conceito por meio de contrastes (paralelismo
antitético), como, por exemplo:
"Um filho sábio é a alegria de seu pai, porém um filho insensato é a tristeza de sua
mãe" (Prov. 10:1).
O segundo hemistíquio não é, às vezes, a repetição, e sim o complemento do
primeiro (paralelismo sintético ou progressivo), como, por exemplo:
"Com a minha voz clamei ao Senhor, e ele ouviu-me do seu santo monte" (Sl. 3:5).
A observância dos paralelismos ajuda a compreensão do verso, visto que a segunda
parte repete e, muitas vezes, esclarece obscuridades ou figuras contidas no primeiro
hemistíquio. Por exemplo: Sab 33:6 o "sopro da boca" de Deus não é senão a sua "palavra," o
"f iat" da criação (cf. v. 9); Sl. 71:1 "o filho do rei" não é pessoa diversa do "rei" do primeiro
hemistíquio. Deve-se notar de maneira especial que frequentes vezes os dois hemistíquios
paralelos apresentam cada um uma parte e aspecto da ideia, e unidos formam um só conceito.
Destarte o citado Prov. 10:1 quer significar que o filho sábio é a glória dos pais, ao passo que o
insensato causa-lhes tristeza. Assim no Sl. 91:3 proclamar pela manhã a bondade de Deus, e
pela tarde a sua fidelidade tem o sentido de: exaltar dia e noite a liberalidade constante de
Deus.
Muito se disputou nos últimos tempos se o verso hebraico tenha um determinado
ritmo e qual, sem contudo se ter chegado a um acordo entre os estudiosos a respeito. Mais
solidamente provadas parecem estas normas: (1°) O verso, ou melhor dito, o hemistíquio
hebraico, deve ter um determinado número de sílabas acentuadas, nada mais; (2°) O número
de sílabas acentuadas varia de duas a cinco em cada hemistíquio; (3°) Quando o hemistíquio
possui cinco acentos, ordinariamente entre o terceiro e o quarto interpõe-se uma cesura,
resultando assim um ritmo elegíaco (com dois períodos de comprimento desigual); (4°) Entre
as duas sílabas acentuadas estão em geral uma, duas ou três não acentuadas. Portanto, o
número de sílabas num verso ou hemistíquio é indeterminado, mas conservado dentro de
certos limites.
A observação exata desse ritmo é de grande utilidade para a pontuação, isto é, a
divisão entre os hemistíquios e também entre os versículos, que não raro são mal distinguidos,
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inclusive na divisão massorética, introduzida pelos mestres hebreus, e geralmente seguida,
como se pode ver em Jó 15:23-24:31-32; 16:7-8; 19:14-15, ou nos S1. 16:3-4; 30:11-12; 39:7-9;
64:2-4 etc. Consequência dessa atenção às exigências do ritmo é a restituição da composição
do poeta sagrado a toda a sua natural beleza e a projeção de uma luz intensa para a
compreensão do seu pensamento, animada pelo sopro divino.
JÓ
O livro, que recebe o título de Jó, do nome de um protagonista, pode ser considerado
com toda justiça um dos mais belos poemas da literatura mundial. Tema apaixonante, drama a
um só tempo profundamente humano e divinamente sublime, é desenvolvido com tal riqueza
de colorido, vigor de afeto e tantos artifícios de forma, que é permitido afirmar que nele o
idioma hebraico exauriu a sua facúndia, e a arte, o seu estilo.
Na verdade, a ação é simples. Um homem de proceder irrepreensível é alvo de
infortúnios de toda sorte, a ponto de não lhe restarem senão poucas carnes semicorrompidas
a cobrir-lhe o esqueleto. Alguns de seus amigos, vindos para consolá-lo, veem nesse cúmulo de
sofrimentos a prova tangível de gravíssimos pecados, pelos quais ele o teria merecido, e o
exprobram. Jó, paciente, protesta a sua inocência, sem, porém, conseguir vencer os
preconceitos dos seus acusadores. O próprio Deus parece surdo aos brados dilacerantes do
infeliz Jó, cujo espírito é torturado ainda mais do que a sua carne. Contudo, sua fé na bondade
da própria causa e na justiça de Deus não desfalece, e, superada a prova, Deus intervém para
defendê-lo e para restituir-lhe a antiga prosperidade. A conclusão é que, embora por uma
misteriosa e sábia disposição divina, às vezes também os justos sofrem sem culpa nenhuma; e
que, finalmente, Deus recompensa a virtude des- conhecida pelos homens.
O objetivo do livro é a discussão, concretizada num fato, em torno da razão e da
origem ontológica da dor. A discussão, desenvolvida em forma de diálogo entre Jó e seus
amigos, e em versos de esmerada feitura, constitui a parte principal e como que o corpo da
obra, o poema propriamente dito (3-41). Precede a introdução em prosa (1-2) e encerra-o um
epílogo, também em prosa (42), à guisa de coroamento.
Esse o grandioso drama, no qual uma rara profundidade de sentimentos, unida a
uma incomparável beleza literária, mantém-se até ao toque final.
A diferença entre o Jó paciente e resignado (1-2) e Jó queixoso e agressivo (3-31)
explica-se pelos gêneros literários diferentes das seções. Os discursos de Eliú (32-37) podem
ter sido inseridos posteriormente, para completar o assunto, deixado sem solução nos
capítulos anteriores. O mesmo se diga quanto a teofania (38-41).
Quem foi o autor desta obra maravilhosa? Ante o silêncio completo do próprio texto,
as conjeturas não têm conta. Um dos grandes profetas pré-exílicos? Estariam a seu favor o
estilo e a linguagem. Um dos sábios doutores da lei pós-exílicos? O assunto e o modo de
dialogar justificariam essa suposição. Seja como for, o autor foi um dos grandes
representantes da língua e do pensamento do povo hebraico.
Da natureza poética do livro se segue que não se deve insistir na veracidade histórica
de cada passo da discussão. Além disso, a própria índole do diálogo supõe que o autor não
tenha querido aprovar todas as idéias expressas pelos interlocutores. A chave da composição
conexa está em 42:1-8:Jó, embora tendo um conceito elevado de Deus, pecou por presunção e
violência; aos seus amigos, pelo contrário, faltou o conceito adequado de Deus e de sua
Providência.
O prólogo e o epílogo são ficções literárias. Discute-se a historicidade da pessoa de
Jó; a opinião mais plausível é a de que também seja um personagem fictício, pois o objetivo da
obra não é contar a história de um sofredor, e sim, oferecer uma solução e um consolo a todos
os que sofrem. A cena passa-se nas fronteiras entre a Iduméia e a Arábia. A antigüidade cristã
venerava a terra de Jó nas vizinhanças de Carnaim, hoje Cheh Sa'ad, na Batanéia (cf. 1Mac
5:26), onde subsistem reminiscências na toponomástica local.
Jó raras vezes é mencionado no resto da Sagrada Escritura. Em Ez 14:14-20 é posto
entre os homens retomados pela sua justiça e virtude. Em Tob 2:12-15 e em Tg 5:11 é
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proposto como exemplo de paciência heróica. Com efeito, a paciência de Jó tornou-se
proverbial. Se hoje, à luz da doutrina evangélica, encontramos motivos de conforto bem mais
eficazes do que os que Jó podia encontrar na luz imperfeita da razão e mesmo da antiga lei,
tanto mais valem a sua heróica resignação e constância sob o peso de tamanhas desgraças.
SALMOS
É uso vindo das Bíblias gregas e latinas, chamar Salmos aos cânticos sagrados que os
hebreus, e também os gregos e os latinos, bem como as nossas antigas vulgarizações, com
mais propriedade intitulam hinos. São poesias religiosas de argumentos variados, o mais das
vezes orações ou louvores a Deus.
A coleção desses hinos, chamada, por analogia, Saltério, nas Bíblias hebraicas dividese em cinco livros, separados entre si pela doxologia ou aclamação ("Bendito seja o Senhor"
etc.), que se lê no final dos salmos 41,72,89,106. Mas é divisão recente, introduzida, ao que
parece, por volta do séc. III a.C. Em tempos mais remotos, compunha-se de três grandes
coletâneas, que se distinguem pelo emprego dos nomes para invocar a divindade. A 1ª (Salmos
1:40) e a 3a. (91-150) empregam Senhor (hebr. "Javé"), a 2a (41-88), Deus (hebr. "Eloim").
Distingue-se ainda pelos nomes dos autores, que cada salmo traz no cabeçalho. Na
1ª, quase todos os salmos, exceto 1,2,32, são intitulados de Davi; na 2ª são três séries,
intituladas, respectivamente, dos filhos de Coré, ou coreítas, de Davi e de Asaf; na 3ª quase
todos os salmos são anônimos. Com os títulos, varia também o teor geral do argumento.
Os salmos atribuídos a Davi são, em máxima parte, pedidos de auxílio em todas as
aflições, de modo especial nas enfermidades e nas perseguições. Os cantos dos filhos de Coré,
conforme sua condição de levitas (cf. Núm 16:1), têm por tema central o culto, o templo, a
cidade santa. Os de Asaf são cânticos nacionais ou didáticos, que celebram o triunfo ou
deploram as derrotas de todo o povo, ou têm por fim ensinar verdades morais. A coleção
anônima compõe-se na maioria de hinos de louvor ou de ações de graças ao Senhor. Nela
sobressai também uma coletânea particular de salmos breves, chamados graduais (119-133),
de índole levítica.
Do exposto infere-se que a atual coleção de salmos ou Saltério, foi se formando aos
poucos, desde os tempos de Davi (cerca de 1000 a.C). até depois de Neemias (cerca de 400
a.C.). Em todo esse longo período, em todas as gerações, os piedosos poetas, inspirados por
Deus, transfundiram nos salmos os seus santos afetos, suas fervorosas súplicas, os transportes
de sua alma profundamente religiosa. Destarte, recolhendo o Saltério o eco de todo um povo e
de tantos séculos, era, por natureza, apto a se tornar, como de fato se tornou, o livro de
orações, o manual de piedade, primeiro para a Sinagoga israelita, depois para toda a Igreja
cristã.
Muito importantes, relativamente aos nossos conceitos, são dois vocábulos que
raramente aparecem nos títulos, mas são freqüentes no texto dos Salmos: "tefilã = súplica" e
"tehilã = louvor." É assim que são designados os gêneros mais freqüentes dos Salmos. No
primeiro, na súplica, que compreende mais de um terço de todo o Saltério, um indivíduo ou
(mais raramente) a nação, assaltado por males de toda a espécie, recorre a Deus para deles se
livrar. Destarte, na sua abundância e variedade, os salmos oferecem modelos de oração para
todas as circunstâncias da vida humana. O outro gênero, de louvor ou hino a Deus, era
indicado de maneira especial para o culto público nas funções religiosas do templo e está
concentrado sobretudo nos livros IV e V. Em menor número é os salmos didáticos ou
sapienciais e morais, cheios dos mais diversos ensinamentos para a vida, e os salmos
históricos, que rememoram, para exaltação de Deus ou ação de graças, ou para ilustração dos
pósteros, os grandes acontecimentos da vida nacional. Restam ainda salmos que escapam a
qualquer categoria, tão grande é a variedade desta nobilíssima antologia de poesia religiosa.
Para melhor lhe saborear toda a beleza e experimentar a eficácia, esforce-se o leitor
por se apossar dos sentimentos e afetos expressos pelo texto sagrado. Se alguma passagem,
como nos chamados salmos imprecatórios (58-69; 83;109), parece dura e chocante para almas
acostumadas à suavidade evangélica (cf. Mt 5:43), lembremos o zelo puro pela justiça e honra
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de Deus que animava os autores sagrados (cf. 5:11; 69:10; 139:21), e poderemos manifestar
para com o pecado todo o rigor da antiga lei, ao passo que reservaremos toda a caridade e a
misericórdia da nova lei para o pecador.
PROVÉRBIOS
Entre os hebreus, como em todas as nações, eram correntes os provérbios vulgares,
patrimônio comum da sabedoria popular. Por exemplo: "Dos maliciosos procede à malícia"
(1Sam 24:14) ou: "Tal mãe, tal filha" (Ez 16:44). Bem superior a este gênero popular eleva-se o
provérbio douto, o "masal" dos sábios, fruto da reflexão, digamos filosóficas. É uma sentença
breve e conceituosa que, sob forma sutil e freqüentemente figurada, dita ensinamentos úteis
para a vida. Sua origem e nome parece ter sido a semelhança ou comparação (tal o sentido
primitivo da palavra "masal"; exemplos: 26:1-2), passada, portanto, para o sentido de
comparação ou semelhança abreviada (p. ex., 25:25-26) para a antítese (10:1-5) e, enfim, para
o dito sentencioso em geral. Na sua expressão mais pura, consta de duas frases ou
hemistíquios paralelos, o segundo dos quais corresponde ao primeiro numa das diversas
maneiras de paralelismo poético. É a forma com que se expressava comumente a filosofia
elementar e prática dos hebreus, conhecida com o nome de "Sabedoria." Os escritos em que
foi consignada formam a literatura propriamente sapiencial, que podemos chamar de poesia
gnômica.
Composto em grande parte desses ditos, em forma de masal, é deles que toma nome
o presente livro dos Provérbios. O argumento e a finalidade estão claramente expostos nos
versos iniciais (1:1-6).
Observando-se com atenção, notar-se-á sem dificuldade que o fundo ou corpo do
livro é formado por duas coleções de sentenças salomônicas (10:1-22, 16 e 25-29), às quais os
capítulos 1-9 servem de introdução e que as outras coleções menores constituem, às vezes,
como que apêndices. Esta a razão por que o livro, tomando o nome do autor principal, é
chamado, no título (1:1), e com ele na linguagem eclesiástica, Provérbios (ou sentenças) de
Salomão.
Este breve esboço pode dar uma idéia da riqueza e da variedade que este livro
apresenta sob o duplo aspecto da matéria. e da forma. Pode-se dizer que à vida toda da antiga
sociedade israelita é passada revista, analisada, julgada segundo uma moral toda impregnada
de bom senso e praticidade. As fontes desta moral são a experiência e a religião. Da
experiência, mestra da vida, o autor sagrado tira lições práticas, ou recolhe simplesmente os
fatos (20:4). A religião, ainda que não seja sistematicamente exposta, quer nos seus
fundamentos dogmáticos, quer nas suas práticas cultuais (em geral os Provérbios não querem
ser uma exposição sistemática da moral, mas sim ditames práticos), todavia é sempre
pressuposta, ou, é posta como base de toda a moral (1:7; 9:10; 14:2 etc). e declarada fonte de
toda a verdadeira felicidade (14:26-27; 15:16). Muitas e muitas vezes são inculcados nesta
obra os grandes fundamentos de uma moral íntima, forte e convicta, como, p. ex., a de que
Deus tudo vê (5:21; 15:3-11), tudo toma em consideração até os mais recônditos sentimentos
do coração (16:2; 17:3), tudo governa (20:12-24; 22:2; 29:13) e tudo pode (19:21; 21:30) ; que
longe de Deus não pode haver bem (15:29), que se entregar a ele é encontrar a força, a
sabedoria, a alegria (3:5;16:20;18:10 etc.). Quanta eficácia na simplicidade da expressão do
motivo tão freqüentemente repetido para afastar do vício: "desagrada a Deus, Deus o
abomina" (3:32;11:1-20;12:22; 24:18 etc.).
É com razão, portanto, que a Igreja considera os Provérbios uma pérola entre os
livros inspirados por Deus. Evidentemente, não podemos esperar encontrar nos ditos do Sábio
toda a sublime elevação da moral evangélica, mas são-lhe uma boa preparação, e não raro
muito se lhe aproximam. Razão por que frequentemente os apóstolos e o próprio Jesus Cristo
repetiram formalmente os Provérbios (Jo 7:38; Rom 12:20; Tg 4:6) ou os seus ensinamentos
(cf. Lc 14:10 com Prov 25:7; 1Pdr 4:8 e Tg 5:20 com Prov 10:12).
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ECLESIASTES
Singular entre todos os livros do Antigo Testamento é, sob diversos aspectos, o
presente. Seu título, Eclesiastes, é a tradução grega do nome hebraico, que no próprio texto
designa-lhe o nome, isto é, Cohelet, particípio (feminino) do verbo "cahal," cujo significado é
"reunir, convocar." E porque em grego "ecclesiastes" significa também "orador que fala na
assembleia," certo tempo acreditou-se que esse livro fosse um discurso, um sermão feito ao
povo israelita em assembleia pública. Mas, na realidade, o presente opúsculo nada tem de
oratório, e deve ser incluído no gênero de filosofia fragmentária, que, com o título de
"Pensamentos," é conhecida também nas literaturas profanas, antigas e modernas.
Dada essa índole geral do livro, não causará maravilha o fato de não se encontrar
nele uma ordem estritamente lógica no desenvolvimento das ideias. Os intérpretes também
discordam entre si na divisão das diversas matérias.
O Eclesiastes é misto de reflexões em prosa e de sentenças em versos. São seis
ordens de reflexões intercaladas por cinco grupos de sentenças, com um prólogo que precede
o corpo da obra e um epílogo que o encerra. O argumento geral da reflexão é a vaidade das
coisas humanas; a insensatez da excessiva solicitude pelos bens terrestres, marcadamente as
riquezas e os prazeres; a moderação em todas as coisas, quer na busca do bem-estar e da
própria virtude, quer na fruição das alegrias que Deus difundiu na vida presente.
O livro todo é matizado de suave colorido de serena melancolia e profunda
compaixão pelos sofrimentos humanos, o que o torna poderosamente simpático. Sua doutrina
valeu-lhe a tacha de cético e epicureu, mas não passa de julgamento superficial e errôneo. Não
obstante Cohelet deplore em muitos pontos a ignorância humana, causa de não poucas
aflições, e a impotência da razão para solucionar os mais cruciantes problemas da vida e para
dar a felicidade plena, não negam, todavia, a possibilidade de chegar a certo conhecimento de
muitas coisas, e, sobretudo, tem uma fé inabalável em Deus e na sua ação no universo e na
sociedade humana. Convidando-nos a gozar dos bens desta vida com a devida moderação,
honestidade e gratidão para com o Doador, bem longe está de pôr o fim da existência no
prazer, e ensina. também uma virtude, se bem que nem toda a virtude. Sua moral não é
perfeita, como tampouco o era a lei antiga (Hebr 7:19), mas é sadia e proporcionada aos
tempos do autor. Ainda hoje ela é capaz de inspirar magnânimos propósitos a um coração
cristão.
A linguagem e o estilo do Eclesiastes distinguem-se entre todas as páginas do Antigo
Testamento pelos vocábulos e construções de uma era bastante tardia, e formam como que a
transição entre o hebraico da era clássica e o do Talmude (séc. II-V d.C.). Muito se discutiu
sobre quem seja o autor. Pode-se ao certo, dizer que foi um mestre de sabedoria popular
(12:9), e que Cohelet foi seu nome literário ou acadêmico, e não próprio.
Outra questão ainda debatida é se na composição do livro além de Cohelet tenham
tomado parte outras mãos (unidade ou pluralidade de autores). Pode-se facilmente conceder
que o epílogo (12:9-14) tenha sido acrescentado pelo editor do livro, presumivelmente um
discípulo do próprio Cohelet. Mas será necessário, para explicar a variedade e às vezes o
choque de sentimentos que se notam em todo o livro (cf. p. ex., 2:15-17 com 7:19-24; 3:6-19;
7:2-4 com 2:2 e 8:15; 8:10-13; 11:9), supor, como o fazem alguns modernos, que no opúsculo,
radicalmente pessimista e deleitoso de Cohelet, outros, como, por exemplo, um sábio ou
piedoso fiel, tenham inserido sentenças morais, a fim de temperar-lhe a crueza? Não parece; o
gênero literário dos "Pensamentos" e o humor pessoal de Cohelet, levado a refletir sobre os
vários aspectos das coisas humanas e a passar de um a outro afeto, bastam para dar uma
explicação adequada aos vários matizes que no Eclesiastes se alternam ou temperam,
aumentando-lhe o valor e a atração. Ademais um mesmo é o estilo, tão característico, no livro
inteiro; mesmo é o Espírito, que lhe garante cada palavra.
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CANTARES - CÂNTICO DOS CÂNTICOS
O Cântico, ou, como de costume se traduz literalmente do hebraico, o Cântico dos
Cânticos, apresentasse-nos na estrutura de pequeno poema, entre o lírico e o dramático, no
colorido de um idílio e com o teor de um cântico de amor, qualidades essas que lhe conferem
um lugar todo particular nas Sagradas Escrituras, ao passo que pela elegância literária deve ser
posto entre as mais preciosas páginas da pura poesia hebraica. Se, porém, cantasse
propriamente amores profanos, não teria sido por certo jamais inserido entre os livros
inspirados das Escrituras. Foi, portanto, tradição constante e unânime da Sinagoga judaica,
como o é da Igreja cristã, que no Cântico, sob a alegoria de amores profanos, celebra-se o
amor mútuo entre Deus e seu povo, entre Deus e o fiel piedoso. Somente o racionalismo
moderno tentou despojá-lo dessa auréola divina, reduzindo-o a um eco de simples amores
profanos. Com essa atitude, porém, ele levantou para si uma barreira que lhe impede a reta
compreensão do livro.
A alegoria, admitida comumente por cristãos e judeus, não foi, porém, interpretada
de igual maneira, e há muitos e diversos sistemas de interpretação. Destas, a que se segue
parece, a um só tempo, a mais simples e a que melhor corresponde aos dados intrínsecos do
livro e às condições históricas do antigo Israel.
A ação do Cântico é uma parábola e um contraste: uma parábola de fundo idílico, e
um contraste entre duas vidas, entre dois amores. Uma ingênua pastorinha, alcunhada a
Sulamita (6:12; 7:1), ama intensa e ternamente um jovem pastor, seu coetâneo e conterrâneo,
pelo qual é cordialmente correspondida no amor: os dois protagonistas são chamados, no
texto, "amado" e "amiga" respectivamente (só em 4:8-9, "irmã" ou "esposa"), mas pelo uso
comum também "esposo" e "esposa." O afeto mútuo é estreitado pelo arroubo comum diante
da vida inocente dos campos e ante o encanto da natureza virgem. É o idílio.
Com esta vida simples e pura, contrasta a vida da cidade com suas comodidades, a
corte com suas seduções, um rei potentado (simbolizado aqui e ali por Salomão, o mais rico e
faustoso monarca que a história de Israel conheceu), o qual desejaria atrair a jovem pastora ao
seu amor, à honra de ser sua consorte. Mas a generosa donzela recusa desdenhosamente as
ofertas do rico soberano e sente-se satisfeita com a vida simples dos campos, desejando
permanecer para sempre fiel ao seu pastor, único objeto dos seus castos amores.
Isso tudo entremostra a alma de Israel posta em risco entre a fidelidade à sua religião
austera e os deslumbrantes esplendores da civilização pagã; entremostra toda alma fiel,
atraída pelos amores antagônicos de Deus e do mundo. De fato, embora o povo de Israel, pela
sua doutrina religiosa e moral, superasse incomparavelmente qualquer outro povo da
antigüidade, é, todavia, inegável que, na civilização material e em poderio político, ficava
muito aquém dos poderosos impérios vizinhos do Egito, da Assíria, da Grécia, com os quais a
sua história o colocou num contato quase contínuo. Essa esmagadora superioridade das
nações-pagãs podia ser um escândalo para as almas fracas, podia, pelo menos, perturbar as
almas piedosas, e debilitar, se não abalar, o seu apego a Deus, à religião avita. Dão-no-lo a
entender não poucas páginas da Sagrada Escritura, como Dt 17:14-20; 2Rs 18:17-37; Jer 2:18;
Bar 6; 1Mac 1:12-15. O próprio Salomão, que promoveu mais do que qualquer outro a cultura
civil em Israel e imitou o fausto e a moleza das cortes orientais (1Rs 10:14-11:13), e foi, sem
dúvida, um sério perigo para a religião. A fim de fortalecer os espíritos no amor ao culto severo
dos antepassados, e para precavê-los contra a sedução da deslumbrante civilização pagã, o
Cântico descreve, nos seus castos e jucundos amores da Sulamita para com seu amado, a
felicidade do povo eleito na fidelidade ao seu Deus.
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RELAÇÕES HUMANAS
As organizações são feitas de pessoas. Ainda que isto pareça óbvio e simplista, é
importante devido à complexidade dos relacionamentos sociais e da diversidade dos seres
humanos.
Nas organizações nunca se falou tanto sobre a necessidade de trabalhar em equipes,
entretanto, percebe-se o individualismo das pessoas. Assim há um paradoxo: de um lado a
individualidade de cada pessoa e, de outro, o desenvolvimento dos grupos.
O mundo encontra-se na pós-modernidade. As teorias da administração deram
suporte para a evolução de novos paradigmas para os gestores, estes pautados pelas
necessidades do mercado, bem como, pelas realidades dos contextos organizacionais, que
evoluiu através dos tempos. As mudanças são a estabilidade atual e as organizações buscam
novos modelos para gerenciar as pessoas que dela fazem parte e que interagem no trabalho.
Atualmente, as organizações investem na qualidade dos diferentes processos de gestão, pois
as mudanças de ordem mundial estão a exigir também a resignificação das formas de
relacionamento interpessoal no contexto organizacional.
O que é “relações humanas”?
E a arte do relacionamento humano, que surge quando dois indivíduos se encontram.
Quando Deus criou Eva, para ser companheira de Adão, teve inicio o convívio entre os dois, e
em consequência, o amor, a ira, o engano, etc.
•
Para que estudar relações humanas?
A fim de evitar que haja entraves ao progresso de nossas atividades, da igreja, enfim,
para vivermos uma vida mais próxima do mandamento do Senhor (Jo 15.12)
Há dois tipos de relações humanas:
1.
Comunicação interpessoal: é o relacionamento entre pessoas, caracterizada
através dos eventos ou acontecimentos que se verificam no lar, na escola, na empresa, na
igreja, etc
2.
Comunicação intrapessoal: é a comunicação que mantemos conosco mesmo. E
o diálogo interior. Exemplos: Salmo 116.11-14, Lucas 15.17-19.
Neste curso, estaremos preocupados em analisar e desenvolver nossa
comunicação interpessoal. Veja alguns relacionamentos cujo aprendizado poderemos
desenvolver:
Marido e Mulher
Evangelizador e Evangelizado
Os integrantes do lar
Professor e alunos da Escola Dominical
Pastor e membros de nossa igreja
21 DICAS INFALÍVEIS PARA VOCÊ CONQUISTAR OS TEUS LIDERADOS. CONFIRA:
Conversa com eles moderadamente;
Sorrir para eles;
Trate os com educação. Peça os usando a palavra, ”por favor,”;
Seja verdadeiro. Inspire-lhes confiança;
Lembre-se dos seus aniversários;
Reúne com eles, faz palestras;
Seja um batalhador. Não lhes demonstra preguiça;
Faça-os sorrirem;
Não mal de ninguém;
Visite os teus liderados;
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Faça amizade com cada um deles;
Não seja portador de escândalo de ninguém;
Não chame ninguém pelo seu apelido, se eles não queiram;
Brinque com os seus liderados com respeito e de maneira que eles aceitem. Evite
brincadeiras indecentes e brincadeiras que discrimina alguém;
Cumpre o que promete;
Seja pontual;
Trate a todos com o mesmo afeto;
Seja cordial;
Nunca chame a atenção de ninguém publicamente;
Interesse-se com sinceridade pelos problemas do pessoal;
Faz algo em prol de alguém. A Bíblia diz que nos sábios a favor.
Estes pequenos e simples detalhes (e que estão no alcance de todos, não custa nada)
eles são os segredos de uma liderança eficaz e próspera.
Antigamente no tempo da mão de ferro, o pessoal trabalhava e atuava com má
vontade, até mesmo o rendimento, em suas funções, eram pouco. Eles só faziam alguma coisa
na presença do seu respectivo líder. Mas quando o líder conquista os seus liderados, eles
trabalham e atuam com alegria, darão muito mais produção e trabalham até mesmo na
ausência do seu líder.
Se um líder ditador puder ouvir o que os seus liderados falam dele as escondidas, ele
morreria de depressão e desgosto. Mas quando a um líder conquista os seus subordinados,
eles o defendem principalmente, em sua ausência.
É claro que ninguém consegue agradar a todos, mas quanto a um líder que atua
seguindo as dicas acima explícitas, ele tem um potencial extraordinário nas áreas profissional e
ministerial.
AMIGO
Um líder precisa de pessoas amigas para estarem mais próximas de si. Ainda bem
que o ouro existe. O homem encontra-o e a toma posse do mesmo. Porque encontrar
verdadeiros amigos é como encontrar ouro. Um verdadeiro amigo precisa passar por três
testes. A saber:
Torcer pelos teus sucessos. Ele se alegra com as tuas conquistas;
Teu defensor: Ele te defende. Principalmente, em tua ausência;
Sincero contigo. Quando tu estiveres bem, ele divulga o teu sucesso. Mas quando
estiver mal ele te chama em particular e fala a verdade e te mostra às saídas.
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PROFETAS MAIORES E MENORES
Nossa aula de hoje objetiva despertar-nos a atenção para a organização do texto
bíblico. Houve entre o povo os profetas orais, ou melhor, os que não escreveram suas
mensagens, e os profetas literários, estes divididos em dois grupos: Profetas Maiores (cinco) e
Profetas Menores (doze). Foram assim classificados por Agostinho[1] em virtude do volume de
seus escritos. O estudo sistêmico das Escrituras é a chave para um fiel entendimento. Temos
aprendido que os santos profetas falaram o que Deus queria transmitir à humanidade, e em
muitos casos, encontramos oráculos que apontam um mesmo acontecimento sendo
proferidos por profetas distintos, Sofonias e Jeremias, por exemplo. É preciso
compreendermos a organização dos livros proféticos e, consequentemente, de toda a Bíblia, a
fim de que tenhamos uma base firme para prosseguir nos estudos bíblicos e teológicos. Neste
subsídio, faremos uma exegese do texto da Leitura Bíblica em Classe e um resumo dos livros
proféticos. Boa aula!
(II. DESENVOLVIMENTO)
OSÉIAS – O PROFETA MENOR
1. Oséias em o Novo Testamento. Oséias (hb ????????, Hošea, Salvação do/é o
Senhor; gr ????, ?s?e), profeta em Israel no século VIII a.C., filho de Beeri. Casado com a
prostituta Gomer, filha de Diblaim, por ordem de Deus, viveu no Reino do Norte durante o
período de 780 a725 a.C. A vida familiar de Oséias refletia a relação ‘adúltera’ que Israel havia
construído com os deuses cananeus. Os nomes de seus filhos lhes transformaram em profecias
ambulantes da queda da dinastia dominante e do pacto rompido com Deus – de maneira
muito semelhante ao profeta Isaías uma geração mais tarde. Oséias freqüentemente é visto
como um ‘profeta do destino’, porém sob sua mensagem de destruição está uma promessa de
restauração. O Talmude[2] (Pesachim 87a) alega que ele teria sido o maior profeta de sua
geração (que incluiu o mais notório Isaías). Os escritos sagrados hebraicos são conhecidos
como Tanakh, escritos em hebraico e em aramaico a partir do século XVI e até o século V a.C.
Tanakh ou Tanach (hb ????) é um acrônimo[3] utilizado dentro do judaísmo para denominar
seu conjunto principal de livros sagrados, sendo o mais próximo do que se pode chamar de
uma Bíblia Judaica. O conteúdo do Tanakh é equivalente ao Antigo Testamento, porém com
outra divisão. O Tanach é às vezes chamado de Mikrá (????). Paulo fundamentava sua
pregação e seu ensino na Torah (Lei) e nos Neviim (Profetas) e dizia que não pregava outra
coisa senão o que “os profetas e Moisés disseram que devia acontecer” (At 26.22). Escrevendo
aos Romanos (9.25), ele cita Oséias 2.23 e 1.10 que em sua composição original referem-se à
restauração do Israel apóstata à Deus, para nos ensinar que há um Israel espiritual (a igreja)
além de um Israel nacional fazendo referência ao texto do profeta. Ele faz referencia, ainda, à
Is 10.22, 23 e 1.9 para falar da misericórdia divina em preservar um remanescente do Israel
físico, não deixando a nação apóstata ser aniquilada. Ele claramente cita os livros proféticos
em ordem sistêmica – Profetas Menores e Profetas Maiores.
2. A vocação dos gentios prevista em Oséias. A narrativa desse livro mostra a
evidente misericórdia divina em seu tratamento com os gentios; Paulo defende seu ensino
afirmando que nem todos os que são chamados para ser ‘vasos de misericórdia’ pertence ao
Israel físico, mas ele via em Oséias a inclusão dos gentios (Rm 9.24-26). O apóstolo encarava as
profecias do AT sobre a nação de Israel como realizadas na Igreja, o novo Israel espiritual.
3. A interpretação apostólica. ‘As Escrituras do NT descrevem Oséias como o
responsável por ensinar a vida e o ministério de Cristo. Mateus vê em 11.1, uma profecia que
foi cumprida quando Jesus, quando bebê, foi literalmente levado e trazido do Egito, um
paralelo com a longa estada de Israel no Egito e o êxodo (Mt 2.15). O autor aos Hebreus acha
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em Jesus Aquele que capacita os crentes a oferecerem sacrifícios aceitáveis de louvor pelos
quais nós nos tornamos recipientes do perdão misericordioso de Deus (Os 14.2; Hb 13.15). A
Pedro, Jesus provê a base pela qual aqueles que estavam fora da família de Deus agora são
admitidos a um relacionamento com Ele (Os 1.6,9; 1Pe 2.10). A Paulo, Jesus cumpre a
promessa de Oséias de que alguém quebraria o poder da morte e da sepultura e traria a vitória
da ressurreição (Os 13.14; 1Co 15.55). Os ensinamentos de Paulo acerca de Cristo como o
noivo e a Igreja como noiva correspondem à cerimônia de casamento e os votos pelos quais
Deus entra num permanente relacionamento com Israel (Os 2.19,20; Ef 5.25-32).’ Bíblia de
Estudo Plenitude, SBB, p. 852.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
O livro de Oséias tem sua autoridade escriturística reconhecida pelo apóstolo Paulo,
que vê neste livro prevista a vocação dos gentios como povo de Deus.
II. ISAÍAS – O PROFETA MAIOR
1. Explanação apostólica (v.27). Paulo aplica a profecia de Isaías 10. 22, 23 e 1.9 para
confirmar que Deus, em sua misericórdia, preservou um remanescente do Israel físico. Se não
houvesse agido assim, toda a nação apóstata teria perecido. Isaías profetizou que uns poucos
judeus seriam salvos e Paulo, conhecedor dessa profecia, em todos os lugares que pregou,
antes se dirigiu às Sinagogas e pregou aos judeus, embora, poucos aceitaram a mensagem do
Evangelho. Romanos 9.27, 28 refere-se a Isaías 10.22, 23 e Romanos 9.29, a Isaías 1.9.
2. O cumprimento das promessas de Deus (v.28). Paulo trata da eleição de Israel no
passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da sua salvação futura. Ele afirma que a
promessa de Deus para Israel não falhou, ela era apenas para os fiéis da nação (Gn 12.1-3;
17.19). A maior parte dos judeus não pôde crer, porque suas decisões no tocante a Jesus
produziram o seu endurecimento da parte de Deus. As promessas de Deus nunca deixam
inalteradas as pessoas que se recusam a ouvir, arrepender-se e crer. O apóstolo Paulo diz que
Israel foi afastado (quebrado) por causa da sua incredulidade (Rm 11.20; cf. Sl 95.8; Hb 3.8).
Mesmo assim, o endurecimento não foi permanente para cada indivíduo naquela nação. Todo
aquele que cria, recebia a vida eterna. Na realidade, muitos em Israel chegaram a crer depois
do Pentecoste (At 2.41).
3. A graça de Deus prenunciada por Isaías (v.29). Paulo apresenta a idéia de uma
descendência tirada de um grupo maior, como uma expressão da graça divina, fazendo alusão
a Isaías 1.9. O destino das cidades impenitentes tipifica o terrível juízo divino contra os
irreconciliáveis. Paulo argumenta, com isso, que todas as pessoas do mundo são condenáveis
diante de Deus e adverte os judeus a reconhecerem a graça de Deus e a converterem-se ao
Senhor, a fim de serem salvos (Rm 3.9,23,30; Gl 3.22).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O profeta Isaías é referido pelo apóstolo como autoridade escriturística em relação à
rejeição de Israel.
III. CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS PROFÉTICOS
O Antigo Testamento é a primeira das duas principais partes da Bíblia, e contém 39
livros, classificados em quatro grupos: Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos. Essa ordem é
padronizada, aqui, no ocidente, pois em outros cânones há alterações, ainda mais nos outros
ramos do cristianismo como os católicos romanos, ortodoxos, armênios, etíopes, cópticos,
siríacos e nestorianos, que incluem os livros apócrifos[4], e em alguns casos os pseudoepígrafos[5]. O Antigo testamento Hebraico não contém os apócrifos, porém, estão arranjados
de forma diferente.
1. Os Profetas Maiores. A ordem dos livros proféticos é um consenso de consideração
quanto à extensão, data e autoria dos livros. Isaías, Jeremias e Ezequiel, obviamente os
‘profetas maiores’, estão listados em ordem cronológica no início da coleção. Apesar de o livro
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de Lamentações conter apenas cinco capítulos e o de Daniel doze, ambos pertencem ao grupo
dos profetas maiores.
2. Os Profetas Menores. Os livros relativamente curtos, que na Bíblia Hebraica são
tidos em conjunto como um único livro, seguem os Profetas Maiores sem uma ordem
cronológica rígida.
3. A autoridade do ministério profético do Antigo Testamento na Nova Aliança. As
palavras dos profetas são a mensagem de Deus ao seu povo. O assunto do Antigo Testamento
é a redenção humana. O Antigo Testamento não é um tratado de Teologia Sistemática, mas a
teologia está presente do começo ao fim, nos relatos históricos, nas poesias, nas profecias, nos
preceitos morais e cerimoniais. É, portanto, a fonte de toda a teologia. Não é também um
compêndio sistemático da fé de Israel em Deus, cujo clímax dessa revelação é Jesus (Jo 1.18).
Toda a história do Antigo Testamento mostra como Deus operou no processo da redenção
humana. Registra o relacionamento de Deus com o homem até que o plano de redenção fosse
realizado na cruz do Calvário. O AT era aceito pelos primeiros cristãos como coletânea de livros
inspirados por Deus (2 Tm 3.16). Os cristãos e os judeus preservaram o Antigo Testamento até
os nossos dias. A Igreja usou essa parte das Escrituras para a evangelização no seus primeiros
dias (At 17.2,3; 24.14; 26.22). O fato de esses cristãos serem judeus justificaria a preservação
de suas Escrituras, mas essa preservação não foi só por isso. Além disso, eles reconheciam-na
ainda como o núcleo básico de sua fé ampliada em Jesus. O NT apresenta com muita
freqüência o AT como a base para a fé cristã. (SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo
Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p.23-4). Paulo citando Oseias e Isaías, reconhece a
inspiração e a autoridade divinas de ambos.
(III. CONCLUSÃO)
A Escritura Sagrada classifica os livros proféticos em dois grupos: maiores e menores,
que têm sua autoridade escriturística reconhecida por Jesus e seus apóstolos. De uma forma
ou de outra todos os profetas se empenharam numa mensagem de restauração e a promessa
de uma paz eterna. Essa mensagem tem como objetivo anunciar o Messias, às vezes chamado
de Emanuel, Servo do Senhor, Raiz de Jessé, ou seja, Filho de Davi. O principal objetivo da
pregação nos tempos apostólicos foi por excelência identificar o Cristo de Nazaré com todos
esses títulos.
Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de 354 —
Hipona, 28 de agosto de 430), foi um bispo, escritor,teólogo, filósofo e Doutor da Igreja. Uma
das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Ele aprofundou
o conceito de pecado original e desenvolveu o conceito de Igreja como a cidade espiritual de
Deus (em um livro de mesmo nome), distinta da cidade material do homem.
O Talmude é um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética,
costumes e história do judaísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico, perdendo em
importância apenas para a Bíblia hebraica.
Acrônimo ou sigla, é uma palavra formada pelas letras ou sílabas iniciais de palavras
sucessivas de uma locução, ou pela maioria destas partes.
O acrônimo é pronunciado como uma palavra só, respeitando a estrutura silábica da
língua.
O termo ‘apócrifo’ foi cunhado por Jerônimo, no quinto século, para designar
basicamente antigos documentos judaicos escritos no período entre o último livro das
escrituras judaicas, Malaquias e a vinda de Jesus Cristo. São livros que não foram inspirados e
que não fazem parte de nenhum cânon.
Pseudepigrafia é o estudo dos pseudepígrafos ou pseudo-epígrafos, que são textos
antigos, aos quais é atribuída falsa autoria.
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APLICAÇÃO PESSOAL
Deus considera a fé dos crentes, hoje, maior do que a daqueles que viram e ouviram
Jesus pessoalmente, até mesmo depois da sua ressurreição. Os crentes de hoje, embora nunca
o tenham visto, amam-no e crêem nEle pelo que nos é revelado nas Escrituras Sagradas: ‘Da
qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que
vos foi dada’ (1 Pe 1.10). Conforme disse Jesus, há uma bênção especial para ‘os que não viram
e creram’(Jo 20.29). Vivendo por fé, recebemos a alegria como um dom de Deus para nós (Sl
16.11; Jo 16.24; Rm 15.13; Gl 5.22).
Os anúncios proféticos estão, em geral, direcionados para algum momento no futuro
do povo ou da comunidade, em razão do que são entendidos como escatológicos. Não se
trata, porém, de um juízo final da história, mas do anúncio de uma intervenção divina na
realidade histórica, entendida como o ‘dia de Yahveh’ (Am 5,18-20), no qual a divindade
promoveria transformações substanciais na história do povo. Essa intervenção divina é
entendida por alguns profetas como historicamente mediada, por exemplo através de uma
potência estrangeira (Assíria ou Babilônia), afirmada como braço estendido de Deus para julgar
o povo (Is 10,5; Jr 36). De uma forma geral, a opressão dos pobres, viúvas, órfãos, a violência
contra os humildes e o desprezo do direito divino (mishpat) e da justiça (sedaqah) são
apresentados como motivos para o anúncio do juízo divino.
Anannias e Safira (At 5.1-11) foram um modelo negativo, um exemplo de como Deus
vela pelo cumprimento de sua Palavra. Pela hipocrisia de Ananias, Deus trouxe o castigo
merecido; uma resposta imediata, severa e final. ‘Quando a Deus fizeres algum voto, não
tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não
votes do que votares e não cumprires.’ (Ec 5. 4,5), Conferir também Dt 23.21-23). Deus leva a
sério a pureza da igreja. Essa foi uma lição precoce e inesquecível acerca de como Deus vê o
pecado na comunhão dos crentes. Em essência, Deus estava dizendo: ‘Eu não estou brincando
de igreja; não brinco com pecadores; não estou interessado em ser amigável. Desejo retidão,
verdade e corações sinceros’. Com isso, Ele testemunhou estar realmente falando com
sinceridade. A igreja não é um ‘clube’ social. O resultado desse episódio foi: ‘E sobreveio
grande temor a toda a igreja’ (At 5.11). Naquele dia houve um cuidadoso auto-exame entre
todos os que estavam ligados à Igreja de Jerusalém. Muita gente, para agradar o próximo e ter
sua aprovação, sacrifica sua fé, suas convicções e age contrariamente à Palavra. Os tais estão
prontos para juntar-se à maioria (cf. Dn 11.32,34) e ficar ao lado da opinião dos grandes ou das
massas. O crente não pode obter vitória sobre o receio dos homens e o desejo de
reconhecimento da parte deles sem a fé (1 Jo 5.4); a fé que vê a Deus, a Cristo, o céu, o
inferno, o juízo e a eternidade, como realidades básicas (Ef 3.16-19; Rm 1.20; Hb 11). Esse
alicerce é fortalecido pelo escrutínio sistemático das Sagradas Escrituras. Em Romanos 10.17:
‘A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus’, e o mesmo texto diz: “16 Mas nem todos
têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: SENHOR, quem creu na nossa pregação? 17 De
sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. 18 Mas digo: Porventura não
ouviram? Sim, por certo, pois Por toda a terra saiu a voz deles, E as suas palavras até aos
confins do mundo. 19 Mas digo: Porventura Israel não o soube? Primeiramente diz Moisés: Eu
vos porei em ciúmes com aqueles que não são povo, Com gente insensata vos provocarei à ira.
20 E Isaías ousadamente diz: Fui achado pelos que não me buscavam, Fui manifestado aos que
por mim não perguntavam. 21 Mas para Israel diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a um
povo rebelde e contradizente’. É preciso compreendermos não só a organização dos livros
proféticos mas, de toda a Bíblia, a fim de que tenhamos uma base sólida para prosseguir na
carreira que nos foi proposta. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas!
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TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
Caro seminarista queria eu estar presente para dar-te um abraço, um aperto de mão
e meus parabéns, por estar estudando, tão importante, matéria, “Teologia do Antigo
Testamento”. É obvio que esta matéria não é a principal da Teologia, mas uma das principais.
É impossível expressar a importância do Antigo Testamento. Porque através dele o
mundo conheceu a Deus, nós recebemos as promessas divinas e ele é à base do Novo
Testamento. Então, o tratado, ou o estudo desta imprescindível, parte da Bíblia Sagrada,
consiste em uma preciosidade.
Conforme fui instruído, e conforme as pesquisas bíblicas que efetuei viver o Antigo
Testamento, literalmente, seria uma catástrofe espiritual, moral e intelectual; diante de Deus,
da Igreja e do Mundo. Porque se fôssemos nos embriagar, assim, como Noé; se nós
casássemos com quantidade de parceiras (o), assim, como Davi e Salomão; se formos seguir
como ensina Êxodo 20 v 23 -25: “Vida por vida, Olho por olho, dente por dente, mão por mão,
pé por pé, Queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe”. Isto seria um
prato cheio para quem gosta de vingar.
Trataremos neste módulo a respeito dos seguintes fatores:
As perspectivas teológicas e os principais temas dos principais autores do Novo
Testamento (Moisés, Samuel, Davi, Isaías, Jeremias, Daniel);
Informações de "pano de fundo" sobre o mundo do Antigo Testamento;
Uma breve apresentação dos principais estudiosos da Teologia do Antigo
Testamento.
1 PROGRAMA GERAL DA DISCIPLINA
Caríssimos (a) seminaristas do Curso de Bacharel em Teologia, de antemão estou-te
parabenizando por valorizar os estudos das Santas escrituras. Vai neta tua força, por que esta
é vontade de Deus para contigo.
Após ler o Programa Geral desta Disciplina, ficarás familiarizado com este conteúdo.
Fator que muito contribuirá para a tua aprendizagem.
Assim como um pescador espera ao puxar das redes depois de lançá-las, ou um
lavrador espera das colheitas após plantar, nós esperamos que você estivesse plenamente
convicto, acerca de uma série de fatores ao estudar este exemplar.
AS PERSPECTIVAS TEOLÓGICAS E OS PRINCIPAIS TEMAS DOS PRINCIPAIS AUTORES
DO ANTIGO TESTAMENTO
Neste capítulo, estudará os objetivos dos principais temas dos principais escritos
sacros do Antigo Testamento. Assim, você será familiarizado com os pormenores dos Oráculos
Sagrados.
INFORMAÇÕES DE "PANO DE FUNDO" SOBRE O MUNDO DO ANTIGO TESTAMENTO
No terceiro capítulo, é exibida uma visão panorâmica do mundo antigo. Onde
mostraremos por meio das discrições, o cenário dos fatos bíblicos.
UMA BREVE APRESENTAÇÃO DOS PRINCIPAIS ESTUDIOSOS DA TEOLOGIA DO ANTIGO
TESTAMENTO
E antes da conclusão desta áurea Disciplina, é muito justo fazer menção, de pelo
menos, dos principais teólogos da Antiga Aliança. Homens que foram, e alguns continuam
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sendo vasos usados nas mãos de Deus que deixou um imprescindível legado: a Teologia do
Antigo Testamento.
OBJETIVOS
Consoante às pesquisas que compõe este trabalho teológico, esperamos que o
seminarista de Bacharel em Teologia estivesse bem conscientizado acerca de três fatores, ao
concluir o estudo deste módulo.
Confira:
As perspectivas teológicas e os principais temas dos principais autores do Novo
Testamento (Moisés, Samuel, Davi, Isaías, Jeremias, Daniel);
Informações de "pano de fundo" sobre o mundo do Antigo Testamento;
Uma breve apresentação dos principais estudiosos da Teologia do Antigo
Testamento.
3 AS PERSPECTIVAS TEOLÓGICAS E OS PRINCIPAIS TEMAS DOS PRINCIPAIS AUTORES
DO ANTIGO TESTAMENTO
AS PERSPECTIVAS TEOLÓGICAS
Segundo as profundas pesquisas que fiz para a redação deste importante trabalho,
concluir que a expectativa teológica do Antigo Testamento é estudar quatro fatores
importantíssimos. A saber: O trabalhar de Deus na formação de um povo para si, e na proteção
desse povo; os dez mandamentos; a preparação do mundo para o Novo Testamento; e as
promessas.
O POVO PREPARADO E PROTEGIDO POR DEUS
Anteriormente, a história da humanidade era registrada no intelecto do povo. Isto se
dava pelo fato de ela ser transmitida de pais para filhos. Com isso eles a aprendiam.
Mas nasceu no Egito, por volta dos anos 1592 – 1472 a.C., um israelita da tribo de
Levi chamado Moises que foi impulsionado pelo Espírito Santo para escrever esta
imprescindível história.
Então, aprendemos por intermédio do primeiro livro de Moises, o livro de Gênesis
que o mundo era composto por um povo, que eram os gentios. Mas Deus chamou um homem
chamado Abrão de Ur dos Caldeus e desse homem Ele formou várias nações (Gn 12). E a nação
mais importante para a salvação da humanidade era Israel.
A nação, em apreço, era composta pelos bisnetos de Abraão, que são netos de
Isaque, e filhos de Jacó. Este último teve o seu nome mudado pelo o próprio Deus para Israel.
O qual era o pai de doze filhos, a saber: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Zebulom, Issacar, Dã, Gade,
Aser, Naftali, Benjamim, Manassés e Efraim.
Mas, todavia, o Todo Poderoso, não construiu esta nação de forma natural, mas de
forma sobrenatural. A mulher de Abrão, Sara, era histeria, e uma das mulheres de Jacó,
especialmente, a da promessa, Raquel, também histeria; mas nada disto foi suficiente para
impedir que esta família se multiplicasse em milhares e milhares de pessoas.
Apesar desta irmandade as tribos de Israel, não teriam sido sempre aliadas, o que
ficaria manifesto na cisão do reino após a morte do rei Salomão. Com a extinção do Reino de
Israel ao norte, dez das tribos desapareceriam e a determinação do seu destino até hoje é
objeto de debate. Mais provalvelmente, que teriam misturado com as nações (2º Rs 17 v 24 26). As outras tribos restantes (Judá, Benjamim e Levi constituiriam o que hoje chama-se de
judeus e serviria de base para sua divisão comunitária (Yisrael, Levi e Cohen).
Alguns acham por bem chamar as Doze Tribos de Israel por "Treze tribos", visto que,
eles levam em consideração que os filhos de José (Manassés e Efraim), que teriam sido
considerados por seu avô (Israel), como seus próprios filhos, ficando ao invés de 12, 13 tribos.
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OS DEZ MANDAMENTOS
Deus tem um método especial e particular de trabalhar, Ele primeiramente, liberta
um povo, ou uma pessoa individual, somente, depois de libertos, Ele aplica a sua Lei. Assim
aconteceu com os filhos de Israel, que se encontravam presos e escravizados no Egito, mas
com mão forte o Senhor os tirou de lá (Deuteronômio 6 v 21 – “Então dirás a teu filho: Éramos
servos de Faraó no Egito; porém o SENHOR, com mão forte, nos tirou do Egito”).
Conseguinte, com os filhos de Israel libertos Deus, então lhes aplicou a sua Lei, os
Dez Mandamentos ou o Decálogo. Trata-se do nome dado ao conjunto de leis que
biblicamente, foram sido originalmente escritos por Deus em tábuas de pedra e entregues ao
profeta Moisés (as Tábuas da Lei). As tábuas de pedra originais foram quebradas, de modo
que, segundo Êxodo 34:1, assim, Deus, precisou escrever outras.
Encontramos primeiramente os Dez Mandamentos em Êxodo 20:2-17. É repetido
novamente em Deuteronômio 5:6-21, usando palavras similares.
Vamos conferí-las em Êxodo capítulo 20 v 1 -17; Deuteronomio 5:1-21 ):
1 ENTÃO falou Deus todas estas palavras, dizendo:
2 Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3 Não terás outros deuses diante de mim.
4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima
nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus
zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que
me odeiam.
6 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus
mandamentos.
7 Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por
inocente o que tomar o seu nome em vão.
8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
9 Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.
10 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem
tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o
teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
11 Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e
ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.
12 Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o
SENHOR teu Deus te dá.
13 Não matarás.
14 Não adulterarás.
15 Não furtarás.
16 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
17 Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo,
nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do
teu próximo."
Bíblia Corrigida
A PREPARAÇÃO DO MUNDO PARA O NOVO TESTAMENTO
O mundo não conhecia o Deus verdadeiro. Consequentemente, o povo não conhecia
leis, normas e nem limite. Cada nação vivia isolada das demais. E o país mais poderoso era o
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pior terror para os mais fracos. Então através dos Filhos de Israel Deus começou revelar ao
mundo a sua justiça, o seu amor e a sua misericórdia.
Assim, o mundo foi se familiarizando com a noção de um Deus único e Poderoso.
PROMESSAS DE DO ANTIGO TESTAMENTO CUMPRIDAS NO NOVO
“A seguir Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda
convosco, que importava se tudo o que de mim está escrito cumprisse na Lei de Moisés, nos
Profetas e nos Salmos” (Lucas 24:44).
“De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: ‘Ouvireis com os ouvidos, e de
nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis” (Mateus
13:14 – sobre as parábolas).
“E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que
seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lucas 24:27).
“Este é de quem está escrito: “Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o
qual preparará o teu caminho diante de ti” (Mateus 11:10 -sobre João Batista)
“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas
que testificam de mim. Contudo não quereis vir a mim para terdes vida. Porque se de fato
crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se,
porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (João 5:39,40,46,47).
“Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para
cumprir” (Mateus 5:7).
“Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores
rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular?” (Mateus 21:42).
“Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas”
(Mateus 26:56).
E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no
monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os
sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.
E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos
e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça.
E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.
Hebreus 10 v 1: “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem
exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano,
pode aperfeiçoar os que a eles se chegam”.
OS PRINCIPAIS TEMAS DOS PRINCIPAIS AUTORES DO ANTIGO TESTAMENTO
Vamos personalizar os temas:
MOISÉS:
Eu paro para pensar e não consigo entender como Moises pôde colocar o Título:
“Gênesis” em seu primeiro livro.
O que é gene? Gene é a definição da genética clássica, é a unidade fundamental da
hereditariedade. Cada gene é formado por uma sequência específica de ácidos nucléicos biomoléculas mais importantes do controle celular, pois contêm a informação genética.
Mas é claro que o titulo do livro estar corretíssimo. Pois o livro sagrado revela
o gene (a capacidade de dar continuidade da espécie, de procriar) das vegetações, dos animais
irracionais e do ser humano.
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Só é que não havia possibilidade humana para Moises saber disto, mesmo que ele
era um dos maiores cientistas do Antigo testamento. Pois não havia o microscópio.
O crédito pela invenção do microscópio é dado ao holandês Zacharias Jansen, por
volta do ano 1595. Como era muito jovem na época, é provável que o primeiro microscópio,
com duas lentes, tenha sido desenvolvido pelo seu pai, Hans Jansen. Contudo, era Zacharias
quem montava os microscópios, distribuídos para realeza europeia. No início, o instrumento
era considerado um brinquedo, que possibilitava a observação de pequenos objetos.
E mesmo assim, os microscópios primitivos eram chamados de microscópio óptico.
Somente a partir de uma célula era possível observar. Quanto aos genes, um minucioso
sistema nos núcleos celulares, isto até para após a descoberta do manuseio da eletricidade e
dos primeiros microscópios era impossível observar e tampouco, conhecê-los.
Os primeiros vestígios dos estudos dos genes iniciaram por volta do ano 1930 de
nossa era.
Então, como Moises, pode saber tão a profundamente, a respeito deste assunto?
Outros tema de Moises:
A Queda do Homem, o Diluvio, A torre de Babel, A Chamada de Abraão, e etc.
SAMUEL:A Derrota dos Filisteus, A História de Saul, A História de Davi e etc.
DAVI:O Caminho Reto, A Vinda do Rei Messias, Fugindo de Absalão, O Salmo do
Pastor, e etc.
JEREMIAS:A Sua Missão, A Violação da Aliança, A Proximação do Julgamento, A Nova
Aliança, A Queda de Jerusalém.
DANIEL:Sua Educação, O Sonho de Nabucodonosor, A Fornalha de Fogo,
Nabucodonosor, A Festa de Belsazar, Daniel na Coca dos Leões, Visões dos Reinos Mundiais, A
Revelação das Setenta Semanas, O Fim
INFORMAÇÕES DE "PANO DE FUNDO" SOBRE O MUNDO DO ANTIGO TESTAMENTO
Pano de fundo se trata de um panorama, uma discrição. E para efetuar detalhes do
Antigo Testamento, a melhor forma é analisando cada dispensação. O AT é divido em cinco
dispensações, a saber: Inocência, Consciência, Governo Humano, Patriarcal e Lei.
A PRIMEIRA DISPENSAÇÃO: “INOCÊNCIA”
“Este Período iniciou a parti da criação do homem e estendeu até a sua queda”.
Neste tempo Adão e Eva viviam em perfeita harmonia com o Seu Criador. Eles moravam no
Jardim do Édem, um lugar muito lindo, aconchegante, riquíssimo, que Deus os preparou. Onde
que a vida eterna, o amor, a paz e a felicidade eram os seus estandartes. Eles tinham três
exigências da parte do Senhor: “1 Não comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal; 2
frutificar, multiplicar e encher a terra; 3 cuidar dos animais”. Neste período, tanto o homem,
como a mulher eram independentes e livres. Como não havia o pecado na esfera humana,
todos os animais eram mansos e pacíficos. Até que Satanás incorporou em uma serpente,
persuadiu a Eva, a qual desobedecendo a Deus comeu do fruto proibido, Adão também comeu
com ela e ambos morreram instantaneamente, no sentido espiritual, e consequentemente,
veio à morte física. PUNIÇÃO: eles foram expulsos do Jardim (Gênesis 1 v 24 – 31; 2; 3).
2 A SEGUNDA DISPENSAÇÃO: “CONSCIÊNCIA”
“Este Período teve como ponto de partida a expulsão do Jardim do Édem e se
estendeu até ao Dilúvio”. Doravante, as coisas mudaram e para muito pior. Eles já
conhecendo o bem e o mal, passaram a viver assim: “1 Com vergonha de Deus; 2 foi
acrescentado a dor da gravidez e do parto da mulher; 3 a mulher não será mais livre, mas será
subordinada ao marido; 4 com dores e com suor o homem teria que trabalhar; 5 A terra ficou
maldita por causa do pecado do homem e com isso gerando: cardos e espinhos, em fim,
chegou os problemas à terra; 6 A morte que não é normal e nem natural, passou a fazer parte
da existência do ser humano; 7 O pessoal teria que cultuar a Deus oferecendo-O ofertas em
sacrifícios. Mas elas teriam que ser ofertadas com fé, amor e voluntariedade”. Só é que, aquela
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população achou mais fácil seguir a descendência de Caim. Definição: “mais uma vez o homem
não passou no teste de Deus”. PUNIÇÃO: O DILÚVIO. (Gênesis 3; 4; 5; 6).
3A TERCEIRA DISPENSAÇÃO: “GOVERNO HUMANO, OU HOMEM SOBRE
AUTORIDADE”
“Período, o qual teve como o ponto de partida a primeira Aliança de Deus com os pós
– diluvianos, após a sua saída da Arca, e perdurou até a confusão de suas línguas na Torre de
Babel”. Governo, ou autoridade dado a Noé, após o Dilúvio. Creio eu, que aquela população
antediluviana não era tão numerosa como a da atualidade, mas, todavia era uma população
mundial. Mesmo assim, só se salvou oito pessoas: Noé, sua esposa, seus três filhos e suas três
noras. Estas oito pessoas, Noé e sua família, participaram de duas Dispensações, a saber: “A da
Consciência e a do Governo Humano”. Depois de quarenta dias e quarenta noites de
tempestade as águas inundaram a terra por cento e cinquenta dias. Não se tratava de uma
chuva comum. De maneira que, os resultados de uma cuidadosa pesquisa efetuada por uma
junção de certos teólogos com alguns cientistas chegaram a esta conclusão: 1- quando Deus
reorganizou novamente o globo terrestre, antes da criação de Adão, Ele deixou uma grande
camada de água congelada acima da atmosfera, ou da expansão (Gênesis 1 v 6 – 8); 2 – esta
gigantesca camada de gelo, as águas sobre (por cima) da expansão eliminava grande
quantidade dos raios solares sobre a terra. E isto segundo os respectivos Teólogos e Cientistas,
era responsável pelas longas vidas dos antediluvianos. Os quais que viviam até mais de
novecentos anos como no caso Adão e Noé (Gênesis 5 v 3; 9 v 29) ; 3 – no dilúvio não apenas
choveu normalmente, mas também, Deus fez fundir a mega camada de gelo que havia no
espaço, ou no céu (Gênesis 7 v 11, 12), a pesar de que esta referência bíblica salienta que
também subiram águas dos abismos; 4 – e que depois do dilúvio o homem passou a viver bem
menos (Salmos 90 v 10). Certa feita dois cientistas, a saber, geólogos uniram se para efetuar
um trabalho cientifico. Um deles não cria no dilúvio e ensinava que a referida passagem, não
passava de um grande equívoco. E o outro já acreditava em Deus e em sua Palavra. Sempre
eles se discutiam assunto relativo à Bíblia inclusive sobre o Dilúvio. E o ateu fazia até mesmo
zombaria, a respeito ao dilúvio. Mas um dia eles tiveram que fazer uma analise no topo do
pico mais alto do seu país e lá foi encontrado um fóssil (ossadas) completo de uma baleia. Em
um lugar muito desproporcional, visto que, em cima de um alto monte, o mais alto do país,
muito longe do mar, ou de rios. Então o cientista crente diz para o ateu: -“se não houve o
Dilúvio, explique-me, como esta baleia subiu aqui?”
Como já está comprovada a veracidade do Dilúvio, não pelo fato das pesquisas
científicas provarem-na, mas porque a Bíblia a diz que houve. Portanto, vamos voltar ao
assunto da Dispensação. Mas uma vez o Senhor prova o homem ao lhe fazer uma aliança: “1
Deus abençoou a Noé e a seus filho e disse: frutificai, e multiplicai-vos e enchei a terra; 2 deulhes poder sobre todos os animais da terra; 3 pela primeira vez o Todo Poderoso proibiu o ser
humano a comer sangue; 4 a pesar de que Deus puniu Caim por ter assassinado a Abel, mas
foi no governo humano, que pela primeira vez, foi proibido pelo Senhor o homem matar o seu
semelhante; 5 os sacrifícios das ofertas de animais e das colheitas continuaram nesta
Dispensação; 6 e para fechar a sua Aliança com o homem, Deus colocou o Arco Iris nas nuvens
como um sinal de que Ele não iria acabar mais o mundo com águas”. Dos filhos de Noé: Sem,
Cam e Jafé, com suas esposas, são óbvios, foi povoada toda a terra. Os descendentes de Sem
povoaram as regiões asiáticas desde as praias do Mediterrâneo até o Oceano Índico. Essa
linhagem ocupou mais terras que a linhagens de Cam e Jafé. Foi dela que Deus levantou uma
nação santa para dela vir Jesus, a nação de Israel. os descendentes de Cam foram muito
destacados no inicio de sua história, na antiguidade. Eles fizeram grandes construções. Como
amigos, ou como inimigos, foram eles que tiveram mais relações com os filhos de Israel. esta
linhagem povoaram a África, o litoral do Mediterrâneo, a Arábia e Mesopotâmia. Os
descendentes de Jafé povoaram a Europa. Estas nações não se destacaram no início da sua
história, mas posteriormente, elas dominaram o mundo. Só é que, antes deles povoarem estas
70
regiões, primeiramente, eles rebelaram contra Deus. Cento e vinte anos aproximadamente,
após o dilúvio, os habitantes de Sinar começaram construir uma torre, a Torre de Babel, (que
do Hebraico significa confusão), para, talvez, adorar deus pagãos e fugir através dela se
porventura, vier outro dilúvio. E todas as três linhagens uniram se para dar continuidade nessa
rebelde construção. Conclusão: os pós-diluvianos transgrediram todos os mandamentos de do
Senhor. Extremamente incrédulos eles ficaram com medo de outro dilúvio, sendo que Deus os
prometeu não acabar mais o mundo com águas. E arqueólogos comprovaram que realmente
eles adoravam ali deuses. PUNIÇÃO: COM A TORRE BEM AUTA, O TODO PODERORO
CONFUNDIU AS SUAS LINGUAS: COM ISSO, OS GRUPOS QUE FALAVAM A MESMA LÍGUA
FORAM CADA UM PARA UM LUGAR DIFERENTE, DE MANEIRA QUE O MUNDO DAQUELE
TEMPO FORA POVOADO. (Gênesis 6; 7; 8; 9; 10; 11).
4º A QUARTA DISPENSAÇÃO: PATRIARCAL, OU HOMEM SOBRE PROMESSAS.
“Este Período foi iniciado com a chamada de Abrão e encerrou com a prisão da sua
descendência no Egito”. Nos tempos de Abrão, os habitantes do mundo generalizaram-se na
idolatria e na maldade. Mas o Todo Poderoso achou graças em Abrão filho de Tera homem
muito bem sucedido de Ur dos Caldeus (Gênesis 11 v 26 – 32). “Ora, disse o Senhor a Abrão:
Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para uma terra que eu te
mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o seu nome, e tu
serás uma benção. e abençoarei quem os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem; em te serão benditas todas as famílias da terra”. Todavia, pela fé, sem
questionar, Abrão sai da casa de seu pai e de sua terra natal, sem pelo menos saber para onde
iria. Estes são os propósitos de Deus para com Abrão e sua decência na Dispensação, em
apreço: 1 continuou com quase todas as mesmas exigências da parte de Deus, no Governo
Humano. A diferença é que, Abrão não precisava mais povoar a terra, porque o mundo já tinha
gente por todos os lados (Gênesis 11 v 8). 2 Abrão e sua descendência teriam que peregrinar
em terras estranhas por muitos anos. 3 nesta Dispensação Deus inclui a circuncisão (cortar
parte do prepúcio do penes). 4 neste Período, já vimos os Patriarcas a contribuírem com os
Dízimos (Gênesis 14 v 19, 20; 28 v 20 -22). Deus prometera a Abrão fazer da sua descendência
uma grande nação, só que sua esposa, Sarai, era histérica. Depois de muitos anos o Senhor
muda o nome de Abrão (que significa pai da altura) para Abraão [que significa pai de uma
multidão (Gênesis 17 v 5)] e muda o nome de Sarai para Sara [que significa princesa (Gênesis
17 v 15)]. Sara no auge de sua idade não pode conceber, mas na sua velhice o Todo Poderoso
deu lhe um ventre fértil, porém ela concebeu e deu a luz a Isaque. A existência da nação de
Israel, em todos os aspectos, é fruto de milagres. Estes são os fatores que o Senhor requereria
da descendência de Abrão, mas como dantes, eles não passaram nesta prova: PUNIÇÃO:
PRISÃO E ESCRAVIDÃO NO EGITO POR QUATROCENTOS E TRINTA ANOS (Êxodo 12 v 40;
Gálatas 3 v 17) - (Gênesis 12 – 50; Êxodo 1; 2).
Uma mui importante observação: nos inícios das Alianças, ou dos Pactos entre Deus
e o povo, todos eles, o povo, obedeciam a Deus plenamente. Mas ao passar do tempo aquele
povo da aliança se envelheciam e morriam e seus filhos e netos não levavam o referido pacto a
sério desobedeciam e sofria a pena.
Curiosidade: Não presenciamos o Mar Morto nos dias de Abraão. Inclusive, houve
uma grande guerra em um território, que posteriormente, passou a ser este mar: “Todos estes
se ajuntaram no vale de Sidim (que é o Mar Salgado)” (Gênesis 14 v3). Este mar surgiu apos a
punição divina em Sodoma e em Gomorra. Ali era o leito do Rio Jordão: “E levantou Ló os seus
olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do SENHOR ter
destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, quando
se entra em Zoar” (Gênesis 12 v 10). E com a grande caloria do fogo e enxofre, aquela região
aprofundou acerca 400 metros em relação ao nível do Mar Mediterrâneo. Com isso, as águas o
Jordão alagou a grande cratera.
71
5 A QUINTA DISPENSAÇÃO: “A LEI DE MOISÉS”. “Este Período teve a sua origem após
a libertação dos Filhos de Israel do Egito, em um dos mais autos montes no deserto do Sinai, e
foi cumprido, ou finalizando com a Morte de Cristo na cruz do Calvário”. Naquela época, o
Egito era o país mais evoluído do mundo. O seu exército era o mais numeroso, bem treinado e
bem armado no planeta terra. Isto significa que havia nenhum recurso humano, pelo o qual,
Israel fosse salvo. Mas milagrosamente, o Deus que tudo pode, os libertou de lá. Mas segundo
as revelações bíblicas esta libertação não fora nada fácil. O coração do Faraó estava duro, além
disto, ele não iria abrir mão da mão de obra gratuita de milhões de pessoas. Então o Rei dos
reis e Senhor dos senhores, realizou dez grades sinais para que esta tão grande libertação
viesse a acontecer. Estes sinais foram às dez pragas desafiadoras aos dez principais deuses do
Egito, os quais lhes traziam segurança. Veremos:
A primeira praga: Os Egípcios tinham o Rio Nilo como o primeiro deus, e um rival dos
céus, isto pelo fato dele irrigar a terra sem o auxilio de chuvas. Com isso, eles adoravam-no e
reverenciavam – no. E pela primeira vez o Todo Poderoso mostrou para os egípcios quem é o
verdadeiro Deus: CONVERTENDO AS SUAS ÁGUAS EM SANGUE (Êxodo 7 v 14 – 25).
A Segunda Praga: Para os egípcios, rã era como deus. Era um animal sagrado, o qual
fora consagrado ao deus Sol, portanto, um animal amável e adorado: MAS COM AS PRAGAS
DAS RÃS, O SENHOR FEZ COM QUE AQUELA NAÇÃO SE REPUGNASSE AQUELE ANIMAL (Êxodo
8 v 1 -15).
A terceira Praga: O povo Egípcio era idolatrado consigo mesmo. Eles eram ególatras
principalmente, os sacerdotes e o imperador, sentiam-se muitos zelosos e intocáveis: MESMO
ASSIM, ELES NÃO PODERAM LIVRAR AS SUAS PELES DOS
PIOLHOS (Êxodo 8 v 16 - 19).
A Quarta Praga: Alguns teólogos ensinam que por ocasião das três primeiras pragas,
os israelitas sofreram juntos com os egípcios, mas a partir da quarta, o Senhor, efetuou uma
especial separação. Havia no antigo Egito, um grupo de deus muito venerado, “os
escaravelhos”, eles eram mascarados com aparências de besouro. Umas de suas missões eram
proteger aquele povo dos insetos: MAS, TODAVIA, ELES FORAM LITERALMENTE, IMPOTENTES
DIANTE O VERDADEIRO DEUS, OS ENVIAR A PRAGA DAS MOSCAS (Êxodo 8 v 20 – 32).
A quinta Praga: Para um país que tem deus para todos os gostos, você acha os seus
rebanhos iriam ficar isento disto? Não! Lá havia o deus protetor dos seus rebanhos. E como era
grande a sua responsabilidade: “proteger todos os seus animais”; esse deus era muito
venerado pelos pecuaristas. Não obstante, o próprio Deus sem a intervenção de Moises e
Arão, logo no dia seguinte da quarta praga: ABATEU TODOS SO SEUS ANIMAIS, SALVANDO,
TÃO SOMENTE, AS CRIAÇÕES DO HBREUS (Êxodo 9 v 1 – 7)
A Sexta Praga: Aquela nação pagã sacrificava seres humanos, queimavam-nos e
lançavam suas cinzas no ar. Em adoração ao a atmosfera que também era considerada como
deus. Então Moisés lança no ar, cinzas, uma mão cheia delas, COM ISSO AQUELE POVO
REBELDE FOI CONTAMINADO COM ÚRCERAS E TUMORES (Êxodo 9 v 8 – 12).
A Sétima Praga: Com o deus céu, espaço sideral, do Egito, os egípcios sentiam-se
seguros e julgava-se que de cima, nada poderia os atingir. Mas este deus fora desafiado por El
Elyon, [traduzido por: Altíssimo, Forte dos fortes (Isaías 14 v 13, 14)]: que lhes enviou a PRAGA
DA SARAIVA (CHUVA DE GRANDES PEDRAS) QUE FOI UMA VERDADEIRA CATÁSTROFE (Êxodo 9
v 22 – 35).
72
A Oitava Praga: Os egípcios eram um povo mais vegetariano. Mais de noventa por
cento de suas alimentações vinham do vegetal. E será que justamente as suas provisões
alimentícias eram desprotegidas por uma divindade? Jamais. Havia sim, vários deuses, os quais
se encarregavam em proteger a vegetação, inclusive as lavouras. Mesmo assim, ninguém pode
impedir El Sladdai [que é traduzido por: Deus Todo Poderoso (Gênesis 17 v 1 – 20)] de enviar
GAFANHOTOS DEVASTADORES, OS QUAIS DEVASTARAM PLENAMENTE TODA A VEGETAÇÃO
EGIPCIA (Êxodo 10 v 12 – 20).
A Nona Praga: Com o deus Sol no comando, a nação egípcia contava com a
luminosidade solar diariamente, por toda vida. Mas operando Javé. [que significa: EU SOU O
QUE SOU (Êxodo 3 v 14)] quem impedirá? Então o SENHOR ENVIOU-LHES TREVAS DENSAS POR
TRÊS DIAS (Êxodo 10 v 21 – 29).
A Décima Praga: Todos esses deuses, os quais já nós mencionamos, eram
inanimados, eles não tinham vida, só tinham os seus sacerdotes. Mas quanto ao décimo deus
era muito diferente, ele era vivo, a saber, “o Imperador Faraó”. De maneira que, quem não o
adorasse e não o reverenciasse era morto. Mas quando El Olam. [Que é: o Eterno Deus (Isaías
40 v
28)] mandou o anjo da morte até ao Egito, E FARAÓ NÃO CONSEGUIU QUARDAR
NEM SEU PRÓPRIO FILHO DAS MÃOS DO DEUS DE VERDADE, NA PRAGA DA MORTE DOS
PRIMOGÊNITOS (Êxodo 11 v 1 – 10).
Com suas saídas do Egito, Deus continuou realizando sinais sobrenaturais na
vida dos Filhos de Israel interruptamente.
A nuvem que representava a Cristo: Durante ao dia ela os refrigerava e os guiava no
deserto;
Esta mesma nuvem a noite ela se convertia em colunas de fogo, a qual os aquecia, os
iluminava e continuava os guiando.
(Jesus Cristo: guia as vidas para o Céu, refrigera das fadigas do pecado e dos
problemas, ilumina neste mundo de trevas, aquece espiritualmente no inverno espiritual)
Abriu o mar vermelho; Abateu no mar o exercito de Faraó; Providenciou o manar no
deserto por quarenta anos; Fez jorrar águas da Rocha por duas vezes; As roupas e os causados
dos hebreus duraram quarenta anos sem envelhecerem;
As roupas e os causados das crianças hebreias cresciam juntos com elas;
Abateu reis com seus exércitos;
Capacitou a Moisés para está à frente do povo;
Sempre quando levantavam grupos rebeldes, o Senhor agia poderosamente contra
eles;
Abriram as águas o rio Jordão por várias vezes;
E muito, e muito mais...
Deus estabeleceu regras para os Filhos de Israel seguir: 1 As Leis Morais. Isto fala dos
dez Mandamentos, os quais consistem nas responsabilidades espirituais (Êxodo 20 v 1 – 17). 2
As Leis Cerimoniais, as quais são compostas pelas as formas e as normas de como, quando e
onde cultuar ao Único Deus (Deuteronômio). 3 As Leis Civis isto fala das normas dos Filhos de
Israel para com a sociedade e para com as pessoas individuais (Êxodo 21; 22).4 O Ministério
Eclesiástico da nação de Israel: em primeiro lugar, o profeta que era uma porta voz de Deus
para com o povo; em segundo lugar, o Sacerdócio, que era uma porta voz do povo para com
Deus; em quarto lugar, os Levitas, os quais eram responsáveis palas mão de obra do
Tabernáculo (templo portátil) e do templo (edifício para adoração).
MAIS UMA VEZ, OS JUDEUS NÃO PERMANECERAM FIÉIS COM O SEU CRIADOR E
LIBERTADOR. LEMBRE-SE: SEMPRE O SENHOR TINHA UM GRUPO DE FIÉIS, MESMO QUE
PEQUENO. A INFIDELIDADE POR PARTE DA GRANDE MAIORIA DA POPULAÇÃO ISRAELENSE:
ALÉM DE REBELDES PARA COM A LEI, ELES MANDARAM MATAR A JESUS CRISTO. PUNIÇÃO: no
ano 70 d.C. o rei de Israel rebelou-se contra o imperador romano, então ele revidou enviando
73
um grande exército até Judá na direção de um general denominado Tito, o qual exterminou
com a nação santa. Somente um grupo muito pequeno conseguiu se escapar. A matança fora
tão grande e tão triste, de maneira que de lá derivou o parto cesariano. Os soldados romanos
apreenderam as mulheres grávidas e não sabiam o faria coma elas. De repente vem à ordem
diretamente do imperador Cesar: “Antes de matá-las, cortem suas barrigas a espada”. Com
isso, as suas criancinhas caiam. Tempos após a medicina adotou este método para o parto. E o
batizou por “parto Cesariano, ou melhor, de Cesar”.
74
TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
Tertuliano foi quem, pela vez, primeira usou o termo “Novo Testamento” para
designar a coleção dos vinte sete livros, escritos pelos responsáveis pelo Cristianismo. Livros,
os quais fazem parte da Bíblia Sagrada. Esta expressão originou-se do latim Novum
Testamentum, por. Mas alguns acreditam que esse termo é uma tradução do
gregoΔιακικθΚαινι.
Segundo a Bíblia Ecumênica o Novo Testamento é apresentado através de uma
coletânea de vinte sete livros. Todos estes livros são escritos em grego e as suas dimensões
são bastante desiguais.
No século II, aproximadamente, denominaram-se esta coletânea de “Novo
Testamento”. Em pouco tempo estes livros ganharam tanta confiança e autoridades de
maneira estiveram em pé de igualdade com o Antigo Testamento.
E por muito tempo o Novo Testamento fora considerado pelos cristãos como a sua
única Bíblia, e era por eles nomeados a “Lei e os Profetas”, segundo o costume judeu da
época. Interessante, é que o Reformador Protestante, Martinho Lutero (1483-1556), traduziu e
publicou, em alemão, primeiramente, o Novo Testamento. Por estas causas, há muitas
traduções da Bíblia, compostas, tão somente, pelo Novo Testamento. Exemplos: “A Bíblia da
Mulher Conselheira”, “Materiais para Evangelismos” e etc.. Porque não há salvação da alma,
exceto, através do sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário, onde tem narração, exclusiva, do
Novo Testamento.
Indubitavelmente, o Antigo Testamento é a base única do Novo, mas todas as
condições de salvação na Era Cristã estão registradas no Novo Testamento. O Antigo
Testamento continua sendo inspirado dor Deus, continua sendo a Palavra de Deus, ele é a
única base do Novo Testamento de maneira que a Nova Aliança se cumpre as promessas
efetuadas na Antiga. Já cumpriram muitas promessas, há promessas que estão se cumprindo e
há promessas que hão de cumprir. Mas para a salvação da alma de um indivíduo, na
Dispensação da Graça, todas as instruções contidas no Novo Testamento são suficientes.
Basta, tão somente, ele crer nelas e segui-las até ao fim. Lembro-me de um dos meus pastores,
o pastor Paulo de Oliveira Santos que ensina: -“A nossa maior vitória, não se encontra no
começo, nem no meio, mas sim, no fim”. E biblicamente, ele estar certíssimo, porque veja o
que ensinou Jesus no Evangelho de Mateus:
“Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo”, (Mateus 24 v 13).
Para os judeus não existe Velho e Novo Testamento. Para eles só há uma única Bíblia,
que é a Bíblia que para o Cristianismo é o Antigo Testamento.
Se os Escritos Cristãos acabaram sendo titulado de “Novo Testamento”, isto se deve
exclusivamente, a existências dos primeiros teólogos cristãos, isto é, depois do apostolo Paulo
(2ª Coríntios 3 v 14).
Para o Cristianismo esta parte da Bíblia Sagrada, o Novo Testamento, encerra as
disposições de uma Nova Aliança. E através do seu conteúdo é regida a relação entre Deus e a
igreja. E, todavia, se trata da última condição para a salvação da alma do ser humano.
Para os cristãos ortodoxos o Novo Testamento é absoluto. Ele não depende de
nenhum complemento e nem de subsídios. Exceto, as literaturas escritas por cristãos também,
ortodoxos, pessoas que desfrutam de uma perfeita e sadia comunhão com Cristo e com a
Doutrina dos apóstolos. Mas, todavia, estes escritos não venham a complementar o Novo
Testamento e nem subsidiá-lo, como se fosse um regimento interno; mas, tão somente, ajudar
“o leitor” a compreendê-lo, como ele é. Porque de forma alguma a Palavra de Deus pode ser
alterada, nem para mais e nem para menos. Veja o que nos ensina Bíblia Sagrada:
75
“Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e seja achado
mentiroso” (Provérbios 30 v 6).
“Porque eu testifico a todos aqueles que ouvirem as palavras desta profecia deste
livro que se acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele às pragas que estão escritas
neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua
parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro”, (Apocalipse 22 v 18,
19). (Bíblia Sagrada, com Orientações de Saúde, Tradução em Português: ALMEIDA, 2006, p.
801).
Mas Ele é ensinado aos discípulos de Jesus Cristo, através do Espírito Santo. E os
instrumentos utilizados pelo o Santo Espírito são o santo ministério da igreja (Efésios 4 v 11e
12). Homens chamados, escolhidos, preparado, ungido e enviados pelo o próprio Deus para a
sua Obra, a sua igreja. Porque o método de Deus é utilizar o homem para falar com o homem
(Mateus 28 v 19; Lucas 16 v 29; 1ª Pedro 1 v 12).
O substantivo masculino “TESTAMENTO” traduz o termo empregado em hebraico,
Aliança concluída entre Deus e Israel.
O fato do Cristianismo se denominar a nova coletânea, composta pelos vinte sete
livros, Nova Aliança [escritas pelos apóstolos e alguns discípulos mais chegados, como Lucas,
Marcos e Tiago e Judas, (os possíveis meios irmãos de Jesus)], é o que levou a chamar, as
Escrituras escritas pelos líderes do Judaísmo (exemplos: Moises, Davi, Salomão, os profetas e
outros) destinados aos hebreus de Antiga Aliança. Até então, o Antigo Testamento, não tinha
este nome, mas ele se chamava de Escrituras, a Lei e os Profetas. Só com a inclusão do Novo é
que o designou de Velho, ou Antigo Testamento. Mas para o Judaísmo, Ele continua novinho.
Só é Antigo para o Cristianismo.
I PROGRAMAÇÃO DA DISCIPLINA
AS PERSPECTIVAS TEOLÓGICAS E OS PRINCIPAIS TEMAS DOS PRINCIPAIS AUTORES
DO NOVO TESTAMENTO
INFORMAÇÕES DE "PANO DE FUNDO" SOBRE O MUNDO DO NOVO TESTAMENTO,
UMA BREVE APRESENTAÇÃO DOS PRINCIPAIS ESTUDIOSOS DA TEOLOGIA DO NOVO
TESTAMENTO
II OBJETIVOS
AS PERSPECTIVAS TEOLÓGICAS E OS PRINCIPAIS TEMAS DOS PRINCIPAIS AUTORES
DO NOVO TESTAMENTO:
Na lição correspondente, ao capítulo, em apreço, o seminarista do Curso de
Bacharelado em Teologia, aprenderá com respeito ao interesse do ensinamento aplicado pelo
NT e os seus temas principais.
INFORMAÇÕES DE "PANO DE FUNDO" SOBRE O MUNDO DO NOVO TESTAMENTO:
Ao tratarmos deste capítulo, iremos descrever o panorama do mundo do NT.
UMA BREVE APRESENTAÇÃO DOS PRINCIPAIS ESTUDIOSOS DA TEOLOGIA DO NOVO
TESTAMENTO
Neste capítulo vamos apresentar-te os principais teólogos versados no NT.
III AS PERSPECTIVAS TEOLÓGICAS E OS PRINCIPAIS TEMAS DOS PRINCIPAIS AUTORES
DO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento não surgiu por um acaso. Inclusive a existência do Velho
Testamento era uma preparação para o Novo. O tema principal central da Bíblia Sagrada é
Cristo, principalmente, do Novo Testamento. Mas não se trata de uma tarefa fácil saber
interpretar a presença de Cristo em cada parte do VT. Mas quanto ao NT é diferente, Ele gira,
76
literalmente, em torno da pessoa de Jesus Cristo. De João Batista até a Morte e a Ressurreição
de Jesus, ocorreu a introdução do Novo Testamento. Com a Morte e a Ressurreição do Senhor
nascera uma Nova Era, uma Nova Aliança, uma Nova dispensação, a Dispensação da Graça. E
com o Dia de Pentecostes, fora inaugurada a Igreja que é o povo da Nova Aliança, o povo que
tem o pacto com Deus, através de Jesus Cristo, o seu Filho.
Mas os judeus não conseguiram compreender esta sublime temporada. O seu
Redentor veio, mas eles não O conheceram. Eles não souberam discernir a chegada do
MESSIAS (João 1 v 11, 12). Mesmo que os profetas tenham profetizado muito a respeito do
assunto. Veja:
Moises:
“O SENHOR teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como
eu; a ele ouvireis; Conforme a tudo o que pediste ao SENHOR teu Deus em Horebe, no dia da
assembléia, dizendo: Não ouvirei mais a voz do SENHOR teu Deus, nem mais verei este grande
fogo, para que não morra. Então o SENHOR me disse: Falaram bem naquilo que disseram. Eis
lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua
boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E será que qualquer que não ouvir as minhas
palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele”. (Deuteronômio 18 v 15-19) (Bíblia
Sagrada com Orientações de Saúde, tradução em português: ALMEIDA, 2006, p.255).
Isaias:
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à
luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel”, (Isaías 7 v 14).
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os
seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o
trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e
para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto”. (Isaías 9 v 6-7) (Bíblia Sagrada com
Orientações de Saúde, tradução em português: ALMEIDA, 2006, p.828).
Jeremias:
“Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o
SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus
e eles serão o meu povo”, (Jeremias 31 v 33). (Bíblia Sagrada com Orientações de Saúde,
tradução em português: ALMEIDA, 2006, p.927).
PERSPECTIVAS TEOLÓGICAS DO NOVO TESTAMENTO
Mostrarei neste capítulo os principais ensinamentos que o Novo Testamento quer
conscientizar o mundo. Portanto, se inteire nos principais interesses do NT, iniciando, pelos os
pontos, que me julgo serem mais importantes:
O NOVO TESTAMENTO FORA CONCLUÍDO
Testamento, no sentido literal, é um documento que alguém faz, em vida,
legalizando os seus bens, ou parte deles, em nome de outrem, a pós a sua morte.
Certo é para um testamento ser realizado, ou completado, é preciso das provas da
morte do testador. E a única prova de uma morte, segundo as leis de todos os tempos, é
presença do corpo, do cadáver, ou parte dele.
Com base nestas verdades, veremos que o testador do Antigo Testamento,
Moises, morreu; mas, ninguém encontrou o seu corpo (Deuteronômio 34 v 1-6). Mas quanto
ao Novo Testamento é bem diferente, porque sem contradição alguma: “JESUS CRISTO É O
SEU TESTADOR”. E centenas, ou milhares, de pessoas presenciaram, e foram testemunhas
verídicas, da sua prisão, do seu sofrimento, da sua morte e do seu sepultamento (Mateus 27 v
32 – 66; Marcos 15 v 21 – 41; Lucas 23 v 26-49; João 19 v 17-37). Assim, fica constatado que o
Novo Testamento foi completado, foi concluído.
77
CRISTO
Cristologia é a Doutrina, ou o Estudo a respeito de Jesus Cristo. Ela é de suma
importância, visto que muitos entendem erroneamente sobre o Salvador. Jesus Cristo é o Filho
Unigênito de Deus (único da espécie). E filho primogênito de Maria (o primeiro filho dela).
Cristo é Messias prometido, Ele é o Único Salvador da humanidade. Vamos nesta aula
aprender um pouco acerca do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
ESPÍRITO SANTO
Esta doutrina se chama: Pneumatologia. O vocábulo Pneumatologia vem de duas
palavras gregas, a saber, PNEUMA (que é espírito), mais LOGIA (que é ciência, ou estudo).
Então, a palavra Pneumatologia refere-se à Ciência, ou, Estudo sobre um espírito. No nosso
caso, o Espírito Santo. Portanto, vamos nesta sublime aula aprender acerca do Espírito Santo
que o Deus conosco na Dispensação da Graça. Ele ficou conosco no lugar de Jesus Cristo (João
14 v 16 -18).
A TRINDADE
Muitos comparando Deus como uma pedra de diamante dizem: “As três facetas de
Deus”.
A TRINDADE SANTA é o Deus verdadeiro, composto por três pessoas, a saber: o Pai, o
Filho e o Espírito Santo, ou melhor, Deus Pai, Deus Filho (Jesus Cristo) e Deus Espírito Santo.
Mesmo que não é encontrado este nome (Trindade) na Bíblia, ela é uma realidade clara e
demonstrado tanto AT, como no NT.
SALVAÇÃO
Vamos para a definiçao do vacábolo Soteriologia ; Soter o
grego é “Salvação”, e logia é estudo, ou ciência. Então Soteriologia é o estudo ou a
Ciência acerca da Salvação. Salvação significa livramento, ou escape de um grande perigo, ou
da morte. Libertação e remissão também são sinônimas de salvação.
BATISMO
(Mateus 28 v 19,20)
O batismo é a primeira ordenança de Cristo. A palavra Batismo significa imersão. E a
palavra imersão significa mergulho. Portanto, todos os que não participaram de um mergulho
no ato batismal, eles estão ainda por se batizar. O batismo é uma cerimônia de inclusão de
membros no Cristianismo.
A CEIA DO SENHOR:
(Mateus 26 v 26 – 31) A Ceia do Senhor é a segunda ordenança de Cristo. Elaconsiste
na cerimônia mais importante da Igreja. Porque o crente pode ser até mesmo salvo, se
porventura, não ter tempo para ele se batizar. Mas para o crente batizado que não participa
desta cerimônia, ele fica irregular, com a igreja e com Deus. Falamos Santa Ceia, mas a Bíblia
diz: Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor para ser realizada é necessário, dois símbolos
importantíssimos: PÃO E VINHO.
O FIM DOS TEMPOS
Esta doutrina se chama: ESCATOLOGIA  esta definição, vem de
dois vocábulos gregos, a saber(ESCATOS) quer dizer futuro, ou ultimas coisas. Mais
LOGIA) que é estudo, ou ciência. Então, ESCATOLOGIA é o estudo, ou a ciência sobre o
futuro, ou sobre as últimas coisas. É um estudo de suma importância, visto que, estamos muito
próximo deste futuro, ou destas últimas coisas. A Escatologia divide – se em, pelo menos, nove
78
tópicos, que são: Os Sinais da Vinda de Jesus, O Arrebatamento da Igreja, O Tribunal de Cristo,
As Bodas do Cordeiro, A Grande Tribulação, A Vinda de Jesus, O Milênio, O Juízo Final e a
Eternidade.
IV OS PRINCIPAIS TEMAS DOS PRINCIPAIS AUTORES DO NOVO TESTAMENTO
Mesmo que muitos cristãos lê a Bíblia, mas uma grande parte, dos mesmos,
não sabe do que se trata cada escritor sacro. Este fator é imprescindível para quem tem um
compromisso com a Palavra de Deus. Portanto, ó candidatos ao Bacharel em Teologia, eis a
oportunidade. Porque, como ensinar algo, sem saber do se trata?
MATEUS:
O Tema principal de Mateus em seu Evangelho é: “Jesus, o Messias e Rei”. Com base
neste tema são expostos, outros temas, saber: “A Apresentação do Messias” (Mateus capítulos
1 - 4 v 1-11); “O Ministério de Jesus na Galileia e Arredores” (Mateus capítulos 4 v 12 ao
capítulo 18); “O Auge do Ministério Messiânico de Jesus na Judeia, Pérsias, e em Jerusalém”
(Mateus capítulos 19 – 26); “A Prisão, Julgamento e Crucificação de Jesus” (Mateus capítulos
26 v 47 – ao capítulo 28).
MARCOS:
O Tema principal de Marcos em seu Evangelho é: “Jesus, o Filho Servo”. Partindo-se
do mesmo, Marcos ainda escreve sobre: “A Preparação para o Ministério de Jesus” (Marcos 1 v
1 – 13); “O Ministério Inicial na Galileia” (Marcos 1 v 14 – 3 v 6); “O Ministério Posterior na
Galileia e Além da Galileia” (Marcos 3 v 7-9 v 29); “A Caminho de Jerusalém” (Marcos 9 v 3010- v 52); “A Semana da Paixão” (11 v 1-;15); “A Ressurreição de Jesus” (Marcos 16).
(Bíblia de Estudo Pentecostal, tradução em português: ALMEIDA, 1995, p.1458 e
1459).
LUCAS:
Em seu Evangelho Lucas fala sobre: “Jesus, o Salvador Divino-Humano”. E com esta
importantíssima base, o doutor santo, ainda descreve: “A Vinda do Salvador” (Lucas 1 v 5- 2 v
40 – 52); “Preparação do Salvador para o seu Ministério” (Lucas 3 v 1 - 4 v 1-13); “Ministério na
Galileia” (Lucas 4 v 14 – 9 v 28 -50); “A Viagem Final de Jesus a Jerusalém” (Lucas 9 v 51 – 23);
“A Semana da Paixão” (Lucas 19 v 29-; 23).
JOÃO:
João, como desfrutava de uma amizade mais íntima com o Salvador, fez menção da
temática: “Jesus, o Filho de Deus”. Desenvolvendo a sua Obra sacra, explanou: “A
Apresentação de Cristo a Israel” (João 1 v 19-51); “Os Sinais e Sermões de Cristo Diante de
Israel e sua Rejeição” (João 2 v 12 v 50); “Cristo e o Começo do Povo do Concerto” (João 13 v 1
– 20 v 29); “Sermão Sobre a Videira Verdadeira e as Bênçãos da União com Cristo” (João 15 v
16 v 33).
LUCAS:
Lucas não teve o privilégio de ser reescolhido por Jesus, para o ministério apostólico,
mas o Todo Poderoso, já tinha em seus planos de transformar esse tratador de doentes em um
mega artista da literatura sacra. Em Atos dos Apóstolos Lucas denominou as suas narrações da
História da Igreja Primitiva: “A Propagação Triunfal do evangelho pelo Poder do Espírito
Santo”. Dividindo-se os seus tópicos, da seguinte forma: “O Derramamento do Espírito Santo”
(Atos 1 v 12 -2 v 41); “Os Primeiros Dias da igreja em Jerusalém” (Atos 2 v 42-8); “A
Perseguição Leva à Expansão” (Atos 8- 9 v 31); “O Cristianismo Propaga –se entre os Gentios”
79
(Atos 9 v 32 – 12 v 25); “A Primeira Viagem Missionária de Paulo” (Atos 13 -14v 28); “O Concilio
de Jerusalém” (Atos 15 v 1-35); “Segunda Viagem missionária de Paulo” (Atos 15 v 36-18 v 22);
“Terceira Viagem Missionária de Paulo” (Atos 18 v 23 – 21 v 16); Prisão de Paulo e Seu
Ministério enquanto Preso” (Atos 21 v 17 – 28 v 31).
PAULO:
Como você sabe que para escrever os temas de Paulo é necessária uma coletânea de
livros, então irei selecionar, o máximo, as temáticas do Grande Apóstolo.
Veja:
“A Revelação da Justiça de Deus” Em Romanos;
“Problemas na Igreja e as suas Soluções” Em 1ª Coríntios;
“Gloria Através do Sofrimento” Em 2ª Coríntios;
“Salvação Pela Graça Mediante a fé” Em Gálatas;
“Cristo e Sua Igreja” Em Efésios;
“Alegria de Viver por Cristo” em Filipenses;
“A Supremacia de Cristo” Em Colossenses;
“A Volta de Cristo” Em 1ª e 2ª Tessalonicenses;
“A Sã Doutrina e a Paciência” Em 1ª Timóteo;
“Perseverança Inabalável na fé” Em 2ª Timóteo;
“A Sã Doutrina e as Boas Obras” Em Tito;
“Reconciliação” Em Filemom.
TIAGO:
Segundo o pastor A Bíblia de Estudo Pentecostal, (1995, p. 1924), Tiago é meio irmão
de Jesus. Porque enquanto Jesus é filho biológico, unicamente, de Maria, Tiago é filho
biológico de Maria e de José.
Este grande e honrado homem de Deus, comentou em sua Epístola sobre: “A Fé
Manifesta Pelas Obras”. Partindo desse importante Tema, Tiago dividiu os seguintes tópicos:
“As Provações e os Seus Benefícios” (Tiago 1 v 1 – 18); “Ouvir a Palavra e Praticá-la” (Tiago 1 v
19-27); “Ser Imparcial e Demonstrá-lo” (Tiago 2 v 1-13); “Professar a Fé e Comprová-la” (Tiago
2 v 14-26); “Reconhecer Ardis e Evitá-los” (Tiago 3 v 1- 5 v 6); “Virtudes Cristãs e sua Prática”
(Tiago 5 v 7 -20).
PEDRO:
Pedro era pescador, foi o primeiro discípulo de Cristo e o primeiro responsável pela a
Igreja Primitiva, após a ascensão de do Salvador e do Dia de Pentecostes. Analisando os
temperamentos ensinados pela psicologia, e comparando os com a biografia de Pedro,
constata que ele era sanguíneo. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1934, 1946),
Por volta de 62 dC Pedro escreveu a sua Primeira Epístola. E acerca de 67 dC ele escreveu a sua
Segunda. Em sua Primeira Carta Pedro tratou do “Sofrimento por Amor a Cristo”. E na
Segunda, Pedro esclarece “A Verdade de Deus e o Falso Ensino dos Homens”.
PRIMEIRA EPÍSTOLA: Suas subdivisões: “O Relacionamento entre o Crente e Deus”
(1ª Pedro 1 v 3 – 2 v 10); “O Relacionamento entre o Crente e o Próximo” (1ª Pedro 2 v 3 v 12);
“O Crente o Sofrimento” (1ª Pedro 3 v 12 – 5 v 11).
SEGUNDA EPÍSTOLA: Ao desenvolvê-la Pedro ensinou: “O Valor do Verdadeiro
Conhecimento” (2ª Pedro 1 v 1-21); “A Condenação dos Falsos Mestres” (2ª Pedro 2 v 1 - 21);
“A Certeza da Vinda do Senhor” (2ª Pedro 3 v 1-18).
80
JOÃO:
João como, o segundo maior, escritor da Bíblia, com relação ao número de Livros,
volta em cena pela segunda vez. E desta feita para escrever três Epístolas, que de uma forma
geral da Bíblia, são denominadas livros. Então João escreve a sua Primeira, Segunda e Terceira
Epístola por volta do ano 87 dC.
A PRIMEIRA EPÍSTOLA: Tema: “Verdade e Justiça”. Construindo o corpo da sua
Epístola João salientou: “Comunhão com Deus” (1ª João 1 v 5 – 2 v 28); “Os Filhos de Deus” (1ª
João 2 v 29 – 3 v 24); “O Espírito da Verdade” (1ª João 4 v 1-6); “O Amor de Deus” (1ª João 4 v
7 – 5 v 3); “Promessas de Deus” (1ª João 5 v 4 – 20). (Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995,
p.1953).
A SEGUNDA EPÍSTOLA: Aqui se trata do menor Livro da Bíblia. Tema: “Andando na
Verdade”. Desenvolvendo o seu livro sacro, João comenta: “Elogio e Mandamentos aos Fiéis”
(2ª João 4-6); “Conselho e Advertência Sobre os Falsos Mestres” (2ª João 7-11).
A TERCEIRA EPÍSTOLA: Tema: “Procedendo com Fidelidade”. Epístola dividida nos
seguintes tópicos: “O Perfil Meritório de Gaio” (3ª João 2-8); “Conselho a Gaio” (3ª João 9 –
12).
(Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995, p. 1969).
JUDAS:
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1973), este não é o Judas Iscariotes,
mas o Judas filho de Maria e de José, meio irmão de Jesus. Ele falou sobre a “Batalha da Fé”. E
prosseguindo, o seu inexprimível trabalho, ele fez menção: “A Ocasião da Carta” (Judas 3,4);
“Os Falsos Mestres” (Judas 5-16); “Conselhos aos Verdadeiros Crentes” (Judas 17-23).
JOÃO:
É como já falamos, João é segundo maior escritor da Bíblia, com respeito ao número
de livros; então ele entra em cena pela terceira fez. E conforme a Bíblia de Estudo Pentecostal
(1995, p. 1977), o Espírito Santo, através de João, conclui toda a Bíblia Sagrada, e
automaticamente, toda a História da Humanidade, com Livro do Apocalipse, por volta do ano
93 dC.
Tema: “A Consumação do Conflito dos Séculos”.
Divisões:
“O Senhor Glorificado e suas Igrejas” (Apocalipse 1 v 9 – 3 v 22);
“O Digno Cordeiro e Seus Feitos no Desfecho da História” (Apocalipse 4 v 1 – 11 v 19);
“Deus Pia e Cristo no Grande Conflito com Satanás” (Apocalipse 12 v 1 – 22 v 5);
V INFORMAÇÕES DE "PANO DE FUNDO" SOBRE O MUNDO
DO NOVO TESTAMENTO
Para que possamos construir um panorama, mais parecido com o Novo Testamento
iremos dividir este capítulo em quatro partes, a saber: Divisões do NT, Ministério Terreno de
Cristo, As Viagens Missionárias de Paulo, e Geografia do Mundo do NT.
DIVISÕES DO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento se divide em quatro partes, de acordo com as características dos
seus livros.
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EVANGELHOS:
São quatro livros:
MATEUS
MARCOS
LUCAS
JOÃO
HISTÓRICO:
Um livro:
ATOS
EPÍSTOLAS:
São vinte uma Epístolas. Divididas em treze Epístolas, as “Epístolas Paulinas” e em
oito Epístolas, as “Epístolas Universais”.
EPÍSTOLAS PAULINAS:
ROMANOS
1 CORÍNTIOS
2 CORÍNTIOS
GÁLATAS
EFÉSIOS
FILIPENSES
COLOSSENSES
1 TESSALONICENSES
2 TESSALONICENSES
1 TIMÓTEO
2 TIMÓTEO
TITO
FILEMOM
1.3.2. ESPÍSTOLAS UNIVERSAIS
HEBREUS
TIAGO
1 PEDRO
2 PEDRO
1 JOÃO
2 JOÃO
3 JOÃO
JUDAS
PROFÉTICO:
Um livro.
APOCALIPSE
O MINISTÉRIO TERRENO DE CRISTO
82
Conforme a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p.1616), O Glorioso Ministério de
Cristo é um período de, aproximadamente, três anos, que iniciou no seu batismo e se
estendeu até a sua ascensão.
O primeiro ano foi o período inicial, o período da divulgação do Evangelho. O qual foi
caracterizado pelas chamadas dos discípulos, a escolha dos apóstolos, o milagre em Caná da
Galiléia, a pregação para Nicodemos e a mulher Samaritana etc..
O Segundo ano foi o período da popularidade de Jesus. Nesta época, Ele não teria
nem como passar por dentro das cidades devido a grande multidão que O seguia.
O segundo ano foi o período da oposição. Nesta época os sacerdotes já se reuniam
para ver como poderia matá-lo.
AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO
Segundo BALL, em A Vida e os Tempos do Apóstolo Paulo (2000, p. 79-185), Paulo fez
três grandes viagens missionárias. Os resultados destas viagens foram às fundações das igrejas
nos quatro cantos do mundo daquela época. Um dia Paulo pode dizer que estava com as suas
mãos limpas do sangue dos povos, visto que, ele já tinha pregado para todos.
A Primeira Viagem, Paulo saiu, com Barnabé. Nesta Viagem, foram fundadas as
igrejas. E os sinais sobrenaturais eram, constantemente, manifestados em suas vidas.
Na Segunda Viagem Paulo saiu com Silas. Os seus objetivos eram, tão somente visitar
as igrejas fundadas por Paulo e Barnabé na Primeira Viagem. Mas acabaram sendo fundadas
outras igrejas.
E na Terceira Viagem, Paulo foi preso para Roma. Foi uma viagem muito conturbada,
mas Deus continuava com as suas mãos estendidas para abençoá-lo, ajudá-lo e protegê-lo. de
Roma Paulo escreveu: as Epístolas Aos Efésios, aos Filipenses e a Filemom.
GEOGRAFIA DO MUNDO DO NOVO TESTAMENTO
Segundo, JDSO, Teologia Sistemática Alfa, (2011, p. 161), Naquela época, quando
Roma dominava a maior parte do mundo, e no reinado de Tibério nasceu a Igreja, na Palestina,
na Província de Israel, no tempo dos Herodes. Região desértica, montanhosa, banhada pelo rio
Jordão, (e seus afluentes: Iarmucn e Jaboqui), o Lago de Merom, hoje chamado Huleh e o Mar
da Galiléia, também chamado mar de Quinerete e o Mar Morto. Nas margens do Jordão, há
campos muitos férteis, onde que os palestinos exercem a agricultura. Estas são as seguintes
culturas: o trigo, a cevada, a fruticultura e etc. Alem da agricultura, eles também viviam da
pesca, que era uma das principais, atividades econômicas naquela época. A pecuária dos
palestinos era o gado miúdo, a saber: ovino e caprino (devido à escassez de pasto). O gado
graúdo na palestina é criado em pequena quantidade. E para poder suportar a locomoção no
deserto é criado também camelos, animais típicos daquela região.
Esta região antiga e polemica do Oriente Médio é o berço do Cristianismo.
A igreja não surgiu no mundo por um acaso. Cinco fatores foram os responsáveis
para esta imprescindível existência:
1) O GRANDE AMOR DE DEUS;
2) O PLANO DO TODO PODEROSO;
3) A MORTE DE JESUS CRISTO;
4) A RESSURREIÇÃO DO SENHOR AO TERCEIRO DIA;
5) A DESCIDA DO ESPÍRITO, NO DIA DE PENTECOSTE.
A existência da igreja, não foi da vontade do homem, mas da vontade da
TRINDADE SANTÍSSIMA, como acabamos de ver.
83
VI UMA BREVE APRESENTAÇÃO DOS PRINCIPAIS
ESTUDIOSOS DA TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
MARTINHO LUTERO
“Martinho Lutero (Eisleben, 10 de novembro de 1483 - 18 de fevereiro de 1546) foi
um sacerdoteagostiniano e professor de teologiaalemão figura central da Reforma
Protestante. Veementemente contestando a alegação de que a liberdade da punição de Deus
sobre o pecado poderia ser comprada, confrontou o vendedor de indulgênciasJohann Tetzel
com suas 95 Teses em 1517. Sua recusa em retirar seus escritos a pedido do Papa Leão X em
1520 e do Imperador Carlos V na Dieta de Worms em 1521 resultou em sua excomunhão pelo
papa e a condenação como um fora-da-lei pelo imperador”.(WIKIPÉDIA, 2011).
JOÃO CALVINO
“João Calvino (Noyon, 10 de julho de 1509 — Genebra, 27 de maio de 1564) foi um
teólogocristãofrancês. Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma
Protestante, uma influência que continua até hoje. Portanto, a forma de Protestantismo que
ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo nome Calvinismo, mesmo se o próprio Calvino
teria repudiado contundentemente este apelido. Esta variante do Protestantismo viria a ser
bem sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os
africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos da América”. (WIKIPÉDIA, , 2011).
“Rudolf Karl Bultmann (Wiefelstede, 20 de agosto de 1884 — Marburg, 30 de julho
de 1976) foi um teólogoalemão. Em 1912, começou a trabalhar como docente na área de
Bíblia - Novo Testamento em Marburg; em 1916, tornou-se professor em Breslau; em 1920 foi
para Giessen e, em 1921, transferiu-se para Marburg, onde viveu e trabalhou até o final de sua
vida” (WIKIPÉDIA, , 2011).
84
VII OS EVANGELHOS
Quem eram os evangelistas? Há lógica em seus escritos? Como foram compostos
esses livros? Com estas questões, introduzimos os quatro Evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas
e João –, os primeiros livros do Novo Testamento.
2. CONCEITO
Evangelho é a tradução portuguesa da palavra grega Euangelion que foi
notavelmente enriquecida de significados. Para os gregos mais antigos ela indicava a "gorjeta"
que era dada a quem trazia uma boa notícia. Mais tarde passou a significar uma "boa-nova",
segundo a exata etimologia do termo.
Os Quatro Evangelhos – Desde os primeiros anos do cristianismo preferiu-se falar de
"Evangelho", no singular, também quando se referia aos livros. Isto porque os escritos dos
apóstolos traziam todos o mesmo e idêntico "alegre anúncio" proclamado por Jesus e
difundido oralmente. Quando se desejou, porém, indicar de maneira específica cada um dos
quatro livros, encontrou-se uma fórmula particularmente eficaz e significativa: "Evangelho
Segundo Lucas", "Evangelho Segundo Mateus", "Evangelho Segundo Marcos" e "Evangelho
Segundo João". Desse momento em diante, o singular e o plural se alternam para indicar, um a
identidade do anúncio, o outro a diversidade de forma e redação. Ficará, porém, sempre viva a
convicção de que o Evangelho é um só: o alegre anúncio de Jesus. (Battaglia, 1984, p. 25 e 26)
Cânon é a palavra que, nas línguas orientais (dos quais se deriva) e em grego, designa
a regra, a medida e, por extensão, o catálogo. Em linguagem bíblica, significa os catálogos dos
livros sagrados.
Vulgata é o nome dado à tradução latina dos textos bíblicos devida a São Jerônimo
(420), o novo texto assim apresentado aos cristãos em breve se tornou de uso comum; donde
o nome de vulgata (forma) que tomou. Antes de Jerônimo já existia outra tradução latina,
comumente chamada Vetus latim ou pre-jeronimiana. (Bettencourt, 1960)
3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Jesus, quando esteve encarnado entre nós, há dois mil anos, traçou-nos os
fundamentos morais para a nossa conduta ética. Ele não nos deixou nada escrito. Todos os
seus ensinamentos foram transmitidos oralmente. Na época, e mesmo hoje, a palavra oral
tinha muito mais força do que a palavra escrita. No discurso oral, usamos gestos, os efeitos
sonoros da voz, a repetição persuasiva e muito mais. De certa forma, a escrita é estática,
dependendo muito mais do entendimento de quem lê.
Nas aulas, os mestres apelavam para a memória de seus discípulos e procuravam
facilitar-lhes a tarefa redigindo suas ideias em sentenças ritmadas quase cantantes, aptas a se
guardar na mente dos ouvintes. Este método de ensino é denominado de catequese, palavra
grega que significa "ressonância". O mestre devia fazer ecoar amplamente as suas sentenças.
Catequizado era aquele a quem haviam feito ressoar os termos da doutrina.
As prédicas de Jesus foram ouvidas pelos seus seguidores, mas redigidas muito
tempo depois de sua morte. Dentre os diversos evangelhos existentes, apenas quatro foram
considerados canônicos, ou seja, considerados sagrados e de inspiração divina. Os outros
foram classificados como apócrifos. Os quatro Evangelhos são: o Evangelho segundo Mateus, o
Evangelho segundo Marcos, o Evangelho segundo Lucas e o Evangelho segundo João.
4. CADA UM DOS QUATRO EVANGELHOS
4.1. O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS
Mateus, o publicano ou o cobrador de impostos, recolheu a pregação apostólica
palestinense e escreveu para os judeus convertidos ao cristianismo. O Evangelho de Mateus é
o primeiro dos quatro. É também o mais estudado e comentado, em vista da catequese global
85
e eclesial que o caracteriza. Esta catequese mostra que o escândalo da morte na cruz fazia
parte do plano de Deus para a salvação da humanidade. Mateus traça a vida histórica e
cronológica de Jesus, enaltecendo o trabalho de pregação (kerygma) do Reino dos Céus.
Dividiu-o em cinco partes: 1) fundação do Reino dos Céus; 2) o Reino dos Céus em ação (os
milagres); 3) o mistério do Reino dos Céus (figura velada das parábolas); 4) Reino como
comunidade visível e organizada (Pedro é a pedra angular da "Igreja"); 5) aspecto escatológico
do Reino dos Céus (implantação deste na terra). (Battaglia, 1984).
4.2. O EVANGELHO SEGUNDO MARCOS
O Evangelho de Marcos vem em segundo lugar, embora haja dados enciclopédicos
que o colocam como o primeiro Evangelho. Não teve o mesmo êxito dos outros, porque o seu
material estaria mais desenvolvido em Mateus e Lucas. Santo Agostinho fala que o Evangelho
de Marcos é o resumo do de Mateus. A sua autoridade está fundamentada na narração de
Pedro, testemunha ocular dos fatos. (Battaglia, 1984)
4.3. O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS
O Evangelho de Lucas é o terceiro Evangelho. Foi o que explicitou a sua intenção:
escrever uma histórica de Jesus. É um Evangelho para os helenistas, pois é o único escritor que
veio do paganismo. Todos os outros são de origem judaica. Sua cidade de origem é Antioquia e
foi nessa cidade que surgiu o termo "cristão" para designar os seguidores de Jesus. Este
Evangelho como o de Marcos, é de segundo plano, pois viveu à sombra do apóstolo dos
gentios, Paulo. A sua catequese fundamenta-se em Jesus como salvador, as lições da cruz e o
poder da ressurreição. (Battaglia, 1984)
4.4. O EVANGELHO SEGUNDO JOÃO
O Evangelho de João, cunhado como o "Evangelho Espiritual", aparece em quarto
lugar. Ele queria penetrar na profundidade do verbo de Deus, o verbo que se fez carne, ou
seja, o verbo encarnado em Jesus. O apelido "Evangelho Espiritual" deveu-se a Clemente de
Alexandria, que disse: "João, o último de todos, vendo que o aspecto material da vida de Jesus
fora ilustrado por outros Evangelhos, inspirado pelo Espírito Santo e ajudado pela oração dos
seus, compôs um Evangelho Espiritual". (Battaglia, 1984)
5. OS EVANGELHOS SINÓTICOS
5.1. O EVANGELHO É UM SÓ, O ALEGRE ANÚNCIO
Em realidade, o Evangelho é um só, o alegre anúncio. Como esse alegre anúncio foi
feito por diversas pessoas, para cada uma dessas pessoas torna-se um Evangelho, que
reunidos formam os Evangelhos. Entre eles, há alguns que se assemelham (Mateus, Marcos e
Lucas) e, por isso, são chamados de sinóticos (do grego sýn, "junto" e opsis, "visão"). O
Evangelho de João não segue o padrão desses três. Isto permite que as concordâncias dos três
evangelistas sejam impressas em forma de synopsis (sinopse).
5.2. SEMELHANÇA DE CONTEÚDO
À diferença de João, os três sinóticos dispõem o currículo da vida pública de Jesus
segundo uma esquema muito simples, assim concebido: após o seu batismo, o jejum de
quarenta dias e as tentações no deserto, Cristo prega na Galiléia, tendo como centro
missionário a cidade de Cafarnaum; decorrido quase um ano de ministério, o Senhor desce à
Judéia, passando em Jerusalém a sua última semana, no qual padeceu, morreu e ressuscitou
(O Divino Mestre teria pregado durante um ano apenas, conforme os sinóticos)
5.3. ALGUMAS ESTATÍSTICAS
O Evangelho de Mateus consta de 1.070 versículos aproximadamente, dos quais 330
lhe são próprios, 170 comuns com Marcos apenas, 230 comuns com Lucas somente e 340
86
comuns com Marcos e Lucas. Marcos escreveu 667 versículos, dos quais 68 lhe são próprios.
Lucas, perto de 1.151 versículos, dos quais 541 são característicos de seu livro.
Conclui-se:
a) Mateus tem como propriedade sua cerca de uma terça parte do respectivo
Evangelho; Marcos cerca de um décimo, Lucas aproximadamente metade.
b) dividindo-se o conteúdo dos três sinóticos em seções, verifica-se que Mateus tem
de próprio 42% desse material; Marcos, 7% e Lucas, 59%. (Bettencourt, 1960)
5.4. A CONTRIBUIÇÃO DO ESPÍRITO EMMANUEL
"As peças nas narrações evangélicas identificam-se naturalmente, entre si, como
partes indispensáveis de um todo, mas somos compelidos a observar que, se Mateus, Marcos
e Lucas receberam a tarefa de apresentar, nos textos sagrados, o Pastor de Israel na sua feição
sublime, a João coube a tarefa de revelar o Cristo Divino, na sua sagrada missão universalista".
(Xavier, 1977, pergunta 284)
6. CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS DOS EVANGELHOS
6.1. TEORIA DAS DUAS FONTES
Houve uma tradição oral, sendo a sua transcrição redigido de acordo com o modo de
cada evangelista. Estes parecem ultrapassar as possibilidades da memória. Impõe-se admitir a
tradição escrita, que melhor explique a mencionada afinidade. Cada um dos evangelistas deve
ter haurido dessa documentação escrita o respectivo material. Por isso a interdependência
direta dos sinóticos.
A teoria das duas fontes é devida à: 1) um compêndio dos feitos de Jesus, que seria a
forma primitiva do Evangelho de Marcos; 2) uma coletânea de frases e sermões de Cristo
atribuída a Mateus. (Bettencourt, 1960).
6.2. DISPOSIÇÃO DAS SEÇÕES
Existem pequenos blocos literários já forjados anteriormente à redação dos
Evangelhos e inseridos como tais sem desmembramento, nas narrativas dos três sinóticos.
Verifica-se que os mesmos fatos são, por vezes, narrados com as mesmas palavras nos três
sinóticos.
6.3. EXEMPLOS
a) Na oração do "Pai Nosso", há 7 petições em Mateus; em Lucas, 5.
b) Mateus fala em 8 bem-aventuranças; Lucas em quatro. (Bettencourt, 1960)
7. CONCLUSÃO
Procuramos fazer uma síntese dos quatro Evangelhos. Resta-nos, por fim dizer, que
um estudo mais aprofundado de cada um deles propiciar-nos-á um melhor conhecimento do
ministério de Cristo.
87
HEBRAICO DO ANTIGO TESTAMENTO
A Bíblia foi originariamente escrita em três idiomas: hebraico, aramaico e grego. A
maior parte do Antigo Testamento foi escrita em hebraico, com algumas porções de Daniel e
Esdras em aramaico. O Novo Testamento foi inteiramente escrito em grego.
Embora a Bíblia seja o livro mais traduzido para o maior número de línguas do mundo, com
as sociedades bíblicas investindo continuamente tanto na revisão como no preparo de novas
traduções – inéditas em algumas línguas ou incrementando o número de traduções já
existentes em outras – a longa história desse processo atesta que, na medida em que essas
traduções se distanciavam das línguas originais e do seu contexto, os estudiosos da Bíblia
sentiam uma necessidade contrária de resgatar o conhecimento que lhes permitisse entrar em
contato direto com a forma original do texto e, assim, verificar a consistência das suas
traduções.
O fato de existirem hoje diversas traduções bíblicas numa mesma língua (quer as intenções
editoriais para a sua existência sejam legítimas ou não) prova que o avanço do conhecimento
das línguas originais tem permitido não apenas resolver questões de ambiguidade morfológica
e sintática, mas também apreender um “modo” peculiar de expressão “intraduzível” que, a
nível exegético, pode ser determinante para o entendimento de um texto.
Toda língua possui um contexto cultural, social e histórico que se limita, em geral e
principalmente, ao povo que fala essa língua. Esse contexto é responsável não só pelo
vocabulário, mas expressões significativas (os “idiotismos”) e pelas preferências que, dentro de
uma gama de possibilidades, podem mudar de tempos em tempos. Todo esse referencial só
pode ser parcialmente traduzido para outra língua – pelo menos de maneira em que a língua
receptora da tradução não seja “ferida” em seus próprios referenciais. Por esta causa, os
dicionários bíblicos geralmente precisam dedicar vários tópicos à explicação e contextualização
de expressões que, pelo simples conhecimento da língua original, estariam claros e definidos
para o estudante.
Hoje, o estudo das línguas originais da Bíblia conta uma ampla variedade de recursos,
desde as bíblias propriamente, impressas em diversos modelos (bíblias poliglotas, bíblias de
referência, etc.), até o material didático para o aprendizado (gramáticas e manuais, dicionários
e léxicos, etc.). Muito desse material se encontra em português e a preços relativamente
acessíveis.
ALFABETO HEBRAICO
NOME
FORMA
TRANSLITERAÇÃO PRONÚNCIA
Aleph
‫א‬
'
muda (como h de "homem")
Bet
‫ּב‬
b
b
Gimel
‫ּג‬
g
sempre duro (como em "gato" ou
"guerra")
Dalet
‫ּד‬
d
d
He
‫ה‬
h
h aspirado (como em inglês, "house")
Vav
‫ו‬
v
v
Zain
‫ז‬
z
z
Het
‫ח‬
h
h fortemente aspirado (como j espanhol,
88
"hijo")
Tet
‫ט‬
t
t enfático
Yod
‫י‬
y
i semivocálico (como em "Maio")
Kaph
‫ּכ‬
k
k
Lamed
‫ל‬
l
l sempre consonantal
Mem
‫מ‬
m
m sempre consonantal
Nun
‫נ‬
n
n sempre consonantal
Samekh
‫ס‬
s
s
Ain
‫ע‬
`
praticamente muda (como 'aleph)
Pe
‫ּפ‬
p
p
Tsade
‫צ‬
ts
junção de t e s numa só pronúncia
Qoph
‫ק‬
q
k enfático
Resh
‫ר‬
r
r sempre vibrante (como em espanhol)
Shin (ou Sin)
) ‫ׁש ( ׂש‬
sh (ou s)
sh, ch ou x (ou s, como samekh)
Tav
‫ּת‬
t
t
OS SINAIS VOCÁLICOS
A primeira tentativa de se fazer representar as vogais na escrita foi através do uso de certas
letras ditas "vocálicas", a saber, vav e yod e, ao final da palavra, he.
O sistema massorético de sinais tornou mais precisa essa representação gráfica, não
apenas dos sons vocálicos, mas ainda de outros aspectos fonéticos até então ignorados na
escrita.
As letras vocálicas, por sua vez, continuaram a se empregar nesta função peculiar de
vogais, mas agora acrescidas do sinal massorético - que lhes dá um timbre mais preciso.
Obs.: A letra 'aleph é usada no quadro a seguir apenas para ilustrar a posição dos sinais em
relação à consoante.
SINAIS MASSORÉTICOS (VOCÁLICOS)
NOME
FORMA
TRANSLITERAÇÃO PRONÚNCIA
Qamets
ָָ‫א‬
ā
a longo (fechado)
Tsere
‫אֵ י‬
ê
e longo (fechado)
Hireq
‫אִ י‬
î
i longo
Holem
‫אֹו‬
ô
o longo (fechado)
Shureq
‫אּו‬
û
u longo
Patah
ַָ‫א‬
a
a breve (aberto)
89
Segol
ֶָ‫א‬
e
e breve (fechado)
Hireq
ִָ‫א‬
i
i breve
Qamets
ָָ‫א‬
o
o breve (fechado)
Qibbuts
ָֺ‫א‬
u
u breve
As vogais longas ê, î, ô e û, além da escrita plena (que combina uma letra vocálica com um
sinal massorético) possuem também uma escrita defectiva:
ֵָ‫אֵ י>א‬
ִָ‫אִ י>א‬
ֹ‫א‬
ָ >‫אֹו‬
ָֺ‫אּו>א‬
Obs.: A transliteração, neste caso, se faz com a vogal encimada por um traço (como o a
longo), e não pelo acento circunflexo: ê (escrita plena), (escrita defectiva).
Note-se também que a letra he serve à escrita plena das seguintes vogais longas:
‫ָאה‬
‫אֵ ה‬
‫אֶ ה‬
‫א ֹה‬
Obs.: Em todos os casos de escrita plena, a letra vocálica jamais se pronuncia, restando
apenas o som da vogal que lhe corresponde.
(Lições de Hebraico Bíblico, 2010 Rodrigo Reis de Faria, acesso 27/01/2012 disponivel:
<http://rodrigoreisdefaria.vilabol.uol.com.br/index-heb.htm>)
AS PRIMEIRAS PALAVRAS EM HEBRAICO
90
É importante que se siga sempre da direita pra esquerda, não esqueça o Hebráico é um idioma
semítico, e é lido assim.
L
I
S
T
A
D
E
P
R
O
N
O
Exemplos de frases
91
M
E
S
P
E
S
S
O
A
I
S
QUAL O NOME DE DEUS?
Na Bíblia, Deus é chamado por vários nomes: ELOHIM )‫(אֱ לֹוהִ ים‬, que significa “Deus”; ELÔAH
)ַָ‫(אֱ לֹוה‬, que significa “Deus”; EL )‫(אֵ ל‬, que significa “Deus”; ELION )‫(עֶ לְיֹון‬, que significa
“Altíssimo”; SHADAY )‫(ׁשַ ּדָ י‬, que significa “Onipotente”; ADONAY )‫(אֲ דֹונָי‬, que significa “Senhor”
e YAHVEH )‫(י ַהְ ו ֶה‬, que significa “Ele faz existir”.
Este último nome, YAHVEH, é o único nome que é realmente o nome próprio de Deus. Os
outros nomes são mais títulos do que nomes propriamente.
Este nome é derivado da forma causativa do verbo hebraico HAVAH )‫(הָ ו ָה‬, que significa “ser”,
ou “existir”.
HOMILÉTICA
Esta Obra consiste nos acervos de todos os resultados de nossas pesquisas e de todas
as nossas experiências adquiridas entre os anos de 1994 – 2013, relacionadas à transmissão do
Evangelho de Cristo. O nosso propósito, em lançar esta Matéria, é auxiliar os atalaias de Deus
na pregação e nos ensinamentos da Santa e Bendita Palavra do Senhor. Há um grande grupo
de pessoas que foram chamadas para transmitirem as Boas Novas de Salvação que precisam
de algumas lapidadas. E com amor, e muito cuidado, pretendemos colaborar, com os mesmos,
atribuindo-lhes a nossa parcela de lapidação. E o número de pessoas que são portadoras de
dons, para esse Ministério, e não sabem que os tem, julgo-me que seja, ainda, maior. E nós,
pretendemos ajudá-los a encontrar o maravilhoso dom da preleção sacra, para que, os tais,
venham a exercê-los.
Este nosso interesse em promover um auxílio, especial, aos pregadores e aos
ensinadores das Doutrinas da Bíblia Sagrada, é inspirado em um dos ensinamentos de Paulo,
registrado em 1ª Coríntios (14 v 40), que diz “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem”.
A ciência responsável pelos estudos desta área é denominada, Homilética. A qual se
trata da Arte de preparar sermões religiosos e transmiti-los publicamente. A sua base é a
92
Homilia, que se refere à prática da transmissão dos assuntos religiosos. Primitivamente, seria
um discurso, tão somente, sobre a moral. Mas como interlocução religiosa, fala-se sobre a arte
de falar bem, e com resultados positivos, nos púlpitos das igrejas. Onde pode se falar da moral,
mas, principalmente, de todos os conselhos de Deus.
Temos neste exemplar, lições valiosíssimas, para que, o teu ministério seja ainda
mais brilhante e próspero. Mas desde já nós te advertimos: para ter sucesso, nesta área, é
preciso conhecer e colocar em prática, os três segredos, essenciais, que estamos te revelando:
“1 Orar (sem cessar), 2 Estudar (a teste livro) e 3 Treinar, treinar, treinar e treinar”... Só se
aprende fazendo.
Para a composição desta matéria nós abordamos os seguintes pontos: pregação e
ensinamento, o preletor, elementos pré-textuais, elementos textuais (desenvolvimento),
elementos pós-textuais, e sermões.
Antes de adentrarmos no desenvolvimento deste Livro, apresentarei o que Deus Pai,
Jesus Cristo e o Espírito Santo esperam de cada um de nós:
Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que
vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome
pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. (JOÃO 15:16)
1.
PREGAÇÃO E ENSINAMENTO
Neste capítulo vamos tirar as dúvidas de muitos, com respeito, à pregação e ao
ensinamento. De forma clara mostraremos a grande distinção, entre ambos.
Biblicamente, é muito grande a necessidade, da transmissão da Palavra de Deus. Para
esta demonstração utilizarei um texto bíblico, composto por três veículos, e salientarei apenas
dois fatores importantíssimos, nos mesmos:
1º Pregar e ensinar a Bíblia Sagrada é o único mandamento em que Cristo fez questão
de ultrajar de todo o Seu Poder nos céus e na terra, em legislar;
2º O referido Mandamento é composto por duas corretas interpretações, a saber, “Ide
e ensinai” e “Ide e pregai”.
Mateus (28:18-20):
E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que
eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.
Na complementação deste capítulo trataremos sobre seis assuntos importantíssimos,
a saber: a Distinção entre pregação e ensinamento, graus de pregação e de ensinamento,
verbalmente, interlocução para pequenos e médios grupos, preleção para grandes grupos, e a
necessidade da igreja e dos descrentes.
1.1.
DISTINÇÃO ENTRE PREGAÇÃO E ENSINAMENTO
Há uma importante distinção entre pregação e ensinamento. Em seu Ministério
Terreno, em primeiro lugar, Cristo ensinava e, em segundo, Ele pregava (Mateus 4: 23-25; 9:
35). Alguns teólogos chegam a afirmar, que oitenta por cento, de todo o seu Ministério neste
mundo, foi voltado ao ensinamento, da Palavra de Deus, e vinte por cento, voltado à pregação
e aos sinais sobrenaturais.
1.1.1. PREGAÇÃO
93
Mateus (10:7). “E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus”. A pregação, no
nosso caso, a bíblica, não é uma palestra, mas sim, uma mensagem. Não com o objetivo de
ensinar, mas de: avisar (Mateus 28: 9), notificar (Atos 28: 15), alertar (Hebreus 4: 2, 6),
prometer, ou oferecer (Romanos 10: 15), alegrar (Lucas 1: 19; 2: 10), despertar as esperanças
(1ª Tess 3: 6) e etc..
Nas pregações quando o pregador repete muito, as palavras, ou as frases, faz com que
elas ficam muito insuportáveis.
As pregações é como se fosse um banquete de uma festa. O crente precisa dela, mas é
de quando, em quando. Porque se fôssemos viver, fisicamente, só de banquete de festa,
viveríamos mal e pouco tempo. Porque o colesterol alto, o diabete, a gastrite, e muitas outras
doenças eram certos. No sentido espiritual é igualmente, viver, tão somente, de pregação,
vivem-se mal e pouco, porque as doenças do espírito acumular-se-iam.
1.1.2. ENSINAMENTO
O ensinamento, no nosso caso, o bíblico, se trata de uma palestra, e não de uma
mensagem. Ele tem o objetivo de instruir a igreja em tudo quanto se tange a Bíblia Sagrada, o
Reino dos Céus, Deus, o Plano da Salvação, a maneira de viver e etc.. O seu alvo é fazer, com
que, cada membro do Corpo de Cristo esteja plenamente, convicto, das normas da Salvação da
alma, das exigências de divinas, da Obra Missionária, da Fé, das provações, das nossas
responsabilidades, e de outros fatores.
Onde que o ensinador, com sabedoria, às vezes, precisa repetir algumas palavras, ou
frases, para evitar certas confusões, ou uma má interpretação, ou para aplicar assuntos, que o
mesmo, julga mais importantes.
O ensinamento bíblico é a nossa alimentação espiritual (Mateus 4: 4). Assim,
podemo-nos crescer nutridos, na Graça e no Conhecimento de Cristo Jesus. Ele é o básico, é o
conteúdo, principal, para que o crente possa viver bem e forte espiritualmente. Veja o que
ensinou o escritor aos Hebreus (5:13-14) “Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não
está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para
os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o
bem como o mal”.
1.2.
GRAUS DE PREGAÇÃO E DE ENSINAMENTO
Não iremos tratar, neste item, sobre métodos e nem sobre estilos de transmissão da
Palavra de Deus, mas, de apenas, graus. Há três graus de se pregar e de ensinar, a Bíblia
Sagrada, a saber: verbalmente, interlocução para pequenos e médios grupos e preleção para
grandes grupos. E Deus tem pessoas específicas para cada um destes graus de transmissão da
Sua Santa e Bendita Palavra.
1.2.1. VERBALMENTE
O grau, em apreço, consiste em pregar, ou em ensinar, verbalmente, as Boas Nonas do
Evangelho Paz. Fala acerca do transmissor que se assenta com uma, ou com mais pessoas,
para lhes transmitir a Palavra de Deus. Este grau de transmissão é o que causa mais efeito, nos
ouvintes, porque os mesmos sabem que o ministrante estar falando é com eles mesmos.
1.2.2.
INTERLOCUÇÃO PARA PEQUENOS E MÉDIOS GRUPOS
Este grau refere-se à pregação, ou ao ensinamento da Palavra de Deus, para pequenos
e médios grupos. Diz a respeito daquelas pessoas que já tem um bom desempenho em um
94
púlpito ao fazer uma interlocução para dezenas, ou centenas de pessoas. Este grau de
transmissão, não tem o poder que tem a interlocução onde se olha no olho do ouvinte, mas já
alcança certas multidões.
1.2.3. PRELEÇÃO PARA GRANDES GRUPOS
Neste item, apresentar-te-ei o transmissor da Palavra de Deus, para grandes grupos.
Ora, fala se acerca daquelas pessoas que tem um excelente desempenho, em um púlpito, ao
falar para centenas, ou milhares de ouvintes. Devido o nome e a fama, de tal transmissor, faz
com que, às vezes, a Palavra tenha um grande efeito positivo.
1.3.
NECESSIDADE DA IGREJA E DOS DESCRENTES
A igreja precisa de, aproximadamente, oitenta por cento de ensinamento bíblico e de
vinte por cento da pregação. Os crentes que frequentam, constantemente, os trabalhos de
ensinamentos tem mais chance de serem exemplos, para os demais; são mais fortes,
espiritualmente; e são munidos quanto às heresias e aos falsos profetas.
Crentes que priorizam mais a pregação, em vez dos ensinamentos, têm menos
condição para dar bons exemplos; são mais fracos, espiritualmente, e estão desprotegidos das
heresias e dos falsos profetas.
Os descrentes precisam de oitenta por cento de pregação, e de vinte por cento de
ensinamento. Se formos ensiná-los, em vez de lhes pregar, pode acontecer deles nunca se
converter ao Evangelho.
Mas, todavia, já ganhei almas para Cristo em cursos teológicos. Porque o linguajar
teológico não é tão ofensivo. É importante ensinar para o descrente a Soteriologia (Doutrina
acerca da Salvação), a Hamartiologia (A Doutrina acerca do pecado), Cristologia. Mas quando
se tange a aos cultos de doutrinas, não o mais indicados para os descrentes.
2.
O PRELETOR
Um preletor, evangélico, se trata de um obreiro voltado à interlocução sacra, na
igreja. São pessoas que exercem cargos eclesiásticos, e que ensinam, ou pregam a Palavra de
Deus.
Neste capítulo, abordarei os seguintes pontos: Atributos de um candidato ao
sacerdócio judaico, obreiro eclesiástico, autoridade do preletor, a primeira maior autoridade
visível e palpável, a segunda maior autoridade na igreja local, a terceira maior autoridade na
hora da transmissão da Palavra de Deus e as atitudes de um autêntico pregador.
2.1. ATRIBUTOS DE UM CANDIDATO AO SACERDÓCIO JUDAICO
Na Dispensação da Lei, um obreiro, na categoria de sacerdote, teria que passar por,
pelo menos, quatro processos. Três deles eram naturais e um era aprendido, zelado e
preservado. E se a maioria dos processos era naturais, isto significa, que os candidatos ao
Santo Ministério não teriam que fazer muita coisa, era só deixar acontecer. Mas quanto a um
deles, era preciso muito esmero.
Veja os processos:
2.1.1.
UM CANDIDATO AO SACERDÓCIO JUDAICO PRECISAVA
a) SER JUDEU: Qualquer pessoa poderia se converter ao Judaísmo. Assim, ala
passava a ser um prosélito. Mas jamais, essa pessoa poderia a se candidatar ao Ministério
Judaico. Só é que, ser judeu não era o suficiente.
b) SER LEVITA: Levita, refere-se a um judeu da família de Levi, filho de Israel. O
segundo processo para alguém ser um sacerdote, na Antiga Aliança, era ser um levita. Mas
95
mesmo assim, não era o bastante. Um levita já trabalhava no templo, mas, não era tudo para
exercer o Ministério Sacerdotal.
c) SER DA FAMÍLIA DE ARÃO: Para ser um candidato, ao Sacerdócio, o levita
precisava ser da família de Arão. Com esses atributos, um homem estaria no caminho certo
para galgar um cargo sacerdotal no templo judaico.
d) SER EXEMPLO ESPIRITUAL, PSICOLÓGICO E FÍSICO: Todavia, um judeu; levita;
da família de Arão; que teria um bom testemunho, diante do povo, e que teria estrutura para
ajudar o povo no sentido espiritual e psicologicamente, era um grande favorito ao Sacerdócio.
Mas, porém, ele não poderia ter nenhum defeito biológico, ou acidental, em parte alguma do
seu corpo.
e) RESUMINDO: Um sacerdote judaico, já nasceria para aquele fim.
2.2. OBREIRO ECLESIÁSTICO
E como o principal objetivo da Lei era apontar para uma realidade futura, leiamos
Hebreus (10:1):
Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas,
nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar
os que a eles se chegam.
Podemos classificar também quatro processos, imprescindíveis, aos candidatos ao
Ministério Eclesiástico atual. Confira:
a) CONVERTIDO AO EVANGELHO: É evidente, que um aspirante, à membresia do
Ministério da Igreja, seja convertido ao Evangelho. Pois, como alguém pregará o genuíno
Evangelho, sem ser convertido ao mesmo? Além de convertido, essa pessoa deve ser um
excelente exemplo para os judeus, para os gentios e para a igreja (1ª Coríntios 10: 32).
b) TER A CHAMADA DE DEUS PARA ESSE FIM: É necessário, que a pessoa tenha a
convicção da sua chamada divina, para essa missão. De alguma forma ela precisa receber esta
chamada de Deus, nitidamente. Além, das manifestações sobrenaturais, exemplos: sonhos,
visões, profecias; o candidato ao Santo Ministério da Igreja precisa sentir o seu coração arder
de amor pela Obra do Deus Onipotente.
c) SER CAPACITADO: Esta capacitação é composta por três fatores importantes, a
saber: unção, teoria e prática. Para se obter a unção, o único meio é orar e jejuar (com zelo),
na medida correspondente. Para ter a teoria, é necessário: Ler a Bíblia Sagrada, não perder
trabalhos de ensinamentos bíblicos, fazer cursos teológicos, fazer cursos de capacitação e ler
bons livros. E para possuir a prática é preciso fazer. E o correto não seria já fazer, indo,
diretamente, ao campo de batalha. O obreiro precisa treinar primeiro, antes de ir. O seu líder
eclesiástico precisa dar-lhe oportunidade para treinar administrar as responsabilidades divinas.
Chega deste mal, o qual, os obreiros aprenderem com os erros e a Igreja de Cristo sofrendo
grandes prejuízos.
d) E SER ENVIADO: Após passar por esses processos, no tempo de Deus, esses
obreiros serão enviados. O Senhor precisa ser o Dono do tempo e do envio. Veja o que Lucas
relatou:
E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé
e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles
as mãos, os despediram. Atos (13:2-3).
e)
RESUMINDO: Um obreiro, deve já nascer para esse propósito.
2.3. AUTORIDADE DO PRELETOR
96
É comum depararmos com preletores que não tem nenhuma responsabilidade pela
igreja; nunca perdeu uma noite de sono, preocupado e orando, devido um problema, na
mesma; não conhece o trabalho que deu para certas vidas estar ali; não entende o preço que
obreiro precisa pagar, para estar diante daquele povo, dizer “Quem manda aqui é o Espírito
Santo, eu só vou falar e parar, na hora que Ele mandar”.
Estas pessoas se esquecem de que o Espírito do Senhor, não é: Adolfo Hitler,
Lampião, Nero, ou algum outro carrasco, ou injusto, de maneira, que Ele não tenha nenhuma
consideração, ou aliança pelos pastores, que O mesmo, colocou sobre a Noiva do Cordeiro.
Na grande maioria das vezes, quando os tais estão pregando, só há barulho,
equivocação, enganação e precipitação. Depois a igreja sai do mesmo jeito, que chegou, ou
pior. E não há uma transformação moral, ou espiritual na vida de ninguém.
A função primordial do Espírito Santo é “convencer as pessoas do pecado da justiça
e do juízo” (João 16: 8-11), portanto, quando não há mudança de vida, e para melhor, não há
operação do Santo Espírito.
Muitos preletores precisam saber que para o Espírito Santo usá-los, de verdade,
eles devem conhecer, entender e aceitar as três maiores autoridades, visíveis na face da terra:
2.3.1.
A PRIMEIRA MAIOR AUTORIDADE VISÍVEL E PALPÁVEL
A primeira coisa que um transmissor da Palavra de Deus, precisa saber, é que a
maior autoridade palpável e visível, na face da terra, é a Bíblia Sagrada. Portanto, tudo
ensinado e pregado precisa estar de acordo com Ela. E para que uma doutrina, ou uma teoria,
esteja de acordo, com as Sagradas Escrituras, é imprescindível, que elas tenham um seguro
aval das Epístolas.
2.3.2.
A SEGUNDA MAIOR AUTORIDADE NA IGREJA LOCAL
Indubitavelmente, essa segunda maior autoridade, visível, é o pastor local; o
mesmo representa todo o Ministério, da referida igreja. Leiamos Hebreus (13:17):
Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas,
como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo,
porque isso não vos seria útil.
Mesmo assim, a maioria dos preletores atuais, nem pede a permissão do anjo da
Igreja, e dizem “com a permissão do pastor fiquem em pé, que vou orar por vocês”... Isto é,
sem que o pastor tenha permitido.
2.3.3.
PALAVRA DE DEUS
A TERCEIRA MAIOR AUTORIDADE NA HORA DA TRANSMISSÃO DA
Trata-se de um grande erro, e de um terrível pecado ensinar, ou pregar algo que
não vive. Assim, o pregador, enquadra na classe dos fariseus (Mateus 23: 4). A única e
autoridade de um obreiro é o seu exemplo. Veja 1ª Pedro (5:2-3):
Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por
força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo
domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
Portanto, ó preletores, a única autoridade que tem um interlocutor em uma igreja
que não fora confiada a ele o pastoreio, é o seu exemplo!
2.4. ATITUDES DE UM AUTÊNTICO PREGADOR
97
O Espírito Santo age “convencendo” as vidas . Para que o pregador trabalhe de
igualdade com Ele, também terá que usar a tática de persuasão. Todo soldado, na batalha,
precisa usar as suas estratégias de guerra. Todo pescador, na pesca, utiliza as suas
experiências. Até mesmo, o agricultor, precisa manusear as suas ciências. Com a pregação e
com o ensinamento do Evangelho, também, não é diferente, é imprescindível a utilização de
estratégias, de experiências, e de muita sabedoria. Veja como Paulo ensinou “E calçados os pés
na preparação do evangelho da paz” ;
Sem contaminarmos com o pecado, é preciso fazer de tudo, para ganhar as vidas
para Cristo. Assim, agia o Apóstolo Paulo:
Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais.
E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei,
como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão
sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de
Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os
fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto
por causa do evangelho, para ser também participante dele. 1ª Coríntios (9:19-23).
As mensagens sagradas não se resumem na emissão de voz, e na articulação de
gestos. Elas precisam ser vividas e interpretadas. Isto é falar através do coração, da feição, do
carisma, do olhar, dos gestos e etc..
3.
ELEMENTOS PRETEXTUAIS
Os elementos pré-textuais, consistem se em quatro fatores, imprescindíveis, que
antecedem o desenvolvimento do discurso. Os seus objetivos são: apresentar, reger, qualificar
e autenticar, o mesmo. E na construção deste capítulo iremos apresentar o alvo, o tema, o
texto e a introdução, relacionados a um sermão.
3.1.
O ALVO
O alvo de um sermão se trata do grupo de pessoas que o Interlocutor pretende
alcançar. Há, pelo menos, dez alvos, a saber: geral, infantil, adolescentes, jovens, varonis,
idosos, descrentes, desviados, pastorais e fúnebres.
3.1.1. GERAL
As mensagens que visam alcançar os povos, de uma maneira geral, são as que
abordam os seguintes temas:
a)
Soluções de problemas,
b)
Curas divinas;
c)
A Segunda Volta de Cristo,
d)
E etc.
3.1.2. INFANTIL
Este tipo de mensagem visa alcançar as crianças, portanto, o preletor (a), precisa se
fazer também de criança. Mas isto não é problema para um autêntico transmissor (a) da
Palavra de Deus, visto que, pregar não se limita em emitir som e em articulação, mas em
interpretar a mensagem. Que é pregar com o coração, falar através de cada gesto e ter uma
carismática presença de púlpito. Então, se fazendo de crianças, o pregador (a), ou ensinador
(a) precisa, ter o olhar, os gestos, o linguajar e as atitudes correspondentes. Somente assim,
98
esses públicos ficam a vontade, para que possam prestar a suas atenções e em seguida,
receber e aprender, a respectiva, mensagem.
Estas mensagens precisam ser efetuadas em forma de louvor (voltado às crianças), de
brincadeiras e de teatro. A elocução deve o mais breve possível.
Observação: Não lhes prometa nada, que não possa cumprir. Esse se trata de um
público fiel, caso não, perda a confiança do seu interlocutor.
3.1.3. ADOLESCENTES
Estes sermões são voltados para os adolescentes. Um público curioso, que sonha
acordado, com a independência e gosta de novidades. Então, o Interlocutor (a) precisa de um
tema que estimula as suas curiosidades; que lhe traz uma esperança, mas, mostra, também, a
importância dos cuidados paternos; e recheada de novidades.
Com estas estratégias, é bom lembrar de que é preciso fazê-los rir. A mensagem
requer muito humor. Fazendo assim, ao marcar outra reunião, eles estarão prontos a estarem
presentes. Observação: Eles gostam muito de filmes.
3.1.4. JOVENS
Jovens têm muito vigor, sua mente estar apta para profundos conhecimentos e gostam
de desafios. Portanto, para atraí-los é imprescindível um interlocutor bem carismático, com
uma mensagem bastante animada, com profundos conhecimentos e desafios.
3.1.5. VARONIS
Esta faixa etária se inicia com o casamento e conclui com a terceira idade, mais
especialmente, com aposentadoria. Para grande maioria dos varonis o seu vigor e a sua
preocupação ficam mais voltados ao trabalho e à família.
Eles são mais interessados em assuntos confirmados e garantidos. Assim, as
interlocuções que lhes chamam a atenção, são mensagens ilustradas com testemunhos de
conquistas e de soluções de problemas, fatos verídicos, manchetes e etc..
3.1.6. IDOSOS
Na terceira idade, não se preocupam tantos com gritos, pulos, e profundidades. Nesta
fase da vida as pessoas querem ouvir alguém que fale com muita sinceridade, segurança e trás
uma mensagem recheada de testemunhos de curas.
É importante, sempre descrever o tempo da sua época, como por exemplos, as casas,
o trabalho, os rios, as dificuldades, a segurança e valorizá-los com elogios. Idosos gostam de
carinho e cuidado. Eles precisam se sentir seguros.
3.1.7. DESCRENTES
Neste item se trata de mensagens voltadas às pessoas que ainda não fizeram uma
aliança com Cristo. Então, é preciso de mensagens que falam acerca de: O que o pecado, a sua
origem e consequências; O perdão e a libertação dos pecados; A salvação da alma; Os
benefícios da salvação da alma; e etc.
3.1.8. DESVIADOS
Neste item se trata de mensagens voltadas às pessoas que outrora fizeram uma
Aliança com Cristo, mas que a quebrou. Essas mensagens devem abordar os seguintes temas, a
saber:
Oportunidades; Esperanças; O perdão de Deus; E etc..
É importante lembrar, que quando Deus nos conceder assuntos para esse grupo de
pessoas é preciso a que venhamos orar e jejuar, com antecedência, visto que, se trata de uma
guerra muito delicada com os demônios.
Lucas (11: 24-26), cita Palavras de Jesus:
99
Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando
repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa, de onde saí. E, chegando, acha-a
varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e,
entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro.
3.1.9. PASTORAIS
Estes sermões são voltados ao Ministério Eclesiástico. Seu objetivo é edificar os
obreiros nas áreas: espirituais, psicológicas, morais, ministeriais e materiais. Mas, deixo aqui as
minhas recomendações, deixe este assunto para os obreiros.
3.1.10. FÚNEBRE
Este tipo de sermão refere-se a um discurso em uma cerimônia funeral. É muito
importante que o interlocutor vá trajado de preto e evite assuntos engraçado. Não é o
momento de fazer o povo rir.
É preciso que ele selecione os textos bíblicos e os louvores (adequados), com
antecedência. Deve-se distinguir um texto bíblico para pessoas crentes, e os textos para
pessoas descrentes.
Funeral de descrente. O interlocutor precisa ter muito cuidado ao fazer essa
interlocução, visto que, mesmo que os textos lidos em funeral de descrentes são distintos, dos
do crente; ele não pode, de forma alguma, afirmar que eles perderam as suas salvações. Evite
falar sobre salvação. Fale sobre a falta que o fez e console os familiares, parentes e amigos.
Em funerais de crentes, mostre muita esperança e aproveita o momento para
evangelizar.
3.2.
TEMA
Acostumamos com o linguajar antigo, e continuamos a falar, tema. Mas o nome mais
adequado seria, título. Este fator fala acerca do nome do Sermão. Portanto, deve ser escrito no
papel com iniciais maiúsculas. Uma pregação, ou um ensinamento sem título (ou tema) é
como uma pessoa sem nome. O mesmo deve ser bem frisado, porque o povo precisa saber o
que irá ouvir.
O título precisa ser bem criativo. Procura despertar a curiosidade e o interesse do
público com o tema. Certa feita, ouvir um irmão dizer que iria tomar banho, para fazer uma
pequena viagem, e o mesmo, já estava atrasado. Enquanto isso, a sua esposa colocou um CD
de pregação no aparelho, mas, quando ele ouviu o tema da mensagem, se assentou no sofá, só
banhou após a pregação e deixou a viagem para outro dia. Portanto, procura segurar o
público, até ao final, da sua interlocução, através da sua criatividade inserida no tema.
Alguns pregadores, de renome, frisam o tema antes da leitura bíblica, outros, frisam
após. Eu, individualmente, prefiro apresentá-lo antes da leitura. E você?
3.3.
TEXTO
Trata-se da parte bíblica lida que fará base ao sermão. Os métodos dos sermões são
divididos em três partes, a saber: Textual, Temático e Expositivo. E cada um deles exige uma
característica de texto bíblico diferente.
3.3.1. SERMÃO TEXTUAL
Este tipo de sermão exige versículos que concluem com pontos finais, que tenha as
suas divisões individuais e bem definidas.
100
E não precisa ser uma leitura longa é de um a três versículos. Mas eles sendo
pequenos, pode ser uns cinco. Desde que consiga falar claro e profundo no tempo que tens.
3.3.2.
SERMÃO TEMÁTICO
Os sermões temáticos requerem, tão somente, uma palavra, ou uma ideia.
Portanto, na maioria das vezes, nem precisa ler um versículo todo, mas apenas, uma de suas
partes, do mesmo.
3.3.3.
SERMÃO EXPOSITIVO
Os sermões expositivos dependem de um texto bíblico mais longo. Exemplo: uma
parábola; um Salmo (pequeno), caso seja grande, selecione, somente, o texto que irá pregar;
uma narração de um milagre; a narração da vida de personagem bíblico (biografia) e etc..
3.4. INTRODUÇÃO
O propósito da introdução é mostrar ao povo o mapa do sermão. É fazê-lo entender
que vale apena ouvir, o mesmo, até ao fim. E prepará-lo para receber a interlocução.
Conheça os quatro elementos responsáveis por uma prefeita introdução:
3.4.1.
DADOS TEXTUAIS
Pesquise e explique quem escreveu o texto, para quem o destinou e porque razão.
Isto fará com que os seus ouvintes sentem-se seguro, visto que, perceberão que
você domina o assunto.
3.4.2.
APRESENTAÇÃO DO SERMÃO
Mostre ao público os pontos que irá falar. Mas sem definir nada. Exemplo: leia os
nomes de cada parte (das divisões) do seu sermão.
Havendo algum ponto que julga mais importante, pede o povo para repeti-lo com
você. Ou peça os para falar contigo os nomes de cada parte do seu sermão.
3.4.3.
ILUSTRAÇÃO
Essa ilustração pode ser efetuada de três maneiras, a saber:
1) Conte um testemunho que resume todo o seu sermão;
2) Narre um fato que tenha haver com todo o seu sermão;
3) Caso canta bem, cante um louvor que tem o mesmo título do seu sermão.
3.4.4.
PROPÓSITO
Fale para os seus ouvintes o que Deus e você esperam da interlocução, da preleção.
Mostre ao povo qual é o resultado alvejado após a tua apresentação.
3.4.5.
TEMPO
Se você terá, aproximadamente, meia hora para falar, a tua introdução não pode
passar de cinco minutos. E se o teu tempo for acerca de uma hora, essa introdução não pode
passar de dez minutos.
Portanto, não fique muito tempo na introdução. Ensaia-a com antecedência.
101
Veja bem, depois que os seus ouvintes saberem da real origem do texto bíblico, de
todos os pontos que irás abordar, do efeito que o referido assunto pode causar e do propósito
de Deus e teu, eles irão, te ouvir até ao fim.
4.
ELEMENTOS TEXTUAIS (DESENVOLVIMENTO)
Estes elementos se tratam dos fatores utilizados, pelo interlocutor, ou o preletor,
na preparação do sermão e na hora da sua interlocução. Eles são responsáveis, pela
qualificação e pelo efeito positivo, da sua apresentação. A qual pode ser dividida em duas
sublimes dimensões, a saber: em um ensinamento, ou em uma pregação.
Neste capítulo, irei apresentar vinte e um elementos imprescindíveis, ao pregador,
ou ao ensinador cristão, que são: Coerência, coesão, coragem, dominar o assunto, evitem
ações não recomendadas, eloquência, estratégias, gestos, não seja repetitivo, objetivo, olhar,
persuasão, português, prende a atenção do público, presença de púlpito, profundidade,
responsável, sem manias, segurança, unção e humildade.
Observação importante: não basta você conhecer e falar de cor estas regras. É
preciso treinar, treinar e treinar, a cada uma delas... Procure um amigo (a) e de confiança,
passe para ele (a) estas regras, e pede-a para te fiscalizar, enquanto pregas.
4.1. COERÊNCIA
Isto fala de não fugir do assunto. Isso causaria um grande impacto negativo nos
ouvintes, que esperava ouvir o que você prometeu falar.
Já imaginou você se embarcar em um avião no intuito de chegar ao Rio do Grande
no Norte, e ele pousar no Rio Grande do Sul? Pedir ao garçom que te sirva uma porção de
vegetais, devido a uma dieta, e ele te trazer uma buchada de bode?
Isso é igualmente, quando prometemos ao povo que vamos falar sobre o céu e
falamos sobre o inferno; ou digamos que vamos tratar de paz e tratamos de guerras, e
sucessivamente.
Jamais, fuja do tema. Para isso não acontecer elabore um esboço. Quanto ao
mesmo, você aprenderá como elaborar, no item, Métodos.
4.2. COESÃO
Refere-se à ligação entre os textos; Clareza; Consciência. O sermão precisa ser
dividido em partes. E cada uma delas depende de um subtítulo. Quando não estamos
trabalhando no ramo da redação, é comum inserirmos uma frase, ou um ponto, que não tem
nada haver com o respectivo subtítulo. Fator que pode ocorrer, motivado pela empolgação, ou
pela falta de experiência mesmo. Mas isso seria muito prejudicial à conscientização do público.
4.3. CORAGEM
O preletor deve ser corajoso. Deus não usa e nem garante medroso, ou covarde.
Veja:
“Agora, pois, apregoa aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for medroso e tímido,
volte, e retire-se apressadamente das montanhas de Gileade. Então voltaram do povo vinte e
dois mil, e dez mil ficaram”. (Juízes 7:3)
O pregador, ou o ensinador, precisa da garantia e do agir de Deus, mas para isso
acontecer, ele deve ser ousado, ou corajoso. E por que não dizer ser louco, de vez em quando?
Veja o que Paulo ensinou:
102
Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua
sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. (1ª Coríntios 1:21).
4.4. DOMINAR O ASSUNTO
O interlocutor não deve ter, tão somente, profundidade no assunto, tratado. Mas
ele depende do poder intelectual para responder qualquer pergunta relacionada ao seu tema,
e da capacidade de elaborar métodos de aplicação, para uma poderosa conscientização dos
seus ouvintes.
4.5. EVITEM AÇÕES NÃO RECOMENDADAS
Quando Deus nos usa é uma bênção, mas quando nós nos empolgamos, falamos
coisas que arrependeremos depois.
Aprenda as vinte regrinhas básicas:
1) Jamais desabafa com o público;
4) Não conte derrotas, só vitórias;
5) Não fale, negativamente, de ninguém;
6) Tome cuidado com gestos inadequados e obscenos;
7) Respeite o horário;
8) Deixe uns dez minutos para o pastor de a igreja transmitir os avisos e o
encerramento do culto;
9) Procure transmitir sua interlocução completa, saiba controlar o tempo;
10) Evite indisposição física;
11) Não use textos difíceis, ou obscuros;
12) Abstém do linguajar comum;
13) Abre mão do plágio: não transmite discursos dos outros;
14) Não faz menção do “eu”;
15) Evite a monotonia: não permita que os seus ouvintes esperem ouvir sempre as
mesmas coisa;
16) Não incomode com as atitudes, do público, confie em seu ministério;
17) Seja sempre humilde;
18) Não abre mão do ministério da oração, do jejum e da santidade;
19) Caso vende objetos, exemplos: CDs, DVDs, livros, apostilas e etc. deixem para
divulgá-los após a sua interlocução
20) Continua orando para que a pregação, ou o ensinamento por te realizado
venha a continuar cumprindo na vida dos ouvintes.
4.6. ELOQUÊNCIA
Segundo, o Dicionário Online (2009), eloquência diz respeito à competência para
discursar, falar, argumentar ou se expressar desembaraçadamente. E ressume em: Falar bem e
bonito. Para isso é preciso treinar antes as palavras difíceis; ou evitar palavra, que ainda, não
consiga falar publicamente. Tome cuidado com as palavras!
4.7. ESTRATÉGIAS
103
Elabore métodos para que os seus ouvintes aprendam, realmente, o conteúdo da
sua preleção. Gaste tempo, na elaboração do seu discurso. Pague um preço, que Deus irá te
honrar. O Espírito Santo quer usar você, não imite os outros. Seja você mesmo.
4.8. GESTOS
Façam gestos sem hipérbole (exagero); faça gestos coerentes com o que fala;
treine-os antes. Tome cuidado com gestos inadequados, ou obscenos.
Eles podem ser perigosos, para quem não os treinou. Mas, os mesmos, são muito
poderosos, porque o ser humano tem mais facilidade de aprender vendo, do que ouvindo.
Portanto, jamais apresenta sua preleção, sem a articulação de gestos.
4.9. NÃO SEJA REPETITIVO
Aprendam com os doutores da oratória, exemplos, jornalistas e repórteres. Evita
ao máximo repetir palavras. Mas em certas ocasiões, no ensinamento, é preciso deixar um
ponto bem claro, então, é obrigado salientar algo para evitar confusão, ou uma má
interpretação.
4.10.
OBJETIVO
Dificilmente, encontramos pontos que é preciso fazer alguns rodeios; mas a
maioria dos casos, não precisa de rodeios. Vá logo ao ponto e fale.
Muito enganam aqueles que dizem que a noite toda não é suficiente para eles
contar os seus testemunhos.
4.11.
OLHAR
Olhe para o público; procure olhar nos olhos de cada ouvinte, em geral. Evite olhar
para uma só pessoa. E jamais faça a sua apresentação olhando para baixo. Há um grande
poder no olhar.
4.12.
PERSUASÃO
Procure convencer os ouvintes sobre a verdade do Evangelho. Esta ação consiste
em trabalhar de conformidade com o Espírito Santo. João (16: 8-11). Se não convencermos as
pessoas, para que pregar, ou para que ensinar? O nosso público precisa ser convencido a
respeito da verdade.
4.13.
PORTUGUÊS
Tenha um bom português. Aprenda bem como usar os pronomes, faça,
adequadamente, as concordâncias verbais e nominais, procure dominar a Gramática. Coloque
a sintaxe em prática e tenha uma excelente dicção. Pronuncie uma palavra com mais de uma
forma. Tome muito cuidado com as palavras!
Você tem algum compromisso coma Palavra? Então, estude, conheça e domine a
palavra!
Aprenda como saudar, corretamente ao público. Tenham umas cinco formas, ou
mais, corretas de cumprimentá-lo, exemplos: 1º “SAÚDO” (jamais diz saldo). 2º
“CUMPRIMENTO” (nunca, diz comprimento). 3º “A PAZ DO SENHOR PARA A IGREJA”. Além
disto, a palavra igreja pode ser substituída por muitas outras, veja: irmãos, povo de Deus,
noiva do Cordeiro, noiva de Cristo, Corpo de Cristo.
104
Certo é, elabore várias formas de saudar a igreja. Nunca deixe os seus ouvintes, já
saber o que você vai falar. Uma das estratégias, mais importante, para prender a atenção do
público ele não saber, com precisão, o que o interlocutor vai dizer. Uma das coisas que mais
assegura a atenção do público o fato de aguardar novidades.
Este fator, o português, nos proporciona sete grandes benefícios, a saber:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
Compreender melhor a Bíblia Sagrada;
Demonstração de amor e zelo, para com, a Palavra de Deus;
Amenizar a murmuração dos que nos ouvem;
Fazer a Obra de Deus com mais qualidade e dignidade;
Mostrar aos povos que nós não somos povinhos;
Demonstrar nossa capacidade;
Inspirar aos ouvintes confiança.
4.14.
PRENDER A ATENÇÃO DO PÚBLICO
Tenha estratégias para prender a atenção do público. Exemplos: faça seus ouvintes
riem, insere ilustrações (coerentes), mas não os deixe distraídos.
4.15.
PRESENÇA DE PÚLPITO
Quanto aos artistas mundanos, diz-se, presença de palco. Mas aos artistas sacros,
digamos “Presença de Púlpito”. Uma pregação, ou um ensinamento, é como cantar uma
musicas, ou como apresentar uma peça teatral; é preciso presença.
Isto diz respeito em estar à vontade e ser carismático. Com essa presença não só
transmitimos a mensagem, como também a interpretamos.
Isto é falar através do coração e do entendimento. É amar, de verdade, o que estar
fazendo. Esta realidade é demonstrada por meio dos gestos, do olhar, das ações e etc..
4.15.1.
LEMBRE-SE DAS SETE REGRINHAS:
1) SEJA BEM TRAJADO (a): Use roupas limpas e que combinem. Não se trata de
ultrajar roupas da mesma cor, mas com as cores que se combinam. Em caso de dúvidas, peça
ajuda. Os sapatos e a pasta precisam estar lustrados.
2) VIVE CHEIROSO (a): Procure uma fragrância que identifique contigo. E cuidado
com o exagero. Falando em cheiro, há ainda a questão, dos dentes, eles precisam ser
escovados, pouco tempo, antes de subir no púlpito.
3) TENHA ELEGÂNCIA: Evite movimentos bruscos. Ações extravagantes e
desnecessárias. Nós não vamos estar ali como soldado do exército, ou como policiais militares,
ou como um operário de serviços braçais, mas com representante de Cristo.
4) RELUZ PAZ: Transmite Paz ao povo. Infelizmente, é comum contemplar
obreiros no púlpito, parecendo que terminou de chupar um limão, se encontra com um
tamarinho na boca e que estar sendo caçado pela FBI. Mas a Noiva do Cordeiro merece coisa
melhor. Inspire Paz ao público.
5) PORTA GRAÇA: Seja carismático (a). Deixe o povo ver em te o favor imerecido
de Deus, para com, o homem. Faz com que o público sente-se bem contigo.
6) ZELE DA VOZ: Cuide bem da tua voz, ela é a tua ferramenta. Faça as tuas
interlocuções ingerindo água, nas pausas. Há tratamento para a fonação, gagueira e
rouquidão. Faz gargarejos e evite o gelo. Lembre-se, não são necessárias tantas gritarias.
7) PRATIQUE EXERCÍCIO FÍSICO: Para se manter uma vida saudável e equilibrada,
são imprescindíveis três fatores importantes, a saber: 1) Alimentação com menos sal e menos
gorduras, priorizando mais as verduras, os legumes e as frutas. É muito prejudicial, em todos
105
os sentidos, comer muito. Uma alimentação verdadeira é quando ingerimos pouca comida, de
maneira, que ainda ficamos com vontade. Uma alimentação tem um intervalo de três horas. 2)
Beba água a vontade. 3) Pratique exercícios físicos, no mínimo, três vezes semanais, e trinta
minutos a cada sessão. Para esse último fator, procure orientação médica, mas não fique sem
a prática de uma atividade física. Colocando em prática, estes três fatores, naturalmente, o
nosso corpo emite uma excelente presença de púlpito.
4.16.
PROFUNDIDADE
O preletor deve ter o máximo possível de informações sobre o assunto. O povo
precisa aprender sempre coisas novas. O público não se interessa em ouvir sempre as mesmas
coisas.
Para adquirir profundidade, o interlocutor precisa ter acesso a sete instrumentos
necessário. veja:
1) DICIONÁRIOS: Bíblicos e da Língua Portuguesa.
2) ENCICLOPÉDIAS: Bíblicas e da Língua Portuguesa.
3) BONS LIVROS: Livro da sua linha teológica, mas sempre pode ajudar lendo,
também, outras teorias.
4) INTERNET: Ao fazer pesquisas online consulte vários sites, para evitar um
conteúdo sem qualidade.
5) SEMPRE FAZER CURSOS: Esteja sempre nos cultos de ensinamentos, estude
cursos Teológicos e Seculares, nos níveis: Básicos, Médios, Bacharelados, Mestrados,
Doutorados e pós-doutorado e sucessivamente.
6) LER DIARIAMENTE A BÍBLIA SAGRADA: Esta é indispensável. Há quatro formas
de leituras bíblicas: 1) Devocionalmente: Esta é a melhor forma, é quando alguém a ler, para si
próprio, como uma adoração a Deus, 2) Hermeneuticamente: Quando alguém a ler, para si
próprio e para os outros, buscando uma interpretação, ou a desvendar um mistério, 3)
Teologicamente: Essa maneira não se trata de uma leitura, mas de um estudo, ou de uma
pesquisa, 4) Homileticamente: Refere-se quando alguém a ler, para os outros, na elaboração
de sermões, nos evangelismos, ou em uma explicação bíblica.
7) TER O AUXILIO DE UMA CONCORDÂNCIA BÍBLICA: Trata-se de uma ferramenta
de estudo bíblico que relaciona todos os versículos bíblicos referentes ao mesmo fato.
Exemplo: Jesus disse: “que nem só de pão vive o homem”, registrado em Mateus 4: 4. E
também é relatado em Lucas 4: 4. Assim o pesquisador pode fazer comparações e completar
seus estudos, há uma grande probabilidade de entender melhor o assunto quando lê duas, ou
mais, passagens escritas por autores diferentes, escritas em diferentes épocas.
4.17.
RESPONSÁVEL
Uma preleção sagra é uma responsabilidade dada direta do Espírito Santo, então o
preletor precisa ser responsável por ela e isto pode valer, até mesmo, a sua vida. Os ouvintes
precisam sentir que o interlocutor penhora a sua própria vida na veracidade da sua homília.
Jamais transmite o que você não vive. A tua única autoridade é o teu exemplo. 1ª
Pedro (5:2-3):
Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por
força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo
domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
4.18.
SEM MANIAS
Parece impossível deixar as manias. Quem as tem, fala-as involuntariamente. Mas
lutando, com um pouco de esforço, isto é possível. Evite falar glória a Deus, ou aleluia, fora do
106
momento adequado. Não use estas formas adorações, ao Senhor, tão somente, para
preencher palavras esquecias, ou espaços vazios.
Vou te contar um segredo: Já presenciei pessoas no púlpito dizendo: -“Vamos ler
aaa: glória Deus! A Bíblia, no livrooo: aleluias! Mateus. No capítulooo: gloria Deus! Dezesseis. E
versículooo: aleluias! Vinte quatro. “Então, disse Jesus aos seus discípulos”: gloria a Deus!”.
Evite os nés. Quaisquer tipos de manias deixam as interlocuções, deficientes.
Sugestão: grave quando estiveres pregando, ou ensinando. Ouça com atenção a
gravação e vai se desfazendo de tudo quanto você e os outros acham feio.
4.18.1.
ALELUIA, OU, ALELUIAS?
Há uma grande multidão, até mesmo, de conceituados pastores e cantores, que
dizem aleluias; mas há ainda um grupo de cristãos, que prefere falar aleluia. Veremos o que a
Bíblia e os judeus, que são os legítimos herdeiros do idioma correspondente, dizem a respeito
do assunto.
4.18.1.1. ALELUIA
A palavra Aleluia é um dialeto, literalmente, hebraico, falado através do
nosso português {do hebraico ‫* ה י‬Halləluya, hebraico padrão ou Halləlûyāh tiberiano, e
significa "Louvem! Adorem! ( ‫ )ה‬Yah (Jah) ( ‫ ")י‬ou "Elogio” ( ‫( )ה‬o) “SENHOR Deus”
“Jeová" ( ‫}])י‬.
Aleluia deriva da ligadura de duas palavras, ALELU, significando a união de todos os
magnificações possíveis, exemplo: honra, louvor, adoração, etc.... E, IA que vem da
importantíssima palavra IHVH, ou Jeová, que significa Deus.
4.18.1.2. ALELUIAS
Mas quando se acrescenta o “s”, na palavra “aleluia”, ela perde todo o seu sentido.
Mas para os rabinos judaicos, a expressão, aleluias, refere-se louvores aos desses. Portanto,
não é correto e nem bíblico dizer “aleluias”, visto que, compreendemos e cremos que
necessitamos louvar a Deus, e não a deuses, "aleluia, Deus seja louvado", "aleluias, louvado
seja os deuses".
Vamos fazer uma análise em sete textos bíblicos escritos por três autores
diferentes. Primeiramente, analisaremos o que João escreveu, relacionado à palavra aleluia,
em Apocalipse 19: No versículo 1: E, depois destas coisas ouvi no céu como que uma grande
voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia! (sem o s) Salvação, e glória, e honra, e poder
pertencem ao Senhor nosso Deus; Nos versículos 3 e 4: E outra vez disseram: Aleluia! (sem o s)
E a fumaça dela sobe para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, e os quatro animais,
prostraram-se e adoraram a Deus, que estava assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia!
(sem o s). No versículo 6: E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de
muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! (sem o s), pois já o
Senhor Deus Todo-Poderoso reina. Acabamos de certificar, nestes quatro versículos, que a
palavra aleluia, estar no singular e não no plural, ela não contém o s.
E a palavra, em apreço, registradas nos versos 1, 3, 4 e 6 do capítulo 19 de
Apocalipse é referência ao Salmo (106:48) “Bendito seja o SENHOR Deus de Israel, de
eternidade em eternidade, e todo o povo diga: Amém. Louvai ao SENHOR”. Aleluia resume em
“Louvai ao Senhor”. Coloque um “s”, nesta frase, e verás que o seu sentido fugirá dos
propósitos evangélicos! Ela perderá o seu real sentido e passa a não significar nada que
interessa a verdadeira Igreja de Cristo.
Vejamos o que Cristo ensinou, em Mateus (5:18-19):
107
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou
um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes
mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no
reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos
céus.
4.19.
SEGURANÇA
Fale com segurança. Transmite muita credibilidade ao falar a Palavra de Deus. O
povo quer e precisa de grande confiança.
Conta-se que foi enviado um missionário a um pequeno lugar, para evangelizar e
fundar uma igreja. Ele evangelizava quais todos os dias. Dois anos depois, ninguém tinha se
convertido ao Evangelho. E o mesmo, já estava pensado em pedir ao seu pastor para tirá-lo
dali.
Mas em um sábado chegou um circo à comunidade. E com poucas horas de anúncio
o palhaço conseguiu conduzir toda a população ao espetáculo. Então, na segunda feira o
missionário foi tirar satisfações com o palhaço e disse: -“Estou aqui há dois anos, pregando a
verdade, e não conseguir levar a ninguém ao culto. E você com poucas horas, falando a
mentira, conseguiu atrair toda cidade ao circo! Como me explica isso?”. O palhaço lhe
respondeu: -“Eu prego a mentira, mas é como se fosse à verdade; você prega a verdade como
se fosse mentira!”.
Então, atalaias do Deus Onipotente, fale com segurança e com muita ousadia.
4.20.
UNÇÃO
Para que este fator seja realizado, o homem, ou a mulher de Deus precisa viver em
constante: Oração, Jejum e leituras bíblicas. Eles devem ter um relacionamento estreito com o
Espírito Santo, para que o Todo Poderoso venha a falar e realizar grandes obras por seus
intermédios. Veja Zacarias (94: 6):
E respondeu e me falou dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo:
Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.
Certa vez, uma moça se converteu ao Evangelho, onde havia uma senhora, que
todos os dias estava em uma igreja diferente. A qual começou a levá-la de uma igreja para
outra. E ela sempre dizia a jovem: -“Vamos hoje para tal igreja, porque lá vai ter um pregador
de muita unção”. Um dia a jovem lhe perguntou: -“O que é unção mesmo?” E ela gaguejou,
mas, depois, respondeu-a: -“É porque uns são, e outros não”.
Mas não é nada disto. Se essa senhora parasse, em um lugar, ela tinha aprendido o
que é unção.
4.20.1.
LITERALMENTE DEFINIMOS A UNÇÃO EM SETE FRASES:
Veja: Ungido com óleo; Untado com óleo; Aspergido óleo; Borrifado óleo;
Consagrado; Separado; Santificado.
4.20.2.
1)
2)
3)
4)
SETE EFEITOS DA UNÇÃO:
Inspiração de Deus na vida de;
A presença do Espírito Divino em;
O Espírito de Deus falando e agindo por meio de;
Deus agindo através de;
108
5) Canal intermediário entre Deus e os humanos;
6) Deus honrado o ser humano com a sua Glória;
7) Os dons da Graça manifestados em [Estes dons são uma junção dos dons
Espirituais e os dons de Cristo (Romanos 12: 6-8)].
4.20.3.
SETE TIPOS DE UNÇÃO NA BÍBLIA:
1) UNÇÃO DA SAÚDE: Esse tipo de unção capacita os Enfermos para serem sãos.
Ela é simplesmente, assim; o ministro unge o doente, com a unção da cura, e pela fé, isso
acontecerá. Vemos a no AT (Levítico 14:15 -18) e no NT (Tiago 5:14).
2) UNÇÃO DO OBREIRO ECLESIÁSTICO: Esta unção é simbólica. Não há unção com
óleo no NT, para essa finalidade. Mas as consagrações dos obreiros, através de imposição de
mãos, conferem autoridade e capacidade para servir a Igreja de Cristo, exercício eclesiástico
(Atos 6: 1-5);
3) UNÇÃO DO TABERNÁCULO: Aqui se trata da unção da localidade, para
consagrá-la para a realização dos cultos a Deus. (Êxodo 30 26-33);
4) UNÇÃO POLÍTICA: Ela tinha a finalidade de capacitar homens, para exercer um
ministério monárquico, de rei (1º Reis1: 34, 39);
5) UNÇÃO PROFÉTICA: Essa categoria de unção era raríssima, ela capacita vidas
para ser um porta-voz de Deus, para com, o povo. Doravante, a pessoa passava a ser um
intermediário entre Deus e o povo. (1º Reis 19: 16);
6) UNÇÃO SACERDOTAL: Ela refere-se à unção dos judeus, levitas, da família de
Arão, atribuindo-os capacidade e autoridade para serem porta-vos do povo, para com Deus. A
parir daí, eles passavam a pegar as causas do povo e as levavam para Deus, por meio dos
sacrifícios de animais. Então, eles viviam, exclusivamente, para o exercício do Ministério
Judaico (Êxodo 28: 41);
7) UNÇÃO UTENSILIAL: Diz-se relativo à consagração de utensílios, para ser
utilizado, exclusivamente, nos Cultos ao Senhor (Êxodo 30 26-33);
4.21.
HUMILDADE
Tudo o que ensinamos, até aqui, simplesmente, cairia por terra sem este fator, que
se trata da humildade. Ninguém, em lugar algum, consegue nada sem ser humilde. E de forma
drástica, Deus abate os exaltados, mas eleva os humildes. Leia, Salmos (147:6): “O SENHOR
eleva os humildes, e abate os ímpios até à terra”. Provérbios (15:33) “O temor do SENHOR é a
instrução da sabedoria, e antes da honra vai a humildade”.
Segundo a lenda, quando os animais se comunicavam, um sapo quis voar. Mas
naturalmente, ele era inibido de tal atividade. Então, o mesmo, teve uma ideia: “Procurarei
duas águias, amigas; providenciarei um pequeno bastão; cada ave voará com suas garras
seguras em uma das suas extremidades; com a minha boquinha agarrada no meio do
instrumento”.
E assim, sucedeu. Quando eles estavam bem auto, as andorinhas se assustaram
com aquele espetáculo estranho, e indagaram-nos: -“De quem foi essa ideia?”. Mas, todavia, o
sapo ficou preocupado, caso, as águias dissessem que era elas delas. E disse-as: -“É
minhaaaaaa”... Eeee bummmmmmmmmmmm!
109
Não vale a pena se exaltar. Olha o que a Bíblia diz a esse respeito: “Humilhai-vos
perante o Senhor, e ele vos exaltará”. “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus,
para que a seu tempo vos exalte”
5.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Falaremos neste capítulo a respeito dos elementos do sermão que vem depois do
seu desenvolvimento. Eles também são de suma importância. Vamos falar concernente a
conclusão, o apelo e a oração.
5.1.
CONCLUSÃO
Aqui se trata do fechamento da mensagem. É este o fator que faz com que o ouvinte
tenha um entendimento literal da mensagem. Conotativamente, na conclusão o interlocutor
colherá o que plantou, puxará a rede que lançou, durante o desenvolvimento da interlocução.
Onde ele pode dissertar, revindicar e etc.. Ou em fez da conclusão o preletor pode fazer um
apelo.
5.2.
transmitido.
APELO: Convide os ouvintes para que eles venham a viver o que foi
5.3. ORAÇÃO: Interceda pelo povo, para que Deus venha a cumprir, em suas vidas o
que você os entregou. Mas converse, antes com o pastor da igreja, para ver se ele, não já tem
outra pessoa fazer a oração, ou se há tempo. Você precisa da permissão dele. Evite aquela
mentira que muitos dizem, -“Com a permissão do pastor, fiquem em pé, ou vem para frente,
que irei orar por vocês”.
6.
SERMÕES
Um sermão se trata de um discurso oral efetuado por um profeta, ou, por um
membro do Ministério da Igreja. O mesmo é regido por temas extraídos da Bíblia, teológicos,
religiosos ou morais. Comumente, defendendo uma crença, uma lei, ou um caráter humano,
num contexto presente, ou pretérito. Os termos da pregação inserem apresentação,
exortação, bom emprego e prática. O sermão é avaliado, por muitos, como sinônimo da
homilia.
Em outras palavras, o sermão refere-se ao mapa, ou, à estrutura do discurso em um
papel. Ele auxilia a memória do transmissor do discurso, e contribui, para o mesmo, não fugir
do assunto. E um caderno separado, tão somente, fazer sermões, é denominado, Sermonário.
O objetivo do sermão é facilitar para o transmissor a transmissão da pregação, ou do
ensinamento. E facilitar o ouvinte a entender o discurso. Os sermões dividem-se em assunto e
métodos.
6.1.
ASSUNTO
Para Morais (P.12), o assunto do sermão pode ser:
6.1.1. DOUTRINÁRIO: O que aborda temas doutrinários.
6.1.2. ÉTICO: Aquele que defende a boa maneira de se viver, a moral a ética.
6.1.3. NARRATIVO: Quando aborda um fato, um milagre, e os expões.
110
6.1.4. HISTÓRICO: Todos os que narram um acontecimento histórico.
6.1.5. APOLOGÉTICO: Os que defendem a fé cristã e a sã doutrina.
6.1.6. DE CONTROVÉRSIA: Aquele que combate, ou replica a uma heresia, ou a um
erro.
6.1.7. OCASIONAL: Cerimoniais, exemplos: casamentos, aniversário, inaugurações e
etc..
6.1.8. BIBLIOGRÁFICO: Quando se trata da vida, ou da obra de uma pessoa.
6.1.9. PASTORAL: Quando são sermões voltados ao clero. Ou melhor, ao ministério
da igreja.
6.2.
MÉTODOS
Segundo o, Professor, Silva (2003), o método do Sermão divide em:
1)
TEXTUAL: Quando as divisões são as mesmas, do texto bíblico de base.
2)
TEMÁTICO: Os que têm as suas divisões extraídas, do respectivo, Tema.
3)
EXPOSITIVO: As suas divisões são as mesmas, da exposição da narração do
episódio, em apreço.
6.3.
COMO PREPARAR OS PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÕES
Um sermão é dividido em partes, assim, como uma redação, um trabalho
acadêmico, uma apostila, ou um livro. O que o classifica (como textual, temático e expositivo)
é a forma de dividir o seu corpo.
a)
O SERMÃO EXPOSITIVO tem as suas divisões baseadas na sequencia do fato
narrado registrado no texto bíblico de base. Exemplo: as divisões do episódio, ou da história,
são as mesmas divisões, do respectivo, sermão.
b)
O SERMÃO TEXTUAL tem as suas divisões baseadas nas partes naturais do
texto bíblico de base. Exemplo: as divisões do texto bíblico são as mesmas divisões, do
referido, sermão.
c)
O SERMÃO TEMÁTICO tem as suas divisões extraídas do seu Título, ou melhor,
do tema. Exemplo: o elaborador do sermão, em apreço, faz perguntas ao tema, de forma
crescente, que são das mais simples, para as mais avançadas. Veja: “o quê”, “por que”,
“causas”, “consequências”, “solução”, etc.. E as divisões, deste sermão, são essas perguntas.
Ou se, o respectivo, elaborador, preferir ele pode deixar, como partes do seu sermão, as
referidas repostas das perguntas feitas ao seu tema. Essas partes, ou divisões, do deste tipo de
sermão, podem ser as perguntas, ou as respostas.
6.4.
A ESTRUTURA DE UM SERMÃO
Essa estrutura tem quatro elementos básicos, a saber: o Título (Tema), a
Introdução, o Desenvolvimento (o corpo) e a Conclusão.
111
6.4.1. TÍTULO
O título é um fragmento (uma parte) de um tema. Ninguém prega tema. Um
Tema é infinito. Portanto, de um tema, é imprescindível, tirar um título, para que possa
finalizar o discurso. O título de um sermão precisa ter, no mínimo, quatro características, que
são:
Ser objetivo, Pequeno, Ele deve ser atraente, Convém que o título venha a
despertar a curiosidade e o interesse dos ouvintes.
Este último fator, contribui para segurar certos ouvintes, até ao fim, da mensagem.
6.4.2. INTRODUÇÃO
A introdução apresenta o discurso aos ouvintes. Ela precisa causar no auditório
uma cede que só se sacia ouvindo o mesmo.
Em primeiro lugar, apresente o Título, de forma clara e objetiva. Pesquise-o em
enciclopédias, em dicionários, ou na internet, e etc.. Sendo, porém este título composto por
mais de um termo, pesquise o seu núcleo central, ou melhor, a palavra mais importante.
Assim, poderás enriquecer o seu assunto.
Em segundo lugar, explique quem escreveu o texto bíblico lido, para quem esse texto
fora destinado, porque ele foi escrito. Como era a cultura na época. Tudo isto contribui para
uma excelente introdução. Assim, os ouvintes avaliam a capacidade do preletor, e conforme
essa avaliação, eles têm segurança, ou não, no mesmo.
Em terceiro plano, em sua casa, preste a atenção no início de um jornal na TV. E veja
como o jornalista faz a introdução, onde ele apresenta todas as notícias notificadas naquela
edição. É só você fazer o mesmo, apresenta todos os pontos que irá abordar no sermão, e
pede a igreja para repetir contigo cada um deles. Não é recomendado definir os pontos do
sermão na sua introdução. Mas os apresente
Em quarto lugar, conte um testemunho, ou um fato que resume todo seu discurso.
Caso cante bem, poderás optar por louvar com uma melodia que tenha o seu título.
Se fores falar por uma hora, não gaste mais de dez minutos na introdução. Mas caso
irá falar por meia hora, não passe de cinco minutos.
Tenha sabedoria para administrar o tempo.
Você estará falando e a igreja estará te avaliando. Se a avaliação for negativa, as
pessoas humildes ficam por ali, neutramente; mas, os mais entendidos ficam sem segurança.
Fator que invalida toda a interlocução; e os exaltados ficam murmurando e muitos saem do
culto. Certo é, não há como selecionar os ouvintes. O interlocutor precisa ser capacitado e
preparado. Confira: “Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino”
Existe também aquele provérbio popular, que diz: “A primeira impressão é a que
fica”. Então faça tudo correto e bonito desde o início da sua apresentação.
6.4.3. DESENVOLVIMENTO
O Desenvolvimento é o corpo do Sermão. Aqui se trata do assunto,
propriamente dito, sendo desenvolvido pelo preletor. Refere-se ao conteúdo do Sermão. Além
do corpo, existem outras partes, como por exemplos: o Título, o Texto, a Introdução e a
Conclusão. É possível haver sermão faltando uma, ou mais, destas partes. Mas faltando,
porém, o corpo, o sermão, simplesmente, não existe.
Afirmamos que é importante que o sermão tenha todas as suas devidas partes.
Ele será perfeito se for completo.
O Sermão Textual tem as suas divisões naturais do próprio texto (elas não
podem ser alteradas). O Sermão Expositivo, também, tem as suas, respectivas, divisões
112
baseadas no fato narrado do texto lido. Mas quanto ao Sermão Temático, que também se
chama de Sermão Topical, as suas divisões são derivadas, ou extraídas do seu título, as quais
são elaboradas pelo seu preparador.
6.4.3.1.
ORGANIZAÇÃO DAS PARTES DO SERMÃO
Mas para que o discurso tenha poder de conscientização, é preciso usar as
devidas estratégias, a saber, selecionar, as respectivas partes, de forma crescente.
As partes do Sermão Temático devem ser distribuídas da seguinte forma:
a.
Com base no título, o preparador do sermão elabora as suas partes. Essas
partes são chamadas de tópicos, os quais têm os seus itens, “Pequenos Títulos”. Exemplos:
Revistas da Escola Dominical, Apostilas e Livros.
b.
O preparador pode elaborar o Máximo, possível de itens (partes). Cada item
precisa ser baseado em um texto bíblico, e as suas referências bíblicas precisam ser citadas.
c.
Só é que, estas partes, não podem vir desordenadas. É preciso selecioná-las e
colocá-las em ordem, crescentemente, ou melhor, dos pontos mais simples para os mais
complexos. Exemplos:
1º. O QUÊ: Primeiramente, deve ser apresentado o fator principal, ou a
problemática.
2º. PORQUE: Em segundo plano, é preciso vir a tona, o que tem causado o fator
principal, ou a problemática. Ou melhor, porque isso acontece.
3º. CAUSA: Em terceiro, deve ser mostrado de forma clara e objetiva as
consequências. É necessário ser tratado o problema, ou o dano causado pelo fator principal.
4º. SOLUÇÃO: Até que em fim é apresentado à solução do problema (se fosse uma
redação era apresentada a possível solução do problema). Mas quando se trata da Palavra de
Deus, que é o próprio poder dEle, a solução do problema tem que ser definida e garantida.
6.4.4. CONCLUSÃO
Aqui se trata do fechamento, da conclusão do sermão. Onde que o preletor irá
dissertar, reivindicar, apelar, consolar, ou encorajar o seu auditório. Nesta parte, do discurso, o
interlocutor irá colher o que plantou, ou puxar as redes que lançou. Porque conotativamente,
um discurso é plantar a semente, no nosso caso, a do Evangelho. Ou lanças as redes nas águas.
Nunca faça um discurso sem os quatro elementos. A saber: o Título (nome), a
Introdução (começo), o Desenvolvimento (meio) e a Conclusão (fim).
RESUMO DA ESTRUTURA DE UM SERMÃO
Farei uma justa alegoria para facilitar o teu entendimento relacionado à
finalidade de cada elemento de um sermão. Compará-lo-ei como uma mercadoria que um
vendedor leva ao mercado. Veja:
O título é comparado com o nome de certa mercadoria; O texto bíblico é como
se fosse, o objetivo dela; A introdução tipifica o levar, da mesma, ao mercado; O
desenvolvimento é como a sua arrumação, ou a sua exposição na banca; E a conclusão é o
oferecimento, da referida, mercadoria.
113
6.5.
SERMÃO TEXTUAL
As partes deste sermão são naturais do próprio texto de base. E mais uma vez
faço o apelo, elas não podem ser alteradas. Os versículos para pregar este tipo de sermão
precisam ter sete (7) características. A saber:
1º. Se os versículos forem pequenos, tem que ser, tão somente, uns cinco. O
correto é um, ou dois.
2º. Eles não podem finalizar com ponto de interrogação;
3º.
Não podem finalizar com vírgulas;
4º.
Não podem finalizar com ponto e vírgula;
5º. Não podem finalizar com dois pontos;
6º. Estes versículos precisam ter as suas partes bem definidas;
7º. E cada uma destas partes precisa ser individual. Elas não podem coincidir uma
com a outra: confira:
Cada tópico, ou parte, terá que se tratar de um fator diferente. Porque se elas
forem sinônimas, não há divisão, portanto, não estaria correto o sermão. Vamos citar um
exemplo: suponhamos que alguém irá pregar com base em Isaias 60 v 1, e irá pregar do tipo
textual puro:
IIIIII-
“Dispõe-te, resplandece”
“Porque vem a tua luz”
“E a gloria do Senhor nasce sobre-te”.
O sermão aparentemente, estar perfeito. Mas na verdade, aqui não houve
nenhuma divisão. Vejamos: “resplandece”, é o mesmo que luz. E “Glória”, também é luz. Então
estas partes são sinônimas. Elas são iguais. Então mesmo que há vírgulas, o texto não
apresenta divisão.
6.5.1. SERMÃO TEXTUAL PURO
Este tipo de sermão se caracteriza por apresentar as suas divisões conforme
estar registrado, no respectivo, texto bíblico lido. Esta interlocução é a do tipo de que o
interlocutor sempre precisa ler as partes do versículo durante a pregação.
Isto se dar, pelo fato, de que as partes do sermão serem naturais do próprio
texto bíblico, e o preletor não pode mudá-las.
Exemplo I:
1º. Título: O EVANGELHO DE CRISTO;
2º. Texto: RM 1 V 16;
3º. Introdução: Explique quem escreveu o texto, para quem, por que.
4º. Corpo do sermão:
I“NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO DE CRISTO”;
1 Porque não envergonhar,
2 O que tenho a perder se envergonhar,
3 O que tenho a ganhar se não envergonhar,
II“POIS É O PODER DE DEUS”;
1 O que é o Poder de Deus,
2 Como é o poder de Deus,
114
3 Para que o poder de Deus,
III- “PARA A SALVAÇÃO”;
1 O que é a salvação,
2 Para que a salvação,
3 Como ter a salvação,
IV- “DE TODO AQUELE QUE CRER”.
1 O que é crer,
2 Como crer,
3 Para que crer,
5º. CONCLUSÃO:
Apele aos ouvintes, para que eles também não venham a se envergonhar do
evangelho de Cristo, visto que ele é a única opção para a salvação da alma, de todos quantos
crer.
6.5.2. SERMÃO TEXTUAL POR INFERÊNCIA
O Sermão textual por inferência caracteriza-se por apresentar as suas divisões
através de afirmações confirmadas pelo texto lido. Essas confirmações, ou inferências são
deduções, ou interpretações do texto bíblico de base, pelo interlocutor. Para reforçar a tua
compreensão: “As respectivas partes naturais do texto bíblico lido, são transformadas em uma
dedução, ou em uma interpretação pelo preletor do sermão”.
Exemplo II:
1º Título: A CHAMADA DE ELISEU
2º Texto: 1º RS 19 V 20 – 21:
1-“Então deixou ele os bois, e correu após Elias”;
2 –“e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei.E ele lhe
disse: Vai, e volta; pois, que te fiz eu?”
3- “Voltou, pois, de o seguir, e tomou a junta de bois, e os matou, e com os aparelhos
dos bois cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram; então se levantou e seguiu a Elias, e o
servia”.
3º Introdução:
Procure saber quem escreveu o texto, e porque ele escreveu. Ver se o livro tem um
destino. Se cantar bem, cante um louvor que fala sobre missões. Explique o que é uma
chamada de Deus.
4º Desenvolvimento:
I“ELISEU ENTENDEU A SUA CHAMADA”;
1 O que era a chamada de Elizeu? Aplicação para o público.
2 Como ele entendeu a chamada? Aplicação para o público.
3 Para que era a chamada? Aplicação para o público.
II“ELISEU SE DISPÕE A ATENDER SUA CHAMADA”;
1 Como se dispor;
2 Porque se dispor;
115
3 Qual é a recompensa em se dispor?
III“ELISEU DESTRUIU OS OBSTÁCULOS”.
1 Como que Elizeu destruiu os obstáculo? Aplicação para o publico.
2 Por que Elizeu destruiu os obstáculo? Aplicação para o publico.
3 O que Elizeu ganhou com isso? Aplicação para o público.
5º Conclusão:
Pergunte aos ouvintes se eles têm a chamada de Deus. E diz:
Que a seara é grande, mas são poucos os ceifeiros;
Com isso o Senhor da seara estar chamando ceifeiros para sua seara;
Que pela fé eles ouvissem a voz do Senhor os chamando;
Que eles se colocassem a disposição dEle;
E que eles destruíssem todos os impedimentos que os impedem para fazer a Obra de
Deus.
6.5.3. SERMÃO TEXTUAL ANALÍTICO
O SERMÃO TEXTUAL ANALÍTICO é caracterizado por ter as suas divisões em forma de
interrogações, de perguntas. Por isto ele também é chamado de SERMÃO INTERROGATIVO. Há
dois modos de se preparar um Sermão Analítico:
a)
COM PERGUNTA AO TEXTO
É como se o texto fosse uma pessoa e alguém lhe faria as perguntas.
Exemplo III:
1º Título: “O GRANDE AMOR DE DEUS”
2º Texto: “JOÃO 3 V 16”
3º Introdução: Explique “Quem escreveu o texto, para quem o escreveu, e porque o escreveu”.
Caso cante bem, e conheça algum louvou que fala sobre o Amor de Deus, é uma excelente
opção.
4º Desenvolvimento:
I.
“QUEM AMOU O MUNDO?”
“Porque Deus amou o mundo”
1 Deus Pai;
2 Jesus Cristo;
3 O Espírito Santo;
II.
“COMO DEUS AMOU O MUNDO?”
“De tal maneira”
1 Com o maior amor do Universo;
2 Com um amor puro;
3 Com um amor verdadeiro;
III.
“POR QUE DEUS AMOU O MUNDO?”
“Que deu o seu Filho Unigênito”
116
1 Ele provou que nos ama;
2 Porque o ser humano é a sua obra prima;
4 Porque o ser humano estava a mercê do inimigo e indo a perdição eterna.
Depois que o interlocutor apresentar (ler) todas estas perguntas, ele vai lendo por
sequencia uma de cada vez. E as suas respostas serão o conteúdo da mensagem. O
interessante é que o próprio texto responde as perguntas. Então o pregador só irá argumentar
com base nas respectivas respostas. E para tal, pode usar outros textos bíblicos, testemunhos,
ilustrações e etc..
5º Conclusão:
Então é só fazer um apelo para o público, alvo, para que venha a experimentar do
Grande Amor de Deus e crer e em seu Filho, para que tenhas a vida eterna, em vez de se
perecer.
b)
COM PERGUNTAS FEITAS PELO O TEXTO
É como se o texto fosse uma pessoa e fizesse perguntas. Este tipo de Sermão depende
das características do texto. O texto precisa conter estas perguntas. E o pregador responderá
estas perguntas com o próprio contexto.
Exemplo IV:
1º Título: “SEGURANÇA DO CRENTE”
2º Texto: “ROM 8 V 33 – 39”
3º Introdução:
“Argumentar: quem escreveu o texto, para quem, e porque, etc..”
4º Desenvolvimento:
I.
“QUEM INTENTARÁ ACUSAÇÃO CONTRA OS ESCOLHIDOS DE DEUS?”
1.
2.
3.
4.
Satanás tenta; mas Cristo intercede por nós;
Os ímpios tentam; mas Cristo pleiteia por nós;
Desafetos tentam; mas Cristo, luta as nossas lutas.
Ninguém pode nos acusar.
II.
“QUEM OS CONDENARÁ?”
1.
2.
3.
O inimigo das nossas almas tenta; Cristo é o nosso Advogado;
O homem mal tenta; mas Cristo é o nosso Defensor;
Ninguém consegue nos condenar.
III.
“QUEM NOS SEPARARÁ DO AMOR DE DEUS?”
A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados
como ovelhas para o matadouro.
Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.
117
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas
presentes, nem futuras, nem potestades,
Nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor
de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
5º Conclusão:
Elabore mensagens de conforto, ânimo e despertamento para a Igreja.
Será muito mais fácil pregar o texto acima com esta divisão, pois o pregador irá provar
que ninguém poderá acusar contra os escolhidos de Deus. E, ainda que o inimigo tenta acusalo, será em vão, porque é Deus que o justifica. Ninguém poderá condenar, porque Cristo
morreu, ressuscitou e estar à adestra de Deus Pai intercedendo por nós, como advogado (1ª
João 2 v 1). Também ninguém poderá nos separar do amor de Cristo. Como se pode ver em
Romanos 8 v 38, 39.
O estudante inteligente logo descobrirá que o sermão acima foi feito com as próprias
palavras do texto bíblico. E perguntará se ele não é textual puro. Sim, ele seria textual puro, se
não fosse feito por meio de perguntas. Existe uma hierarquia entre os diversos tipos de
sermões. Prevalece o mais forte. E o analítico é mais forte do o textual puro, porque é mais
trabalhado.
10.2. SERMÃO TEMÁTICO, OU SERMÃO TOPICAL
Como já estudamos, que o sermão Topical é aquele cujas divisões são derivadas do
Título. Uma forma mais lógica e prática para elaborarmos as divisões do desenvolvimento de
um sermão Topical é a utilização das perguntas básicas?
O que, Porquê, Como, Quando, Onde. Ou, O que, Para que, Consequências, Soluções, etc..
Exemplo V:
1º Título: “CONFISSÃO”
2º Texto: I João 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça”.
3º Desenvolvimento:
I - O QUE DEVEMOS CONFESSAR?
1)
Nossos pecados;
2)
O nome de Jesus;
3)
O poder de Deus.
II - COMO CONFESSAR?
1)
Com sinceridade;
2)
Com fé.
III - QUANDO DEVEMOS CONFESSAR?
1)
Agora mesmo;
2)
Ao ouvir a Palavra de Deus
IV - QUAL O RESULTADO DA CONFISSÃO?
1)
Paz;
2)
Perdão;
3)
Comunhão.
118
Exemplo VI:
1º Título: “O CRISTO QUE NÃO MUDA”
2º Texto: Hebreus 13:8 “Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente”.
3º Introdução
4º Desenvolvimento:
I - O QUE NÃO MUDA EM CRISTO?
1 Seu Amor;
2 Seu perdão;
3 Seu poder;
4 Sua misericórdia.
II - POR QUE NÃO HÁ MUDANÇA EM CRISTO?
1 Porque Ele não contaminou com o pecado;
2 Porque Ele é perfeito;
3 Porque Ele é Deus.
III – O QUE GANHAMOS COM ISTO?
1.
2.
3.
4.
Amor verdadeiro garantido;
Perdão garantido;
O Seu Poder ilimitado garantido;
A Misericórdia Divina garantida.
5º Conclusão
Mostre ao público que vale apena servir e adorar Este Deus.
6.6.
SERMÃO EXPOSITIVO
É como já estudamos, o sermão expositivo é aquele, cujas suas divisões, estão
inseridas no fato narrado. As mesmas divisões do fato narrado na leitura bíblica de base são as
mesmas, do sermão expositivo. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento, desse tipo
de sermão, é a descrição do episódio. Conforme prossegue, ou se desenrola a narração do
acontecimento (Exemplos: curas, milagres, parábolas, biografias e etc.) o interlocutor irá
citando e argumentando.
Exemplo VII:
1º Título: O ENCONTRO COM A VIDA
2º Texto: LUCAS 7: 11-17
3º Introdução: segue as dicas ensinadas anteriormente.
4º Desenvolvimento:
I - A MULTIDÃO QUE SEGUIA A JESUS
1) Pessoas desejosas
2) Pessoas com esperanças
3) Pessoas alegres
II - A MULTIDÃO QUE SEGUIA A VIÚVA
1) Pessoas entristecidas
119
2) Pessoas sem esperanças
3) Pessoas inconformadas
III - O ENCONTRO DA VIDA COM A MORTE
1) A vida é uma autoridade
2) A morte se curva ante a vida
IV - O RESULTADO DO ENCONTRO
1) A ressurreição do jovem
2) A alegria da multidão entristecida
3) A edificação da multidão que seguia Jesus
4) A conversão de muitos
5º Conclusão:
Convide o público para fazer parte da multidão que segue a Cristo.
Exemplo VIII:
1º Título: “SALMO DAS PROVISÕES”
2º Texto: “SALMO 23”
3º Introdução: comente um pouco sobre o salmo. Como por exemplo: quem é o seu escritor, a
importância do Salmo etc.
4º Desenvolvimento:
I.
(v 1) O PASTOR DAS OVELHAS:
1) ,Um pastor divino;
2) Um pastor pessoal.
II. (v 2,3) A PROVISÃO DAS OVELHAS:
1) v 3 - Descanso;
2) v 3 – Direção;
3) v 4 Conforto;
4) v 5 Fartura.
III. (v 6) O FUTURO DAS OVELHAS
1) um futuro brilhante nesta vida;
2) uma bendita esperança para o além.
5º Conclusão:
Convide o público para dar mais ouvidos a voz do bom Pastor, e segui-Lo
incondicionalmente.
CONCLUSÃO
Nossos parabéns por ter chegado ao fim de uma Matéria importantíssima e
imprescindível aos atalaias do Grande Jeová. Indubitavelmente, subiste mais um considerado
grau em sua vida. Você colocando em prática tudo o que aprendeste quando estudou, os
seguintes, capítulos, que são: Pregação e Ensinamento, O Preletor, Elementos Pré-textuais,
Elementos Textuais (desenvolvimento), Elementos Pós-textuais e Sermões; Deus vai te honrar,
abençoar e usar. É só orar, jejuar, ler a Bíblia Sagrada continuamente e treinar bastante o que
aprendeste.
Há uma imensurável incumbência e uma mui grande responsabilidade em nossas mãos.
Veja:
1)
Deus Pai investiu, em nós, Seu Filho Amado, Jesus Cristo;
2)
Jesus Cristo investiu em nós a Sua Preciosíssima Vida e o Seu Precioso sangue;
3)
E o Espírito Santo investiu, em nós, toda a Sua personalidade, no Dia de
Pentecostes.
Agora, a Trindade Santíssima espera de cada um de nós: Muitos Frutos Bons. Confira:
120
Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e
deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai
ele vo-lo conceda. (JOÃO 15:16).
ANTROPOLOGIA CULTURAL
O que é cultura?
A cultura é o conjunto de comportamento, de valores e das crenças culturais de uma
sociedade. “Culturas são sistemas (de padrões de comportamento socialmente transmitidos)
que servem para adaptar as comunidades humanas aos seus embasamentos biológicos. Esse
modo de vida das comunidades inclui tecnologias e modo de organização econômica, padrões
de estabelecimento, de agrupamento social e organização política, crenças e práticas
religiosas, e assim por diante”.
O estudo da antropologia delineia esta compreensão, de uma forma comparativa ao das
“cascas”. Como as cascas de uma cebola, mostrando vários níveis de entendimento. São
quatro estas “cascas” de uma cultura:
A) O comportamento do povo - esta é a casca mais externa, superficial, e a mais fácil de
ser notada quando avaliamos uma cultura. É o conjunto das coisas que são feitas, daquilo que
são facilmente notadas como ato de fazer de um povo, e como eles fazem estas coisas. Esta
identificação pode ser vista no modo de agir, vestir, caminhar, comer, falar, etc.
121
B) Os valores culturais de um povo - penetrando uma camada à dentro veremos os
valores culturais, e estes valores são firmados sobre a sua noção daquilo que é “bom”, do que
é “benéfico”, e do que é “melhor”. Os valores culturais são para adequarem ou conformarem o
padrão de vida de um povo.
C) As crenças - a crença é a noção que se tem daquilo que é verdadeiro. Constitui-se da
crença básica de um povo, no que este povo vê como verdade fundamental.
D) A cosmo visão - cultura é como uma lente através do qual o homem vê o mundo. É a
percepção daquilo que é real, e qual é a realidade do mundo. É o modo de ver o mundo, é o
sistema de crença que reflete os comportamentos e valores de um povo.
2) Antropologia.
As ciências humanas, ciências do comportamento humano, foram divididas em três
ramos: sociologia, psicologia e antropologia. A sociologia detém ao estudo das relações sociais
que envolvem o homem como um ser social. A psicologia estuda o homem como um
indivíduo, analisando sua personalidade, atitudes e comportamentos. A antropologia por sua
vez compartilha as áreas da sociologia e da psicologia. É a ciência que estuda o homem como
ser biológico, sociológico e psicológico, e através de um método comparativo estuda o homem
através do tempo e da cultura. O alvo da antropologia é a total compreensão do homem, e
para isto estuda tudo concernente ao homem.
Antropologia é a doutrina do homem, e este termo é usado tanto na teologia como na
ciência, sendo que a Teologia Antropológica estuda o homem em relação a Deus ao passo que
a Antropologia Científica estuda seu organismo psicofísico e a história natural. A teologia
antropológica traz a doutrina do homem abrangendo: a criação e origem do homem, a
natureza do homem, a unidade e constituição do homem, a queda do homem e pecado.
A maneira como uma sociedade compreende a criação e origem do homem, será um
fator determinante para o relacionamento com Deus, bem como a noção da presença de Deus
será cultivada na vida do povo. A expressão religiosa de um povo revela sua identidade
teológica e sua crença básica.
3) Antropologia Cultural.
Sendo “cultura um sistema integrado de comportamento e valores aprendidos como
característica de membros de uma sociedade”, a antropologia cultural analisa o sistema como
um todo e como as partes e funções interagem neste todo, e como os sistemas se
relacionam. A antropologia cultural vem a ser uma ciência comparativa da cultura de um povo
e traz uma compreensão cultural deste povo. A Antropologia Cultural estuda o homem
integrado em seu contexto social, psicológico, biológico, físico e teológico, apreciando o seu
comportamento, valores, hábitos, língua e crença. O conceito chave da Antropologia Cultural é
a cultura, mostrando a sua beleza, singeleza, simplicidade, complexidade e arquitetura
relacional. A antropologia cultural é o espelho do homem refletido na sociedade; ela apanha
todo o sistema de valores, de comportamento, de atitudes e expressões e reflete tudo isto
numa expressão cultural distinta. Ela é o palco de “performance” do homem.
4) Antropologia da Religião
É o ramo da antropologia que dedicado ao estudo das crenças religiosas do povo. A
religião é a maior expressão da crença de um povo. A religião é uma das instituições sociais
universal em todas as culturas. Toda sociedade conhecida pratica alguma forma de religião. A
palavra religião vem do latim, e que dizer “religar”, dando a ideia de laço, aliança, pacto.
Religião é a ligação do homem com Deus. Para a antropologia, “religião, são todas as crenças
e práticas em forma de doutrinas e rituais de uma religião”.
122
A antropologia apresenta seis funções da religião na cultura:
A) Psicológica - pois provê apoio, consolação e reconciliação. A religião provê suporte
emocional para vencer, capacita o homem a um relacionamento com Deus e os demais.
B) Trasncendental - provê segurança e direção. A religião faz provisão de absoluto ponto
de referência no qual o homem pode adequar-se a um mundo de constante mudança.
C) Sacralização - ela vem legitimar de normas e valores. Leva o indivíduo a fazer parte de alvo
social comum e torna legítimos os alvos de um grupo e os significados de alcançar estes alvos.
Ela age numa sociedade, levando-a a legitimar e justificar a sua organização, sua maneira de
ser e de fazer.
D) Profética - critica normas e valores. Assim como a religião regulamenta normas e valores,
ela condena aquelas normas e valores que não são corretos.
E) Identificação - a religião nos diz quem somos e nos traz identidade. “Religião
proporciona o senso individual de identidade, desde o distante passado ao ilimitado futuro.
Este indivíduo expande seu ego ao fazer seu espírito significante para o universo e o universo
significante para ele. Desta forma a religião contribui para a integração da personalidade”.
F) Maturação - ela marca a passagem de um indivíduo pela sua vida na sociedade. Desce
que a vida é sagrada e relacionada ao supernatural, esta função marca os estágios da vida, e
expressa através dos ritos de passagem. Ela marca e ajuda fixar momentos importantes na vida
do indivíduo, tais como: nascimento, batismo, noivado, casamento, funeral, etc. Legitima
rituais para marcar entradas e saídas do universo da vida.
Um antropológico estudo das religiões comparativas mostra que todas as religiões
apresentam as mesmas funções culturais. Como todo homem apresenta as mesmas
necessidades, cada sistema cultural e religioso traça um caminho para o homem satisfazer
estas necessidades comuns e básicas a todos os indivíduos.
A relação entre teologia e religião é a seguinte: teologia é a ideia, o pensamento, o
conhecimento que o homem tem acerca de Deus e a religião é a prática, nela o homem se
expressa em atitudes, ações e hábitos o que este conhecimento de Deus produziu nele.
Religião vem a ser a expressão da crença. Mas, nem todas as religiões são fundamentadas em
uma teologia bíblica. Há muitas expressões religiosas, e do ponto de vista antropológico
cultural, todas as religiões são aceitas, mas a realidade crucial é o fato se estas religiões
preenchem o padrão bíblico.
123
SOCIOLOGIA
A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objetos de estudo a
sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos,
instituições e associações. Enquanto a Psicologia estuda o indivíduo na sua singularidade, a
Sociologia estuda os fenômenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituição
das sociedades e suas culturas.
O termo Sociologia foi criado em 1838 (séc. XIX) por Auguste Comte, que pretendia
unificar todos os estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia.
Mas foi com Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus
fundamentos como ciência foram institucionalizados.
AUGUSTO COMTE
A Sociologia surgiu como disciplina no século XVIII, como resposta acadêmica para um
desafio que estava surgindo: o início da sociedade moderna. Com a Revolução Industrial e
posteriormente com a Revolução Francesa (1789), iniciou-se uma nova era no mundo, com as
quedas das monarquias e a constituição dos Estados nacionais no Ocidente. A Sociologia surge
então para compreender as novas formas das sociedades, suas estruturas e organizações.
A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se
repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato
124
social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o
surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância
que esses eventos têm na vida dos cidadãos.
Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a
totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus
conceitos, teorias e métodos, constituem um instrumento de compreensão da realidade social
e de suas múltiplas redes ou relações sociais.
Os sociólogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos étnicos
(indígenas, aborígenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas,
empresários, políticos etc.), gênero (homem, mulher, criança), violência (crimes violentos ou
não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como família, Estado, escola, religião etc.
Além de suas aplicações no planejamento social, na condução de programas de
intervenção social e no planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento
sociológico é também um meio possível de aperfeiçoamento do conhecimento social, na
medida em que auxilia os interessados a compreender mais claramente o comportamento dos
grupos sociais, assim como a sociedade com um todo. Sendo uma disciplina humanística, a
Sociologia é uma forma significativa de consciência social e de formação de espírito crítico.
A Sociologia nasce da própria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir
interesses de alguma categoria social ou ser usado como função ideológica, contrariando o
ideal de objetividade e neutralidade da ciência. Nesse sentido, se expõe o paradoxo das
Ciências Sociais, que ao contrário das ciências da natureza (como a biologia, física, química
etc.), as ciências da sociedade estão dentro do seu próprio objeto de estudo, pois todo
conhecimento é um produto social. Se isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num
segundo momento percebemos que a Sociologia é a única ciência que pode ter a si mesma
como objeto de indagação crítica.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA HUMANIDADE
As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no Ocidente a partir do
século XVIII, como as Revoluções Industrial e Francesa, evidenciaram mudanças significativas
na vida em sociedade com relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas
tradições.
Assim surge a Sociologia em pleno século XVIII, com as primeiras pesquisas sociais e
nas ideias gerais do Iluminismo, como forma de entender e explicar aquelas mudanças sociais.
Por isso, a Sociologia é uma ciência datada historicamente e que seu surgimento está
vinculado à consolidação do capitalismo moderno.
Essa disciplina marca uma mudança na maneira de se pensar a realidade social,
desvinculando-se das preocupações transcendentais e diferenciando-se progressivamente das
demais ciências enquanto forma racional e sistemática de compreensão da sociedade.
Ao contrário das explicações filosóficas das relações sociais, as explicações da
Sociologia não partem simplesmente da especulação de gabinete, baseada, quando muito, na
observação casual de alguns fatos. Para as explicações, são empregados os métodos
estatísticos, a observação empírica e uma neutralidade metodológica.
Como ciência, a Sociologia deve obedecer aos mesmos princípios gerais válidos para
todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades dos fenômenos sociais
quando comparados com os fenômenos de natureza e, consequentemente, da abordagem
científica da sociedade.
A Sociologia, considerando o tipo de conhecimento que produz, pode servir a
diferentes tipos de interesses. A produção sociológica pode estar voltada para engendrar uma
125
forma de conhecimento comprometida com emancipação humana. Ela pode ser um tipo de
conhecimento orientado no sentido da promoção do melhor entendimento dos homens
acerca de si mesmos, para alcançar maiores patamares de liberdade política e de bem-estar
social.
Por outro lado, a Sociologia pode ser orientada como uma “ciência da ordem”, isto é,
seus resultados podem ser utilizados com vistas à melhoria dos mecanismos de dominação por
parte do Estado ou de grupos minoritários, sejam empresas privadas ou organismos de
Inteligência, à revelia dos interesses e valores da comunidade democrática com vistas a
manter o status quo.
SUA IMPORTÂNCIA
O cientista social estuda os fenômenos, as estruturas e as relações que caracterizam as
organizações sociais e culturais. Além disso, o estudioso pesquisa costumes e hábitos, além de
investigar as relações entre indivíduos, famílias, grupos e instituições.
Os resultados da pesquisa sociológica não são de interesse apenas de sociólogos.
Cobrindo todas as áreas do convívio humano – desde as relações na família até a organização
das grandes empresas, o papel da política na sociedade ou o comportamento religioso –, a
Sociologia pode vir a interessar, em diferentes graus de intensidade, a diversas outras áreas do
saber. Entretanto, o maior interessado na produção e sistematização do conhecimento
sociológico atualmente é o Estado, normalmente o principal financiador da pesquisa desta
disciplina científica.
Sociólogos fazem uso frequente de técnicas quantitativas de pesquisa social (como a
estatística) para descrever padrões generalizados nas relações sociais. Isto ajuda a desenvolver
modelos que possam entender mudanças sociais e como os indivíduos responderão a essas
mudanças. Em alguns campos de estudo da Sociologia, as técnicas qualitativas — como
entrevistas dirigidas, discussões em grupo e métodos etnográficos — permitem um melhor
entendimento dos processos sociais de acordo com o objetivo explicativo.
Mais que sua aplicação em planejamentos, pesquisas e programas de intervenção, o
conhecimento sociológico funciona também como uma disciplina humanística, no sentido de
aperfeiçoamento do espírito, na medida em que compreende melhor o comportamento dos
outros, a sua própria situação e a sociedade como um todo. Sendo uma disciplina humanística,
a Sociologia é uma forma significativa de consciência social.
SOCIOLOGIA NO BRASIL
A Sociologia sempre teve como um dos objetos de estudos o conflito entre as classes
sociais. Na América Latina, por exemplo, a Sociologia do início do século XX sofreu intensas
influências das teorias marxistas, na medida em que suas preocupações passaram a ser o
subdesenvolvimento dos países latinos.
No Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, estudiosos se debruçaram em busca do
entendimento da formação da sociedade brasileira, analisando temas como abolição da
escravatura, êxodos e estudos sobre índios e negros. Dentre os autores mais significativos,
temos: Sérgio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil-1936), Gilberto Freyre (Casa Grande &
Senzala-1933) e Caio Prado Júnior (Formação do Brasil Contemporâneo-1942)
Nas décadas seguintes, a Sociologia praticada no Brasil voltou-se aos estudos de temas
relacionados às classes trabalhadoras, tais como salários e jornadas de trabalho, e também
comunidades rurais. Na década de 1960 a Sociologia passou a se preocupar com o processo da
industrialização do país, nas questões de reforma agrária e movimentos sociais na cidade e no
campo; a partir de 1964 o trabalho dos sociólogos se voltou para os problemas
socioeconômicos e políticos brasileiros, originados pela tensão de se viver num regime militar
126
(ou ditadura militar, que no Brasil foi de 1964 a 1985), nesse período a Sociologia foi banida do
ensino secundarista.
Na década de 1980 a Sociologia finalmente voltou a ser disciplina no ensino médio,
sendo facultativa sua presença na grade curricular. Também ocorreu nesse período a
profissionalização da Sociologia no Brasil. Além da preocupação com a economia, política e
mudanças sociais apropriadas com a instalação da nova república (1985), os sociólogos
diversificaram os horizontes e ampliaram seus leques de estudos, voltaram-se para o estudo
da mulher, do trabalhador rural e outros assuntos culminantes.
Em 2009, a Sociologia tornou-se disciplina obrigatória na grade curricular dos alunos
do ensino médio no Brasil. A oportunidade da aproximação do aluno com a Sociologia, como
um campo do saber, tem por objetivo a desnaturalização das concepções ou explicações dos
fenômenos sociais. Em outras palavras e sem perder de vista a importância da História, é
considerar que as coisas nem sempre foram do jeito que são. É perceber que há mudanças
profundas ao longo da história, fruto de decisões de homens.
O sociólogo pode atuar nas áreas de ensino, pesquisa e planejamento, além de dar
consultoria e assessoria a ONGs, empresas privadas e públicas, partidos políticos e associações
profissionais, entre outras entidades.
MONOGRAFIA
Faça uma Monografia, de no mínimo, 20 páginas conforma as normas da ABNT. Contendo:
Capa,
Folha de Rosto,
Folha de Aprovação,
Dedicatória,
Agradecimento,
Epígrafe,
Resumo,
Abstract,
Sumários.
127
PESQUISE A METODOLOGIA CIENTÍFICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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<http://searanews.com.br/apologetica-a-verdadeira-defesa-da-fe-crista/>
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Marcão de 2013
130
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TEMA: POSTURAS E ATITUDES