MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO DO ALGODOEIRO EM MATO GROSSO CUIABÁ (MT) - SAFRA 2014/15 AMPA - IMAmt 2015 2012 PALAVRA DO PRESIDENTE Dois anos se passaram desde o lançamento da primeira edição do “Manual de Boas Práticas de Manejo do Algodoeiro em Mato Grosso” e, como foi previsto pelas diretorias que nos antecederam, chegou a hora da atualização desta publicação, e novamente convocamos a equipe técnica do IMAmt a fim de que organizassem esta reedição. Muitas práticas evoluíram; outras, nem tanto. Porém, mesmo essas que não mudaram tanto certamente precisam ser rediscutidas, pois a condução de uma cultura como a do algodoeiro é, a cada ano, um desafio diferente dos anteriores, pois as interações das condições edafoclimáticas interferem em uma infinidade de acontecimentos biológicos e químicos que desencadeiam outras tantas reações dentro desta cultura desafiadora. Apesar de termos investi- do regularmente em treinamentos e outros eventos de difusão tecnológica, a Ampa acredita que esse conhecimento, ao ser publicado, fica permanentemente à disposição para consulta de produtores, técnicos, estudantes e outras pessoas que se interessem por esta cultura. Com isso, todo o sistema Ampa, do qual fazem parte o IMAmt, o IAS e a Comdeagro, reafirma seu compromisso com a sustentabilidade a fim de que possamos continuar gerando emprego e renda para todas as pessoas envolvidas na cadeia. Muitas pessoas colaboraram na construção desta reedição, às quais quero manifestar minha satisfação e agradecimento em poder tê-los como parceiros nesta ação e, em especial, à equipe do IMAmt, pelo incansável trabalho dedicado para que pudéssemos finalizar esta publicação. GUSTAVO VIGANÓ PICCOLI Presidente da Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e Presidente do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) 3 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS SAFRA 2014/15 Manual de boas práticas de manejo do algodoeiro em Mato Grosso EDITOR IMAmt www.imamt.com.br Ampa www.ampa.com.br EDITOR TÉCNICO Jean-Louis Belot REVISÃO Patrícia Andrade Vilela PROJETO GRÁFICO Editora Casa da Árvore editoracasadaarvore.com.br PUBLICAÇÃO 2ª edição - Revista e ampliada 2.000 exemplares ISBN 978-85-66457-06-3 CONTATO Rua Engenheiro Edgard Prado Arze, n 1777 Edifício Clóves Vettorato, CPA Cuibá MT CEP: 78.049-015 [email protected] PARCERIAS E AGRADECIMENTOS O presente manual é o resultado de um trabalho coletivo que envolveu técnicos das seguintes instituições: • • • • • • • • • • IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão Fundação MT Embrapa Algodão Embrapa Agropecuária Oeste Embrapa Instrumentação Embrapa Milho e Sorgo Embrapa Cenargem Cirad - Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement IAC - Instituto Agronômico de Campinas IAPAR - Instituto Agronômico do Paraná • • • • • • • • • • • • SENAI/CETIQT Fundação Blumenauense Universidades UFMT USP/Esalq Piracicaba Unesp Botucatu UFGD UNIVAG UniRV Empresas privadas Ablevision Orbi Cotton JF Consultoria Ceres Consultoria Participantes dos grupos de trabalho para definição de diretrizes sobre Manejo de Pragas e Doenças e sobre Sistemas de Cultivos: Jonas Souza Guerra, Cid Ricardo dos Reis, Gustavo D. F. Gianluppi, Elton J. Emanuelli, Guilherme A. Ohl, Luis Faeda, Volnei Viera, Francis Weber, Carlos Paiva, Marcio Souza, Daniel Cassetari e Inácio Modesto Filho. O Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) informa que todos os depoimentos, informações e opiniões contidas neste Manual são de inteira responsabilidade dos autores que contribuiram para sua elaboração. Agradecemos por suas valiosas contribuições. 4 AMPA - IMAmt 2015 2012 PALAVRA DO DIRETOR EXECUTIVO Depois de algum tempo, quando recebemos elogios e algumas críticas sempre construtivas, chegamos a este novo Manual, no qual esperamos ter revisto as principais “boas práticas” para a produção do algodão. O que mudou desde a primeira edição? Talvez alguns pensem que pouca coisa mudou, que produzir algodão é escolher a variedade, o fertilizante, o herbicida, os inseticidas e os demais produtos necessários à condução. É claro que esse “feijão-com-arroz” é o pilar inicial, Mas, com certeza, muitas coisas mudaram. Para exemplificar algumas delas, entre tantas que nos causam preocupações, pode ser citada a evolução da resistência dos insetos que atacam a cultura, pois já dispomos de pesquisas que nos informam que existem nos cerrados populações de Spodoptera que são totalmente resistentes a algumas proteínas Bt que utilizamos. O índice de infestação de “bicudo” está aumentando muito nas últimas safras. Doenças que eram da cultura da soja têm atacado o algodoeiro. Plantas daninhas resistentes a alguns herbicidas que regularmente utilizamos têm surgido em várias regiões de nosso estado, além de nematoides aparecendo em níveis preocupantes. Enfim, a agricultura é um permanente desafio e a cultura do algodoeiro, com suas particularidades, potencializa tudo isso. Assim, esperamos que esta publicação possa reunir velhas e novas informações úteis a todos os interessados, e que em relação a tudo aquilo que não abordamos ou sobre o que não haja concordância com o tipo de abordagem feita, possamos receber a devida crítica a fim de que, cada vez mais, consigamos evoluir nas novas edições. ÁLVARO ORTOLAN SALLES Diretor-executivo do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) Muito obrigado! 5 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS QUEM SOMOS O Instituto Mato-grossense do Algodão tem o propósito de oferecer total suporte a pesquisas necessárias para o desenvolvimento e fortalecimento da cotonicultura. Além de profissionais altamente capacitados, possui uma ampla infra-estrutura no campo experimental em Primavera do Leste, com laboratórios de fitopatologia, sementes e entomologia, estrutura para beneficiamento, armazenamento de sementes, deslintamento, câmaras frias. 6 2012 AMPA - IMAmt 2015 SUMÁRIO 8 INTRODUÇÃO 11 CONTEXTO - EDAFOCLIMÁTICO E ECONÔMICO PARA O CULTIVO ALGODOEIRO 12 O cultivo algodoeiro em Mato Grosso 18 Produtividade do cultivo algodoeiro em Mato Grosso - chuva, solo e época de plantio 30 Custo de produção e gestão operacional das fazendas 47 SOLOS E SISTEMAS DE PRODUÇÃO PARA O ALGODOEIRO 48 Sistemas de cultivo do algodoeiro 54 Sistemas alternativos em plantio direto de alta performance 60 Manejo do solo para o cultivo do algodoeiro 66 Agricultura de precisão e cultivo algodoeiro 80 Levantamento da área, amostragem de solo e de folhas 85 IMPLANTAÇÃO DA LAVOURA DE ALGODÃO 86 Escolha da variedade 96 A qualidade das sementes 110 Implantação da cultura 118 Crescimento do algodoeiro 127 CONDUÇÃO DA LAVOURA 128 Correção do solo e adubação da cultura 140 Tecnologia de aplicação para a cultura do algodão 150 O DropScope: uma ferramenta para tecnologia de aplicação 152 Manejo de plantas daninhas na cultura do algodão em Mato Grosso 162 Resistência de plantas daninhas a herbicidas 166 Controle de doenças no algodoeiro em Mato Grosso 178 Manejo integrado de pragas no algodoeiro em Mato Grosso 204 Sistemas de monitoramento das pragas e de alerta para Mato Grosso 214 Manejo de nematoides na cultura do algodoeiro em Mato Grosso 226 Manejo de reguladores de crescimento em variedades transgênicas 234 Destruição de soqueiras 243 PRODUÇÃO DE UMA FIBRA DE QUALIDADE 244 O Programa de Qualidade de Fibra de Mato Grosso 248 Manejo de desfolha 254 Uso adequado das colheitadeiras 274 A influência do processo de beneficiamento na qualidade da fibra 280 A fibra de algodão: qualidade e classificação 296 A influência da qualidade da fibra de algodão na indústria e sua valorização 302 Valorização dos coprodutos do algodão 309 MANEJO SUSTENTÁVEL DO CULTIVO ALGODOEIRO 310 Como limitar o impacto do cultivo do algodão sobre o meio ambiente 320 Ferramentas de controle biológico no manejo integrado de pragas, doenças e nematoides para a cultura do algodão 7 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS INTRODUÇÃO JEAN LOUIS BELOT Pesquisador do IMAmt Editor técnico do Manual [email protected] 8 Atualmente, a cultura algodoeira mato-grossense é quase toda mecanizada, com o uso de um manejo da cultura altamente tecnificado. É o resultado de mais de 15 anos de trabalho, associando o próprio produtor, as instituições de pesquisa públicas e privadas, os consultores e as empresas nacionais e internacionais de insumos e de máquinas. A complexidade do manejo desse cultivo justifica o grande número de suportes de difusão de tecnologia, para facilitar a realização de treinamentos e capacitações, tanto para os agrônomos como para todo o quadro técnico das fazendas. O treinamento contínuo dos jovens profissionais é um dos elementos-chave para a continuidade dessa atividade produtiva. Empenhados nesse esforço de difusão de tecnologia, a Ampa e o IMAmt conseguiram mobilizar esforços dos mais diversos especialistas em manejo do algodoeiro para publicar essa versão atualizada do “Manual de boas práticas” para o manejo do algodoeiro no Estado de Mato Grosso. Todos os autores foram orientados a simplificar ao máximo os conceitos científicos que embasam as recomendações de manejo, a fim de enfocar esse material sobre as próprias recomendações, que possam servir no dia a dia dos técnicos das fazendas algodoeiras. Portanto, orientamos os leitores interessados nas referências bibliográficas em contatar diretamente os autores. As tecnologias evoluem muito rapidamente. Assim, estamos já apresentando essa segunda edição atualizada do “Manual de Boas Práticas”, editado pela primeira vez em 2012. Acreditamos que o presente trabalho seja uma ferramenta útil para a cotonicultura mato-grossense. Agradeço mais uma vez o esforço de todos os colegas e amigos envolvidos na realização desse manual. Jean Louis Belot IMAmt AMPA - IMAmt 2012 9