Jesus Cristo, o fundamento de Deus,
Sua vida e Sua obra
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Os Primeiros Passos do Novo Discípulo
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As Escrituras são infalíveis, a Palavra de Deus não contém erros.
A nossa interpretação, contudo, não é infalível.
Dessa forma, este estudo é passível de correção e, portanto,
toda compreensão e ajuda serão bem-vindas.
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A Ordem do Senhor Jesus
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As Escrituras Sagradas
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setembro/2007
JESUS CRISTO - O FUNDAMENTO DE DEUS
SUA VIDA E SUA OBRA
É muito importante que vejamos quem é Jesus. Para isso precisamos de revelação de Deus. Olhando para Mateus 16:15-18,
encontramos que o Pai revelou a Pedro quem é Jesus: o Cristo, o Filho
do Deus vivo. A igreja do Senhor está edificada sobre essa Rocha
(revelação de que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Filho de Deus).
Jesus Cristo é o fundamento que o Pai estabeleceu (1Co 3.11).
É o sustentador de todas as coisas (Cl 1.17). É o cabeça sobre todas as
coisas (Ef 2.19-22). Ele é o único mediador entre Deus e os homens
(1Tm 2.5). Ele mesmo disse:
“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao
Pai senão por mim” (Jo 14.6).
Jesus não disse que veio para trazer uma verdade. Ele disse:
“Eu Sou a verdade”. Ele também disse: “Eu Sou a vida”. Ele é a
ressurreição e a vida. Para receber esta vida temos que conhecê-lo
(Jo 17.3). Jesus disse ainda: “Eu Sou o caminho”. Os primeiros
cristãos entendiam sua relação com Cristo como um caminho a andar e
eram conhecidos com “os do Caminho” (At 9.2). A expressão “vem ao
Pai” (Jo 14.6) e o contexto imediato (Jo 14:7-11), mostram claramente
que Jesus é uma pessoa da Trindade.
Jesus, por diversas vezes, aplicou a si mesmo a expressão
“Eu Sou”, mostrando que Ele é Deus (Jo 4.25-26; 6.35; 8.12,58;
10.9,11; 11.25; 13.19; 14.6; 15.1,5; 18.5-6; Ap. 1.8; 22.12-13,16).
Vejamos algumas verdades fundamentais que a Palavra de Deus
testifica sobre Jesus:
Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
1. JESUS É DEUS, É ETERNO (Jo 1.1-3)
Jesus já era (existia) muito antes de nascer em Belém. Não como
homem, mas como o Verbo de Deus. O Verbo não foi criado. Ele era
Deus e sempre existiu. Por meio dele todas as coisas foram criadas,
nos céus e na terra. Grandioso é Jesus! (Cl 1.15-17; Hb 1.1-3).
2. TORNOU-SE HOMEM (Jo 1.14; Fp 2.6-8)
O Verbo Eterno, criador de todas as coisas, se esvaziou de sua
divindade e assumiu a forma de homem. O próprio Criador assumiu a
forma de uma de suas criaturas. A humilhação de Jesus não começou
na cruz, mas começou em Belém da Judéia. Maravilhoso é Jesus!
(1Jo 4.2,3; 1Tm 3.16).
3. TEVE UMA VIDA PERFEITA E IRREPREENSÍVEL (IPe 2.22)
Primeiro, Jesus se esvaziou tornando-se homem. Depois, como
homem, continuou se esvaziando. De que forma? Não fazendo nunca a
sua própria vontade. Fp 2.8 diz: "... se humilhou, sendo obediente até a
morte...". Qual foi o pecado de Adão? Fez a sua própria vontade.
Agora, Jesus, como último Adão (1Co 15.45), veio para fazer sempre a
vontade do Pai (Jo 4.34 e 8.29). Jesus permaneceu obediente ao Pai
até a morte e morte de cruz. A Bíblia diz que ele não cometeu pecado
e nem dolo algum se achou em sua boca. Santo é Jesus! (Leia também
Hb 4.15, 7.26; 1Jo 3.5).
4. FEZ UMA OBRA TREMENDA E GRANDIOSA (At 10.38)
Jesus fez muitos milagres, prodígios e sinais (Jo 20.30,31;
At 2.22). Ele curou enfermos, deu vista a cegos, ressuscitou mortos,
andou sobre as águas, multiplicou alimentos, pregou às multidões, fez
discípulos e ensinou-lhes como agradar ao Pai. Ele não fez nada pela
sua própria força. Ele havia se esvaziado da forma de Deus e vivia
como homem. Ele dependia do poder do Espírito Santo para fazer a
obra de Deus. Tremendo é Jesus!
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
5. MORREU PELOS NOSSOS PECADOS (2Co 5.21; Is 53.5,6)
Jesus morreu pelos nossos pecados. Mas, por que foi necessária
sua morte. Por que Deus exigiu a vida de seu único Filho?
Quando Adão pecou contra Deus, a conseqüência foi a morte, isto
é, perda da vida e comunhão com Deus. Todos os que nascem, nascem
em Adão, herdam as conseqüências do pecado (Rm 5.12). Assim sendo,
a justiça divina exigia a morte devida ao pecado (Rm 6.23). Mas quem
poderia pagar esta sentença? Só um homem santo: Jesus Cristo.
Ele morreu no lugar do homem, tomando o nosso lugar (Rm. 5:8-10).
Vejamos abaixo um quadro do significado amplo da morte de
Jesus.
O Pecado
A Morte de Jesus
O homem ofendeu a
santidade de Deus e
provocou a sua ira (Rm 1.18).
A morte de Jesus foi propiciatória,
isto é, aplacou a ira de Deus;
satisfez a justiça de Deus
(Rm 3.25).
Por causa disto o homem está
condenado ao castigo eterno
(Rm 6.23).
A morte de Jesus foi um sacrifício,
isto é, Ele se deixou ser castigado
em nosso lugar, tomando sobre si a
morte eterna (Ef 5:2).
Também o homem se tornou
escravo de Satanás e do
pecado (Ef 2.2-3).
A morte de Jesus foi redentora,
isto é, Ele nos resgatou da
escravidão de Satanás e do pecado
(Rm 3.24).
O homem perdeu a comunhão
com Deus (Is 59.2).
A morte de Jesus foi
reconciliadora: Ele nos reconciliou
com Deus (2Co 5.18-20).
Como houve propiciação, sacrifício e redenção, agora Deus reaproxima
o homem com Ele e faz com que o homem goze novamente de Sua
amizade e amor. Amado é Jesus!
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
6. RESSUSCITOU (At 2.24,32)
Jesus ressuscitou. Depois da morte de cruz, se apresentou vivo a
seus discípulos com muitas provas incontestáveis (At 1.3; 1Co 15.38,20-22). Sua ressurreição prova que a Sua vida e obra foram
aprovadas por Deus. Também é a esperança de nossa ressurreição com
Ele. Glorioso é Jesus!
7. FOI EXALTADO (At 2.33,36; Fp 2.9-11)
Jesus se fez homem, se humilhou e foi obediente até a morte de
Cruz. Por isso Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o Nome que está
acima de todo o nome, e o constituiu Senhor, e lhe deu domínio sobre
todas as coisas. Por isso devemos confessar a Jesus como Senhor.
Majestoso é Jesus!
8. ELE VOLTARÁ (Mt 24.30)
Jesus voltará à terra do mesmo modo como ascendeu aos céus
(At 1.9-11). Virá como Senhor dos senhores e Rei dos reis. Os salvos o
contemplarão com alegria. Os incrédulos o verão com lamentos. Por não
sabermos a hora da sua volta, devemos aguardá-lo em santidade.
"Certamente Venho Sem Demora. Amém" (Ap 22.20).
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
OS PRIMEIROS PASSOS DO NOVO DISCÍPULO
1. A SALVAÇÃO EM CRISTO
Deus, ao criar o homem, desejou ter uma família com muitos
filhos semelhantes a Jesus, para a Sua Glória.
“Criou, pois, Deus o homem à sua imagem ... os abençoou e lhes
disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a”
(Gn. 1:27-28).
”Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para
serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos” (Rm. 8:29).
O homem (Adão) escolheu viver independente da vontade e do
propósito de Deus. Por ter comido da árvore do conhecimento do bem
e do mal, da qual Deus ordenou que não comesse, pois se fizesse isso,
morreria (Gn 1.16-17), o homem, voluntariamente, desobe-deceu, pecou
e separou-se de Deus e por isso entrou a morte no mundo.
Nós, por nascermos com a natureza de Adão, herdamos as
conseqüências de seu pecado: em Adão nascemos pecadores; em Adão
estamos mortos, sem a vida de Deus; em Adão somos criaturas de
Deus, não seus filhos.
“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos
os homens, porquanto todos pecaram” (Rm 5:12).
A salvação em Cristo é o meio que Deus empregou para restaurar
o Seu propósito eterno. Tudo que perdemos em Adão, agora é
restaurado em Cristo: em Cristo temos o perdão dos pecados; em
Cristo temos vida com Deus; em Cristo somos feitos filhos de Deus.
“Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas
velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5:17).
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
Para recebermos a salvação, o primeiro passo é crer, de todo o
coração, que Jesus de Nazaré é o Filho de Deus e que Ele é Deus, crer
na Sua vida e na Sua obra e recebê-Lo como Senhor (dono) e Salvador,
tornando-se um discípulo Dele.
“Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e
em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás
salvo” (Rm 10.9).
Se confessamos a Jesus como Senhor e cremos na Sua vida e na
Sua obra, também devemos obedecer ao que Ele nos manda e receber o
que Ele nos dá:
“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do
Espírito Santo” (At 2.38).
Esse texto nos ensina sobre algumas coisas que devem ser
experimentados logo de início por aqueles que crêem em Jesus: dois
mandamentos (o arrependimento e o batismo) e uma promessa (o dom
do Espírito Santo).
2. O ARREPENDIMENTO
O nosso maior problema aos olhos de Deus não está nas coisas
erradas que fazemos, mas sim na nossa atitude interior de
independência e rebelião, devido à natureza pecaminosa. Todos os
pecados que cometemos são conseqüência desta disposição interior,
desta natureza. Quando no meu interior há uma atitude de independência (sou dono da minha vida, faço a minha vontade), como
conseqüência disso, os meus atos e as coisas que vou fazer no meu dia
a dia não vão agradar a Deus. Entendemos então, que o problema
principal é a independência (o pecado), enquanto que os atos
pecaminosos (os pecados) são a conseqüência.
Arrependimento, em grego "metanóia", significa mudança de
mente, mudança de atitude interior. Que mudança é esta? Inicia com a
troca da atitude de independência para uma atitude de dependência.
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
Da atitude de rebelião (faço o que eu quero) para a atitude de
submissão (pertenço a Deus para fazer a Sua vontade).
Quando mudamos a nossa atitude para com Deus (arrependimento) e
recebemos a Sua vida, a dádiva do Espírito, mudam também os nossos
atos. Quando mudamos somente os nossos atos (deixamos de fazer
algumas coisas que consideramos muito erradas), mas continuamos no
interior com uma atitude de independência, estamos ainda em rebelião
e necessitamos de arrependimento.
Vejamos abaixo a ilustração da árvore:
Atitude (natureza) anterior:
Atitude nova (nova vida):
Rebelião - faço o que me dá na
cabeça.
Submissão - estou sujeito a
Cristo em tudo
Independência
Dependência
Nesta ilustração, os galhos representam os pecados (no plural os atos pecaminosos), e o tronco da árvore representa o pecado
(no singular - a atitude de rebelião e independência). Se cortarmos os
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
galhos (os pecados), mas deixarmos o tronco (o pecado), o problema
continua e logo os galhos vão começar a crescer novamente.
Necessitamos cortar o tronco (a raiz do pecado). Como fazer isto?
Inicia com o arrependimento. Isto é, abandonando a independência e
recebendo a vida de Jesus.
Pelo conceito comum, arrependimento é um mero sentimento de
tristeza pelos pecados cometidos. Agora Deus está nos revelando algo
mais sólido: por meio do verdadeiro arrependimento, temos o nosso
interior totalmente mudado pela Sua vida em nós, vivemos uma nova
vida, estamos com uma atitude correta diante do nosso Senhor.
Aleluia!
Toda a pregação de Jesus estava impregnada dessa mensagem.
Toda a sua pregação visava levar o homem a um verdadeiro
arrependimento, a uma revolução interior. Ele mostrou de que maneira
prática o homem poderia manifestar este arrependimento (Mc 8.3435; Lc 14.33). O arrependimento envolve:
1º. Negar-se a si mesmo. Não é negar apenas alguns pecados. É ...
2º.Tomar a cruz. Mas que é tomar a cruz? É ...
3º. Perder a vida.
Até hoje, eu mandava na minha vida, eu era meu dono. Mas agora,
voluntariamente, eu entrego o direito da minha vida ao meu novo
Senhor, Jesus. Ele passa a ser o meu dono, e eu passo a fazer a Sua
vontade. Deus só pode governar a minha vida se eu a entrego
voluntariamente. Mas, arrependimento também envolve ...
4º. Renunciar a tudo que se possui. Se Jesus passa a ser o Senhor
da minha vida, tudo o que eu sou e possuo é dele: família, emprego,
casa, móveis, automóvel, salário, poupança, etc, tudo é de Deus.
(Mt 13.44-46).
Em face desta verdade podemos observar que hoje há no mundo
três tipos de homem. O primeiro não quer saber de Deus. O segundo
está interessado em Deus. O terceiro vive para Deus. São eles:
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
Incrédulo
Religioso
Discípulo
O incrédulo: Não quer dizer necessariamente ateu. É alguém que
não tem interesse em Deus. Qual é o seu problema? É que governa a
sua vida. Controla todas as áreas de sua vida conforme a sua vontade e
para seu próprio prazer. Tem o “Eu” no centro de sua vida. Ele vive
para si mesmo.
O religioso: É muito diferente do incrédulo. Acredita em Deus, lê
a Bíblia, ora, canta, vai a reuniões, chama Jesus de Senhor, etc. Mas
qual o seu problema? O mesmo do incrédulo. Tem o “Eu” no centro. Vive
para si mesmo. E Deus? Deus existe para abençoá-lo, curá-lo, servi-lo e
salvá-lo. É um “quebra-galho”.
O Discípulo: Não vive mais para si mesmo. Vive para Deus. Toda
sua vida está estruturada em função da vontade de Deus. Jesus é o
seu Senhor. Este experimentou um verdadeiro arrependimento, cresce
e frutifica.
3. O BATISMO NAS ÁGUAS
O Senhor Jesus, depois de sua morte e ressurreição e antes de
sua ascensão, deu uma ordem universal aos seus discípulos: o batismo
nas águas (Mt 28.18-20; Mc. 16.15-16). Em Gl 3.27 vemos que “todos
quantos fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo”.
Batizar (do grego, bapto) significa submergir, incluir, envolver.
Ao sermos batizados em Cristo (sermos incluídos nEle), tudo o que
pertence a Ele, as bênçãos da Sua vida e salvação, também
pertencerão a nós como herança. Nos asseguramos disso pelo batismo.
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
Toda a experiência de Cristo passa a ser, pela fé, a nossa experiência.
Nos tornamos participantes de toda a obra de Jesus (Rm 6.1-6;
Cl 2.12-15):
1. Sua morte é nossa morte. Morremos com Ele para o pecado, o
mundo e o domínio de Satanás;
2. Sua ressurreição é nossa ressurreição. Agora temos uma nova
vida em Cristo Jesus para servirmos a Deus;
3. Sua exaltação como Senhor é nossa vitória sobre os poderes do
mal: “Ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”
(Ef. 2:6).
Toda Sua obra salvadora também é aplicada a nós pela fé:
1. Somos salvos do mundo, do pecado e do diabo (Mc 16.16);
2. Somos perdoados dos nossos pecados (At 2.38);
3. Somos introduzidos no corpo de Cristo, que é a igreja, e feitos
seus discípulos (Mt 28.18-20; At 2.41-42; 1Co 12.13).
4. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e
sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a
Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At. 1:8).
Há uma diferença entre habitação do Espírito e o batismo no
Espírito. A habitação do Espírito se dá na conversão, comunicando-nos
a vida de Cristo. O batismo no Espírito se dá após nossa conversão,
comunicando-nos o poder de Cristo. Portanto, todo o discípulo que tem
a vida do Espírito, deve, agora, buscar e se apropriar do poder do
Espírito, logo que se converte.
A Palavra de Deus nos revela o que é o batismo no Espírito Santo:
1. É uma promessa e mandamento (At 1.4-5);
2. É receber poder (At 1.8);
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
3. É um dom, um presente (At 2.38). Não é um prêmio dado como
recompensa pelo esforço de quem o recebe, mas pela virtude do
doador;
4. É para cada um de nós que o Senhor chamou (At 2.39);
5. Cristo é o batizador, o meio é o Espírito Santo e o candidato é o
discípulo (Mt 3.11). Cristo, que está em nós, quer nos batizar no
Espírito Santo, submergir-nos, fazer fluir os rios de águas vivas,
liberar Seu poder em nós.
Vemos três implicações do poder do Espírito Santo em nós:
1. Poder para sermos testemunhas do Senhor Jesus Cristo (At 1.8);
2. Poder para cumprir as demandas da Palavra de Deus (Rm 8.2-4);
3. Poder para sermos transformados à imagem de Jesus (2Co 3.18).
Alguns sinais sempre acompanham o recebimento do Batismo no
Espírito Santo, como o falar em línguas e o profetizar. Vejamos os
textos:
“E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar
noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.”
(At. 2:4);
“E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro,
admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o
dom do Espírito Santo; pois os ouviam falando em línguas e
engrandecendo a Deus” (At 10.45-46);
“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo;
e tanto falavam em línguas como profetizavam” (Atos 19:6).
Como podemos receber este batismo:
1. Ouvindo a Palavra de Deus e nela crendo (Gl 3.5);
2. Pedindo com fé e apropriando-se dele (Lc 11.13);
3. Deixando fluir no interior as águas do Espírito, dando graças a
Deus, louvando a Deus e falando em línguas (Jo 7.37-39).
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO
1. Respondeu-lhe Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida;
ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Comente este
pronunciamento de Jesus em cada aspecto.
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2. Transcreva os seguintes versículos que falam sobre a vida e obra de
Jesus: Jo 1.1-3, 14; 1Pe 2.22; At 10.38; 2Co 2.5; At 2.24,36;
Fl 2.5-11; Mt 24.30.
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3. Fale sobre os passos iniciais da fé (At 2.38).
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A ORDEM DE JESUS
“Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que
eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos” (Mt. 28: 18-20).
Depois que o Senhor Jesus ressuscitou, nos deu uma ordem:
“Fazei discípulos!” Um discípulo é alguém que crê em tudo o que Cristo
diz e faz tudo o que Ele manda.
A palavra mais atribuída àqueles que seguem a Cristo é discípulo,
que significa aluno, aprendiz, aquele que segue os passos. Aparece
cerca de 250 vezes no N.T. É o termo que Jesus, os apóstolos e os
nossos primeiros irmãos usaram. Salvo, crente, convertido, são termos
que se referem ao discípulo.
Como é feito um discípulo? A resposta está em Mt 28.19-20:
1. Uma ordem para obedecer: “fazei discípulos”;
2. O meio para integrá-los no corpo de Cristo: “batizando-os”;
3. O alvo para levá-los à maturidade: “ensinando-os a guardar”.
A igreja dos primeiros tempos foi muito obediente à ordem de
Cristo: faziam discípulos, batizavam e ensinavam a guardar (At. 2:4142). A igreja hoje também precisa obedecer prontamente esta ordem
do Senhor Jesus: “Fazei discípulos”. Devemos ser discípulos de Cristo e
fazer discípulos para Ele.
Bibliografia:
A vida, a obra e a ordem do Senhor Jesus - Igreja em Porto Alegre.
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO
1. Depois que o Senhor Jesus ressuscitou, nos deu uma ordem. Qual é?
(Mt 28.18-20).
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2. O que é um discípulo de Cristo?
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AS ESCRITURAS SAGRADAS
Deus é o grande “EU SOU”, mas deseja se comunicar e se revelar
ao homem, criado para o louvor da Sua glória. Deus se revela ao homem
pelas coisas por Ele criadas (Rm 1.19-20; Sl 19.1-6). Deus também se
revela pela fala e pela escrita (Sl 19.7-11).
Deus falou, outrora, muitas vezes e de muitas maneiras aos
profetas, e através deles aos homens (2Pe 1.20-21). Depois nos falou
pelo Filho, pelo qual também fez o universo (Hb 1.1-2). Todas essas
coisas foram registradas e escritas no Livro de Sua autoria
(2Tm. 3:16) . Este livro é a Bíblia.
Se Deus se revelou pelas Escritas, elas devem apontar para uma
auto-revelação de Deus. Na Lei, os cinco primeiros livros da Bíblia,
estão escritos pelo menos 500 vezes: “Assim diz o Senhor (Deus)”.
Outros livros do Antigo Testamento repetem está frase umas 700
vezes. Além disto, há no Novo Testamento, mais de 1000 lugares onde
esta frase é mencionada. Simplesmente olhando para este fato, vemos
que esse livro tem mais de 2000 reivindicações de origem divina.
Nenhum outro livro no mundo se equipara à Bíblia.
Além disso, este livro contém um padrão elevado de moral, sem
igual , onde vasculha o ser humano por dentro revelando sua verdadeira
situação. Somente aquele que fez o homem poderia precisar a natureza
humana com tantos detalhes. Também encontramos nele uma descrição
detalhada do passado e do futuro e, é o livro mais disponível do que
qualquer outro no planeta.
1. OS DIREITOS DAS ESCRITURAS
A Bíblia é em primeiro lugar uma revelação da Verdade. É o livro
dos Princípios Eternos do Deus Eterno. Isto significa que os Seus
princípios permanecem eternamente, isto é, não mudam, assim como
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
Ele também não muda. Quando Deus criou o homem e a mulher
estabeleceu um princípio que os guardaria para que estes se
desenvolvessem como seres conforme a Sua imagem e semelhança.
Isto não era algo que tolhia a liberdade conferida ao homem,
porém estabelecia um caminho para o desenvolvimento. O ser humano
foi colocado debaixo da autoridade de Deus. Porém, o homem violou o
princípio que Deus lhe havia estabelecido. Quando isto aconteceu
houve conseqüência: a morte. Agora o homem está morto para Deus,
está separado de Deus.
Ao escolher um caminho de independência, este homem que era
ensinado segundo o coração de Deus, passou a caminhar segundo seu
próprio coração. Ao afastar-se de Deus por causa do pecado, sua
própria imagem foi distorcida, perdeu a glória de Deus, ficando fora do
projeto original de Deus.
É somente a presença de Deus que autentica nosso existir
humano. A imagem e semelhança de Deus que se encontra perdida no
homem só pode ser encontrada no Criador. Então, quando o homem
volta-se para Deus, ele descobre sua verdadeira identidade. O caminho
para ir a Deus é Jesus Cristo.
Os livros das Sagradas Escrituras descrevem, então, a obra de
Jesus Cristo. Ele é o Mestre enviado por Deus e, desde o princípio da
Sua pregação, ele anuncia que veio ao mundo para dar Sua vida pela
humanidade, resgatando-a para trazê-la novamente ao propósito de
Deus. Como o próprio Jesus disse:
“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse
o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo. 3.17).
Portanto, o cristianismo é uma revelação. O objeto desta
revelação é Deus em seu relacionamento com a humanidade. Deus falou
aos homens, e sabemos disto porque temos um registro desta
revelação nas Escrituras. A Bíblia fala-nos da origem do mundo, do
plano de Deus, da história do Redentor e da nossa redenção. Fala-nos
do resgate deste ser humano criado segundo a imagem e semelhança
de Deus, para que possamos consagrar-lhe a devida reverência, para
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
que saibamos de quem somos, qual é o poder daquele que tudo criou,
cujos princípios o livro revelou, e, sabendo disto, possamos distingui-lo
dos falsos deuses e dos ídolos pagãos.
Nas Escrituras encontramos a revelação gradual de Deus até
culminar na manifestação visível e palpável daquele que é Deus feito
carne, Jesus Cristo, o Filho de Deus, aquele de quem As Escrituras nos
falam. Ele é a palavra final de Deus para o homem, como está escrito:
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos
dias, pelo Filho” (Hb 1.1-2).
Assim, devemos entender que As Escrituras são o meio que Deus
usa para que Sua revelação seja palpável. Jesus disse:
“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida
eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39).
A questão tem que estar centralizada em uma coisa: numa pessoa,
isto é, em Jesus de Nazaré. Um genuíno cristão é alguém que crê que
Jesus é o Cristo. Somente crendo Nele é que receberemos a luz da
vida. Apenas o recebendo é que não andaremos nas trevas.
Então, qual é o propósito dos Escritos Sagrados? É levar o homem
a crer que Jesus Cristo é o FILHO DE DEUS.
“Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos,
muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém,
foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus,
e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.30-31).
Tudo que está escrito nas Sagradas Escrituras, a Bíblia, nos
aponta para os princípios eternos, é para o nosso ensino, como está
escrito:
“Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito,
para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos
esperança” (Rm 15.4).
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Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
Assim, as Escrituras revelam o caráter de Deus e o seu plano, nos
chama para o arrependimento, para uma viva esperança, para um
propósito eterno. Paulo, apóstolo de Nosso Senhor diz a Timóteo:
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste
inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua
meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a
salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda Escritura divinamente
inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para
instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente instruído para toda boa obra” (2Tm 3.14-17).
As Escrituras são autoridade em si mesmas, pois o autor delas se
mostra em cada escrito.
2. A BÍBLIA É UM LIVRO COMPLETO
Pela Bíblia, Deus fala em linguagem humana, para que o homem
possa entendê-lo. Por essa razão, a Bíblia faz alusão a tudo que é
terreno e humano. Ela menciona países, montanhas, rios, desertos,
mares, climas, solos, plantas, produtos, minérios, comércio, dinheiro,
línguas, raças, usos, costumes, culturas, etc. Isto é, Deus para fazerse entender, vestiu a Bíblia da nossa linguagem, bem como do nosso
modo de pensar. Ele, para revelar-se ao homem, adaptou a Bíblia ao
modo humano de perceber as coisas. Deus não tem outra revelação
escrita além da Bíblia.
A Bíblia é um livro antigo. Os livros antigos tinham a forma de
rolos (Jr 36.2). Eram feitos de papiro ou pergaminho. O papiro é uma
planta aquática que cresce junto a rios, lagos, e banhados no Oriente,
cuja entrecasca servia para escrever. Essa planta existe ainda hoje no
Sudão, na Galiléia Superior e no vale de Sarom. As tiras extraídas do
papiro eram coladas umas às outras até formarem um rolo de qualquer
extensão.
Este material gráfico primitivo é mencionado muitas vezes na
Bíblia (Ex 2.3, Jó 8.11 e Is 18.2). Em certas versões da Bíblia, o papiro
é mencionado como junco. De fato, é um tipo de junco de grandes
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proporções. De papiro, deriva-se a nossa palavra papel. Seu uso na
escrita vem de 3.000 a.C.
Pergaminho é pele de animais, curtida e polida, utilizada na
escrita. É material gráfico melhor que o papiro. Seu uso é mais recente
que o do papiro. Vem dos primórdios da Era cristã, apesar de já ser
conhecido antes. É também mencionado na Bíblia, como em 2Tm 4.13.
A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo, sendo cada
livro um rolo. Assim vemos que, a princípio, os livros sagrados não
estavam unidos uns aos outros como os temos agora em nossas Bíblias.
O que tornou isso possível foi a invenção do papel no século II, bem
como da tipografia, inventada em 1450 pelo alemão Gutemberg.
Até então era tudo manuscrito pelos escribas de modo laborioso, lento
e oneroso. Hoje, felizmente, milhões de exemplares das Escrituras
são impressos com rapidez e facilidade. Também, graças aos
progressos alcançados no campo das invenções e da tecnologia,
podemos hoje transportar com toda comodidade um exemplar da
Bíblia, coisa impossível nos tempos primitivos. Devido aos ritos
tradicionais, os rolos sagrados das Escrituras hebraicas ainda
continuam em uso nas sinagogas judaicas.
Da onde vem a palavra Bíblia? Vem do grego, a língua original do
Novo Testamento. É derivado do nome que os gregos davam à folha de
papiro preparada para a escrita - “biblos”. Um rolo de papiro de
tamanho pequeno era chamado “biblion” e vários destes eram uma
“bíblia”, significando então um “conjunto de livros”.
Os nomes mais comuns que a Bíblia dá a si mesma, isto é, os seus
nomes canônicos, são:
• Escrituras (Mt 21.42);
• Sagradas Escrituras (Rm 1.2);
• Livro do Senhor (Is 34.16);
• A Palavra de Deus (Mc 7.13 e Hb 4.12);
• Os Oráculos de Deus (Rm 3.2).
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3. A ESTRUTURA DA BÍBLIA
A Bíblia divide-se em duas partes principais: Antigo Testamento e
Novo Testamento, tendo ao todo 66 livros: 39 no AT e 27 no NT.
A palavra “Testamento” significa aliança, pacto ou concerto.
Os 66 livros da Bíblia foram escritos num período de 16 séculos e
tiveram cerca de 40 escritores. O AT foi escrito entre 1500 A.C. a
400 A.C. Houve um período inter-testamentário de aproximadamente
400 anos, sem nenhum escrito. O NT foi escrito entre 55 D.C. a
90 D.C.. Aqui está um dos milagres da Bíblia. Esses escritores
pertenceram às mais variadas profissões e atividades, viveram e
escreveram em países, regiões e continentes distantes uns dos outros,
em épocas e condições diversas, entretanto, seus escritos formam
uma harmonia perfeita. Isto prova que um só os dirigia no registro da
revelação divina: Deus (2Tm 3.16,17).
Na primeira divisão principal da Bíblia, temos o Antigo
Testamento, originado pela Lei dada no Monte Sinai, e selado com
sangue de animais (Ex 24.3-8 e Hb 9.19,20).
Na segunda divisão principal temos o Novo Testamento, que veio
pelo Senhor Jesus Cristo, feito no Calvário e selado com o seu próprio
sangue (Lc 22.20 e Hb 9.11-15). É, pois, um concerto superior.
4. O ANTIGO TESTAMENTO
Tem 39 livros, escritos originalmente em hebraico, sendo
classificados em 4 grupos, conforme os assuntos a que pertencem:
• LEI: São 5 livros: de Gênesis a Deuteronômio, também chamados
de Pentateuco. Tratam da origem de todas as coisas, da Lei e do
estabelecimento da nação israelita;
• HISTÓRICOS: São 12 livros: de Josué a Ester. Ocupa-se da
história de Israel nos seus vários períodos;
• POÉTICOS: São 5 livros: de Jó a Cantares de Salomão;
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• PROFÉTICOS: São 17 livros: de Isaías a Malaquias.
Estão subdivididos em Profetas maiores (Isaías a Daniel) e
profetas menores (Oséias a Malaquias). Os nomes maiores e
menores não se referem ao mérito ou notoriedade do profeta,
mas ao tamanho dos livros e à extensão de seus ministérios.
Obs.: A classificação dos livros no AT por assunto vem da versão
Septuaginta (versão dos setenta), realizada em Alexandria no período
de 287 A.C. a 247 A.C. por setenta rabinos, que traduziram o AT do
hebraico para o grego, e que não leva em conta a ordem cronológica dos
livros.
5. O NOVO TESTAMENTO
Tem 27 livros, escritos em grego, também classificados em 4
grupos:
• BIOGRÁFICOS: São os 4 evangelhos. Descrevem a vida terrena
do Senhor Jesus e seu glorioso ministério. Os 3 primeiros
evangelhos são ditos “sinópticos”, ou paralelos;
• HISTÓRICO: É o livro dos Atos dos Apóstolos. Registra a
história da Igreja primitiva, seu viver e a propagação do
Evangelho;
• EPÍSTOLAS: São as 21 cartas. Vão de Romanos a Judas. Contém
a doutrina da Igreja;
• PROFÉTICO: É o livro de Apocalipse ou Revelação. Trata da volta
pessoal do Senhor Jesus à Terra e das coisas que precederão
esse glorioso evento.
6. JESUS É O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Ele mesmo declarou isto em Lc 24.44 e Jo 5.39.
•
Em Gênesis é o Descendente da Mulher (Gn 3.15);
•
Em Êxodo é o Cordeiro Pascal;
•
Em Levítico é o Sacrifício Expiatório;
21
Ensinos básicos para o novo discípulo____________________________
•
Em Números é a Rocha Ferida;
•
Em Deuteronômio é o Profeta;
•
Em Josué é o Capitão dos Exércitos do Senhor;
•
Em Juízes é o Libertador;
•
Em Rute é o Parente Divino;
•
Em Reis e Crônicas é o Rei Prometido;
•
Em Ester é o Advogado;
•
Em Jó é o Nosso Redentor;
•
Em Salmos é o Nosso Socorro e Alegria;
•
Em Provérbios é a Sabedoria de Deus;
•
Em Cantares de Salomão é o Nosso Amado;
•
Em Eclesiastes é o Alvo Verdadeiro;
•
Nos Profetas é o Messias Prometido;
•
Nos Evangelhos é o Salvador do Mundo;
•
Nos Atos é o Cristo Ressurreto;
•
Nas epístolas é o Cabeça da Igreja;
•
No Apocalipse é o Alfa e o Ômega, o Cristo que volta para reinar.
7. A DIVISÃO TEMPORAL DA BÍBLIA APONTA PARA CRISTO
TEMPO DA PREPARAÇÃO: Todo o AT, que trata da preparação
para a vinda do Messias;
TEMPO DA MANIFESTAÇÃO: Os evangelhos, que tratam da
manifestação de Cristo.
TEMPO DA PROPAGAÇÃO: O livro de Atos, que trata da
propagação de Cristo.
TEMPO DA EXPLANAÇÃO: As epístolas, que são a explanação da
doutrina de Cristo.
TEMPO DA CONSUMAÇÃO: O livro do Apocalipse, que trata da
consumação de todas as coisas
preditas através de Cristo.
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8. GENERALIDADES
a) Antes, a Bíblia não era dividida em capítulos e versículos.
A divisão em capítulos foi feita em 1250 pelo cardeal Hugo de
Saint Cher (ábade dominicano). A divisão em versículos foi feita
2 vezes: o AT em 1445, pelo Rabi Nathan e o NT em 1551, por
Robert Stevens (impressor de Paris);
b) O AT tem 929 capítulos e 23.214 versículos e o NT tem 260
capítulos e 7.959 versículos. A Bíblia toda tem 1.189 capítulos e
31.173 versículos;
c) O maior capítulo é o Salmo 119 e o menor o Salmo 117;
d) O maior versículo está em Ester 8.9 e o menor em João 11.35;
e) Os livros de Ester e Cantares de Salomão não contém a palavra
Deus, porém a presença de Deus é evidente nos fatos neles
desenrolados;
f) Há na Bíblia 8.000 menções de Deus sob vários nomes divinos e
177 menções do diabo sob seus vários nomes;
g) O AT encerra citando a palavra “maldição”, e o NT, encerra
citando a expressão “a graça do Senhor Jesus Cristo”;
h) O nome de Jesus consta no primeiro e no último versículo do
NT;
i)
Na distribuição de Bíblias em todo o mundo, o Brasil ocupa o
segundo lugar;
j)
Existem 124 Sociedades Bíblicas atuando em 200 países e
territórios, produzindo 600 milhões de Bíblias por ano em mais
de 2.000 línguas diferentes;
Bibliografia:
Introdução Bíblica: J. Cabral
O Sentido Da Vida: Wachtman Nee
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PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO
1. Deus se revela ao homem basicamente pela fala e pela escrita. Como
Deus se revela pela escrita?
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2. Qual é o propósito das Escrituras?
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3. Como é dividida a Bíblia? Quantos livros possui e qual a distribuição
deles?
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4. Quem é o tema central da Bíblia?
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Jesus Cristo, o fundamento de Deus, Sua vida e Sua obra Os