APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE MODELAGEM DE NEGÓCIO COM UML A PROCESSOS ITERATIVOS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE DELMIR PEIXOTO DE AZEVEDO JÚNIOR UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE – UENF CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ ABRIL DE 2003 APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE MODELAGEM DE NEGÓCIO COM UML A PROCESSOS ITERATIVOS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE DELMIR PEIXOTO DE AZEVEDO JÚNIOR Dissertação submetida ao corpo docente do Centro de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências necessárias para obtenção do grau de mestre em Ciências de Engenharia, na área de concentração de Engenharia de Produção. Orientador: Prof. Renato de Campos, D.Sc. CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ ABRIL DE 2003 II APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE MODELAGEM DE NEGÓCIO COM UML A PROCESSOS ITERATIVOS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE DELMIR PEIXOTO DE AZEVEDO JÚNIOR Dissertação submetida ao corpo docente do Centro de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências necessárias para obtenção do grau de mestre em Ciências de Engenharia, na área de concentração de Engenharia de Produção. Aprovada em: Comissão Examinadora: ______________________________________________________________________ Prof. Renato de Campos. D. Sc. – UENF Prof. Clevi Rapkiewicz. D. Sc. – UENF. Prof. Rogério Atem de Carvalho. D. Sc. – UCAM. Prof. Geraldo Galdino de Paula Júnior. D. Sc. – UENF. III AGRADECIMENTOS Agradeço a todos que de alguma forma me ajudaram durante o período dedicado a este trabalho. Especialmente a Deus; a minha amada esposa, Marília; aos meus pais, Maria da Penha e Delmir; e ao meu orientador, Renato de Campos. IV SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - Introdução………………………………………………………………...…1 1.1. Contexto.....................................................................................................................1 1.2. Motivação...................................................................................................................2 1.3. Objetivo......................................................................................................................3 1.4. Hipótese.. ..................................................................................................................3 1.5. Estratégia...................................................................................................................3 1.6. Estrutura do trabalho..................................................................................................4 CAPÍTULO 2 - Engenharia de Software.........................................................................5 2.1. Introdução ..................................................................................................................5 2.2. O Modelo Iterativo e Incremental...............................................................................7 2.3. Arquitetura de Software............................................................................................11 2.4. A Engenharia de Requisitos.....................................................................................13 2.5. UML .........................................................................................................................17 2.6. O Processo Unificado (UP) .....................................................................................28 CAPÍTULO 3 - Modelagem de Negócio........................................................................38 3.1. Introdução ................................................................................................................38 3.2. Modelagem por Processos de Negócio....................................................................39 3.3. Modelagem de Negócio com Orientação a Objeto...................................................41 3.4. Considerações sobre a Modelagem de Processos de negócio com UML...............56 CAPÍTULO 4 – Propostas de atividades para a sistematização do levantamento de requisitos no UP............................................................................................................58 4.1. Introdução ................................................................................................................58 4.2. Atividades Propostas................................................................................................61 4.3. Aplicação das Atividades Propostas à MDS-OO Dataprev......................................69 V CAPÍTULO 5 – Conclusão...........................................................................................101 Referências Bibliográficas.........................................................................................104 Anexo I – Artefatos da MDS Dataprev OO.................................................................107 Anexo II – Exemplos de Artefatos .............................................................................112 VI LISTA DE FIGURAS Figura 1- Riscos de projeto no modelo Cascata (Adaptado de RUP 2002) .....................8 Figura 2 - Riscos de projeto no modelo Iterativo (Adaptado de RUP 2002).....................9 Figura 3 - Vistas de uma arquitetura de software...........................................................12 Figura 4 – Limites da análise de requisitos ....................................................................14 Figura 5 – O “Gráfico das Baleias” (Adaptado de RUP, 2002).......................................30 Figura 6 - As fases e os marcos de um projeto no UP.(Adaptado do RUP 2002) ..........31 Figura 7 – Ícones e Estereótipos estabelecidos por Marshall ........................................43 Figura 8 – Um exemplo de Modelo Organizacional........................................................43 Figura 9 – Meta Modelo proposto por Eriksson e Penker (2000) ...................................45 Figura 10 – Um exemplo de Diagrama de Modelo Conceitual .......................................47 Figura 11 – Exemplo de Diagrama de Objetivos ............................................................48 Figura 12 – Exemplo de Modelo de Informação.............................................................49 Figura 13- Ícone associado à atividade estereotipada como processo de negócio........51 Figura 14 - Representação de um processo de negócio e sua interação com recursos 52 Figura 15 – Exemplo de Diagrama de Linha de Montagem ...........................................53 Figura 16 – Exemplo de identificação de casos de Uso no Diagrama de Linha de Montagem ................................................................................................................55 Figura 17 - Workflow para a Modelagem de Negócio ....................................................62 VII Resumo da dissertação apresentada ao CCT/UENF como parte das exigências para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M. Sc.) em Engenharia de Produção. APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE MODELAGEM DE NEGÓCIO COM UML A PROCESSOS ITERATIVOS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Delmir Peixoto de Azevedo Júnior Abril - 2003 Orientador: Prof. Renato de Campos Curso de Mestrado em Ciências de Engenharia – Área de Engenharia de Produção A atual dinâmica do mercado tem exigido das organizações uma constante reformulação de seus processos de negócio a fim de se manterem competitivas. Esta dinâmica provoca também uma necessidade de adaptações nos softwares que dão suporte a tais processos, ou seja, o surgimento de novos requisitos de software. Entretanto, a atividade de levantamento de requisitos em processos de desenvolvimento de software é realizada muitas vezes de forma pontual, sem uma visão mais abrangente e estratégica do negócio. Evidencia-se neste cenário, portanto, a necessidade de alinhamento entre o levantamento de requisitos e os processos de negócio de uma organização. E neste sentido, este trabalho busca inserir no Processo Unificado (processo de desenvolvimento de software que tem sido usado como base para a definição de várias metodologias encontradas no mercado) atividades para a sistematização do levantamento de requisitos a partir da análise de arquiteturas de negócio. Uma vez definidas de forma genérica para o Processo Unificado, estas atividades serão exemplificadas através de sua aplicação à metodologia de desenvolvimento de sistemas da Dataprev, a MDS-OO Dataprev. VIII Abstract of Dissertation Submitted to the CCT/UENF as partial fulfillment of the requirements for the degree of Master of Sciences. THE BUSINESS MODELING TECHNIQUE WITH UML APPLICATION TO SOFTWARE DEVELOPMENT ITERATIVE PROCESS Delmir Peixoto de Azevedo Júnior April - 2003 Advisor: Renato de Campos Course of Master's Degree in Engineering Science - Area of Production Engineering The current market dynamics has been demanding a constant rebuilding of the organizations’ business processes in order to maintain their competitiveness. This dynamics also provokes needs for adaptations in the software that give support to such processes, in other words, the sprouting of new software requirements. However, the activity of requirements analysis in software development processes is accomplished a lot of times without a general and strategic vision of the business. It is evidenced in this scenery, therefore, the need of alignment between the requirements analysis and the business processes of an organization. In this sense, this work looks forward to insert in the Unified Process (process of software development that has been used as base for the definition of several methodologies found in the market) activities for the requirements analysis systematization through the analysis of business architectures. Once defined in a generic way for the Unified Process, these activities will be exemplified through its application to the systems development methodology of Dataprev, the MDS-OO Dataprev. IX CAPÍTULO 1 Introdução 1.1. Contexto O avanço tecnológico tem permitido o surgimento de novas formas de negócios. As organizações empresariais modernas precisam estar em constante evolução para se manterem competitivas. São necessárias freqüentes reformulações e inovações nos processos de negócio e conseqüentemente nos sistemas de informação que os dão suporte. Muitas vezes a complexidade atinge proporções que dificultam o gerenciamento e mesmo o conhecimento do negócio pelos que o gerenciam. Muitos gerentes não conhecem os recursos que possuem e entre estes os sistemas de informações que existem por toda a organização. É muito comum observar gerentes de departamentos vizinhos replicando dados em sistemas de informações. A integração entre os objetivos do negócio, os processos de negócio, e sistemas de informação é um fator determinante da dinâmica necessária à organização e também um desafio aos gerentes. Nesse cenário dinâmico, os sistemas de informações são os habilitadores do negócio e portanto precisam estar alinhados com os reais objetivos do negócio (AZEVEDO; CAMPOS, 2002). Existem vários métodos, técnicas e ferramentas de modelagem para facilitar o entendimento e análise da complexidade das organizações modernas. Essas facilidades são utilizadas na tentativa de tornar a realidade organizacional mais tangível. Também existem várias metodologias para o desenvolvimento de sistemas de informação. Entretanto, Santander e Castro (2002) observam que há uma falta de integração entre as análises no domínio do negócio e no domínio dos sistemas de informação. Dentre as metodologias de desenvolvimento de sistemas de software o Processo Unificado (UP) é uma das que vêm obtendo destaque entre as demais. Várias 2 metodologias, como a apresentada em Paula (2001), têm sido concebidas utilizando-se os princípios estabelecidos no UP. Entretanto mesmo no UP a atividade de levantamento de requisitos ainda é um processo empírico, não considerando de forma sistemática a importância do foco nos objetivos do negócio. Neste contexto, evidencia-se a necessidade de maior aproximação entre o levantamento de requisitos de sistemas de softwares, nos processos ou metodologias de desenvolvimento de software, às reais necessidades do negócio. Esta dissertação propõe contribuições para uma melhor aproximação entre estes dois domínios, mostrando como um processo de desenvolvimento de software pode utilizar modelos de negócio para sistematizar a identificação de requisitos em função dos reais objetivos do negócio. 1.2. Motivação Segundo Santander e Castro (2002) a identificação dos requisitos funcionais dos sistemas de informação tem sido feita de forma bastante empírica, sem o apoio de métodos mais sistemáticos, o que resulta freqüentemente no desenvolvimento de sistemas não alinhados aos objetivos do negócio. Embora existam algumas heurísticas propostas para identificação de requisitos funcionais, como as apresentadas por Schneider e Winters (1998), Jacobson et al (1999), e em Lilly (1999), não existem métodos estabelecidos que tornem esta atividade mais sistemática. A principal motivação para este trabalho é, portanto, a carência de métodos que alinhem, de forma sistemática, o levantamento de requisitos de software às reais necessidades de um negócio. 3 1.3. Objetivo Este trabalho busca definir atividades a serem inseridas no UP, ou em qualquer outro processo de desenvolvimento baseado neste, de forma a sistematizar o levantamento de requisitos com base em análise de modelos de negócio. Um segundo objetivo deste trabalho é a aplicação das atividades propostas à MDS-OO Dataprev, a metodologia de desenvolvimento de sistemas da Dataprev, fundamentada nos mesmos princípios estabelecidos no UP. 1.4. Hipótese O presente trabalho utiliza a hipótese de que o alinhamento entre requisitos de software e as reais necessidades de informatização da empresa pode ser melhorado através de técnicas de modelagem de empresa, e que a tecnologia da orientação a objeto, através da Unified Modeling Language (UML) permite a integração da representação de modelos nos dois domínios, negócio e software. Uma empresa pode ser modelada como um conjunto de objetos e seus relacionamentos. A análise do relacionamento entre objetos da empresa e objetos de sistemas de software permitirá o alinhamento entre os domínios da modelagem de empresa e de modelagem de requisitos de software e a conseqüente identificação de requisitos de software alinhados ao negócio. A atividade de identificação dos requisitos deve ser ajustada à estrutura do processo de desenvolvimento de software utilizado. 1.5. Estratégia De maneira a testar a hipótese citada esta dissertação inicialmente avalia através de uma pesquisa bibliográfica técnicas de modelagem de negócio e de identificação de requisitos de software. 4 Em seguida são definidas atividades para identificação sistemática de requisitos, a partir de modelos de negócio, e aplicadas ao Processo Unificado de desenvolvimento de software. As atividades propostas são então aplicadas à MDS-OO Dataprev. 1.6. Estrutura do trabalho A dissertação está organizada de acordo com a estrutura de capítulos a seguir: Capítulo 2: Apresenta os conceitos da engenharia de software e de requisitos. Apresenta a Linguagem UML e o Processo Unificado de Desenvolvimento de Software. Capítulo 3 : Apresenta os conceitos e métodos da modelagem de negócio e as propostas de extensão da linguagem UML para a modelagem de negócio. Capítulo 4. Apresenta as atividades propostas nesta dissertação, a serem inseridas no UP ou qualquer outra metodologia de desenvolvimento de sistemas baseada na estrutura deste. Apresenta também a aplicação destas atividades na metodologia de desenvolvimento de sistemas da Dataprev. Capítulo 5: Apresenta as conclusões do trabalho. CAPÍTULO 2 Engenharia de Software 2.1. Introdução Uma primeira definição de engenharia de software foi proposta por Fritz Bauer na primeira grande conferência (NAUR; RANDELL; BUXTON, 1969) dedicada ao assunto: O estabelecimento e uso de sólidos princípios de engenharia para que se possa obter economicamente um software que seja confiável e que funcione eficientemente em máquinas reais. Segundo Pressman (1995) a engenharia de software abrange um conjunto de três elementos fundamentais: métodos, ferramentas e procedimentos, que possibilita ao gerente o controle do processo de desenvolvimento do software e oferece ao profissional uma base para a construção de software de alta qualidade com produtividade. A seguir o autor analisa cada um desses elementos: Os métodos - proporcionam os detalhes de “como fazer” para construir o software. Os métodos envolvem um amplo conjunto de tarefas que incluem: planejamento e estimativa de projeto, análise de requisitos de software e de sistemas, projeto da estrutura de dados, arquitetura de programa e algoritmo de processamento, codificação, teste e manutenção. Os métodos da engenharia de software muitas vezes introduzem uma notação gráfica ou orientada a uma linguagem específica, e introduzem um conjunto de critérios para a qualidade do software. As ferramentas – proporcionam apoio automatizado ou semi-automatizado aos métodos. Atualmente existem ferramentas para dar suporte a vários métodos. Quando as ferramentas são integradas de forma que a informação criada por uma ferramenta possa ser usada por outra, é estabelecido um sistema de 6 suporte ao desenvolvimento de software chamado engenharia de software auxiliada por computador (CASE – Computer-Aided Software Engineering). Os procedimentos (também citados como metodologia ou processos) – constituem o elo de ligação que mantém juntos os métodos e as ferramentas e possibilitam o desenvolvimento racional e oportuno do software de computador. Os procedimentos definem a seqüência em que os métodos serão aplicados, os produtos que se exige que sejam entregues (documentos, relatórios, formulários, etc.), os controles que ajudam a assegurar a qualidade e a coordenar as mudanças, e os marcos de referência que possibilitam aos gerentes de software avaliar o progresso. A engenharia de software se dá através de um conjunto de fases. Cada uma das fases pode envolver métodos, ferramentas e procedimentos. A forma de estruturação destas são citadas como modelo de engenharia de software (PRESSMAN, 1995). Um modelo de engenharia de software é escolhido tendo-se como base a natureza do projeto e da aplicação, os métodos e as ferramentas a serem usados, os controles e os produtos que precisam ser entregues. Pressman também analisa que independentemente do modelo de desenvolvimento de software, o processo de desenvolvimento contém três fases genéricas: definição, desenvolvimento e manutenção. Na fase de definição, o desenvolvedor de software tenta identificar que informações necessitam ser processadas, quais funções e desempenho são desejados, quais interfaces devem ser estabelecidas, quais restrições de projeto existem e quais critérios de validação são exigidos para se definir um sistema bem sucedido. Pressman(1995) também observa que embora os métodos aplicados durante a fase de definição variem em função do modelo, três etapas específicas ocorrerão de alguma forma: Análise do sistema – que define o papel de cada elemento num sistema baseado em computador determinando o papel que o sistema desempenhará; 7 Planejamento do projeto de software – que aborda a análise de riscos, alocação de recursos, estimativas de custos e a definição de tarefas e programação de trabalho. Análise de requisitos – que detalha o escopo através de uma análise do domínio da informação e das funções do software. A fase de desenvolvimento tenta definir como a estrutura de dados e a arquitetura de software têm de ser projetadas, como os detalhes procedimentais têm de ser implementados, como o projeto será traduzido numa linguagem de programação e como os testes têm de ser realizados. Assim como na fase de definição, os métodos da fase de desenvolvimento também variam em função do modelo de engenharia de software a ser usado no projeto. Mas três etapas genéricas ocorrerão de alguma forma: projeto de software, codificação e realização de testes do software. A fase de manutenção concentra-se nas mudanças que estão associadas a correção de erros, adaptações e melhoramento funcional do software. Quatro modelos de engenharia de software têm sido amplamente discutidos: o ciclo de vida clássico (ou cascata), a prototipação, o modelo espiral, e as técnicas de Quarta geração (PRESSMAN, 1995). Atualmente um novo modelo tem sido amplamente usado, o modelo iterativo e incremental. Este modelo é apresentado em (JACOBSON; BOOCH; RUMBAUGH, 1999) e em (PAULA, 2001). Este modelo será apresentado a seguir e utilizado como base para o método proposto neste trabalho. 2.2. O Modelo Iterativo e Incremental Um projeto de desenvolvimento de software transforma uma quantidade de requisitos e usuários em uma quantidade de produto de software. Num processo iterativo e 8 incremental a quantidade de mudança é feita por partes. Em outras palavras, divide-se o projeto em um número de mini-projetos, cada um correspondendo a uma iteração. Cada iteração abrange todas as etapas do desenvolvimento: planejamento, levantamento de requisitos, análise, projeto, implementação, teste, e preparação para a implantação. Cada uma destas iterações assemelha-se ao tradicional modelo Cascata da engenharia de software porque se procedem através de atividades seqüenciais e subsequentes. Pode-se considerar cada iteração como um processo “minicascata”. Geralmente, uma abordagem iterativa é superior a uma abordagem linear ou em cascata. O RUP (2002) apresentada vários motivos para isto, entre eles: • Os riscos são reduzidos mais cedo, pois os elementos são integrados progressivamente: Todos os projetos têm um conjunto de riscos envolvidos. Quanto mais cedo puder ser verificado que se evitou um risco no ciclo de vida, mais precisos serão os planos. Muitos riscos nem são descobertos até que se tente integrar o sistema. É impossível prever todos eles, por mais experiente que seja a equipe de desenvolvimento. Em um ciclo de vida em cascata, não se pode verificar se o projeto está livre de um risco até o final do ciclo.(Figura 1) Figura 1- Riscos de projeto no modelo Cascata (Adaptado de RUP 2002) 9 Em um ciclo de vida iterativo, a seleção do incremento a ser desenvolvido em uma iteração é feita com base em uma lista dos principais riscos. Como a iteração produz um conjunto de artefatos testados, pode-se verificar a diminuição dos riscos em cada iteração. (Figura 2) Figura 2 - Riscos de projeto no modelo Iterativo (Adaptado de RUP 2002) • As táticas e os requisitos variáveis são acomodados: A abordagem iterativa permite que sejam considerados os requisitos variáveis, já que eles normalmente serão alterados durante o processo. As mudanças efetuadas nos requisitos e a forma lenta como eles são levantados têm sido sempre as principais fontes de problemas para um projeto, levando a liberação depois do prazo, programações atrasadas, clientes insatisfeitos e desenvolvedores frustrados. Os usuários mudarão de idéia durante o processo. Essa é a natureza humana. Forçar os usuários a aceitarem o sistema como o imaginaram originalmente está errado. Eles mudam de idéia porque o contexto está sendo alterado; eles aprendem mais sobre o ambiente e a tecnologia e enxergam uma demonstração intermediária do produto durante o seu desenvolvimento. Um ciclo de vida iterativo fornece o gerenciamento com um modo de fazer mudanças táticas no produto. Por exemplo, para competir com os 10 produtos existentes, pode-se decidir lançar um produto com funcionalidade reduzida mais cedo como reação a uma movimentação de um concorrente ou poderá adotar um outro fornecedor de uma determinada tecnologia. A iteração também permite mudanças tecnológicas durante o processo. Se alguma tecnologia é alterada ou se torna um padrão conforme aparece uma nova, o projeto poderá aproveitá-la. Particularmente, esse é o caso de mudanças de plataforma e de infra-estrutura de nível inferior. • A melhoria e o refinamento do produto são facilitados, resultando em um produto mais robusto. Uma abordagem iterativa resulta em uma arquitetura mais robusta, pois os erros são corrigidos após várias iterações. As falhas iniciais são detectadas conforme o produto amadurece, durante as iterações iniciais. Os gargalos de desempenho são descobertos e podem ser reduzidos, em vez de aparecerem na véspera da liberação. Desenvolver iterativamente, ao contrário de executar testes uma vez ao final do projeto, resulta em um produto totalmente testado. Houve muitas oportunidades para testar as funções críticas após várias iterações, e os próprios testes, além dos softwares de teste, tiveram tempo para amadurecer. • Aumento de Reutilização Um ciclo de vida iterativo facilita a reutilização. Identificar as partes comuns quando estão parcialmente projetadas ou implementadas é mais fácil que identificar todas as semelhanças no início. 11 É difícil identificar e desenvolver partes reutilizáveis. As revisões de design nas iterações iniciais possibilitam que os arquitetos de software identifiquem reutilizações inesperadas e potenciais, e as iterações subseqüentes permitem que eles desenvolvam e amadureçam posteriormente esse código comum. O uso de uma abordagem iterativa facilita o aproveitamento dos produtos desenvolvidos internamente e adquiridos prontos para serem usados. Haverá várias iterações para selecioná-los, integrá-los e confirmar que eles são adequados à arquitetura. 2.3. Arquitetura de Software O tamanho e a complexidade dos softwares têm aumentado tanto que as técnicas de abstração utilizadas até o final da década de 1980 (como, por exemplo, tipos de dados abstratos, linguagens de programação de alto nível e técnicas de decomposição modular) já não são mais suficientes para lidar com esses novos problemas envolvendo o projeto de software no nível de sistema. (MENDES, 2002) O desenvolvimento de software baseado em arquitetura de software vem atender a esta maior necessidade de abstração, permitindo que o sistema possa ser analisado através de várias vistas integradas. Cada vista evidenciando informações de determinado aspecto e suprimindo de outros a fim de facilitar a análise de cada um dos aspectos. A arquitetura de software é a estrutura do sistema, que compreende os componentes do software, as propriedades externamente visíveis desses componentes, e os relacionamentos entre eles. (BASS; CLEMENTS; KAZMAN, 1998). O conceito de arquitetura engloba os aspectos mais relevantes, tanto estáticos como dinâmicos, do sistema a fim de garantir um todo consistente que represente bem as 12 necessidades dos interessados. Uma arquitetura é composta por vistas que evidenciam as informações de determinados aspectos do sistema. A arquitetura de software não se preocupa apenas com a estrutura e o comportamento mas também com restrições e concessões quanto ao uso, funcionalidade, performance, elasticidade, reuso, compreensibilidade, economia e tecnologia. (KRUCHTEN, 1998). Uma arquitetura de software deve abordar características funcionais, não funcionais e de desenvolvimento. As características funcionais Refere-se à capacidade do sistema em realizar as funções requeridas pelos usuários. As características não funcionais correspondem às demais características que afetam o sistema como um todo, tais como: performance, segurança, e viabilidade. As características não funcionais também podem ser em parte derivadas do modelo do negócio. Elas se apresentam em forma de Restrições (ex: restrições de hardware) e Qualitativos (ex: segurança). As características de desenvolvimento referem-se ao processo de desenvolvimento e à qualidade do software. Um software é um sistema complexo que pode ser abordado sob mais de um aspecto. Cada aspecto pode ser observado a partir de uma vista. Cada vista pode ser modelada por um ou mais tipos de diagramas. A Figura 3 apresenta as cinco vistas estabelecidas por Kruchten (1995). Segundo Kruchten o uso de múltiplas vistas permite endereçar os requisitos de vários interessados no sistema: usuários finais, desenvolvedores, engenheiros de sistemas, e gerentes de projetos entre outros. Figura 3 - Vistas de uma arquitetura de software 13 2.4. A Engenharia de Requisitos Como foi apresentada na seção anterior, a análise de requisitos é uma etapa sempre presente na fase de definição do software, independentemente do modelo de engenharia de software adotado. Paula (2001) diz que a engenharia de requisitos é formada por um conjunto de técnicas empregadas para levantar, detalhar, documentar, e validar os requisitos de um produto de software. Sommerville (2000) apresenta as seguintes definições para requisito: (1) Uma condição ou capacidade necessitada por um usuário para resolver um problema ou atingir um objetivo. (2) Uma condição ou capacidade que deve ser atingida ou possuída por um sistema ou componente de sistema para satisfazer um contato, padrão, especificação, ou outro documento de formalidade. (3) Uma representação documentada de uma condição ou capacidade como em (1) ou (2). Segundo Pressman (1995) a tarefa de análise de requisitos é um processo de descoberta, refinamento, modelagem e especificação, e embora possa parecer uma tarefa relativamente simples, o conteúdo de comunicação é muito elevado, o que abundam as chances de interpretações errôneas e informações falsas. Portanto, pode-se definir a engenharia de requisitos como um campo da engenharia de software que visa a aplicação de técnicas de engenharia em métodos de análise de requisitos. A análise de requisitos efetua a ligação entre a necessidade de informatização de processos ao projeto do software que atenderá tais necessidades (ver Figura 4). 14 Figura 4 – Limites da análise de requisitos A análise de requisitos possibilita que o analista de sistemas especifique a função e o desempenho do software, indique a interface do software com outros elementos do sistema e estabeleça quais são as restrições de projeto que o software deve enfrentar. 2.4.1 Atividades da Análise de Requisitos Segundo Pressman (1995) a análise de requisitos de software pode ser dividida em cinco áreas de esforço: reconhecimento do problema, avaliação e síntese, modelagem, especificação e revisão. Reconhecimento do problema : No reconhecimento do problema é importante entender o software num contexto de sistema e revisar o escopo do software que foi usado para gerar as estimativas de planejamento. Avaliação e síntese: Durante a avaliação a meta do analista é o reconhecimento dos elementos problemáticos básicos e as informações desejadas de entrada e saída no sistema. No decorrer da síntese de avaliação e solução, o principal foco do analista recai sobre “o que”, não sobre “como”. Quais dados o sistema produz e consome, quais funções o sistema deve executar, quais interfaces são definidas e quais restrições se aplicam. 15 Modelagem: Durante a atividade de síntese e avaliação, o analista cria modelos do sistema num esforço para compreender melhor o fluxo de dados e de controle, o processamento funcional e a operação comportamental. Especificação: A atividade de especificação esforça-se para oferecer uma representação de software que possa ser revisada e aprovada pelo cliente. Revisão: Após especificados os requisitos devem ser revisados pelo cliente e pelo desenvolvedor. De forma similar, Sommerville (2000) afirma que o processo de engenharia de requisitos pode ser descrito como um processo sistemático de cinco passos distintos: elicitação, análise e negociação, especificação e modelagem, validação, e gerenciamento de requisitos: Elicitação: A elicitação de requisitos corresponde a identificar junto aos clientes, usuários e outros envolvidos, quais são os objetivos do sistema ou produto, o que deve ser acompanhado, como o sistema ou produto se encaixa no contexto das necessidades do negócio e, finalmente, como será a utilização do sistema ou produto no dia-a-dia. Análise e Negociação: A análise categoriza e organiza os requisitos em subconjuntos relacionados, explora o relacionamento de cada requisito com todos os demais, examina consistência, omissão e ambigüidade dos requisitos e prioriza requisitos com base nas necessidades dos clientes/usuários. Especificação e Modelagem: A especificação do sistema é o produto final produzido pelos engenheiros de requisitos. Ela é usada como base para as engenharias de hardware, software e banco de dados, pois descreve funções e performance requeridas de um sistema baseado em computação e as regras que irão guiar seu desenvolvimento. A especificação limita cada elemento alocado ao sistema. A especificação do sistema também descreve a informação (dados e 16 controle) que é entrada e saída do sistema. A modelagem dos requisitos especificados pode facilitar o entendimento das relações existentes entre os mesmos. Validação: A validação examina a especificação para garantir que todos os requisitos do sistema foram estruturados de maneira não ambígua, que as inconsistências, omissões e erros foram apagados e corrigidos, e que os produtos de trabalho estão em conformidade com os padrões estabelecidos para o processo, para o projeto e para o produto. Gerenciamento de Requisitos: É necessário persistir as alterações de requisitos através de toda a vida do software; neste sentido, o gerenciamento de requisitos corresponde ao conjunto de atividades que auxilia a equipe do projeto a identificar, controlar e rastrear os requisitos, bem como as alterações nos requisitos em muitos momentos do projeto. 2.4.2. Métodos de análise de requisitos No decorrer das duas últimas décadas, uma série de métodos de análise e especificação de requisitos foi desenvolvida, entretanto, poucas são as propostas que visam uma sistematização da elicitação de requisitos de forma a tornar esta atividade menos subjetiva (SANTANDER; CASTRO, 2002). No paradigma da orientação a objeto a análise de requisitos tem sido feita com base num elemento de modelagem da UML chamado de Caso de Uso. Embora existam algumas heurísticas propostas para identificação de casos de uso, como as apresentadas em Schneider e Winters (1998), Jacobson et al (1999), e em Lilly (1999), não existem métodos estabelecidos que tornem esta atividade mais sistemática. Os casos de uso são geralmente identificados em entrevistas com futuros usuários do sistema e responsáveis pelo negócio, realizadas por analistas de sistemas. 17 Segundo PRESSMAN (1995) cada método de análise tem uma notação e um ponto de vista únicos porém todos eles relacionam-se com um conjunto de princípios fundamentais: 1. O domínio de informação de um problema deve ser representado e compreendido para que a função possa ser entendida mais completamente. 2. Modelos que descrevam a informação, função e comportamento do sistema devem ser desenvolvidos para que a informação possa ser comunicada completamente. 3. Os modelos (e o problema) devem ser divididos em partições, de maneira que revele os detalhes em forma de camadas (ou hierarquicamente), e assim reduzir a complexidade. 4. O processo de análise deve mover-se da informação essencial para os detalhes de implementação para acomodar as restrições lógicas impostas por requisitos de processamento e as restrições físicas impostas por outros elementos do sistema. 2.5. UML A UML foi adotada pela OMG (Object Management Group) em 1997 como linguagem padrão para a modelagem de sistemas orientados a objeto. Ela é uma linguagem para especificação, visualização, construção, e documentação de artefatos de sistemas de software, tão bem como para a modelagem de negócios e outros sistemas que não de software. Ela representa uma coleção das melhores práticas de engenharia que provaram sucesso na modelagem de sistemas grandes e complexos. (OMG, 2002) Os principais objetivos na definição da UML (OMG, 2002) são: 1. Prover aos usuários uma linguagem de modelagem visual de forma que eles pudessam desenvolver e trocar modelos; 2. Prover mecanismos de extensão e especialização para estender o centro dos conceitos; 18 3. Ser independente de uma linguagem de programação específica e de processos de desenvolvimento; 4. Prover uma base formal para o entendimento da linguagem de modelagem; 5. Incentivar o crescimento de ferramentas de orientação a objeto no mercado; 6. Suportar desenvolvimento de conceitos de alto nível como colaboração, arquiteturas de referência, padrões, e componentes; 7. Integrar as melhores práticas. Muitos usuários de outros métodos (BOOCH, OMT, FUSION, entre outros) adotaram a UML. A maioria das ferramentas de modelagem de sistemas têm implementado o suporte à linguagem, entre elas o Rose da Rational e o Together da Together Soft. A UML padroniza notação para descrever modelos, mas não padroniza um processo para produzir aquelas descrições (uma ordem de atividades bem definidas, um conjunto de artefatos produzidos, e meios de controlar e monitorar o trabalho). A UML pode ser usada por diversos processos de desenvolvimento distintos, mais ou menos formalmente especificados. Com relação a estrutura da UML, conforme apresentado em (BOOCH; JACOBSON; RUMBAUGH, 2000), o vocabulário da UML abrange três tipos básicos de blocos de construção: 1- Itens 2- Relacionamentos 3- Diagramas Os itens são as abstrações identificadas em um modelo; os relacionamentos reúnem esses itens; os diagramas agrupam coleções interessantes de itens. 2.5.1. Itens da UML Existem quatro tipos de itens na UML: 19 1- Itens estruturais 2- Itens comportamentais 3- Itens de agrupamentos 4- Itens de anotação Estes itens constituem os blocos de construção básicos orientados a objetos da UML e são utilizados para escrever modelos bem-formados. 2.5.1.1. Itens estruturais São os substantivos utilizados em modelos da UML. São as partes mais estáticas do modelo, representando elementos conceituais ou físicos. Ao todo existem sete tipos de itens estruturais: Classes - são descrições de conjuntos de objetos que compartilham os mesmos atributos, operações, relacionamentos e semântica. Interface - é uma coleção de operações que especificam serviços de uma classe ou componente. Portanto, uma interface descreve o comportamento externamente visível desse elemento. Uma interface poderá representar todo o comportamento de uma classe ou componente, como também apenas parte desse comportamento. A interface define um conjunto de especificações de operações (suas assinaturas), mas nunca um conjunto de implementações de operações. Colaborações - definem interações e são sociedades de papéis e outros elementos que funcionam em conjunto para proporcionar um comportamento cooperativo superior à soma de todos os elementos. Portanto, as colaborações contêm dimensões estruturais, assim como comportamentais. Uma determinada classe poderá participar em várias colaborações. Assim, essas colaborações representam a implementação de padrões que formam um sistema. 20 Caso de Uso - é a descrição de um conjunto de seqüência de ações realizadas pelo sistema que proporciona resultados observáveis de valor para um determinado ator. Um caso de uso é utilizado para estruturar o comportamento de itens em um modelo. Um caso de uso é realizado por uma colaboração. Os outros três itens restantes – classes ativas, componentes e nós – são semelhante a classes, ou seja, descrevem conjuntos de objetos que compartilham os mesmos atributos, operações, relacionamentos e semânticas. Porém, esses três são suficientemente diferentes e necessários para a modelagem de certos aspectos de sistemas orientados a objetos e, portanto merecem um tratamento especial: Classes ativas - são classes cujos objetos têm um ou mais processos ou threads e, portanto, podem iniciar a atividade de controle. Uma classe ativa é semelhante a uma classe, exceto pelo fato de que seus objetos representam elementos cujo comportamento é concorrente com o de outros elementos. Componentes - são partes físicas e substituíveis de um sistema, que proporcionam a realização de um conjunto de interfaces. Em um sistema, encontram-se diferentes tipos de componentes próprios da implantação, como os componente COM+ ou Java Beans, assim como componentes que são artefatos do processo de desenvolvimento, como os arquivos de código-fonte. Tipicamente os componentes representam o pacote físico de elementos lógicos diferentes, como classes, interfaces e colaborações. Nó - é um elemento físico existente em tempo de execução que representa um recurso computacional, geralmente com pelo menos alguma memória e, freqüentemente , capacidade de processamento. Um conjunto de componentes poderá estar contido em um nó e também poderá migrar de um nó para outro. Esses sete elementos – classes, interfaces, colaborações, casos de uso, classes ativas, componentes e nós – são os itens estruturais básicos que se pode incluir em um modelo da UML. Também existem variações desses sete elementos, como atores, 21 sinais e utilitários (tipos de classes), processos e threads (tipos de classes ativas), e aplicações, documentos, arquivos, bibliotecas, páginas e tabelas (tipos de componentes). 2.5.1.2. Itens comportamentais Os itens comportamentais são as partes dinâmicas dos modelos de UML. São os verbos de um modelo, representando comportamentos no tempo e no espaço. Ao todo, existem dois tipos principais de itens comportamentais: Interação - é um comportamento que abrange um conjunto de mensagens trocadas entre um conjunto de objetos em determinado contexto para a realização de propósitos específicos. O comportamento de uma sociedade de objetos ou de uma operação individual poderá ser especificado por meio de uma interação. As interações envolvem outros elementos, inclusive mensagens, sequências de ações (os comportamentos chamados pelas mensagens) e ligações (as conexões entre objetos). Máquina de estado - é um comportamento que especifica as sequências de estados pelos quais objetos ou interações passam durante sua existência em reposta a eventos, bem como suas respostas a esses eventos. O comportamento de uma classe individual ou de uma colaboração de classes pode ser especificado por meio de uma máquina de estados. Um máquina de estado abrange outros elementos, incluindo estados, transições (o fluxo de um estado a outro), eventos (itens que disparam uma transição) e atividades (as respostas às transições). Semanticamente, esses itens comportamentais costumam estar conectados a vários elementos estruturais, classes principais, colaborações e objetos. 22 2.5.1.3. Itens de agrupamento Os itens de agrupamento são as partes organizacionais dos modelos de UML. São os blocos em que os modelos podem ser decompostos. Ao todo, existe apenas um tipo principal de itens de agrupamento, chamado pacote: Pacote - é um mecanismo de propósito geral para a organização de elementos em grupos. Os itens estruturais, os itens comportamentais e até outros itens de grupos podem ser colocados em pacotes. Ao contrário dos componentes (que existem em tempo de execução), um pacote é puramente conceitual (o que significa que existe apenas em tempo de desenvolvimento). Os pacotes são itens de agrupamento básico, servem para organizar modelos de UML. Também existem variações, como frameworks, modelos e subsistemas (tipos de pacotes). 2.5.1.4. Itens de anotação Os itens de anotação são as partes explicativas dos modelos de UML. São comentários, incluídos para descrever, esclarecer e fazer alguma observação sobre qualquer elemento de modelo. Existe um único tipo de item de anotação, chamado nota: Nota - é apenas um símbolo para representar restrições e comentários anexados a um elemento ou a uma coleção de elementos. Esse elemento é o único item de anotação básico que se pode incluir em um modelo de UML. Geralmente são utilizadas para aprimorar os diagramas com restrições ou comentários que possam ser mais bem expressos por um texto formal ou informal. Também existem variações desse elemento, como os requisitos (que especificam determinado comportamento desejado sob uma perspectiva externa ao sistema). 23 2.5.2. Relacionamentos na UML Existem quatro tipos de relacionamentos na UML: 1- Dependência 2- Associação 3- Generalização 4- Realização Esses relacionamentos são os blocos relacionais básicos de construção da UML: Dependência - é um relacionamento semântico entre dois itens, nos quais a alteração de um (o item independente) pode afetar a semântica do outro (o outro dependente). Associação - é um relacionamento estrutural que descreve um conjunto de ligações, em que as ligações são conexões entre objetos. A agregação é um tipo especial de associação, representando um relacionamento estrutural entre o todo e suas partes. Generalização - é um relacionamento de especialização/generalização, nos quais os objetos dos elementos especializados (os filhos) são substituíveis por objetos do elemento generalizado (os pais). Dessa maneira, os filhos compartilham a estrutura e o comportamento dos pais. Realização - é um relacionamento semântico entre classificadores, em que um classificador especifica um contrato que outro classificador garante executar. Os relacionamentos de realizações serão encontrados em dois locais: entre interfaces e as classes ou componentes que as realizam; e entre casos de uso e as colaborações que os realizam. 24 Também existem variações desses quatro elementos, como refinamentos, rastros, inclusões e extensões (para dependências). 2.5.3. Diagramas da UML Um diagrama é a apresentação gráfica de um conjunto de elementos, geralmente representadas como gráficos de vértices (itens) e arcos (relacionamentos). São desenhados para permitir a visualização de um sistema sob diferentes perspectivas; nesse sentido, um diagrama constitui uma projeção de um determinado sistema. Em todos os sistemas, com exceção dos mais triviais, um diagrama representa uma visão parcial dos elementos que compõem o sistema. O mesmo elemento pode aparecer em todos os diagramas, em apenas alguns (o caso mais comum) ou em nenhum diagrama (um caso muito raro). Na teoria, um diagrama pode conter qualquer combinação de itens e de relacionamentos. Na prática, porém, aparecerá um pequeno número de combinações comuns, que são consistentes com as cinco visões mais úteis da arquitetura de um sistema complexo de software apresentadas no item 2.3. A UML inclui nove diagramas: 1- Diagrama de classes 2- Diagrama de objetos 3- Diagrama de casos de uso 4- Diagrama de seqüência 5- Diagrama de colaborações 6- Diagrama de gráficos de estados 7- Diagrama de atividades 8- Diagrama de componentes 9- Diagrama de implantação Diagrama de classe - exibe um conjunto de classes, interfaces e colaborações, bem como seus relacionamentos. Esses diagramas são encontrados com maior frequência em sistemas de modelagem orientados a objeto e abrangem uma visão estática da estrutura do sistema. 25 Diagrama de objetos - exibe um conjunto de objetos e seus relacionamentos. Representa retratos estáticos de instâncias de itens encontrados em diagrama de classes. São diagramas que abrangem a visão estática da estrutura ou do processo de um sistema, como ocorre nos diagramas de classes, mas sob perspectiva de casos reais ou de protótipos. Diagrama de caso de uso - exibe um conjunto de caso de uso e atores (um tipo especial de classe) e seus relacionamentos. Diagramas de caso de uso abrangem a visão estática de casos de uso do sistema. Esses diagramas são importantes principalmente para a organização e a modelagem de comportamentos do sistema. Tanto os diagramas de seqüências como os de colaborações são tipos de diagramas de interações. Um diagrama de interação exibe uma interação, consistindo de um conjunto de objetos e seus relacionamentos, incluindo as mensagens que podem ser trocadas entre eles. Diagramas de interações abrangem a visão dinâmica de um sistema. Diagrama de seqüências - é um diagrama de interações cuja ênfase está na ordenação temporal das mensagens. Diagrama de colaborações - é um diagrama de interação cuja ênfase está na organização estrutural dos objetos que enviam e recebem mensagens. Os diagramas de seqüências e de colaborações são isomórficos, o que significa que você poderá transformar o diagrama de um tipo em um diagrama de outro tipo. Diagramas de gráfico de estados - exibem uma máquina de estados, formada por estados, transições, eventos e atividades. Os diagramas de gráfico de estados abrangem a visão dinâmica de um sistema. São importantes principalmente para a modelagem de comportamentos de uma interface, classe ou colaboração e para dar ênfase a comportamentos de um objeto ordenados por eventos, o que é de grande ajuda para a modelagem de sistemas reativos. 26 Diagrama de atividade - é um tipo especial de diagrama de gráfico de estado, exibindo o fluxo de uma atividade para outra no sistema. Abrange a visão dinâmica do sistema e é importante principalmente para a modelagem da função de um sistema. Dá ênfase ao fluxo de controle entre objetos. Diagrama de componente - exibe as organizações e as dependências existentes em um conjunto de componentes. Abrange a visão estática da implementação de um sistema. Está relacionado aos diagramas de classes, pois tipicamente os componentes são mapeados para uma ou mais classes, interface ou colaborações. Diagrama de implantação - mostra a configuração dos nós de processamento em tempo de execução e os componentes neles existentes. Abrange a visão estática do funcionamento de uma arquitetura. Está relacionado aos diagramas de componentes, pois tipicamente um nó inclui um ou mais componentes. 2.5.4. Adornos Em sua maioria, os elementos da UML têm uma notação gráfica única e direta, que proporciona uma apresentação visual dos aspectos mais importantes do elemento. Por exemplo, a notação para uma classe é intencionalmente projetada para ser desenhada facilmente, pois as classes são os elementos mais comumente encontrados em sistemas de modelagem orientados a objetos. A notação de classe também expõe os aspectos mais importantes da classe, ou seja, seu nome, atributos e operações. A especificação da classe pode incluir outros detalhes, como se a classe é abstrata ou como é a visibilidade de seus atributos e operações. Muitos desses detalhes podem ser representados como adornos gráficos ou textuais para a notação retangular básica da classe. Todos os elementos da notação da UML são iniciados com um símbolo básico, ao qual pode ser acrescentada uma variedade de adornos específicos desse símbolo. 27 2.5.5. Mecanismos de extensibilidade A UML fornece uma linguagem-padrão para a elaboração de estrutura de projetos de software, mas não é possível que uma única linguagem fechada seja suficiente para expressar todas as nuances possíveis de todos os modelos em qualquer domínio o tempo todo. Por isso, a UML permite que a linguagem seja ampliada de uma maneira controlada através de mecanismos de extensão. Estes mecanismos têm a intenção de servirem aos seguintes propósitos: • Podem ser usados para adicionar elementos de modelagem na criação de modelos; • São usados nas especificações da UML para definir itens padrões não considerados ou complexos demais para serem modelados diretamente pelos elementos do metamodelo UML; • São usados para definir processos específicos ou implementação de extensões de linguagens específicas; • São usados para unir arbitrariamente informações semânticas e não semânticas a elementos do modelo. Os mecanismos de extensibilidade da UML incluem: Estereótipos - definem novos blocos construtores na UML baseados em blocos existentes. Embora não seja possível adicionar novos tipos de elementos, todos os elementos da UML podem ser customizados, estendidos, ou adaptados através da definição e nomeação de estereótipos. Valores atribuídos - estendem um elemento da UML através de uma etiqueta (tag) e um valor (value). Por exemplo pode ser definida um valor atribuído para expressar a versão de uma determinada classe. Restrições - são regras aplicadas aos modelos UML. Podem ser aplicadas para apenas um ou para vários elementos do modelo. Por exemplo pode-se 28 definir através de uma restrição um condicionamento numa associação entre duas classes. A UML possui um grande potencial de expressão e modelagem podendo ser amplamente aplicada sem extensões, portanto empresas e projetos devem definir extensões apenas quando for realmente necessário introduzir novas notações e terminologias. Os conceitos fundamentais não devem ser mudados mais que o estritamente necessário (OMG, 2001). No capítulo 3 será apresentada a disciplina de modelagem de negócio e como a UML tem sido proposta como linguagem para a construção dos modelos neste domínio. A seção a seguir irá apresentar o Processo Unificado, uma metodologia baseada no modelo iterativo e incremental e que será usada como base para o desenvolvimento deste trabalho. 2.6. O Processo Unificado O Processo Unificado (UP) é um processo estabelecido para o desenvolvimento de software que resultou de três décadas de desenvolvimento e uso prático. Jacobson et al(1999) apresenta as origens do UP desde o processo Objectory (com primeira versão em 1987) passando pelas contribuições do Processo Rational Objectory (em 1997) até o Processo Unificado da Rational (RUP) (em 1998). O propósito do UP , como qualquer outro processo de desenvolvimento, é determinar um conjunto de atividades necessárias para transformar requisitos em sistemas de software. Ele utiliza a UML como linguagem para a modelagem dos artefatos de software produzidos ao longo do processo de desenvolvimento. O processo Unificado representa a disponibilização do RUP (que é proprietário da Rational) ao público geral. (JACOBSON; BOOCH; RUMBAUGH, 1999) 29 2.6.1. Caractéristicas do UP O UP é fundamentado em três boas práticas: dirigido por caso de uso, centrado em arquitetura, e iterativo e incremental. Estas práticas são descritas a seguir, conforme apresentadas em RUP(2001): Dirigido por caso de uso: Os casos de uso definidos para um sistema são a base de todo o processo de desenvolvimento. Baseados no modelo de caso de uso, os desenvolvedores criam uma série de modelos de projeto e implementações que realizam no sistema as funcionalidades dos casos de uso. Os testes também são realizados de forma a verificar se os componentes implementados implementam corretamente as funcionalidades dos casos de uso. Centrado em arquitetura: Os casos de uso orientam o UP durante todo o ciclo de vida, mas as atividades de projeto são centralizadas na noção da arquitetura de software. O foco principal das iterações iniciais do processo, principalmente na fase de Elaboração, é produzir e validar uma arquitetura de software, que no ciclo de desenvolvimento inicial toma a forma de um protótipo arquitetural executável que gradualmente evolui até se tornar o sistema final em iterações posteriores. Iterativo e Incremental: O UP utiliza pequenos ciclos de projeto (mini-projetos) que correspondem a uma iteração e que resultam em um incremento no software. Iterações referem-se a passos no processo, e incrementos a evoluções do produto. Esta característica foi apresentada anteriormente no item 2.2. Sua estrutura portanto é composta por Fases (relacionadas às metas ao longo do tempo) e Workflows (relacionadas à natureza das atividades). Cada Workflow é responsável por gerar seus respectivos artefatos através de um 30 conjunto de atividades. Cada Artefato corresponde a uma documentação (como um modelo) ou outro objeto de valor a ser criado no desenvolvimento (como um componente de software). Por ser iterativo, cada fase percorre todo o conjunto de fluxos de trabalho (workflows). Por ser incremental, cada iteração atualiza os artefatos gerados nas iterações anteriores. Cada fase possui uma maior ênfase em determinados fluxos de trabalho. A Figura 5, conhecida como “Gráfico das Baleias” apresenta a ênfase que é cada em cada fase. Figura 5 – O “Gráfico das Baleias” (Adaptado de RUP, 2002) Na figura podem ser observadas duas dimensões: • o eixo horizontal representa o tempo e mostra os aspectos do ciclo de vida do processo à medida que se desenvolve • o eixo vertical representa os workflows, que agrupam as atividades de maneira lógica, por natureza. A primeira dimensão representa o aspecto dinâmico do processo quando ele é aprovado e é expressa em termos de fases, iterações e marcos. A segunda dimensão representa o aspecto estático do processo, como ele é descrito em termos de componentes, atividades, fluxos de trabalho, artefatos e papéis do processo. 31 O gráfico mostra como a ênfase varia através do tempo. Por exemplo, nas iterações iniciais, dedica-se mais tempo aos requisitos. Já nas iterações posteriores, gasta-se mais tempo com implementação. 2.6.2. Fases A partir de uma perspectiva de gerenciamento, o ciclo de vida de software do UP é dividido em quatro fases seqüenciais. Cada fase refere-se a uma determinada meta a ser atingida ao longo do desenvolvimento. As fases correspondem a períodos determinados por pontos de controle ao longo do tempo. Em cada ponto de controle, ou seja, ao final de cada fase, é esperado um determinado estado de alguns artefatos do desenvolvimento. Em cada final de fase é executada uma avaliação para determinar se os objetivos da fase foram alcançados. Uma avaliação satisfatória permite que o projeto passe para a próxima fase. As fases e seus marcos são apresentados na Figura 6. Figura 6 - As fases e os marcos de um projeto no UP.(Adaptado do RUP 2002) Concepção: O objetivo da fase de Concepção é conseguir a simultaneidade entre o cliente e o desenvolvedor nos objetivos do ciclo de vida do projeto. A Fase de Concepção é de importância primária para novos esforços de desenvolvimento quando há um negócio significativo e riscos requeridos que precisam ser esclarecidos antes do procedimento do projeto. Para projetos focados ou aprimoramento de um sistema já existente, a fase de Concepção é mais breve, mas ainda deve estar focalizado para assegurar que o projeto ainda é válido e possível de ser feito. 32 Dentre os objetivos da fase de Concepção estão: • Uma visão operacional do negócio onde o sistema atuará; • A discriminação dos dados de uso críticos do sistema, os cenários primários de operação que levará as trocas principais do projeto; • Exibir e talvez demonstrar pelo menos uma arquitetura candidata contra alguns cenários primários; • Estimar o custo que abrange tudo e o Cronograma Geral para todo o projeto (e estimativas mais detalhadas para a elaboração da fase posterior que virá imediatamente a seguir); • Estimar os riscos potenciais; • Estabelecer o escopo do software do projeto e suas condições limites; Elaboração: O objetivo da fase de Elaboração é definir uma arquitetura do sistema preliminar para prover uma base estável para o desenvolvimento do projeto e posteriores esforços de implementação na fase de Construção. A arquitetura evolui pela consideração dos requisitos mais significativos (aqueles que têm um grande impacto na arquitetura do sistema) e uma estimativa de risco. A estabilidade da arquitetura é avaliada através de um ou mais protótipos de arquitetura. Dentre os objetivos da fase de Elaboração estão: • Assegurar que a arquitetura, os requerimentos e os planos sejam bastante estáveis, e os riscos sejam suficientemente suavizados para que se possa detalhar o custo e o Cronograma Geral do desenvolvimento por completo; • Endereçar todos os riscos significantes da arquitetura do projeto; • Estabelecer a linha de base da arquitetura derivada pelo endereçamento dos cenários significantes da arquitetura, que expõe tipicamente os altos riscos técnicos do projeto; • Produzir um protótipo evolucionário de produção e componentes de qualidade, como também possivelmente um ou mais protótipos 33 exploratórios, disponibilizando protótipos para suavizar riscos específicos como: o Design/ requisitos de trocas o Reuso de componentes o A demonstração para investidores, clientes e usuários finais • Demonstrar que a linha de base da arquitetura vai suportar os requisitostos do sistema num custo razoável e num tempo razoável; • Estabelecer um ambiente de suporte. Construção: O objetivo da fase de Construção é esclarecer os requisitos restantes e completar o desenvolvimento do sistema baseado na arquitetura de base. A fase de construção é sobretudo um processo de manufatura, onde a ênfase é dada no gerenciamento de recursos e controle de operações para otimizar custos, programação, e qualidade. Dentre os objetivos da fase de Construção estão: • Minimização de custos de desenvolvimento pela otimização de recursos e evitando re-trabalhos desnecessários; • Alcançar qualidade adequada de forma rápida e prática; • Obter versões utilizáveis (alpha, beta, e outras versões de teste) rápido e praticamente; • Completar a análise, projeto, desenvolvimento e teste de todas as funcionalidades requeridas; • Desenvolver iterativamente e incrementalmente um produto completo, pronto para ser transmitido aos usuários. Isto implica em descrever os use cases e outros requerimentos restantes, concluir o projeto, completar a implementação, e testar o software; • Decidir se o software, os locais e os usuários estão todos prontos para a aplicação a ser implantada; 34 • Alcançar algum grau de paralelismo no trabalho de equipes de desenvolvimento. Mesmo em pequenos projetos, geralmente existem componentes que podem ser desenvolvidos independentemente uns dos outros, permitindo um paralelismo natural entre equipes. Este paralelismo pode desenvolvimento, acelerar mas significativamente também aumenta a as atividades de complexidade de gerenciamento de recursos e sincronização de fluxo de trabalho. Ter uma arquitetura robusta é essencial para atingir um paralelismo significativo. Transição: O foco da fase de transição é assegurar que o software está pronto para o usuário final. A fase de transição pode transpor várias iterações, e inclui testes do produto na preparação para liberação, e realizar ajustes mínimos baseados no retorno dos usuários. Neste ponto do ciclo de vida, o retorno dos usuários deve focar o ajuste fino do produto, na configuração, instalação e usabilidade. Ao final do ciclo de vida da fase Transição os objetivos devem ter sido alcançados e o projeto concluído. Em alguns casos, o fim de um ciclo de vida de Transição corrente pode coincidir com o início de outro ciclo de vida do mesmo produto, levando a uma nova geração ou versão do produto. Entra-se na fase de Transição quando um projeto está maduro o suficiente para ser implantado no domínio do usuário final. Isto tipicamente requer que um subconjunto utilizável do sistema tenha sido terminado com um nível de qualidade aceitável e com documentação para o usuário (Manual do Usuário). Dentre os objetivos da fase de Transição estão: • Testes Beta para validar o novo sistema frente expectativas dos usuários; 35 • Operações paralelas de substituição do sistema legado; • Treinamento dos usuários; • Conserto de bugs; • Preparar infra-estrutura de Hardware e Software do Cliente para receber o novo sistema. 2.6.3. Workflows Cada uma das quatro fases do UP é adicionalmente dividida em iterações e finalizada com um ponto de checagem que verifica se os objetivos daquela fase foram alcançados. Toda iteração é organizada em termos de workflows de processo, que são conjuntos de atividades realizadas por responsáveis que produzem artefatos, conforme ilustrado na Figura 5. Os principais workflows de processo são descritos a seguir: Modelagem de negócio: Provê um entendimento comum entre as partes interessadas no sistema sobre quais os processos de negócio que devem ser apoiados. A modelagem dos processos de negócio é feita através dos casos de uso de negócio. No UP, descrito em (JACOBSON; BOOCH; RUMBAUGH, 1999) não havia o workflow de modelagem de negócios, partindo-se diretamente para o workflow de requisitos. Entretanto, este workflow é proposto no RUP e será comentado no capítulo 3. Requisitos: Objetiva capturar os requisitos que serão atendidos pelo produto de software. Nas fases de iniciação e elaboração, a ênfase será maior neste workflow de requisitos, pois o objetivo destas fases é o entendimento e a delimitação do escopo do produto de software. O Workflow Levantamento de Requisitos aborda as seguintes atividades: Identificar casos de uso; Priorizar casos de uso; 36 Detalhar casos de uso; Estruturar o modelo de caso de uso. Análise e Projeto: Objetiva compreender mais precisamente os casos de uso definidos no workflow de requisitos, produzindo um modelo já voltado para a implementação que deverá estar adequado ao ambiente de implementação. Este workflow será bastante utilizado na fase de elaboração e durante o início da fase de construção. Implementação: Objetiva a organização do código em termos de implementação de subsistemas, implementa as classes e objetos em termos de componentes, testa os componentes em termos de unidades e integra os códigos produzidos. Este workflow é bastante utilizado na fase de construção. Teste: Objetiva analisar, através de testes, se os requisitos foram atendidos e que os defeitos serão removidos antes da implantação. Os modelos de testes são criados para descrever como os testes serão realizados. Sua ênfase será maior no final da fase de construção e no início da fase de transição. Implantação: Objetiva produzir releases do produto e entregá-los aos usuários finais. Isto pode incluir atividades de beta-teste, migração de dados ou software existente e aceitação formal. 37 2.6.3.1. Principais workflows de Apoio do RUP Os workflows de apoio foram definidos no RUP (2002) como forma de suprir algumas das lacunas deixadas pelo UP (JACOBSON;BOOVH;RUMBAUGH,1999). Seu objetivo é auxiliar a execução dos workflows principais. São eles: Configuração e Gerenciamento de Mudanças: Controla as diversas versões dos artefatos produzidos durante o projeto, garantindo sua integridade. Ou seja, assegura que os resultados não sejam conflitantes. Gerência de Projeto: Fornece um framework para a gerência de projetos, orientações para planejamento, alocação de recursos e gerência de riscos. Ambiente: Fornece a descrição para a organização do ambiente de desenvolvimento em termos de processos e ferramentas. CAPÍTULO 3 Modelagem de Negócio 3.1. Introdução As organizações empresariais são sistemas complexos e como tal podem ser mais facilmente entendidas e gerenciadas através de modelos que tornem a abstração da realidade mais tangível. O conceito de ponto de vista sistêmico é o simples reconhecimento de que qualquer empresa é um sistema composto por partes, cada uma das quais tendo suas próprias metas. O administrador percebe que ele só pode alcançar as metas globais da empresa se visualizar todo o sistema, procurar compreender e medir as inter-relações e integrá-las de modo que capacite a empresa a buscar suas metas eficientemente (MANCUSO, 1998). Modelagem de empresa (tratada neste trabalho como sinônimo para modelagem de negócio) é um termo genérico que cobre um conjunto de atividades, métodos, e ferramentas relacionadas ao desenvolvimento de modelos para vários aspectos de uma empresa (PETRIE, 1992). Segundo Vernadat (1996) um modelo é uma representação significativa de algum assunto. É uma abstração da realidade expressa em termos de algum formalismo (ou linguagem) definido por construtores de modelagem para o propósito do usuário. Um modelo de empresa é um conjunto consistente de modelos de propósitos especiais e complementares descrevendo as várias facetas de uma empresa para satisfazer alguma finalidade de alguns usuários do negócio. Toda empresa, seja ela pequena ou grande, possui um modelo de empresa, porém, na maioria dos casos este modelo é precariamente formalizado. O modelo se encontra na forma de gráficos organizacionais estabelecidos por gerentes, documentação de procedimentos operacionais, textos de regulamentações, e em muitas outras formas como banco de dados e arquivos entre outras. Porém, uma parte do modelo permanece apenas na mente das pessoas envolvidas no sistema, não sendo formalizado e documentada. Métodos e ferramentas são necessários para capturar, formalizar, 39 manter, e usar este conhecimento para um melhor controle e operação de sistemas complexos como os de empresas de manufatura. De acordo com a teoria do controle, toda vez que um sistema precisa ser controlado ou analisado, é necessário um modelo. Os modelos também são necessários para as atividades de tomada de decisão (PETRIE, 1992). Através de modelos de empresa o tomador de decisão pode ver a empresa com um certo tamanho e velocidade de entendimento muito maior, permitindo a integração dos componentes da empresa (VERNADAT, 1996). Outros exemplos de finalidade da modelagem de empresa são: projeto funcional de um novo sistema de manufatura, análise de performance de uma célula de manufatura, análise de custo de um processo existente, e re-projeto de um sistema de informação empresarial. (CAMPOS, 1998) Assim como as arquiteturas de software, uma arquitetura de negócio pode ser criada para analisar o negócio a luz de diferentes aspectos. Uma arquitetura de negócio é representada por várias vistas e cada uma destas apresentando um conjunto de informações significativas, suprimindo outras, e portanto facilitando a análise através de modelos mais simples. A vista mais comum encontrada em arquiteturas de negócio é a vista de processos de negócio. 3.2. Modelagem por Processos de Negócio Os processos de negócios definem como as empresas operam para alcançarem seus objetivos. Como exemplos típicos desses processos podem ser citados: Planejamento estratégico, Vendas, Fabricação e Atendimento a Clientes, entre outros. Rozenfeld (2001) define processo de negócio como um fenômeno que ocorre dentro das empresas e compreende um conjunto de atividades realizadas, associadas às informações que manipulam, utilizando os recursos e a organização da empresa. Forma 40 uma unidade coesa e deve ser focalizado em um tipo de negócio, que normalmente está direcionado a um determinado mercado/cliente, com fornecedores bem definidos. Segundo Johansson et al (1995) um processo de negócio é um conjunto de atividades ligadas que tomam um insumo de entrada e o transformam para criar um resultado de saída. Teoricamente, a transformação que nele ocorre deve adicionar valor e criar um resultado que seja mais útil e eficaz ao recebedor acima ou abaixo da cadeia. A ênfase atual em se definir os processos de negócios das empresas advém da febre da Reengenharia. Pode-se dizer que a Reengenharia é que forneceu este termo com o significado atual de conjunto de atividades, que normalmente são realizadas por diversos departamentos de uma empresa (ROZENFELD, 2001). Reengenharia é um termo criado pelo professor de Tecnologia Michael Hammer, para designar uma nova abordagem de implantação de sistemas diferente da que se usava até então. Em síntese, nessa nova abordagem Hammer preconiza que antes de se tentar organizar um processo por meio do emprego de tecnologias da informação pura e simplesmente, perpetuando a desordem ou tentando engessá-la pelo uso de algum novo sistema ou dispositivo, deve-se literalmente, abandonar a forma como se vinha operando determinado processo e recriá-lo completamente; novo e melhor, para só então implantar uma nova tecnologia da informação, que dessa forma estaria sendo mais bem aproveitada. (CRUZ, 2000) As definições dos processos são usadas para entender o negócio, ver ameaças ou oportunidades, melhorar ou inovar, e servir como base para outros modelos (como para modelos de sistemas de software que dão suporte ao negócio). (ERIKSSON; HANSERIK; PENKER, 2000) A modelagem por processo surge portanto da necessidade de se delinear limites da abrangência de atuação e da dinâmica de interação entre os recursos da empresa em toda sua extensão de atividades desde o fornecedor até o cliente. Tal delineação não era alcançada com modelos baseados simplesmente na estrutura organizacional da 41 empresa, que possui uma visão departamental. A falta de capacidade de representação da realidade da empresa através de modelos departamentais começou a ser evidenciada pela dificuldade que os analistas de sistemas tinham em definir o contexto e limites do sistema. Feliciano (1996) observa que a grande dificuldade, encontrada pelos gerenciadores de projetos de implantação de sistemas de informação, em cumprir cronogramas e levantamento de custos está relacionada à dificuldade de delimitação de contexto do sistema. Decompor a empresa em funções de negócio, sem se preocupar com uma visão organizacional, facilita a definição do contexto onde o sistema de informação irá atuar. As funções de negócio propostas por Feliciano (1996) se mostram na prática como a descrição de processos de negócios. É necessário portanto que as metodologias de modelagem de negócios atuais tenham em sua essência o tratamento baseado em processos. 3.3. Modelagem de Negócio com Orientação a Objeto A técnica de modelagem orientada a objetos é uma ferramenta poderosa e universal, apesar de ser baseada em apenas um construtor de modelagem: o objeto. A principal característica da técnica é o encapsulamento, combinando a modelagem funcional e a modelagem de informação em um paradigma unificado. Objetos são identificados unicamente, possuem estados (uma estrutura de dados), e possivelmente possuem comportamentos (conjunto de operações representando sua funcionalidade). Eles descrevem coisas abstratas ou concretas da empresa. Todo o modelo é definido como um conjunto de objetos comunicantes. Em termos de modelagem de empresas, as maiores vantagens e originalidade de técnicas orientadas a objetos são o mecanismo de herança de propriedades e a reutilização de modelos. A propriedade de herança consiste em compartilhar propriedades comuns de objetos da empresa como uma super-classe de objetos para evitar repetição. Estes grupos de propriedades podem ser reutilizados em outros 42 objetos, e objetos podem ser reutilizados de um modelo para outro, diminuindo o tempo de modelagem. Várias são as técnicas, metodologias e notações existentes para a modelagem de empresa. A maioria dos modelos de negócio são complexos devido ao fato dos usuários terem diferentes necessidades e estas necessidades mudarem a cada tempo. Para que uma empresa possa ser adaptável às mudanças, ela precisa ter uma descrição simples e unificada de suas entidades. Embora este seja o objetivo de muitos esforços para modelagem, o que se tem hoje ainda é uma descrição tipicamente extensa, inflexível, e frágil (MARSHALL, 1999). Recentemente a UML (Unified Modeling Language), que já encontra-se consagrada para a modelagem de sistemas de software, têm sido proposta para a modelagem de empresas através de seus mecanismos de extensão. Como apresentado no capítulo 2, as extensões definidas pelos usuários na UML se dão através de estereótipos, valores associados e restrições que coletivamente estendem e adaptam a UML a um domínio específico, como por exemplo ao de Modelagem de Negócios. Nas subseções seguintes são apresentadas três propostas de extensões da para a modelagem de negócio. 3.3.1. OMG A OMG (2002) em sua publicação “UML Extension for Busines Modeling” descreve uma extensão da UML para a modelagem de negócios, em termos de seus mecanismos de extensão. O documento porém não é uma tentativa de descrever completamente os novos conceitos e notações para a modelagem de negócios. Ele apenas descreve estereótipos que podem ser usados para adaptar o uso da UML à modelagem de negócios. 43 3.3.2. MARSHALL MARSHALL (1999) apresenta uma proposta de extensão da UML para a modelagem de negócios. Ele propõe um meta-modelo para identificar e descrever conceitos através dos quais sistemas de negócios são modelados, e utiliza a UML para ilustrar tais conceitos. No seu trabalho ele propõe uma modelagem baseada em elementos quatro centrais que são: propósito, processo, entidade, e organização. (ver figuras Figura 7 e 8) Figura 7 – Ícones e Estereótipos estabelecidos por Marshall Figura 8 – Um exemplo de Modelo Organizacional 44 3.3.3. ERIKSSON Eriksson et al (2000) propõe uma técnica que estende a UML baseada em processos e orientação a objetos para construir arquiteturas de negócios. Seu trabalho baseia-se em extensões da UML para representar: processos, recursos, regras e objetivos. Ele afirma que sua técnica não deve ser vista como um conjunto definido de extensões para negócios, mas sim como uma desenvolvimentos base para que e adaptações possam ser feitos (por arquitetos de negócios) para situações específicas de modelagem. As propostas de Eriksson formam uma Arquitetura baseada na linguagem UML para a modelagem de negócios com a qual um arquiteto de negócios pode adicionar estereótipos, valores atribuídos e restrições convenientes para sua linha de negócios. A proposta do autor baseia-se na hipótese de que um negócio pode ser modelado através de objetos e relacionamentos entre estes como mostra o meta-modelo na Figura 9. 45 Figura 9 – Meta Modelo proposto por Eriksson e Penker (2000) Um negócio é um sistema complexo que pode ser abordado sob mais de um aspecto. Uma arquitetura de modelagem fornece vistas para a modelagem com foco em aspectos significativos. Cada vista pode ser modelada por um ou mais tipos de diagramas. 46 A Arquitetura de Eriksson oferece as seguintes vistas : – Visão do Negócio (Business Vision) : Modela conceitos e objetivos a serem seguidos de acordo com a estratégia do negócio. – Processo do Negócio (Business Process): Modela os processos de negócio, e seus relacionamentos com os recursos, a serem seguidos para atingir os objetivos. – Estrutura do Negócio (Business Structure): Modela a estrutura dos recursos (físicos, informacionais, humanos) – Comportamento do Negócio (Business Behavior): Modela o comportamento e interação entre recursos e entre processos. Os sub-itens a seguir detalham estas vistas. 3.3.3.1. Vista de Visão do Negócio (Business Vision View) Fatores a serem considerados nesta vista: •Missão •Objetivos •Pontos fortes •Pontos Fracos •Oportunidades •Ameaças •Fatores Críticos •Competências Centrais •Regras •Unidades Organizacionais •Estratégias 47 Diagramas da vista de Visão do Negócio: –Diagrama de Modelo Conceitual –Diagrama de Objetivos Diagrama de Modelo conceitual Características: •Define os conceitos importantes usados no negócio e seus relacionamentos. •Os conceitos são modelados por Classes. •O modelo é representado pelo diagrama de Classes. A Figura 10 apresenta um exemplo deste diagrama. Figura 10 – Um exemplo de Diagrama de Modelo Conceitual 48 Diagrama de Objetivos Características: •Define os objetivos e sub-objetivos da empresa, e os problemas que impedem o alcance daqueles. A Figura 11 apresenta um exemplo deste diagrama no contexto do processo de verificação de conformidade de sistemas desenvolvidos numa empresa de desenvolvimento de software. Figura 11 – Exemplo de Diagrama de Objetivos 3.3.3.2. Vista de Estrutura do Negócio (Business Structure View) Mostra a estrutura da organização e de seus recursos. Suplementa a vista de Processo de Negócio. 49 Diagramas da vista de Estrutura do negócio: - Diagrama de Modelo de Recursos - Diagrama de Modelo de Informações - Diagrama de Modelo de Organização Diagrama de Modelo de Recursos Um recurso é uma entidade que pode ter um papel na realização de uma certa classe de tarefas. (VERNADAT, 1996) A técnica de Eriksson define alguns estereótipos para indicar diferentes categorias de tipos de recursos. Diagrama de Modelo de Informação A Figura 12 apresenta um exemplo deste diagrama. Figura 12 – Exemplo de Modelo de Informação 3.3.3.3. Visão de Processos do Negócio (Business Process View) Esta vista aborda as seguintes questões: 50 • Que atividades são requeridas para se atingir os objetivos? • Quando as atividades são realizadas, e em que ordem? • Qual é o objetivo de cada atividade? • Como as atividades são realizadas? • Que recursos são necessários para realizar as atividades? • O que é consumido e produzido por cada atividade? • Quem controla as atividades ou processos? • Como os processos estão relacionados com a organização do negócio? • Como os processos se relacionam com outros processos? Os diagramas dessa vista são: - Diagrama de Processos de Negócio - Diagrama de Linha de Montagem Diagrama de Processos de Negócio Descreve os processos de negócio através de suas relações com os seguintes Objetos: –Objetivos –Entradas –Saídas –Fornecedores –Controles Os processos mostram as atividades que devem ser realizadas para atingir um objetivo explícito, através de seus relacionamentos com os recursos que participam do processo. Recursos incluem pessoas, material, energia, informação, e tecnologia. Os recursos podem ser consumidos, refinados, criados, ou usados (agindo como catalisador) durante o processo. 51 Existem relacionamentos entre um processo e seus recursos e entre diferentes processos que se interagem, e há uma associação entre processos e objetivos. O processo tem um propósito e um objetivo específico, e todos os processos coletivamente buscam alcançar os objetivos globais do negócio. Os objetivos do negócio, trabalhados na vista de visão de negócio, formam a base para a modelagem dos processos. Além desta base devem ser utilizadas entrevistas, discussões, seções de brainstorming, compostas por grupos seletos de pessoas envolvidas no negócio e estudos práticos de como o negócio opera. O resultado deve ser a criação de diagramas de processos que descrevam pelo menos os processos centrais do negócio, sendo estes os processos que possuem interações com o mundo exterior ou que seja crítico para o fornecimento do produto ou serviço do negócio. Os processos centrais são portanto normalmente orientados ao cliente. A técnica descreve os processos de negócio através de diagramas de atividade da UML. Para isto ela estabelece um conjunto de estereótipos que define um processo e os vários recursos que este envolve. Um processo é representado por uma atividade com o estereótipo <<processo>>. Este estereótipo possui o tradicional ícone para representar processo encontrado na literatura e mostrado na Figura 13. <<Processo>> nome do processo Figura 13- Ícone associado à atividade estereotipada como processo de negócio Os outros objetos são representados com os seguintes estereótipos: • Objetivos: <<Objetivo>> 52 • Entradas: Recursos: <<físico>>, <<abstrato>>, <<pessoa>>, ou <<informação>> • Saídas: Recursos: <<físico>>, <<abstrato>>, <<pessoa>>, ou <<informação>> • Fornecedores: Recursos: <<físico>>, <<abstrato>>, <<pessoa>>, ou <<informação>> • Controles: Recursos: geralmente <<pessoa>> ou <<físico>> A Figura 14 apresenta os relacionamentos entre os objetos e o processo de negócio Figura 14 - Representação de um processo de negócio e sua interação com recursos Diagrama de Linha de Montagem É uma variação do diagrama de processo para melhor descrever como os processos interagem com os recursos de informação (objetos de informação em sistemas de informação). Assim como o Diagrama de Processos de Negócio, o Diagrama de Linha de Montagem é uma extensão do diagrama de atividade da UML. Seu diferencial está na ênfase dada à visualização do fluxo de objetos entre as atividades. 53 O Diagrama de Linha de Montagem foi introduzido pelo método Astracan e tem sido usado com sucesso na modelagem de processos, particularmente quando o propósito da modelagem é a produção de sistemas de informação que dão suporte aos processos. (ERIKSSON; HANS-ERIK; PENKER, 2000) No topo do diagrama está um diagrama de processos. Abaixo deste estão um número de pacotes horizontais que são chamados pacotes de linha de montagem, cada um representando um grupo de objetos( os objetos de um pacote podem ser de uma classe específica ou de diferentes classes. Um pacote de linha de montagem é um item pacote da UML estereotipado para <<linha de montagem>> e desenhado como um longo retângulo horizontal, como mostra a Figura 15. Figura 15 – Exemplo de Diagrama de Linha de Montagem O propósito deste diagrama é demonstrar como o processo na parte superior do diagrama utiliza e gera objetos na linha de montagem. A referência de um objeto a uma linha de montagem é indicada por um fluxo de objeto (representado por uma linha tracejada na UML) entre o processo e o objeto dentro do pacote na linha de montagem. O diagrama deve ser lido da esquerda para a direita na seqüência das referências aos pacotes da linha de montagem. 54 Os objetos nos pacotes de linha de montagem podem ser qualquer recurso mas são geralmente objetos de informação em sistemas de informação. O diagrama mostra portanto quais informações são acessadas pelo processo e quais informações este envia para o sistema de informação. Um pacote pode representar um sistema de informação inteiro, um subsistema, uma categoria especial de classes, etc. Diagrama de Linha de Montagem e Casos de Uso O diagrama de linha de montagem pode ser usado como técnica para levantamento de casos de uso do sistema ou sistemas que darão suporte aos processos de negócio. Para isso, Eriksson orienta que a análise deve começar com os pacotes em um alto nível de abstração, como os níveis de sistemas ou subsistemas. Uma vez que as referências iniciais do processo para os sistemas, ou subsistemas, de informação tenham sido identificadas, passa-se para a identificação das classes daqueles sistemas, e a mesma análise pode ser então repetida com os pacotes agora definidos em outro nível mais detalhado. Neste nível mais detalhado as referências também devem ser mais detalhadas. Uma simples referência no diagrama inicial pode corresponder a várias referências nos níveis subseqüentes. Durante a execução de um processo, vários papéis são desempenhados por este através de seus recursos de suporte, como funcionários e máquinas por exemplo. Cada referência entre o processo e um sistema de informação será responsabilidade de um dos papéis envolvidos no processo. O conjunto de referências de responsabilidade de um mesmo papel (representado por um ator na UML) corresponderá aos requisitos de interações deste com o sistema. Como visto no capítulo 2, uma seqüência de interações entre um ator e um sistema de informação, que traga um valor externo ao sistema, é representado e especificado na UML como um Caso de Uso. Portanto, o conjunto de referências de um mesmo papel caracterizará um caso de uso requerido ao sistema de informação como mostra o exemplo da Figura 16 . 55 Figura 16 – Exemplo de identificação de casos de Uso no Diagrama de Linha de Montagem A identificação dos casos de uso através desta técnica faz com que os objetivos dos atores, e conseqüentemente os requisitos do sistema em forma de casos de uso, estejam alinhados aos objetivos globais do negócio uma vez que são analisados com base nos processos de negócio e estes por sua vez foram definidos em função dos objetivos do negócio. (AZEVEDO;CAMPOS, 2002) 3.3.3.4. Vista do Comportamento do Negócio (Business Behavior View) Mostra o comportamento individual de recursos e processos e também o detalhamento de interações específicas entre diferentes recursos ou processos O Workflow dos processos e recursos é governado pela vista dos Processos de Negócio. A vista de Comportamento aborda o comportamento dinâmico mais específico de um recurso ou processo em particular. 56 Diagramas da vista de Comportamento do Negócio: – Diagrama de Estado de Recursos – Diagrama de Interação de Recursos – Diagrama de Interação de Processos 3.4. Considerações sobre a Modelagem de Processos de negócio com UML A forma de representação e concepção dos processos de negócio não é um ponto comum nas propostas de modelagem de negócio com UML. São observadas duas linhas distintas: a que defende a representação de processos de negócio através de casos de uso de negócio e a que descorda de tal representação. A primeira linha foi introduzida pela OMG em 1997 na primeira versão da especificação da UML e posteriormente aprimorada no RUP. A Segunda linha corresponde às iniciativas de Marshall(1999) e Eriksson et al (2000). A primeira linha defende a modelagem de processos de negócio através de modelos de casos de uso de negócio. Assim como o caso de uso para um sistema de software, o modelo de caso de uso de negócio apresenta o sistema (agora, o negócio) da perspectiva do usuário e esboça como ele agrega valor para seus usuários. Um modelo de caso de uso de negócio descreve os processos de negócio de uma organização em termos de casos de uso e atores de negócio correspondentes a processos de negócio e clientes, respectivamente (JACOBSON; BOOCH; RUMBAUGH, 1999). Já a segunda linha defende que os processos de negócio não são bem representados pelos casos de uso pois estes servem para representar um domínio fechado correspondente a determinados requisitos de usuários, e que os processos de negócio não podem ser vistos simplificadamente como requisitos de clientes. 57 Como apresentado anteriormente neste capítulo, segundo Johansson et al (1995) um processo de negócio é um conjunto de atividades ligadas que tomam um insumo de entrada e o transformam para criar um resultado de saída. Teoricamente, a transformação que nele ocorre deve adicionar valor e criar um resultado que seja mais útil e eficaz ao recebedor do resultado acima ou abaixo da cadeia. A modelagem por processo de negócio surgiu da necessidade de se delinear limites da abrangência de atuação e da dinâmica de interação entre os recursos da empresa em toda sua extensão de atividades desde o fornecedor até o cliente. Tal delineação não era alcançada com modelos baseados simplesmente na estrutura organizacional da empresa, que possui uma visão departamental. Uma vez que o modelo de caso de uso da UML não representa fluxo de informações entre os casos de uso, esses não representam processos de negócio eficientemente pois estes, por definição, devem estar ligados de forma a formar o fluxo de atividades necessárias ao objetivo do negócio como um todo. Um caso de uso não é equivalente a um processo. Um caso de uso fornece um serviço que é requerido como parte de um processo exterior ao sistema de software. Um caso de uso é completamente implementado no software, enquanto um processo é normalmente apenas parcialmente implementado no software (o termo caso de uso é uma abstração para definir comunicação entre atores e um sistema de software). Os casos de uso podem ser considerados como as especificações dos serviços que o sistema de software fornece ao processo de negócio. (ERIKSSON et al, 2000) É necessário portanto que a modelagem dos processos de negócio de ênfase ao fluxo de informações entre os processos ao longo da cadeia de valor que busca atingir os objetivos globais do negócio. Atentando para isto, a segunda linha propõe a utilização de diagramas de atividades para a representação dos processos de negócio no domínio da modelagem de negócio. Nesta linha, os processo de negócio são representados através do diagrama de atividade da UML, no qual os itens atividade são estereotipados como processos. CAPÍTULO 4 Propostas de atividades para a sistematização do levantamento de requisitos no UP 4.1. Introdução Vários processos de desenvolvimento que utilizam a UML defendem que o desenvolvimento deve começar com a modelagem de casos de uso para definir os requisitos funcionais do sistema. Como apresentado no capítulo 2, um caso de uso descreve um uso específico do sistema por um ou mais atores. Um ator é um papel que um usuário ou outro sistema desempenha. O objetivo da modelagem de caso de uso é identificar e descrever todos os casos de uso que os atores requisitam ao sistema. As descrições de caso de uso são usadas portanto para analisar e projetar uma arquitetura de software que realiza os casos de uso, este tipo de processo classifica-se como desenvolvimento dirigido por caso de uso. Mas como identificar todos os casos de uso , ou os casos de uso corretos que melhor suportam o negócio no qual o sistema operará? Segundo Eriksson et al (2000), para resolver este tipo de questão é necessário entender o ambiente no qual o sistema irá operar, questionando: Como os diferentes atores interagem? Que atividades fazem parte de seus trabalhos? Quais são os objetivos finais de seus trabalhos? Que outras pessoas, sistemas ou recursos estão envolvidos mas que não agem como atores neste sistema específico? Que regras governam suas atividades e estruturas? Existem formas dos atores trabalharem mais eficientemente? 59 Jacobson et al(1999) também ressaltam a importância da observação do ambiente no levantamento dos casos de uso de um sistema afirmando que a construção de modelos de domínio podem ser usados para este fim: Um modelo de domínio captura os mais importantes tipos de objetos no contexto do sistema. Os objetos de domínio representam as “coisas” que existem ou eventos que se tornam conhecidos no ambiente em que o sistema trabalha. A maioria dos objetos de domínio podem ser encontrada através de especificações de requisitos ou de entrevistas com especialistas de domínio. Segundo eles os objetos de domínio se apresentam de três formas típicas: - Objetos de negócio que representam coisas que são manipuladas no negócio, como pedidos, contas, e contratos. - Objetos e conceitos do mundo real dos quais o sistema precisa manter registros, como aeronaves, mísseis, e trajetórias. - Eventos que são ou serão conhecidos, como chegada de aeronave, saída de aeronave, e intervalo de almoço. Ele afirma também que o modelo de domínio é um caso especial de um modelo de negócio mais completo. A modelagem de negócio é uma técnica para entender e representar os processos de negócio de uma organização e pode ser usada para auxiliar a identificação dos casos de uso. Embora exista o reconhecimento da importância da observação do ambiente, a identificação dos requisitos a partir do entendimento deste ainda é feita de forma bastante empírica, sendo realizada, na maioria das vezes, através de entrevistas com futuros usuários do sistema. (SANTANDER, 2002) Mas como tornar o processo de identificação de casos de uso mais sistemático? 60 É preciso considerar primeiramente que, como mostrado no capítulo 2, o desenvolvimento de um sistema complexo de software deve ser guiado por uma metodologia ou processo de desenvolvimento que organize e controle a produção das várias partes (artefatos) constituintes de um sistema. Segundo Kruchten (1998) o UP, reúne as boas práticas do desenvolvimento de software e tem sido usado como base para a definição de várias metodologias encontradas no mercado. Esta dissertação busca definir atividades a serem inseridas no UP, ou em qualquer outro processo de desenvolvimento baseado neste, de forma a sistematizar o levantamento de requisitos com base em análise de modelos de negócio. Para isso é proposto um wokflow a ser inserido no UP para a modelagem de negócio com base na técnica de modelagem proposta por Eriksson. Também são propostas atualizações em algumas atividades pré-estabelecidas no UP. As atividades são propostas de forma a poderem ser aplicadas a qualquer metodologia que se baseie no UP. Como analisado anteriormente, a técnica de construção de arquiteturas de negócio proposta por Eriksson é, dentre as propostas de modelagem de negócio com UML pesquisadas, a única que aborda de forma sistemática a passagem da arquitetura de negócio para uma arquitetura de software que dê suporte à primeira. Eriksson porém não explora a sistematização desta passagem no contexto de um processo ou metodologia de desenvolvimento de sistemas. Esta dissertação define, e agrega ao UP, atividades para o levantamento de casos de uso a partir de uma arquitetura de negócio. O trabalho também apresentará no item 4.3 como tais atividades poderão ser aplicadas a qualquer metodologia ou processo de desenvolvimento que se baseie no UP, através de um exemplo utilizando a Metodologia MDS-OO da Dataprev. 61 4.2. Atividades propostas Como foi visto, no UP os requisitos funcionais são descritos através do modelo de caso de uso UML. Como apresentado no capítulo 2 o modelo de caso de uso é um diagrama da UML formado por casos de uso, atores, e relacionamentos entre estes itens. A descrição de um caso de uso é a documentação que especifica o fluxo de eventos entre atores e o sistema, bem como operações a serem realizadas pelo sistema. Como apresentado no capítulo 2 o UP é dividido em quatro fases e possui workflows (levantamento de requisitos, análise, projeto, implementação, e teste) que devem ser executados nas quatro fases, considerando para cada uma destas uma abordagem específica das atividades do fluxo. Atividades do workflow de levantamento de requisitos existem em todas as fases do desenvolvimento com maior ênfase nas fases de Concepção e Elaboração. Na fase de Concepção existe uma maior ênfase na identificação dos requisitos mas não na especificação detalhada dos mesmos. Desenvolve-se o diagrama de Casos de Uso sem detalhar a especificação de cada um. A maior concentração de esforço na atividade de especificação de requisitos está na fase Elaboração na qual, a partir das informações de negócio e necessidades dos clientes levantadas em forma de casos de uso na fase de Concepção, as especificações dos casos de uso são realizadas em maior parte. Cada fase do UP é ainda dividida em iterações que vão trabalhando subdomínios do problema ao longo do tempo incrementalmente de forma que a iteração seguinte busque sempre o incremento da anterior no sentido de formar um todo consistente. Um método de levantamento de requisitos que derive os casos de uso de uma arquitetura de software no UP deve definir atividades e seus fluxos, bem como o estado esperado dos artefatos gerados por estas atividades, em cada fase do processo (Concepção, Elaboração, Construção, e Transição), considerando tal estrutura iterativa e incremental e as atividades já definidas nesta estrutura. 62 A aplicação da técnica de Eriksson ao UP se dará portanto através da definição de um workflow para a modelagem de negócio e atualizações nas atividades já estabelecidas para os outros workflows de forma a integrá-los. Nestas atualizações, algumas atividades serão adicionadas e outras apenas atualizadas com a inserção de subatividades. Também será definida a abordagem que cada atividade proposta deve ter nas fases de Concepção e Elaboração, que como visto anteriormente são as fases onde devem existir as atividades de análise de requisitos. 4.2.1. Workflow para Modelagem de Negócio O workflow definido para a modelagem de negócio é apresentado na Figura 17 e a seguir são apresentadas as descrições de cada atividade e a abordagem que devem ter em cada fase do processo de desenvolvimento. Figura 17 - Workflow para a Modelagem de Negócio 63 Descrição das atividades e respectivos produtos: Modelar os Objetivos do Negócio: A modelagem dos objetivos deve identificar os principais objetivos e sub-objetivos do negócio numa estrutura hierárquica que permita a visualização de dependência entre tais objetivos. Este modelo servirá de base para a definição dos processos de negócio. A modelagem dos objetivos do negócio deve ser feita com base em entrevistas realizadas com os conhecedores do negócio. Produto resultante: Diagrama de Modelo de Objetivos. Modelar os Processos de Negócio: Os processos de negócio devem ser definidos buscando a realização dos objetivos identificados no Modelo de Objetivos do Negócio. Porém, não é necessário haver uma relação 1 para 1 entre processos de negócios e objetivos do negócio pois muitos processos auxiliares não estarão necessariamente relacionados a um objetivo do Modelo de Objetivos do Negócio. Entrevistas com os envolvidos no negócio também devem ser realizadas para fornecer subsídios à definição dos processos de negócio. Produto resultante: Diagrama de Processos de Negócio. Modelar os Recursos Envolvidos: – Os recursos, informações e unidades organizacionais devem ser modelados através dos diagramas da Vista de Estrutura do Negócio. A modelagem destes elementos deve ser feita paralelamente às atividades de Modelagem de Processos de Negócio a fim de se ter um melhor entendimento dos termos relacionados ao negócio e conseqüentemente uma maior consistência na modelagem do mesmo. Produtos resultantes: Diagramas de Modelos de Recursos, Informações e Organização. Modelar Comportamento dos Recursos - Um Diagrama de Estados de Recurso pode ser criado para facilitar a determinação dos processos de negócio quando este se caracteriza por refinamentos de um mesmo objeto ao longo da cadeia de valor. Por exemplo, considerando um negócio de vendas, o pedido pode ser abordado como um objeto cujo estado vai sendo alterado (refinado) ao longo de toda a cadeia de valor, desde a abertura do pedido até a confirmação do pedido 64 entregue ao cliente. Num caso como este a identificação dos estados possíveis de tal objeto (como pedido solicitado, pedido em verificação de estoque, pedido em produção, pedido em expedição e pedido entregue) pode facilitar a identificação dos processos de negócio necessários ao cumprimento das mudanças de estado do produto. Produto resultante: Diagrama de Estado de Recurso e Diagramas de Interação de Recursos e de Estados. Definir Papéis e Responsabilidades – Cada processo de negócio deve possuir um responsável uma vez que ele geralmente não estará ligado a uma única unidade organizacional, mas sim passando por mais de uma delas. Cada processo por sua vez define um fluxo de eventos que podem envolver um ou mais atores. É necessário definir que atores agem em cada um dos processos. Isto pode ser feito através de uma análise do fluxo de eventos e associação destes aos atores envolvidos no processo. Produto Resultante: Tabela de Papéis e Responsabilidades. As abordagens destas atividades em cada fase do desenvolvimento são descritas a seguir: Modelar os Objetivos do Negócio: Na Concepção – o Modelo de Objetivos deve abordar todos os objetivos relevantes ao projeto em questão, desde os de nível mais estratégico até os que estejam ao nível de objetivos de processos de negócio. Na Elaboração – Deve-se atualizar o modelo de objetivos em função de possíveis esclarecimentos posteriores. Modelar os Processos de Negócio: Na Concepção – Deve-se identificar os principais processos de negócio, suas relações com os recursos (entradas, saídas, fornecedores, controles e objetivo), 65 e a seqüência de execução dos mesmos. Porém, não é necessária a descrição detalhada do fluxo de eventos ocorrido internamente no processo. Na Elaboração – Detalhar o fluxo de eventos dos processo que serão abordados na iteração atual. Modelar os Recursos Envolvidos: Na Concepção – Devem ser modelados todos os recursos significativos identificados no Modelo de Processo de Negócio definido na fase Concepção, de forma a analisar a dependência entre tais recursos e suas propriedades. Na Elaboração – Modelar todos os recursos significativos identificados durante o detalhamento dos fluxos de eventos de cada processo de negócio. Modelar Comportamento dos Recursos: Na Concepção – Modelar o comportamento de recursos nos casos em que estes sofram várias alterações ao longo dos processos de negócio e esta dinâmica de alterações precisa ser melhor entendida. Na Elaboração – Detalhar os Diagramas de Estado de Recursos, caso tenham sido criados na fase Concepção, com base no detalhamento dos fluxos de evento dos processos. Definir Papéis e Responsabilidades: Na Concepção – Definir apenas os responsáveis por cada processo de negócio, sejam eles unidades organizacionais ou funções. Na Elaboração – Definir os papéis (atores) associados aos eventos que ocorrem no fluxo de evento de cada processo de negócio. 66 4.2.2. Workflow de Levantamento de Requisitos A atividade seguinte foi adicionada ao Workflow de Levantamento de Requisitos: Identificar Necessidades de Informatização - Nesta atividade deve-se associar os processos de negócio aos sistemas de informação que lhes dão suporte e assim identificar a possível necessidade de novos sistemas de informação através da identificação de carências de suporte automatizado de informação e operações aos processos. Sugere-se a utilização do Diagrama de Linha de Montagem como base para a realização desta atividade. Produto resultante: Diagrama de Linha de Montagem com os pacotes de linha de montagem identificados. A atividade Encontrar Atores e Casos de Uso, já existente no UP, foi atualizada com a sub-atividade: Derivar Casos de Uso dos Processos de Negócio: Os casos de uso devem ser identificados com base nos processos de negócio. Esta atividade deve resultar em uma Relação de Casos de Uso na qual deve-se associar cada caso de uso identificado ao processo (ou processos) de negócio a que este atende. Sugerese a utilização do Diagrama de Linha de Montagem como base para a realização desta atividade. A identificação dos casos de uso no Diagrama de Linha de Montagem se dá através do agrupamento de referências (entre o processo e os sistemas) de mesma natureza. Produto resultante: Diagrama de Linha de Montagem com casos de uso identificados. As abordagens destas atividades em cada fase do desenvolvimento são descritas a seguir: Identificar Necessidades de Informatização: Na Concepção – Identificar sistemas de software que dão suporte aos processos de negócio bem como identificar a necessidade de novos sistemas e 67 subsistemas. Utilizar o Diagrama de Linha de Montagem como recurso de apoio ao desenvolvimento desta atividade. Deve-se começar com os pacotes em um alto nível de abstração, representando os sistemas já existentes e a natureza das informações das referências que estes fazem a cada processo de negócio analisado. Deve-se então fazer uma primeira avaliação quanto à natureza das informações e as operações necessárias ao processo e o atendimento destas pelos sistemas existentes, de forma a buscar identificar tipos de informações e operações que não estão sendo mantidas pelos sistemas de software disponíveis. Tais necessidades de informação e de operações devem ser referenciadas a um outro pacote representativo do sistema (ou sistemas) a ser construído para atender tais requisitos. Na Elaboração – Deve-se atualizar e aprofundar a análise iniciada na Concepção com base na descrição do fluxo de evento dos processos. Deve-se avaliar cada fluxo de evento e identificar eventos que podem ser auxiliados por sistemas de informação mas que ainda não são. Tais auxílios devem ser representados como referências do processo aos sistemas que os realizam. Considerando o escopo de um sistema identificado na concepção deve-se representar cada linha de montagem como uma classe do sistema e distribuir a responsabilidade entre as classes através das referências feitas a cada uma delas pelos processos. Cada evento a ser informatizado deve resultar em uma referência à classe que o realizará e quando esta não existir deverá ser criada como uma nova linha de montagem. Este processo deve ser feito respeitando-se o conceito de encapsulamento. Derivar Casos de Uso dos Processos de Negócio: Na Concepção – A atividade deve visar a identificação dos casos de uso arquiteturalmente significativos. Estes casos de uso representam funcionalidades num alto nível de abstração. Estes casos de uso servem como base para a definição da vista lógica da arquitetura de software que os realizará. 68 Na Elaboração – A atividade visa identificar todos os casos de uso do sistema com base na análise das referências entre os processos detalhados e os sistemas de software que os apoiará. 4.2.3. Workflow para Análise A atividade Realização de Casos de Uso, já existente no UP, foi atualizada com a subatividade: Identificar Classes a partir da arquitetura de negócio – Esta atividade consiste a identificação de Classes a partir de modelos da Vista de Estrutura do Negócio e da Vista de Processos de Negócio. Produto resultante: Diagrama de Classes. A abordagem desta atividade em cada fase do desenvolvimento é descrita a seguir: Na Concepção: Busca-se a identificação das principais Classes do sistema com base na análise dos Modelos de Recursos e de Informações. Na Elaboração: Deve ser feita uma reavaliação das Classes identificadas com base nas referências do Diagrama de Linha de Montagem desenvolvido nesta fase. Através da análise das referências deve-se identificar que classes serão responsáveis pela realização dos casos de uso identificados no Diagrama de Linha de Montagem. 69 4.3. Aplicação das atividades propostas à MDS-OO Dataprev. Muitas metodologias, como a apresentada em Paula (2001), têm sido concebidas com base no UP. Cada empresa de desenvolvimento de software tem suas particularidades e buscam portanto desenvolver suas próprias metodologias ou customizar alguma existente no mercado. A MDS-OO Dataprev é outro exemplo de metodologia que foi concebida com base no UP e será objeto de aplicação das atividades propostas neste trabalho. Para aplicar as atividades propostas neste trabalho a qualquer metodologia que se baseie no UP é necessário identificar a correspondência entre as atividades incluídas ou alteradas no UP e as estabelecidas na metodologia em questão. A Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – Dataprev originou-se dos centros de processamento de dados dos institutos de previdência existentes em 1974. É uma empresa pública instituída pela Lei nº 6.125, de 4 de novembro de 1974. Atualmente, a empresa conta com cerca de 3000 empregados. É responsável pelo processamento da maior folha de pagamento do país, alcançando mais de 20 milhões de beneficiários/mês. A MDS Dataprev OO é a metodologia (ou processo) de desenvolvimento de software da Dataprev que guia o desenvolvimento dos sistemas concebidos no paradigma da orientação a objeto. Ela é baseada no UP. Sua estrutura portanto é composta por Fases (relacionadas às metas ao longo do tempo) e Workflows (relacionadas à natureza das atividades). Cada disciplina é responsável por gerar seus respectivos artefatos através de um conjunto de atividades. Cada Artefato corresponde a uma documentação (como um modelo) ou outro objeto de valor a ser criado no desenvolvimento (como um componente de software). Por ser iterativa, cada fase percorre todo o conjunto de workflows. Por ser incremental, cada iteração atualiza os artefatos gerados nas iterações anteriores. 70 A metodologia estabelece um fluxograma de atividades a ser percorrido em cada fase. Uma mesma atividade pode constar em mais de uma fase porém será abordada com um enfoque específico em cada fase. Para cada atividade constante no fluxograma existe uma descrição da mesma. A metodologia também estabelece os estados esperados dos artefatos ao final de cada fase. A tabela a seguir apresenta as atividades incluídas ou alteradas no UP e as correspondentes atividades na MDS-OO Dataprev. Tabela 1 – Atividades propostas X Atividades da MDS-OO Dataprev Atividades na fase de Concepção No UP Modelar os Objetivos Atividades na fase de Elaboração Na MDS-OO Dataprev Sem correspondência do Negócio No UP Modelar os Objetivos Na MDS-OO Dataprev Sem correspondência do Negócio Modelar os Processos Modelar os Processos de Modelar os Processos Incrementar Modelo de de Negócio Negócio de Negócio Processos de Negócio Modelar os Recursos Sem correspondência Modelar os Recursos Sem correspondência Envolvidos Modelar Envolvidos Sem correspondência Modelar Comportamento dos Comportamento dos Recursos Recursos Definir Papéis e Sem correspondência Responsabilidades Identificar Definir Papéis e Sem correspondência Sem correspondência Responsabilidades Sem correspondência Identificar Necessidades de Necessidades de Informatização Informatização Sem correspondência Encontrar Atores e Esboçar Modelo de Casos Encontrar Atores e Incrementar Modelo de Casos de Uso de Uso Principais Casos de Uso Casos de Uso Realização de Casos Desenvolver modelos de Realização de Casos Incrementar Modelos de de Uso Classes de Uso Classe 71 As atividades sem correspondência foram adicionadas à MDS-OO Dataprev e as que correspondiam de forma similar às atividades estabelecidas no UP foram atualizadas conforme estabelecido no item 4.2.. As subseções a seguir apresentam os fluxogramas de atividades da MDS-OO Dataprev resultantes para cada fase (Concepção, Elaboração, Construção, e Transição). Nos fluxogramas as atividades adicionadas à metodologia apresentam-se em cor cinza escuro e as atividades já constantes, mas que foram atualizadas com sub-atividades, apresentam-se com listras. Também são apresentadas as descrições de cada atividade e os estados esperados para cada artefato ao final de cada fase. O Anexo I apresenta a descrição de cada artefato referenciado nas atividades da metodologia. O Anexo II apresenta exemplos de artefatos, produzidos nas atividades inseridas ou modificadas na MDS-OO Dataprev, no contexto do desenvolvimento de um sistema de controle de expedições da Dataprev. 4.3.1. A fase Concepção Na fase de Concepção foram adicionadas as seguintes atividades conforme estabelecido no método proposto: • Modelar os Objetivos do Negócio; • Modelar os Processos de Negócio; • Modelar os Recursos Envolvidos; • Modelar Comportamento dos Recursos; • Definir Papéis e Responsabilidades; • Identificar Necessidades de Informatização; A atividade Esboçar Modelo de Casos de Uso Principais, já existente na MDS Dataprev OO, foi Negócio. atualizada com a sub-atividade Derivar Casos de Uso dos Processos de 72 A atividade Desenvolver Modelos de Classe, já existente na MDS Dataprev OO, foi atualizada com a sub-atividade Identificar Classes a partir da Arquitetura de Negócio. A seguir é apresentado o fluxograma de atividades resultante para a fase Concepção. 73 74 75 4.3.1.1. Descrição das atividades da fase Concepção A.1.1.) Entrevistar Cliente para Modelagem do Negócio Entrevistar o Cliente para o entendimento do negócio onde o futuro Sistema atuará . Registrar as informações levantadas num Registro de Reunião. Dentre as informações Registradas devem estar um esboço do Diagrama de contexto e do Modelo de Processos de Negócio. A.1.2.) Analisar e Modelar o Negócio Consiste na realização em colaboração das atividades: Analisar o Negócio; Modelar os Objetivos do Negócio; Modelar os Processos de Negócio; Modelar os Recursos Envolvidos; Comportamento Modelar dos Recursos; definir Papéis e Responsabilidades; Registrar Termos no Glossário e Registrar Especificações Suplementares Principais. A.1.2.1.) Analisar o Negócio Documentar a Descrição do Negócio com base nas informações levantadas nas reuniões. A.1.2.2.) Modelar os Objetivos do Negócio A modelagem dos objetivos deve identificar os principais objetivos e sub-objetivos do negócio numa estrutura hierárquica que permita a visualização de dependência entre tais objetivos. Este modelo servirá de base para a definição dos processos de negócio. A modelagem dos objetivos do negócio deve ser feita com base em entrevistas realizadas com os conhecedores do negócio. o Modelo de Objetivos deve abordar todos os objetivos relevantes ao projeto em questão, desde os de nível mais estratégico até os que estejam ao nível de objetivos de processos de negócio. 76 A.1.2.3.) Modelar os Processos de Negócio Os processos de negócio devem ser definidos buscando a realização dos objetivos identificados no Modelo de Objetivos do Negócio. Porém, não é necessário haver uma relação 1 para 1 entre processos de negócios e objetivos do negócio pois muitos processos auxiliares não estarão necessariamente relacionados a um objetivo do Modelo de Objetivos do Negócio. Entrevistas com os envolvidos no negócio também devem ser realizadas para fornecer subsídios à definição dos processos de negócio. Nesta fase deve-se identificar os principais processos de negócio, suas relações com os recursos (entradas, saídas, fornecedores, controles e objetivo), e a seqüência de execução dos mesmos. Porém, não é necessária a descrição detalhada do fluxo de eventos ocorrido internamente no processo. A.1.2.4.) Modelar os Recursos Envolvidos Os recursos, informações e unidades organizacionais devem ser modelados através dos diagramas da Vista de Estrutura do Negócio. A modelagem destes elementos deve ser feita paralelamente às atividades de Modelagem de Processos de Negócio a fim de se ter um melhor entendimento dos termos relacionados ao negócio e consequentemente uma maior consistência na modelagem do mesmo. Nesta fase devem ser modelados todos os recursos significativos identificados no Modelo de Processo de Negócio definido na fase Concepção, de forma a analisar a dependência entre tais recursos e suas propriedades. A.1.2.5.) Modelar Comportamento dos Recursos Um Diagrama de Estados de Recurso pode ser criado para facilitar a determinação dos processos de negócio quando este se caracteriza por refinamentos de um mesmo objeto ao longo da cadeia de valor. Por exemplo, considerando um negócio de vendas, o pedido pode ser abordado como um objeto cujo estado vai sendo alterado (refinado) ao longo de toda a cadeia de valor, desde a abertura do pedido até a confirmação do pedido entregue ao cliente. Num caso como este a identificação dos estados possíveis 77 de tal objeto (como pedido solicitado, pedido em verificação de estoque, pedido em produção, pedido em expedição e pedido entregue) pode facilitar a identificação dos processos de negócio necessários ao cumprimento das mudanças de estado do produto. Nesta fase deve-se modelar o comportamento de recursos nos caso em que estes sofram várias alterações ao longo dos processos de negócio e esta dinâmica de alterações precisa ser melhor entendida. A.1.2.6.) Definir Papéis e Responsabilidades Definir apenas os responsáveis por cada processo de negócio, sejam eles unidades organizacionais ou funções. A.1.2.7.) Registrar Termos no Glossário Os termos referenciados e definidos para expressar os conceitos presentes no negócio devem ser documentados no Glossário. A.1.2.8.) Registrar Especificações Suplementares Principais Na medida em que o negócio é analisado na fase de Concepção, podem ser previstos alguns requerimentos não funcionais como relativos à segurança e à performance por exemplo. Esses requerimentos não funcionais devem ser registrados como Especificações Suplementares. A.1.3.) Validar Análise com o Cliente Realizar reunião com o Cliente para apresentar e validar a Análise do Negócio, Diagrama de Contexto, Modelo de Processos de Negócio, Glossário, e Especificações Suplementares definidos. Deve-se gerar um Registro de Reunião. 78 A.1.4.) Entrevistar Cliente para Levantar Requisitos Entrevistar o Cliente para o levantamento das principais funcionalidades do futuro Sistema visando à identificação dos principais casos de uso e requerimentos não funcionais. Registrar as informações levantadas num Registro de Reunião. A.1.5.) Analisar e Especificar Requisitos Levantados Consiste na realização em colaboração das atividades: Identificar Necessidades de Informatização; Esboçar Casos de Uso Principais; Incrementar Glossário; e Incrementar Especificações Suplementares Principais. A.1.5.1.) Identificar Necessidades de Informatização Nesta atividade deve-se associar os processos de negócio aos sistemas de informação que os dão suporte e assim identificar a possível necessidade de novos sistemas de informação através da identificação de carências de suporte automatizado de informação e operações aos processos. Sugere-se a utilização do Diagrama de Linha de Montagem como base para a realização desta atividade. Nesta fase deve-se identificar sistemas de software que dão suporte aos processos de negócio bem como identificar a necessidade de novos sistemas e subsistemas. Utilizar o Diagrama de Linha de Montagem como recurso de apoio ao desenvolvimento desta atividade. Deve-se começar com os pacotes em um alto nível de abstração, representando os sistemas já existentes e a natureza das informações das referências que estes fazem a cada processo de negócio analisado. Deve-se então fazer uma primeira avaliação quanto à natureza das informações e as operações necessárias ao processo e o atendimento destas pelos sistemas existentes, de forma a buscar identificar tipos de informações e operações que não estão sendo mantidas pelos sistemas de software disponíveis. Tais necessidades de informação e de operações devem ser referenciadas a um outro pacote representativo do sistema (ou sistemas) a ser construído para atender tais requisitos. 79 A.1.5.2.) Esboçar Modelo de Casos de Uso Principais Esboçar o Modelo dos principais Casos de Uso do Sistema a ser desenvolvido através de um Modelo de Caso de Uso. No Modelo devem estar identificados os principais Atores e Casos de Uso bem como uma descrição de cada Caso de Uso. Os casos de uso podem ser identificados com base nos processos de negócio. Esta atividade deve resultar em uma Relação de Casos de Uso na qual deve-se associar cada caso de uso identificado ao processo (ou processos) de negócio a que este atende. Sugere-se a utilização do Diagrama de Linha de Montagem como base para a realização desta atividade. A identificação dos casos de uso no Diagrama de Linha de Montagem se dá através do agrupamento de referências (entre o processo e os sistemas) de mesma natureza. Nesta fase a atividade deve visar a identificação dos casos de uso arquiteturalmente significativos. Estes casos de uso representam funcionalidades num alto nível de abstração. Estes casos de uso servem como base para a definição da vista lógica da arquitetura de software que os realizará. A.1.5.3.) Incrementar Glossário Atualizar o Glossário com os novos termos definidos nas reuniões de Levantamento de Requisitos. A.1.5.4.) Incrementar Especificações Suplementares Principais Atualizar as Especificações Suplementares com os novos requisitos não funcionais identificado nas reuniões de Levantamento de Requisitos. A.1.6.) Validar Levantamento de Requisitos com cliente Realizar reunião com o Cliente para apresentar e validar o Modelo de Caso de Uso e as alterações no Modelo de Processo de Negócio, no Glossário e nas Especificações Suplementares caso tenha havido. 80 A.1.7.) Entrevistar Cliente para Definir Arquitetura Entrevistar Cliente visando levantar informações para definir a Arquitetura do Software. Na entrevista deve-se esboçar alternativas de Modelos de Classe e Pacotes, Modelo de Componentes e de Implantação em alto nível (procurando definir a arquitetura de hardware e software em linhas gerais). A.1.8.) Definir Arquitetura do Software A Arquitetura do Software deve especificar o Sistema em linhas gerais através dos seguintes modelos: Modelo de Pacotes, Modelo de Classes, Modelo de Componentes, Realizações dos principais Casos de Uso, e Modelo de Implantação (em alto nível). A.1.8.1.) Desenvolver Modelo de Pacotes Analisar e definir um Modelo de Pacotes em alto nível buscando identificar as relações entre eles e a possível reutilização de arquiteturas de referência ou padrões. A.1.8.2.) Desenvolver Modelo de Classes Desenvolver o Modelo de Classes com as principais classes do sistema e seus relacionamentos. Deve-se verificar a possibilidade de reutilização de Classes já existentes. A identificação das principais Classes do sistema pode ser feita com base na análise dos Modelos de Recursos. A.1.8.3.) Desenvolver Modelos de Componentes Uma visão dos subsistemas de informação e seus relacionamentos. A.1.8.4.) Desenvolver Modelos de Implantação Uma visão da arquitetura de hardware do novo sistema. 81 A.1.8.5.) Incrementar Glossário Atualizar o Glossário com os novos termos definidos nas entrevistas de definição da Arquitetura do Software. A.1.8.6.) Incrementar Especificações Suplementares Atualizar as Especificações Suplementares com os novos termos definidos nas entrevistas de definição da Arquitetura do Software. A.1.8.7.) Incrementar Modelo de Casos de Uso Principais Atualizar o Modelo de Casos de Uso com os novos termos definidos nas entrevistas de definição da Arquitetura do Software. A.1.9.) Validar Arquitetura com Cliente Validar a arquitetura geral do sistema com o cliente. A.1.10.) Elaborar Cronograma Geral Definir o Cronograma Geral de Desenvolvimento do Projeto com base nos requisitos levantados. A.1.11.) Elaborar Orçamento Elaborar Orçamento com base no Cronograma Geral e requisitos levantados. A.1.12.) Formalizar Prestação de Serviço 82 Gerar a Formalização da Prestação de Serviço junto ao cliente. Geralmente consiste na elaboração e assinatura de um contrato. 4.3.1.2. Estado esperado dos artefatos ao final da fase Concepção A Tabela 2 apresenta o estado esperado dos artefatos ao final da fase Concepção. Tabela 2 - Estados dos Artefatos ao final da Concepção Artefato Estado Esperado ao final da Concepção Cronograma Geral Definido Orçamento Definido Formalização da Prestação de Serviço Realizada Registro de Reunião Criado para cada reunião acontecida durante a fase Descrição do Negócio Cerca de 90% definida pois o Modelo de Processos de Negócio será revisado na fase seguinte. Modelo de Objetivos do Negócio Principais objetivos identificados Modelo de Processos de Negócio Principais processos de negócio identificados Modelos de Recursos Principais recursos identificados e modelados Modelos de Comportamento Criado para recursos importantes e complexos Tabela de Papéis e Responsabilidades Com responsáveis pelos processos identificados Diagrama de Linha de Montagem Criado para os informatizados. Glossário Termos definidos e documentados Especificações Suplementares Principais requerimentos mentados. Modelo de Casos de Uso Esboçado. Atores e Casos de Uso importantes definidos; Fluxo de eventos definidos em linhas gerais para os Casos de Uso identificados. processos não macros a funcionais serem docu- 83 Arquitetura do Software Contendo os seguintes modelos e respectivos estados: Modelo de Casos de Uso: Principais casos de uso numa visão macro; Modelo de Pacotes: Descrendo os principais pacotes e seus relacionamentos numa abstração de alto nível; Modelo de Classes: com principais classes e seus relacionamentos. Modelo de Componentes: componentes do sistema. com os principais Diagramas de seqüências e de Colaboração: descrevendo a realização dos principais Casos de Uso do sistema. Modelo de Implantação: Especificando a arquitetura de hardware do sistema. 84 4.3.2. A fase Elaboração Na fase de Elaboração foram adicionadas as seguintes atividades conforme estabelecido no método proposto: • Modelar os Objetivos do Negócio; • Modelar os Processos de Negócio; • Modelar os Recursos Envolvidos; • Modelar Comportamento dos Recursos; • Definir Papéis e Responsabilidades; • Identificar Necessidades de Informatização; A atividade Incrementar Modelo de Casos de Uso, já existente na MDS Dataprev OO, foi atualizada com a sub-atividade Derivar Casos de Uso dos Processos de Negócio. A atividade Incrementar Modelos de Classe, já existente na MDS Dataprev OO, foi atualizada com a sub-atividade Identificar Classes a partir da Arquitetura de Negócio. A seguir é apresentado o fluxograma de atividades resultante para a fase Elaboração. 85 86 4.3.2.1. Descrição das atividades da Elaboração A.2.1.) Definir Iterações da Elaboração Definir subdomínios para a fase de Elaboração com base na Arquitetura do Software e nas Especificações Suplementares definidas. O documento deve conter a identificação dos Casos de Uso que serão realizados (através de diagramas dinâmicos da UML) em cada iteração. Também deve conter o detalhamento do cronograma para a fase de Elaboração, programando o desenvolvimento dos Casos de Usos por iterações. A.2.2.) Entrevistar Cliente para Levantar Requisitos Entrevistar cliente visando o detalhamento dos Casos de Uso já identificados bem como a identificação e detalhamento de outros Casos de Uso . Registrar o levantamento num Registro de Reunião. A.2.3.) Analisar e Modelar o Negócio Consiste na realização em colaboração das atividades: Modelar os Objetivos do Negócio; Modelar os Processos de Negócio; Modelar os Recursos Envolvidos; Modelar Comportamento dos Recursos; e Definir Papéis e Responsabilidades. 87 A.2.3.1.) Modelar os Objetivos do Negócio Deve-se atualizar o Modelo de Objetivos em função de possíveis esclarecimentos posteriores. A.2.3.2.) Modelar os Processos de Negócio Detalhar o fluxo de eventos dos processos que serão abordados na iteração atual. A.2.3.3.) Modelar os Recursos Envolvidos Modelar todos os recursos significativos identificados durante o detalhamento dos fluxos de eventos de cada processo de negócio. A.2.3.4.) Modelar Comportamento dos Recursos Detalhar os Modelos de Comportamento de Recursos, caso tenham sido criados na fase Concepção, com base no detalhamento dos fluxos de evento dos processos. A.2.3.5.) Definir Papéis e Responsabilidades Definir os papéis (atores) associados aos eventos que ocorrem no fluxo de evento de cada processo de negócio. A.2.4.) Analisar e Especificar Requisitos Levantados Consiste na realização em colaboração das atividades: Identificar Necessidades de Informatização; Incrementar Modelo de Casos de Uso; Incrementar Glossário, Incrementar Especificações Suplementares. 88 A.2.4.1.) Identificar Necessidades de Informatização Deve-se atualizar e aprofundar a análise iniciada na Concepção com base na descrição do fluxo de evento dos processos. Deve-se avaliar cada fluxo de evento e identificar eventos que podem ser auxiliados por sistemas de informação mas que ainda não são. Tais auxílios devem ser representados como referências do processo aos sistemas que os realizam. Considerando o escopo de um sistema identificado na concepção deve-se representar cada linha de montagem como uma classe do sistema e distribuir a responsabilidade entre as classes através das referências feitas a cada uma delas pelos processos. Cada evento a ser informatizado deve resultar em uma referência à classe que o realizará e quando esta não existir deverá ser criada como uma nova linha de montagem. Este processo deve ser feito respeitando-se o conceito de encapsulamento. A.2.4.2.) Incrementar Modelo de Caso de Uso Analisar e atualizar o Modelo de Caso de Uso com base nas novas informações de requisitos. A atividade visa identificar todos os casos de uso do sistema com base na análise das referências entre os processos detalhados e os sistemas de software que os apoiará. A.2.4.3.) Incrementar Glossário Atualizar o Glossário com os novos termos definidos na análise dos requisitos levantados. A.2.4.4.) Incrementar Especificações Suplementares Atualizar o registro de Especificações Suplementares com novos requerimentos não funcionais identificados. 89 A.2.5.) Desenvolver Modelos de Análise e Projeto Esta atividade compreende a realização em cooperação das seguintes atividades: Desenvolver Realizações de Caso de Uso, Incrementar Modelo de Classes, Desenvolver Mapa de Navegação, Desenvolver Modelos de Estado, Derivar/ Ajustar Modelo de Dados, Validar Análise e Projeto com o Cliente. A.2.5.1.) Desenvolver Realizações de Caso de Uso Desenvolver a Realização de Caso de Uso para cada Caso de Uso. Esta realização deve mostrar as interações realizadas pelos objetos (Classes) necessárias à realização do caso de uso. A.2.5.2.) Incrementar Modelo de Classes Através da análise das Realizações de Caso de Uso e Modelo de Classes, deve-se identificar a necessidade de novas classes e incrementá-las no Modelo de Classes. Os Diagramas de Linha de Montagem podem ser usados como base para a identificação de novas classes. Deve ser feita uma reavaliação das Classes identificadas com base nas referências do Diagrama de Linha de Montagem desenvolvido nesta fase. Através da análise das referências deve-se identificar que classes serão responsáveis pela realização dos casos de uso identificados no Diagrama de Linha de Montagem. A.2.5.3.) Desenvolver Mapa de Navegação Identificar no modelo de Classes as Classes de Interface e dentre estas as que serão páginas Web. Com as páginas Web identificadas, deve-se desenvolver o Mapa de Navegação. 90 A.2.5.4.) Desenvolver Modelos de Estado Caso seja necessário analisar e explicitar a mudança de estados de um determinado objeto ao longo da execução dos processos ou eventos, deve-se desenvolver o Modelo de Estado para tal objeto. A.2.5.5.) Derivar / Ajustar Modelo de Dados Com base no Modelo de Classes deve-se desenvolver o Modelo de Dados, fazendo a correspondência das classes para o modelo relacional. A.2.6.) Validar Análise e Projeto com o Cliente Realizar entrevista com Cliente para validar os modelos de Análise e Projeto. Deve-se gerar um Registro de Reunião. A.2.7.) Atualizar Arquitetura do Negócio Atualizar todos os modelos da Arquitetura do Negócio com as novas informações da Análise e Projeto. 4.3.2.2. Estado esperado dos artefatos ao final da fase Elaboração A Tabela 3 apresenta o estado esperado dos artefatos ao final da fase Elaboração. Tabela 3 – Estado dos Artefatos ao final da Elaboração Artefato Estado Esperado ao final da Elaboração Plano de Iteração Subdomínios do sistema e seus respectivos Casos de Usos identificados. Com programação para a análise de cada subdomínio por iteração, respeitando-se o período total de tempo estimado para a fase de Elaboração. Cronograma Geral Detalhado para a fase de Elaboração desde o início da fase. 91 Registro de Reunião Criado para cada reunião Modelo de Casos de Uso Definido Modelo de Objetivos Definido Modelo de Processos de Negócio Revisado Modelos de Recursos Definido Modelos de Comportamento de Recursos Definido Tabela de Papéis e Responsabilidades Definida Diagrama de Linha de Montagem Criado para os processos detalhados a serem informatizados. Glossário Atualizado com novos termos Especificações Suplementares Atualizado, capturando todos os requerimentos não funcionais. Diagramas de Seqüência Diagramas de Seqüência descrevendo as realizações de Caso de Uso necessárias. Diagramas de Colaboração Diagramas de Colaboração descrevendo realizações de Caso de Uso necessárias. Modelo de Classes Definido Mapa de Navegação Definido Modelo de Estado Desenvolvido para os principais objetos do sistema. Modelo de Dados Definido no nível lógico. Arquitetura do Negócio Revisada. Contendo respectivos estados: os seguintes modelos as e Modelo de Casos de Uso: Principais casos de uso numa visão macro; Modelo de Pacotes: Descrendo os principais pacotes e seus relacionamentos numa abstração de alto nível; Modelo de Classes: com principais classes e seus 92 relacionamentos. Modelo de Componentes: componentes do sistema. com os principais Diagramas de seqüências e de Colaboração: descrevendo a realização dos principais Casos de Uso do sistema. Modelo de Implantação: Especificando a arquitetura de hardware do sistema. 93 4.3.3. A fase Construção Conforme já citado anteriormente, as atividades propostas neste trabalho abrangem as fases de Concepção e Elaboração pois é durante estas que os casos de uso são completamente identificados. Portanto as fases de Construção e Transição não tiveram suas atividades atualizadas ou modificadas. As atividades da fase de Construção são apresentadas a seguir. Plano de Iteração Definir Iterações da Construção Cronograma Geral Elaborar Plano de Testes Plano de Testes Implementar Implementar Componentes Componentes Implementados Implementar Banco de Dados Banco de Dados Testar Componentes Avaliação de Teste Incrementar modelos de Requerimentos e de Análise e Projeto Incrementar Glossário Glossário Incrementar Especificações Suplementares Especificações Suplementares Atualizar Realizações de Caso de Uso Diagramas de Seqüência Atualizar Modelo de Classes Diagramas de Colaboração Atualizar Mapa de Navegação Modelo de Classes Atualizar Modelos de Estado Mapa de Navegação Atualizar Modelo de Dados Modelo de Estado Modelo de Dados Integrar Componentes Componentes Integrados Realizar Testes Integrados Versão Instalável S N Desenvolver / Incrementar Manual do Sistema Iterações Programadas para Construção Concluídas N S Transição 94 4.3.3.1. Descrição das atividades da Construção A.3.1.) Definir Iterações da Construção Planejar a implementação de cada componentes respeitando-se o prazo estabelecido para a fase de construção no Cronograma Geral. O documento deve conter a identificação dos Componentes que serão implementados em cada iteração. Deve-se identificar nos modelos do projeto a prioridade de implementação dos componentes e assim estimar o período em que cada componente será implementado. A.3.2.) Elaborar Plano de Testes O Plano de Testes deve conter a descrição de todos os testes que serão realizados durante o projeto, bem como o momento em que acontecerão. A.3.3.) Implementar Atividade de codificação dos componentes e geração do banco de dados. A.3.3.1.) Implementar Componentes Codificação dos componentes, gerando os Componentes Implementados. A.3.3.2.) Implementar Banco de Dados Geração do Banco de Dados com base no Modelo de Dados. A.3.4.) Testar Componentes Realizar testes dos componentes implementados com base no Plano de Testes. A.3.5.) Incrementar Modelos de Requerimentos e de Análise e Projeto 95 Compreende a realização em cooperação das seguintes atividades: Incrementar Glossário, Incrementar Especificações Suplementares, Atualizar Realizações de Caso de Uso, Atualizar Modelo de Classes, Atualizar Mapa de Navegação, Atualizar Modelos de Estado, Atualizar Modelo de Dados. A.3.5.1.) Incrementar Glossário Atualizar Glossário com novos termos definidos. A.3.5.2.) Incrementar Especificações Suplementares Atualizar Especificações Suplementares com novos requerimentos não funcionais identificados na Construção. A.3.5.3.) Atualizar Realizações de Caso de Uso Atualizar as Realizações de Caso de Uso devido a possíveis necessidades de mudanças de projeto identificadas durante a implementação. A.3.5.4.) Atualizar Modelo de Classes Atualizar o Modelo de Classes com possíveis alterações ocorridas na Implementação. A.3.5.5.) Atualizar Mapa de Navegação Atualizar Mapa de Navegação com possíveis mudanças ocorrida na Implementação. A.3.5.6.) Atualizar Modelos de Estado Atualizar Modelo de Estados com possíveis mudanças ocorrida na Implementação. 96 A.3.5.7.) Atualizar Modelo de Dados Atualizar Modelo de Dados com possíveis mudanças ocorrida na construção do Banco. A.3.6.) Integrar Componentes Integrar Componentes Implementados de acordo com o Plano de Integração definido. A.3.7.) Realizar Testes Integrados Realizar testes com os componentes integrados, verificando as interações entre eles. A.3.8.) Desenvolver / Incrementar Manual do Sistema Desenvolver Manual do Sistema para os usuários. O manual deve conter explicações operacionais para realização das funcionalidades requeridas para o Sistema. 4.3.3.2. Estado esperado dos artefatos ao final da fase Construção A Tabela 4 apresenta o estado esperado dos artefatos ao final da fase Elaboração. Tabela 4 - Estado dos Artefatos ao final da Construção Artefato Estado Esperado ao final da Construção Plano de Iteração Definido desde o início da fase. Com a estimativa para a implementação de cada componentes identificado no Modelo de Componentes. Deve constar a programação dos componentes por iteração, respeitando-se o período total de tempo estimado para a fase de Construção. Cronograma Geral Detalhado para a fase de Construção desde o início da fase. Plano de Testes Elaborado, contendo a descrição dos testes que serão aplicados nos componentes, bem como o cronograma 97 de suas realizações. Componentes Implementados Componentes implementados e testados. Com a maioria dos componentes já integrados. Banco de Dados Construído. Avaliação de Teste Realizadas para cada componente e para integração de conjuntos deles. Glossário Atualizado e completamente revisado. Especificações Suplementares Atualizado e completamente revisado. Diagramas de Seqüência Revisados. Diagramas de Colaboração Revisados. Modelo de Classes Revisado. Mapa de Navegação Revisado. Modelos de Estado Revisado. Modelo de Dados Revisado. Componentes Integrados Cerca de 90% integrados. 98 4.3.4. A fase Transição As atividades da fase Transição são apresentadas no fluxograma a seguir. Documentar Notas de Versão Notas de Versão Desenvolver Estratégia de Implantação Estratégia de Implantação Implantar Instalação do Ambiente de Hardware e Software Ambiente de Hardware e Software Instalado Treinar Usuários Usuários Treinados Implantar Sistema Sistema Instalado Realizar testes no Ambiente de Produção Avaliação de Teste S Sistema Aprovado? N Concepção Avaliar Manutenção Elaboração Construção 4.3.4.1. Descrição das atividades da Transição A.4.1.) Documentar Notas de Versão Documentar as características de cada versão entregue ao Cliente. Deve conter a descrição das funcionalidades implementadas (quais os casos de uso que a versão 99 realiza). Deve conter uma descrição da plataforma em que foi testada, e como realizar sua instalação ou o upgrade do sistema anterior à versão. Também deve documentar os Bugs e limitações conhecidas nos testes e como contorná-los caso estes ainda não tenham sido solucionados. A.4.2.) Desenvolver Estratégia de Implantação Desenvolver um planejamento para a implantação do sistema construído. A.4.3.) Implantar Consiste na realização das seguintes atividades: Instalação do Ambiente de Hardware e Software, Treinar Usuários, e Implantar Sistema. A.4.3.1.) Instalação do Ambiente de Hardware e Software Preparação do ambiente de hardware e software do cliente para receber o novo sistema. Consiste na preparação da infra-estrutura tecnológica do cliente. A.4.3.2.) Treinar Usuários Consiste em atividades de planejamento e execução de treinamento dos usuários no novo sistema. A.4.3.3.) Implantar Sistema Preparação do ambiente organizacional para o novo sistema e implantação do novo sistema. A.4.4.) Realizar Testes no Ambiente de Produção Realizar testes no ambiente de produção conforme Plano de Testes. 100 A.4.5.) Avaliar Manutenção Após avaliação dos testes no ambiente de produção, deve-se planejar a manutenção caso seja necessária e ou monitorar sua necessidade ao longo do ciclo de vida da versão implantada. De acordo com a natureza da manutenção necessária pode ser necessário voltar a uma das quatro fases do desenvolvimento: Concepção , Elaboração, Construção, ou Transição. 4.3.4.2. Estado esperado dos artefatos ao final da fase Transição A Tabela 5 apresenta o estado esperado dos artefatos ao final da fase Transição. Tabela 5 - Estado dos Artefatos ao final da Transição Artefato Estado Esperado ao final da Transição Notas de Versão Notas de Versão geradas para cada versão entregue ao usuário. Estratégia de Implantação Definida no início da fase. Ambiente de Hardware e Software Instalados Infra-estrutura do cliente completamente instalada e operando. Usuários Treinados Usuários treinados para o sistema. Sistema Instalado Sistema Instalado e operando em ambiente de produção. Avaliação de Teste Realizadas para cada componente construído e para cada módulo de componentes integrados. CAPÍTULO 5 Conclusões No domínio do desenvolvimento de sistemas de software foram evidenciadas neste trabalho as vantagens do Processo Unificado (UP). No entanto, o UP não define atividades para a Modelagem de negócio. Nele, as atividades começam a partir do levantamento de requisitos e a modelagem de negócio é apenas citada como um possível facilitador para a identificação de possíveis atores do sistema. O RUP apresenta uma proposta de modelagem de negócio através de casos de uso de negócio. Esta proposta no entanto apresenta limitações quanto à modelagem de fluxos entre os processos de negócio e quanto ao alinhamento dos casos de uso identificados aos reais objetivos do negócio. No domínio da modelagem de negócio a técnica de construção de arquiteturas de negócio proposta por Eriksson é, dentre as propostas de modelagem de negócio com UML pesquisadas, a única que aborda de forma sistemática a passagem da arquitetura de negócio para uma arquitetura de software que dê suporte à primeira. Eriksson porém não explora a sistematização desta passagem no contexto de um processo ou metodologia de desenvolvimento de sistemas. O método proposto neste trabalho definiu atividades para a modelagem de negócio, com base na técnica proposta por Eriksson, a serem inseridas no UP ou em qualquer metodologia que se baseie nos mesmos princípios deste, com o objetivo de sistematizar a identificação de requisitos de softwares alinhados aos objetivos do negócio. As atividades definidas foram então aplicadas à metodologia de desenvolvimento de sistemas da Dataprev. As atividades definidas no método mostraram-se consistentes com o modelo iterativo e incremental e com interfaces bem estabelecidas com as atividades pré-estabelecidas no UP e na MDS-OO Dataprev. 102 Com a inserção das atividades na MDS-OO Dataprev duas vantagens foram de grande destaque: - A identificação sistemática de necessidade de informatização a partir do fluxo de evento dos processos estabelecida na atividade Identificar Necessidades de Informatização - A identificação sistemática dos casos de uso numa abordagem iterativa estabelecida na atividade Derivar Casos de Uso dos Processos de Negócio. A arquitetura de negócio orientada a objeto mostrou-se eficaz na estruturação e documentação de um negócio. Os modelos da arquitetura de referência proposta por Eriksson mostraram-se capazes de representar os conceitos relacionados a negócios e seus relacionamentos, mapeando-os para os conceitos da orientação a objetos e representando-os através da UML. Dentre as vantagens observadas na utilização de uma arquitetura de negócio foi a capacidade de se isolar vistas diferentes de um mesmo negócio de forma que cada vista se apresente com modelos onde se evidenciam a visualização de algum conceito , suprimindo os menos importantes, porém de forma que todas as vistas estejam integradas, representando o mesmo negócio de forma consistente. Isto resulta em modelos com representações simples e de fácil entendimento, mas ricas no relacionamento com os outros modelos. Um estrategista ou gerente pode estar analisando os objetivos do negócio através do modelo de objetivos, o especialista em organizações e métodos pode definir formatos e fluxos de documentos com base nos modelos de informações, os analistas de negócio podem estar analisando e projetando processos de negócio com base no modelo de processos e nos demais modelos, de forma que os processo de negócios estejam integrados aos reais objetivos e relacionado de forma consistente com os recursos disponíveis na organização, e os analistas de sistemas podem estar definindo melhor os requisitos de novos sistemas desenvolvidos para apoiar os processos de negócio, bem como evitando que funcionalidades e dados sejam duplicados em sistemas diferentes. Ou seja todos estão trabalhando de forma integrada com base na arquitetura. 103 Quanto à modelagem de processos a arquitetura proposta por Eriksson (2000) apresenta, numa mesma técnica, soluções para as carências de outras técnicas como a representação simples e flexível de fluxos e decisões, a relação com os objetivos da organização, e a relação de entrada, saída e utilização de recursos ao longo dos processos. A identificação dos casos de uso a partir do diagrama de linha de montagem da vista de visão de processos mostrou-se um procedimento eficiente, facilitando a identificação das reais necessidades de informatização nos processos de negócio. Na técnica de Eriksson os processos de negócio são definidos em função dos objetivos do negócio e os casos de uso são identificados de maneira sistemática a partir dos processos de negócio. Desta forma, os casos de uso identificados estão diretamente alinhados aos objetivos do negócio. Além das vantagens como ferramenta de modelagem de negócios, uma arquitetura de negócio baseada em objetos e linguagem UML pode ser representada em qualquer ferramenta CASE (Computed Aided Software Engeneering) que contemple a linguagem UML não sendo necessário gastos com a aquisição de uma ferramenta específica para este fim. Como proposta para trabalhos futuros sugere-se a comparação desta técnica com demais técnicas de identificação de requisitos. Outras propostas para trabalhos futuros são a inserção de atividades no workflow de teste do UP para a validação dos modelos gerados no workflow Modelagem de Negócio e a construção de uma ferramenta CASE que permita uma maior automação das atividades definidas neste trabalho. 104 Referências Bibliográficas AZEVEDO JÚNIOR, D. P.; CAMPOS, R. Modelagem de Arquiteturas de Negócio com UML: Um facilitador para a integração de sistemas organizacionais. In: SIMPOSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - SIMPEP, 2002, Bauru-SP. Anais do SIMPEP. 2002. 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MA: Addison-Wesley, 1998. ______. Rational Unified Process : an introdution. MA: Addison-Wesley, 2000. LILLY, S. Use Case Pitfalls: top 10 problems from Real projects using Use Cases, In: Proceedings, technology of object oriented languages and systems, 1999. MANCUSO, F. L. Modelagem de Empresas: Integração de diferentes métodos através do formalismo TF-ORM. Rio Grande do Sul, 1998. Dissertação (Mestrado em Computação) – Instituto de Informática, UFRGS. MARSHALL, C. Enterprise Modeling with UML. USA: Addison-Wesley, 1999. MELLO, A. M. V. Modelagem, análise e redesenho de processos de negócio. São Paulo: Expertise, 2001. MENDES, A. Arquitetura de Software: desenvolvimento orientado para arquitetura. Rio de Janeiro : Campus, 2002. NAUR, P.; RANDELL, B.; BUXTON, J. Software Engineering: A Report on a Conference Sponsored by NATO Science Committee. NATO, 1969. OBOLENSKY, N. Guia prático de reengenharia. Rio de Janeiro: Record,1996. OMG - Object Management Group. UML Especifications.1997. Disponível em: http://www.rational.com/umlf. Acesso em: 14 maio 2002 PAULA, W. P. F. Engenharia de Software : Fundamentos, métodos e padrões. Rio de Janeiro: LTC, 2001. 106 PETRIE, C.Enterprise Integration Modeling. Cambridge: MIT Press, 1992. PRESSMAN, R. S. Engenharia de Software. São Paulo: Makron Books, 1995. ROZENFELD, H. Processo de Negócio. 2001. Disponível em: e http://www.numa.org.br/conhecimentos/Bps.htmlf. Acesso em: 10 abril 2001. RUP - Rational Unified Process, Version 2001.03.00, Copyright c 1987 - 2000. Rational Software Corporation. RUP - Rational Unified Process, Version 2002.05.00, Copyright c 2000 - 2001. Rational Software Corporation. SANTANDER, V. F.; CASTRO, J. F. Integrating Use Cases and Organizational Modeling. publicado nos anais da Conferência Internacional de Engenharia de Requisitos do IEEE, RE’02, Alemanha, 2002. SCHNEIDER, G.; WINTERS, J. P. Applying Use Cases: a pratical guide, USA: Addison Wesley, 1998. SOMMERVILLE, I. Software Engineering. 6.ed. USA: Addison Wesley, 2000 VERNADAT, F. B. Enterprise Modeling and Integration: Principles and Application. Londres: Chapman & Hall, 1996. 107 Anexo I – Artefatos da MDS Dataprev OO MDS Dataprev Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas Orientados a Objeto da Dataprev Descrição dos Artefatos Versão 1.0 – Setembro de 2002 108 Ambiente de Hardware e Software Instalados Infraestrutura do cliente preparada com hardware e software para receber a instalação do sistema desenvolvido. Arquitetura do Software É um estudo da organização global do sistema de software bem como do relacionamento entre subsistemas e componentes. É representado através de diagramas da UML de forma a capturar a estrutura de componentes num alto nível de abstração. É nesse momento que se define a possível utilização de arquiteturas de componentes padrões e suas relações com os componentes a serem desenvolvidos.Busca levantar as alternativas tecnológicas disponíveis, seus custos, benefícios, vantagens e desvantagens, buscando analisar a viabilidade de cada alternativa de arquitetura (batch, on-line, centralizada, distribuída, etc.), considerando-se as possibilidades de investimento dos Clientes e os prazos previstos para o desenvolvimento do sistema. Avaliação de Teste Relatório de demonstração dos resultados dos testes aplicados. Banco de Dados É o Banco de Dados físico do Sistema. Componentes Implementados São os componentes implementados. Componentes Integrados É o sistema de software propriamente dito, ou seja, a integração de todos os componentes implementados. Cronograma Geral Esta atividade destina-se a elaborar o Cronograma Geral de desenvolvimento do sistema, de acordo com a sistemática de controle de projeto da DATAPREV e as fases, etapas, atividades e artefatos da metodologia. Serão definidos prazos, responsabilidades e participantes. Diagramas de Colaboração Descrição da realização de um caso de uso através do Diagrama de Colaboração da UML. Descreve a interação global entre objetos na realização de um caso de uso. Diferencia-se do Diagrama de Seqüência por não abordar as trocas de mensagens ordenadas no tempo. Diagramas de Seqüência 109 Descrição da realização de um caso de uso através do Diagrama de Seqüência da UML. Contém a descrição das trocas de mensagens entre os objetos ao longo do tempo na realização do caso de uso. Especificação de Caso de Uso Descrição dos Fluxos de Eventos de cada caso de uso. Especificações Suplementares Constitui-se da descrição dos requisitos não funcionais do sistema, entre eles: - Requerimentos legais e reguladores; - Atributos qualitativos do sistema incluindo usabilidade, segurança, e performance; - Outros requerimentos como sistemas operacionais e ambientes, compatibilidade e restrições de design. Formalização da Prestação de Serviço Nesta atividade é negociada formalmente, pelo Gestor de conta com os Clientes, a prestação do serviço através de contrato ou aditivo específico. Orçamento e Cronograma Geral podem ser renegociados nesta atividade, de acordo com a dinâmica do relacionamento do Gestor de conta com os Clientes. Após a assinatura de contrato ou aditivo, o desenvolvimento se inicia com o Documento de Ativação do Projeto. Glossário Uma relação dos termos, e respectivas descrições, usados no domínio do sistema. Manual do Sistema Manual do Sistema Desenvolvido. Pode ser impresso ou em mídia magnética. Mapa de Navegação Este artefato deve ser construído para as aplicações Web. É uma representação gráfica da estrutura hierárquica de navegação das páginas HTML. Modelo de Caso de Uso Este modelo identifica as funcionalidades que o sistema deverá atender ao ambiente externo. É o diagrama da UML usado para se identificar como o sistema se comporta em várias situações que podem ocorrer durante sua operação. Descreve o sistema, seu ambiente, e a relação entre os dois. Os componentes deste modelo são os atores e os Casos de Uso. Modelo de Classe É o modelo de classes do sistema a ser desenvolvido. Descreve as classes do sistema e seus relacionamentos de forma estática. É construído na forma do diagrama de classes da UML. 110 Modelo de Componentes Um componente representa uma parte do código do software (fonte, binário ou executável), ou um arquivo contendo informação (por exemplo, um arquivo de inicialização ou um arquivo ReadMe). O Modelo de Componentes apresenta o relacionamento entre os componentes do sistema. É representado pelo Diagrama de Componentes da UML. Modelo de Dados Modelo lógico de dados mapeado do modelo de classes. Modelos de Estado É a descrição dos possíveis estados de uma classe e a dinâmica de mudança dos estados. É representado pelo diagrama de Estado da UML. Modelo de Processos de Negócio Mapeamento dos processos do negócio. Notas de Versão Documento a ser gerado para toda versão liberada para instalação. Consiste numa descrição das características da versão. Orçamento Nesta atividade será feito o orçamento técnico do desenvolvimento do sistema, a ser negociado pelo gestor da respectiva conta com os Clientes. Plano de Implantação Neste documento são relacionadas e programadas todas as tarefas necessárias para implantação do sistema no ambiente produtivo tais como: povoamento, piloto, processamento paralelo, treinamento etc. Plano de Iteração Descrição dos subdomínios de análise de cada iteração. Um Sistema simples pode ser elaborado em apenas uma iteração. Porém, para projetos grandes (os que abrangem várias áreas distintas em um mesmo negócio) pode-se dividir o domínio do sistema em subdomínios e então realizar uma iteração para cada subdomínio facilitando assim a análise. O planejamento de cada iteração, e seus respectivos subdomínios, deve estar descrita no Plano de Iteração. Plano de Teste É um documento que define todo o planejamento de teste que será realizado no sistema. 111 Realizações de Caso de Uso As Realizações de Caso de Uso são a representação da interação entre classes na realização de cada caso de uso. Uma realização de caso de uso pode ser expressa por um ou mais diagramas de seqüência e colaboração da UML. Registro de Reunião Toda reunião relativa ao projeto, seja interna ou com clientes, deve ser registrada, anotando-se os principais pontos discutidos, as resoluções alcançadas e as pendências. Sistema Implantado Sistema instalado nos ambientes de produção e do usuário, disponibilizando suas funcionalidades para o usuário final, observando as diretrizes, normas e padrões das áreas de Produção e Telecomunicações, da DATAPREV. Usuários Treinados Usuários treinados para utilizar o novo Sistema. Visão Em Visão, é definida a visão que os envolvidos têm do produto a ser desenvolvido, em termos das necessidades e características mais importantes. Por conter uma descrição dos requisitos centrais pretendidos, ela proporciona a base contratual para requisitos técnicos mais detalhados. Aborda os seguintes itens: - Análise do Ambiente Empresarial Busca-se identificar os objetivos da área do Cliente, suas linhas de atuação, a infra-estrutura disponível, o organograma e as pessoas chaves da área, bem como a disponibilidade de investimento em Informática. - Análise dos Fatores Críticos e Problemas Procura identificar os fatores críticos de sucesso e os principais problemas, relativos a sistemas de informação que afetam a área do Cliente em questão. - Definição das Principais Necessidades de Informação Aqui são identificadas as necessidades de informação de suporte a decisão que contribuam para atingir os fatores críticos de sucesso e superar os problemas de informação da área do Cliente em questão. - Identificação das Prioridades para informatização São definidas as prioridades das necessidades de informatização levantadas anteriormente, que irão orientar o desenvolvimento dos produtos para o Cliente. - Diagrama de Contexto Diagrama que contextualiza o sistema a ser desenvolvido no negócio e seu relacionamento com outros sistemas do negócio. Possui um alto nível de abstração. 112 Anexo II – Exemplos de artefatos Atividade: A.1.2.6.) Definir Papéis e Responsabilidades Artefato: Tabela de papéis e responsáveis Tabela 1 – Tabela de papéis e responsáveis pelos processos (considerando apenas o domínio do processo Tratar Entrega do Produto.) Processo Responsável Papéis (atores) envolvidos no processo Formar Volumes por Modalidade/ Unidade de Expedição Operador de expedição Destino Enviar Volumes por Modalidade/ Unidade de Expedição Destino Entregar Volumes em seus Destinos Despachante de expedição Agente de transporte Unidade de Expedição Despachante de expedição Agente de transporte 113 Atividade: A.2.3.2.) Modelar os Processos de Negócio Artefato: Modelo de Processos de Negócio (Descrições de Fluxos de Eventos dos Processos de Negócio) Processo: Formar Volumes por Modalidade/Destino: Descrição: Este processo realiza a formação de volumes de objetos a serem enviados. É um processo contínuo. Fluxos de Eventos: Os objetos chegam à unidade para ser expedidos; Um operador de expedição deve colocar uma etiqueta de identificação única em cada um dos objetos; O operador de expedição pesa cada objeto e registra seu peso seu peso; O operador de expedição deve identificar o próximo destino do objeto em função da escolha entre possíveis Rotas pré-estabelecidas para cada relação Origem/Destino; Para cada combinação Destino/ Modalidade de Envio(malote, sedex, correio, aéreo) os objetos são agrupados em volumes respeitando as regras de formação de volume(limitações de peso e espaço dos volumes em cada modalidade). O operador de expedição deve gerar a Relação de Conteúdo de cada Volume 114 Processo: Enviar Volumes por Modalidade/ Destino Descrição: Este processo consiste em despachar os volumes formados no processo anterior para a próxima unidade de expedição estabelecidas em suas Rotas. Fluxo de Eventos: Quando chega a hora de despachar (pré-estabelecida para cada Modalidade) um despachante de expedição deve registrar e gerar uma Lista de Volumes a ser entregue ao agente de transporte junto com os volumes; O agente de transporte recolhe os volumes e partem para a entrega destes. Processo: Entregar Volumes em seus Destinos: Descrição: Os agentes de transporte entregam os volumes nas unidades de expedição de seus destinos. Fluxo de Eventos: Os agentes de viagem chegam às unidades de destino do volume e entregam os entregam a um despachante da Unidade de Expedição. O despachante da Unidade de Expedição deve confirmar o recebimento de cada volume com base na Lista de Volumes. 115 Atividade: A.1.2.3.) Modelar os Processos de Negócio Artefato: 116 Atividade: A.1.2.3.) Modelar os Processos de Negócio Artefato: Modelo de Processos de Negócio a) O processo Expedição: 117 b) Detalhamento do processo Expedição: 118 c) Detalhamento do processo Tratar Entrega dos Volumes: 119 d) Detalhamento: 120 e) Detalhamento do Processo Formar Volumes por Modalidade e Destino: 121 Atividade: A.2.3.1.) Modelar os Objetivos do Negócio Artefato: Modelo de Objetivos 122 Atividade: A.1.2.4.) Modelar os Recursos Envolvidos Artefato: Modelo de Recursos 123 Atividade: A.2.3.3.) Modelar os Recursos Envolvidos Artefato: Modelo de Recursos 124 Atividade: A.1.5.1.) Identificar Necessidades de Informatização Artefato: Diagrama de Linha de Montagem a) Identificação dos subsistemas de informação, e fluxos de eventos entre estes e o processo Expedição: 125 b) Identificação dos principais Casos de Uso do sistema para atender ao processo de Expedição: 126 Atividade: A.2.4.1.) Identificar Necessidades de Informatização Artefato: Diagrama de Linha de Montagem a) Detalhamento do fluxo de eventos entre o processo de negócio e os subsistemas: 127 b) Casos de uso identificados no detalhamento: