UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS NAYMA CARLA PINHEIRO DE MACÊDO PÂMELA SUELEM AGUIAR FIGUEIRÓ O USO DE ANABOLIZANTES ESTERÓIDES EM ACADEMIAS DE GINÁSTICA (BELÉM e ANANINDEUA) BELÉM 2010 NAYMA CARLA PINHEIRO DE MACÊDO PÂMELA SUELEM AGUIAR FIGUEIRÓ O USO DE ANABOLIZANTES ESTERÓIDES EM ACADEMIAS DE GINÁSTICA (BELÉM e ANANINDEUA) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Fisioterapia (CCBS) da Universidade da Amazônia como requisito para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Orientador Prof. M. Sc. Walther Augusto de Carvalho. BELÉM 2010 DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho à nossos pais, por nos ensinar tudo que sabemos hoje, além de ser nosso maior exemplo de caráter e dedicação, à Deus e familiares. E por fim, não menos importante, ao nosso orientador Walther Augusto de Carvalho, pela atenção e paciência em todos os momentos. AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar à Deus, pelas oportunidades em minha vida e por me dar forças para superar todos os obstáculos que encontro nos caminhos que escolho. Agradeço ao meu pai José Cardoso, pelo amor e dedicação e por ter me proporcionado essa oportunidade de um futuro promissor e que fez todos os esforços possíveis para dá continuidade a essa jornada, me dando todo apoio e força para pleitear essa formação. Agradeço ao meu esposo Jucelino Júnior, por todo o apoio e amor incondicional que me deu até o dia de hoje. Agradeço ao minha mãe Maria de Jesus (in memoriam), que esteve sempre presentes em meus pensamentos e sonhos incessantemente. Amo você. Ao meu orientador Walther Carvalho, que deu incentivo para a realização deste trabalho e foi incansável quando precisei de ajuda. Aos professores, pelo grande conhecimento compartilhado durante esta caminhada, pois na verdade a nossa formação acadêmica é um reflexo dos nossos mestres. A todos os meus familiares e amigos, pela colaboração que tanto nos fazem crescer e deixam a vida mais bela. E a todos aqueles que, embora não mencionados aqui, contribuíram de alguma forma para a concretização deste projeto, meus agradecimentos. Nayma Carla Pinheiro de Macêdo Pereira AGRADECIMENTOS O que dizer neste momento? Acontece agora dentro de mim um turbilhão de sentimentos originados provavelmente pelas inúmeras sinapses entre meus neurônios que esbanjam dopaminas provocando intensa felicidade. Ao olhar para trás, à grande trajetória percorrida, observo as enormes oportunidades de crescimento e aquisição de sabedoria que foram a mim proporcionadas. Diante disso, só tenho que dizer que: “SOU MUITO GRATA a Deus, que plantou o sonho em mim e deu – me forças para buscar e conquistar. Aos meus Pais, Rose e Jorge, ao meu padrasto Celso Sarub (in memória), ao meu filho João, que sem nem saber, deu-me força e coragem para querer alcançar os meus sonhos mais distantes, aos meus familiares, meus amigos e ao meu namorado que chegou ao meio do caminho, porém não menos importante. Hoje, neste momento especial, envolto em clima de encantamento e sonho, encontram em meu rosto as palavras que a emoção me impede de dizer. Aos verdadeiros Mestres, que marcaram à minha vida, peças fundamentais no caminho do saber, que nos orientaram além dos preceitos técnicos científicos, mas ofereceram-nos aprendizado para a vida. Aos colegas, como não falar-lhes? Brigamos diversas vezes, afinal que família no mundo não se desentende? Porém, quando todos nós estávamos em apuros, nos uníamos como se não existissem diferenças. Hoje nos respeitamos e nos amamos como irmãos, e vemos em nós um pouco de cada um que conviveu conosco durante esses anos, A TODOS UM MUITO OBRIGADO” Pâmela Suellen Aguira Figueiró EPÍGRAFE “A diferença entre o possível e o impossível está na vontade humana." (Louis Pasturie) RESUMO Na sociedade atual o corpo tem sido, cada vez mais, considerado um objeto passível de modelagem. São diversas as formas que se têm para modelar, reparar, diminuir ou aumentar proporções, modificando-se a estética natural. Dentre as ferramentas para efetivar estas transformações, os anabolizantes podem ser considerados uma via de baixo custo e acessível para quem deseja obter um modelo de corpo ideal. As motivações mais freqüentes para o uso de anabolizantes esteróides em academias de ginástica, entre usuários praticantes de musculação na área metropolitana (Belém-Ananindeua) por razões estéticas. A insatisfação com o corpo real em comparação ao padrão ideal disseminado pela mídia. Este trabalho tem a intenção principal de verificar a prevalência da ação dos anabolizantes esteróides nos músculos comumente em praticantes de musculação. Para tanto se fez uso estudo investigativo, descritivo e transversal, que utilizou metodologia quantitativa. Foram entrevistados 83 freqüentadores, com média de idade de 28,07 anos; destes, 32 indivíduos do sexo feminino e 51 do sexo masculino. Os resultados demonstraram deficiência por parte dos entrevistados em relação ao conhecimento sobre os anabolizantes esteróides, bem como diferença pouco significativa quando comparado o conhecimento geral das duas academias. Palavras Chave: Anabolizantes Esteróides ABSTRACT In today's society the body has been increasingly regarded as an object susceptible to modeling. There are several forms that have to model, repair, reduce or increase proportions, modifying the natural aesthetics. Among the tools to effect these transformations, anabolic steroids can be considered a form of low cost and affordable for anyone who wishes to obtain a model of ideal body. The most frequent reasons for using anabolic steroids in gyms, bodybuilders among users in the metropolitan area (Belé -Ananindeua) for aesthetic reasons. Dissatisfaction with the real body in comparison to the ideal standard disseminated by the media. This work is intended mainly to check the prevalence of action of anabolic steroids in the muscles commonly in weight lifters. For that made use of investigative, descriptive, cross-sectional quantitative methodology used. We interviewed 83 attendees, with a mean age of 28.07 years and of these, 32 females and 51 males. The results demonstrated deficiency on the part of respondents regarding their knowledge about anabolic steroids, and the difference was negligible when compared to general knowledge of the two academies. Keywords: anabolic steroids, body modeling LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 7.1: Caracterização da amostra ACAD I, quanto ao sexo dos indivíduos-------28 Gráfico 7.2: Comparação quanto ao uso de anabolizantes esteróides---------------------28 LISTA DE TABELA Tabela 7.1: Resumo dos resultados comparativo das ACAD I e ACAD II---------------29 LISTA DE ABREVIAÇÕES ACAD I- Academia I ACAD II – Academia II CEP – Conselho de Ética em Pesquisa EAA - Esteróides Andrógenos Anabólicos HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UNAMA – Universidade da Amazônia SUMÁRIO 1 TEMA DO PROJETO .............................................................................................. 13 2 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 14 3 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 15 3.1 Culto ao Corpo e Sociedade de Consumo ........................................................... 15 3.2 Musculação .......................................................................................................... 17 3.3 Anabolizantes....................................................................................................... 19 3.4 Ação dos Anabolizantes....................................................................................... 21 4 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 23 5 OBJETIVOS .............................................................................................................. 24 5.1 Objetivo Geral...................................................................................................... 24 5.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 24 6 MATERIAIS E MÉTODO ..................................................................................... 25 6.1 DELINEAMENTO .............................................................................................. 25 6.2 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO AO COMITÊ DE ÉTICA ...................... 25 6.3 LOCAL E PERÍODO DO ESTUDO ................................................................... 25 6.4 AMOSTRA .......................................................................................................... 26 6.4.1 Critérios de Inclusão ......................................................................................... 26 6.4.2 Critérios de Exclusão ........................................................................................ 26 6.5 RISCOS E BENEFÍCIOS .................................................................................... 26 6.6 COLETA DE DADOS......................................................................................... 27 6.7 METODOLOGIA E PLANIFICAÇÃO E ANÁLISE ESTATÍSTICA .............. 27 7 RESULTADOS .......................................................................................................... 28 8 DISCUSSÃO .............................................................................................................. 30 9 CONCLUSÃO............................................................................................................ 31 10 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................... 32 APÊNDICES ................................................................................................................. 34 ANEXOS ....................................................................................................................... 35 13 1 TEMA DO PROJETO Avaliar o uso de anabolizantes esteróides em academias de ginástica na área metropolitana (Belém-Ananindeua). 14 2 INTRODUÇÃO Uma das facetas que tem caracterizado a sociedade de consumo contemporânea é a crescente importância atribuída à aparência corporal. Nas últimas décadas, o corpo tornou-se alvo de uma atenção redobrada com a proliferação de técnicas de cuidado e gerenciamento dos corpos, tais como dietas, musculação e cirurgias estéticas. Homens e mulheres investem cada vez mais tempo, energia e recursos financeiros no consumo de bens e serviços destinados à construção e manutenção do invólucro corporal. Por outro lado, alguns estudos mostram que em paralelo ao culto ao corpo tem aumentado a insatisfação das pessoas com seus corpos, assim como o consumo das chamadas "drogas da imagem corporal", entre as quais se incluem os esteróides anabólicos androgênicos ou anabolizantes (IRIART, CHAVES e ORLEANS, 2009). Os esteróides andrógenos anabólicos (EAA) ou anabolizantes são substâncias naturais, sintéticas ou semi-sintéticas, quimicamente relacionadas ao hormônio sexual masculino, a testosterona. Esse hormônio exerce diversos efeitos no individuo, inclusive o de aumentar a massa muscular e o peso corpóreo (FRIZON, MACEDO e YONAMINE, 2005). O aumento da massa muscular, aumento da concentração de hemoglobina e hematócrino, aumento da retenção de nitrogênio, aumento da deposição de cálcio nos ossos e a diminuição das reservas adiposas são alguns dos efeitos anabólicos produzidos (FERREIRA, FERREIRA, et al., 2007) A principal preocupação em relação ao aumento da freqüência do uso de EAA entre adolescentes e praticantes de atividade física em geral se deve a grande quantidade de efeitos adversos que essas substâncias podem causar, nos mais diversos órgãos e sistemas, provocando danos reversíveis e irreversíveis tanto em homens quanto em mulheres, podendo causar até a morte (FERREIRA, FERREIRA, et al., 2007) Com isso, os objetivos do trabalho são de verificar a prevalência do uso de anabolizantes por praticantes de musculação e sua motivação; 15 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 CULTO AO CORPO E SOCIEDADE DE CONSUMO A história da imagem corporal iniciou-se no século XVI, na França, com o médico e cirurgião Ambroise Paré, que percebeu a existência do membro fantasma, caracterizando-o como a alucinação de que um membro ausente. Três séculos depois, Weir Mitchell, da Filadélfia (EUA), demonstrou que a imagem corporal (sem se referir ao termo „imagem corporal‟) pode ser mudada sob tratamento ou em condições experimentais (BARROS, 2005). A escola francesa também deixou sua contribuição com os estudos de Bonnier, o qual, em 1905, descreveu um distúrbio em toda imagem corporal como „esquematia‟ (distorção do tamanho das áreas corpóreas). Mas foi na escola britânica que os estudos sobre imagem corporal aprofundaram-se, tanto nos aspectos neurológicos quanto nos fisiológicos e psicológicos. O neurologista Henry Head, do London Hospital, foi o primeiro a usar o termo „esquema corporal‟ e também o primeiro a construir uma teoria na qual “cada indivíduo constrói um modelo ou figura de si mesmo que constitui um padrão contra os julgamentos da postura e dos movimentos corporais” (BARROS, 2005). Head demonstrou que qualquer alteração postural pode mudar o que ele chamou de esquema corporal (schemata): “Qualquer coisa que participe do movimento consciente de nossos corpos é somada ao nosso modelo corporal e torna-se parte deste schemata” (BARROS, 2005). Mas a maior contribuição nesta área foi dada por Paul Schilder, pois desenvolveu sua experiência tanto na neurologia quanto na psiquiatria, assim como na psicologia. Schilder considera a imagem corporal um fenômeno multifacetado. Em suas investigações, “ele analisou a imagem corporal não apenas no contexto do orgânico, mas também na psicanálise e na sociologia” (BARROS, 2005). Em sua definição de imagem corporal, diz que “a imagem corporal não é só uma construção cognitiva, mas também uma reflexão dos desejos, atitudes emocionais e interação com os outros”. Mas uma de suas mais importantes reflexões consistiu na introdução da idéia de que a imagem do corpo não possui apenas fatores patológicos: os eventos diários também contribuem para sua construção (BARROS, 2005). Segundo LE Boulch (1985) distingue-os alegando que “esquema corporal é conotado como uma estrutura neuromotora que permite ao indivíduo estar consciente do seu próprio 16 corpo anatômico, ajustando- o às solicitações de situações novas, e desenvolvendo ações de forma adequada” (ARAÚJO, 1992) Qual o custo que se paga por um corpo “ideal”? Partindo-se deste questionamento, percebe-se que na sociedade atual o corpo tem sido, cada vez mais, considerado um objeto passível de modelagem. São diversas as formas que se têm para modelar, reparar, diminuir ou aumentar proporções, modificando-se a estética natural. Dentre as ferramentas para efetivar estas transformações, os anabolizantes podem ser considerados uma via de baixo custo e acessível para quem deseja obter um modelo de corpo ideal (SANTOS, MENDONÇA, et al., 2006) Para compreender o consumo de anabolizantes faz-se necessário compreender o crescente culto ao corpo na sociedade de consumo contemporânea. Desde os estudos pioneiros de Marcel Mauss, a antropologia tem mostrado como o corpo constitui-se, em todas as culturas, em símbolo sobre o qual se inscrevem as normas culturais. Os padrões de beleza, os significados associados aos músculos ou ao corpo obeso transformam-se ao longo do tempo e refletem os valores centrais de cada contexto cultural. Nas sociedades tradicionais, as marcas sociais no corpo indicavam o pertencimento do nativo a determinada etnia e sua inserção no espaço social. O fato novo, contudo, para o qual chama atenção Marzano-Parisoli é a amplitude do fenômeno de valorização do invólucro corporal e o reforço dos critérios estéticos e éticos de controle aplicados aos corpos na contemporaneidade (IRIART, CHAVES e ORLEANS, 2009). Na sociedade contemporânea, marcada por valores como o consumismo, o individualismo, a busca do sucesso e o acúmulo de bens materiais, o corpo tornou-se também objeto de consumo. O consumismo permite aos indivíduos se situar socialmente mediante a possessão e acúmulo de capital material e simbólico. As mercadorias, os objetos, as roupas e o corpo enquanto objetos de consumo passam a dizer a “verdade” sobre o sujeito constituindo suas referências, sua auto-estima, e sua identidade. A enorme valorização da aparência corporal inscreve-se num processo em que o corpo físico assume um papel fundamental na exteriorização da subjetividade e na construção das identidades. Esse processo foi potencializado pela mídia, que adquiriu enorme poder de influência sobre as pessoas na contemporaneidade, passando a ocupar um papel importante na disseminação de valores e padrões estéticos e contribuindo para a criação de novas necessidades que, por sua vez, alimentam uma milionária indústria da estética que não cessa de se expandir (IRIART, CHAVES e ORLEANS, 2009). Nosso corpo é, antes de tudo, nosso primeiro e maior mistério (BARROS, 2005). 17 Para estarmos realmente presentes no mundo, é preciso reconhecer que somos um corpo em sua imensidão de complexos processos que nos fazem ricos em sua consciência e inconsciência desconcertantes e pragmáticas e em suas atitudes, que são sempre corporais. Também construímos e destruímos nossa imagem corporal. É uma sucessão de tentativas para buscar uma imagem e corpos ideais. Sua construção envolve a possibilidade de interferência sobre a própria auto-imagem de cada um, uma vez que ela – a imagem corporal – não é fixa. (BARROS, 2005) Cita que “o corpo e sua utilização passam por um processo de aprendizagem construtor de hábitos”. Aqui, encerra-se o ponto crucial da modificação constante de nossa auto-imagem. Ela, então, é definida a partir das interferências sociais que sofremos e dos hábitos que criamos, moldando nosso aspecto de existir como seres corporais (BARROS, 2005) (BARROS, 2005) Afirma que “a imagem corporal, em seu resultado final, é uma unidade. Mas essa unidade não é rígida, e sim passível de transformações”. A unidade a que se refere são todas as possibilidades de unir as diversas relações e experiências que desenvolvemos ao longo de nossa vida, buscando sentido através de uma totalidade corporal e imagética de nós mesmos em constante transformação. O corpo, portanto, transforma-se em um palco de imagens corporais construídas. E as descobertas que temos de nós mesmos vão se revelando a partir do instante em que nos reconhecemos como um „ser‟ que reage às diversas inter-relações estabelecidas pelos mesmos corpos que tentam realizar a busca pela compreensão da existência de imagens a busca por sua própria existência (BARROS, 2005) 3.2 MUSCULAÇÃO A história cita homens que, com sua fenomenal força, eram capazes de feitos memoráveis (MARQUES, PEREIRA e AQUINO NETO, 2003). Não existe uma data precisa de quando surgiram as primeiras manifestações de levantamento de peso. Para Bittencourt (1986), um importante fato histórico que nos remete à origem do levantamento de pesos foi às escavações na cidade olímpica, onde foram encontradas pedras que na sua forma original apresentavam locais para o apoio das mãos, permitindo aos historiadores concluir que os atletas da época utilizavam para o treinamento com peso. 18 Dentre os diversos tipos de exercícios físicos o treinamento resistido, mais comumente chamado de “Musculação” é considerado um componente essencial de um programa de aptidão física, abrangendo o desenvolvimento e a manutenção da força, resistência e massa muscular (AQUINO NETO, 2000). Como conseqüência a este tipo de treinamento, alterações fisiológicas irão ocorrer, sendo primeiramente alterações agudas (aprendizado psicomotor) e, posteriormente, alterações crônicas (hipertrofia muscular), que variam de acordo com a predisponibilidade genética (tipo de fibra predominante) e com o sexo, que está relacionado ao fato de os homens possuírem níveis séricos de testosterona maiores que as mulheres (MARQUES, PEREIRA e AQUINO NETO, 2003). A musculação pode ser definida como a execução de movimentos biomecânicos localizados, em segmentos musculares definidos e com utilização de sobrecarga externa ou peso do próprio corpo, sendo a força a principal capacidade treinada (AQUINO NETO, 2000). (MARQUES, PEREIRA e AQUINO NETO, 2003) Esclarecem que a utilização de pesos é uma técnica de condicionamento cada vez mais popular, um esporte competitivo e uma atividade recreacional entre crianças, adolescentes e jovens adultos. A musculação pode causar lesões músculo – esqueléticas significativas, como fraturas, luxações, espondilóliose, espondilolistese, hérnia de disco, além de lesões de meniscos. Embora as lesões possam ocorrer durante a utilização de máquinas de pesos, aparentemente a maioria ocorre durante o uso inadequado de pesos avulsos. Também ocorrem problemas com atletas esqueleticamente imaturos, em acidentes durante a prática e com abuso de esteróides anabolizantes. Desse modo pode ser aplicada da forma isométrica (contração mantida), isocinética (com velocidade angular constante) ou isotônica (alternância de contrações concêntricas e excêntricas), contínua ou intervalada, leve, moderada ou intensa, com recursos aeróbios ou anaeróbios (MARQUES, PEREIRA e AQUINO NETO, 2003) Esta possibilidade de controle de tantas variáveis torna a musculação uma atividade física altamente versátil que pode ser praticada por pessoas de diversas idades para diferentes objetivos (MARQUES, PEREIRA e AQUINO NETO, 2003). O treinamento com pesos se difere do fisiculturismo, levantamento de peso olímpico, levantamento de peso básico (ou Power lifting), e atletismo de força (ou strongman), que são esportes ao invés de formas de exercício. O treinamento com pesos, entretanto, geralmente faz parte do regime de treinamento dos atletas dessas modalidades (MARQUES, PEREIRA e AQUINO NETO, 2003). 19 As motivações para a prática da musculação e uso de anabolizantes, assim como as representações e usos sociais do corpo entre usuários de anabolizantes praticantes de musculação. A prática da musculação e o uso de anabolizantes, tanto entre usuários de classe médias quanto populares, são motivados, sobretudo por razões estéticas. A insatisfação com corpo real em comparação ao padrão ideal disseminado pela mídia, o receio de ser desvalorizado ou excluído do grupo de pares, o capital simbólico associado ao corpo "trabalhado" e o imediatismo na obtenção dos resultados favorecem o uso de anabolizantes (SILVA, MACHADO JÚNIOR, et al., 2006) 3.3 ANABOLIZANTES Os EAA, popularizados como anabolizantes ou vulgarmente conhecidos pelo nome de “bombas” (em referência ao efeito de inchaço muscular por eles produzido), compreendem esteróides derivados da metabolização do colesterol, dentre eles a testosterona (Marques, Pereira, & Aquino Neto, 2003). A testosterona é produzida nos testículos e no córtex adrenal, sendo responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias associadas à masculinidade durante a adolescência e a maioridade (Bahrke & Yesalis, 2004; Maravelias, Dona, Stefanidou & Spiliopoulou, 2005 apud Santos e cols, 2006). No ano de 1935, a testosterona foi sintetizada, pela primeira vez, por Ruzica e Weltstein e, em 1939, Boje sugeriu que os hormônios sexuais poderiam aumentar o desempenho atlético. Em 1945, houve a popularidade no meio atlético através da publicação do escritor Paul de Kruiff, The Male Hormone. No final dos anos 40 e no início dos anos 50, culturistas da Costa Oeste dos Estados Unidos começaram a experimentar preparados de testosterona. Todavia, o registro histórico do uso de hormônios sexuais no aumento do desempenho em campeonatos mundiais é datado de 1954, quando foram utilizados por atletas russos durante o Campeonato Mundial de Levantamento de Peso, em Viena, na Áustria (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002) Em 1956, quando o Laboratório Ciba criou a metandrosterona comercializada com o nome de Dianabol, os relatos da eficácia desta droga difundiram-se pela comunidade de levantadores de peso. Em 1964, nas Olimpíadas de Tóquio, os EAA foram largamente utilizados em diversas modalidades. Durante a competição “Mister America”, em 1972, John 20 Grimek estimou que 99% dos atletas estreantes fizeram ou faziam uso de esteróides (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002) Há mais de 30 anos os EAA penetraram em outros esportes olímpicos, incluindo a natação, o esqui, o vôlei, o ciclismo, o handebol, o futebol, entre outros. O controle de dopagem para detecção de EAA foi feitos somente na Olimpíada de Montreal, em 1976. O caso mais conhecido de uso de EAA foi o do corredor canadense Ben Johnson, medalha de ouro nos 100m rasos nas Olimpíadas de Seul, em 1988, cujo exame detectou a presença dos metabólitos do anabolizante estanozolo (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002) Durante as Olimpíadas de Sidney, em 2000, a nandrolona foi o EAA que ganhou destaque após a revelação do exame de diversos atletas importantes de modalidades esportivas que geralmente não empregavam anabolizantes. Dentre eles, o de Linford Christie (medalha de ouro olímpica em Barcelona em 1992) revelou a presença desse esteróide. Este fato gerou grande discussão em relação aos níveis aceitáveis de seu metabólito, a 19norandrosterona (2ng/mL para homens e 5ng/mL para mulheres não-grávidas), já que traços de nandrolona têm sido encontrados em suplementos nutricionais consumidos por atletas (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002) Estudos têm descrito que a forma com que os EAA são utilizados por atletas obedecem, basicamente, a três metodologias: a primeira, conhecida como “ciclo”, refere-se a qualquer período de utilização de tempos em tempos, que varia de quatro a 18 semanas; a segunda, denominada “pirâmide”, começa com pequenas doses, aumentando-se progressivamente até o ápice e, após atingir esta dosagem máxima, existe a redução regressiva até o final do período; e a terceira, conhecida como “stacking” (uso alternado de esteróides de acordo com a toxicidade), refere-se à utilização de vários esteróides ao mesmo tempo (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002) A posição do American College of Sports Medicine em relação a esse tema é a seguinte: os EAA, diante de dieta adequada e de bom programa de treinamento, podem contribuir para aumentos no peso corporal, na maioria das vezes, no compartimento da massa magra. Segundo o informe do Council on Scientific Affairs37 (Estados Unidos), de 1988, os esteróides anabolizantes podem aumentar o peso corporal, em parte devido à retenção de fluidos e em parte pelo aumento da massa livre de gordura (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002) Na medicina, os anabolizantes são utilizados geralmente no tratamento de sarcopenias, hipogonadismo, câncer de mama, osteoporose e deficiências androgênicas, déficits no crescimento corporal, dentre outras. Há aplicações como cicatrizantes e cremes ginecológicos, 21 podendo, inclusive levar a resultados analíticos adversos (“positivos”) no controle de dopagem no esporte (SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI, 2002). A utilização dos anabolizantes pode ser feita por meio da ingestão oral ou aplicação intramuscular. Os usuários costumam fazer o uso em ciclos, em que doses maiores são aplicadas progressivamente, com um intervalo de tempo que pode variar de 4 a 18 semanas (ARAÚJO, 2003). Entre vários compostos que geram efeitos anabolizantes, os administrados oralmente - como a Oximetolona, a Oxandrolona, Metandrostenolona e o Winstrol - são os mais utilizados. Entre os injetáveis mais freqüentemente utilizados estão o Durateston, DecaDurabolin, Hemogenin,Winstrol, Decanoato de Nandrolona, o Fenpropionato de nandrolona, o Isocaproato de testosterona e o Cipionato de testosterona (ARAÚJO, 2003). Segundo e Barros Neto (1999), os mais utilizados no Brasil são a testosterona e a nandrolona. Em nível psicológico são relatados mudanças de humor, comportamento agressivo, depressão, hostilidade, surtos psicóticos e adições, ocorrendo, por vezes, um quadro semelhante à síndrome de abstinência (FRIZON, MACEDO e YONAMINE, 2005). No senso comum, principalmente entre os jovens, observa-se que os anabolizantes são comumente associados aos critérios de perfeição e boa performance física vigentes na sociedade atual, muitas vezes compensando sentimentos de reduzida auto - estima e outros transtornos emocionais considerados mais graves (IRIART, CHAVES e ORLEANS, 2009). A aparência de um corpo saudável com os anabolizantes é apenas superficial, uma vez que diversas pesquisas já destacaram os efeitos adversos causados pelo uso inadequado dos esteróides anabolizantes (BARROS, 2005) No Brasil, a preocupação não é tanta em relação a esportistas profissionais , mas ao adolescente, que, no seu imediatismo de querer crescer rapidamente, entrega-se aos anabolizantes, mesmo sem conhecer bem o que está sendo consumido (SOUZA e FISBERG, 2002). 3.4 AÇÃO DOS ANABOLIZANTES EAA possuem propriedades anabólicas (aumento da massa muscular e retenção de nitrogênio) e androgênicas (engrossamento da voz, crescimento de pêlos, comportamentos 22 agressivos e outros). Eles são hormônios esteróides, naturais ou sintéticos, derivados da testosterona, que é o hormônio sexual masculino. O efeito mais notável da testosterona sobre o metabolismo consiste na retenção de nitrogênio, realizada pelo aumento da síntese protéica. Após sua administração, a taxa da excreção urinária do nitrogênio diminui, resultando em um balanço nitrogenado positivo. A testosterona aumenta a taxa de anabolismo e diminui a de catabolismo protéico. Os efeitos androgênicos promovem um aumento da capacidade de trabalho dos músculos, como resultado de sua ação estimuladora sobre o número, a espessura e a resistência das fibras musculares nos homens e regulam, em parte, a distribuição de gordura corporal e a configuração esquelética do macho adulto. Os efeitos anabólicos também causam uma moderada retenção do sódio, potássio, água, cálcio, sulfato e fosfato. Além da atividade anabólica, essas drogas também exercem efeitos anti-catabólicos (os EAA acabam competindo com hormônios catabólicos, como o cortisol, pelos receptores, diminuindo a atuação dos últimos), principalmente pela diminuição da degradação protéica e inibição da reabsorção óssea. Os EAA exercem seu efeito por meio de quatro mecanismos principais: aumento da síntese de proteína nos músculos esqueléticos; diminuição dos efeitos catabólicos; efeitos no sistema nervoso central e na junção neuromuscular e efeito placebo (substância neutra, sem qualquer efeito farmacológico). Após a administração, a substância cai na circulação sanguínea e suas moléculas chegam às células. Como os anabolizantes são hormônios esteróides, eles possuem como característica a lipossolubilidade, que confere a eles a capacidade de difundirem-se pela membrana celular, pois esta possui uma grande quantidade de lipídios em sua estrutura. No citoplasma, o EAA se liga a um receptor androgênico (geralmente uma proteína) e migra para o núcleo celular. Esse complexo esteróide-receptor se encontra com outro receptor. Este grupo (uma molécula de EAA mais dois receptores) possui uma grande afinidade com DNA, se ligando a ele. Depois de ligarse à cromatina, o complexo esteróide-receptor promove o aumento da taxa de transcrição. Após o fim da reação, os receptores se separam e voltam à inatividade. O RNAm, então, vai para o citoplasma onde irá ocorrer a tradução deste em proteínas correspondentes, responsáveis pelos efeitos finais do hormônio. A administração dos EAA é feita por via oral ou injetável, mas, eventualmente, é feita por meio de adesivos transdérmicos ou sprays nasais. Os efeitos colaterais causados pelo uso indiscriminado dos anabolizantes são diversos e incluem infertilidade, calvície, tumor no fígado, entre outros. Porém, os EAA podem ser utilizados por médicos, em doses terapêuticas, para o tratamento de doenças possuindo efeitos positivos, até mesmo, em pacientes com câncer ou AIDS (ROCHA, ROQUE e OLIVEIRA, 2007). 23 4 JUSTIFICATIVA Justifica-se a realização desta pesquisa com o intuito de uma análise a prevalência da ação dos anabolizantes nos músculos em praticantes de musculação, já descritos na literatura e desta forma colaborar com os inúmeros estudos atuais que buscam esta resposta ainda não confirmada. 24 5 OBJETIVOS 5.1 OBJETIVO GERAL Verificar a prevalência do uso de anabolizantes esteróides por sujeitos praticantes de musculação. 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analisar a razão do uso de anabolizantes esteróides por sujeitos praticantes de musculação; Comparar a ocorrência de sujeitos usuários de esteróides anabolizantes em duas academias de ginástica. 25 6 MATERIAIS E MÉTODO 6.1 DELINEAMENTO Tratou-se de um estudo investigativo, descritivo e transversal, que utilizou metodologia quantitativa, através de questionário semi-estruturado (APÊNCICE 6). 6.2 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO AO COMITÊ DE ÉTICA Sabemos que o respeito à dignidade humana exige que toda pesquisa seja submetida a uma consulta ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Exige um consentimento livre e esclarecido dos sujeitos da pesquisa. Exige uma metodologia clara e objetiva, respeitando-se os princípios da beneficiência da pesquisa com seres humanos e uma análise dos riscos e benefícios que vise acima de tudo a não-maleficiência. Foram cumpridos os termos da Resolução n° 196 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (1996). A pesquisa foi submetida para apreciação do CEP da Universidade da Amazônia – UNAMA. Comprometemo-nos em garantir a confidencialidade e a privacidade, a proteção da imagem e a não estigmatização dos sujeitos, garantindo a não utilização das informações coletadas em prejuízo das pessoas e/ou comunidades envolvidas neste inquérito. 6.3 LOCAL E PERÍODO DO ESTUDO O estudo em questão foi realizado em duas academias de educação física: (i) Carmem, sito a Av. Marquês de Herval n° 1647, em Belém e (ii) Gold, sito à Cidade Nova 4 - Arterial 18 n° 496 ( Altos ), em Ananindeua, no período 10 de janeiro de 2009 a 01 de março de 2010. 26 Diante da pesquisa para garantir o sigilo dos sujeitos da pesquisa, as academias foram identificadas como ACAD I e ACAD II. Não será declarado quem é a ACAD I e ACAD II. 6.4 AMOSTRA A amostra do estudo foi composta por 83 sujeitos, de ambos os sexos, sendo 34 sujeitos da ACAD I e 49 sujeitos da ACAD II. Na ACAD I a média de idade foi de 28,4 anos (sexo masculino) e 25,5 anos (sexo feminino) e na ACAD II a média de idade foi de 27,2 anos (sexo Masculino) e 28,5 anos (sexo Feminino). 6.4.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Foram usados como critério de inclusão, indivíduos praticantes de musculação nas academias supracitadas, no período mínimo de quatro meses, com freqüência semanal mínima de três vezes por semana, com termo de consentimento livre e esclarecido previamente assinado, maiores de 18 anos de idade. 6.4.2 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Foram excluídos na pesquisa os indivíduos não praticantes de musculação nas academias supracitadas e os que praticam musculação menores de idade. 6.5 RISCOS E BENEFÍCIOS A resolução 196/96 do CNS diz que toda pesquisa envolvendo seres humanos possui risco. Neste projeto o principal risco ao sujeito da pesquisa diz respeito a quebra de sigilo e de 27 confidencialidade dos dados obtidos. Para evitar que isso ocorra comprometemo-nos com o sigilo de todas as informações coletadas. 6.6 COLETA DE DADOS Foi encaminhada uma carta aos coordenadores de cada academia, solicitando autorização para a coleta de dados. Foi ainda utilizado o TCLE para identificação da pesquisa a ser realizada. Foi utilizado um questionário (APÊNDICE - 6) para obter dados referentes ao gênero, idade, ao uso de suplementos e anabolizantes, sendo constituído por 5 questões com respostas no formato sim/não e 3 de múltipla escolha. 6.7 METODOLOGIA E PLANIFICAÇÃO E ANÁLISE ESTATÍSTICA Os dados foram planificados em tabelas, analisados e os gráficos construídos no programa Microsoft Office Excel 2007. 28 7 RESULTADOS Este estudo realizado em duas academias da área metropolitana de Belém (ACAD I em Belém e ACAD II em Ananindeua) obteve um total de 83 participantes, de ambos os sexos, sendo 34 sujeitos da ACAD I, 47% do sexo masculino e 53% do sexo feminino, e 49 sujeitos da ACAD II, 71% do sexo masculino e 29% do sexo feminino (ver Gráfico 7.1 e tabela 7.1). ACAD I ACAD II F 53% M 71% M 47% F 29% n = 34 n = 49 Gráfico 7.1: Caracterização da amostra ACAD I, quanto ao sexo dos indivíduos. Na ACAD I, dos 34 sujeitos entrevistados, 26 (76%) faziam uso e 8 (24%) não faziam uso de anabolizante esteróide. Na ACAD II dos 49 sujeitos entrevistados, 20 (41%) faziam uso e 29 (59%) não faziam uso de anabolizante esteróide (ver Gráfico 7.2 e Tabela 7.1). Além de esteróides anabolizantes, nas duas academias, foram registrados uso de suplementos alimentares. Na ACAD I 27 sujeitos (79%) utilizam esse tipo de recurso alimentar. Na ACAD II apenas 6 sujeitos (12%) utilizam suplementos alimentares (ver Tabela 7.1). Considerando apenas os sujeitos das duas academias que usam anabolizante esteróide, com ou sem suplementação alimentar, na ACAD I a principal motivação é a busca pela hipertrofia muscular (74%), seguida pela estética corporal (18%) e redução de percentual de gordura (9%). Na ACAD II, diferentemente, a principal motivação é a busca pela estética corporal (81%), seguida pela hipertrofia muscular (19%) (ver Tabela 7.1). 29 Gráfico 7.2: Comparação quanto ao uso de anabolizantes esteróides. Tabela 7.1: Resumo dos resultados comparativo das ACAD I e ACAD II. Tamanho amostral ACAD I ACAD II N = 34 N = 49 Gênero M = 16 (47%) F = 18 (53%) M = 35 (71%) F = 14 (29%) Média da idade M = 28,4 anos F = 25,5 anos M = 27,2 anos F = 28,5 anos Usa anabolizante SIM =26 (76%) NÃO = 8 (24%) SIM =20 (41%) NÃO = 29 (59%) Usa suplemento SIM =27 (79%) NÃO = 7 (21%) SIM =6 (12%) NÃO = 43 (88%) Motivo Hipertrofia Estética Outros n = 25 (74%) n = 6 (18%) n = 3 (9%) N= 34 Hipertrofia Estética Outros n = 3 (19%) n = 13 (81%) n = 0 (0%) N = 16 30 8 DISCUSSÃO Segundo Silva; Danielski & Czepielewski (2002) os EAA referem-se aos hormônios esteróides da classe dos hormônios sexuais masculinos, promotores e mantenedores das características sexuais associadas à masculinidade (incluindo o trato genital, as características sexuais secundárias e a fertilidade) e do status anabólico dos tecidos somáticos. Os esteróides anabólicos incluem a testosterona e seus derivados. Diante disto buscou-se analisar o uso de anabolizantes esteróides em academias de ginástica na área metropolitana (Belém-Ananindeua), quando deparados com situação características desta prática. O presente estudo evidenciou que os praticantes de musculação quando entrevistados sobre o uso de EAA notificou que a ACAD I 76% e a ACAD II 41% fazem uso de anabolizantes esteróides. Porém quando perguntados sobre os efeitos indesejáveis dos mesmos, foi possível delinear com precisão o entendimento acerca dos malefícios; no entanto, sugere-se que este saber dos participantes, ainda que breve, já denota uma fragilidade na compreensão as suas implicações reais e seus efeitos gerados à saúde. Na ACAD I o principal objetivo do uso de EAA está na melhora da hipertrofia muscular enquanto na ACAD II está na busca pela estética corporal. No que se refere à ACAD I o número de usuários de anabolizantes prevalece no sexo feminino, contrariando o descrito nas literaturas, pois mostra à preponderância do sexo masculino no consumo de anabolizantes esteróides e o que se refere à ACAD II o número de usuários de anabolizantes prevalece no sexo masculino, de acordo com a literatura (BARROS, 2005). Silva; Danielski & Czepielewski (2002), em seu estudo referem os efeitos colaterais dos anabolizantes são: amenorréia, aparecimento de acne, pele oleosa, crescimento de pêlos na face, modificação na voz, desenvolvimento da musculatura e do padrão de calvície masculino, além da hipertrofia do clitóris e voz grave, a diminuição dos testículos, infertilidade, desenvolvimento das mamas, dificuldade para urinar e aumento da próstata. Além desses efeitos colaterais, há outros que os anabolizantes podem causar, como por exemplo: tremores, dores nas articulações, aumento da pressão sanguínea e DHL baixa (colesterol bom). 31 9 CONCLUSÃO Pós análise dos dados colhidos, ao se avaliar o conhecimento dos praticantes de musculação sobre o uso de anabolizantes esteróides em academias de ginástica o resultado é preocupante, enfatizando que a ACAD I apresenta um índice superior de usuários (50%) de EAA enquanto que na ACAD II esse índice é menor (>50%). Sendo a ACAD I com 74% dos entrevistados motivados pela busca de hipertrofia muscular e a ACAD II com 81% dos entrevistados pela busca de corpos esculpidos (estética). Mostramos em estatísticas descritiva, que é possível comprovar que o consumo dessa droga vem crescendo em academias convencionais, utilizados por pessoas comuns como adolescentes mulheres e homens. Ao que se refere aos efeitos indesejáveis dos anabolizantes, como as questões referentes ao conhecimento tiveram índices baixos, era de se esperar, a mesma se faz deficitária, não se sabe até que ponto os problemas ocasionados pelo uso das “bombas” são reversíveis. “Os casos têm que ser analisados de forma isolada porque cada organismo reage de um jeito ao uso do esteróide”, o que mais uma vez denota a necessidade de um maior conhecimento por parte dos entrevistados. De forma geral houve diferenças significativas entre os conhecimentos das academias abordadas. Sabemos que, anabolizantes são considerados drogas pesadas, vendidas apenas por prescrição médica, aqui no Brasil a Vigilância Sanitária, tem falhado na fiscalização, por isso o consumo de anabolizantes é em larga escala. Por tantos riscos e inconvenientes, o uso indiscriminado de anabolizantes deve ser desencorajado, banido do meio esportivo. 32 10 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AQUINO NETO, F. R. D. O PAPEL DO ATLETA NA SOCIEDADE E O CONTROLE DE DOPAGEM NO ESPORTE, 2000. 138-148. ARAÚJO, J. P. O uso de esteróides androgênicos anabolizantes entre estudantes do ensino médio do DF, 2003. ARAÚJO, V. C. D. O jogo no contexto da educação psicomotora. [S.l.]: [s.n.], 1992. BARROS, D. D. Imagem corporal: a descoberta de si mesmo, 12, 2005. 547-54. FERREIRA, U. M. G. et al. Esteróides anabólicos androgênicos. Revista brasileira em promoção da saúde, 2007. 267-275. FRIZON, F.; MACEDO, S. M. D.; YONAMINE, M. Uso de esteróides andrógenos anabólicos por praticantes de atividade física das principais academias de erechim e passo fundo/RS. revista de ciências farmacêuticas básicas e aplicada, 2005. 227-232. IRIART, J. A. B.; CHAVES, J. C.; ORLEANS, R. G. Culto ao corpo e uso de anabolizantes entre praticantes de musculação. Cad. Saúde Pública, São Paulo, v. 25, n. 4, 2009. MARQUES, M. A. S.; PEREIRA, H. M. G.; AQUINO NETO, F. R. D. Controle de dopagem de anabolizantes: o perfil esteroidal e suas regulações, 2003. 15-24. ROCHA, F. L.; ROQUE, F. R.; OLIVEIRA, E. M. D. Esteróides anaboçizantes: mecanismo de ação e efeitos sobre o sistema cardio vascular. O mundo da saúde, 2007. 470-473. SANTOS, A. F. et al. Anabolizantes: Conceitos segundo praticantes, 2006. 371-380. 33 SILVA, P. R. P. D. et al. Prevalência do uso de agentes anabólicos em praticantes de musculação em Porto Alegre. Arq Bras Endocrinol Metab , 2006. 104-110. SILVA, P. R. P. D.; DANIELSKI, R.; CZEPIELEWSKI, M. A. Esteróides anabolizantes no esporte. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 8, 2002. SOUZA, E. S.; FISBERG, M. O uso de esteróides anabolizantes na adolescência. Nutrição, 2002. 31-34. 34 APÊNDICES APÊNDICE - 1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO APÊNDICE – 2 CARTA DE RECOMENDAÇÃO AO CEP APÊNDICE – 3 ACEITE DO ORIENTADOR APÊNDICE – 4 DECLARAÇÃO: CARMEM – ACADEMIA APÊNDICE – 5 DECLARAÇÃO: GOLD – ACADEMIA APÊNDICE – 6 QUESTIONÁRIO PARA ANÁLISE DO TRABALHO INTITULADO 35 ANEXOS 36 APÊNDICE - 1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Título: “Conhecimento, atitude e prática no uso de anabolizantes esteróides em academias de ginástica na área metropolitana (Belém-Ananindeua)” Você está sendo convidado a participar do projeto de pesquisa acima citado, que tem como objetivo verificar a prevalência da ação dos anabolizantes nos músculos em praticantes de musculação. O documento abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa. Os procedimentos ocorrerão primeiro por meio de um questionário de identificação, no qual constarão perguntas relacionadas ao tempo e a frequência da prática da musculação, assim como relacionas a uso de suplementos / anabolizantes, sendo constituído por 5 questões com respostas no formato sim/não e 3 de múltipla escolha. O participante voluntário deverá comportar-se com coerência e discrição, além de ser recomendada a presença de um acompanhante de sua confiança no espaço reservado para a avaliação a fim de testemunhar o procedimento do trabalho como forma de resguardar sua participação na pesquisa. A aplicação do questionário ocorrerão nas dependências das academias com horários préestabelecidos de acordo com a disponibilidade do participante e funcionamento do estabelecimento, já autorizado pelo proprietário da academia. Em qualquer momento da pesquisa, os participantes poderão desistir da participação da mesma, dispensando qualquer justificativa. O principal responsável é o profº. Walther Augusto de Carvalho, que pode ser encontrado na Universidade da Amazônia, pelo período integral, ou pelo celular 8115-4705. Caso não seja localizado profº. Walther Augusto de Carvalho, poderão ainda ser contactados as pesquisadoras Nayma Macêdo, pelos telefones, 3263-9181, 8405-9888, Pâmela Aguiar, pelos telefones, 3276-4642, 8234-2422, que estarão a disposição para esclarecimento de dúvidas. Esta pesquisa será realizada com recursos próprios dos autores, não havendo despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo. Também não haverá nenhum pagamento por sua participação, sendo garantida sua liberdade de deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo à continuidade da pesquisa na Instituição nem tampouco de sua atividade na academia. As informações obtidas serão analisadas em conjunto com os de outros sujeitos participantes, não sendo divulgada qualquer informação que possa levar a sua identificação. Os pesquisadores utilizarão os dados e o material coletado somente para esta pesquisa, cujos resultados poderão ser publicados em periódicos e/ou congressos da área. O sujeito participante tem direito a se manter informado a respeito dos resultados 37 finais da pesquisa. Ao final da pesquisa as fichas de avaliação serão arquivadas em meio digital, onde será mantida a completa integridade dos participantes. O material contendo as fichas será mantido resguardado por um período mínimo de 5 anos sob a responsabilidade da pesquisadora responsável. Eu, __________________________________________________________, RG: ______________, declaro que compreendi as informações do que li ou que me foram explicadas sobre a pesquisa em questão. Discuti com as pesquisadoras sobre minha decisão em participar nessa pesquisa, ficando claros para mim, quais são os propósitos da pesquisa, os procedimentos a serem realizados, os possíveis desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação não tem despesas, inclusive se optar por desistir de participar da pesquisa. Concordo voluntariamente em participar desse estudo podendo retirar meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades, prejuízo ou perda de qualquer benefício que possa ter adquirido. Belém - PA, ____, de ___________________de 200__. __________________________________________ Assinatura do participante voluntário Declaro que assisti as explicações dos pesquisadores ao participante, que compreendeu e retirou suas dúvidas, assim como eu, a tudo o que será realizado na pesquisa. __________________________________________ Assinatura de testemunha Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o consentimento livre e deste avaliado para participação no presente estudo. 38 __________________________________________ Pesquisador responsável- Walther Augusto de Carvalho ________________________________________ Nayma Macêdo _______________________________________ Pâmela Aguiar 39 APÊNDICE – 2 CARTA DE RECOMENDAÇÃO AO CEP Belém, 25 de Novembro de 2009. Comitê de Ética em Pesquisa - CEP Universidade da Amazônia - UNAMA - Belém - PA. Profª Dra. Maisa Sales Gama Tobias Coordenadora do CEP Senhora Coordenadora, Encaminhamos a V.S.a o projeto intitulado “Conhecimento, atitude e prática no uso de anabolizantes esteróides em academias de ginástica na área metropolitana (belém-ananindeua)”, desenvolvido por Nayma Macêdo e Pâmela A guiar, aluno(a) do Curso de Fisioterapia, sob minha orientação, para análise e parecer ético desse Comitê. Segue, em anexo, uma via do projeto impresso, uma via da Folha de Rosto impressa e assinado pelos responsáveis pela pesquisa, uma via do currículo do pesquisador responsável e um CD contendo a via do projeto impresso e os documentos com assinatura scaneado(s). Atenciosamente, ________________________________ Walter Augusto de Carvalho Pesquisador (a) Responsável pelo Projeto 40 APÊNDICE – 3 ACEITE DO ORIENTADOR Eu, Walther Augusto de Carvalho, aceito orientar o trabalho intitulado “conhecimento, atitude e prática no uso de anabolizantes esteróides em academias de ginástica na área metropolitana (Belém-Ananindeua)” de autoria das alunas Nayma Macêdo (0711906100), Pâmela Aguiar (0621900707), declarando ter total conhecimento das normas de realização de Trabalhos Científicos vigentes, segundo o Manual de Orientação de Trabalhos Científicos do Curso de Fisioterapia da UNAMA para 2010, estando inclusive ciente da necessidade de minha participação na banca examinadora por ocasião da defesa do trabalho. Declaro ainda ter conhecimento do conteúdo do anteprojeto ora entregue para o qual dou meu aceite pela rubrica das páginas. Belém - Pará, 11 de Agosto de 2009 ______________________________________ Walther Augusto de Carvalho 41 APÊNDICE – 4 DECLARAÇÃO: CARMEM - ACADEMIA Declaro ter conhecimento do Anteprojeto de Pesquisa do trabalho intitulado “conhecimento, atitude e prática no uso de anabolizantes esteróides em academias de ginástica na área metropolitana (Belém-Ananindeua)”, de autoria das alunas Nayma Macêdo, Pâmela Aguiar, Universidade da Amazônia, sob orientação da professor Walther Augusto de Carvalho, dando-lhes consentimento para a realizar o trabalho nesta Instituição, e coletar dados em nosso serviço durante o período pré-estabelecido pelo cronograma. Estamos também cientes e concordamos com a publicação dos resultados encontrados, não sendo obrigatoriamente citados na publicação como locais de realização do trabalho. Belém, 28 de Outubro de 2009. ____________________________________________ Carmem Bastos Carmem Academia 42 APÊNDICE – 5 DECLARAÇÃO: GOLD - ACADEMIA Declaro ter conhecimento do Anteprojeto de Pesquisa do trabalho intitulado “conhecimento, atitude e prática no uso de anabolizantes esteróides em academias de ginástica na área metropolitana (Belém-Ananindeua)” Aguiar, de autoria das alunas Nayma Macêdo, Pâmela Universidade da Amazônia, sob orientação da professor Walther Augusto de Carvalho, dando-lhes consentimento para a realizar o trabalho nesta Instituição, e coletar dados em nosso serviço durante o período pré-estabelecido pelo cronograma. Estamos também cientes e concordamos com a publicação dos resultados encontrados, não sendo obrigatoriamente citados na publicação como locais de realização do trabalho. Belém – 28 de Outubro de 2009. ____________________________________________ Jarbas Gold Academia 43 APÊNDICE – 6 QUESTIONÁRIO PARA ANÁLISE DO TRABALHO INTITULADO “CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA NO USO DE ANABOLIZANTES ESTERÓIDES EM ACADEMIAS DE GINÁSTICA NA ÁREA METROPOLITANA (BELÉM-ANANINDEUA)” QUESTIONÁRIO NOME: ___________________________________________ IDADE:_____________ PROFISSÃO: _____________________________ ACADEMIA: ________________ 01.Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 02. Escolaridade: ( )Fundamental Incompleto ( )Fundamental Completo ( )Médio Incompleto ( )Médio Completo ( )Superior Incompleto ( )Superior Completo 03. Renda familiar: ( ) 1 salário mínimo ( ) 2 à 4 salários mínimos ( ) 5 à 6 salários mínimos ( ) 7 a mais salários mínimos 04. Há quanto tempo pratica esta atividade física na academia? _____________ 05. Quantas vezes por semana freqüenta a academia? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 06. Qual a duração dos exercícios por dia? ( )30min ( )45min ( )1h ( )1h30min ( )2h ou mais 07. Que local do corpo você objetiva mudar „aparentemente‟? 08. Você faz ou já fez uso de algum tipo de suplemento (vitaminas, minerais, proteínas, aminoácidos, carnitina, creatina, extratos botânicos)? ( ) Sim (Responda a coluna da esquerda) ( ) Não (Responda a coluna da direita) SIM NÃO 09.Qual foi o produto?_________________ 09. Pretende usar suplementos? ( )Sim ( 10.Qual foi a dosagem?________________ )Não 11.Qual a freqüência de uso?_____________ 10. Já recebeu indicação para usar? 12.Quanto tempo de uso?_______________ ( )Sim ( ) Não. Passe para a questão 11. 13.O que lhe levou a usar?_______________ 11. Quem indicou? ( ) Nutricionista ( ) 14. Quem indicou? ( ) Nutricionista ( ) Médico Médico 12. Qual seu motivo para não usar ( ) Balconista de Farmácia ou Loja suplementos? Específica ( ) Ef. colaterais ( ) Dificuldade de compra ( ) Instrutor ( ) Amigos ( ) Familiares ( ) Posso obter bons resultados com boa ( ) Conta Própria ( )Outros.Quem?______ dieta 15. Obteve resultados esperados? ( ) Outros. 44 ( )Sim ( )Parcialmente ( )Não 16. Obteve resultados indesejáveis? ( )Sim. Quais?________________ ( )Não Qual?_______________________ 13. Conhece alguém da academia que use suplemento? ( ) Sim ( ) Não 17. Você faz ou já fez uso de algum tipo de anabolizante (esteróides, hormônios do crescimento, produtos veterinários)? ( ) Sim (Responda a coluna da esquerda) ( ) Não (Responda a coluna da direita) SIM 18. Qual foi o produto?____________________ 19. Qual foi a dosagem?__________________ 20. Qual a freqüência de uso? ___________ 21. Quanto tempo de uso?________________ 22. O que lhe levou a usar?_______________ 23. Quem indicou? ( ) Nutricionista ( )Médico ( ) Balconista de Farmácia ou Loja ( ) Instrutor ( ) Amigos ( )Familiares ( ) Conta Própria ( )Outros.Quem?____ 24. Obteve resultados esperados? ( )Sim ( )Parcialmente ( )Não 25. Obteve resultados indesejáveis? ( )Sim. Quais?_______________ ( )Não 26. Conhece os efeitos indesejáveis dos anabolizantes? ( ) Não ( ) Sim. Quais?____________________________ NÃO 18. Pretende usar anabolizantes?( )Sim ( )Não 19. Já recebeu indicação para usar? ( )Sim ( ) Não. Passe para a questão 20 20. Quem indicou? ( ) Nutricionista ( ) Médico ( ) Balconista de Farmácia ou Loja Específica ( ) Instrutor ( ) Amigos ( ) Familiares ( ) Conta Própria ( )Outros.Quem?_______ 21. Qual seu motivo para não usar anabolizantes? ( ) Ef. colaterais ( ) Dificuldade de compra ( ) Posso obter bons resultados com dieta correta ( ) Outros.Qual?______________ 22. Conhece alguém da academia que use anabolizante? ( ) Sim ( ) Não 23. Conhece os efeitos indesejáveis dos anabolizantes? ( ) Não ( ) Sim. Quais?__________________________