AU TO R AL D IR EI TO UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” O PE LA LE ID E AVM FACULDADE INTEGRADA ID A dramatização teatral como técnica na Gestão de Recursos Humanos: G Como a utilização das técnicas teatrais podem se transformar em estratégias Por: Rodrigo Lopes Ramalho Orientador Prof. Vinicius Calegari D O C U M EN TO PR O TE inovadoras de interação das culturas organizacionais Rio de Janeiro 2015 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A dramatização teatral como técnica na Gestão de Recursos Humanos: Como a utilização das técnicas teatrais podem se transformar em estratégias inovadoras de interação das culturas organizacionais Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos Por: Rodrigo Lopes Ramalho 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus e à minha filha por entender que eu precisava estudar para crescer profissionalmente. 4 DEDICATÓRIA Dedico minha vitória à minha filha e à minha mãe que sempre estiveram ao meu lado, me apoiando e incentivando a seguir em busca dos meus objetivos. 5 RESUMO Este trabalho pretende discutir a utilização das técnicas teatrais, atualmente conhecidas também por teatro-empresa, pois já se inclui no contexto organizacional a partir do aspecto que ganha ressonância no mundo empresarial de inovação comunicativa. No processo de comunicação das empresas, estes estudos puderam examinar as estratégias de arte da dramatização teatral, da contemporaneidade e tecnologia em relação à gestão, verificando as características daquela que é uma modalidade particular em que está inserido o teatro e seus efeitos através dos quais são responsáveis por aumento de produtividade e participação grupal que estão convencendo aos profissionais de Recursos Humanos da eficácia de sua aplicabilidade. Os estudos demonstram uma comunicação inovadora que o teatro sempre valorizou, principalmente na questão das relações humanas. O contexto teatral, a partir de suas técnicas e processos de interação, reinterpreta as relações humanas, apresentando ao funcionário/espectador o papel que era até então inédito: o de sujeito da ação. O teatro-empresa influencia favoravelmente o comportamento dos funcionários, constituindo um instrumento importante no processo de comunicação organizacional, já que fazendo uso de seus inúmeros recursos singulares de expressão da realidade contemporânea, supera a simples obrigação de informar para ascender o degrau ao nível de conscientizar e transformar comportamentos e vidas significativamente o que vai beneficiar a rotina de uma empresa. Palavras-chave: administração, teatro, relações humanas e comportamento. 6 METODOLOGIA Foram utilizadas como fontes de informação sites, livros, revistas e teses em geral que abordam os elementos e inovações recorrentes nas culturas organizacionais atuais e em técnicas de administração de empresas que possuam uma correlação com gestão de recursos humanos. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - O desenvolvimento das relações humanas dentro de uma empresa 10 CAPÍTULO II - A dramatização e as técnicas teatrais utilizadas como agentes de transformação 24 CAPÍTULO III – O impacto das técnicas da dramatização na potencialização das relações humanas 30 CONCLUSÃO 39 ANEXO 40 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44 BIBLIOGRAFIA CITADA 46 ÍNDICE 47 FOLHA DE AVALIAÇÃO 49 8 INTRODUÇÃO O tema busca propor uma alternativa para aumentar a produtividade e a participação grupal dos profissionais de Recursos Humanos e dos demais funcionários de uma empresa no processo de comunicação organizacional. Através da análise dos fatores do cenário atual composto por uma acirrada competitividade empresarial e do estudo aprofundado da temática a ser desenvolvida, nota-se que cada vez mais é necessário investir e capacitar os colaboradores de uma empresa. Desta maneira, os gestores da empresa conseguem manter estes mesmos colaboradores motivados a obterem melhores desempenhos nos negócios/tarefas propostas de uma maneira geral e aumentam a produtividade da força de trabalho de todos os setores envolvidos. Este trabalho pretende discutir a utilização das técnicas teatrais, também intituladas como teatro-empresas e como podem influenciar favoravelmente no comportamento e na comunicação dos funcionários de uma empresa organizacional. Esta modalidade particular está inserida com o embasamento na arte da dramatização teatral da contemporaneidade e sua eficácia poderá ser constatada através do aumento da produtividade obtida e no benefício gerado dentro da rotina maçante dos colaboradores de uma organização. Através do estudo do tema e pesquisas coletadas será possível destacar e exemplificar as técnicas teatrais utilizadas dentro do processo do cotidiano de uma empresa e o porquê de se optar por este processo como inovação comunicativa dentro da cultura empresarial. Os estudos demonstram uma comunicação inovadora que o teatro sempre valorizou, principalmente na questão das relações humanas. O contexto teatral, a partir de suas técnicas e processos de interação, reinterpreta as relações humanas, apresentando ao funcionário/espectador o papel que era até então inédito: o de sujeito da ação. O teatro-empresa influencia favoravelmente o comportamento dos funcionários, constituindo um instrumento importante no processo de comunicação organizacional, já que 9 fazendo uso de seus inúmeros recursos singulares de expressão da realidade contemporânea, supera a simples obrigação de informar para ascender o degrau ao nível de conscientizar e transformar comportamentos e vidas significativamente o que vai beneficiar a rotina de uma empresa. Desta forma, se inicia este trabalho com a abordagem no primeiro capítulo da questão do desenvolvimento das relações humanas dentro em uma empresa. O capítulo está dividido em três tópicos que vão apresentar, sucessivamente, a Gestão Empresarial e as Técnicas Teatrais Estimulando a produtividade. Em seguida, o tópico tratará do ambiente organizacional e finalizando o capítulo a questão do indivíduo presente na organização. Os conceitos de empresa, relações humanas, administração e gestão, serão abordados com ênfase na comunicação. A partir do capítulo segundo, os estudos tratarão do teatro propriamente dito, conceitualizando e fazendo um breve levantamento histórico, a partir das arenas romanas até a contemporaneidade. Será enfatizada a comunicação organizacional que está intimamente ligada ao dia a dia nas empresas e será introduzido o objeto deste trabalho, que é o teatro-empresa, com a abordagem da inovação comunicativa. Para encerrar momentaneamente estes estudos, se destacam no terceiro capítulo as técnicas teatrais. É importante estabelecer quais são estas técnicas e como são utilizadas dentro do processo de formação do ator e como utilizá-las no cotidiano de uma empresa. Estas técnicas seriam parte de um trabalho eficaz de dinâmica de grupo, de motivação às inter-relações considerando seu aspecto de agente da comunicação. Desta forma, o capítulo se desenvolve a partir de um estudo acerca do impacto das técnicas da dramatização na potencialização das relações humanas. 10 CAPÍTULO I O DESENVOLVIMENTO DAS RELAÇÕES HUMANAS DENTRO DE UMA EMPRESA Considerando que as diferentes empresas partem de diferentes princípios de gestão organizacional, segundo Ângelo Kinicki (2008), percebese que não é toda empresa que dispensa cuidados e preocupação para criar e manter uma boa comunicação junto aos seus funcionários e familiares, por exemplo. É necessário aprimorar a Gestão de Pessoas quando se estabelece para tal a premissa de que o funcionário é um elemento-chave para o sucesso e perpetuação dos seus negócios da empresa de um modo geral. Neste primeiro capítulo será abordado o desenvolvimento das relações humanas dentro de uma empresa. O capítulo está dividido em três tópicos que vão apresentar, sucessivamente: A gestão empresarial e as técnicas teatrais estimulando a produtividade; o ambiente organizacional e por último discutirá a maneira na qual o indivíduo encontra-se presente na estrutura organizacional. 1.1 - A Gestão Empresarial e as Técnicas Teatrais Estimulando a produtividade A Administração ou Gestão é uma ciência social que estuda e sistematiza as práticas utilizadas para administrar. 1 O termo propriamente dito “administração” vem do latim administratione, que significa direção, gerência. Isto é, significam o ato de administrar ou gerenciar negócios, pessoas com o objetivo de alcançar metas definidas, preestabelecidas. A Administração compreende uma área do conhecimento que está fundamentada em um conjunto de princípios, normas e funções elaboradas para disciplinar os diversos fatores de produção, sabendo-se que o alcance para determinados fins, como maximização de lucros, e adequada prestação de serviços públicos, atendem a uma necessidade da sociedade. (CHIAVENATO, 2003) 1 Administração. In: FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. São Paulo: Nova Fronteira, 1981. p. 38. 11 Segundo Chiavenato (2003) a Teoria Geral da Administração é um campo do conhecimento que se ocupa do estudo da Administração em geral, na contemporaneidade se revela como uma área repleta de conhecimentos e de desafios também porque cada organização tem objetivos particulares, o seu ramo de atividade, os seus dirigentes e o seu pessoal, além de seus problemas internos e externos peculiares, seu mercado, a sua situação financeira, o desenvolvimento ou aquisição de sua tecnologia, seus recursos básicos, sua ideologia e política de negócios. Segundo Maximiniano (2008), as teorias administrativas são importantes, pois assim que relacionadas com a prática, permitem ao indivíduo identificar os caminhos mais eficientes para alcançar os resultados satisfatórios e, além disso, sabe-se que as organizações dependem de pessoas para administrá-las. O autor complementa analisando que permeando todo esse processo administrativo estão pessoas, objeto destes estudos relacionando-as às questões de gestão de pessoal. Trabalhar com pessoas significa participar de um processo formado por outros processos, como por exemplo, a liderança, que é um processo complexo que se refere a várias atividades e competências dos administradores. Como toda organização é formada por pessoas, a interação entre elas pode e deve ser observada e estudada em seu conjunto de manifestações que, essencialmente, constituem a cultura de uma organização. A cultura compõe-se de três dimensões interdependentes: a material, a psicossocial e a ideológica, tanto na sociedade quanto na organização (MOSCOVICI, 1996, p. 16). Pressupõe-se que a existência de uma instituição a ser administrada e/ou gerida, significa que uma organização é constituída de pessoas e recursos que estão relacionados a um determinado ambiente, orientada para objetivos que lhe são comuns. (IDEM) A Administração é frequentemente tomada como Administração de Empresas, todavia isto só pode fazer sentido se esse termo empresa também for considerado como um sinônimo de organização, o que significa vários esforços humanos organizados, realizados em comum, com um fim específico, 12 um objetivo estabelecido. O ideal seria, segundo Drucker (1998), considerar a Administração de Empresas uma subárea da Administração, já que esta trata de organizações que podem ser públicas, sociedades de economia mista ou privadas, com ou ainda sem fins lucrativos. A necessidade de organizar os estabelecimentos nascidos com a revolução Industrial no século XIX, levou profissionais de diversas áreas mais antigas, a exemplo da Engenharia que busca soluções específicas em sua área de atuação. Então a aplicação de métodos de diversas ciências, para administrar seus empreendimentos, deu origem aos “rudimentos da Ciência da Administração” (DRUKER,1998) Outros autores que consideram a Administração uma área interdisciplinar do conhecimento humano, se utilizaria de métodos e saberes de diversas ciências, como a Contabilidade, Direito, Economia, Filosofia e Sociologia. Porém, não se deve confundir, como afirma Drucker, a gerência de uma casa ou da vida pessoal, com a administração de uma instituição. A gerência corporativa requer conhecimento e aplicação de diversos modelos e técnicas administrativas, ao passo que a gerência pessoal pode ser feita por pessoas sem qualificações adicionais. Como exemplo de dependência da Ciência da Administração, para funcionar de forma empresarial, estão as Instituições de Direito Público ou de Direito Privado, criadas, respectivamente, para finalidades sociais ou fins lucrativos. (CHIAVENATO, 2003). As organizações mundiais têm passado por mutações diversas e intensas, e com o decorrer dos anos elas têm procurado se adequar fundamentalmente às pessoas. Com estas diversas mutações ocorrendo, surge dentro das organizações um novo departamento e uma nova filosofia de administrar uma organização. A área de Recursos Humanos, tendo como filosofia a valorização das pessoas que são o maior bem patrimonial existente na organização. Contudo a área de Recursos Humanos vem para fazer com que as organizações reconheçam o verdadeiro papel das pessoas que contribuem para o sucesso. É preciso antes de tudo valorizar os seus clientes internos e externos, comprometer-se eticamente com o desempenho. 13 A contemporaneidade trouxe a questão do ser diferente e do fazer diferente tudo este um requisito para acompanhar a competitividade, porém isso só pode ocorrer se as pessoas que fazem parte da organização estiverem realmente comprometidas em seguir suas normas e visão, e que estejam realmente engajadas com o cumprimento de seus objetivos e de atingir as metas organizacionais estabelecidas. Assim, a Gestão de Pessoas faz parte de toda organização e é essencial que busca a excelência, a qualidade como premissas de um trabalho bem planejado. Mas é importante apontar que a organização necessita desenvolver e valorizar os talentos existentes dentro da equipe como forma de motivação para o bom desempenho de todos, fazendo com que ele se sinta verdadeiramente útil no processo administrativo, mas que também venha a conscientizar todo colaborador e o ser humano que tem grande importância dentro de uma empresa. É através das técnicas teatrais, da dramatização que possam reviver as cenas do cotidiano, a inversão de papéis, improvisações e as dinâmicas, é possível descobrir novas formas de estar no mundo, de ser no mundo. Essas técnicas, os exercícios, permitem a criação de diferentes papéis a serem desenvolvidos mais ainda, a possibilidade de realizar tarefas de uma maneira mais criativa e prazerosa com a dramatização. De uma forma lúdica, trabalhamos a capacidade de descobrir recursos internos, desenvolvem-se novas atitudes e novas respostas, por conseguinte, se pode construir habilidades cognitivas e estimular diferentes formas de solucionar problemas e de negociar no dia a dia da empresa. O teatro tem uma função transformadora. Assim, através dessa experiência, é possível desenvolver as capacidades emocionais, intelectuais, criativas e produtivas do trabalhador e funcionário da empresa. (GIL, 2001) Gestão de Pessoas é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais. (GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001). 14 A área de Recursos Humanos, a parir do final do século XX deixou de ser um simples departamento de pessoal para um agente de transformação em uma organização. O atual momento das organizações requer ações de gestão que gerem comprometimento por parte dos funcionários. A competição muito intensa fez com que modelos mais tradicionais fossem substituídos por modelos bem contemporâneos, o que gerou um maior valor para os produtos e serviços, proporcionado também maior realização pessoal e profissional a classe de trabalhadores. Em suma, uma empresa é um conjunto de ações organizadas de dois ou mais indivíduos cuja cooperação entre elas é fundamental para a sobrevivência da organização, pois ela só existe quando nelas se apresentam pessoas que se comunicam e estão dispostas a colaborar em ações conjuntas. A cultura organizacional poderia estar dividida “num modelo de iceberg fazendo uma alusão da cultura organizacional, de modo que na parte superior que é a visível, encontra se na superfície das águas, e na inferior fica oculta sob as águas e totalmente fora da visão das pessoas”. Aspectos formais abertos: Estrutura organizacional; Títulos e descrições de cargos; Objetivos e estratégias; Tecnologia e práticas operacionais; Políticas e diretrizes de pessoal; Métodos e procedimentos; Medidas de produtividade física e financeira. Aspectos Informais e ocultos: Padrões de influência de poder Percepções e atitudes das pessoas; Sentimentos e normas de grupo; Valores e expectativas; Padrões de interação informais; Normas grupais; Relações afetivas. 15 1.2 – O ambiente organizacional O ambiente organizacional é uma construção abstrata que pode ser vista a partir de uma série de perspectivas. Dois dos autores mais influentes nesse campo de estudo são Emery e Trist (1965), para quem os ambientes podem variar em termos de seu grau de complexidade e mudança. Sob essa perspectiva, os ambientes do tipo turbulento se modificam constantemente e introduzem elevados graus de incerteza na organização (MORESI, E. A. D. O contexto organizacional. In: TARAPANOFF, K (Org.). Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: Ed. UnB, 2002. p. 51-91). As organizações, desde o início do estabelecimento de seu funcionamento, possuíam algum tipo de sistema de informação, mesmo que este sistema atuasse de forma simplificada. Até bem pouco tempo, “quase todo o ajuste mútuo, ou seja, as trocas diretas de informações dentro da organização eram decorrentes da comunicação interpessoal entre os colegas de trabalho”. Com o advento do computador e a internet, esses sistemas foram revistos, ampliados e resultaram em sistemas integrados de informação. Existe uma enorme variedade de fontes de informação sobre o que é ambiente organizacional. Essas mesmas fontes abrangem os mais diversos aspectos do ambiente empresarial e constituem importante recurso de informação para os negócios de um modo geral. Outros trabalhos descrevem além de analisam fontes de informação que podem ser utilizadas no processo monitoração do ambiente organizacional. Se lê em Vergara (2000) uma série de fontes citadas de como relatórios de estudos sobre setores industriais, associações comerciais, publicações comerciais, imprensa especializada em negócios, diretórios, relatórios anuais e publicações governamentais. Um estudo realizado por Varella (2002) identifica outra lista de fontes assinaladas por gerentes considerando importantes para o processo de inteligência empresarial: - fontes internas: setores de vendas, de pesquisa mercadológica, de planejamento, de engenharia, de compras, análise de produtos concorrentes, ex-empregados de concorrentes; 16 - contatos diretos com o setor de negócios: clientes, encontros, demonstrações de vendas, distribuidores, fornecedores, associações comerciais, consultores, varejistas, empregados dos concorrentes; agências de publicidade; - informações publicadas: periódicos do setor, material promocional das empresas, relatórios anuais, relatórios de analistas financeiros, periódicos financeiros, discursos dos gerentes, periódicos de negócios, jornais nacionais e locais, diretórios, publicações governamentais; - outras fontes: analistas financeiros, bases de dados eletrônicas, bancos de 2 investimento e comerciais, e anúncios . Podem-se resumir estas fontes no quadro abaixo: Quadro 1: Fontes externas e internas de informações construção própria Esta relação faz parte do ambiente organizacional. É importante destacar a identificação das fontes de informação de acordo com sua origem, porque estas envolvem um certo grau de ambiguidade. Pode-se explicar o fato porque a informação é transmitida ao longo dos elos de uma “cadeia alimentar 2 IN: http://www.dgz.org.br/dez02/Art_03.htm . 17 informacional”. O que significa que as diversas fontes se “alimentam umas das outras, formando diversas cadeias alimentares inter-relacionadas, de forma que a informação é tipicamente transferida através de vários consumidores intermediários antes de chegar ao usuário final”. (ARAÚJO, 2004) Acerca da questão administrativa organizacional, se identifica a questão do controle. O controle é uma variável que tem substancial importância nos estudos sobre as organizações. A existência de qualquer organização está altamente condicionada ao controle, pois sem a presença dessa função administrativa é quase impossível manter qualquer planejamento administrativo. O controle é uma ferramenta de auxílio do administrador para o alcance do desempenho da organização. (DRUCKER, 1998) Planejamento, controle e decisão são atividades interligadas. O planejamento estabelece o padrão para que o controle verifique o padrão e a decisão dá início às informações geradas pelo controle. Assim, o controle possibilita ao gestor certificar-se de que as metas e os objetivos estão sendo alcançados pela organização, orientando as decisões a sua equipe, aos funcionários. Os resultados alcançados devem ser comparados com os níveis de desempenho esperados. Tem-se, então, que o controle é um processo essencialmente regulatório. O controle também exerce a função restritiva, o que significa que se pode esperar que os indivíduos se mantenham dentro dos padrões desejados e/ou estabelecidos previamente. (DRUCKER, 1998, p.238) Os desvios devem ser analisados e também devem ser identificados os impactos que esses desvios provocarão nos resultados futuros: “a finalidade do controle é fazer com que o processo corra suavemente, corretamente e segundo os padrões exigentes”. Um sistema de controle eficaz fornece informação e feedback quanto ao desempenho das atividades, permitindo a descentralização. Ele possibilita a competitividade, a formulação de estratégias, além de ter o importante papel de minimizar riscos na tomada de decisões. (IDEM) Então se pode afirmar que a Administração se preocupa em decidir quais as etapas que devem ser mensuradas e em quais momentos o controle deverá exercer sua missão. O controle é uma ferramenta fundamental no 18 processo de gestão e naturalmente deve ser flexível para não gerar custos excessivos e gerar, ainda, mais problemas do que soluções. Espera-se que um controle organizacional eficiente apresente diversas características para atuação. Desta forma, se acredita, que ele não deve medir apenas o que passou ou se adaptar às operações do momento. O controle verifica onde as organizações querem chegar a fim de se adaptarem às novas estratégias todo o tempo. Outro ponto importante é que o controle também permeia cada etapa do próprio processo de controle, desde o estabelecimento dos padrões até a adoção das ações necessárias e com função corretiva, consequentemente. (VERGARA, 2000). Quadro 2: A pirâmide de atuação do RH. Fonte: Educacão corporativa e organizacional do departamento de Rh.com 19 1.3 – O indivíduo presente na organização O futuro não pode ser uma continuação do passado, e há sinais, tanto externamente quanto internamente, de que chegamos a um ponto de crise histórica. As forças geradas pela economia tecnocientífica são agora suficientemente grandes para destruir o meio ambiente, ou seja, as fundações materiais da vida humana. As próprias estruturas das sociedades humanas, incluindo mesmo algumas das fundações sociais da economia capitalista, estão na iminência de ser destruídas pela erosão do que herdamos do passado humano. Nosso mundo corre o risco de explosão e implosão. Tem de mudar. (HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX 1914-1991. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p.562) É importante a partir deste tópico, compreender em que se transformou o trabalho na sociedade moderna, ou seja, após a Revolução industrial, e quais foram as consequências dessa transformação para o indivíduo e o indivíduo trabalhador. Algumas questões de extrema relevância precisam ser levantadas para se entender como se deu o processo dessa mudança. O primeiro ponto se refere ao desenvolvimento de uma estrutura arcaica que com o desenvolvimento tecnológico vem assumindo um papel de influência determinante na sociedade moderna. Assim, o homem se defronta cada vez mais com a padronização dos processos de trabalho como trouxe a revolução, e com a sofisticação dos instrumentos tecnológicos, exigindo mão de obra qualificada, tornando o trabalho, quase sempre, desprovido de sentido. (ENRIQUEZ,1997) O segundo ponto se refere à transformação da empresa em um local não cultural em que o indivíduo é constantemente contratado e formado dentro da empresa, no sentido de auxiliar na compreensão do que diz respeito ao trabalho que realiza, sem a grande preocupação, por parte da empresa, em estimular a reflexão crítica. (IDEM) Observa-se com isto, que a empresa busca fornecer os saberes que possam ser essenciais para seu próprio desenvolvimento, relacionado a produtividade e rentabilidade, e principalmente, a empresa trabalha no sentido de desenvolver a identificação a seus funcionários com valores concebidos 20 com a formação de uma cultura da organização. (ARAÚJO, 2004) Segundo Brandão (1999), uma organização pode ser definida de diversas formas: empresa, cooperativa, associação enfim qualquer outro tipo de grupo de pessoas organizadas a partir do mesmo objetivo. E esses grupos têm uma missão fundamental, a de se relacionar com os indivíduos. A Visão de uma empresa é o enunciado do que ela espera em um futuro e dentro de uma perspectiva de espaço de tempo. Ao contrário da Missão que descreve o presente, o agora, a razão de a empresa existir, é a Visão que explicita como a empresa deve ser vista, o que deseja realizar e, fundamentalmente aonde quer chegar. “Se a Missão é permanente e não muda com o tempo, a visão pode ser alterada assim que os seus objetivos são alcançados”. Os Valores atuam como uma ancora, e são formados durante toda a vida, com certeza em algum momento os valores foram se moldando ao tempo e a ambiente na atualidade, e com certeza alguns deles simplesmente desapareceram e reapareceram ao longo da história. (BRANDÃO, 1999) Quadro 3: Organização e Indivíduo Fonte: administradores. com 21 No contexto social de uma empresa, surge a figura do indivíduo atuando de tal forma nas relações de negócios que se torna dissociável os estudos separados da gestão e da pessoa. Sendo assim, se busca uma compreensão acerca do conceito de indivíduo e seu papel na sociedade e nos meios sociais. Kierkegaard aborda uma temática antiga, porém numa perspectiva nova. A questão do indivíduo já surgira na antiguidade. “A palavra indivíduo possui duas origens: em grego, se diz atomon e, na língua latina, individuum. Em ambos os idiomas, o significado aproxima-se de algo que possui uma unidade originária e singular” (DE PAULA, 2009d, p. 39). Passando também pelo idioma dinamarquês, o indivíduo, o único, o singular, se diz en Enkelt, que traduzido para o idioma inglês é sinônimo de single - singular. “O autor dinamarquês enfatiza o indivíduo e sua subjetividade em meio a uma sociedade de massas” (DE PAULA, 2009 ). A dicotomia entre indivíduo e sociedade 3 é fundamental nas Ciências Sociais, e faz parte dos primórdios do desenvolvimento dos saberes humanos, que surgiu em meio a um crescente processo de industrialização iniciado ainda no século XVIII e que levou ao surgimento de inúmeros problemas sociais no inicio do século posterior. Pode-se dizer que as transformações no mundo ocorreram pela transição de uma realidade rural para um ambiente urbano e industrial. O advento de estruturas sociais mais complexas que se formam a partir da Revolução Industrial que fez com que os homens se vissem na necessidade de interpretá-las. A partir da sociologia, surge a nova ciência que, tentará explicar a realidade, estudando sistematicamente o comportamento social dos grupos e as interações humanas em seus mais diversos ambientes e grupos. (IDEM) Basicamente busca-se compreender que todas as relações sociais 3 Dicotomia é a divisão de um elemento em duas partes, em geral contrárias, como a noite e o dia, o bem e o mal, o preto e o branco, o céu e o inferno etc.Com origem no grego dikhotomía, uma dicotomia indica uma classificação que é fundamentada em uma divisão entre dois elementos. A nível da teologia, os dicotomistas acreditam que o ser humano é dividido em duas partes: corpo e alma (sendo que para eles, alma e espírito são sinônimos). 22 estão interligadas, formando um todo social ao qual denominamos de sociedade. “A passagem de uma sociedade rural para uma sociedade urbana, com a formação de grandes cidades, abriu novos espaços de sociabilidade, em que conviveram pessoas diferentes e estranhas umas às outras, com objetivos e motivações distintas”. Esses novos espaços e meios de interrelações substituíram os espaços mais tradicionais. O rápido processo de urbanização provocou a degradação do espaço urbano anterior, do meio ambiente, e a destruição dos valores tradicionais. As indústrias atraíram as populações rurais para as cidades e a tecnologia coloca o ser humano como mentor de uma realidade e exige das empresas uma abordagem humanística em suas relações de trabalho. (MAXIMIANO, 2002) Com o pensador Carl Marx, mesmo em seus primeiros escritos a temática do indivíduo é abordada com maior intensidade. Uma primeira grande crítica é a de que Marx, como economista, preocupou-se em analisar fenômenos econômicos e, por conseguinte, impossibilitou a discussão acerca do indivíduo. No entanto, nenhuma das categorias marxianas como modo de produção, alienação, fetichismo, dinheiro e etc. podem ser identificadas como materiais ou econômicas. Em suma, é por isso que Marx pôde afirmar que o ponto de partida “não é o indivíduo abstrato, imaginado ou pensado. Ele é antes de qualquer coisa um ser corpóreo, real e objetivo; um ser que tem existência material e que tem uma atividade vital que não se reduz à consciência”. 4 Ainda em relação ao indivíduo e os jogos teatrais, é a sua dimensão social, artística, política e ideológica que Max compreendia dentro do universo proletariado, dinâmico dentro de uma perspectiva do trabalho e produtividade. Como técnica e método para a construção de um ser proativo - aquele indivíduo, propositor de novas; operante e consciente traz questões acerca da sociedade e como abordagem metodológica relevante na sociedade contemporânea, principalmente porque o ser humano produz conhecimento – metáfora da ação. (BOAL, 2001) Há a necessidade de se compor uma reflexão acerca da importância do 4 IN:http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v3n1_marx.htm 23 indivíduo relacionando-o com suas atividades e com o seu grupo, dentro e fora do ambiente da empresa. Os jogos teatrais possuem um método no contexto da dinâmica em busca da interação e em função do aumento da produtividade sem gerar estrese. A metodologia aplicada e os procedimentos práticos do método do teatro, quando utilizados, visam a estimular e trabalhar a concentração e descontração ignoradas pelas teorias de Carl Marx. “O método do teatro parte de uma perspectiva, em médio prazo, para a busca de valores éticos e estéticos na composição da identidade, e visão de mundo”. O toda teoria de Augusto Boal (2001) utiliza a perspectiva de mundo pela estética do teatro do oprimido “que consiste em mensurar esses exercícios do fazer-dizer da linguagem teatral e como essa ótica pode compor uma verdadeira forma de verificar e refletir criticamente o ser humano e o mundo”. 24 CAPÍTULO II A DRAMATIZAÇÃO E AS TÉCNICAS TEATRAIS UTILIZADAS COMO AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO Este capítulo abordará o conceito do teatro obtido através de um breve levantamento histórico que inclui o seu surgimento nas arenas romanas até os dias de hoje. Além disso, será introduzido o objeto de estudo, o teatroempresa, que por sua vez exemplificará como a comunicação organizacional se encontra interada ao dia a dia das empresas como uma ferramenta de abordagem de inovação comunicativa. 2.1 – A origem do Teatro-Empresa e/ou Teatro Organizacional A origem do teatro ocidental esta ligada aos mitos gregos arcaicos e a religião grega. A mitologia grega e formada por numerosos deuses imortais e antropomórficos, isto e, que tem a forma e o temperamento humano; os deuses antropomorfizados amam, odeiam, perseguem, discutem, sentem ciúme, são vingativos, traem, mentem como as pessoas comuns. Existem varias gerações e famílias divinas na mitologia grega. (CAMARGO, 2005) Foi Aristóteles, filósofo grego (384-322 a.c.), quem fez a primeira reflexão teórica sobre a natureza e os princípios que regem a arte dramática. Aristóteles definiu os principais elementos de uma peça teatral: o pensamento, a melodia e a encenação, em sua obra “A Arte da Poética”. Embora tenha algumas variações, essa concepção do filósofo prevalece na contemporaneidade, especialmente nas formas de teatro consideradas mais tradicionais. Foram os gregos que produziram um considerável acervo de comentários e referências sobre o teatro e a literatura dramática. Mas nada superou em importância e a grandiosidade de a Poética de Aristóteles em seus capítulos dedicados à tragédia e à comédia, o primeiro corpo verdadeiramente sistemático de teoria do teatro e do drama. Estabelecida uma relação entre o lúdico, a dramatização, a linguagem e 25 a necessidade de comunicar refletindo e trazendo paradoxos para a discussão a partir da modernidade, principalmente, trouxe a perspectiva que se conhece por Happening, ou seja, o que prevê uma reação do público, e procura provocar uma criação artística espontânea, eventualmente coletiva. Primeiro surge o Teatro na Educação ou Teatro Educativo, ou ainda Teatro Pedagógico, que consiste em trazer para a sala de aula, na Escola ou em um projeto de Educação, as técnicas do teatro e aplicá-las na comunicação, na linguagem de comunicação na aplicação do conhecimento. As diversas possibilidades do teatro como uma ferramenta pedagógica já são bem conhecidas. Seja o aluno um espectador ou um mero figurante, o teatro é um meio para fixar na sua memória um determinado tema, para levá-lo, seja através de um impacto emocional ou de uma reflexão sobre determinada questão moral, a estabelecer juízo de valor. Este é, portanto, ponto do qual se pode partir para examinar os aspectos práticos de sua utilização não apenas pelo Pedagogo. O Teatro Empresarial é muito mais que entretenimento ou tão pouco apenas para ajudar a fixar na memória determinado conhecimento. Ele traz uma ação artística diferenciada; uma ferramenta valiosa para comunicação dentro de uma empresa. Como funciona dentro da empresa: - o Teatro Empresarial é uma excelente ferramenta na comunicação interna da empresa; - a comunicação com os clientes e público aberto, torna mais evidente os temas abordados provocando a autocrítica no indivíduo; - o indivíduo passa a se sentir parte fundamental desta engrenagem, chamando à responsabilidade e reavivando o espírito de equipe. 26 Figura 1: Funcionários em treinamento Fonte: LG O Teatro Empresarial viabiliza a formação de uma nova cultura sobre como proceder em situações do dia a dia da organização, enfatiza de forma produtiva e estimulante os procedimentos valorizados pela empresa, ou seja: o que fazer, o que não fazer, como fazer. Os impactos causados pela adoção do caminho errado, com reflexo imediato sobre o ambiente de trabalho e a produtividade são uns dos resultados dessa prática. O Teatro Empresa é uma ótima ferramenta para assimilação de sua mensagem, você escolhe o tema: SIPAT (segurança do trabalho), Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Motivação, Liderança e Produtividade, Ergonomia, Força de vendas e outras mais. Verifica-se que após o treinamento com esta abordagem se dá com espetáculos ou ações sobre a rotina de seus trabalhos, onde os envolvidos assistem de forma prática e divertida a situações do cotidiano, pois se identifica com as histórias apresentadas, o que vem a gerar reflexão sobre o tema abordado e trazendo novas possibilidades para temáticas em reuniões e reavaliações. Assim, se cria novos recursos e poderoso agente para implantação e fidelização de normas e procedimentos empresariais. Temas mais abordados dentro das empresas, segundo Varella (2002): 27 • Comunicação e Integração • Segurança do Trabalho – SIPAT´S • Qualidade de Vida - STRESS • Motivação • Atendimento ao Cliente • Fidelização de certificados e normas • Lançamento de Produtos • Convenções • Autoentendimento, e aconselhamentos • Campanhas de conscientização relacionamentos Figura 2: Treinamento em locus Fonte: Petrobras 28 2.2 – As inter-relações com a prática do teatro A maior questão para as relações dentro das organizações se estabelecem hierarquicamente e, por conseguinte, em cada núcleo da empresa. Por exemplo, o supervisor: o termo supervisão é usado costumeiramente para designar a atividade de direção imediata das atividades dos subordinados. Assim, de acordo com Robbins (1978), ela representa a função de direção exercida no nível operacional da empresa, ou seja, assistência à execução. (SILVA&OLIVEIRA, 2009). Segundo o autor Bittel (1982), os supervisores constituem uma peça fundamental de todos os grupos de gerenciamento, contribuindo para a solidez de uma organização. Eles atuam como ponto de convergência entre os níveis intermediários e executivos da gerência e o nível dos empregados que executam o trabalho. De modo a exemplificar um forte segmento especializado neste ramo de atuação, pode-se exemplificar como objeto de estudo para este trabalho o desenvolvimento das ações da empresa Primeiro Ato Produções. Atuante no mercado nacional há quinze anos e detentora de uma considerável cartela de 300 clientes-empresas como a Volkswagem, Bayer e Unilever, a produtora teatral paulista utiliza o teatro como ferramenta nos objetivos das empresas de estabelecer um conjunto de elementos, interagindo com a força de trabalho, por meio de diretrizes e padrões. O objetivo final é o de promover a melhoria da qualidade dos serviços e aumentar uma postura preventiva com relação às questões de segurança, meio ambiente, saúde e assuntos corporativos em geral e a lidar com questões de poder, hierárquicas, de relacionamento e grupal (produtividade e motivação). É uma empresa especializada em palestras, esquetes, performances, intervenções dentro do conceito “teatro treinamento” para as empresas que buscam dinamizar suas atividades. Utilizando o humor e a emoção, os espetáculos pretendem informar, sensibilizar e conscientizar, através de uma identificação imediata e, desta 29 forma ter uma grande aceitação e envolvimento dos temas apresentados, assim como, um alto índice de absorção e fixação de informações. Tem também como objetivo ser ágil e prático, facilitando as nossas apresentações nos mais variados espaços e locais que a empresa julgar oportuno. Figura 3: apresentação de funcionários para funcionários Fonte: Belgo Bekaert – 2011 O papel da linguagem como mediadora das relações estabelecidas pelos sujeitos estabelece uma dinâmica necessária a todos os segmentos da sociedade e empresarial, principalmente porque todos estão ligados ao marketing pessoal também. O teatro romano criou suas próprias inovações, com o esclarecimento das inter-relações entre teatro e educação. 30 CAPÍTULO III O IMPACTO DAS TÉCNICAS DA DRAMATIZAÇÃO NA POTENCIALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES HUMANAS Para encerrar estes estudos, será desenvolvido neste capítulo as técnicas teatrais e como elas são utilizadas dentro do processo de formação do ator dentro do cotidiano de uma empresa. Desta forma, o capítulo se resume a partir de um estudo acerca do impacto das técnicas da dramatização na potencialização das relações humanas. 3.1 – A cultura empresarial Henry Ford terá afirmado certo dia “Como se explica que quando preciso apenas de um par de mãos, tenha de lidar com um ser humano?”. Se esta questão do fundador da Ford Motor Company não estivesse documentada como tendo sido proferida por um dos maiores industriais de todos os tempos, o mal-estar provocado pela asserção seria certamente grande numa conversa casual entre modernos profissionais de RH. Embora atendendo a uma distância temporal significativa, os desafios genéricosouque estão na essênciaque deste A cultura empresarial é um conjunto sistema de significados são desabafo mantêm-se: como lidar com um ser humano em ambiente compartilhados por umagerir determinada empresa dentro deimpacto um tempo laboral? O que acarreta tamanha complexidade? Que tem essa gestão no dia a dia das empresas e demais organizações? muito específico. Essa cultura inclui valores, crenças, histórias, (NEVES, 2000) A cultura empresarial pode ser vista como resultado de um aprendizado coletivo que identifica as instituições. Atualmente, é bastante comum contrapor as empresas tradicionais e as empresas dentro da nova economia, o que lhes confere elementos culturais distintivos, dentre eles está a Ética. Ainda que esta distinção ocorra, ela reforça a ideia de que as empresas, vistas isolada ou conjuntamente, professam uma cultura e que ela está em permanente e intensa mudança. (IDEM) Se for considerado que comunicar não é passar informações, mas a humanização das relações será identificado que as empresas estão empenhadas em humanizar suas relações internas e externas. Isto significa 31 que está havendo uma aproximação com funcionários e com os clientes. Essa aproximação vem se dando através da linguagem tecnológica, basicamente. O advento da internet possibilita esse processo com muita rapidez e funcionalidade, mas ainda se considera a cultura organizacional e o marketing (construção da marca) como determinante no estabelecimento da comunicação e humanização propostas. A comunicação interna é uma ferramenta fundamental para as organizações no que se refere à obtenção de excelentes resultados como o aumento da produtividade e o ganho financeiro. Todavia, quando ocorre barreiras na comunicação interna, vários transtornos surgem e podem levar a organização ao descrédito, ou até mesmo ao fracasso. A comunicação quando malfeita ou feita de forma insatisfatória gera insegurança, desmotivação e falta de comprometimento em seu quadro de pessoal e clientes externos. 5 Quadro 4 : Cultura empresarial Construção própria a partir de CALDAS & MOTTA, 1997 5 JACOMINI, Luciana. O papel da comunicação nas organizações. Rev. Npi /Fmr. set. 2011. IN: http://www.fmr.edu.br/npi.html 32 3.2 – A teatralização e a Gestão de Recursos Humanos Henry Ford terá afirmado certo dia “Como se explica que quando preciso apenas de um par de mãos, tenha de lidar com um ser humano?”. Se esta questão do fundador da Ford Motor Company não estivesse documentada como tendo sido proferida por um dos maiores industriais de todos os tempos, o mal-estar provocado pela asserção seria certamente grande numa conversa casual entre modernos profissionais de RH. Embora atendendo a uma distância temporal significativa, os desafios genéricos que estão na essência deste desabafo mantêm-se: como lidar com um ser humano em ambiente laboral? O que acarreta gerir tamanha complexidade? Que impacto tem essa gestão no dia a dia das empresas e demais organizações? (NEVES, 2000) Os autores Boxall e Purcell (2000), afirmam que a nova Gestão de Recursos Humanos (GRH) está posicionada como agente facilitador da tomada de decisões estratégicas. Se existem objetivos dentro das empresas de ter retorno dos investimentos e ganhar vantagens competitivas sustentadas através das pessoas, terão que estabelecer uma ação em termos de GRH. Pode-se citar como bons exemplos, o aumento da flexibilidade e na crença da legitimidade social e da justiça. Levando em consideração estes objetivos, e se as práticas de GRH estiverem concentradas no desenvolvimento do indivíduo, essa relação resultará essencialmente, no desenvolvimento de uma força de trabalho que tem facilidade em mudar, e que se adapta a ambientes internos e externos hostis e competitivos. Uma vez atingido este ponto, os autores creem que se terá desenvolvido, através do sistema de RH, conhecimentos e aptidões essenciais para se tomarem decisões estratégicas. (BOXALL& PURCELL, 2000). Quadro 5: Processos na GRH. Fonte: SCIELO 33 As pessoas partilham interpretações de situações específicas no ambiente de trabalho, se comportam de forma consistente com os padrões exigidos pelas organizações as quais representam. Sendo assim, se convergem naquilo que é de fato importante realizar dentro da empresa, o que melhora a performance não só individual como organizacional, objetivo final. Ao contrário de quando os colaboradores discordam por interesses diferentes, quanto a padrões de conduta, empenho e desempenho. Dificilmente as performances individuais e organizativas serão inovadoras, mas estabelecem situações que induzem, em menor grau ou e menor força, os comportamentos individuais como mostra a figura abaixo: (CHIAVENATO, 2003): Quadro 6: Processos / Força do GRH Fonte: SCIELO 34 Segundo a afirmação dos autores Bowen e Ostroff (2004) - (Bowen, D. e Ostroff, C., Understanding HRM-Firm performance linkages: the role of the ‘strength’ of the HRM system». Academy of Management Review, 29(2), pp. 203-221) é possível observar a verdadeira importância da comunicação e da comunicação organizacional. “Tão ou mais importante do que se transmite, é a forma como se transmite Significa isto que quem emite essas mensagens passa a ter um papel de enorme relevo ao nível da influência social, da persuasão e da interação com os outros”. O modelo realça a força da situação como um elo que liga a GRH e a liderança, de um lado, e a performance organizacional, do outro. Alcançar os objetivos organizacionais estratégicos é função da capacidade do sistema de GRH e da liderança para influenciar comportamentos e percepções. (ARAÚJO, 2004) Esta nova concepção do indivíduo interliga os conceitos de sistema de Recursos Humanos, cultura, comunicação, liderança, clima e performance organizacional. A proposta reflete uma nítida concepção holística da GRH. Uma visão voltada para os processos de comunicação e inter-relações, poderá oferecer um melhor entendimento do sucesso ou o insucesso das políticas de gestão implementadas nas empresas. (IDEM) Quadro 7: Modelo expandido da Força de GRH (Bowen e Ostroff, 2004) Fonte: SCIELO 35 3.3 – As empresas utilizam o Teatro Empresa: resultados As organizações estão inseridas em ambientes diversificados, vulneráveis, em contrastes sutis e em constantes mudanças, em que a grande volatilidade de informações e a concorrência influenciam no desempenho de funcionários e comportamento dos clientes exigindo agilidade e competitividade. Devido a esta competitividade entre as organizações, somente as com melhores estratégias e diferenciais resistirão a este esforço. (BRUNO-FARIA, 2003). Por isso, segundo Bruno-Faria, se valoriza cada vez mais qualidade e eficiência nos processos organizacionais, além da criatividade. Os fatores que refletem diretamente nos produtos e serviços estão condicionados a este contexto. Considerando esta realidade, a comunicação torna-se fundamental e o suporte necessário ao ideal relacionamento entre uma organização e seu público interno e externo está estabelecido entre o que funciona e o que precisa mudar. Basicamente, os quadros abaixo fazem apontamentos que resumem esta introdução: 36 Quadro 5: Arteterapia. Fonte: TEM Quadros 8 e 9: Funcionamento da gestão no processo grupal Fonte: Volvo Caminhões O filósofo Locke, no século XVI, já imaginava que os objetos enviam sinais físicos ordenados de tal forma que o nosso cérebro pode identificá-los e gerar as ideias e motivar a mente humana o tempo inteiro. Tudo indica, no entanto, que ele desconhecia que, “no processo do conhecimento o mesmo se dá com o sentimento”. Como sabe hoje o leitor que lê revistas e assiste os informativos da tevê, por exemplo, o cérebro gera a química responsável por nossos sentimentos em todas às suas variações e ressonâncias. Resumindo, as “coisas” enviam os sinais (acústicos, óticos, visuais, odoríferos, tácteis) “com os quais nós as identificamos (formulamos conceitos), e que também provocam no cérebro a alteração fisiológica geradora dos sentimentos que lhes correspondem” – são belas e prazerosas, ou feias ou insuportáveis. Entre esses sentimentos estão o prazer e a emoção do êxtase e o sucesso. A Artemix Consultoria 6 6 oferece peças teatrais com o objetivo de treinar - IN: Artemix Consultoria - http://www.artemixconsultoria.com.br/index.php/#quem_somos 37 os colaboradores, focando temas como segurança, motivação, produtividade, responsabilidade social e qualidade de vida, entre outros - duração de cada apresentação - cinquenta minutos. Palestra Teatral- baseado num tema de interesse, as palestras animadas oferecidas pela Artemix proporcionam aos seus clientes alternativos eficazes para abordar assuntos sérios com os seus colaboradores de maneira leve e bem humorada- duração de cada apresentação - quarenta minutos. As empresas utilizam o Teatro-Empresa: resultados (principais impactos e benefícios) - O teatro é uma linguagem poderosa, com alto poder de síntese e possibilidades; - É capaz de proporcionar impacto múltiplo e diversificado; - É capaz de gerar um registro muito mais consistente na memória, ao atingir o espectador em três níveis: racional, emocional e estético; - Uma peça de teatro é mais eficiente que um treinamento convencional, pois permite que seja vista, ouvida e sentida; - Possibilita apresentar cenas com situações, conceitos e ideias que estimulam a adoção de uma nova postura profissional, interferindo efetivamente na cultura da empresa; - O poder de síntese da linguagem cênica lança mão de recursos expressivos próprios da linguagem teatral, permitindo explorar um extenso conteúdo informativo em pouco tempo; - A peça é elaborada e adaptada segundo as necessidades e expectativas de cada empresa. Figura 4: treinamento e divulgação. Fonte: ArteMix Consultoria 38 A eficácia nos treinamentos e no dia a dia de uma organização que se utiliza de técnicas teatrais como fator agregador e gerador de potencialidades, comprovam a partir de resultados eficientes e rápidos, com o bom desempenho de seu quadro de funcionários e satisfação dos clientes, que a humanização é parte sim de um processo em que no início, com a Revolução Industrial, estava descartado da rotina das fábricas mecanizando as ações e sentimentos inerentes ao ser humano, tornando sua força de trabalho sacrificante e em processo de deterioração de um conceito arcaico de força de trabalho. (MONTANA, 2003) A principal abordagem com as técnicas teatrais é a identificação despertada pela experiência teatral cria empatia com os personagens e com as situações retratadas; o potencial emotivo é maior do que em outras linguagens. A informação no teatro não é fria. Todo o conteúdo veiculado impele ao envolvimento com as situações abordadas; assistir a uma peça é participar de um jogo prazeroso. 39 CONCLUSÃO A aplicação de técnicas alternativas para o treinamento de funcionários vem crescendo cada vez mais dentro das empresas. Essa é uma realidade que trouxe a preocupação em se analisar a eficácia dessas práticas, emergindo da pesquisa realizada por este trabalho. Nessa pesquisa o objetivo foi o de analisar a eficácia das técnicas como uma prática inovadora de treinamento utilizada por várias empresas não especificadas aqui, mas identificadas. Na análise dos dados como os estudos acerca do teatro, faz parte da análise de conteúdo da temática. Concluindo-se assim que a aplicação de técnicas teatrais, a aproximação com a arte do teatro para os funcionários em uma empresa, tem contribuído significativamente para a melhoria no relacionamento dos funcionários, aumentando a motivação, desempenho e produtividade. O que tem influenciado positivamente nos negócios da empresa de uma maneira geral e quando a mesma após a utilização dessa prática, tem se destacado e sendo referência para outras. A intervenção Teatral é realizada em qualquer área da empresa, com os atores interagindo, qualificando e alertando acerca dos temas específicos solicitados pela empresa. O principal objetivo das intervenções realizadas é interagir e estimular os colaboradores e ao mesmo tempo passar as informações. Sabe-se que o treinamento é ferramenta indispensável para a manutenção de uma equipe de trabalho. Mas é importante manter esta equipe capacitada e motivada, pois é responsável pelo aumento da produtividade e motivação da força de trabalho. As empresas na atualidade têm buscado modernas ferramentas para gerir seus funcionários e em se tratando do treinamento e desenvolvimento elas recorrem a várias práticas consideradas comuns até aquelas mais arrojadas e inovadores, modernas como a que se destaca no objeto nesse trabalho que ainda demonstra que as dramatizações, que se utilizam da simulação de ambientes reais de trabalho, trazem um efeito positivo na ação e esforços do dia a dia. 40 ANEXO INTERNET 41 42 43 44 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ARAÚJO, Luis César G. Teoria Geral da Administração: aplicação e resultados nas empresas brasileiras. Ed. Atlas, SP, 2004, p. 170 BITTEL, Lester R. Supervisão eficaz. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982. BOAL, Augusto. Jogos para atores e não-atores. 4 ed. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2001. ___________. 200 jogos para atores e não-atores com vontade de dizer algo através do teatro. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1993. BRANDÃO, Hugo Pena. Gestão baseada em competências: um estudo sobre competências profissionais na indústria bancária. 1999. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade de Brasília, Brasília. BRUNO-FARIA, Maria de Fátima; BRANDÃO, Hugo Pena. Gestão de competências: identificação de competências relevantes a profissionais da área de T&D de uma organização pública do Distrito Federal. Revista de Administração Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 7, n. 3, p. 35-56, jul./set. 2003. ____________. Competências relevantes a profissionais da área de T&D de uma organização pública do Distrito Federal. Rev. adm. contemp. vol.7 no.3 Curitiba July/Sept. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?. BOXALL, Peter e John Purcell. Strategy and Human Resource Management: Third Edition (Management, Work and Organisations) – Ed. Palgrave Macmillan, 2000. CALDAS, Miguel P. e Fernando C. Prestes Motta, Cultura Organizacional e Cultura Brasileira, São Paulo, Atlas, 1.997 , de Maria Ester de Freitas, CAMARGO, Robson Corrêa de; José Reinato, Eduardo; Selma Fernandes Capel e Heloisa. Performances Culturais. Editora HUCITEC, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos. Edição Compacta, São Paulo: Atlas, 1998. _________________. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. __________________. Introdução à teroria geral da administração: uma visão 45 abrangente da moderna administração das organizações Elsevier, 2003 - 6' reimpressão. DE PAULA, Marcio Gimenes de. Subjetividade e Objetividade em Kierkegaard. São Paulo: Annablume, 2009. _________, Marcio Gimenes de. Indivíduo e Comunidade da Filosofia de Kierkegaard. São Paulo: Paulus e Mackenzie, 2009. DRUCKER, Ferdinand P. A Profissão de Administrador. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 1998. ENRIQUEZ, Eugène. A organização em análise. Petrópolis: Vozes, 1997. GIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991. KINICKI, Angelo e Robert Kreitner. Comportamento Organizacional. Mc Graw Hill Interamericana do Brial, 2008. MAXIMIANO, Antonio C. A. Teoria geral da administração. Edição compacta. São Paulo: Atlas S.A., 2008. MONTANA, Patrick J.Administração. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003 MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1996. NEVES, J. (2000), Clima Organizacional, Cultura Organizacional e Gestão de Recursos Humanos. RH Editora, Lisboa. SILVA, T.E.; GÓIS, I.R; OLIVEIRA J.C. A má comunicação e os prejuízos da empresa. Revista eletrônica de administração, 2009. IN: http://www.facef.br/rea/edicao15/ed15_art03.pdf VARELLA, João Marcos. Manual de gestão de pessoas e equipes: estratégias e tendências. v. 1. São Paulo: Editora gente, 2002. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. relatórios de pesquisa em 46 BIBLIOGRAFIA CITADA 1 - Administração. In: FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. São Paulo: Nova Fronteira, 1981. p. 38. 2 - BARBOSA, Ricardo Rodrigues. Inteligência Empresarial: uma avaliação de fontes de informação sobre o ambiente organizacional externo. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.3 n.6 artigo 03, Dez./2002. IN: http://www.dgz.org.br/dez02/Art_03.htm 3 - DE PAULA, Marcio Gimenes. Subjetividade e Objetividade em Kierkegaard. São Paulo: Annablume, 2009. 4 – PIRES, Sandra Regina de Abreu. Marx e o Indivíduo. Serviço Social em Revista- Edicão Eletrônica- v.3, n.1, Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina, Jul/Dez. 2000. IN: http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c-v3n1.htm 5 - JACOMINI, Luciana. O papel da comunicação nas organizações. Rev. Npi /Fmr. set. 2011. IN: http://www.fmr.edu.br/npi.html 6– Artemix Consultoria. Quem Somos? IN: http://www.artemixconsultoria.com.br/index.php/#quem_somos 47 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I O desenvolvimento das relações dentro de uma empresa 1.1 – A gestão humanas 10 empresarial e as técnicas estimulando a produtividade 10 1.2 – O ambiente organizacional 15 1.3 – O indivíduo presente na organização 19 teatrais CAPÍTULO II A dramatização e as técnicas teatrais utilizadas como agentes de transformação 2.1 – 24 A origem do Teatro-Empresa e/ou Organizacional 24 2.2 – As inter-relações com a prática do Teatro 28 Teatro CAPÍTULO III O impacto das técnicas da dramatização na potencialização das relações humanas 30 3.1 – A cultura empresarial 30 3.2– A teatralização e a Humanos 3.3- Gestão de Recursos 32 As Teatro Empresa: resultados empresas utilizam 35 o 48 CONCLUSÃO 39 ANEXOS 40 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 46 BIBLIOGRAFIA CITADA 47 ÍNDICE 49