Publicada em Jornais do Interior
Gaúcho desde Março de 2002
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Quem teria roubado a pomba
branca do Papai Noel?
Por motivos
profissionais devo ter
lido e analisado entre
250 e 300 pesquisas,
qualitativas e quantitativas, ao longo dos
meus 40 anos de
trabalho como
publicitário e homem
de marketing. E
lembro que, lá pelos
idos de 1970, aquela
sensação especial que
nos envolve todos os
finais de ano estava
sendo pesquisada com
muita profundidade: o
que você sente no
Natal?
Lembro ainda que havia dezenas de
respostas para esse quesito: amor,
solidão, saudade, esperança, carinho,
ausência, ternura, compreensão, solidariedade etc.. Mas - e isto é o que mais
lembro - a resposta de quase 38% dos
pesquisados, a grande campeã foi: EU
SINTO PAZ!
Acontece que não esqueço dessa
pesquisa assim como não canso de
questionar o Símbolo do Natal para nós,
uma vez que marca a chegada de uma
criança mas é simbolizada por um
simpático velhote de barbas brancas,
vendido a nós pelas tradições do Velho
Mundo.
Sei que a tradição de presentear-se as
crianças na Festa de São Nicolau - 06 de
Dezembro - foi levada pelos holandeses
para a América do Norte, quando
fundaram Nova Amsterdã.
Com a conquista desta pelos ingleses, trocou-se o nome da cidade para
New York e os presentes ganharam 25 de
Dezembro como seu dia especial,
costume vindo da Inglaterra.
Simpático e, como a maioria dos
habitantes do planeta, desinformado a
respeito do Brasil, Papai Noel chega um
pouco depois da entrada do verão, no
forte do calor, preparado para muito frio,
geada, chuva e neve mas, inexplicavelmente, desacompanhado daquela que
“Crhist der Retter ist da”.
“Cristo, o Salvador, nasceu”.
Missa do Galo
Frase original da letra de Stille
Nacht (Noite Silenciosa), do Padre
Joseph Franz Mohr.
Em realidade, é parte da letra da
conhecida Noite Feliz, criada na
noite de 24 de dezembro de 1818.
deveria ser sua principal companhia.
Será que Papai Noel não sabe que a
paz, em todo o mundo é representada
por uma pomba branca? Ou será que na
época em que o bom velhinho nasceu Século III da nossa Era, inspirado em
São Nicolau (Santa Claus entre ingleses
e norte-americanos) - ninguém ligava a
pomba branca do pós-dilúvio com a paz
que ela representa?
Terá sido porque no ano 362 DC,
quando morreu, Nicolau, depois São
Nicolau - padroeiro da Rússia religiosa
e também das crianças, dos estudantes,
dos escravos, dos presos, dos pobres e
dos marinheiros - a Paz ainda não tinha
símbolo?
Ou será porque Nicolau, acusado
erroneamente de renegar sua fé em
Cristo, ao debater com líderes eclesiásticos (entre 330 e 340 DC) teria “perdido os cadernos” e avançado contra a
turma, o que o impediu de continuar
como líder da Igreja e, quem sabe, sem
tempo de pensar em pombas brancas?
Ou pior ainda: será que alguém
aproveitou um descuido do guardador
oficial de renas e trenós natalinos e, sem
deixar pegadas na neve, festejou
maldosamente o natal com pomba ao
molho pardo e champagne francês?
Afinal, quem e com que finalidade,
teria roubado a pomba branca do Papai
Noel?
O joão-de-barro é encontrado em
todas as regiões do estado, menos em
um lugar do qual não gosta: matas
fechadas.
Sua voz é forte e seu ninho,
construído com uma espécie de ligade-barro, é um exemplo de casa sólida,
segura e confortável.
Nos "campos-de-cima-da-serra" é
substituído pelo "pedreiro", também
conhecido como "terezinha".
Há uma lenda sobre o joão-debarro e o bem-te-vi onde este é
chamado de Dedo Duro. Quando a
Sagrada Família estava fugindo para o
Egito para escapar de Herodes, o bemte-vi teria mostrado o caminho que
José, Maria e Jesus seguiram, gritando
bem-te-vi, bem-te-vi... A delação só
não deu certo, porque o joão-de-barro
construiu uma casa gigantesca e
abrigou os três, escondendo-os dos
soldados. Seria por isso, então, que o
ninho do bem-te-vi é cheio de piolhos,
diferente da casa do joão-de-barro,
aconchegante e segura.
51- 3220.4545
No Século V, portanto há
mais de 1500 anos, quando
um bispo visitava alguma
Igreja ou Comunidade
Católica, ao despedir-se
rezava uma oração, gesto que
recebeu o nome de
Despedida, claro que em
Latim: Missa.
Com o tempo, o significado desse nome passou a
denominar toda uma
Cerimônia - pregação,
oração e eucaristia, ou seja,
incluiu o sacrifício do Corpo
e do Sangue de Cristo.
No Dia de Natal, era
hábito celebrar-se três
missas: a Missa do Dia - a
mais antiga delas, a Missa da
Aurora, ou dos Pastores,
criada no Século VI e a Missa
do Galo, que mantém ainda
hoje a mesma pontualidade
observada desde a sua
criação: inicia-se à meianoite do dia 24 para 25 de
dezembro.
Das três, só ela chegou aos
nossos dias, pelo menos na
especificação do horário e na
importância para a
Comunidade Católica.
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