Tema: Melhor coisa é dar que receber! Texto- base: 1 Rs.17:7-24 Um dos principais obstáculos para vivermos o Evangelho de Jesus em toda a sua plenitude é a tremenda dificuldade que temos de nos desprendermos de nós mesmos e dar um pouco do que temos para Deus e para os outros. Infelizmente, as palavras do Senhor "mais bem-aventurado é dar que receber" (Atos, 20.35) continuam sendo uma fronteira desconhecida e inexplorada para a maioria dos cristãos, cujos estreitos horizontes não passam d'além dos seus próprios interesses. Mas, por que dar? Por que dar é tão importante para a nossa própria felicidade segundo as palavras de Jesus? O texto que nós lemos é tremendamente importante para nós entendermos porque o Senhor Jesus disse que é mais bem-aventurado dar que receber. 1. Há uma lei que rege o mundo físico - a lei do fluxo e refluxo. Esta lei determina que só recebe aquele que exercitou a graça de dar. À medida que nós damos (fluxo), nós recebemos (refluxo). Jesus decodificou essa lei do Pai quando disse: "dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também" (Lucas, 6.38). O texto que lemos é um fiel retrato desta lei inexorável da vida. Para receber, a viúva de Sarepta primeiro teve que se dispor a dar aquilo que tinha. Por que? Porque esta é uma lei da vida: à medida que damos, recebemos. O fluxo (dar) sempre termina num maravilhoso refluxo (receber) da Graça de Deus em nossas vidas. 1.1. Você acha possível colher algo sem nada plantar? Leia atentamente 2 Co.9:6-15. 1.2. O texto- base desta lição nos apresenta uma viúva vivendo um tempo de imensa crise. O que você acha de pessoas que sempre justificam o não dar às dificuldades? 2. Dar é tão vital quanto o não dar é mortal para nós. Ou seja, quem não dá, “morre”. Quem não dá, torna-se um mar morto - sem saídas, sem vazão, sem trocas, só recebe - por isso morto. Para não morrer (embora não soubesse disso) aquela viúva teve que dar o pouco de farinha que tinha e o pouco azeite que lhe sobrara. O não dar implicava na própria morte. Aqui está a ironia fina da vida. Aquilo a que ela atribuía valor fundamental para sua vida seria o que lhe roubaria a vida, caso não se dispusesse a entregar. Dar era tão vital quanto o não dar seria mortal para ela. Talvez esta seja a razão porque existam muitas pessoas que morreram para vida. Nunca deram de si para ninguém. Sofrem da síndrome do mar morto. São lacradas, são sem saídas, são hermeticamente fechadas, só recebem; são cisternas podres - cujas águas estão sempre paradas, nunca se renovam. Dar é tão vital quanto o não dar é letal para nós. 2.1. Aquela viúva supriu a necessidade do profeta. Faça juntamente com o grupo uma lista de coisas que podem dar para suprir necessidades. Exemplo: agasalhos, alimentos, ofertas em dinheiro, objetos de valor (relógios, jóias, celulares, etc...) que poderão ser vendidos para levantar fundos, tempo à disposição da Igreja para o que for preciso, etc... SUPERE-SE! 3. O retorno é sempre infinitamente maior do que aquilo que nós damos. Aquilo que damos, volta, mas volta infinitamente maior de uma forma ou de outra. O retorno sempre é maior que o investimento: "dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão...". Aquela viúva deu um pouco de farinha e azeite. O que ela recebeu além da multiplicação da farinha e do azeite? Ela recebeu a vida de seu filho de volta (mais tarde, Elias teve que ressuscitar o filho da viúva). Será que, se ela soubesse antes que Elias iria salvar o seu filho, teria relutado em dar o seu pão para mantê-lo vivo? Claro que não! Ela jamais imaginou que ao dar o seu pão para o sustento do Profeta, ela estava dando na verdade a vida para o seu próprio filho. Jamais imaginou que o ajudando (o que fez com certa má vontade) ela estava na verdade se ajudando. Aqui está o problema que nos impede de dar o que temos para Deus e para o próximo: quando damos, o fazemos muitas vezes achando que irá faltar para nós e para a nossa família. Além disso, muitas vezes também achamos que estamos ajudando os outros e nunca nós mesmos. Não atinamos para o fato de que ao dar o nosso "pão", não estamos apenas ajudando o próximo mas também a nós mesmos. Porque o retorno sempre é infinitamente maior do que aquilo que nós investimos. Quando Deus pede para nós darmos alguma coisa (por mais precioso que pareça ser) é porque Ele quer nos dar em troca algo muito maior e mais importante. Conclusão: Olhando para algumas pessoas que não conseguiram prosperar, é possível ver que estas pessoas ainda não desenvolveram a graça de dar de si mesmo para outros e para Deus. Não entenderam que, na contabilidade de Deus e da vida, é dando que se recebe, é dividindo que se soma, é deixando escorrer de nós o fluxo da graça de dar, que somos inundados pelos refluxos generosos da graça de viver - o que nos faz pensar que é sempre mais bem-aventurado dar que receber...