FUNGICIDA SISTÉMICO DE
AMPLO ESPECTRO DE ACÇÃO
Controlo do pedrado em macieira e
pereira.
Controlo do oídio em videira,
macieira, pessegueiro, meloeiro,
morangueiro, roseira.
FICHA TÉCNICA
2012
ÍNDICE
INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
A SUBSTÂNCIA ACTIVA ..................................................................................................3
Identificação da substância activa .................................................................................3
Características Físico-Químicas ....................................................................................3
Características Toxicológicas .......................................................................................4
Toxicidade para mamíferos ......................................................................................4
Toxicidade para a fauna e ambiente ...........................................................................4
Selectividade para os insectos úteis ............................................................................4
Espectro de Acção do Tetraconazol ...............................................................................5
O PRODUTO ...............................................................................................................5
Propriedades Biológicas ..............................................................................................5
UTILIZAÇÕES ..............................................................................................................7
Usos homologados em Portugal .....................................................................................7
Modo de aplicação ....................................................................................................7
Modo de utilização ....................................................................................................7
Condições de aplicação ...........................................................................................7
Precauções biológicas .............................................................................................8
Precauções toxicológicas, ecotoxicológicas e ambientais ..................................................8
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INTRODUÇÃO
DOMARK é um fungicida sistémico pertencente à família química dos Triazóis (IBE). Apresenta-se
como concentrado para emulsão com 100 g/l ou 10,7% (p/p) de tetraconazol, substância activa
descoberta nos laboratórios da empresa italiana ISAGRO RICERCA.
Em Portugal o DOMARK está indicado para utilização contra oídio e pedrado em culturas como a
vinha, pereira, macieira, pessegueiro, meloeiro, morangueiro e roseira.
1. A SUBSTÂNCIA ACTIVA
1.1.
Identificação da substância activa
O tetraconazol caracteriza-se pela sua alta eficácia contra ascomicetas, basidiomicetas e
deuteromicetas sobre os quais actua inibindo a biossíntese do ergosterol, componente
fundamental da membrana celular dos fungos. A consequência imediata do seu modo de
actuação é a paralisação do desenvolvimento miceliar e posterior destruição de todo o complexo
de conidióforos-conídios-haustórios.
As características físico-químicas e biológicas da molécula, configuram-no como um fungicida
sistémico de acção translaminar, de imediata e progressiva penetração no interior da planta e
dotado de uma sistemia e tensão de vapor que lhe permite uma distribuição homogénea no
interior e no exterior da planta.
O tetraconazol movimenta-se no interior da planta em sentido ascendente (acropétalo). A sua
hidrossolubilidade permite-lhe alcançar com suficiente rapidez todos os órgãos susceptíveis de
serem atacados, sem que haja acumulação nos frutos ou nas zonas em crescimento.
1.2.
Características Físico-Químicas
Nome comum:
Tetraconazol
Nome químico:
(RS)-2-(2,4-diclorofenil)-3-(1H-1,2,4-triazol-1-il)propil 1,1,2,2 –
tetrafluoroetil éter
Fórmula empírica:
C13H11C12F4N3O
Fórmula de estrutura:
Peso molecular:
372,14
Estado físico:
Líquido viscoso
Cor:
Amarelo pálido
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Cheiro:
Ligeiramente aromático
Densidade:
1,44 g/ml a 20ºC
Ponto de ebulição:
>240ºC
Pressão de vapor:
1,4 x 10-4 Pa a 20ºC
Coeficiente de partição:
Log P 3,53
Solubilidade na água:
156.6 mg/l a 20°C e pH7
Ponto de inflamação:
69,8ºC
Outras características:
Não explosivo, não comburente, não corrosivo
1.3.
Características Toxicológicas
Toxicidade para mamíferos
Toxicidade aguda oral (LD50), em rato:
1.248 mg/kg (macho)
1.031 mg/kg (fêmea)
Toxicidade aguda cutânea (LD50), em rato:
> 2.000 mg/kg
Toxicidade aguda por inalação (LD50), em rato:
> 3,66 mg/l
Irritação ocular:
Ligeiramente irritante
Irritação cutânea:
Não irritante
Sensibilização cutânea:
Não sensibilizante
Toxicidade para a fauna e ambiente
Aves
LC
50
(8 dias-dieta), em codorniz:
650 mg/kg
LC
50
(8 dias-dieta), em pato:
422 mg/kg
Peixes
LC
50
(96 horas), em truta:
4,8 mg/l
Organismos aquáticos
LC
50
(48 horas), em Daphnia magna:
3 mg/l
Abelhas
LC
50
(contacto):
> 100 g/abelha
Selectividade para os insectos úteis
Syrphus corollae (Sirfidae):
Não nocivo
Poecilus cupreus (Coleoptera, Carabidae):
Não nocivo
Pardosa spp. (Acarus licosidae):
Não nocivo
Aphidius rhopalosiphi (Hemiptera, Aphididae):
Não nocivo
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1.4.
Espectro de Acção do Tetraconazol
Fungo
Agente Patogénico
Homologação(1)
Oídio
Podosphaera leucotricha
PT, ES
Pedrado
Venturia inaequalis
PT, ES
Pedrado
Venturia pyrina
PT, ES
Ferrugem
Gymnosporangium fuscum
Pessegueiro
Oídio
Sphaeroteca pannosa
PT, ES
Videira
Oídio
Uncinula necator
PT, ES
Uva de mesa
Podridão negra
Guignardia bidwellii
Morangueiro
Oídio
Oïdium fragariae
PT
Meloeiro
Oídio
Erysiphe cichoracearum
PT
Cultura
Macieira
Pereira
Erysiphe cichoracearum
Cucurbitáceas
Oídio
Spharaeroteca fuligena
ES
Leveillula taurica
Tomateiro
Pimenteiro
Oídio
Leveillula taurica
ES
Oídio
Erysiphe graminis
Ferrugens
Puccinia spp.
Septoriose
Septoria spp.
Oídio
Erysiphe graminis
Ferrugens
Puccinia spp.
Oídio
Erysiphe betae
PT, ES
Cercosporiose
Cercospora beticola
PT, ES
Ferrugem
Uromyces betae
PT
Oídio
Sphaeroteca pannosa
PT, ES
Alcachofra
Trigo
Cevada
Beterraba sacarina
Ornamentais
FR
FR
(1) PT – Homologado em Portugal; ES – Homologado em Espanha; FR – Homologado em França
2. O PRODUTO
DOMARK é um fungicida sistémico que se apresenta sob a forma de concentrado para emulsão
com 100 g/l ou 10,7% (p/p) de tetraconazol. Esta formulação foi especialmente estudada para
preservar a elevada selectividade do tetraconazol.
Propriedades Biológicas
O DOMARK é um fungicida sistémico que apresenta uma forte acção preventiva e curativa ao inibir o
crescimento miceliar de vários fungos patogénicos através de um mecanismo específico e selectivo.
Actua sobre a forma vegetativa dos fungos, bloqueando o crescimento miceliar e interferindo na
emissão de novo micélio no momento da germinação dos esporos.
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A sua aplicação deve ser efectuada preventivamente, ou seja, quando as condições climáticas e o
estado fenológico da cultura façam prever o risco de infecções, mas estas ainda não tenham ocorrido.
O DOMARK apresenta também acção curativa pelo que pode ser aplicado 3-4 dias após a ocorrência de
infecções, no caso de não ter sido possível fazer o tratamento preventivamente.
A principal característica do DOMARK é a presença, na sua molécula, de um grupo tetrafluoro-etoxi
que aumenta a sua sistemia através de uma maior hidro e lipossolubilidade e que resulta em:

Rápida penetração e translocação dentro da planta (2 – 3 horas);

Sistemia ascendente na corrente circulatória da planta;

Mobilidade translaminar;

Distribuição homogénea na planta;

Elevada persistência de acção.
Destacam-se ainda duas importantes características do DOMARK:
Grande selectividade
Para as culturas e suas produções, confirmando os estudos prévios em laboratório em que a molécula
do tetraconazol havia demonstrado a não interferência na biossíntese dos fitoesteróis ou com as
giberelinas, excluindo com isso problemas de fitotoxicidade ou disfunções no desenvolvimento dos
tecidos. Não se encontraram problemas de fitotoxicidade nas distintas variedades de culturas em que
o produto está homologado no nosso país.
O DOMARK não afecta os processos de fermentação dos mostos nem as características organolépticas
dos vinhos e aguardentes.
Flexibilidade de utilização
O amplo espectro de acção do tetraconazol complementa-se com as numerosas culturas sobre as
quais se pode aplicar sem problemas de toxicidade, de resíduos ou de modificação das características
dos frutos ou das colheitas, quando aplicado de acordo com as recomendações aprovadas.
O DOMARK pode aplicar-se contra ataques de oídios na videira, macieira, pessegueiro, meloeiro,
morangueiro e roseira e ataques de pedrado na pereira e macieira.
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3. UTILIZAÇÕES
3.1.
Usos homologados em Portugal
Culturas
Doenças
Concentração de
aplicação
Intervalo de
Segurança
Pereira
Macieira
Pedrado
40 ml/hl
7 dias
Macieira
Oídio
30 ml/hl
7 dias
Videira
Oídio
30 ml/hl
14 dias
Pessegueiro
Oídio
40 ml/hl
7 dias
Morangueiro
Oídio
30 – 40 ml/hl
4 dias
Meloeiro
Oídio
30 – 50 ml/hl
7 dias
Roseira
Oídio
30 – 50 ml/hl
–
Aboborinha
Oídio
30-50 ml/hl
7 dias
Pepino
Oídio
30-50 ml/hl
7dias
O DOMARK é permitido para utilização em Produção Integrada em todos os usos para os quais se
encontra homologado em Portugal.
3.2.
Modo de aplicação
As concentrações indicadas referem-se a pulverizações em alto volume (1000 l/ha). Quando a
aplicação se faz com aparelhos de médio ou baixo volume (turbinas ou atomizadores), a
concentração deve ser aumentada de modo a que a dose de produto por hectare seja a mesma
que no alto volume.
3.3.
Modo de utilização
3.3.1. Condições de aplicação
Pedrado da pereira e macieira: iniciar os tratamentos ao aparecimento da ponta verde das
folhas e repetir a intervalos de 10 dias enquanto as condições climáticas forem favoráveis ao
desenvolvimento da doença e até os frutos terem o tamanho de uma noz. A partir deste
estado o intervalo entre tratamentos deverá ser de 10-15 dias.
Em caso de condições climáticas propícias à ocorrência de fortes ataques de pedrado e
pressão intensa da doença, poderá recorrer-se à mistura de DOMARK com fungicidas de
contacto como o Captan, Foltene, Fernide, Fungitane.
Oídio da macieira: tratar no estado do botão branco ou rosa, à queda das pétalas e ao
vingamento dos frutos, a intervalos de 10 dias, até os frutos terem o tamanho de uma noz. A
partir deste estado o intervalo entre tratamentos deverá ser de 10-15 dias. Os tratamentos só
devem ser efectuados até ao fim do crescimento dos rebentos.
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Oídio da videira: Iniciar as aplicações no estado de cachos visíveis e continuar com os
tratamentos com intervalos de 2 semanas enquanto se verificarem condições para o
desenvolvimento da doença. O número de tratamentos com este ou outros fungicidas
sistémicos deverá ser no máximo de 3, posicionados antes do fecho dos cachos, devendo os
restantes ser aplicados com produtos à base de enxofre. A partir do "bago de chumbo" as
aplicações devem dirigir-se especialmente aos cachos.
Oídio do pessegueiro: Iniciar os tratamentos ao aparecimento dos primeiros sintomas,
repetindo a intervalos de 10-15 dias, sempre que as condições ambientais sejam favoráveis ao
desenvolvimento da doença.
Oídio do morangueiro: Iniciar os tratamentos ao aparecimento dos primeiros sintomas.
Repetir sempre que necessário.
Oídio do meloeiro e roseira: Tratar ao aparecimento dos primeiros sintomas. Repetir sempre
que necessário. Na roseira a utilização deve ser precedida de um pequeno ensaio para avaliar
possíveis efeitos fitotóxicos.
3.3.2. Precauções biológicas
O DOMARK não deve aplicar-se nos locais onde comecem a verificar-se quebra de eficácia
após aplicações repetidas do produto. Para diminuir o desenvolvimento de fenómenos de
resistência a fungicidas desta família química, recomenda-se a alternância de substâncias
activas com diferentes modos de acção.
3.3.3. Precauções toxicológicas, ecotoxicológicas e ambientais

Ficha de segurança fornecida a pedido de utilizadores profissionais.
a) Manter afastado dos alimentos e bebidas, incluindo os dos animais.
b) Irritante para a pele. Nocivo: pode causar danos nos pulmões se ingerido. Pode
provocar sonolência ou vertigens por inalação dos vapores.
c) Não respirar a nuvem de pulverização.
d) Evitar o contacto com os olhos.
e) Usar luvas adequadas durante a preparação da calda e aplicação do produto.
f) Não comer, beber ou fumar durante a utilização.
g) As embalagens vazias deverão ser lavadas 3 vezes, inutilizadas e colocadas em locais
adequados à sua recolha; estas águas de lavagem deverão ser usadas na preparação da
calda.
h) Não contaminar a água com este produto ou com a sua embalagem.
i) Nocivo para organismos aquáticos, podendo causar efeitos nefastos a longo prazo no
ambiente aquático.
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j) Após o tratamento lavar cuidadosamente as luvas, tendo cuidado especial em lavá-las
por dentro.
k) Intervalo de segurança – 4 dias em morangueiro; 7 dias em macieira, meloeiro, pereira
e pessegueiro; 14 dias em videira.
l) Tratamento de emergência – Em caso de ingestão, lavar repetidamente a boca com
água (apenas se a vitima estiver consciente) e não provocar o vómito. Consultar
imediatamente o médico e mostrar-lhe a embalagem ou o rótulo.
Autorização provisória de venda n.º 2863 concedida pela DGPC
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