o ANO 08 / N 85 MAIO - 2015 O DIVULGADOR DISTRIBUIÇÃO GRATUITA “C. E. E. IRMÃ MARLI” PAGINA 01 BOLETIM INFORMATIVO INTERNO DESDE MAIO DE 2008 “Faria Tudo de Novo Por Jesus” – (Marli) É MAIS IMPORTANTE Expediente Presidente: Maria José de S. Beserra Vice Presidente: Rubens José de Araujo 1º Tesoureiro: Maria José A. Siolim 2º Tesoureiro: Denise Ferrante “CONSELHO” (Presidente) Adilson de Andrade (Vice-Presidente) Maria Nilza Guimarães (1ª Secretária) Maria Catarina Bordoni, (Conselheiros) Cláudio Rovesta, Celso Adão, Catharina Ferreira da Fonseca, Hermínio C. Neto, Walter de Jesus Almeida, Jamil Borges da Costa “BOLETIM INFORMATIVO” Edição/Redação: Celso Adão Supervisão: Maria José de S. Beserra Av. Valentim Magalhães, 3380 Santo André / SP Sugestões / Informações 9.9429-9726 (Celso) 9.8862-7651 (Maria José) GuiaGuia-nos Jesus! NESTA EDIÇÃO: ASSUNTO PÁG É Mais Importante Amar...... Como Reconhecer o Verdadeiro Espírita Pensamentos Formas Pensamento e Conduta A Lágrima O Livro dos Espíritos 01 Comemoração do dia dos Mortos Paulo, O Apóstolo Evangelho 2º Espiritismo Não saiba a vossa mão..... Nossos Pensamentos Desenvolvimento Mediúnico 02 03 04 04 05 06 09 AMAR DO QUE SER AMADO Diz a sabedoria popular que: “Os que amam vivem, os demais são mortos que caminham” Realmente nada é mais grandioso, mais lindo, mais transcendental que o amor. “Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem” disse Jesus. (Jo 13:35) Sem amor nada somos pois o amor é infinito, só o amor é eterno. Todos nós almejamos viver uma vida plena de amor. Em vez de esperarmos que as pessoas nos ofereçam amor, é muito mais fácil transformarmo-nos em fonte de amor. O próprio Cristo nos ensinou que: “é mais bem aventurado dar, do que receber”, (At 20:35) Se nos sentimos abandonados, solitários e sem amor, experimentemos inverter as coisas e ao invés de ficarmos frustrados com a falta de amor em nossas vidas, experimentemos amar mais as pessoas que nos rodeiam. Comecemos treinando, enviando pensamentos de amor para as pessoas e para nós mesmos. Abramos nossos corações para entendermos melhor as pessoas, sendo mais bondosos, mais tolerantes, mais fraternos. No doce sentimento do amor, renascerá sempre em nossos corações o sentimento de fraternidade que nos faz ver em cada semelhante, um irmão. Amemos cada vez mais apesar de nossas dores, de nossos problemas e de nossas frustrações e iremos descobrir algo realmente transcendental: é muito mais importante amar do que ser amado. O amor que podemos doar pode ser controlado por nossos atos e ações amorosas, já a recepção do amor, é algo que me foge ao controle. Quando amo, o amor é minha própria recompensa. 11 12 “Inteligente é o homem que procura a Deus” Fonte: Sándalo MAIO / 2015 O DIVULGADOR PAGINA 02 Como se reconhecer um verdadeiro espírita? Fonte: ”Jornal Momento Espírita” – Autora: Ângela Moraes Na linguagem atual, muitos são os simpatizantes da Doutrina Espírita, ou na linguagem de Kardec, os que acolhem as ideias espíritas: frequentam as palestras, tomam passe, aprofundam-se na literatura espírita, acreditam na vida após a morte, na reencarnação, na fenomenologia mediúnica, mas não são espíritas verdadeiros. A expressão é forte, mas a articulista Maroísa F. Pellegrini Baio, em artigo para O Clarim, ressalta o alerta da Profa. Heloisa Pires, filha do Prof. Herculano Pires, que vai ainda mais longe: “O espírita verdadeiro não será identificado pelo número de palestras que assista ou venha a proferir, pelo número de livros que leia ou venha a escrever, pelo número de reuniões mediúnicas nas quais venha a participar, nem pelos cargos que venha a ocupar em suas atividades doutrinárias. Orientado pelos instrutores espirituais, Kardec foi claro, simples e profundo: as características que identificam o espírita sincero são todas essencialmente morais.” A afirmativa da professora veio da própria Codificação: Kardec distingue os 'espíritas imperfeitos' dos 'verdadeiros espíritas' em O Evangelho Segundo o Espiritismo e também na obra Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Kardec. Os espíritas verdadeiros Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII, Kardec revela, enfim: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más” . E complementa na obra Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Kardec: “São os que aceitam para si mesmos todas as consequências da Doutrina, e que praticam ou se esforçam por praticar a sua moral”. Consequências da Doutrina São as mudanças de visão de mundo que ocorrem a partir da consciência da realidade espiritual. Em “Obras Póstumas”, Kardec exemplifica: “– Sem desprezarem, além dos limites do razoável, os interesses materiais, estes são, para eles, o acessório e não o principal; – Não consideram a vida terrena senão como travessia mais ou menos penosa; – Estão certos de que do emprego útil ou inútil que lhe derem depende o futuro; – Têm por mesquinhos os gozos que ela (a vida terrena) proporciona, em face do objetivo esplêndido que entreveem no além; Espíritas imperfeitos – Não se intimidam com os obstáculos com que topem no 1. Os que creem pura e simplesmente nos fenômenos caminho; das manifestações, mas que não lhes deduzem – Veem nas vicissitudes e decepções provas que não lhes nenhuma consequência moral. causam desânimo, porque sabem que o repouso será o São aqueles que não duvidam da veracidade das prêmio do trabalho.” comunicações mediúnicas, ou seja, aceitam-na como fato, Moral espírita mas em nada ou bem pouco se sentem motivados a Na obra O Céu e o Inferno, espíritos comunicantes revelam mudarem as suas tendências instintivas. Acreditam no seu estado de felicidade ou infelicidade após a morte fenômeno, mas a mensagem que dali advém não lhes conforme as suas atitudes tomadas na Terra. Ou seja, as penetra o espírito. escolhas feitas pelos indivíduos é que ditam seu progresso 2. Os que veem o lado moral, mas o aplicam aos outros rumo a mundos mais felizes. Após milhares de relatos e não a si próprios. colhidos da espiritualidade, Kardec apurou que os São aqueles que estão um passo a mais na compreensão resultados mais felizes foram aqueles de pessoas que da Doutrina: creem na realidade espiritual e até ouvem a balizaram suas atitudes nas virtudes evangélicas mensagem, mas normalmente entendem que o preconizadas pelo Cristo. Daí a importância da obra O ensinamento não se aplica no seu caso. Ou seja, a palestra Evangelho Segundo o Espiritismo, em que Kardec traz à luz ou o livro que estão lendo são perfeitos para outra pessoa. da Espiritualidade os princípios morais cristãos que todo Quanto a si mesmos, recuam ante a obrigação de reformar- espírita verdadeiro deve esforçar-se por alcançar – para seu se, ainda atraídos pelos arrastamentos da matéria. próprio adiantamento e felicidade. Na obra citada, Kardec Mesmo imperfeitos, no entanto, Kardec coloca que “a elenca os resultados a que o Espiritismo bem compreendido aceitação do princípio da Doutrina é um primeiro passo que e bem sentido leva o indivíduo no item “O homem de bem”. lhes tornará mais fácil o segundo”, portanto, a caminhada é E completa: isso “caracteriza o verdadeiro espírita – e o sempre possível e o progresso ocorrerá no seu devido verdadeiro cristão, pois que um é o mesmo que o outro”. tempo. MAIO / 2015 O DIVULGADOR PAGINA 03 PENSAMENTOS FORMAS HORIZONTES DA MENTE - JOÃO N. MAIA / MIRAMEZ H á uma proposição que diz: "Toda forma é um conglomerado de coisas". É justamente o que queremos dizer. Os pensamentos são formas emblemáticas que transmitimos em muitas dimensões para as mentes na mesma sintonia e os sentimentos que plasmamos neles são partes de nós, que ficam nos outros, sob a nossa responsabilidade. Há momentos de fraqueza humana em que o pensamento alheio causa distúrbios inacreditáveis, dependendo do estado de alma de quem o recebe, como do influxo mental de quem o transmite. A realidade é que orar e vigiar, como nos propõe o Evangelho, na lavoura das ideias, é dever sagrado de cada dia. A agenda do cristão deve ter uma palavra com letras destacadas: VIGILÂNCIA. As formas mentais têm uma força coesiva sem precedentes, maior que a liga de todas as colas e o traço de todos os cimentos. Os Espíritos de alta envergadura conhecem a ciência, de modo a desintegrar as formas mentais inferiores, aproveitando-as, como lixo mental, em adubos, ou canalizando-as para animais da mesma faixa, que as transmutam em alimentos psíquicos, de certa forma, para eles, suculentos. A estrutura congénita das ideias, quando se trata de alma evoluída, é de máxima importância, pois é nessa oportunidade que ela começa a amar o próximo, inicia seu dia doando o que mais lhe toca o coração. É a verdadeira caridade espiritual, porque em uma corrente contínua de pensamentos se estende a mensagem da fraternidade, por não lhes dar o trabalho de limpeza psíquica. Se a humanidade soubesse o valor do pensamento positivo, entregar-se-ia à completa reforma, no tocante aos pensamentos. Se a humanidade fosse consciente da grandeza das emoções elevadas, transformaria o mundo dos sentimentos em fontes puras de amor. As correntes mentais inferiores, intercruzando os espaços da Terra e se ajustando, por sintonia, com as pessoas, é que impulsionam os países às guerras, às calamidades, aos grandes desacertos financeiros. E essa troca de magnetismo decadente entre os homens proporciona as maiores promiscuidades, os desajustes dos lares e os desleixos morais, por entorpeceras mentes e levá-las às mais baixas vibrações Os nossos pensamentos brotam do fulcro mental com uma ardência de vida sem paralelos na escala das emoções. Quando canalizados aos seus devidos fins, esvaziam o campo energético da alma, para depois serem reabastecidos pêlos centros de força mais responsáveis pela consciência. Isso é um cinetismo indescritível do éter cósmico. E não sendo usado para a nobreza do caráter, o reator emotivo cria colisões nos campos de força, de maneira a demorar o próprio reabastecimento e adormecer, de certa forma, parte da consciência, que retarda o seu comando instintivo dos órgãos e deixa de fornecer a cota de energia protoplasmática ao sensível metabolismo celular. O místico se embriaga nas suas sábias deduções, caindo em êxtase pelo prazer que lhe dão as formas mentais elaboradas em sua mente. Todavia, o Espírito inferior sofre com as suas criações, que correspondem à sua própria inferioridade. O Cristo, médico das almas, foi também o maior médico dos corpos. A especulação científica chegará algum dia à realidade do Espírito, cinzelando os fatos com a oficialidade de que os pensamentos bons são capazes de restaurar os homens e as coisas danificadas, como torturar vidas e desagregar formas na ação magnética inferior. Poderemos ser médicos de nós mesmos, elaborar remédios, que nos possam curar. Isso depende da educação da mente, A configuração das ideias obedece a um plano evolutivo por excelência e preestabelecido por esquema do Todo Poderoso. Entretanto, compete a nós outros uma intervenção, cuja altura devemos alcançar, promovendo determinadas modificações no que concerne aos valores emotivos. Devemos plasmar, com os recursos a nós oferecidos no magnetismo estuante da mente, o amor mais puro, que se irradia em muitas formas de conceitos, porque ele, sendo vida maior, sustenta todas as vidas, em todos os reinos do alvorecer eterno. Ao nosso pensamento é justo não faltar o traço que compete à elegância. Sejamos felizes, deixando o Cristo participar das nossas correntes mentais e entremos, com Ele, no reino de Deus. Se a humanidade fosse consciente da grandeza das emoções elevadas, transformaria o mundo dos sentimentos em fontes puras de amor. MAIO / 2015 O DIVULGADOR PAGINA 04 PENSAMENTO E CONDUTA A LÁGRIMA Encontro Marcado – Francisco C. Xavier / Emmanuel (Texto retirado de uma Palestra na Internet Autor(a) desconhecido) Nem sempre estamos habilitados a eleger o nosso ambiente mais íntimo, na experiência cotidiana. Às vezes, somos constrangidos a suportar certos quadros de luta ou partilhar o convívio de pessoas que não se nos afinam com a maneira de ser, em razão dos compromissos que trazemos de existências passadas. Entretanto, em qualquer situação, somos livres para escolher os nossos pensamentos. Cada inteligência emite idéais que lhe são peculiares, a se definirem por ondas de energia viva e plasticizante, mas se arroja de si essas forças, igualmente as recebe, pelo que influencia e é influenciada. Ainda mesmo por instantes, toda criatura, ao exteriorizar-se, seja imaginando, falando ou agindo, em movimentação positiva, é um emissor atuante na vida, e, sempre que se interioriza, meditando, observando ou obedecendo, de modo passivo, é um receptor em funcionamento. Aqueles que se desenvolveram mentalmente, atingindo a esfera das criações sugestivas, assumem o papel de orientadores, adquirindo responsabilidades mais vastas pela facilidade com que articulam programas de rumo para os outros. Cada qual expõe o que pensa pelo esforço que realiza: o cientista pela obra a que se consagra, o professor pelo que ensina, o escritor pelo que escreve, o comentarista pelo que fala, o artista pelo trabalho em que se revela. Analisemos, assim, aquilo que nomeamos como sendo nosso "estado de espírito". Tensão, dúvida, angústia, irritação, otimismo, coragem, confiança ou alegria são frutos de nossa preferência no mercado gratuito das idéias, de vez que o fio invisível de nossas ligações com o bem ou com o mal parte essencialmente de nós. Convençamo-mos de que a nossa mente possui muita coisa comum com o aparelho radiofônico. Emissões construtivas ou deprimentes, significando a carga sutil de sugestões boas ou más que aceitamos de companheiros encarnados ou desencarnados, alcançam-nos incessantemente e podem alterar-nos o modo de ser, mas não podemos olvidar que a nossa vontade é o sintonizador. A maioria das doenças que as pessoas têm, são poemas presos. Abcessos, tumores, nódulos, pedras; são palavras calcificadas, são poemas sem vazão. Mesmo cravos pretos, espinhas, cabelo encravado, prisão de ventre, poderiam um dia ter sido poema: mais não. Pessoas adoecem na razão de gostar da palavra presa. Palavra boa, é palavra líquida, escorrendo em estado de lágrima. Lágrima é dor derretida: dor endurecida é tumor. Lágrima é raiva derretida: raiva endurecida é tumor. Lágrima é alegria derretida: alegria endurecida é tumor. Lágrima é pessoa derretida: pessoa endurecida é tumor. Tempo endurecido é tumor: tempo derretido é poema. E você pode arrancar os poemas endurecidos do seu corpo com buchas vegetais, óleos medicinais, com as pontas dos dedos, com as unhas. Você pode arrancar poemas com alicate de cutícula, com pente, com uma agulha, com pomada basilicão, com massagens e hidratação. Mas não use bisturi quase nunca. Em casos de poemas difíceis use a dança. A dança é uma forma de amolecer os poemas endurecidos do corpo. Uma forma de soltá-los das dobras, dos dedos dos pés, das unhas, são os poemas coxeies, os poemas peito, os poemas sexo, os poemas cílios. Atualmente ando gostando do poema chão, é aquele que nasce do pé. É poema de pé no chão. Poema de pé no chão, é poema de gente normal, gente simples, gente de espírito santo. Eu venho do Espírito Santo. Eu sou do Espírito Santo. Eu trago a Vitória do Espírito Santo. Santo é o espírito de operar milagres sobre si mesmo. MAIO / 2015 O DIVULGADOR PAGINA 05 “O LIVRO DOS ESPIRITOS” Capítulo VI - Vida Espírita ENSAIO TEÓRICO SOBRE A SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS 325a) - Deve-se considerar futilidade a reunião dos despojos mortais de todos os membros de uma família? “Não; é um costume piedoso e um testemunho de simpatia que dão os que assim procedem aos que lhes foram entes queridos. Conquanto destituída de importância para os Espíritos, essa reunião é útil aos homens: mais concentradas se tornam suas recordações.” Todos os sentimentos se lhe patenteiam e a decepção que lhe causa a rapacidade dos que entre si partilham os bens por ele deixados o esclarece acerca daqueles sentimentos. Chegará, porém, a vez dos que lhe motivam essa decepção.” 329. O instintivo respeito que, em todos os tempos entre todos os povos, o homem consagrou e consagra aos mortos é efeito da intuição que tem da 326. Comovem a alma que volta à vida vida futura? espiritual as honras que lhe prestem “É a conseqüência natural dessa intuição. Se assim não fosse, nenhuma razão de ser teria aos despojos mortais? “Quando já ascendeu a certo grau de esse respeito.” perfeição, o Espírito se acha escoimado de Já esta disponível “CD”, contendo pastas vaidades terrenas e compreende a futilidade facilitadoras de pesquisas e estudos para de todas essas coisas. Porém, ficai sabendo, melhor compreensão da “Revista Espírita” há Espíritos que, nos primeiros momentos (1858-1869), “O Livro dos Espíritos” e que se seguem à sua morte material, experimentam grande prazer com as honras “Novo Testamento” . que lhes tributam, ou se aborrecem com o Utilizando um sistema de busca através do pouco caso que façam de seus envoltórios “Excell”, você pode ter acesso a mais de corporais. É que ainda conservam alguns dos 5000 artigos e textos comentados por preconceitos desse mundo.” 327. O Espírito assiste ao seu enterro? “Freqüentemente assiste, mas, algumas vezes, se ainda está perturbado, não percebe o que se passa.” 327a) - Lisonjeia-o a concorrência de muitas pessoas ao seu enterramento? “Mais ou menos, conforme o sentimento que as anima.” 328. O Espírito daquele que acaba de morrer assiste à reunião de seus herdeiros? “Quase sempre. Para seu ensinamento e castigo dos culpados, Deus permite que assim aconteça. Nessa ocasião, o Espírito julga do valor dos protestos que lhe faziam. grandes estudiosos do espiritismo, tais como: Emmanuel, Joana de Angelis, Yvone Pereira, Carlos T. Pastorino, Rodolfo Calegaris, Richard Simonetti, Miramez, Vinicius, Martins Peralva, Allan Kardec, Huberto Rohden, Cairbar Schutell, Leão Tolstoy, Francisco C. Xavier, João Nunes Maia, Etc.. RESERVE JÁ O SEU “CD” 9.9429-9726 “PREÇO” 02 CD’s VIRGENS PARA CADA CD GRAVADO MAIO / 2015 O DIVULGADOR PAGINA 06 “PAULO, O APÓSTOLO” “LIBERDADE CRISTÃ II "Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade?" (Gl 5,7.) Os gálatas iam bem; o que aconteceu para que eles se desviassem da estrada redentora? O palavreado militar empregado por Paulo, no sentido de que houve uma 'obstrução' numa marcha, significa que o caminho do bom combate foi bloqueado e não pode haver continuidade. Paulo então desafiou os interlocutores com sua pergunta: "Quem vos impediu?..." Alguém, os judaizantes, os haviam persuadido? "Esta persuasão não vem daquele que vos chamou" (Gl 5,8). Aqueles argumentos que desviaram os gálatas por certo não vinham do Cristo, que os havia convidado para a liberdade, mas de fontes estranhas. Os judaizantes devem ter empregado métodos sofismáticos, para convencer os gálatas à apostasia. Paulo tinha noção, tanto doutrinária quanto prática, de que ele realmente falava pelo Cristo e assim possuía autoridade para admoestá-los, por terem desobedecido à verdade libertadora e conso-ladora que já conheciam. Pelo modo com que Paulo argumenta com os gálatas, esse foi o primeiro grande revés que teve, muito maior que todos os açoites, prisões e perseguições que já havia sofrido em nome do Cristo: "E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome" (At 9,16). "Um pouco de fermento leveda toda a massa" (Gl 5,9). Essa metáfora foi usada por Jesus (Mt 13,33) e serve para descrever as alterações doutrinárias que distorcem a verdade. Essas heresias começam com uma pequena dúvida, de um simples sofisma, de um toque pernicioso nascido de interesses contrários à sã doutrina, e aumentam em proporções descabidas, como uma pitada de fermento que faz crescer o pão. Todos devemos estar seguros em nossa doutrina, consolidados em argumentos sérios e verdadeiros, "porque não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade". "Confio de vós, no Senhor, que nenhuma outra coisa sentireis; mas aquele que vos inquieta, seja ele quem for, sofrerá condenação" (Gl 5,10). "Confio de vós", significando: "Eu tenho confiança em vocês", que, apesar de tudo, em nome de Deus, não alimentarão nenhum outro sentimento. Apesar dos gálatas estarem persuadidos por doutrina diferente da do Cristo, Paulo confiava que eles voltariam à razão, contudo não perdeu a oportunidade de anematizar os perturbadores, sugerindo o texto que se tratava de um único indivíduo, talvez querendo representar muitos outros, como em 1,7: "alguns que vos inquietam. Seja quem for, disse ele, sofrerá condenação", isto é, será responsável por seus atos e responderão, espiritualmente, por isto. "Eu, porém, irmãos, se prego ainda a circuncisão, por que sou pois perseguido? Logo o escândalo da cruz está aniquilado" (Gl 5,11). Paulo por certo havia recebido um relatório completo do que estava acontecendo na Galácia, pois, volta e meia, ele se defende de alguma acusação. Agora ele argumenta: Dizem que a minha pregação é favorável à circuncisão, se assim for, por que então me perseguem? Havia aqui o antecedente da circuncisão de Timóteo (vide At 16,1-3) realizada por Paulo em situação especial, sob grande pressão dos judeus. Os judaizantes aproveitavam-se desse fato para reivindicar o apoio do próprio Paulo. Mas, claro, se ele defendesse a circuncisão, não seria perseguido, ora essa!... Se assim fosse o MAIO / 2015 O DIVULGADOR PAGINA 07 escândalo da cruz estaria sem sentido, pois causando danos irreparáveis à evolução do Jesus foi crucificado, porque se colocou acima evangelho e a reação de Paulo foi quase da lei - "O Filho do Homem é Senhor até do desesperada: sábado" (Lc 6,5). Porque vós, irmãos, fostes chamados à "Eu quereria que fossem mutilados liberdade. aqueles que vos andam inquietando" Não useis então da liberdade para dar (Gl 5,12). ocasião à carne, mas servi-vos uns aos À primeira vista Paulo está sugerindo outros pela caridade. (Gl 5,13.) extremada violência contra os seus inimigos, A liberdade em Cristo já tinha sido ofertada o que seria uma contradição para quem prega aos gálatas, que poderiam ser felizes em si o evangelho da piedade com tamanha ênfase mesmos, porém eles não entenderam bem a como ele o fazia. Vamos recorrer aos estudos oferta do Cristo e passaram a procedimentos de Tenney,66 para esclarecer esse versículo, anteriores, que de nada servem ao espírito, quando ele demonstra que, na tradução em senão a submetê-lo a dogmas e inglês, um eufemismo, entende-se 'mutilar' ordenamentos. Esse versículo é bastante como "ultrapassar a circuncisão", que não doutrinário, a liberdade ofertada era uma quer dizer exatamente a violência sugerida realidade tão grande que, mesmo os que já a que aparece no grego ou na tradução em possuíam, teriam que ter sabedoria para não português. O verdadeiro significado da frase é perdê-la. A expressão "dar ocasião à carne" que, já que os judaizantes insistiam na significa que o cristão não deve deixar-se necessidade de circuncisão, deveriam chegar levar pelas coisas do mundo, não deve nem ao extremo de se emascularem, segundo o dar ocasião, oportunidade, para que o costume dos sacerdotes pagãos que tal faziam 'materialismo' se aproxime perigosamente. como um ato de adoração, pois, desse modo, "Sede, antes, servos uns dos outros com poriam fim à sua espécie, privando-se do caridade (amor)", impulsionados pela poder de reprodução. liberdade de praticarem a verdadeira Lukyn Williams censurou Paulo por causa fraternidade, sem o egoísmo da sujeição dos dessa linguagem violenta que deixa escapar companheiros a rituais vaidosos. Tanto a fé, um sentimento de revanche ou revolta, quanto a fraternidade devem ser vividas com contudo Tenney volta a considerar que é amor, para que todos sejam livres num só evidente que o apóstolo sentia que aqueles Cristo. que insistiam na necessidade de ritu-alismo legalista, como meio de salvação, bem "Porque toda a lei se cumpre numa só poderiam recuar até o ponto lógico do palavra, nesta: fanatismo pagão. Na verdade, a intenção de Amarás ao teu próximo como a ti Paulo era a de expressar um desgosto mesmo" (Gl 5,14). extremo, e não a intenção de cometer um "Toda a lei", disse ele, referindo-se à lei total, crime. É preciso também perceber que Paulo levada à plenitude por Jesus de Nazaré, e não enfrentava duas frentes contrárias ao uma lei fragmentária e controladora de evangelho, os judeus e os gentios. Isso fez interesses religiosos. Paulo referiu-se à lei com que ele comparasse os dois como suprema e perfeita do universo, a ordem, o inimigos comuns, visto que o evangelho cosmo, reconhecida pêlos filhos, os fraternos, destacou-se e se diferenciou subsamorosos e compassivos: tancialmente de qualquer doutrina ou culto daquele tempo. Os falsos mestres estavam MAIO / 2015 O DIVULGADOR "amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Lv 19,18 e Lc 10,27). Paulo já não falava mais das leis dos judeus, mas a do Pai celestial, bom e justo. Tanto a fé quanto a liberdade podem realmente se apresentar distorcidas, quando divorciadas do amor legítimo. "Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros" S(Gl 5,15]. Paulo previu que uma simples opinião diferente, um pensamento contrário, como circuncidar ou não, poderia desencadear comportamentos de fúria selvagem de uns contra os outros. Realmente a história mostrou isso com a perseguição monstruosa contra os ditos 'hereges': ausência de amor, de liberdade, de Cristo. A conduta cristã é aquela que repete a liberdade que o Cristo manifestou diante da imposição dogmática: Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. (Mt 11,29.) Vejamos bem que os homens não seguiram e nem têm seguido Jesus, é só passar os olhos pela história da igreja cristã, reformada ou não. O que temos visto? Templos suntuosos e prelados materialistas, vivendo à sombra de alguns heróis que se imolaram por amor à verdade cristã legítima, que liberta para a vida eterna. A razão está com Emmanuel, quando disse que os inimigos do Cristo transformaram a sua igreja na besta apocalíptica vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos mártires.68 O mesmo Emmanuel traz para nós o significado da 'liberdade cristã', aquela que o espiritismo vem apregoando: Devemos ao Senhor a felicidade de nossa gradativa independência, para a imortalidade; entretanto, para atingir a glória divina a que estamos destinados, é preciso saibamos renunciar conscientemente à nossa própria emancipação, sustentando-nos no serviço espontâneo em favor dos outros, PAGINA 08 porquanto somente através da nossa voluntária rendição ao dever, por amor aos nossos próprios deveres, é que realmente alcançaremos a auréola da liberdade vitoriosa. A palavra iluminada de Emmanuel tem trazido favoreci-mentos inestimáveis ao entendimento do pensamento de Paulo que representava Jesus de Nazaré: Ninguém, na Terra, foi mais livre que o Divino Mestre. Livre até mesmo da posse, da tradição, da parentela, da autoridade. Entretanto, ninguém mais do que Ele se fez escravo dos Desígnios Superiores, para beneficiar e ilu minar a comunidade. Eis porque nos adverte o apóstolo sensatamente: "Fostes chamados à liberdade, mas não useis a liberdade, favorecendo a devassidão; ao invés disso, santifiquemos a liberdade, através do amor, procurando servir. Não podemos olvidar que o cristianismo atual está sob a intensa influência dos judaizantes e fariseus de outrora, que sempre foram inimigos declarados de Jesus Cristo e que tomaram de assalto sua igreja. Deus permitiu isso, pois todas as oportunidades eles têm tido, para alcançarem a liberdade, só que o seu orgulho, egoísmo e exclusivismo não têm permitido o encontro amoroso daqueles que já de antemão foram perdoados por aquele que é a personificação do perdão. Ouçamos Paulo e não permitamos que a doutrina santificada dos espíritos venha a ser 'judaizada' com os dogmas antigos de nossa cegueira escravizante. Pautemo-nos pela vivência dentro da liberdade legítima em Cristo, o sublime redentor de nossas almas. Qualidade e Rapidez no Processo de Documentos TELEFONES: 0800-0190035 4437-2366 / 4437-3463 [email protected] Rua Almirante Protógenes,178 – B. Jardim – Santo André/SP MAIO / 2015 O DIVULGADOR PAGINA 09 “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” CAPÍTULO XIII NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDA O QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA Convidar os pobres e os estropiados. convidam para suas mesas apenas os que podem, como eles dizem, fazer-lhes honra, ou, a seu turno, Dar sem esperar retribuição 7. Disse também àquele que o convidara: Quando derdes um jantar ou uma ceia, não convideis nem os vossos amigos, nem os vossos irmãos, nem os vossos parentes, nem os vossos vizinhos que forem ricos, para que em seguida não vos convidem a seu turno e assim retribuam o que de vós receberam. Quando derdes um festim, convidai para ele os pobres, os estropiados, os coxos e os cegos. - E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir, pois isso será retribuído na ressurreição dos justos. Um dos que se achavam à mesa, ouvindo essas palavras, disse-lhe: Feliz do que comer do pão no reino de Deus! (Lucas, cap. 14, vv. 12 a 15.) 8. "Quando derdes um festim, disse Jesus, não convideis para ele os vossos amigos, mas os pobres e os estropiados." Estas palavras, absurdas, se tomadas ao pé da letra, são sublimes, se lhes buscarmos o espírito. Não é possível que Jesus haja pretendido que, em vez de seus amigos, alguém reúna à sua mesa os mendigos da rua. Sua linguagem era quase sempre figurada e, para os homens incapazes de apanhar os delicados matizes do pensamento, precisava servir-se de imagens fortes, que produzissem o efeito de um colorido vivo. O âmago do seu pensamento se revela nesta proposição: "E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir." Quer dizer que não se deve fazer o bem tendo em vista uma retribuição, mas tãosó pelo prazer de o praticar. Usando de uma comparação vibrante, disse: Convidai para os vossos festins os pobres, pois sabeis que eles nada vos podem retribuir. Por festins deveis entender, não os repastos propriamente ditos, mas a participação na abundância de que desfrutais. Todavia, aquela advertência também pode ser aplicada em sentido mais literal. Quantos não convidá-los! Outros, ao contrário, encontram satisfação em receber os parentes e amigos menos felizes. Ora, quem não os conta entre os seus? Dessa forma, grande serviço, às vezes, se lhes presta, sem que o pareça. Aqueles, sem irem recrutar os cegos e os estropiados, praticam a máxima de Jesus, se o fazem por benevolência, sem ostentação, e sabem dissimular o benefício, por meio de uma sincera cordialidade. INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS A caridade material e a caridade moral 9. "Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles." Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos. Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não mais aí ódios, nem ressentimentos. Direi ainda: não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava. Ricos! pensai nisto um pouco. Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes. Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso. Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!... Amai, portanto, o vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora. Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos! MAIO / 2015 O DIVULGADOR PAGINA 10 no Espiritismo e, vede, agora, sou feliz." Aos velhos que vos disserem: "É inútil; estou no fim da minha jornada; morrerei como vivi", dizei: "Deus usa de justiça igual para com todos nós; lembraivos dos obreiros da última hora." As crianças já viciadas pelas companhias de que se cercaram e que vão pelo mundo, prestes a sucumbir às más tentações, dizei: "Deus vos vê, meus caros pequenos", e não vos canseis de lhes repetir essas brandas palavras. Elas acabarão por lhes germinar nas inteligências infantis e, em vez de vagabundos, fareis deles homens. Também isso é caridade. Dizem, outros dentre vós: "Ora! somos tão numerosos na Terra, que Deus não nos pode ver a todos." Escutai bem isto, meus amigos: Quando estais no cume da montanha, não abrangeis com o olhar os bilhões de grãos de areia que a cobrem? Pois bem: do mesmo modo vos vê Deus. Ele vos deixa usar do vosso livre-arbítrio, como vós deixais que esses grãos de areia se movam ao sabor do vento que os dispersa. Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará. As vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal. Ela, então, se cala. Mas, ficai certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes aperceber-se da sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a e com freqüência vos achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido. Meus amigos, a cada regimento novo o general entrega um estandarte. Eu vos dou por divisa esta máxima do Cristo: "Amai-vos uns aos outros." Observai esse preceito, reuni-vos odos em torno dessa bandeira 10. Meus amigos, a muitos dentre vós tenho ouvido e tereis ventura e consolação. dizer: Como hei de fazer caridade, se amiúde nem Um Espírito protetor. (Lião, 1860.) mesmo do necessário disponho? Amigos, de mil maneiras se faz a caridade. Podeis fazê-la por pensamentos, por palavras e por ações. Por pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que CONSULTORIA CONTÁBIL NP LTDA. morreram sem se acharem sequer em condições de Assessoria Contábil, Fiscal e Trabalhista ver a luz. Uma prece feita de coração os alivia. Regularização de Empresas / Imposto de Renda Aberturas e Encerramentos de Empresas Por palavras, dando aos vossos companheiros de todos os dias alguns bons conselhos, dizendo aos que 2875-3188 o desespero, as privações azedaram o ânimo e [email protected] levaram a blasfemar do nome do Altíssimo: "Eu era Rua Monte Casseros, 270 – 3º Andar Centro/ Santo André como sois; sofria, sentia-me desgraçado, mas acreditei Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se. A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral. Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra. Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante. Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito: Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa. Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxílio. Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus: pensai nos que sofrem e orai. Irmã Rosália. (Paris, 1860.) O DIVULGADOR MAIO / 2015 Médium: João N. Maia ESTUDANDO “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” NOSSOS PENSAMENTOS 457. Podem os Espíritos conhecer os nossos mais secretos pensamentos? “Muitas vezes chegam a conhecer o que desejaríeis ocultar de vós mesmos. Nem atos, nem pensamentos se lhes podem dissimular.” COMENTÁRIO A telepatia é fato comum entre os Espíritos, de modo que as vibrações mentais têm voz na dimensão que lhes é própria. Os Espíritos elevados podem observar nossos mais secretos pensamentos, no entanto, existem Espíritos que não conseguem conhecê-los, por se encontrarem nas baixas vibrações espirituais. Tudo se prende à evolução de cada um: os Espíritos conseguem manter seus pensamentos ocultos aos seus inferiores mas não podem fazê-lo com relação àqueles que lhe são superiores. A vida é uma sucessão de valores na pauta da sabedoria, indo até Deus. Nada é oculto que Deus não venha a saber, por ser Ele o Senhor de todas as ciências do universo. No porvir, não tão longe como se pensa, o homem vai dominar a telepatia e poderá conversar à distância, na mais perfeita concordância com os outros. Os exemplos são os médiuns, que já recebem livros e mais livros por esse processo telepático. O Espírito pode estar em grandes distâncias e transmitir para os médiuns, que estes recebem como se estivessem ouvindo-o frente a frente, até com mais nitidez. O treinamento mais comum para tal mediunidade é a leitura a sós. Deste modo, está se conversando consigo mesmo. Com os recursos da telepatia, esse exercício vai se estendendo até chegar a ouvir sem embaraço os Espíritos, ou mesmo as conversações dos homens, à distância. É uma faculdade PAGINA 11 Espírito: Miramez inerente a todos os seres. Compete desenvolvê-la com os recursos ao alcance de cada um. O trabalho que os homens fazem, de ondas e microondas, e outros processos mais sofisticados, é uma prova de que se pode transmitir os pensamentos aonde quer que seja, sem as barreiras dos obstáculos da natureza, porque os pensamentos pertencem à outra fonte mais purificada, em se tratando de dimensões das coisas sutis. A ciência de telepatia entre os homens está esperando que eles reconheçam seus valores e passem a amar seus irmãos, limpando o ódio do coração, o orgulho e o egoísmo da sua vida. Tudo melhora por fora, à medida que se melhora por dentro d’alma. Nossos pensamentos são forças divinas, que podem nos trazer a paz na consciência. Eles podem nos fartar de coisas materiais, podem nos vestir e assegurar nosso equilíbrio em todos os corpos que nos servem pelos caminhos da vida. É bom que nos lembremos de que temos testemunhas espirituais que registram todos os nossos atos. Negar o que fazemos é complicar nossos destinos. Jesus veio nos ensinar também a pensar. Pelos seus luminosos ensinamentos, mostrou-nos à luz do sol os Seus mais puros sentimentos e as Suas mais belas atitudes, na Sua passagem pela Terra. Quando a criatura se julga muito só, pensando o que não deveria pensar, pode ter em seu redor multidão de Espíritos ouvindoa como se falasse pelos processos do verbo. Nossos pensamentos nos mostram o que somos na realidade, porque, quando estamos pensando, escrevemos no livro de Deus, que fica aberto para os que sabem ler. MAIO / 2015 O DIVULGADOR PAGINA 12 DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO N DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO – ROQUE JACINTO o sentido Espírita-cristão, desenvolver mediunidade é aprimorar nossa capacidade de relacionar-nos com os Espíritos, incorporando-nos aos servidores do Evangelho que labutam para a regeneração dos aprendizes da escola terrena. É nossa educação psíquica. O burilamento da faculdade mediúnica liga-se intimamente ao nosso comportamento moral. Para relacionar-se com Espíritos nobres não basta apenas o querer. É preciso mais do que uma intermitente e fugaz aspiração, num determinado momento de nossa vida. Ê fundamental que criemos um interesse recíproco e efetivo, fazendo-nos dignos da presença e da orientação de almas que, por sublimadas, desenvolvem tarefas inúmeras. Um Espírito maior só se aproxima do aprendiz quanto este possua condições de absorver-lhe as lições e ajustar-se ao esquema de serviços. Seria mesmo um dispêndio de tempo útil se corresse atender todos os que lhe evocam a presença, esquecidos de apropriar-se das lições que já gravitam à sua volta. Um Espírito elevado é um mestre. Comparemo-lo, pois, com os nossos mestres. Entre nós, os professores de nível universitário não se dedicam a ensinar alunos que estejam cursando as primeiras letras do alfabeto em nossas escolas elementares. Aguardam que os petizes sofram uma triagem, percorrendo a escala gradual do conhecimento até que, após vencerem as provas vestibulares, façam juz à frequência de aulas com noções mais profundas de Ciência, de Arte, de Filosofia e toda a gama de valores culturais entesourados em milênios de evolução. É o ritmo da auto-seleção natural. Educando-nos moralmente, ou seja, ampliando a nossa visão do Bem e do Mal, optando pela prática do Bem, elevaremos nossas vibrações fluídicas individuais e estabeleceremos uni vínculo com as esferas mais altas. Criado o liame, estaremos ajustados aos esquemas de trabalho de Jesus e seremos mobilizadas para o setor em que mais produziremos. Nesse ajuste de nossas aspirações às atividades superiores dos Mentores da Vida, está o objetivo do desenvolvimento mediúnico. Difere, pois, da simples prática' mediúnica. E não se realiza, pela natureza do exercício a que nos impele, apenas em as mesas de intercâmbio e socorro espirituais. Foge do âmbito estreito das paredes de um agrupamento humano, para tornar-se uma necessidade permanente em nossa existência. Tais exercícios, com o objetivo de atingirmos condições íntimas para o intercâmbio cristão, realizam-se a todos os minutos e a todos os segundos de nossa vida: • no clima familiar, • no círculo de amigos e companheiros, • na proximidade de nossos vizinhos, • nas cercanias espirituais dos inimigos, • na mira dos perseguidores gratuitos, • na estrada por onde andamos sofredores, • sob o teto das famílias pobres, • nos agrupamentos de estudos, • nos Templos de nossa fé... Todos os sábados, das 08:00 às 10:00 horas Rádio ABC de Santo André AM 1570 KHZ na Grande São Paulo FALE AO VIVO: (11) 4435-9020