83 Levantamento da flora medicinal usada no tratamento de doenças metabólicas em Salvador, BA- Brasil 1* 1 2 3 3 4 CUNHA LIMA, S.T. ; RODRIGUES, E.D. ; MELO, T. ; NASCIMENTO, A.F. ; GUEDES, M.L.S. ; CRUZ, T. ; .4 1 4 ALVES, C. ; MEYER, R. ; TORALLES, M.B. 1 Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular do Instituto de Ciências da Saúde (ICS), Universidade Federal da 2 Bahia (UFBA), Avenida Reitor Miguel Calmon S/N, Vale do Canela, Salvador-BA, CEP 40110-100; Universidade 3 4 Católica do Salvador (UCSAL); Instituto de Biologia (UFBA); Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (UFBA) * Correspondência: [email protected] RESUMO: Este estudo visa investigar e catalogar o conhecimento da população urbana de Salvador sobre o uso de plantas com potencial terapêutico no tratamento de Diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doenças da tireóide, obesidade e cardiopatias. Questionários foram aplicados a ervatários tradicionais da Feira de São Joaquim e da Feira de Sete Portas, assim como a pacientes do ambulatório de doenças da tireóide e diabetes do Hospital Universitário da Universidade Federal da Bahia. Foram entrevistadas 93 pessoas, com 85% de mulheres acima de 40 anos. As 31 espécies citadas foram coletadas, classificadas taxonomicamente e depositadas no herbário Alexandre Leal Costa (ALCB) da UFBA. As famílias Asteraceae (17%), Lamiaceae (15%) e Myrtaceae (12%) foram as mais citadas. Das preparações descritas, 88% ocorrem na forma de decocção seguida de infusão e ingestão da planta fresca. As folhas foram usadas em 87% das preparações, seguidas da planta inteira (10%), frutos e sementes (3%). Das espécies descritas, 50% possuem princípios ativos identificados e propriedades terapêuticas confirmadas na literatura sobre o tema. Este levantamento revela uma fonte importante de conhecimento regional sobre plantas com potencial farmacológico e indica 31 candidatos a possuírem análogos da triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) com possível ação em distúrbios metabólicos. Palavras-chave: Plantas medicinais, levantamento etnobotânico, doenças metabólicas, Bahia ABSTRACT: Survey of the medicinal flora used for the treatment of metabolic diseases in Salvador, Bahia State - Brazil. This study aimed at investigating and cataloging the knowledge of the urban population from Salvador on the use of plants potentially therapeutic for the treatment of Diabetes mellitus type 2 (DM2), thyroid diseases, obesity and cardiopathies. Thus, questionnaires were applied to traditional “ervatários” in fairs from the counties of São Joaquim and Sete Portas, as well as to patients of the thyroid disease and diabetes ambulatory in the hospital from Bahia Federal University (UFBA). From ninety-three interviewees, 85% women were older than 40 years old. The thirty-one cited species were collected, taxonomically classified, and stored in Alexandre Leal Costa Herbarium (ALCB) from UFBA. The families Asteraceae (17%), Lamiaceae (15%) and Myrtaceae (12%) were the most cited. As regards the described preparations, eighty-eight percent consisted of decoction followed by infusion and fresh plant ingestion. Leaves were used in 87% preparations, followed by the whole plant (10%), fruits and seeds (3%). Fifty percent from the described species have identified active principles and therapeutic properties also mentioned in the specific literature. This survey indicates an important source of regional knowledge on plants of pharmacological potential and presents 31 candidates to have triiodothyronine (T3) and thyroxine (T4) analogs possibly acting against metabolic disorders. Key words: medicinal plants, ethnobotanical survey, metabolic diseases, Bahia Recebido para publicação em 24/08/2007 Aceito para publicação em 07/02/2008 Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.83-89, 2008. 84 INTRODUÇÃO Os receptores nucleares (RN) são proteínas que participam do controle da atividade genética sendo, em sua maioria, ativados ou inibidos por ligantes específicos e co-reguladores. Os hormônios tireoidianos T3 e T4, e seus análogos sintéticos, são ligantes do receptor nuclear de hormônio tireoidiano (TR). Esses ligantes são citados como potenciais medicamentos no tratamento de desordens metabólicas, como obesidade, Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e cardiopatias (Grover et al., 2003). A prevalência mundial de DM2 é maior na população negra (Dowling & Pi-Sunyer, 1993). Esse fenômeno também foi observado em Salvador, BA, onde mulheres negras obesas tiveram maior associação com DM2 e intolerância à glicose (ITG), independente da idade (Brito et al., 2001). Segundo os autores, a predisposição para distúrbios metabólicos da população baiana poderia ser resultado da miscigenação, dentre outros fatores, como o grau e tipo de obesidade, atividade física e nível sócio econômico. Já foram encontrados na natureza análogos vegetais de ligantes ou substâncias que modulam a ação de RN. O ginseng (Panax ginseng) demonstrou regular o metabolismo de lipoproteínas através da modulação do receptor ativado do proliferador peroxisomo-alfa (PPARa) (Huang et al., 2005); a guggulsterona (GS), princípio ativo extraído da árvore Commiphora mukul (Cui et al., 2003) está envolvida com a atividade do receptor de farsenóide (FXR), e alguns vegetais da família Brassicaceae demonstraram possuir análogos androgênicos que modulam a atividade do receptor para andrógenos (Le et al., 2003). Entretanto, nenhum análogo vegetal do hormônio tireoidiano foi encontrado. O uso de fármacos derivados de plantas medicinais movimenta um mercado importante, especialmente na Europa, Países Asiáticos e Estados Unidos (Ferro, 2006). Este mercado se baseia em pesquisa básica e clínica, com enfoque no campo dos agentes anticancerígenos e antiparasitários (David et al., 2004). O Brasil conta com mais de 55.000 espécies vegetais catalogadas (Nodari & Guerra, 1999) e parte deste acervo genético possui atividade fitoterápica reconhecida pela população. Porém, o número de patenteamentos de fármacos de base vegetal é muito pequeno no País. Na capital baiana existem inúmeras plantas usadas para o tratamento de enfermidades e seu uso é parte da cultura local, baseada no candomblé e catolicismo. Em função do caráter essencialmente oral desta cultura, é necessária uma sistematização do conhecimento fitoterápico local para que estas espécies possam ser identificadas e confrontadas em suas propriedades farmacológicas. A incidência exponencial das desordens metabólicas ao longo das últimas décadas é epidêmica, causando milhões de mortes em todo o mundo e justificando o estudo e elaboração de novos medicamentos. Este trabalho teve como objetivo investigar e catalogar o conhecimento da população urbana de Salvador sobre o uso de plantas com potencial terapêutico no tratamento de DM2, doenças da tireóide, obesidade e cardiopatias por meio de entrevistas a ervatários da cidade e no Ambulatório de Diabetes e Tireóide do Hospital Universitário da UFBA. METODOLOGIA Salvador é a terceira cidade mais populosa do Brasil (2.714.119 habitantes) pela estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2005, depois de São Paulo e Rio de Janeiro. A Região Metropolitana tem cerca de 3,6 milhões de habitantes, sendo a segunda maior metrópole do Nordeste e a sexta do Brasil. Também é a capital de estado mais densamente povoada do País, com 8.364 habitantes por km². A superfície do município é de 709 km² e suas coordenadas são 13º Sul e 38º 31' 12'' Oeste. Possui um clima tropical predominantemente quente, com chuvas no inverno e verão, chegando a extremos de 17ºC no inverno e 38ºC no verão. A região nordeste é a área economicamente mais pobre do País, onde 60% da população ativa ganha entre ½ e 2 salários mínimos e 16,2% da população recebe até ½ salário mínimo (IBGE, 2003). As feiras de São Joaquim e de Sete Portas, locais com o maior número de estabelecimentos de comércio de plantas medicinais da cidade de Salvador, são importantes pontos de compra para a população de baixa renda há mais de 41 anos. A Feira de São Joaquim está em processo de obtenção do título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, posição conferida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A metodologia adotada para a amostragem seguiu um plano não probabilístico, na qual a seleção das amostras foi feita de acordo com as características do estudo em questão. Foram selecionados para a entrevista os ervatários mais tradicionais das feiras de Sete-Portas e São Joaquim, assim como pacientes do Ambulatório de doenças da tireóide e diabetes do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (HUPES) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Apenas os indivíduos que possuíam conhecimento e/ou faziam o uso de plantas medicinais no tratamento das doenças metabólicas em estudo foram questionados. As informações foram obtidas através de entrevistas estruturadas e semiestruturadas, realizadas semanalmente entre março e novembro de 2006. Os questionários incluíam questões relativas à idade e sexo do entrevistado, Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.83-89, 2008. 85 FIGURA 1. Mapa do Estado da Bahia com setas indicando as três cidades (1. Salvador, 2. Santo Antônio de Jesus e 3. Feira de Santana) de coleta das plantas. Fonte: GuiaNet - Guia Internet Brazil espécies vegetais e parte da planta utilizada, indicação, forma de preparo, posologia, medicação concomitante, entre outras. Não foram questionados dados sócio-econômicos dos entrevistados. Os dados foram avaliados por análise de freqüência, visando obter as porcentagens relativas às categorias. Os nomes populares citados na Tabela 1 foram aqueles usados pelos entrevistados. As plantas foram coletadas, em sua maior parte, pelos indivíduos entrevistados em propriedades particulares, hortos florestais, formações de mata secundária na região metropolitana de Salvador, e em algumas cidades do interior próximas à capital (Figura 1). Uma pequena parcela (menos de 20%) foi coletada por mateiros que trabalham para os comerciantes de plantas medicinais das Feiras de Sete Portas e de São Joaquim. Os materiais botânicos foram desidratados em estufa à 65ºC, herborizados, identificados com o auxílio de especialista (Nascimento, A.F.) do Departamento de Botânica da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e incorporados ao acervo do Herbário Alexandre Leal Costa (ALCB). As propriedades das plantas citadas foram confrontadas com dados da literatura científica em sítios de busca online como o PubMed, Scielo e Google Acadêmico. As palavras chaves usadas para a busca foram família, gênero e espécie da planta e a indicação terapêutica. RESULTADO E DISCUSSÃO As 31 plantas citadas foram classificadas e depositadas no Herbário Alexandre Leal Costa (ALCB) da UFBA. O nome da família, gênero e espécie das plantas citadas, forma de uso, parte da planta usada, enfermidade tratada e número da espécie testemunha (voucher number) no herbário estão relacionados na Tabela 1. A maioria das preparações (88%) ocorre na forma de decocção (fervura do chá por no mínimo 5 minutos), o restante inclui infusão (sem fervura) e ingestão da planta fresca. Dentre as partes vegetais usadas na preparação dos medicamentos, as folhas foram as mais citadas (87%), seguidas da planta inteira (10%), frutos e sementes (3%). As famílias Asteraceae (17%), Lamiaceae (15%) e Myrtaceae (12%) tiveram maior número de espécies referidas. As famílias citadas com maior freqüência neste estudo também estão dentre as mais indicadas no preparo de chás medicinais em diferentes levantamentos realizados no Brasil. Em um estudo realizado na cidade do Rio de Janeiro (Azevedo & Silva, 2006) as plantas das famílias Asteraceae e Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.83-89, 2008. 86 Lamiaceae foram as mais freqüentes num total de 58 famílias. No mesmo Estado, na Reserva de Mangaratiba, estas duas famílias também foram melhor representadas (Medeiros et al., 2004), o mesmo ocorrendo em Conceição Açú-MT (Pasa et al., 2005). Espécies da família Asteraceae foram as mais indicadas ao uso medicinal num levantamento feito em Ingaí-MG (Botrel et al., 2006) e por uma comunidade quilombola, dentre as plantas com possível ação no sistema nervoso central (Rodrigues & Carlini, 2004). Estes dados sugerem que as famílias Asteraceae e Lamiaceae possuem um grande potencial farmacológico, atuando sobre diferentes tipos de enfermidades e estudos clínicos. No presente estudo, a planta mais usada para o tratamento do DM2 pertence ao gênero Bauhinia (pata-de-vaca), com 6 citações. A espécie referida neste trabalho, a B. forficata, contém os flavonóides TABELA 1. Lista das espécies utilizadas em doenças metabólicas na cidade de Salvador-BA. Nome vernacular, número no herbário Alexandre Leal Costa da UFBA, classificação taxonômica, uso terapêutico [doenças da tireóide (T), diabetes tipo 2 (D), obesidade (O) e cardiopatias (C)], forma de uso e parte da planta usada [folha (FO), fruto (FR), planta inteira (PI), semente (S)]. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.83-89, 2008. 87 TABELA 2. Espécies citadas no levantamento realizado na cidade de Salvador-BA com propriedades confirmadas para o uso referido. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.10, n.4, p.83-89, 2008. 88 Kaempferitrina e Kaempferol-3-O-α-Diraminosídio e o esteróide Sitosterol como princípios ativos hipoglicemiantes (da Silva & Cechinel Filho, 2002). A amendoeira (Terminalia catappa) foi a segunda espécie mais citada para o tratamento do DM2 (4 citações). Ahmed et al. (2005) demonstraram que o extrato desta planta também possui atividade hipoglicemiante e melhora condições clínicas gerais como peso corpóreo, perfil de lipídeos, dados de creatina, uréia e fosfatase alcalina do soro. Dentre as plantas mencionadas para o controle da obesidade a Borreria verticillata (carqueija ou vassorinha de botão) foi a espécie com maior número de citações (7). A B. Verticillata, também citada para o tratamento do Diabetes tipo 2, é encontrada em todo o território brasileiro. Estudos fitoquímicos demonstram a presença de alcalóides e de iridóides (Vieira et al., 1999) associados com suas propriedades antipirética e analgésica, porém nenhum princípio ativo ligado à obesidade foi confirmado. As folhas de pata-de-vaca ( Bauhinia forficata), cana-de-macaco (Costus spiralis) e cacau (Theobroma cacao) foram utilizadas como chás em associação aos medicamentos indicados pelos médicos do ambulatório de diabetes do HUPESUFBA, como sibutramina, para controle de peso e nifedipina, para controle de pressão alta. Os chás das folhas de urtiga (Tragia volubilis) e folhas e sementes de quioiô (Ocimum gratissimum) também são usados em associação aos medicamentos nifedipina e ácido acetilsalicílico. Apesar da maioria dos pacientes não declararem ao médico o uso destes chás, não há descrição na literatura ou relato de pacientes sobre interação medicamentosa ou adversidades entre os produtos vegetais e os medicamentos indicados. Os problemas relacionados à tireóide sob atendimento no Ambulatório de Doenças da Tireóide do Hospital Universitário da UFBA vão desde um pequeno incômodo ou coceiras na garganta até taquicardia, dores no braço, engasgamento, tonturas e desmaios. Os sintomas mais extremos estão associados aos efeitos colaterais da reposição do hormônio T4 para pacientes cuja tireóide foi parcial ou totalmente removida. As doses referidas vão de 50 até 200 mcg dia-1 de levotiroxina sódica. Além das plantas citadas, usadas para problemas de tireóide, o agrião (Nasturtium officinale R.Br.) e a couve (Brassica oleraceae L.) são consumidos como fonte de iodo. A Tabela 2 lista as espécies referidas neste estudo que tiveram seus princípios ativos identificados e/ou atividades confirmadas, e as referências bibliográficas de onde estes dados foram obtidos. Estes trabalhos incluem resultados de estudos clínicos e experimentais. A confirmação das propriedades terapêuticas e identificação dos princípios ativos de 50% das plantas citadas sugerem que o conhecimento dos usuários de plantas medicinais na cidade de Salvador é referência importante no estudo de fitoterápicos. Somado a isso, estes dados são forte indicação de que os levantamentos etnobotânicos ainda são poderosas ferramentas na descoberta de novos fármacos de origem vegetal. Análogos do hormônio tireoidiano e moduladores do seu receptor estão envolvidos no controle da obesidade, diabetes e cardiopatias (Grover et al., 2003). O presente estudo indica 31 plantas relacionadas com estas doenças que podem conter análogos do T3 e T4 e/ou moduladores do TR em seus extratos. As famílias Asteraceae e Lamiaceae, em especial, possuem um grande potencial farmacológico, indicado pela freqüência com que são citadas neste e em outros levantamentos etnobotânicos. AGRADECIMENTO Os autores reconhecem o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por meio do Programa de Fixação de Doutores e Desenvolvimento Científico e Regional (PRODOCDCR). Os autores agradecem aos pacientes do Ambulatório de Diabetes e Tireóide do HUPES-UFBA e aos ervatários das feiras livres de Salvador que gentilmente cederam seus conhecimentos para que este estudo pudesse ser realizado. REFERÊNCIA AHMED, S.M. et al. Anti-Diabetic activity of Terminalia catappa Linn. Leaf extracts in alloxan-induced diabetic rats. Iranian Journal of Pharmacology & Therapeutics, v.4, n.1, p.36-9, 2005. AZEVEDO, S.K.S.; SILVA, I.M. Plantas medicinais e de uso religioso comercializadas em mercados e feiras livres no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasílica, v.20, n.1, p.185-94, 2006. BIALY, L.; WALDMANN, H.; CHEMIE, A. Review. Inhibitors of protein tyrosine phosphatases: Next-generation drugs? Angewandte Chemie International Edition, v.44, n.25, p.3814-39, 2005. BOTREL, R.T. et al. Uso da vegetação nativa pela população local no município de Ingaí, MG, Brasil. Acta Botanica Brasílica, v.20, n.1, p.143-56, 2006. BRITO, I.C.; LOPES, A.A.; ARAÚJO, L.M.B. 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