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S I M B O L O G I A P N E U M ÁT I C A
Neste item apresentaremos o resumo dos símbolos usuais empregados em
diagramas pneumáticos e hidráulicos. A Tabela 1 apresenta alguns símbolos para os
atuadores, conforme a norma ABNT NBR 8897, DIN 24300 e ISO 1219.
ATUADORES
Tabela 1 - Símbolos de atuadores.
Cilindro de simples ação (posição de repouso recuado).
Cilindro de simples ação (posição de repouso avançado).
Cilindro de dupla ação.
Cilindro de dupla ação (com amortecimento de fim de
curso, sem regulagem).
Cilindro de dupla ação (com amortecimento de fim de
curso regulável).
Cilindro com haste passante.
Cilindro de dupla ação com êmbolo magnético.
Cilindro tipo Tandem.
Cilindro duplo.
Cilindro sem haste.
Oscilador.
Motor Pneumático.
Motor Hidráulico.
Para que haja praticidade e universalidade na elaboração e leitura de um diagrama,
normalizam-se os símbolos pneumáticos a serem empregados. As normas usuais de
simbologia são ABNT NBR 8896 e seguintes, DIN 24300 e ISO 1219. Algumas premissas
importantes definem essa simbologia:
a) O símbolo não caracteriza a forma construtiva de um componente nem suas dimensões,
caracterizam apenas sua função.
b) As válvulas são simbolizadas por meio de quadrados.
c) O número de quadrados indica o número de posições que a válvula pode assumir.
d) Dentro de cada quadrado as vias de passagem de uma válvula são indicadas por linhas e
setas. As setas, usualmente, indicam o sentido do fluxo.
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VÁLVULAS DIRECIONAIS
Válvulas são elementos que comandam, regulam, direcionam e bloqueiam o fluxo em um circuito.
O entendimento de sua simbologia é a premissa básica para análise de diagramas pneumáticos, hidráulicos,
eletro-hidráulicos e eletropneumáticos. São abrangidas em cinco grandes grupos, conforme sua função:
a) direcionais;
b) de pressão;
c) de vazão (fluxo);
d) de bloqueio;
e) de fechamento.
Destes, o principal grupo é o das válvulas direcionais, isto é, válvulas que
interferem na trajetória do fluxo, desviando -o para onde for mais conveniente em um
determinado momento. Apresentaremos nos próximos itens, os símbolos usuais, lembrando
que a descrição de outros símbolos e definições adicionais devem ser consultadas nas normas
ABNT NBR 8896 e seguintes, DIN 24300 e ISO 1219.
IDENTIFICAÇÃO DAS CONEXÕES
Entende-se por “conexão” um ponto físico onde se conecta qualquer elemento a uma válvula (por
exemplo, uma mangueira, um silencioso, um regulador, escape). A norma ISO 5599 prescreve a identificação
das conexões mediante o emprego de números, ao passo que a norma ISO 1219 (clássica) prescreve o emprego
de letras maiúsculas do alfabeto latino (Tabela 2).
Tabela 2 - Identificação das conexões.
CONEXÃO
Pressão
Escape
/
Exaustão
(pneumático)
Tanque (hidráulico)
Saída
Piloto
cfe. ISO
5599
1
3;5
cfe. ISO
1219
P
R;S
3
2;4
14;12
T
B;A
Z;Y
CONSTRUÇÃO DOS SÍMBOLOS DE VÁLVULAS DIRECIONAIS
Tabela 3 – Símbolos de válvulas.
As válvulas são simbolizadas por meio de
quadrados.
O número de quadrados representa quantas
posições de comutação a válvula direcional possui
(OBS.: o número mínimo de posições em uma
válvula direcional é dois).
As setas indicam, em geral, o sentido do fluxo.
;
;
Os bloqueios (isto é, pontos por onde não há
fluxo) são representados por um “T” aposto
internamente ao símbolo.
As conexões (vias funcionais) são indicadas por
traços na parte externa, na posição à direita da
válvula (para válvulas com 2 posições de comando)
ou ao centro (válvulas com 3 posições de comando).
;
(válvula de 4 vias e 3 posições ou
4/3 vias):
;
3
(válvula de 5 vias e 2 posições ou
5/2 vias):
Válvula direcional de 2 vias e 2 posições de
comando, posição normal fechada (abrevia -se a
designação para 2/2 vias NF, lê-se: “duas-duas vias
ene-efe”).
Válvula 2/2 vias NA (normalmente aberta).
Válvula 3/2 vias NF.
Válvula 3/2 vias NA.
Válvula 3/3 vias CF (centro fechado).
Válvula 4/2 vias.
Válvula 5/2 vias.
NOTA: Quando se especifica o símbolo de uma válvula direcional, devem estar perfeitamente
definidos:
• O número de vias da válvula;
• O número de posições de comando;
• A posição normal da válvula (quando for o caso);
• Forma de acionamento (tanto para comutação quanto para retorno à posição normal).
ACIONAMENTOS DE VÁLVULAS DIRECIONAIS
A mudança entre as posições de uma válvula direcional depende de acionamentos externos, cuja
indicação é incorporada adjacente ao símbolo da válvula. Costuma-se agrupar esses acionamentos quanto ao seu
tipo em: ação muscular, ação mecânica, pressão, elétrico ou combinação entre estes (Tabela 4).
Tabela 4 - Acionamentos de válvulas.
AÇÃO
MUSCULAR
SÍMBOLO
DESCRIÇÃO
Símbolo genérico, sem especificação do
modo de operação.
Botão.
Botão com trava.
Alavanca.
Pedal.
MECÂNICA
Came ou apalpador.
Mola (em geral, para retorno à posição
de repouso).
Rolete.
Rolete escamoteável (“gatilho”).
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ELÉTRICO
Solenóide com uma bobina.
Solenóide com bobina proporcional.
Motor elétrico reversível.
Motor elétrico de passos.
PRESSÃO
Piloto pneumático (por acréscimo de
pressão).
Piloto hidráulico (por acréscimo de
pressão).
Servopiloto pneumático (piloto interno à
válvula).
Solenóide pilotado (pneumático).
COMBINADO
Solenóide pilotado (hidráulico).
Rolete servopilotado (pneumático).
Acionamento por ação muscular ou por
solenóide servopilotado.
Acionamento por solenóide ou muscular,
servopilotados (pré-comando manual).
Tabela 5 - Símbolos adicionais (ver normas para detalhes).
SÍMBOLO
DESCRIÇÃO
Indicador de pressão (manômetro).
Indicação de possibilidade de regulagem ou de
variação progressiva.
Fluxo pneumático.
Fluxo hidráulico.
Fonte de pressão (genérico).
Escape simples (não conectável); triângulo
adjacente ao símbolo.
Escape roscado para conexão; triângulo afastado
do símbolo.
Fluxo de óleo para o tanque.
Compressor.
Bomba hidráulica.
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Bomba hidráulica com deslocamento variável.
Conversor do meio de pressão (no exemplo, de
pneumático para hidráulico).
Silenciador.
Acumulador (genérico).
Unidade condicionadora (simplificado).
Unidade condicionadora (detalhado, constando de
filtro com dreno; válvula reguladora de pressão;
manômetro e lubrificador, da esquerda para a
direita).
Engate rápido (desconectado).
Engate rápido (conectado).
POSIÇÃO
EM
REPOUSO
POSIÇÃO
INICIAL
VIA DE
EXAUSTÃO
Engate rápido com válvula de retenção
(conectado).
A união de vias dentro de uma válvula é
simbolizada por um ponto.
Condição na qual os elementos móveis da válvula
são posicionados enquanto a mesma não está
acionada.
Condição na qual a válvula se posiciona após a
montagem e ligação da rede. Nesta posição
começa a seqüência de operações prevista (após o
RESET e comando de partida).
Via pela qual o ar comprimido sai da válvula.
S I M B O L O G I A E L ÉT R I C A
CONVENÇÕES PARA PROJETOS ELETRICOS
As convenções apresentadas a seguir são baseadas nas normas DIN 40713 e DIN
40718, já citadas, e são de uso corrente no LAB -SIM para as disciplinas relacionadas à área
de automação. As ilustrações aqui apresentadas constam de um “banco” de desenhos, estando
disponibilizadas via internet, na home-page do laboratório de automação, para download.
FORMA DE EXECUÇÃO DOS DIAGRAMAS
FOLHA PARA DIAGRAMAS DE CIRCUITO ELETRO
-ELETRÔNICO E DE LIGAÇÃO
Folha A-3 (297mm x 420mm), padronizada e com legenda da companhia, preferencialmente com
15 divisões superiores (28 mm/divisão) onde se deve colocar o endereço da coluna (figura 1).
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Figura 1 – Exemplo de folha padrão para a elaboração de diagramas (arquivo folha_A3.dwg ).
CONFECÇÃO DE DIAGRAMAS
FOLHAS PARA AMPLIAÇÕES FUTURAS
A confecção dos diagramas e demais informações
deve ser feita sobre folha sulfite padronizada, com lápis ou
lapiseira evitando o uso de réguas, gabaritos ou outros
materiais, de forma a executar este trabalho da forma mais
prática e rápida. A documentação final poderá ser em
papel vegetal ou em sulfite plotado.
Prever, durante o projeto, folhas em branco
(endereçadas)
em
lugares
onde
possa
haver
implementação futura. Estas folhas em branco devem
conter no canto inferior esquerdo a observação: “FOLHA
RESERVADA
PARA
IMPLEMENTAÇÃO
FUTURA”. Quando se proceder desta forma, a folha
anterior deve conter em sua lateral direita a seguinte
observação
“A
PRÓXIMA
FOLHA
ESTA
RESERVADA
PARA
IMPLEMENTAÇÃO
FUTURA”.
SIMBOLOGIA
As dimensões e formato dos símbolos eletroeletrônicos deve atender às prescrições das normas DIN
40713 e 40718. Nas tabelas 4.1 e 4.3 são apresentados os
símbolos mais empregados em circuitos eletro-eletrônicos.
ESCRITA E LINHAS TÉCNICAS
As linhas técnicas e os caracteres empregados na
elaboração de esquemas eletro-eletrônicos devem atender
às prescrições das normas ABNT NBR 8403 e NBR 8402,
respectivamente.
IDENTIFICAÇÃO DE COMPONENTES
Contatores, fusíveis, transformadores, fontes
retificadoras e todos e quaisquer componentes eletroeletrônicos devem ser identificados por letra maiúscula
seguida do número ou código do setor de referência
(coluna). Na prática, verifica-se que até 9 elementos
podem ser endereçados em uma mesma coluna. A ordem
numérica do dígito menos significativo nesta codificação é
de baixo para cima.
LEGENDA
BORNES E CONDUTORES LIGADOS A C.L.P’s
Devem ser observadas, no mínimo:
• No canto superior direito o número do desenho.
• Conter o nome do Projeto.
• Conteúdo genérico da folha.
LINHAS DE FORÇA E DE COMANDO
Devem ser observadas, no mínimo, as
recomendações:
• Linhas de força e de comando (440V, 220V,
127V em corrente alternada ou 48V e 24 V em corrente
contínua, que são as mais usuais em aplicações industriais)
devem ser representadas por linha contínua;
• O condutor de aterramento (PE) deve ser
indicado por Linha “traço-ponto”;
• O condutor neutro (N) deve ser indicado por
linha tracejada;
• As blindagens devem ser representadas por linha
tracejada com dimensão dos traços menor que a do
condutor neutro.
As dimensões e formato dos símbolos eletroeletrônicos deve atender às prescrições das normas DIN
40713 e 40718. Os respectivos endereços devem ser
identificados (número do byte do PLC ou de seu módulo
de expansão). Os bornes e condutores dos ramais de
alimentação de tensão são identificados como segue:
•
Ramal Trifásico:
nLx
onde: n=endereço (coluna);
x = 1,2,3 (identificação da fase de alimentação).
•
Ramal de Tensão Contínua:
nLs
onde n =endereço (coluna);
s = sinal do pólo respectivo (positivo ou negativo).
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LETRAS PARA IDENTIFIC AÇÃO DOS COMPONENTES
A tabela 6 apresenta as letras empregadas na identificação dos principais componentes de circuito.
Tabela 6 - Codificação dos componentes de um circuito elétrico por meio de letras.
CODIFICAÇÃO
An
Ax.x
AEx
AAx
Bn
BEx.x
Cn
Dn
Ex.x
Fn
Gn
Hn
Hax.x
Kn
KAx.x
Ln
Mn
Nn
Pn
Qn
Rn
Sn
SEx.x
Tn
Un
Vn
Xn
Yn
YAx.x
Zn
Onde:
DESCRIÇÃO
Módulo ou equipamento eletrônico.
Saída digital de Controlador Lógico Programável.
Entrada analógica de Controlador Lógico Programável.
Saída analógica de Controlador Lógico Programável.
Conversor de medição, sensores de proximidade indutivo ou óptico.
Sensores de proximidade indutivo ou óptico ou conectados a
Controlador Lógico Programável.
Capacitor.
Elementos Binários (DO-D7, por exemplo).
Entrada digital de Controlador Lógico Programável.
Dispositivos de proteção.
Gerador, ponte retificadora.
Dispositivo de sinalização.
Dispositivo de sinalização conectado a saída de Controlador Lógico
Programável.
Relê, contator.
Contator relê conectado à saída de Controlador Lógico Programável
Indutor.
Motor.
Amplificador, regulador.
Dispositivo de medição.
Disjuntor.
Resistor, potenciômetro.
Comutador, chave, interruptor.
Comutador, chave, interruptor conectado à saída de Controlador
Lógico Programável.
Transformador.
Conversor.
Semicondutor.
Tomadas (de força e/ou de comando).
Dispositivo mecânico com acionamento elétrico, solenóide.
Solenóide de válvula hidráulica ou pneumática, travas de porta
conectados à saída de Controlador Lógico Programável
Filtro, limitador
“n” é o setor referencial (endereço da coluna)
“xx’ ou “x” é o endereço binário do Controlador Lógico Programável
SETORES REFERENCIAIS
POSIÇÃO DE ANOTAÇÃO DOS COMPONENTES
Os esquemas elétricos são codificados a partir
de um “setor referencial”, que é dado pelo endereço
da coluna respectiva. Cada página contém 15 setores
referenciais, numerados da esquerda para a direita,
em ordem crescente e tendo continuidade numérica
no restante do esquema, tendo ainda, explícitos, o
endereço “de onde vem” e “para onde vai”.
A posição de anotação do código dos
componentes deve ser:
• componentes na horizontal, na parte
superior;
• bobinas de contatores/relés, na parte lateral
direita inferior;
• sensores/botões, na parte lateral esquerda;
• solenóides de eletroválvulas, na parte lateral
direita inferior;
• módulos elétricos/eletrônicos, no meio do
módulo,
IDENTIFICAÇ ÃO DE CONTATORES E RELÊS
Todos os contatores e relés devem ter a
indicação, abaixo de sua bobina de acionamento
respectiva, o endereço de seus contatos fechadores
(NA) e abridores (NF).
IDENTIFICAÇÃO DA BITOLA DOS CONDUTORES
Todo condutor deve ter sua bitola indicada no
diagrama, precedida pelo símbolo de bitola: “#“.
OBS.: A posição de anotação do valor nominal de
fusíveis, chaves seccionadoras, faixa de atuação de
relês térmicos, limitadores de corrente e disjuntores
deve ser logo abaixo do código do componente.
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DOCUMENTAÇÃO CONSTANTE DO PROJETO
O projeto de sistemas automatizados engloba uma
série de documentos que devem ser anexados à
representação gráfica do projeto em si. Assim, para fins de
conferência, execução, manutenção e ampliações o projeto
deve ter os seguintes documentos:
• Esquema de acionamento (pneumático, hidráulico);
• Esquema elétrico (Motores, força, comando);
• Plano de montagem (localização dos componentes);
• Lay-out dos Painéis de Comando e de Manobra;
• Lay-out da instalação e de seus agregados; (calhas,
caixas de passagem, dispositivos, armários de montagem,
grupos de energia);
• Plano de conexões;
• Plano de tomadas;
• Plano de bornes.
Quando for o caso devem, ainda, constar:
• Lista de material;
• Listagem de software;
• Instruções de operação e ajuste.
EXEMPLOS
Figura 2 – Diagrama eletropneumático de um comando bimanual.
Figura 3 – Diagrama eletropneumático de uma cadeia de comandos.
Download

Simbologia Pneumatica