AS TECNOLOGIAS EM SAÚDE E OS DESAFIOS DA ENFERMAGEM
À IMPLEMENTAÇÃO DOS CUIDADOS
Monica Pereira Nobrega1
Veronica Pereira Nobrega2
Érica Surama Ribeiro César Alves3
RESUMO
INTRODUÇÃO: As tecnologias em saúde apesar de exporem os profissionais da enfermagem
a desafios diários é uma opção benéfica que fornecem parâmetros dos sinais vitais dos
clientes e meio de interação entre os envolvidos na assistência em saúde. Utilizada dentro dos
hospitais e outros estabelecimentos de saúde facilita o atendimento e favorece a
disponibilização de uma assistência conforme a necessidade do cliente. OBJETIVOS: Refletir
sobre as tecnologias em saúde e os desafios que a enfermagem precisa superar para alcançar a
implementação dos cuidados. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica
realizada através de sites de indexação cientifica Scientific Electronic Library Online
(SciELO) e Bireme, no período de maio a julho de 2015, utilizaram-se 20 artigos e 01
resolução e 01 caderno do Ministério da Saúde, selecionados através dos critérios de inclusão:
serem relacionados a temática e publicados nos últimos 14 anos. Como descritores, adotouse: “tecnologia em saúde”, “desafios da enfermagem” e “cuidado tecnológico”.
RESULTADOS: A tecnologia em saúde precisa ser dominada pelos enfermeiros, porque há
um cuidado denominado tecnológico, diferenciado pela aplicação de um conhecimento
especializado que ocorre através do manuseio de equipamentos e traz benefícios, sobretudo no
que concerne à objetividade. Apesar de o termo tecnologia remeter-se a objeto material e
instrumental nos centros especializados são perceptíveis a existência de três tipos, tais como:
a dura, a leve-dura e a leve. Sendo a tecnologia dura a responsável pela decodificação de
dados precisos dos clientes, mas que precisa ser adequadamente instalada para evitar a
exposição de dados errados e, consequentemente, a execução de uma conduta inadequada. A
leve está presente na relação direta usuário-profissional concretizada nas ações de
cumplicidade, vínculo e aceitação e a leve-dura inclui o conhecimento técnico estruturado nas
disciplinas que operam em saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebeu-se que a evolução
tecnológica para a área da saúde, através do saber adquirido pela iniciação científica, é que se
estimula o desenvolvimento de um olhar crítico e atuante nos profissionais, contribuindo na
formação deles, pois esse conhecimento possibilita recursos que auxiliam na execução de uma
assistência de enfermagem mais digna e humana.
Palavras-chave: Enfermagem; Cuidados de enfermagem; Tecnologia em saúde.
1
Acadêmica do Curso Bacharelado em Enfermagem nas Faculdades Integradas de Patos (FIPs). Formada em Licenciatura
Plena em Letras pelas FIPs, em 2010. Patos-PB. E-mail: [email protected].
2 Co-orientadora; Formada em Licenciatura Plena em Letras pelas FIPs, em 2008. Patos-PB. Especialista em Língua,
Linguística e Literatura. Graduanda do Curso de Pedagogia na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). E-mail:
[email protected].
3 Orientadora. Enfermeira. Mestre em Enfermagem em Ciências da Saúde pela Universidade Cruzeiro do Sul em São Paulo e
Docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem nas FIPs. Patos-PB. E-mail: [email protected].
2
ABSTRACT
INTRODUCTION: The health technologies despite of exposing the nursing professionals to
daily challenges are a beneficial option which provides parameters of the vital signs of the
clients and the interaction among the people who are involved in the health assistance. The
technologies are used inside the hospitals and other health establishments in which facilitate
the service and favor the provision of a support according to the client’s needs. GOALS: To
think about the health technologies and the challenges that the nursing needs to overcome to
reach the implementation of the care. METHODOLOGY: It is about a bibliographic review
completed through scientific indexation websites (Scientific Electronic Library Online
(SciELO) and Bireme), in the period from May to July in 2015, it was used 20 articles, 1
resolution and 1 notebook from the Ministry of Health that were selected by the criterion of
inclusion: to be related to the theme and published in the last 14 years. The adopted keywords
were: “Health Technologies”, “Challenges in Nursing”, “Technology Care”. RESULTS: The
health technology needs to be mastered by the nurses, because there is a care denominated
technology; distinguished by the application of a specialized knowledge that occur by the
handling of equipment which brings benefits especially about objectivity. Despite of the term
technology be related to material and instrumental objects in the specialized center; they are
noticeable in three ways: the hard, the light-hard and the light. The hard one is responsible for
the decoding of precise data of the clients, which is necessary to be properly installed to avoid
the exposure of wrong data and consequently; the performance of inappropriate behavior. The
light one is presented in the direct relation between the user and the professional that is
concretized in the actions of complicity, bond and acceptance. The light-hard includes the
technical structured knowledge in the subjects that are related to health. FINAL
CONSIDERETIONS: It could be realized that the technological progress in the health area,
through the acquired knowledge in scientific initiation; stimulated the development of a critic
and active view in the professionals, contributing in their formation, because this knowledge
enables resources that help in the performance of a more decent and human nursing
assistance.
Keywords: Nursing; Nursing care; Health technology.
INTRODUÇÃO
Com a industrialização vieram o avanço tecnológico e a valorização da ciência. Na
área da saúde, esse avanço se faz presente com a introdução de aparelhos modernos e da
informática em benefício da luta contra as doenças através da solução de problemas antes não
resolvidos (BARRA et al., 2006).
Assim como na sociedade, as transformações vêm ocorrendo também no campo da
saúde, só que neste de maneira significativa, tanto no seu objeto processo saúde-doençacuidado, quanto no instrumental teórico-prático relativo às práticas e organização da produção
em saúde. O setor saúde precisa responder há serviços como as necessidades por intervenções
3
tecnológicas de alta complexidade e especialidades disponíveis nos hospitais de atendimento
terciário (ROCHA; ALMEIDA, 2000).
É por isso que se deve realizar Avaliação de Tecnologias em Saúde como um processo
contínuo de análise dos benefícios para a saúde, das consequências econômicas e sociais,
considerando alguns aspectos: segurança, eficácia, efetividade, custos, custo-efetividade e
equidade, impactos éticos, culturais e ambientais. O objetivo é auxiliar as instâncias decisórias
quanto à utilização e inspeção de tecnologias nos estabelecimentos de saúde, além de
informar aos trabalhadores de saúde e clientes em relação à segurança, aos benefícios e aos
custos desses recursos (BRASIL, 2010a).
Assim como a Avaliação de Tecnologias em Saúde, o 2º art. da Resolução nº 2 dispõe
sobre o gerenciamento de tecnologias nas instituições de saúde objetivando estabelecer
critérios para serem utilizados na prestação de serviços de modo a garantir qualidade,
efetividade e segurança, desde a incorporação na instituição de saúde até sua finalidade, bem
como a capacitação dos profissionais envolvidos no processo (BRASIL, 2010b).
Nos modelos tecnoassistenciais existem polêmicas significativas referentes à
incorporação de tecnologias adequadas para organizar as práticas de saúde e às possibilidades
de inovação dessas práticas no âmbito da atuação das equipes de saúde (FEUERWERKER,
2005).
A enfermagem se desenvolveu com o avanço da tecnologia. O progresso, a triagem e a
observação dos clientes foram introduzidos por Florence Nigthingale, na Guerra da Crimeia,
no século XIX, possibilitando o modelo para o cuidado de enfermagem ao paciente
criticamente enfermo, hoje encontrado em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A
enfermagem que atua nas UTIs caminhou com essa evolução assumindo novas obrigações e
adquirindo mais valorização e liberdade para tomar decisões (BARRA et al., 2006).
No campo da saúde a incorporação de instrumentos para o ato cirúrgico e a presença
de equipamentos de diagnósticos foram os movimentos mais visíveis da tecnologização da
terapêutica (SILVA; LOURO, 2010).
O processo do fortalecimento do capitalismo compreendeu diversos ciclos de
crescimento e de crises. As suas distintas etapas de ampliação foram marcadas por
importantes transformações em termos de inovações, qualificação do trabalhador, maneiras de
organização e produção do trabalho (MERLO; LAPIS, 2007).
A tecnologia almeja a eficiência das atividades nas diversas esferas, e para isso ela
produz distintos objetos para suprir às necessidades ou aprimora os recursos tornando-os mais
resistentes (KOERICH et al., 2006).
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O presente estudo tem por objetivo refletir sobre as tecnologias em saúde e os desafios
que a enfermagem precisa superar para alcançar a implementação dos cuidados.
A relevância deste estudo está em mostrar a incorporação de tecnologias em saúde e
buscar elos teóricos que confirmem esse discurso com enfoque nos desafios da enfermagem
na utilização dessas inovações no ambiente de trabalho.
A pesquisa irá contribuir com o meio acadêmico e para a sociedade em geral, pois
através dela, esclarece dúvidas acerca da temática e das práticas de cuidado de enfermagem
em face as tecnologias utilizadas na assistência e fará com que se perceba a existência desse
arsenal tecnológico disponível para enfermagem e, que muitas vezes, impõem desafios que
precisam ser resolvidos.
A escolha do tema deve-se a uma simpatia que a autora apresentou em explorar esse
universo pouco abordado, na busca de saber mais sobre o uso das tecnologias em saúde.
Partindo desse contexto, surgiu o seguinte questionamento: Quais os desafios da enfermagem
para a prestação de cuidados em meio as tecnologias em saúde?
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica temática e de atualização em que realizou um
levantamento bibliográfico restrito ao período de 2000 a 2014 em um periódico de Psicologia,
sete de Enfermagem, um da Educação e Comunicação em Saúde, outro das áreas de
Engenharia e Saúde e dois do Ministério da saúde, sendo todos de circulação nacional
descritos a seguir: Revista Psicologia & Sociedade; Revista Brasileira de Enfermagem;
Revista Eletrônica de Enfermagem; Revista Latino-Americana de Enfermagem; Revista de
Enfermagem da UFSM; Revista de Enfermagem da UERJ; Revista Texto & Contexto
Enfermagem; Revista de Enfermagem da UFPE On Line; Revista Brasileira de Inovação
Tecnológica em Saúde; Revista Interface-Comunicação, Saúde, Educação; XIII Congresso
Brasileiro em Informática em Saúde-CBIS. Optou-se por pesquisar esses periódicos por
considerá-los de grande circulação e bem conceituados nos ambientes acadêmico e
profissional. A busca foi realizada manualmente através de consulta a todos os periódicos
disponíveis online nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online
(SciELO) e Bireme, no período de maio a julho de 2015. Selecionaram para análise todos os
artigos que mencionassem, em seus títulos e/ou resumos, as palavras-chave “tecnologia em
saúde”, “desafios da enfermagem” e “cuidado tecnológico”. Do material obtido, procedeu à
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leitura de cada resumo/artigo destacando aqueles que respondiam ao objetivo deste estudo, a
fim de analisar os dados. A seleção dos artigos, bem como a leitura minuciosa dos mesmos,
foi finalizada quando se tornaram repetitivos. Utilizaram-se como população 30 artigos e a
amostra constituída por 20 artigos, 01 resolução e 01 caderno do Ministério da Saúde,
obedecendo aos seguintes critérios de inclusão: artigos publicados a partir do ano de 2000 e
artigos em língua portuguesa. Os dados foram analisados a luz da literatura pertinente ao
tema.
REVISÃO DE LITERATURA
TIPOS DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE
Existe uma tipologia de cuidado que faz uso da tecnologia. Este cuidado proveniente
do uso dos maquinários identificado como "cuidado tecnológico", diferencia-se pela
utilização de um conhecimento que direciona a atenção da enfermeira na busca de dados
objetivos e subjetivos sobre o estado de saúde do cliente (SILVA; FERREIRA;
APOSTOLIDIS, 2014).
Através da inovação tecnológica caracterizada por profundas e constantes mudanças,
são colocados à disposição dos profissionais e usuários os diversos tipos de tecnologias:
educacionais, gerenciais e assistenciais (BARRA et al., 2006). As assistenciais incluem a
formação de um conhecimento técnico-científico proveniente de investigações, teorias e da
experiência entre profissionais-usuários (NIETSCHE et al., 2005).
As educacionais, utilizadas em enfermagem, são entendidas como uma base filosófica
caracterizada por pesquisas, ensinos, teorias, técnicas para inovação da educação, de forma a
disponibilizar maneiras atualizadas de troca de saberes entre educadores e estudantes
(NIETSCHE et al., 2012). E a gerencial permite uma visão baseada no diálogo entre os
sujeitos, proporcionando aos profissionais e clientes uma interação com disposição para o ato
de falar e escutar, de modo a proporcionar um ambiente de trabalho prazeroso, de satisfação e
ensino-aprendizagem (NIETSCHE et al., 2005).
As tecnologias em saúde foram explícitas em três categorias estreitamente interligadas
e presentes no agir da enfermagem, tais como: tecnologia dura representada pelos
equipamentos e aparelhos permanentes e suas normas; leve-dura incluindo o conhecimento
estruturado nas disciplinas presentes na saúde, a exemplo da clínica médica, epidemiológica,
6
entre outras e a leve que representa o processo de comunicação, das relações e vínculos
(WESTIN et al., 2012).
O trabalho em saúde pode ser visto a partir da existência de três recursos, como forma
de ilustrar o conjunto tecnológico utilizado na assistência. No primeiro se encontram os
instrumentos, no segundo, o conhecimento técnico estruturado e, no terceiro, as relações
construídas entre sujeitos que só têm materialidade em agir (SILVA; LOURO, 2010).
A utilização das tecnologias leves inclui a existência de um objeto de trabalho em
contínuo movimento, que exige dos profissionais da saúde, principalmente do enfermeiro,
uma competência diferenciada que desafia os profissionais à criatividade, à escuta e à
flexibilidade, não algo restrito a um corpo físico (ROSSI; LIMA, 2005).
Em setores complexos como terapia intensiva cardiológica, maquinários utilizados no
cuidado ao usuário em estado de saúde crítico são tecnologias duras, além das leve-duras de
forma complementar, representadas pelo manuseio de equipamentos e saberes tecnológicos
para seu funcionamento e, as leves envolvidas no âmbito das relações, concretizadas pelo
trabalho vivo em ato, na relação direta usuário-profissional (OLIVEIRA; SOUZA, 2012).
Não é raro deparar-se com usuários cujos organismos já possuem aparelhos, pois no
cotidiano do fazer profissional em terapia intensiva assistem pessoas que já fazem uso de
stents coronarianos, marcapasso implantável, válvulas cardíacas, braços, mãos e pernas
mecânicas além de determinadas máquinas, que embora ainda não estejam implantadas nos
usuários, já fazem parte deles, como as de diálise, os ventiladores artificiais, bombas de
infusão e entre outras (SILVA; LOURO, 2010).
A tecnologia moderna não só constrói máquinas e ferramentas físicas, mas também
sistematiza as atividades. Sendo que a tecnologia física (pesada) adere-se às ciências naturais
e a não física (leve) nas ciências comportamentais, pois este recurso não se restringe apenas a
maquinários, mas também a conhecimentos acumulados para produzir objetos e ordenar as
ações nos processos de trabalho (KOERICH et al., 2006).
A tecnologia leve produz-se no trabalho em ato, em um processo de interações entre
profissional-cliente criando relações de cumplicidade e vínculos, aceitação, respeito
construindo a responsabilidade em torno da situação enfrentada (ROCHA; ALMEIDA, 2000).
Os acolhimentos realizados através de ações resolutivas e respeitosas do enfermeiro para com
os demais integrantes da equipe de enfermagem, pode ser um diferencial na concretização do
cuidado humanizado (ROSSI; LIMA, 2005).
Conforme interesses corporativos dos grupos econômicos que atuam na saúde,
historicamente, a construção do modelo assistencial esteve direcionada nas tecnologias duras
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e leve-duras, já que, este modelo produziu uma organização do trabalho com fluxo voltado à
consulta médica, onde o conhecimento médico organiza o trabalho dos demais profissionais
(MERHY; FRANCO, 2003).
O DOMÍNIO DAS TECNOLOGIAS EM SAÚDE NO ÂMBITO DA
ENFERMAGEM
O reconhecimento da visão tecnológica do cuidado, tanto como produto, quanto
processo se deu com o advento da fundamentação científica do cuidado de enfermagem
explicitando uma ideia de que na história da civilização, a tecnologia e o cuidado estão
fortemente interligados (SILVA; LOURO, 2010).
A detenção do conhecimento em relação ao manuseio das máquinas, aspectos
fisiopatológicos da doença em curso, bem como a compreensão sobre os métodos de exame
clínico que coordenam e sistematizam os elementos para construir um diagnóstico de
enfermagem, aliado aos fundamentos do cuidado de enfermagem incluindo a observação, a
ausculta, a palpação são habilidades configuradas como cuidado especializado denominado de
tecnológico (SILVA; FERREIRA; APOSTOLIDIS, 2014).
O contexto da assistência à enfermagem vem sendo influenciado por mudanças no
âmbito da tecnologia, gerando inquietações e indagações sobre os benefícios, riscos e as
relações existentes entre trabalhadores, doentes e o manuseio desses equipamentos como
instrumentos indispensáveis ao cuidado de enfermagem. Principalmente nas unidades de
terapia intensiva (UTIs), a assistência ao cliente em estado crítico envolve a utilização de
recursos específicos exigindo dos enfermeiros, conhecimentos e aptidão tanto para
operacionalizar as máquinas quanto a sua adequação às necessidades de quem precisa dela
(SCHWONKE et al., 2011).
O cuidado de enfermagem passa por transformações adaptando-se as novas
tecnologias duras, porém sem desviar-se do foco de atuação que é o cuidado ao ser humano.
Referente às ações de enfermagem intra-hospitalar em setores de alta complexidade, os que
usam com frequência equipamentos (respiradores, monitores, bombas de infusão) passam por
dificuldades com essas constantes inovações, pois exigem capacitação contínua e atenção por
parte do profissional prestador do cuidado (SILVA; LOURO, 2010).
Durante o uso de equipamentos nos clientes, as máquinas disparam um alarme ou
sinalizam através de um dado codificado referente à saturação do oxigênio e alteração de uma
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curva respiratória e mediante esse sistema de alarme a enfermeira se aproxima do cliente para
decodificar os dados expostos pela máquina. O domínio da correta interpretação da linguagem
emitida por esses equipamentos disponibiliza um olhar tecnológico que alerta os profissionais
para a necessidade de uma conduta de enfermagem segura e confiante (SILVA; FERREIRA;
APOSTOLIDIS, 2014).
A apropriação do conhecimento do enfermeiro não envolve apenas o cuidado com as
máquinas, mas também as relações estabelecidas entre enfermeiro-usuário e o ambiente
cuidado. Essa relação, quando bem planejada, por meio do entendimento do enfermeiro junto
ao cliente gera uma situação mais aceitável com maior possibilidade de efeitos terapêuticos
satisfatórios (SCHWONKE et al., 2011).
É possível identificar que a equipe de enfermagem na execução cotidiana do cuidado
em um Centro de Terapia Intensiva (CTI), também utiliza as tecnologias leve, leve-dura e
dura, organizando de forma diferente uma com a outra, de acordo com o seu modo de
produzir o cuidado, no entanto, com graus de liberdade, tecnologicamente centrado nas leves
e leve-duras (SILVA; LOURO, 2010).
O uso da tecnologia na assistência ao doente crítico em Terapia Intensiva suscita um
cuidado com as máquinas, havendo necessidade de análise da função relacional dos aparelhos
com a enfermeira, o doente e o ambiente de cuidado, para que se obtenha maior chance de
efeitos terapêuticos positivos. Há que se repensar as tecnologias duras como um estar com o
doente crítico, deixar de lado a concepção de que ao se cuidar da máquina se esquece daquele
que de certa forma depende dela (SILVA; FERREIRA; APOSTOLIDIS, 2014).
Os profissionais de enfermagem da UTI precisam aprender a conviver e dividir
espaços nessas unidades, não somente com os colegas, clientes e família, mas principalmente
com os novos equipamentos, sendo eles uma espécie de segundo cliente, pois assim como os
seres humanos, essas ferramentas precisam ser assistidas para que se possa obter delas o
melhor desempenho possível. Isso tem exigido destes profissionais, novas habilidades e
competências, além de refletir uma nova forma de pensar o cuidado, seus enfermos, o
ambiente e as interações que se formam no cotidiano de cuidar quando pessoas e máquinas
estão envolvidas sem, entretanto, deixar de notar que, na nova imagem do ser humano, os
maquinários tornar-se-ão partes integrantes dele (SILVA; LOURO, 2010).
Em todas as situações cotidianas, sejam críticas, rotineiras ou não, revela-se o saber
fazer e utilizar o conhecimento e instrumentos (NIETSCHE et al., 2005). Por isso que se
defende a necessidade do enfermeiro desenvolver habilidades para avaliação tecnológica,
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como ferramenta necessária para o gerenciamento do cuidado em enfermagem mais
humanizado (ARONE; CUNHA, 2007).
RESULTADOS
Ao tecer as discussões do presente estudo, pontuaram os elementos em destaque e,
nesse sentido, foi observado que os artigos discorreram sobre a tecnologia, sendo para Silva e
Louro (2010), um processo de hibridização dos organismos humanos que emerge um sério
problema para os profissionais de enfermagem, pois os mesmos parecem não terem percebido
a dimensão das transformações na ciência. Considerando a complexidade de determinadas
máquinas e a sua inevitável incorporação ao corpo humano, tem exigido que se dispensem
cuidados de enfermagem percebendo que os usuários do futuro não serão organismos 100%
biológicos, mas um organismo com a implantação de máquinas.
No entanto, segundo Silva, Ferreira e Apostolidis (2014), há um cuidado específico
categorizado como cuidado tecnológico, diferenciado pela aplicação de um conhecimento
especializado que ocorre através do uso de equipamentos tecnológicos, mas estes não
necessariamente estão implantados no organismo humano. É por isso que, de acordo com
Schwonke et al. (2011), a tecnologia no ambiente de trabalho precisa ser dominada pelos
enfermeiros, como garantia do uso seguro e eficaz, sem gerar transtornos para quem necessita
dela ou para quem a opera.
E ainda sobre Silva, Ferreira e Apostolidis (2014), a tecnologia traz benefícios,
sobretudo no que concerne à objetividade e apela pelo respeito aos valores da profissão
através da resolução das necessidades do usuário de modo integral. Essa tecnologia moderna,
criada pelo homem, enquanto objeto material e instrumental proveniente do conhecimento
científico tem contribuído para solucionar problemas de saúde antes não resolvidos,
resultando em benefícios para o homem com melhorias nas condições de cuidado ao cliente,
por outro lado, suscita a qualificação e o aprimoramento dos envolvidos no processo.
Corroborando Silva e Louro (2010), o avanço tecnológico na área da saúde gera a
necessidade dos profissionais manter-se em intensivo aperfeiçoamento, além de estarem
cientes da existência de distintas tecnologias do cuidado, fato que requer dos profissionais de
enfermagem um contínuo processo de atualização, com vistas ao acompanhamento dos novos
avanços tecnológicos. Conforme Rocha e Almeida (2000), essa concepção envolve os
processos concretizados a partir da vivência diária e da procura de conhecimento para
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desenvolver uma gama de tarefas controladas e produzidas pelos seres humanos, porque a
enfermagem se responsabiliza, pelo conforto, acolhimento e bem estar dos usuários.
Para Arone e Cunha (2007), mesmo sabendo das inúmeras vantagens da tecnologia
para o cuidado à saúde, quanto à utilização de máquinas, diagnósticos precisos e terapêutica
qualificada não pode deixar de explicitar que a utilização de tecnologias no âmbito da saúde
tem dificultado as relações humanas, tornando-as frias, objetivas, individualistas e calculistas,
isto é, a enfermagem no uso dos equipamentos está deixando de lado as interações entre os
sujeitos que perpassa pelo ato de cuidar. Corroborando Pereira et al. (2012), a utilização
desses recursos determinaram repercussões no trabalho dos enfermeiros diante do
restruturamento do espaço para o cuidar onde tiveram que assistir o usuário e ao mesmo
tempo dominar as diversas categorias de tecnologias.
Desse modo, apesar dos avanços científicos em maquinários é perceptível uma
crescente diminuição na política de humanização quanto às interações entre profissionais de
saúde e os clientes. Além disso, para Mendes et al. (2002), a tecnologia é um recurso que se
faz presente em todas as formas de assistência à saúde e nos parece certo é que ela perpassa
pela enfermagem em todas as suas dimensões, visto que a natureza do seu trabalho lhe coloca
face a face com a produção tecnológica na sua forma mais simples até o seu contato com a
tecnologia de ponta.
Nessa perspectiva Arone e Cunha (2007), expõe que o enfermeiro deve estar em um
processo contínuo de capacitação técnica, compreendendo, pesquisando e conhecendo as
inovações tecnológicas, descobrindo seus conceitos, além de ser um profissional competente
para inserir e aplicar os mesmos, na incorporação, no uso e avaliação tecnológica dos objetos
de seu ambiente de trabalho e área de atuação. Compreendendo também conceitualmente cada
tecnologia, o enfermeiro necessita se envolver em cada um dos ciclos de produção desses
equipamentos, para diminuir custos e aumentar os benefícios clínicos, terapêuticos e
assistenciais.
Para quem pensava que a tecnologia se restringia a maquinários temos aí a prova de
que a forma como aborda um cliente em saúde é um ato pertinente às inovações no âmbito da
ciência, uma vez que o termo em si tecnologia engloba um sentido além do uso ou criação de
instrumentos. Dessa forma, o que se interessa refletir são as tecnologias em saúde e os
desafios que a enfermagem precisa superar para alcançar a implementação dos cuidados, pois
a tecnologia cobra do profissional mais interesse pela qualificação como também um tempo
maior para melhor se empenhar no descobrir em meio a um arsenal diversificado de objetos
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criados com finalidades específicas objetivando um melhor atendimento ao ser humano que
depende ou necessita dele.
Percebe-se, portanto, que ao mencionar quanto aos desafios da enfermagem e a
tecnologia em saúde, precisa-se primeiro indagar: Quais os tipos de tecnologias?, para então,
entender quais os desafios que se referem. Pois é o tipo de tecnologia que indica o grau de
dificuldade apresentado pelo profissional em uma determinada situação, uma vez que para
prestar um cuidado eficiente e eficaz conforme Rocha et al. (2008), é necessário a utilização
de diversos tipos de tecnologias, tais como: dura, ao utilizar instrumentos e equipamentos,
leve-dura quando utiliza conhecimentos estruturados e a leve com foco nas ações interativas
criando laços e o acolhimento do usuário em si.
Ainda sobre as tecnologias utilizadas nos estabelecimentos de saúde, ressaltam-se, as
leves, as que se constroem durante as interações, como o acolhimento, vínculo,
responsabilização, e quando utilizadas nos processos gerenciais do enfermeiro pode
influenciar na produção do cuidado sendo que para Rossi e Lima (2005), o compromisso e
desafio de quem gerencia o cuidado é o utilizar as interações enquanto tecnologia.
Em consonância, Paim et al. (2009), ressalta a falta de um apoio mais determinado e
concentrado nas tecnologias leves, naquelas que mesmo não visíveis são as principais
responsáveis pela humanização, por lhe darem com a subjetividade nas relações entre
profissionais e clientes nos serviços de saúde. Corroborando, Pereira et al. (2012), diz que foi
possível perceber que a prática do enfermeiro é principalmente influenciada pelas tecnologias
duras, seguida das leve-duras, estando as leves ainda sendo pouco valorizadas e utilizadas
pelos enfermeiros na assistência.
Entretanto Merhy e Franco (2003), fala que nossas observações têm percebido que
para além dos equipamentos e conhecimentos técnicos há uma outra tecnologia, a das
interações, analisada como fundamental para a produção do cuidado em saúde. Visto que há
um processo de trabalho cujo foco está direcionado no trabalho vivo em ato, formas de
abordagens mais relacionais, focando na ideia de que na relação entre trabalhador e cliente,
este é também sujeito da construção da saúde e desta forma pode ser também autor de atos
cuidadores, geradores de autonomia e isto significa romper com o sentido prescritivo do
cuidado assistencial, que o trabalho morto exerce, em todos os níveis da assistência, quanto ao
uso de tecnologias duras e leve-duras.
A partir da análise dos artigos que serviram de embasamento teórico, partiu-se para
uma análise reflexiva sobre o objeto em estudo e fez perceber que as tecnologias em saúde se
relacionam com instrumentos tanto humanos quanto materiais assim como figuram Arone e
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Cunha (2007), a assistência de enfermagem exige pessoal e tecnologia especializadas e no
caso de aparelhos, as habilidades necessárias incluem não só o seu manuseio, como também a
aquisição de seus conceitos, dos ajustes e regulagem e do reconhecimento de mau
funcionamento do equipamento.
Enfim, todas essas considerações estimularam ainda mais analisar e interpretar os
dados remetidos no estudo bibliográfico, uma vez que para Bastos (2002), a tecnologia pode
interferir na relação profissional/usuário, às vezes facilitando, às vezes dificultando o seu
trabalho. E em suma conforme Barra et al. (2006), concluímos que a tecnologia, seja ela dura,
leve-dura ou leve, oferecida na rede hospitalar, apesar de ser indispensável para propiciar uma
melhor qualidade de vida ao paciente assistido, é insuficiente para tornar-se realmente efetiva
a assistência ao enfermo, se considerarmos o paciente como um ser holístico que às vezes o
seu estado psicológico pode estar tão comprometido como o seu físico.
CONSIDERAÇÕES
Considerando a importância do desenvolvimento científico e tecnológico para a área
da saúde, através do saber adquirido pela iniciação científica, é que se estimula o
desenvolvimento de um olhar crítico e atuante nos profissionais contribuindo na formação
deles, pois o conhecimento tecnológico possibilita recursos que auxiliam na execução de uma
assistência de enfermagem mais digna e humana, devido à disponibilidade de dados que
melhor podem traduzir o estado de saúde do usuário.
Seja qualquer tipo de tecnologia, ela se faz presente no estabelecimento, pois até os
fármacos são recursos tecnológicos utilizados em benefício da saúde dos usuários. E que os
profissionais necessitam de um conjunto de habilidades, experiências, conhecimentos
científicos para poder avaliar os benefícios e a segurança destes. Cabe aos profissionais de
enfermagem procurarem discutir sobre a inserção da tecnologia, uma vez que constituem
situações enfrentadas diariamente por estes profissionais em seu ambiente de trabalho, pois se
caso os mesmos não se derem conta de sua parcela neste processo, podem vir a perder espaço
para outros profissionais que se mantém em permanente processo de aperfeiçoamento.
É válido ressaltar que a tecnologia, como objeto material e instrumental, é um
componente importante de trabalho, contudo, não se restringe à tecnologia a recursos
puramente instrumentais, mas também interações ocasionadas pelas relações entre os sujeitos
que são mediadas pela humanização.
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Refletir sobre o cuidado na perspectiva da tecnologia nos leva a repensar a capacidade
do ser humano em buscar inovações capazes de transformar sua rotina de trabalho, visando
uma melhor qualidade de vida e satisfação do homem.
Acredita-se que a abordagem desta temática, fomenta-te por natureza, possibilita notar
que a enfermagem vem construindo o cuidado tecnologicamente, tanto no sentido de atender
às necessidades dos usuários como de modo a facilitar o seu trabalho. Daí porque detivera-se
a mostrar a incorporação de inovações tecnológicas em saúde e os desafios da enfermagem
para associar o cuidado aos clientes mediante a utilização de diversos tipos de tecnologias.
REFERÊNCIAS
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BARRA, Daniela Couto Carvalho Barra et al. Evolução histórica e impacto da tecnologia na
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BASTOS, Maria Antonini Ribeiro. O saber e a tecnologia: mitos de um centro de tratamento
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
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