CORREIO POPULAR CAMPINAS, DOMINGO, 15 DE NOVEMBRO DE 2015 + empregos oportunidades Empregados Procurados 17-18 Serviços e Cursos 18 Concursos 18 Materiais de Construção Som e Imagem Instrumentos Musicais Náutica, Camping e Esportes Saúde Negócios e Oportunidades 18 Linhas Telefônicas Equipamentos de telefonia Aves e Animais Serviços Profissionais Acompanhantes/Relax Aulas Informática Máquinas e Motores Leilões 19 19 19 19 Recados Orações Esoterismo Vende-se até R$3.000,00 19 19 veiculos casa ilimitada Materiais de Acabamento Materiais Básicos Movéis e Decoração Prestadores de Serviços Produtos Diversos 19 19 - Fotos: Divulgação Marcelo Marinho trocou São Paulo por Valinhos e comanda uma equipe de 50 pessoas Luciana Caletti, CEO da LoveMondays: grandes empresas estão sediadas em Campinas Levantamento feito pela Love Mondays mostra que remuneração na cidade está acima dos valores praticados no restante do País PERFIL SEMELHANTE Campinas paga até 35% a mais Proximidade com São Paulo, vida mais tranquila e localização de empresas de grande porte explicam os altos salários praticados aqui SHEILA VIEIRA DA AGÊNCIA ANHANGUERA [email protected] Diretores, coordenadores e estagiários de empresas instaladas em Campinas recebem salários com uma diferença de até 35% em relação à remuneração média oferecida para o mesmo cargo no restante do País. É o que aponta uma comparação feita com 342.180 mil profissionais pela Love Mondays, comunidade de carreiras que possibilita descobrir salários e a satisfação dos funcionários das empresas. Sob a proteção do anonimato e sigilo, os participantes responderam a algumas perguntas, ajudando o departamento de pesquisa a formatar os dados. As in- formações foram coletadas no período de janeiro a outubro. Luciana Caletti, CEO da LoveMondays, explica que a metodologia adotada envolveu calcular a média salarial a partir das informações coletadas entre os profissionais e posteriormente dividindo-as pela média nacional e também em Campinas. O objetivo da plataforma Love Mondays é oferecer transparência aos profissionais, beneficiando a escolha no mercado de trabalho e a negociação de salários. Mais de 60 mil empresas são citadas e avaliadas pelos funcionários. Quanto maior os salários, maior a diferença. Quem ocupa uma cadeira na diretoria da empresa chega a receber 35% a mais comparativamente aos salá- rios pagos para a mesma função no restante do mercado. Enquanto a média nacional para o cargo é R$ 16,612, em Campinas os salários na função utrapassam R$ 22,571, diferença de 35%. Dos cinco cargos avaliados, só o de analista tem teto mais baixo na cidade: de R$ 22 cai para R$ 13 mil A mudança da gestão familiar para a profissionalização em cargos estratégicos abriu uma oportunidade no cargo de direção de uma empresa da área de bebidas em Valinhos, cidade vizinha a Campinas. A vaga, traba- Campinas ainda apresenta uma remuneração inferior ao eixo Rio-São Paulo. A boa notícia, segundo Carolina Carvalho, sócia-diretora da Asap Recruiters em Campinas, consultoria de recrutamento, seleção e avaliação de executivos, é que o mercado local já superou praças como Sul, Centro-Oeste e Nordeste. As variações salariais dependem do porte e do setor de atuação da empresa. Os segmentos de tecnologia e farma têm apresentado uma remuneração média mais atrativa, apoiados nos avanços dessas cadeias, diz a sócia-diretora da Asap Recruiters. Entre os fatores que justificam remunerações melhores para os profissionais que atuam em empresas de Campinas está o fato de a Região Metropolitana de Campinas ser um pólo atrativo para os negócios. Uma das razões é a proximidade lhada durante cinco meses até ser preenchida, oferecia uma diferença de 20% em relação à remuneração que o diretor comercial Marcelo Marinho recebia em São Paulo. Agora ele atua na Ultrapan, empresa de médio porte e comanda diretamente uma equipe de 50 pessoas. “A região é um polo industrializado e uma forma de competir com a Capital é oferecer uma remuneração melhor aos executivos”, avalia. O clima na região e a tranquilidade na cidade também pesaram na decisão do diretor. Em Campinas, outro cargo com remuneração acima dos valores praticados no restante do Brasil é o de coordenador, que remunera seus profissionais com salários 10% acima da mé- com a Capital e outras regiões desenvolvidas. A cidade dispõe de uma infraestrutura ampla e em constante desenvolvimento, o que atrai grandes players. Em relação ao grau de preparo dos profissionais para as vagas em Campinas, Carolina compara que o executivo local tem perfil muito semelhante ao de executivo de São Paulo e Rio de Janeiro. “É claro que, se compararmos a perfis de outras praças, como Nordeste e Centro-Oeste, essas habilidades diferem um pouco”, analisa. Quando uma vaga é aberta, o o tempo para preenchimento de uma posição de gerência é de dois meses e meio, prazo um pouco maior para coordenadores, que chega a três meses. De acordo com Carolina, em um processo seletivo, a Asap, após uma seleção criteriosa, costuma encaminhar entre três e cinco executivos. dia nacional. Enquanto o mercado, de maneira geral remunera os coordenadores com R$ 5,9 mil, aqui a faixa salarial na função ultrapassa R$ 6.503,00. De acordo com Luciana, a região Sudeste especialmente São Paulo e cidades nos arredores, registra uma média salarial mais alta. “Uma hipótese para uma média salarial maior do que a nacional pode ser o fato de que algumas grandes empresas são sediadas na cidade”, analisa a CEO da Love Mondays. Dos cinco cargos avaliados somente um não apresentou faixa acima da média paga no mercado. O salário de analista em Campinas tem um teto de R$ 13.9 mil e, segundo Luciana, a pesquisa recebeu informação de salários para a mesma função na casa de R$ 22,1 mil. São valores pagos a funcionários públicos de instituições como Banco Central e Petrobrás, e que puxam a média salarial apresentada. “O valor de um salário é sempre o reflexo da oferta e demanda de um certo perfil de profissional. Em Campinas estão sediadas algumas empresas de tecnologia, e sabemos que esse setor continua aquecido”, pondera. Visitada por mais de um milhão de pessoas todos os meses, a comunidade Love Mondays gera contéudo para diversos levantamentos a partir da percepção dos usuários. O reajuste salarial na comparação 2014 e 2015 é uma pesquisa em andamento e que deverá estar concluída ainda este ano. VAGA NO EXTERIOR Pesquisa mostra que 79,2% de brasileiros aceitariam proposta de emprego fora do País Mais brasileiros estão dispostos a deixar o Brasil para abraçar uma oportunidade de trabalho no Exterior. De acordo com pesquisa da Catho, o percentual de profissionais que aceitariam uma vaga fora do Brasil passou de 75,9% em 2014 para 79,2% neste ano. Também aumentou o número de profissionais que aceitaria uma oportunidade em outro país mesmo sem nenhum benefício extra, como aumento salarial ou promoção de cargo. Esse percentual subiu para 11,5% em 2015, ante 8,5% no ano anterior, segundo dados da Catho. A pesquisa mostrou ainda que 38,5% dos profissionais entrevistados aceitaria se mudar para o Exterior por conta de uma proposta profissional caso ela representasse uma oportunidade de desenvolvimento, mesmo que sem promoção imediata. Em 2014, esse percentual era de 34,2%. Receber uma promoção é condição essencial para que 29,2% dos entrevistados aceitem uma proposta de trabalho no Exterior, enquanto 20,8% dos profissionais não aceitaria a mudança sob nenhum pretexto. Os dados fazem parte da Pesquisa dos Profissionais Brasileiros 2015, levantamento anual feito pela Catho. “O cenário de crise econômica no Brasil, somado às oportunidades que uma oferta de emprego no Exterior pode representar, tem levado mais brasileiros a avaliar positivamente a mudança para outro país em virtude de uma proposta de trabalho”, afirma Murilo Cavellucci, diretor de gente e gestão da Catho. “Em geral, a experiência internacional contribui para o desenvolvimento do profissional, que tem a possibilidade de conhecer outra cultura, além de vivenciar a realidade de sua profissão em outro país. De qualquer modo, é fundamental avaliar com atenção todos os prós e contras na mudança”, diz o executivo.