Canal de Informação com os monitorados da AxisMed Gestão Preventiva da Saúde ago/set/out • 2011 • ano 8 • nº31 Capa Vilão de sua própria saúde Saiba por que os homens estão adoecendo mais que as mulheres e o que pode reverter essa situação Estima-se que 2,5 milhões de homens na faixa etária de 20 a 59 anos que deveriam procurar serviços de saúde ao menos uma vez por ano não o fazem. Na maioria das vezes, eles trocam exames de rotina pela consulta do médico apenas quando não se sentem bem, o que pode indicar que uma enfermidade já está em estágio avançado. É inerente ao perfil masculino sentir-se imune a doenças. Muitos homens também veem na doença um sinal de fragilidade. Esse pensamento, de que não precisam de um acompanhamento constante da saúde, está ligado a questões culturais em nosso País, mas é algo que precisa de atenção especial. Apenas cinco áreas concentram hoje 75% das enfermidades mais comuns entre os homens: cardiologia, saúde mental, urologia, gastroenterologia e pneumologia. As consultas periódicas com profissionais dessas áreas já resultariam em uma queda considerável no número de doenças constatadas em estágio avançado. “Hipertensão arterial sistêmica, diabetes e dislipidemia (alterações no colesterol total, LDL, HDL ou triglicerídeos) são mais frequentes em homens que em mulheres”, explica o especialista em saúde do homem Dr. Alberto Francisco Cuccio. Essas três condições de saúde também são as que apresentam mais recorrência entre os associados AxisMed do sexo masculino. “Os homens estão finalmente deixando de ter preconceitos e procurando mais a assistência curativa para determinadas patologias, mas a questão preventiva ainda encontra-se em passos lentos”, analisa Cuccio. Segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer, as ocorrências de câncer de próstata nos homens já ultrapassaram as de mama nas mulheres. A expectativa de vida dos homens também se mantém 7,6 anos abaixo da média das mulheres. Frente a esses fatos, cabe ao próprio homem rever seus conceitos e reverter essa situação. Para uma mudança, além de contar com o acompanhamento e monitoramento da AxisMed, é importante que seus familiares também estejam envolvidos, incentivando a adoção de uma nova rotina. Aos poucos, as consultas de emergência em pronto-socorros e prontoatendimentos vão sendo substituídas por tratamentos que identificam e lidam melhor com as doenças crônicas, garantindo aos homens tratamentos mais efetivos e uma melhor qualidade de vida. As áreas q ue eles devem ficar mais atentos: saúde menta l, pneumologia, cardiologia, gastroenterologia e urologia. ago/set/out • 2011 • ano 8 • nº31 2 editorial novos horizontes Atenção à saúde masculina Prevenir para não remediar Passamos nesse período do ano por uma data que celebra a presença masculina em nossas vidas, o Dia dos Pais, e ficamos felizes de poder utilizar essa oportunidade para chamar a atenção para um fato pouco debatido: o cuidado dos homens com a saúde. Nós, homens, nos cuidamos menos que as mulheres e, por consequência, estamos sendo alvos recorrentes de uma série de doenças. Nesta edição do ComVocê, apresentamos dicas valiosas para repensarmos nossa situação, tanto com a matéria de capa quanto com a entrevista do médico urologista Dr. Tiago Jose Borelli Bovo. Hoje, somos mais de 12 mil homens ativos no programa de monitoramento da AxisMed contando com o apoio da Central de Orientação à Saúde e demais canais da empresa para manter a saúde em dia. E não podemos esquecer que, tratando-se de saúde, a regra para homens e mulheres é a mesma: prevenção e monitoramento, sempre. Fique atento à sua saúde e boa leitura! Com a saúde debilitada devido aos altos índices de diabetes e pressão alta e com uma severa apneia, o arquiteto e urbanista Rosphael O. de Moraes, de 53 anos, recebeu o alerta vermelho dos médicos. O sonho de aproveitar a aposentadoria com disposição estava indo por água abaixo e, para piorar, os exercícios físicos passavam longe da programação do funcionário público estadual. Rosphael diz que o empurrão para mudar este quadro aconteceu quando a AxisMed analisou seus exames e entrou em contato com ele sugerindo um tratamento intensivo. “Eu pesava 122 kg e vestia calças com numeração 52. Percebi que tinha ultrapassado o limite do meu corpo e que precisava me cuidar antes que o pior acontecesse”, desabafa. Fábio de Souza Abreu Diretor-executivo da AxisMed Conheça a história do associado Rosphael O. de Moraes e veja que nunca é tarde para começar a cuidar da saúde Já sinto uma grande diferença em meu corpo e, principalmente, em minhas atividades diárias , diz Rosphael Satisfeito com o atendimento recebido, que inclui ligações periódicas de profissionais de saúde (enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas) para saber sobre o seu estado de saúde, o associado seguiu a orientação dos especialistas e mudou os hábitos que tanto o prejudicavam. Como parte do tratamento, um nutricionista elaborou um programa de reeducação alimentar para ago/set/out • 2011 • ano 8 • nº31 o seu quadro clínico com diversas sugestões de pratos e alimentos saudáveis. “Já sinto uma grande diferença em meu corpo e, principalmente, em minhas atividades diárias, que agora realizo com mais disposição”, diz ele. Rosphael conta, orgulhoso, que o bem-estar gerado por seu novo comportamento elevou sua autoestima, o que melhorou também sua vida social. “Foi muito gratificante receber elogios dos amigos por voltar a jogar futebol, mesmo sabendo que o meu corpo já não corresponde a todos os comandos do meu cérebro”, brinca o aposentado. Pesando 28 kg a menos e vestindo calças 46, hoje o otimista Rosphael voltou a sonhar com uma aposentadoria tranquila, longe dos remédios e hospitais. “Até o final do ano, pretendo chegar aos 80 kg”, planeja. 3 entrevista Consultas anuais e mais informação Tiago José Borelli Bovo, titular da Sociedade Brasileira de Urologia e diretor do Serviço de Laparoscopia Urológica do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, lista as principais preocupações dos homens com a saúde Consultas periódicas e informação são a melhor solução para reverter o atual quadro de descuido masculino. Confira a entrevista com o especialista. Os homens estão mais preocupados com a saúde hoje, especialmente pela vida agitada nas grandes metrópoles, do que antigamente? Atualmente, há uma grande preocupação com a competitividade do mercado de trabalho, o que se reflete, em muitos casos, em um menor acompanhamento médico preventivo. Em fluxo contrário, felizmente, está a procura pelo acompanhamento prostático que, graças à maior disponibilidade de informação, apresenta-se em gradual crescimento na América Latina. Quais são as doenças crônicas que mais afetam hoje o público masculino? Do ponto de vista urológico, o grupo de doenças crônicas é amplamente liderado pela hiperplasia prostática benigna (que se manifesta com diminuição do jato urinário, aumento da frequência miccional e sensação de não esvaziar a bexiga por completo). Em seguida estão o distúrbio androgênico do envelhecimento (com sintomas de perda de libido, cansaço fácil e diminuição de disposição em geral), a disfunção erétil e a neoplasia prostática. Como é realizado o tratamento de doenças crônicas nos homens? Cada patologia tem suas particularidades: • Na hiperplasia prostática benigna (HPB) temos medi- cações que melhoram o fluxo urinário e, consequentemente, a qualidade de vida do paciente. Apenas em 5% dos casos há a necessidade de realizar a cirurgia desobstrutiva do canal urinário. • O distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM) – que acomete aproximadamente 15% dos pacientes a partir dos 50 anos de idade com diminuição da testosterona na ordem de 1% a 2% ao ano – pode, em muitos casos, ser tratado com a reposição hormonal. O tratamento pode ser com medicamentos injetáveis, transdérmicos ou com implantes subcutâneos. • Já para o câncer de próstata, que só pode ser diagnosticado por um urologista qualificado, há variados tratamentos, dependendo do estágio em que se encontra. verdade, visto que há um significativo percentual dos tumores de próstata que são isoecóicos, ou seja, invisíveis ao ultrassom. Com que periodicidade os homens devem retornar ao consultório do urologista? Anualmente, se o exame de toque e o teste de PSA estiverem ok, ou em períodos mais curtos, caso haja alteração de algum parâmetro ou tratamento específico. *Tiago Borelli Bovo é pioneiro no uso da terapia prostática com greenlight laser para tratamento de aumento benigno da próstata e tem, entre seus títulos internacionais, o Fellowship Brady Urological Institute - Johns Hopkins School of Medicine. O urologista também é membro internacional do American Urological Association e do Endourological Society. Em que idade o homem deve iniciar o acompanhamento médico periódico com um urologista? Há necessidade de iniciar o screening (rastreamento) para câncer de próstata a partir dos 45 anos de idade. É importante salientar que o exame de toque retal é indispensável, pois, se realizado somente o teste de PSA (Antígeno Prostático Específico) existe uma chance de erro no diagnóstico precoce em 20% a 25% dos casos. Há alguma opção que substitua o exame de toque? Alguns pacientes argumentam que a ultrassonografia pode substituir o toque, mas isso não é ago/set/out • 2011 • ano 8 • nº31 4 Victor Marcondes S. Filho, associado AxisMed presença AxisMed Médico de família Há quem lembre com saudade do tempo em que não era preciso ir até um consultório para ter acompanhamento médico. Nesta época, o “doutor” era praticamente um membro da família e cuidava dos pacientes em suas próprias casas. Na terceira idade, um atendimento personalizado é ainda mais desejado, pois, apesar de necessitarmos de mais cuidados, não temos a mesma facilidade e disposição para ir até o consultório. Foi o que aconteceu com o aposentado Victor Marcondes S. Filho, de 71 anos, que sentia dores intensas nos joelhos e nas costas sempre que forçava os passos ao caminhar, o que dificultava sua locomoção. Associado AxisMed há pouco mais de um ano, ele procurou a Central de Orientação à Saúde – atendimento via telefone com orientadores de saúde especializados – e recebeu o Atendimento Domiciliar de Emergência (ADE)* em sua casa. “Fui atendido por uma atenciosa equipe e, para minha surpresa, eles descobriram que o meu desconforto estava relacionado ao modo como eu deitava para descansar. Fui orientado a reeducar a minha postura e também a me alimentar de forma mais saudável e já posso sentir os resultados. Aos poucos, estou retomando as minhas atividades diárias”, conta Victor, satisfeito. Como todo associado, o aposentado recebe ligações frequentes de nossos orientadores de saúde para acompanhar a evolução do tratamento. Victor se entusiasma ao falar as conquistas realizadas para o seu bem-estar: “Ao chegar nessa idade, precisamos de cuidados especiais, de alguém que possa acompanhar a nossa saúde de perto. E os profissionais da AxisMed fazem isso com carinho e qualidade em cada atendimento. Eles me ensinaram a cuidar do meu corpo para garantir que a vida continue agradável e produtiva”. * Serviço disponível para contratos específicos dicas Mitos e verdades sobre alimentação Em meio às discussões sobre Alimentação Saudável, surgem mitos que podem atrapalhar a adoção de hábitos adequados. A alimentação fracionada, colorida e com quantidades moderadas é a melhor escolha para a manutenção da saúde. Tomar leite ao deitar induz o sono? Leite, queijos e iogurtes são fontes de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina - neurotransmissor que promove relaxamento muscular, sensação de bem-estar e induz o sono. Portanto, beber um copo de iogurte ou uma xícara de leite morno ao deitar pode sim contribuir para um sono mais tranquilo. Ficar sem comer ajuda a emagrecer? Não. A longo prazo, os períodos de jejum prolongados tornam o metabolismo mais lento, levando ao aumento de peso. O ideal é fracionar as refeições em café da manhã, almoço e jantar, com dois pequenos lanches intermediários. Experimente fruta in natura, fruta seca, iogurte ou barra de cereais nos intervalos. Tomate ajuda a evitar o câncer de próstata? Não só o tomate, mas também a melancia e a goiaba, entre outros alimentos vermelhos, são fontes de licopeno, um carotenóide relacionado à redução do risco ou progressão de várias doenças, entre elas o câncer da próstata. O tomate, quando aquecido, aumenta a biodisponibilidade do licopeno pelo organismo. Por isso, vale a preferência pelo molho de tomate! ago/set/out • 2011 • ano 8 • nº31 Av. das Nações Unidas, 13.797 Bloco II 18º Andar Morumbi São Paulo SP 04790-000 • (11) 3513 2900 Equipe Editorial: André Gibrail, Andrea Castelli, Cinthia Scalabrini, Fábio Boihagian, Fábio de Souza Abreu, Vânia Carvalho, Milva Goes, Silvia Lima e Solange Abreu [email protected] Produção, edição e direção de arte: PLANIN • www.planin.com www.axismed.com.br Jornalista responsável: Angélica Consiglio (MTB 24182) ago/set/out • 2011 • ano 8 • nº31