Relatório Anual
Somague SGPS
2010
Relatório Anual
Somague SGPS
2010
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Principais Indicadores
Económico-financeiros
EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 3 ANOS
INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS
(Unid: Euros)
2008
2009
2010
Volume de negócios
761.298.213
796.955.681
799.331.350
Proveitos operacionais
797.765.516
841.707.404
842.010.737
EBITDA
39.684.657
35.002.450
56.434.507
Resultados antes de impostos
-4.419.294
12.655.454
17.253.585
Resultados líquidos
-8.917.066
7.502.768
9.950.823
Cash flow
19.722.152
25.086.450
40.173.273
Capitais próprios
135.931.372
140.389.331
150.136.617
Financiamento
227.713.175
209.843.411
171.245.859
62.631.806
78.327.451
117.718.789
165.081.369
131.515.960
53.527.070
Caixa e equivalentes
Endividamento líquido
VOLUME DE NEGÓCIOS/PROVEITOS OPERACIONAIS
CAPITAIS PRÓPRIOS
(Unid: Milhões Euros)
(Unid: Milhões Euros)
2010
2010
2009
2009
2008
2008
200
300
400
Proveitos operacionais
500
600
700
800
900
100
120
140
EBITDA
RESULTADOS LÍQUIDOS
(Unid: Milhões Euros)
(Unid: Milhões Euros)
2010
2010
2009
2009
2008
2008
20
30
40
50
60
-10
-5
0
ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO
(Unid: Milhões Euros)
2010
2009
2008
0
50
Endividamento líquido
2
160
Volume de negócios
100
150
Caixa e equivalentes
200
250
Financiamento
5
10
15
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P R I N C I PA I S I N D I C A D O R E S
Termas do Cró - Sabugal
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
(Unid: Euros)
2008
Vol. negócios
Carteira
Mercados
2009
Vol. negócios Carteira
2010
Vol. negócios
Carteira
Portugal
523.677.209
631.516.482
444.158.598
806.330.811
Espanha
61.763.759
101.645.052
43.946.460
101.376.623
43.035.738
57.232.861
Irlanda
54.101.820
121.261.706
91.937.442
37.287.865
66.123.296
9.887.109
Brasil
2.681.739
0
1.278.977
0
357.626
0
Angola
95.530.251
216.886.462
191.172.556
271.461.408
Cabo Verde
23.185.877
36.809.895
24.316.040
37.109.417
30.674.038
69.539.176
357.558
0
145.608
0
41.261
0
Outros
761.298.213 1.108.119.595
TOTAL DO INDICADOR
VOLUME DE NEGÓCIOS (por mercado geográfico)
796.955.681 1.253.566.123
476.526.853 580.034.246
182.572.538 232.609.350
799.331.350 949.302.741
CARTEIRA (por mercado geográfico)
Portugal
Angola
60%
23%
Portugal
Angola
61%
22%
7%
Irlanda
8%
Cabo Verde
Espanha
5%
Espanha
6%
Cabo Verde
4%
Irlanda
1%
Brasil
0%
Brasil
0%
Outros
0%
Outros
0%
VOLUME DE NEGÓCIOS (por tipo de obra)
CARTEIRA (por tipo de obra)
Não Residenciais
O. Rodoviárias
40%
22%
Não Residenciais
O. Rodoviárias
37%
29%
O. Ferroviárias
15%
O. Ferroviárias
10%
O. Marítimas
7%
O. Marítimas
9%
O. Hidráulicas
7%
Outras
8%
Outras
5%
O. Hidráulicas
5%
Residenciais
3%
Residenciais
2%
O. Aeroportuárias
1%
O. Aeroportuárias
0%
Urbanizações
0%
Urbanizações
0%
CARTEIRA (Nacional e Internacional)
VOLUME DE NEGÓCIOS (Nacional e Internacional)
(Unid: Milhões Euros)
(Unid: Milhões Euros)
2010
2010
2009
2009
2008
2008
0
150
Internacional
300
Nacional
450
600
Total
750
900
0
150
Internacional
300
450
600
Nacional
750
900
1050
1200 1350
Total
3
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Principais Indicadores
Sociais e Ambientais
EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 3 ANOS
Indicadores sociais
2008
2009
2010
Nº de colaboradores
3.520
3.395
3.029
Formação/colaboradores (h)
12,26
12,59
16,49
275
371
298
Encargos com protecção social não obrigatórios (€/colaborador)
Distribuição geográfica do número de colaboradores
2008
2009
2010
Portugal
2.020
1.908
1.906
Angola
1.186
1.156
851
Cabo Verde
138
150
181
Espanha
103
125
62
Irlanda
63
45
17
Brasil
10
7
8
Outros
0
4
4
3.520
3.395
3.029
2008
2009
2010
Consumo de água (m3)
197.123
249.058
250.697
Consumo de cimento (ton)
108.137
116.978
104.230
1.217.467
1.659.046
1.635.011
Produção de RCD (ton)
31.524
94.463
31.448
Emissões de CO2
23.041
24.808
19.603
Total
Indicadores ambientais
Consumo de agregados (ton)
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO NÚMERO DE COLABORADORES
4
NÚMERO DE COLABORADORES (Nacional e Internacional)
Portugal
Angola
62,9%
28,1%
2010
Cabo Verde
6,0%
2009
Espanha
2,0%
Irlanda
0,6%
Brasil
0,3%
Outros
0,1%
2008
0
500
Internacional
1000
1500
Nacional
2000
2500
Total
3000
3500
4000
SOMAGUE SGPS
P R I N C I PA I S I N D I C A D O R E S
Estoril Sol Residence
5
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Índice
Reforço de Potência de Venda Nova III - Vieira do Minho
6
PRINCIPAIS INDICADORES
1 CARTA DO PRESIDENTE
2 GOVERNO CORPORATIVO
3 RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
4 DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO
5 QUALIDADE E INOVAÇÃO
6 RECURSOS HUMANOS
7 SEGURANÇA E SAÚDE
08
10
24
52
56
64
74
SOMAGUE SGPS
ÍNDICE
84
98
106
114
162
166
170
8 AMBIENTE
9 IMPACTE NA COMUNIDADE
10 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
11 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
12 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS
13 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO – CONTAS CONSOLIDADAS
14 ANEXO AOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE GRI
7
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
01
José Luís Machado do Vale - Presidente do Conselho de Administração
A forte crise nacional, aliada à crise económica internacional, veio marcar o ano
de 2010 por uma grande incerteza, com a consequente contracção no investimento com o objectivo de controlo das finanças públicas.
A redução da procura dirigida à construção, resultado das quedas acentuadas dos níveis de investimento, quer público quer privado, levou a situações de
difícil resolução para grande parte das empresas do sector da construção. A
incerteza relativa aos investimentos públicos anteriormente anunciados não
trouxe luz a este cenário.
Nesta conjuntura recessiva, em linha com a estratégia que vinha já desenvolvendo anteriormente, a Somague continuou a sua política de contenção e
racionalização, que norteia a reestruturação do Grupo SyV desde o início de
2008, procurando “fazer sempre bem à primeira, construindo com segurança,
com qualidade, nos prazos contratualizados e com resultados positivos”.
Assim, apesar do fraco desempenho da economia nacional e da continuada
crise no mercado da construção, o presente documento (que engloba, pela
primeira vez, o relatório e contas e o relatório de sustentabilidade) mostra-nos
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SOMAGUE SGPS
C A R TA D O P R E S I D E N T E
que a estratégia desenvolvida pela Somague irá permitir enfrentar o futuro próximo, que se prevê difícil, com acrescida segurança.
Um volume de negócios ao nível do do ano anterior, mas com uma melhoria significativa do resultado do exercício e com a consequente melhoria dos indicadores
de rendibilidade e solidez financeira, são um ponto de partida positivo para 2011.
O reforço e a aposta nas capacidades e competências que diferenciam a
Somague, sejam elas a nível das obras ferroviárias, hidráulicas ou marítimas,
para apenas citar algumas, irão permitir a preparação de um futuro que será necessariamente diferente e para o qual apenas haverá lugar para as empresas
que mantiverem uma forte consistência organizativa.
Por outro lado, apesar do cenário de crise mundial, a actividade internacional da
Somague teve um comportamento muito positivo - representa hoje 40 % do volume
de negócios - graças principalmente a dois mercados estratégicos, Angola e Cabo
Verde, para além da manutenção da actividade em Espanha e na Irlanda, onde as
valências técnicas da Somague fazem a diferença. E a internacionalização passará,
além dos países atrás referidos, pelo reforço no mercado brasileiro e pelo regresso
a Moçambique, onde se iniciou já uma forte actividade comercial.
O ano de 2011, embora difícil, fruto da complexidade da situação actual,
vamos encará-lo com a garra que nos permitiu, em mais de 60 anos, ultrapassar
dificuldades semelhantes, com muita prudência e realismo, mas com a determinação que permitiu aos nossos antepassados descobrir novos mundos.
Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu
desempenho e a sua dedicação conseguimos os resultados do ano e a confiança de
que seremos capazes de ultrapassar as dificuldades futuras, com racionalização
e consistência na organização. Uma palavra de agradecimento pela confiança e
colaboração dos nossos accionistas, clientes, parceiros, fornecedores e bancos,
que sempre nos têm acompanhado.
Termino com um voto para que em 2011 consigamos todos trabalhar para o
mesmo objectivo e para que a estabilidade política surja na base de um pacto de
regime no sentido de se encontrarem as soluções que nos façam sair da crise fortalecidos e ganhadores.
José Luís Machado do Vale
Presidente do Conselho de Administração
9
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
MISSÃO
Assegurar de uma forma sustentada e contínua a melhoria da qualidade de vida da população, construindo as infra-estruturas do futuro, baseada nos mais elevados padrões de
performance em termos de qualidade, custo e prazo.
VISÃO
Ser uma empresa de sucesso nas áreas da construção civil e obras públicas onde exerce a sua
actividade, assegurando a satisfação e confiança dos seus clientes pela qualidade e competitividade dos seus produtos e serviços, beneficiando com tudo aquilo que fizer, correspondendo aos
anseios dos colaboradores.
VALORES
Inovação, espírito de grupo, orientação para o cliente, desenvolvimento profissional, ética e
responsabilidade social, respeito pelo indivíduo, qualidade organizacional.
Expansão do Terminal de GNL de Sines
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SOMAGUE SGPS
G OV E R N O C O R P O R AT I V O
02
Governo Corporativo
Modelo de Funcionamento
Órgãos Sociais
Organograma
Gestão do Risco
Stakeholders/Comunicação
11
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R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
2.1 – Modelo de
Funcionamento
A Somague funciona de acordo com um sistema de
gestão orientado por processos, o qual designou
por Modelo de Funcionamento, que foi estabelecido
com o objectivo de criar e implementar um conjunto
de normas e procedimentos que suportassem a
estratégia e os processos da empresa. Estes são
constituídos por diversas actividades, relacionadas
entre si e realizadas por uma ou mais áreas funcionais
da organização, cujo conjunto concorre para a
obtenção de um resultado único.
Angariação
de negócios
(AN)
Preparação
do arranque de
obra (PAO)
Elaboração
de propostas a
clientes (EPC)
Execução
de obra (EO)
Conclusão de
obra (CcO)
Controlo de obra (CtO)
Fornecimento de materiais e serviços (FMS)
Planeamento
estratégico
(PE)
Utilização e manutenção de equipamentos (UME)
Gestão de recursos humanos e organização (RHO)
Controlo operacional e financeiro (COF)
Gestão da informação e documentação (GID)
Gestão do SIGAQS (QSA)
Gestão do SGIDI (IDI)
Processos de negócio
12
Processos de suporte
Fase de
garantia (FG)
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G OV E R N O C O R P O R AT I V O
Hospital da Ilha da Terceira - Açores
O Modelo de Funcionamento da Somague suporta
a implementação da estratégia da empresa, das
políticas internas e dos requisitos externos por si
subscritos, nomeadamente:
Internos
• Missão, Visão e Valores
• Política de Sustentabilidade
• Plano Director de Responsabilidade Corporativa
do Grupo SyV
• Código de Ética e Conduta
• Política de Recursos Humanos
• Política da Qualidade, Segurança e Ambiente
• Política de Investigação, Desenvolvimento e
Inovação
• Processo de Subcontratação
• Procedimentos de Prevenção de Branqueamento de Capitais e Bloqueio ao Terrorismo
Externos
• Pacto Mundial das Nações Unidas (através do
Grupo SyV)
• Conselho Empresarial para o Desenvolvimento
Sustentável (BCSD Portugal)
• Rede Nacional de Responsabilidade Social das
Organizações (RSO.pt)
A implementação das políticas, códigos e compromissos anteriormente referidos é verificada através
da realização de auditorias internas e externas às
diferentes unidades de negócio da Somague.
13
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R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
2.2 – Órgãos Sociais
Assembleia Geral:
Presidente: Luís Maria Lino da Costa de Sousa Macedo
Secretário: Sara Alexandra Catarino Marques
Conselho de Administração:
Presidente: José Luís Carneiro Machado do Vale
Vice-Presidentes: Luís del Rivero
José Manuel Loureda Mantiñan
Vogais: Miguel Heras Dolader
Luís Silva Duarte Patrício
Conselho Fiscal:
ERNST & YOUNG AUDIT E ASSOCIADOS, SROC, S.A.,
representada por: João Carlos Miguel Alves
Suplente: Rui Abel Serra Martins, ROC
TOC:
Graça Maria Epifânio Pinto Dias Ferreira, TOC 1869
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G OV E R N O C O R P O R AT I V O
Túnel do Marão
O Conselho de Administração apoia-se nos
seguintes órgãos do governo, que o assistem no
exercício das suas funções:
O Conselho de Sustentabilidade, que propõe
objectivos estratégicos no âmbito do desenvolvimento sustentável assim como monitoriza a sua
implementação.
A Comissão de Nomeações e Retribuições, que
analisa o histórico profissional e avalia o perfil das
pessoas mais idóneas para formar parte do Conselho e restantes Órgãos de Governo, procurando que
os candidatos que propõe ao Conselho de
Administração sejam sempre pessoas de reconhecido prestigio, competência e experiência. Esta
comissão é ainda responsável pela implementação
do Programa de Gestão por Objectivos, no qual
são estabelecidos os objectivos da Administração e
dos gestores de topo, cuja avaliação é efectuada
anualmente.
A Direcção de Auditoria Interna, com o objectivo
de avaliar e gerir os riscos associados à actividade
da Somague e assegurar a fiabilidade e integridade
da informação financeira e operacional, reporta
hierarquicamente à Direcção de Auditoria Interna
do Grupo SYV.
O Departamento de Prevenção de Branqueamento
de Capitais, com a missão exclusiva de realizar a
gestão das actividades de prevenção de branqueamento de capitais.
A Comissão de Segurança e Saúde, com o
objectivo de analisar os acidentes ocorridos e
avaliar a implementação do sistema de segurança e
saúde no trabalho.
15
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R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
2.3 – Organograma
da Empresa
Cais do Jardim do Tabaco - 2ª fase - Lisboa
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G OV E R N O C O R P O R AT I V O
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R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
2.4 – Gestão do Risco
Hoje em dia os riscos que as organizações
enfrentam tendem a aumentar em grau de complexidade e de ameaça, à escala global, facto que a
recente crise financeira veio enfatizar.
O reconhecimento dos riscos e o seu adequado
tratamento são vitais para a sobrevivência das
organizações e podem fazer a diferença entre a
continuidade do negócio ou a sua extinção.
A Somague, consciente da importância do controlo
e gestão de riscos, implementou em 2008 o mapa
de riscos de alto nível de todas as suas actividades
de negócio, aplicado a todos os países onde actua
como um pilar estratégico de gestão e como forma
de assegurar a realização dos seus objectivos, de
forma sustentada.
No ano de 2010 o enfoque da gestão de riscos
incidiu no desenvolvimento e teste da “Metodologia
de Gestão de Risco”, a qual constituiu um modelo
sistematizado para a gestão de riscos operacionais
nas áreas da Produção e Comercial, em alinhamento com as melhores práticas de mercado.
Para 2011, e enquadrado na Política Global de
Controlo e Gestão de Riscos em vigor no que se refere
à monitorização e revisão, está planeado um
processo de auto-avaliação em colaboração com
os principais responsáveis da Somague onde participarão na identificação de possíveis oportunidades de melhoria e cumprimento das exigências regulatórias do Grupo SyV.
18
No âmbito da área comercial concluiu-se, em 2010,
a revisão da metodologia de identificação e avaliação
dos riscos de novos projectos, permitindo, desde o
ínicio definir medidas de contenção, minimização e
mitigação desses riscos. Esta nova metodologia
encontra-se suportada numa aplicação desenvolvida
internamente pela Somague TI, disponível na
intranet da Somague, permitindo a todas as áreas
da empresa comentarem, identificarem e
definirem acções para os riscos inerentes a cada
projecto/contrato.
A implementação desta nova aplicação foi testada
no final de 2010 e entrará em funcionamento sistemático durante o ano de 2011. A uniformização do
processo de análise de risco na fase comercial, a
valorização económica dos riscos e das respectivas
medidas de mitigação, assim como os relatórios
resultantes, são identificados como as grandes vantagens deste projecto.
Também na vertente operacional, de execução de
obra, a empresa procura minimizar os impactes de
eventos imprevistos. Assim, e dada a tendência actual
na contratualização das empreitadas de construção
civil e obras públicas tipo “chave na mão”, em que se
definem os parâmetros a atingir e a respeitar e se
responsabiliza o empreiteiro pela sua concretização, a
Somague iniciou em 2010 o desenvolvimento de uma
metodologia de gestão do risco operacional.
Inicialmente desenvolvida e testada na obra “Reforço
da Potência do Aproveitamento de Venda Nova Venda Nova III”, num trabalho conjunto com o cliente
(EDP), esta metodologia será alargada progressivamente às grandes empreitadas da Somague.
SOMAGUE SGPS
G OV E R N O C O R P O R AT I V O
Reforço de Potência de Venda Nova III - Vieira do Minho
Com este sistema, a Somague pretende criar uma
ferramenta que constitua uma mais-valia do
processo de gestão de obra e que promova uma
maior confiança dos seus clientes, ao evidenciar os
mecanismos de controlo que permitem aumentar as
probabilidades de cumprimento das metas dos
contratos com eles estabelecidos.
Auditoria Interna
O principal objectivo da função de Auditoria Interna,
consiste em assegurar à Administração e ao Comité
de Auditoria do Grupo SyV uma segurança razoável
em torno do ambiente dos sistemas de controlo
interno operacionais da Somague, que foram
correctamente concebidos e estão adequadamente
geridos. A consecução do referido objectivo requer
a realização das seguintes tarefas:
1. Actualização (com a participação activa da
Administração) do mapa de riscos da Somague,
que sirva de base para a planificação global dos
trabalhos do período.
2. Avaliar a adequação dos sistemas de controlo
interno para o objectivo de contribuir com uma
maior eficácia e eficiência dos processos de
gestão e controle dos riscos inerentes nas actividades desenvolvidas pela Somague.
3. Verificar que as operações e procedimentos
estão a ser implementados e desempenhados
tal como foram planeados e em consequência,
comprovar que os resultados obtidos estão de
acordo com os objectivos estabelecidos.
4. Contribuir com uma opinião independente e
objectiva em relação à interpretação e aplicação
do normativo legal vigente em matérias relacionadas com os riscos da Somague.
5. Avaliar a eficácia com que se utilizam os recursos
na Somague.
6. Analisar os meios de salvaguarda dos activos e
verificar a sua existência real.
7. Analisar a fiabilidade e integridade da informação financeira e de gestão das
sociedades da Somague, e os meios utilizados para identificar, avaliar, classificar e
comunicar essa informação.
Em 2010 foram realizados 12 trabalhos de auditoria
interna, que consubstanciaram o sentido da missão
da auditoria interna dentro da Somague e do Grupo
SyV. Todos eles estiveram orientados para proporcionar confort sobre o controlo dos riscos identificados no mapa de riscos da Somague, contribuindo
com valor acrescentado mediante sugestões de
melhoria e posteriores acções de seguimento.
Adicionalmente, a Auditoria Interna é ainda responsável por controlar o correcto cumprimento da
norma vigente em matéria de prevenção de branqueamento de capitais nas participadas do Grupo
SyV em território Português, e suas sucursais no
estrangeiro cuja sua actividade principal é a mediação imobiliária, a compra e venda de imóveis ou a
construção e venda directa de imóveis, sendo a
efectividade deste controlo garantido através da
realização de auditorias anuais.
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SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
2.5 – Stakeholders/
Comunicação
A proximidade com que a Somague acompanha os
seus grupos de interesse permite conhecer as suas
necessidades e expectativas e serve de base para
desenhar e desenvolver acções concretas para o
cumprimento dos compromissos assumidos.
Esta relação implica uma comunicação entre a
Somague e as partes interessadas, por um lado
fornecendo informações actualizadas, por outro
recebendo o respectivo feedback relativamente à
sua actuação. Tal só é possível através de uma
gestão activa das expectativas dos seus stakeholders
onde são identificados e caracterizados os diferentes grupos com os quais se relaciona directamente na sua actividade.
Reforço de Potência da Barragem da Bemposta - Trás-os-Montes
Colaboradores
Parceiros
Entidades
Estratégicos
Públicas
Accionista
Somague
Participadas
Fornecedores
Comunidade
20
Clientes
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2.5.1 – Comunicação interna
Algumas das ferramentas utilizadas na empresa
para comunicação interna são:
Snet - principal veículo de comunicação interna da
Somague. Esta ferramenta de intranet permite
sistematizar, e divulgar a todos os colaboradores,
os mais variados temas, desde informação corporativa,
manuais e formulários técnicos, portfólio de obras,
análise diária de imprensa, parcerias disponíveis
com entidades externas, fóruns de discussão,
informação relativa a áreas específicas (QSA e IDI,
equipamentos, jurídicos, tecnologias de informação, por ex.), datas de aniversário, entre outros.
A partir da Snet acede-se ao portal do colaborador
e ao portal do gestor.
A LAC – Linha de Apoio ao Colaborador, um
canal de comunicação via telefone ou e-mail, destinado a apoiar na resolução concreta de problemas, na clarificação de dúvidas e no debate de
questões com que qualquer colaborador, no âmbito
da relação laboral, se poderá deparar.
Cada um dos responsáveis da Somague dinamiza
ainda reuniões específicas por área, com as quais
pretende assegurar a recepção e compreensão da
informação adequada aos diversos níveis da
organização. Destacam-se as reuniões mensais de
controlo de custos e as reuniões de produção.
Consulta aos colaboradores
Foi efectuado, em 2010, um questionário aos colaboradores, com o objectivo de contribuírem para a
A utilização da Snet como forma preferencial de
comunicação dentro da Somague é ainda uma
medida eficaz de redução significativa no consumo
de papel, através dos sistemas facturação, do
programa de encomendas de merchandising, da
avaliação de subempreiteiros e fornecedores, da
divulgação de notas internas ou de circulares de
serviço, da publicação de manuais, todos
acessíveis on-line.
O Portal do Colaborador, acessível a partir da
Snet, permite a execução de uma série de tarefas,
sem necessidade de recurso ao suporte papel, e
reúne toda a informação pessoal do colaborador
associada directamente à sua relação com a
empresa, como a marcação de férias, as avaliações de
desempenho, os seguros, as acções de formação,
entre outros.
gestão/report da sustentabilidade na Somague, através da
identificação dos temas que lhes são mais relevantes.
Na análise às respostas, constatou-se que, na generalidade, os temas abordados em anteriores relatórios de
sustentabilidade estão coerentes com os aspectos considerados como mais relevantes, tendo-se, no entanto,
identificado algumas oportunidades de melhoria que
foram aplicadas na elaboração do presente relatório.
Ainda no âmbito do questionário, foi solicitado aos colaboradores que deixassem as suas sugestões relativamente
ao desempenho da empresa, tendo sido obtidas diversas
respostas, que abrangeram variadas áreas como a estratégia, organização interna, inovação, comunicação e colaboradores.
2.5.2 - Comunicação externa
O Portal do Gestor, também acessível via Snet,
permite um rápido olhar sobre temas ligados à
gestão mais directa de cada colaborador, seja a
nível de recursos humanos, eficiência de custos,
financeira ou de controlo de gestão.
A revista “Soma e Segue”, publicação trimestral,
com distribuição a todos os colaboradores, bem
como a um público externo seleccionado, que divulga
a actividade da empresa.
As principais ferramentas de comunicação que
permitem à empresa dialogar com a sua envolvente
são:
Revista “Soma e Segue”: Revista onde se
divulgam as principais notícias das diversas actividades da empresa. Teve a sua primeira edição em
Maio de 1996 e tem uma tiragem média de 3500
exemplares;
21
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Website (www.somague.pt): Sítio da internet que
disponibiliza informação detalhada sobre as áreas
de negócio e a actividade da empresa, responsabilidade corporativa e informação financeira. Uma
versão digital da revista Soma e Segue, o portfólio
da empresa, bem como um link de acesso directo
para recrutamento ou candidaturas espontâneas
podem ser encontrados em www.somague.pt;
Questionários de avaliação da satisfação do
cliente: A Somague realiza questionários aos seus
clientes para conhecer o seu índice de satisfação
com os serviços prestados;
Serviço Após Venda (SAV): Responsável por
receber e tratar as possíveis queixas e reclamações
dos clientes e implementar as medidas adequadas
para evitar a sua recorrência;
Relatórios Anuais: Através dos quais a Somague
divulga o seu desempenho económico, social e
ambiental. Estes relatórios contêm um questionário
onde se convidam os leitores a deixarem as suas
dúvidas, comentários ou sugestões (online);
Atendimento ao Público: Esclarecimento das
populações afectadas pelas obras;
Relações com a imprensa: Garantidas pela
Direcção-Geral de Marketing e Comunicação, em
sintonia com o Presidente da Somague;
Brochura institucional: Apresentação da
Somague Engenharia, suas empresas, negócio e
portfólio;
Brochuras de apresentação das empresas
participadas: Apresentação das áreas específicas
de actividade;
Livro curricular: Apresentação, em versão papel
ou CD-ROM, do portfólio da empresa.
22
Adicionalmente, a Somague em 2010 cooperou
com as seguintes organizações com o objectivo de
partilhar experiências e conhecimento:
• ACIF – Associação Comercial e Industrial do
Funchal
• AdI – Bolsa de Oferta e de Procura de
Tecnologia
• AECOPS – Associação de Empresas de
Construção e Obras Públicas
• AICOPA – Associação dos Industriais de
Construção Civil e Obras Públicas dos Açores
• AIP - Associação Industrial Portuguesa
• AMF – Associação de Amigos do Museu
Nacional Ferroviário
• ANEOP – Associação Nacional de Empreiteiros
de Obras Públicas
• APCER – Associação Portuguesa de
Certificação
• APIEE – Associação Portuguesa dos Industriais
de Engenharia Energética
• APNCF – Associação Portuguesa para a
Normalização e Certificação Ferroviária
• APQ – Associação Portuguesa para a Qualidade
• ASSICOM – Associação dos Industriais de
Construção do Arquipélago da Madeira
• InnovaDomus – Projecto Casa do Futuro
• BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o
Desenvolvimento Sustentável
• C.R.P. - Centro Rodoviário Português
• Câmara de Comércio e Indústria de Portuguesa
• Câmara de Comércio Indústria e Turismo
Portugal – Cabo Verde
• Câmara de Comércio Indústria Portugal – Angola
• COTEC – Associação Empresarial para a Inovação
• ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico
• EPIS – Empresários para a Inclusão Social
• Fundação Casa da Música
• Fundação Cidade Lisboa
• Fundação da Universidade Católica Portuguesa
• Fundação Serralves
• FUNDEC – Associação para a Formação e Desenvolvimento em Engenharia Civil e Arquitectura
• Instituto de Auditoria Interna
• IPQ – Instituto Português de Qualidade
• ITG – Instituto Tecnológico do Gás
• Universidade Católica Portuguesa
SOMAGUE SGPS
G OV E R N O C O R P O R AT I V O
Expansão do Terminal de GNL de Sines
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SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Alargamento da A8 - Loures
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SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O C O N S O L I D A D O D E G E S T Ã O
03
Relatório Consolidado de Gestão
Envolvente Macroeconómica
Envolvente Social
Envolvente Ambiental
Evolução Sectorial
Somague Engenharia
Participadas
Quadro de Progressos e de Compromissos
25
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
3.1 – Envolvente Macroeconómica
A actividade económica mundial apresentou sinais
de recuperação relativamente ao ano precedente
(2009), o qual ficou marcado pela recessão em
quase todos os países da União Europeia, à
excepção da Polónia e outros países das economias ditas emergentes, designadamente, a China,
Índia, Coreia do Sul e Brasil.
No entanto, a recuperação económica registada em
2010 não se operou a um ritmo homogéneo. os
dados disponíveis, a recuperação a que se assistiu
no 1º semestre, não foi secundada por uma tendência de crescimento de idêntica intensidade no
decurso do 2º semestre, tendo apresentado uma
moderação assinalável, resultado essencialmente
do início da supressão dos apoios governamentais,
que até então se vinham mantendo até então por
via de estímulos orçamentais e da recuperação dos
níveis de existências pelas empresas.
Por outro lado, o padrão da recuperação económica
a que assistimos em 2010 divergiu significativamente. Nas economias emergentes, com um
crescimento sustentado e dinâmico, embora com
ligeira quebra nos derradeiros meses do ano, em
contraponto com as economias avançadas em que
a recuperação ficou refém da necessidade de corrigir
balanços, reflectindo fracas perspectivas no mercado
de trabalho e baixos níveis de confiança, tendo
como consequência crescimentos muito mais
modestos.
Em termos da evolução da inflação verificou-se
também um comportamento díspar, sendo que,
enquanto nas economias emergentes se mantiveram
e incrementaram as pressões inflacionistas, nas
economias ditas avançadas pontificaram a contenção e moderação, assentes em políticas monetárias orientadas para que as ditas pressões inflacionistas ficassem tendencialmente ancoradas em
taxas anuais abaixo dos 2%, não obstante os efeitos
induzidos pelo comportamento dos mercados de
matérias-primas, designadamente, pelo facto de se
terem registado aumentos nos preços do petróleo
26
bruto Brent de 11% (USD 86,6) e do índice de
preços de matérias-primas não energéticas de 24%,
nos primeiros 11 meses de 2010.
Verificou-se igualmente a retoma do comércio
mundial, com maior expressão no 1º semestre do
ano em apreço.
Atente-se agora a alguns indicadores mais representativos daquelas que constituem as economias
e agregados económicos com maior expressão a
nível mundial (fonte Eurostat):
Em 2010 as economias emergentes lideraram o
crescimento. Na Ásia, China e Índia registara crescimentos do produto (PIB) na ordem dos 10% e a
Coreia do Sul de 4,5%. Na América Latina, o Brasil
e a Argentina apresentaram também crescimentos
de cerca de 10%. No tocante às economias e agregados dos países desenvolvidos destaca-se o
crescimento da UE (27) que se situou em 1,8% (-4,2%
em 2009), impulsionado pela Alemanha 3,6% (-4,7%
em 2009), pelo Japão 3,5% (-6,3% em 2009) e pelos
EUA 2,9% (-2,6% em 2009).
Para 2011, segundo os analistas, são expectáveis
crescimentos sustentados para as diversas economias e agregados mais relevantes. Na UE espera-se
um crescimento de 1,7%, com o menor contributo da
Alemanha, com um crescimento do PIB estimado em
2,2%, enquanto a China e Índia apontam para
crescimentos na ordem dos 8% ou 9%, com base
na evolução da sua procura interna e na evolução
das economias avançadas, dependentes do efeito
que estas têm sobre o comercio mundial e sobre os
fluxos de capitais privados. Já o Brasil, a par de
outros países da América Latina, manterá também
um crescimento económico robusto, na ordem dos
6% ou 7%, enquanto os EUA com 2,1% e o Japão com
1,3%, apresentam estimativas mais moderadas. É
igualmente expectável que as economias estejam
menos dinâmicas na 1ª metade de 2011 e mais
pujantes no decurso do 2º semestre em matéria de
crescimento económico.
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Artenius Mega PTA Sines
No contexto da recuperação económica mundial
face à crise económica e financeira que eclodiu em
2007, e que vem afectando ininterruptamente, ao
longo dos anos mais recentes, a quase totalidade
das economias mais representativas à escala
mundial, Portugal conseguiu igualmente inverter a
tendência marcadamente recessiva de 2009,
voltando ao crescimento da sua actividade, embora
moderado, registando um aumento do PIB de 1,3%
(-2,7% em 2009), de acordo com os dados publicados
pelo Banco de Portugal, mas uma vez mais
divergindo da média da zona euro (1,8%). No
quadro da dinamização da procura global, que se
constituiu como o grande impulsionador à reactivação do comércio mundial, Portugal interpretou
correctamente os sinais dados pelos mercados
externos apostando no sector exportador, registando
um crescimento das exportações de 9% (-11,6% em
2009). Foi possível assistir igualmente a um moderado
mas positivo crescimento do consumo privado de
1,8% (-0,8 em 2009), factor que, conjugado com a
procura externa, conduziu aos níveis de procura
global direccionados à economia portuguesa em
2010. No entanto, mercê das conhecidas debilidades
estruturais da economia portuguesa, o incremento da
procura global foi indissociável do crescimento das
importações, pelo que o crescimento das exportações acabou por não ter expressão significativa
em termos do défice atingido pela Balança de Bens
e Serviços de 6,4% do PIB (-6,8% em 2009).
Perspectivava-se, na entrada de 2010, que o crescimento da procura seria limitado, o que se veio a
confirmar, sobretudo no que concerne à procura
interna, com um crescimento de 0,5% em 2010 (-2,5%
em 2009), e embora as exportações tenham tido um
comportamento assinalável, como referido acima, o
investimento acabou por registar um retrocesso de
5%, confirmando a tendência de anos anteriores
(-11,1% em 2009 e -0,8% em 2008). De facto, a
procura interna encontra-se refém do processo de
ajustamento em curso dos desequilíbrios macroeconómicos da economia portuguesa, acumulados
na última década e mais precisamente nesta fase,
do resultado da implementação das medidas de
consolidação orçamental das finanças públicas
do PEC 2010-2013 e da repercussão destas
medidas no consumo e investimento público, no
financiamento externo concedido às instituições
financeiras e das condicionantes da concessão de
27
SOMAGUE SGPS
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crédito por estas às empresas do tecido empresarial
português e, por fim, no rendimento disponível das
famílias face ao quadro actual de endividamento
excessivo transversal a toda a economia.
Fruto da instabilidade financeira vivida à escala
mundial no último quadriénio, e que vem mantendo
os mercados financeiros em constante sobressalto e
pelo efeito conjugado dos factores acima expostos, a
pressão desencadeada sobre alguns Estados da
zona euro, com acentuadas debilidades de
finanças públicas e macroeconómicas, tais como a
Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, foi mais forte
do que seria inicialmente suposto, obrigando estes
Estados a actuarem firme e objectivamente na
implementação de políticas correctivas com vista à
consolidação orçamental, sob um olhar atento dos
parceiros europeus, mercados e restantes agentes
económicos, ávidos por comprovar o grau de eficácia
dessas medidas e a respectiva execução orçamental.
Portugal, em particular, esteve sujeito a diversas
contrariedades, como o efeito contágio dos seus
predecessores (Grécia e Irlanda) no acesso aos
fundos de estabilização/FMI, debatendo-se com
inúmeras dificuldades nas condições de colocação
de dívida soberana e na sua capacidade de financiamento externo, que incidiram não só sobre o Estado
como também sobre as instituições financeiras.
Relembre-se que a necessidade de financiamento externo e a deficiente estruturação das
finanças públicas são características comuns dos
citados países europeus mediterrânicos, sendo o
financiamento externo condição essencial à
sobrevivência e desenvolvimentos das respectivas
economias.
Portugal registou ainda uma inflação de 1,4% e uma
queda do emprego de 1,3%, atingindo os 10,8% em
termos acumulados (9,5% em 2009). Fonte INE.
Em 2011, o crescimento da economia portuguesa
espelhará o impacto sobre a actividade económica do
início dos ajustamentos necessários para colmatar os
desequilíbrios acumulados pela economia na última
década, projectando na previsão de crescimento
anual um grau de incerteza acrescido, difícil de
quantificar. Das medidas a implementar, será o
processo de consolidação orçamental das finanças
públicas o que ganhará maior notoriedade e que
fará a destrinça da real capacidade da acção
28
Central de Cogeração de Setúbal
governativa no cumprimento dos objectivos traçados,
num contexto exigente de gestão das finanças
públicas sem precedentes no país.
Enumeram-se algumas medidas implementadas do
lado da receita, como sejam o aumento da taxa de
IVA em 2 pontos percentuais (já antes aumentado
em 1% em Julho de 2010), o agravamento da tributação em IRS, a introdução de uma taxa de IRC
suplementar para empresas de lucro tributável
superior a 2M€, o aumento de contribuição para a
Caixa Geral de Aposentações e a introdução de
uma contribuição adicional para o sector financeiro.
Do lado da despesa destacam-se algumas das
medidas anunciadas, que incluem a redução do
investimento público, a redução das despesas com
a saúde, a redução nas transferências para o sector
empresarial do Estado e, nos consumos intermédios, a redução em 5% das remunerações da
Administração Pública bem como o congelamento
nas admissões, promoções e progressões nas
carreiras, as reduções dos gastos em prestações
sociais e, nos subsídios de desemprego, o congelamento de pensões.
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R E L AT Ó R I O C O N S O L I D A D O D E G E S T Ã O
Os dados actuais disponíveis para 2011 apontam
forçosamente para uma queda dos indicadores
económicos, sendo que, e de acordo com o Banco
de Portugal, Portugal terá uma contracção de actividade na ordem dos 1,3% e quedas do consumo
público e privado de 4,6% e 2,7%, respectivamente,
da procura interna de 3,6%, do investimento de
6,8%, das importações de 1,9%, acompanhados de
uma quebra adicional do emprego de 1,0% e do
crescimento da inflação na ordem dos 2,7%, sendo
o crescimento deste último indicador maioritariamente influenciado pelo aumento da tributação
indirecta e ainda pela evolução dos preços das
importações e pela evolução moderada dos
salários. Em sentido contrário, auguram-se bons
resultados provenientes das exportações, com um
crescimento de 5,9%, e do contributo das exportações líquidas na formação do PIB, de 2,5%.
É inequívoco que unicamente uma execução orçamental credível poderá restabelecer a confiança
dos investidores e dotar o sistema bancário
nacional e o próprio Estado de capacidade para
captar financiamento externo em condições menos
onerosas do que as actuais e, simultaneamente,
possibilitar um ajustamento gradual dos balanços
das famílias e empresas, levando sempre em consideração que, em 2011, se estará na presença de
condições mais restritivas de acesso ao crédito.
Estando em perspectiva para 2011 um quadro limitativo e recessivo da procura interna (+0,2%) que
condicionará a actividade económica em Portugal,
será determinante na actual conjuntura, promover a
reavaliação da produção das empresas eminentemente exportadoras, fomentando um mecanismo
de compensação de actividade, face à incapacidade
de absorção da produção nacional pelo mercado
interno, que passe pela selecção criteriosa de
produtos e mercados, para que a produção destes
bens e serviços transaccionáveis seja direccionada
para os mercados com maior potencial de crescimento
e possibilite, desta forma, ao redução do desequilíbrio nas contas externas e, por essa via, uma
menor necessidade de financiamento externo da
nossa economia.
Por fim, a qualidade do crescimento económico
futuro estará condicionada ao aumento do potencial
produtivo da economia, que depende sobremaneira
da qualidade e rentabilidade do investimento.
Importa portanto actuar por via da implementação
de medidas de enquadramento institucional, que
permitam melhorar a afectação de recursos à actividade empresarial e atrair projectos inovadores e
investimento estrangeiro. Será ainda fundamental, o
aumento de eficiência na afectação de recursos
que conduza a aumentos potenciais de produto,
que passe pela instalação de projectos de investimentos orientados para a exportação de bens
transaccionáveis, por medidas de promoção do
aumento da produtividade do trabalho, por medidas
que visem melhorar a qualidade do sistema educativo e que venham a dotar os jovens de maiores
graus de qualificação, e pela implementação de
reformas no mercado de trabalho, que visem
aumentar a sua flexibilidade dotando-o de maior
eficiência no tocante a afectação dos trabalhadores
aos postos de trabalho.
29
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
3.2 – Envolvente Social
Hospital Pediátrico de Coimbra
Portugal está hoje perante diversos desafios que,
embora com variações nacionais, são comuns aos
demais Estados-membros da União Europeia. No contexto de crise económica que se vive, o desemprego
aumentou e consequentemente o risco de pobreza.
Como referido anteriormente, em 2010, a taxa de
desemprego em Portugal foi de 10,8%, o que se
traduziu por um acréscimo de 1,3 p.p. face ao ano
anterior. A população desempregada situou-se em
602,6 mil indivíduos, tendo aumentado 14,0% em
relação ao ano anterior. A população empregada
registou um decréscimo anual de 1,5%.
30
As razões destes valores prendem-se com o elevado número dos chamados desempregados de
longa duração, muitos deles há mais de três anos,
e de precários que nunca chegaram a ter descontos suficientes para poderem beneficiar do subsídio, bem como de jovens à procura de primeiro
emprego. Também as medidas de austeridade fizeram com que muitos perdessem apoios sociais,
desde o subsídio de desemprego, ao rendimento
social de Inserção e ao abono de família. Esta situação, associada à baixa criação de emprego e ao
arrefecimento da actividade económica, fazem com
que o número de portugueses ameaçados pela
pobreza esteja a aumentar.
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Como tal, no contexto económico que Portugal vive
nos últimos anos, muitas empresas sentiram a
necessidade de expandir as suas actividades para
países menos saturados em termos de oferta, com
consequências na deslocalização dos colaboradores para esses mercados, nomeadamente para
aqueles com falta de quadros técnicos qualificados,
como é o caso das economias emergentes.
As empresas sempre tiveram um papel social activo, quer na protecção dos seus colaboradores,
quer através das suas acções de filantropia, mas,
face à dimensão dos problemas actuais, as
respostas tradicionais quer do Estado, quer do terceiro sector não são suficientes e as empresas são
cada vez mais solicitadas, vendo-se confrontadas
com a urgência de maximizar os seus impactos
sociais, optimizando os seus orçamentos.
A relação entre as empresas e a sociedade modificou-se, e as parcerias com o terceiro sector ou com
instituições internacionais tornaram-se desejadas
pelas diferentes partes interessadas, quer para a
operacionalização, quer para o co-financiamento de
projectos. Ou seja, as empresas tornaram-se parceiros indispensáveis do desenvolvimento, num
contexto em que dois terços da humanidade vive
em situação de pobreza.
2010 foi também o Ano Europeu do Combate à
Pobreza e à Exclusão Social, cujo objectivo central
foi o de “reiterar o empenho da União e de cada
Estado-membro na solidariedade, na justiça social
e no aumento da coesão, exercendo um impacto
decisivo na erradicação da pobreza”. Apesar desta
iniciativa, a procura de soluções para a profunda
crise económica que afecta a generalidade das
economias europeias, poderá levar à contenção ou
mesmo ao retrocesso das políticas sociais das
empresas, aumentando a precariedade das famílias
mais vulneráveis, precisamente aquelas que em
primeiro lugar e de forma mais intensa sofrem os
efeitos da crise económica.
A protecção dos trabalhadores passa também por
garantir as adequadas condições de segurança e
saúde, pois os acidentes de trabalho podem suceder
a qualquer trabalhador e em qualquer momento. No
entanto, existem actividades económicas mais
propícias à ocorrência de determinados acidentes
relativamente a outras. Desse modo em matéria de
acidentes de trabalho a construção é a actividade
económica com mais acidentes de trabalho não
mortais e mortais, podendo-se referir que, em 2010,
dos 88 acidentes de trabalho mortais registados em
Portugal, 35 ocorreram no sector da construção
(40%).
No sentido de contrariar a sinistralidade do sector
de construção, os requisitos no âmbito da segurança e saúde no trabalho são cada vez mais exigentes, obrigando as empresas a melhorar os seus
sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho para conseguirem obter um desempenho
superior nessa matéria. A evolução dos sistemas
de gestão das empresas, aliada às tecnologias de
informação e comunicação cada vez mais desenvolvidas e abrangentes, têm-se revelado uma
importante ferramenta ao dispor das empresas para
uma gestão eficiente e simplificada dos seus colaboradores.
Nos últimos anos, o Estado português tem também
implementado medidas com o objectivo de simplificar as obrigações das empresas, nomeadamente
através do programa de simplificação administrativa e legislativa (SIMPLEX). Como exemplo refere-se
a criação do relatório único, prestação anual de
informação sobre a actividade social da empresa,
que reúne informações até agora dispersas em
diversos documentos.
Como referido, as empresas têm sido obrigadas a
procurar novos mercados, os quais apresentam por
vezes contextos sociais antagónicos. Por um lado
os países europeus com pressões sociais semelhantes ou superiores aos verificados em Portugal,
por outro os países de economias emergentes onde
não existe ainda um grau de exigência no campo da
responsabilidade social. Nestes países não há, em
geral, requisitos do cliente neste âmbito, por vezes
nem se encontra mesmo legislada, as expectativas
das comunidades são reduzidas mas, a actuação
por parte das empresas externas, quando responsável e em cooperação com empresas e organizações locais, é encarada pela sociedade local como
digna de ser seguida, comercialmente importante e
promovedora de bem-estar.
31
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3.3 – Envolvente Ambiental
A actividade da construção está associada a
impactes ambientais significativos, essencialmente
relacionados com o consumo de matérias-primas e
o elevado consumo energético, com as consequentes emissões de gases com efeitos de estufa.
A este facto há a acrescentar o elevado número de
actores envolvidos no ciclo da construção, desde o
dono de obra até ao utilizador final, passando pelo
projectista e pelo construtor, entre outros. Cada um
possui diferentes responsabilidades e poder de
influência na mitigação de tais impactes.
Em Portugal, a legislação ambiental tem mostrado
nos últimos dois anos uma relativa estabilização.
No entanto, ainda se verifica alguma dispersão
dos requisitos legais entre antigos e novos diplomas. Ao nível internacional, e no que se refere aos
países da União Europeia em que a Somague
opera, em virtude do enquadramento da UE, as
exigências legais são em tudo semelhantes às verificadas em Portugal. Relativamente a Angola e
Cabo Verde, quando existem, os requisitos legais
no âmbito ambiental são também semelhantes,
dada a sua ligação histórica a Portugal. Esta situação
é um desafio para as empresas que ali actuam,
dada a falta de meios e infra-estruturas necessárias
ao cumprimento de tais requisitos.
O acto de legislar ou a conformidade com a legislação publicada não é suficiente para que uma
política ambiental seja eficaz. É também fundamental
implementar mecanismos de controlo, fomentar
iniciativas educativas e apoiar os mecanismos de
adesão voluntária – de que são exemplo a certificação ambiental ISO 14001 ou o registo EMAS, ou
mesmo o rótulo ecológico.
32
No actual contexto social e ambiental, o consumo de
matérias-primas e consequente produção de resíduos
têm aumentado a uma taxa superior à do produto interno bruto (PIB). No entanto, para que se verifique um
desenvolvimento sustentável, é necessário dissociar
estas duas variáveis – consumo de recursos e PIB. Ou
seja, o crescimento económico não pode ser feito apenas à custa do consumo de materiais. Este fenómeno,
normalmente designado por desmaterialização da
economia, constitui uma das metas da Estratégia para
a Utilização Sustentável dos Recursos Naturais, uma
das sete estratégias temáticas do 6º Programa de
Acção em matéria de Ambiente.
A diminuição do consumo dos recursos naturais
passa pelo desenvolvimento de soluções inovadoras
ao nível dos processos construtivos, aumentando a
sua eficiência, e pela procura de novos materiais, com
incorporação de resíduos ou subprodutos de outras
indústrias. Nos últimos anos verificaram-se algumas
iniciativas das entidades oficiais neste âmbito de que
são exemplo a actualização das especificações
técnicas do LNEC relativas à reutilização/reciclagem de resíduos na construção e a operacionalização do Mercado Organizado de Resíduos.
Actualmente, as alterações climáticas têm vindo a ser
identificadas como uma das maiores ameaças ambientais, sociais e económicas para o planeta e para a
humanidade. O sector da construção, através do
elevado consumo energético e consequentes
emissões, tem a sua quota-parte de responsabilidade.
Na avaliação efectuada em 2010, no âmbito do
índice ACGE, o sector da construção obteve uma
classificação de 30,3%, significativamente inferior
aos restantes sectores e à média global (44,7%). Este
facto evidência a necessidade de reforçar o empenho
no combate às alterações climáticas por este sector.
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O C O N S O L I D A D O D E G E S T Ã O
Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro
Ainda no âmbito das alterações climáticas destaca-se a definição, em Abril de 2010, da Estratégia
Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas
(ENAAC), com o objectivo de dotar o País de um
instrumento que promova a identificação de um
conjunto de linhas de acção e de medidas de
adaptação a aplicar, designadamente através de
instrumentos de carácter sectorial, tendo em conta
que a adaptação às alterações climáticas é um
desafio eminentemente transversal, que requer o
envolvimento de um vasto conjunto de sectores e
uma abordagem integrada.
A perda da Biodiversidade continua a verificar-se a
um ritmo preocupante nas últimas décadas. Com o
propósito de aumentar a consciência sobre a
importância da preservação da biodiversidade em
todo o mundo a Assembleia Geral das Nações
Unidas declarou o ano de 2010 como o Ano
Internacional da Biodiversidade. A protecção da
biodiversidade requer um esforço por parte de
todos, incluindo o sector da construção cuja
actividade tem impactes directos ao nível da
ocupação do solo.
33
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
3.4 – Evolução Sectorial
A crise económica dos últimos anos em Portugal
causou uma diminuição do investimento em vários
sectores, assumindo a construção destaque pela
negativa, ao registar em 2010, de acordo com os
dados do INE, uma quebra de produção de 8,5%,
confirmando-se assim como o pior ano da última
década para o sector da construção. Esta quebra
de 8,5% surge na sequência da quebra de 6,6% em
2009.
A análise efectuada aos dois principais segmentos
do sector demonstra que, à semelhança do ocorrido
em 2009, ambos contribuíram negativamente para
o seu desempenho. O segmento da construção
de edifícios registou uma quebra de produção de
12,7% (em 2009 a quebra foi de 10,7%) e o segmento
da engenharia civil contribuiu com uma quebra de
4,6% (em 2009 a quebra foi de 2,4%), de acordo
com os dados do INE.
No início de 2010 foram lançados diversos concursos
públicos, o que parecia uma aposta no sector da
construção com o objectivo de dinamizar diversos
sectores da economia (de acordo com a FEPICOP
existiu um acréscimo de 21,9% em relação a 2009).
No entanto, parte significativa destes concursos
públicos acabaram por não ser adjudicados, dado
o investimento público ter sido o principal alvo das
diversas medidas de austeridade implementadas
pelo Governo com vista à redução rápida do défice
público. A FEPICOP apurou uma variação negativa
homóloga em 2010 de 38,9%.
No segmento da construção de edifícios a quebra
só não foi maior porque o subsegmento de edifícios
residenciais públicos registou algum dinamismo
durante o ano, em virtude das obras efectuadas ao
abrigo do programa de modernização de escolas
“Parque Escolar”.
O mau ano para o sector da construção pode ser
confirmado pelas variações homólogas em 2010,
34
publicadas pelo INE, referentes às vendas de cimento
(-6,8%), vendas de varão para betão (-14,3%) e nas
emissões de licenças para a construção de
habitação nova (-8,1%).
Para além da quebra nas vendas, dos crónicos
atrasos nos pagamentos e das dificuldades crescentes em obter crédito bancário, o saldo da carteira
de encomendas atinge em 2010 níveis mínimos deste
2000. A variação homóloga em relação a 2009 é de
-21,7% e o número de meses de encomendas em
carteira é de 8,4 meses (9,1 meses em 2009), de
acordo com os dados da FEPICOP.
Uma das consequências directas é a supressão de
postos de trabalho. De acordo com os dados do
IEFP, são já mais de 70.000 os desempregados
oriundos do sector da construção, os quais representam mais de 14% do total dos desempregados,
percentagem esta muito acima da média nacional.
Da análise à informação disponível pelo Eurostat
verificou-se que o sector da construção, no conjunto
dos 27 países da União Europeia, apresentou uma
quebra anual de 8% e, no conjunto dos países
aderentes ao Euro, a quebra anual foi de 12%.
Embora alguns países ainda não tenham apresentado as suas estatísticas, podemos verificar que os
países onde a quebra anual foi maior foram a
Alemanha (-23,6%), a Espanha (-19,8%) e a
República Checa (-15,6%). Do lado oposto temos
países como a Suécia (+10,8%), a Polónia
(+10,7%) e a Eslováquia (+0,5%).
Ao nível dos países aderentes ao Euro, o segmento
da construção de edifícios sofreu uma quebra anual
de -8,9% em 2010 e o segmento da engenharia civil
sofreu uma quebra anual de -26,2% no mesmo ano.
Para os 27 países da União Europeia a quebra por
segmentos foi -6,3% e -17,3%, respectivamente
nos segmentos da construção de edifícios e de
engenharia civil.
SOMAGUE SGPS
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Para Portugal perspectiva-se para 2011 mais um
ano de quebra de produção no sector, esperando-se
que a dimensão da quebra seja menor que a verificada em 2010 e que 2011 marque a inflexão do
ciclo negativo que o sector vive.
Ao nível da Europa, as previsões apontam para
quebras na produção durante os próximos dois a
três anos, antes de conseguir reverter o ciclo negativo
que se iniciou em final de 2008.
Um bom indicador, que demonstra que a amplitude
do ciclo existente em Portugal é superior ao do ciclo
existente nos 27 países da União Europeia, é o indicador de confiança calculado pela FEPICOP/EU, no
qual, para 2011, a confiança dos empresários
portugueses está pessimista (-10,5%) e a confiança
dos empresários da média dos 27 países da União
Europeia está optimista (6,2%). A explicação,
avançada pela FEPICOP/EU, pode estar no saldo
da carteira de encomendas. Enquanto para Portugal
a variação do saldo é negativa, para o conjunto dos
27 países da União Europeia o saldo da carteira de
encomendas é positivo (3,6%). Perspectiva-se que
se não existirem alterações significativas, o sector
irá sair da crise depois da média dos restantes 27
países da União Europeia.
Para 2011 as melhores previsões macroeconómicas
são as constantes do Orçamento de Estado elaborado
pelo Ministério das Finanças, no qual se estima um
crescimento do PIB de 0,2% (fortemente divergente
do estimado pelo Banco de Portugal, de -1,3%) e
uma taxa de desemprego de 10,8%. Os juros que
Portugal tem de pagar pelo serviço da dívida pública encontram-se em níveis insustentáveis e são um
factor adicional a condicionar uma recuperação
mais rápida da nossa economia. Este aumento dos
juros também se repercute no tecido empresarial e,
em particular, no sector da construção através de
prémios de risco (spreads) mais elevados,
penalizando ainda mais a rendibilidade das
empresas do sector, já de si fortemente afectado
pela falta de obras e excesso de concorrentes, o
que, em conjunto com as restrições no acesso ao
crédito bancário, constitui um enorme desafio para
as empresas do sector.
A consolidação do sector, a definição política clara
de uma estratégia para o país, e para o sector da
construção e obras públicas que leve ao lançamento de novos projectos que sejam reprodutivos e
aceites socialmente, um maior apoio à internacionalização e a dinamização da reabilitação urbana,
podem ser as soluções para a saída da crise que está
instalada neste sector há vários anos.
Reforço de Potência da Barragem da Bemposta - Trás-os-Montes
35
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
3.5 – Somague Engenharia
3.5.1 – ACTIVIDADE COMERCIAL
A crise acentua-se…
Depois de em 2009 se ter utilizado o investimento
público como instrumento privilegiado para atenuar
os impactos da crise mundial que se fizeram sentir
na economia portuguesa, a necessidade de contenção do défice público implicou, em 2010, uma
forte redução do investimento, provocando uma
redução significativa do número e valor das obras
colocadas a concurso.
Para agravar a situação surgem fortes dúvidas
sobre a viabilidade de virem a ser concretizadas
algumas das obras lançadas ao longo de 2010,
tendo em conta as evidentes restrições orçamentais
em curso.
Ainda assim, e neste contexto extraordinariamente
adverso, a Somague, no ano de 2010, registou um
total de angariação de 764.888.113€ (mais 7.5%
face a 2009).
Seguidamente apresentam-se os valores parciais e
as principais obras angariadas no decorrer do ano
de 2010.
SOMAGUE ENGENHARIA
460 231 789 €
- EDP – Reforço de Potência – Venda Nova III
- Construção do novo Hospital de Vila Franca de Xira
- REN – Construção da Subestação de Tavira
- Trabalhos de manutenção do Terminal de Granéis Líquidos
de Sines
SOMAGUE ANGOLA
175 939 764 €
- Aeroporto Internacional de Luanda – 2ªfase
Consequência desta retracção da economia interna, a que se junta o fim dos dois ciclos eleitorais
vividos em 2009 e o adiamento, ou mesmo suspensão, de alguns dos mais significativos investimentos
públicos anunciados, é a dificuldade em angariar
actividade no mercado interno e simultaneamente o
aumento da taxa de desemprego no sector da construção.
- Reabilitação e ampliação do Edifício da Sonangol
- Construção do Edifício Fénix em Luanda
- Construção do Edifício Marina Baía em Luanda
CVC E SUCURSAL DE CABO VERDE
59 107 978 €
- Expansão do Porto de Sal Rei – Ilha da Boavista
- Expansão e modernização do Porto da Praia – Ilha de Santiago
- Construção da estrada Aeroporto – Lacacão – Via estruturante
da Boavista – Fase 1
- Ampliação da plataforma do Aeroporto da Boavista
Outra das consequências desta conjuntura é o nível
da concorrência, que se constata muito severa e
intensa, registando um número elevado de concorrentes e uma prática de preços, em média, 18%
abaixo dos valores base ods concursos.
- Construção de um aterro sanitário em Santiago
SOMAGUE EDIÇOR
33 004 989 €
- Construção de Escola em Santa Bárbara
- Construção do novo edifício do Centro de Saúde na Graciosa
NEOPUL
23 644 691 €
- Construção da linha de Gondomar – via betonada – Metro do Porto
- Manutenção de infra-estrutura ferroviária de Alta Velocidade
Esta escassez de mercado e a consequente concorrência selvagem condicionam fortemente a
evolução futura do sector e obrigam, cada vez mais,
as empresas a apostar na internacionalização, principalmente nos mercados emergentes.
36
Madrid – Castilla La Mancha
- Estação de Goya – Linha ferroviária de Zaragoza
SOMAGUE MADEIRA
12 958 902 €
- Dragagem de fundos em diversos portos
- Alterações à rede viária do Campo de Golfe da Ponta do Pargo
SOMAGUE SGPS
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3.5.2 – PRODUÇÃO
O ano de 2010, como já referido, foi mais um ano
em que a estagnação do sector da construção
se manteve em Portugal, o que se manifestou na
falta de projectos de investimento e na
degradação progressiva dos preços das obras
levadas a concurso. A manutenção desta situação
tem imposto às empresas portuguesas a procura
de soluções alternativas que lhes permitam manter
a sua sustentabilidade. Estas soluções têm passado
pelo desenvolvimento de actividades que incorporem construção e pela internacionalização nas
respectivas áreas de especialidade, matéria que
será abordada nos capítulos destinados a cada
participada.
-
Subestação da Lagoaça
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III
VALNOR - Central de compostagem
Termas do Cró
Águas do Mondego
Açude do Rio Távora
Apesar da situação macroeconómica, as
unidades de produção do Sul e do Norte atingiram
os objectivos estabelecidos para o ano, graças a
um conjunto de obras iniciadas e em curso, entre
as quais se destacam as seguintes:
REGIÃO SUL
- LOC – Litoral Oeste Construtores
- GNL de Sines
- Estoril Sol Residence – Estrutura, acabamentos e
instalações especiais
- Rede de rega Brinches / Enxoé
- Alargamentos A8
- Centro Comercial Aqua Portimão
- REFER – Requalificação Linha Vendas
Novas/Évora
- Artenius Mega PTA Sines
- REN – Subestação de Tavira
- ETAR de Alcântara
- Emissário do Meco
- Portucel – Central de Cogeração em Setúbal
REGIÃO NORTE
-
Acuinova Mira
Túnel do Marão
Reforço de Potência da Bemposta
Hospital Pediátrico de Coimbra
Águas de Barcelos
Hospital de Braga
Metro de Gondomar
Parque Escolar de Coimbra
Águas de Gondomar
APL – Reforço do cais entre Santa Apolónia e o
Jardim do Tabaco
Expansão do Terminal de GNL de Sines
37
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
3.6 – Participadas
3.6.1 – SOMAGUE – EDIÇOR,
ENGENHARIA, S.A.
A Somague - Ediçor, Engenharia, S.A. exerce a
sua actividade exclusivamente na Região
Autónoma dos Açores posicionando-se como
uma das maiores empresas regionais no sector
da cons-trução civil e obras públicas.
A actividade no exercício, localizada em sete das
nove ilhas da Região, totalizou cerca de 55.7 milhões
de Euros, tendo os resultados antes de impostos
atingido cerca de 1.7 milhões de Euros.
Para este volume de negócios contribuíram, de
forma particular, as áreas da construção civil e
urbanização, das obras marítimas / infra-estruturas
portuárias e das vias de comunicação.
Face à sua dimensão em termos regionais, regista-se
o facto da Somague - Ediçor integrar o ACE construtor
do novo Hospital da Ilha Terceira, obra que já
representou, no presente exercício, uma parcela
expressiva da sua actividade.
Apesar do investimento público na Região ser
determinante no sector da construção, a empresa
conseguiu desenvolver uma parcela significativa da
sua actividade no âmbito de contratos privados,
nomeadamente nas áreas da habitação e da
construção industrial.
Face aos condicionalismos que afectam o mercado
nacional, a Região continuou a apresentar-se como
alternativa para as empresas do continente, com
expressivo agravamento das condições de concorrência.
Neste contexto de dificuldades agravadas, foi
ainda assim possível desenvolver uma agressiva
actividade comercial, traduzida na apresentação
de 120 propostas, no valor de cerca de 136 milhões
de Euros, e na adjudicação de 36 empreitadas,
tota-lizando cerca de 33 milhões de Euros.
Das novas contratações e das ampliações de
contratos existentes, resulta uma carteira contratada em 1 de Janeiro de 2011 no valor de
cerca de 44 milhões de Euros.
No quadro seguinte apresentam-se os principais
indicadores da empresa (antes dos ajustamentos
de consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2008
Volume de negócios
2010
60.762.535
46.825.590
55.670.653
EBITDA
4.170.626
2.797.819
2.684.612
RAI
3.362.014
2.111.643
1.729.684
Resultado líquido
2.426.754
1.550.976
1.221.269
Cash flow
3.402.542
2.615.015
1.890.966
Activo líquido
50.936.394
38.046.122
40.829.752
Capital próprio
16.180.500
11.436.523
12.980.782
100%
100%
100%
Participação
38
2009
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Dragagem do Porto do Funchal
3.6.2 – SOMAGUE ENGENHARIA
MADEIRA, S.A.
A Somague Engenharia Madeira, S.A. exerce a sua
actividade na Região Autónoma da Madeira posicionando-se como uma das maiores empresas
regionais no sector da construção civil e obras
públicas.
A actividade da Somague Engenharia Madeira,
S.A. engloba todo tipo de empreitadas. O volume
de negócio na área das obras públicas tem sido
habitualmente superior ao da construção civil,
tendo-se mantido a tendência durante o corrente
ano.
- Obras marítimas 36%
- Obras hidráulicas 7%
- Obras estradas 57%
As obras de construção civil representaram 34,35%
da actividade global.
A actividade comercial traduziu-se na apresentação
de 83 propostas, totalizando cerca de 82 milhões
de euros, e na adjudicação de 44 empreitadas, no
valor de cerca de 18 milhões de euros.
Em 31 de Dezembro de 2010 a carteira cifrava-se
em 66,3 milhões de euros.
A actividade no exercício totalizou cerca de 31,5
milhões de euros, tendo os resultados antes de
impostos atingido cerca de 0,7 milhões de euros.
O objectivo para o ano de 2011 é de, aproximadamente, 30 milhões de euros em volume de negócios
e de 75 mil euros de resultado líquido.
No ano de 2010, as obras públicas foram responsáveis por 65,65% da actividade global, sendo a
sua distribuição como segue:
No quadro seguinte apresentam-se os principais
indicadores da empresa (antes dos ajustamentos
de consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2008
Volume de negócios
2009
2010
28.923.687
34.628.799
31.483.203
EBITDA
337.354
891.309
1.363.490
RAI
162.135
1.067.281
701.983
77.541
489.376
465.948
419.832
2.545.505
558.154
Activo líquido
48.492.747
54.813.833
65.883.419
Capital próprio
27.117.383
23.733.094
23.734.135
100%
100%
100%
Resultado líquido
Cash flow
Participação
39
SOMAGUE SGPS
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3.6.3 – NEOPUL – SOCIEDADE DE
ESTUDOS E CONSTRUÇÕES, S.A.
Como consequência da grave crise económica e financeira que o mundo atravessa e que tem particular
incidência nos mercados onde a Neopul actua
(Portugal, Espanha e Irlanda), em 2010 assistiu-se a
um corte generalizado no investimento público que
teve como efeito o atraso, adiamento e cancelamento
de novos projectos e concursos.
Apesar do momento adverso, a Neopul conseguiu
registar um bom desempenho na actividade do ano,
conseguindo um crescimento de 4% no volume de
negócios consolidado e de 6% no resultado líquido
face a 2009. O crescimento do volume de negócios
foi sustentado pelo crescimento da actividade em
Portugal e Espanha, o que compensou a quebra
verificada na Irlanda.
O corte no investimento público já mencionado
teve, contudo, impacto nas novas angariações. O
volume de angariações em 2010 foi de 23,6 milhões
de Euros, estando este valor repartido de igual
forma pelo mercado nacional e espanhol, com
cerca de 45% em cada país. Os remanescentes
10% dizem respeito à Irlanda, onde a Neopul garantiu,
em Dezembro, a assinatura de um contrato de
manutenção, por dois anos, para a rede de tracção
eléctrica da linha do comboio suburbano de Dublin
(DART). Com este volume de angariações e o da
carteira em curso, a Neopul encerra o presente
exercício com actividade garantida para os próximos
18 meses.
Eixo Atlântico de Alta Velocidade, troço Cerpozons - Portela - Espanha
40
No mercado nacional aguarda-se com alguma
expectativa o desenrolar do processo de contratação
da PPP1 (Troço Poceirão - Caia) do projecto de
Alta Velocidade, tendo em atenção que a Neopul
tem uma participação de 22% no ACE AVIAS,
entidade que tem contratada com o ACE LGV a
construção da superestrutura de via e da catenária
no valor de 363 milhões de Euros.
Ainda no mercado nacional, a Neopul perseguirá
outros objectivos relacionados com a manutenção
ferroviária e a construção, decorrente do investimento público a realizar nesta área.
Na área internacional, a aposta no mercado espanhol
continuará a ser dominante tendo em atenção a
forte presença actual.
O mercado irlandês continuará a ser acompanhado
na expectativa do lançamento de novas oportunidades que complementem a actividade em curso.
Prevê-se que durante o ano de 2011 se consume a
entrada no mercado angolado, onde está em fase
de constituição uma empresa de direito local, e
também no mercado brasileiro, onde a Neopul tem
já uma filial, encontrando-se em curso a respectiva
fase de acreditação e certificação. Neste mercado, a
Neopul, em conjunto com a Somague Engenharia e
parceiros locais, tem acorrido às oportunidades
lançadas pelo Governo Brasileiro.
SOMAGUE SGPS
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Com o arranque do projecto da Alta Velocidade em
Portugal, a continuidade nos mercados tradicionais
de Espanha e Irlanda, a entrada no mercado
angolano e o desenvolvimento do negócio do
Brasil, a Neopul irá seguramente fortalecer a sua
posição de destaque no plano nacional e internacional no domínio das infra-estruturas ferroviárias.
Os principais indicadores consolidados da empresa
(antes dos ajustamentos de consolidação na
holding), são como seguem:
(Unid: Euros)
2008
Volume de negócios
2009
2010
47.999.815
72.227.062
74.767.182
EBITDA
5.901.714
7.777.947
7.775.839
RAI
1.859.064
3.725.343
4.088.773
Resultado líquido
1.230.083
2.595.925
2.755.076
Cash flow
3.548.105
5.171.165
5.719.553
Activo líquido
89.843.692
95.186.487
94.735.301
Capital próprio
13.666.078
15.093.424
15.384.246
100%
100%
100%
Participação
O quadro abaixo sintetiza os principais indicadores
da Neopul em Espanha (agregando a sua sucursal
e UTE`s):
(Unid: Euros)
2008
Volume de negócios
2009
2010
16.758.820
33.846.791
40.174.058
EBITDA
3.711.216
3.200.561
1.278.436
RAI
2.507.818
2.436.915
464.049
Resultado líquido
1.692.777
1.687.508
-16.892
Cash flow
2.451.923
2.381.204
1.204.427
18.308.176
39.808.235
38.024.170
1.692.777
1.687.508
-16.892
100%
100%
100%
Activo líquido
Capital próprio
Participação
O quadro abaixo resume os principais indicadores
da Neopul na Irlanda (agregando a sua sucursal e
filial):
(Unid: Euros)
2008
2009
2010
Volume de negócios
9.037.973
16.779.932
7.395.987
EBITDA
2.579.569
745.788
2.710.350
RAI
2.612.239
798.536
2.707.664
Resultado líquido
2.285.709
691.985
2.365.090
2.365.090
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
2.285.709
691.985
16.605.194
10.080.632
6.635.320
3.069.828
2.760.104
2.925.194
100%
100%
100%
41
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3.6.4 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A. –
SUCURSAL DO BRASIL
À semelhança do verificado em anos anteriores, no
decorrer do ano de 2010, e com a liderança da
Somague Engenharia, S.A. do Brasil, a estrutura do
Grupo actuou em conjunto, ou de forma complementar, nas diversas áreas do negócio do mercado
brasileiro.
No decorrer do ano em análise, a Somague continuou
a acompanhar as oportunidades de negócio resultantes da confirmação do Brasil como país organizador do Campeonato do Mundo de Futebol em
2014. Depois de confirmados os estados e as
cidades nos quais iria decorrer o Mundial, a
Somague Engenharia Brasil estabeleceu parcerias
com sócios locais, em regime de consórcio, que lhe
permitiram, no início de 2010, participar na licitação
pública do projecto de renovação do Estádio do
Castelão, no Ceará, em regime de PPP.
Paralelamente ao desenvolvimento de projectos e
eventual construção dos novos estádios, a Somague
tem focado as possibilidades que se abrem com a
necessidade de melhoria das infra-estruturas existentes (vias de comunicação, infra-estruturas de transportes e saneamento, apenas para citar algumas das
áreas de actuação da Somague).
Foi prestada especial atenção aos projectos do
Metro de São Paulo, da CPTM - Companhia Paulista
de Trens Metropolitanos, da VALEC e do DNIT
(obras rodoviárias e ferroviárias), acreditando-se
que nos próximos anos venham a ser lançados
diversos processos de concurso.
Prevendo-se processos estruturados na área dos caminhos-de-ferro (Metro e CPTM, incluindo regionais),
a Somague tem-se preparado para essas oportunidades, estabelecendo parcerias estratégicas.
Durante o ano de 2010, a Somague apresentou diversas propostas comerciais, concretamente, para a
CPTM, portos marítimos (Subsea7), VALEC (Ferrovia
Oeste-Leste), SonaeSierra (Shopping Goiânia), Metro
de São Paulo (pré-qualificação linha 5), DNIT
42
(ponte de Santa Catarina) e COPASA (Sistema
Adutor em Minas Gerais), estando as licitações
da Subsea, da Sonae Sierra e do Metro ainda em aberto e tendo a licitação da COPASA sido cancelada.
Foi ainda dado início ao processo de cadastramento
da Somague junto de grandes clientes brasileiros,
como a VALE, a PETROBRÁS e ENERGIAS do
BRASIL (Grupo EDP), o que abrirá novas oportunidades, não só no Brasil mas também, no mercado
internacional (destaque para a VALE no mercado
africano).
Ainda no âmbito do alargamento da capacitação da
empresa para actuação no mercado brasileiro, foi
dado início a um exaustivo processo de complementação do acervo da Somague (já existente, mas
ainda reduzido face ao portfólio possuído) junto do
CREA. Estas realizações permitirão alargar as possibilidades de participação em grandes concursos que,
normalmente, se encontram associadas a fortes
exigências técnicas.
A estrutura organizacional permanece atenta a diversas
oportunidades, concretamente, aos programas de
concessões rodoviárias estaduais e federais,
concessões de infra-estruturas de águas e saneamento
municipais e estaduais, projectos nas áreas de
PPPs (incluindo hospitais) e, em determinadas
oportunidades, na área da construção tradicional,
designadamente, os projectos nas vertentes
portuária, ferroviária e aeroportuária. Existe actualmente uma carteira potencial de obras de portos
marítimos e de ferrovias (VALEC e DNIT) a ser
seguida.
Ampliação do Porto de Valência - Contra-molhe - Espanha
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O C O N S O L I D A D O D E G E S T Ã O
No quadro seguinte apresentam-se os principais
indicadores da empresa (antes dos ajustamentos
de consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2008
Volume de negócios
2009
2010
2.866.719
1.278.977
336.026
-23.819
-529.703
-1.834.572
RAI
-570.305
867.767
-1.502.878
Resultado líquido
-393.104
863.883
-1.502.878
Cash flow
-341.939
926.291
-1.436.319
Activo líquido
7.087.488
8.501.911
7.795.003
Capital próprio
4.462.142
5.661.182
6.019.027
100%
100%
100%
EBITDA
Participação
3.6.5 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A. –
SUCURSAL DE ESPANHA
Em consequência da conjuntura económica que se
vive em Espanha e do inerente desinvestimento
público e privado, todo o mercado de construção
está afectado.
Nessa medida e tal como previsto, a actividade da
Somague Engenharia – Sucursal de Espanha tem
vindo a baixar de forma assinalável, tendendo para
valores residuais.
Este decréscimo significativo de actividade tem sido
acompanhado por um esforço de contenção de
despesas e reorganização para manter os encargos
de estrutura dentro dos limites impostos por esta
realidade de mercado.
Durante o ano de 2010 a Somague Engenharia –
Sucursal de Espanha esteve presente, fundamentalmente, em três projectos (Auditório de Vigo, Puerto
Marin e nas obras de ampliação do Porto de
Valência), apresentando-se especialmente preparada
para complementar alguma da actividade da Sacyr,
atendendo às competências que possui principalmente em obras marítimas.
No quadro seguinte apresentam-se os principais
indicadores da empresa (antes dos ajustamentos
de consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2008
Volume de negócios
2009
2010
45.365.176
13.032.104
6.028.516
EBITDA
2.790.842
2.790.842
4.067.466
RAI
3.053.592
2.674.891
3.448.981
Resultado líquido
1.951.829
1.872.424
2.414.287
Cash flow
1.966.373
1.882.842
2.425.377
31.011.544
18.268.750
13.975.557
1.951.829
1.872.424
2.414.287
100%
100%
100%
Activo líquido
Capital próprio
Participação
43
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
3.6.6 – CVC – CONSTRUÇÕES DE
CABO VERDE, S.A.R.L. /
SOMAGUE ENGENHARIA, S.A. SUCURSAL DE CABO VERDE
O ano de 2010, na linha do ano transacto, continuou
pouco interessante em termos de investimento
privado mas, por outro lado, foram lançadas importantes obras públicas, que permitiram à empresa
continuar com uma boa carteira de negócios, apesar
da crise internacional.
Em anos anteriores, Cabo Verde registou uma
forte atracção de investidores externos na área
imobiliária/turística, motivada pelo anúncio de
grandes projectos em várias ilhas, principalmente
na Ilha do Sal, Boavista, Santiago e São Vicente.
Com a crise no sistema financeiro mundial, esses
investimentos, principalmente no ramo imobiliário,
retraíram-se, pelo que o boom imobiliário que atraiu
outras empresas de construção civil estrangeiras,
cuja agressividade em termos de preço já contribuía de forma negativa para a evolução do
mercado da construção civil em Cabo Verde,
resultou num defraudar das expectativas para as
mesmas.
No ano de 2010 o investimento público manteve-se
na linha dos anos anteriores, com o lançamento de
obras estruturantes para o país, como portos
(Fogo e Brava e Porto Grande), habitação (Casa
para Todos) estradas (Assomada – Tarrafal,
Variante S. Domingos – Calheta, Achada Laje –
Arribada) e outras (Aterro Sanitário Santiago,
Escola Secundária do Fogo, etc.).
44
De salientar que o volume de negócios da empresa
inclui também o esforço de rentabilização das estruturas industriais existentes na empresa, nomeadamente as instalações de britagem e centrais de
betão.
Apesar da crise financeira e da desaceleração do
investimento privado, o esforço comercial que foi
empreendido permitiu à CVC angariar obras no
valor de mais de 11 milhões de Euros, carteira com
distribuição de actividade entre 2010 e o primeiro
semestre de 2012, facto que, apesar do contexto
macroeconómico e internacional adverso e aliado
ao esforço de reafirmação da empresa junto das
entidades públicas e privadas, lhe dá boas perspectivas para o futuro.
As principais obras angariadas em 2010 foram:
• Construção da estrada Aeroporto – Lacacão – Via
estruturante da Boavista – Fase 1
• Ampliação da plataforma do Aeroporto da
Boavista
• Construção de um aterro sanitário em Santiago
A actividade desenvolvida no ano de 2010 resultou
numa boa performance financeira, apesar do investimento realizado em aquisição de equipamentos e
no aprovisionamento de materiais para cumprimento dos compromissos assumidos.
SOMAGUE ENGENHARIA – SUCURSAL DE
CABO VERDE
Por tal motivo, o mercado dos pré-fabricados de
betão, betão pronto e inertes continuou a mostrar-se
atractivo para os investidores nessa área, apesar da
significativa concorrência que já se verifica.
A Somague Engenharia – Sucursal de Cabo Verde
iniciou a sua actividade em Cabo Verde em
Dezembro de 2008, na sequência da angariação da
obra de expansão e modernização do Porto da
Praia – Fase 1.
Em 2010 continuou a aposta no emagrecimento da
estrutura fixa da empresa, tornando-a mais flexível e
adaptada às características do mercado onde se
insere.
A obra, financiada pelo Millennium Challenge
Account, representou uma actividade prevista de 21
milhões de USD, para execução até Outubro de
2010.
A actividade da empresa foi superior à do ano anterior,
perfazendo aproximadamente 20.7 milhões de
Euros, a que correspondeu um resultado líquido
positivo no valor de 0,675 milhões de Euros.
No ano de 2010 foi assinado (em consórcio com a
MSF) o contrato para a execução dos edifícios de
apoio ao mesmo Porto, cuja quota-parte da
Somague Sucursal ascende a aproximadamente
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O C O N S O L I D A D O D E G E S T Ã O
5,8 milhões de Euros, e o contrato da obra de
expansão e modernização do Porto de Sal Rei, na
Boavista, no valor de 16 milhões de Euros.
A Sucursal desenvolveu, em 2010, uma actividade
de 12.2 milhões de Euros, obtendo um resultado
líquido de 0,344 milhões de Euros.
A empresa angariou ainda, agora em consórcio
com a MSF e a Etermar, a segunda fase do Porto da
Praia, cujo concurso foi lançado no final de 2009,
cabendo-lhe a quota-parte de 27 milhões de Euros.
Os principais indicadores relativos à actividade
desenvolvida em Cabo Verde, agregando Sucursal
e Filial (antes dos ajustamentos de consolidação na
holding), são como seguem:
(Unid: Euros)
2008
Volume de negócios
2009
2010
22.302.374
27.227.165
32.882.620
EBITDA
1.804.410
1.906.645
2.722.216
RAI
1.118.405
1.199.961
1.413.832
694.137
838.949
1.019.642
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
1.411.983
1.755.930
1.663.249
13.096.631
15.388.499
22.735.921
2.683.054
3.523.012
4.439.693
90,30%
90,30%
90,30%
Modernização do Porto da Praia - Cabo Verde
45
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
3.6.7 – SOMAGUE ANGOLA –
CONSTRUÇÃO E OBRAS
PÚBLICAS, LDA. / SOMAGUE
ENGENHARIA, S.A. –
SUCURSAL DE ANGOLA
Em 2010, a República de Angola terá registado uma
taxa de crescimento real do PIB de 2,5%, motivada
essencialmente pela forte dependência do sector
petrolífero e respectivos constrangimentos produtivos que se verificaram durante o ano e pela política de contenção da despesa implementada pelo
Governo Angolano. A estimativa desta taxa para
2011 é de 7,5%, estimando-se um crescimento para
o sector petrolífero de 6,1% e para o sector não
petrolífero de 8,8%.
A taxa de inflação situou-se em torno dos 15,3%,
acima da taxa estimada de 13%, sendo que para
2011 o objectivo será atingir os 12%.
Em Novembro de 2009 foi aprovado um empréstimo do FMI a Angola no valor de 1.4 mil milhões de
USD, para responder à necessidade de investimento em vários projectos para o sector não petrolífero,
dos quais foram utilizados até à data 882.9 milhões
de USD.
Durante o ano de 2010, a taxa de câmbio USD/AOA
oscilou entre 90-94, reflectindo a política de estabilização delineada pelo BNA. No entanto, a taxa
EUR/AON variou durante todo o ano, atingindo um
mínimo de 113,83 em Maio e um máximo de 128,49
em Outubro, terminando o ano em 122,13.
O ano de 2010 foi para a Somague bastante positivo, considerando toda a instabilidade e constrangimentos económicos verificados, tendo conseguido,
não obstante a crise reportada a nível mundial,
aumentar a sua rentabilidade, embora com algum
impacto ao nível da redução da actividade.
Relativamente à Somague Engenharia, S.A. –
Sucursal de Angola, as obras que mais contribuíram
para a actividade registada em 2010 foram as
seguintes:
• Construção Luanda Medical Center
• Construção Edifício BPA
• Construção Edifício Teatro Avenida
46
Luanda Medical Center - Angola
• Construção de um centro de acolhimento para
Crianças – Huambo
• Construção dos Hospitais Municipais do Cazenga
e do Sambizanga
O incremento da actividade da Somague Angola –
Construção e Obras Públicas, Lda. deveu-se essencialmente ao início das seguintes obras:
• Reabilitação da Sede da Sonangol Distribuidora
• Construção de vários postos de abastecimento
para a Sonangol
• Construção do Hospital Municipal do Futungo
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O C O N S O L I D A D O D E G E S T Ã O
No final de 2010 foi adjudicada a empreitada de
construção do Marina Baía (27 milhões de USD) e
criada grande expectativa na possível contratação
da construção da estrutura de betão armado do
Kinaxixi MDX Complex (109 milhões de USD).
Para 2011 prevê-se uma actividade de cerca de 330
milhões de USD.
Em Julho de 2010 foi assinado um acordo para regularização de dívidas entre o Ministério das
Finanças e a Somague Engenharia, S.A. – Sucursal
de Angola no valor de 143 milhões de USD, tendo
sido recebida, em Agosto, a 1ª tranche de 40% e
existindo o compromisso de saldar a divida
remanescente até ao final do 1º trimestre de 2011.
Entre Agosto e Novembro de 2010, a Somague
Engenharia, S.A. – Sucursal de Angola recebeu o
valor de 6.77 milhões de USD referentes a Títulos de
Dívida Pública emitidos em 2007.
Os principais indicadores relativos à actividade
desenvolvida em Angola, agregando Sucursal e
Filial (antes dos ajustamentos de consolidação na
Somague Engenharia), são como seguem:
(Unid: Euros)
2008
Volume de negócios
2009
2010
95.530.251
191.170.806
EBITDA
6.676.786
13.218.867
22.827.500
RAI
4.647.097
7.747.492
10.291.942
Resultado líquido
2.994.090
5.955.145
5.768.129
Cash flow
6.227.184
9.546.667
8.830.723
124.834.431
198.206.921
229.822.246
9.486.063
9.481.240
11.760.033
100%
100%
100%
Activo líquido
Capital próprio
Participação
175.984.109
47
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
3.6.8 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A. –
SUCURSAL DA IRLANDA
O ano de 2010 foi o ano da inauguração dos dois
projectos mais marcantes da presença da
Somague Engenharia na Irlanda: a extensão da
Linha do Metro Ligeiro de Dublin (LUAS) e a auto-estrada N7 entre Nenagh e Castletown (parte do
corredor Dublin – Limerick).
A obra do LUAS (Somague Engenharia 75%, Sacyr
5% e Bowen Construction 20%) foi inaugurada oficialmente pelo Primeiro-ministro irlandês dia 16 de
Outubro de 2010. Incluindo os trabalhos a mais
contratualizados, o valor de venda situa-se nos 108
milhões de Euros.
A obra da N7 (Somague Engenharia 60% e Bowen
Construction 40%) foi inaugurada dia 22 de
Dezembro de 2010, tendo representado um marco
no fim de uma década de construção de ligações
entre Dublin e as cidades regionais da Irlanda, que
permitiu dotar o país de uma rede de auto-estradas
de topo. Tal abertura criou excelentes expectativas
na obtenção de um acordo com a NRA-PLC no
decorrer de 2011, o qual deverá permitir atingir um
valor de obra na ordem dos 170 milhões de Euros.
Dada a continuidade da crise financeira que a
Irlanda atravessa, devido essencialmente à necessidade de recapitalização da banca (défice orçamental de 32% do PIB em 2010, previsão de défice de
12% do PIB e redução de 13% no investimento
público, para 2011), não está prevista a continuidade da presença da Somague neste país.
A Somague continuará contudo atenta àquele mercado e estará disponível para analisar novos projectos que possam surgir, aproveitando dessa forma
para capitalizar toda a experiência e conhecimentos
adquiridos sobre o país.
No quadro seguinte apresentam-se os principais
indicadores da empresa (antes dos ajustamentos
de consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2008
Volume de negócios
2009
2010
42.678.630
86.138.153
62.552.730
EBITDA
1.525.849
-1.272.157
1.338.384
RAI
1.095.022
-1.037.662
429.847
958.144
-1.037.662
376.116
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
1.491.925
-1.036.908
376.886
20.667.649
31.174.323
33.025.583
-216.069
-1.253.732
376.116
100%
100%
100%
3.6.9 – SOMAGUE PMG – PROMOÇÃO E
MONTAGEM DE NEGÓCIOS, S.A.
Tal como se havia referido no relatório do ano transacto, o ano de 2010 foi o do início da comercialização dos empreendimentos imobiliários “Leões da
Floresta”, na Covilhã, e “Casas de São Pedro”, em
São Pedro do Corval, Reguengos de Monsaraz.
LUAS - Metro Ligeiro de Dublin - Irlanda
48
No tocante ao primeiro, cuja licença de utilização
havia sido obtida ainda em 2009, o ano de 2010
permitiu a comercialização de 50% das fracções
habitacionais, esperando-se que durante o corrente
ano, e mesmo que em situação económica particularmente adversa, se consigam colocar as 50%
restantes, mercê de uma procura essencialmente
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O C O N S O L I D A D O D E G E S T Ã O
sustentada por investidores em busca de activos de
rendimento.
Já em São Pedro do Corval, empreendimento feito
ao abrigo do regime de habitação de custos controlados e mercê do complexo trato administrativo
associado à emissão das licenças de construção
respectivas, a comercialização foi iniciada apenas
no último trimestre do ano, havendo-se concretizado até à presente data apenas duas escrituras.
Refira-se que, neste caso concreto, as dificuldades
sentidas ao nível da comercialização do empreendimento resultam não do desinteresse da procura,
mas sim da escassez de crédito, factor altamente
inibidor da consecução de novos negócios.
No empreendimento denominado de Quinta das
Mós, em Loures, e apesar de vicissitudes várias, a
última semana do ano de 2010 trouxe consigo a
recepção provisória, por parte da respectiva
Câmara Municipal, das obras de urbanização, pelo
que, à data da elaboração do presente relatório, se
encontra em fase final o processo de
libertação/redução de garantias bancárias, com a
consequente redução dos custos financeiros suportados, a tal título, pela Sociedade nos últimos 4
anos.
No que se refere aos terrenos do Malhapão, Loures,
Polima e Cascais, atenta à actual conjuntura, a
Sociedade foi gerindo o processo de criação do
respectivo potencial imobiliário por via respectivamente da elaboração/entrada em vigor dos Planos
de Pormenor respectivos, numa óptica de, não
comprometendo tal processo, ainda assim não
acrescentar custos ao respectivo desenvolvimento.
No quadro seguinte apresentam-se os principais
indicadores consolidados da empresa (antes dos
ajustamentos de consolidação na holding):
(Unid: Euros)
Volume de negócios
EBITDA
2008
2009
23.716.701
686.068
2010
886.847
1.855.831
-297.822
-513.957
RAI
875.078
-325.922
-372.695
Resultado líquido
619.713
-302.460
-375.658
Cash flow
778.910
-294.020
-616.109
Activo líquido
21.262.088
21.283.998
21.821.269
Capital próprio
14.046.380
13.248.648
12.871.886
100%
100%
100%
Participação
Quinta das Mós - Loures
49
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
3.6.10 – SOMAGUE TI – TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO, S.A.
O ano de 2010 foi essencialmente marcado pelos
seguintes projectos:
Conversão do sistema contabilístico de POC para
SNC. Embora iniciado em 2009, apenas em 2010
teve entrada em produção. Ainda na área de SAP,
fez-se a migração e consolidação da arquitectura
técnica que suporta a aplicação e implementação
das alterações fiscais introduzidas pelo orçamento
de estado para 2011.
Adequação dos sistemas às novas necessidades
para os relatórios único (RU) e qualidade e sustentabilidade. Estes relatórios abrangem quase
todas as áreas da empresa, com impacto em todos
os sistemas da sua arquitectura.
Análise de risco: trata-se de um projecto estruturante para a área comercial que disciplina a análise
dos vários tipos de risco pelas várias áreas da
empresa (financeira, engenharia, produção, jurídica, etc.) quando da elaboração de propostas que,
quer pela sua importância ou riscos associados,
devem obter pareceres de vários intervenientes.
Implementação de ferramentas de produtividade e
trabalho colaborativo. Actualização de diversas tecnologias Microsoft, nomeadamente Exchange 2010,
SQL2008, Windows 2008 R2, SharePoint 2010 e
Microsoft Office Communicator e preparação e
arranque da migração para Windows 7 e Microsoft
Office 2010.
O ano de 2010 foi também um ano onde se colocou
especial ênfase na redução de custos associados
às tecnologias de informação, reavaliando um conjunto importante de contratos que se mantinham
com parceiros nas áreas de software, comunicação
de dados, comunicações fixas e móveis.
Unified Office Communicator
Em 2010, foi implementada uma solução de comunicações unificadas, que permite aos colaboradores da Somague
a comunicação entre si e realização de reuniões/conferências via internet, a partir de qualquer local onde a empresa
tenha actividade e desde que garantida a conectividade. Durante todo o ano, esta nova funcionalidade permitiu importantes reduções, designadamente ao nível das emissões associadas às deslocações.
A título de exemplo, em Setembro de 2010 e no âmbito da revisão do processo de gestão de equipamentos na
Somague Ediçor (Açores), tornou-se necessário realizar reuniões envolvendo colaboradores colocados em diversas
ilhas e do continente. A reunião deveria ocorrer na ilha Terceira, tendo o grupo optado por realizá-la por conferência
internet, evitando as deslocações e estadias.
Estavam convocados para a reunião oito participantes: um da ilha de S. Miguel, três da ilha Terceira e quatro da sede,
em Sintra. Desta forma, ao realizar-se a reunião via Communicator, e considerando apenas as emissões do consumo
das viagens de avião entre Lisboa e a ilha Terceira (aproximadamente, 1556 km) e entre esta e a ilha de Ponta Delgada
(aproximadamente, 150 km), foram evitadas 2 toneladas de CO2.
50
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O C O N S O L I D A D O D E G E S T Ã O
Relativamente a algumas das decisões tomadas,
embora apresentem algum risco associado, a
administração considerou-o amplamente compensado pela redução de custos, além de que obrigarão a empresa a equacionar, desde já, a forma
como irá prestar os seus serviços em três/quatro
anos, tendo em conta a mudança radical que o sector vai atravessar, na forma como as pessoas se
relacionam com a informação e entre si.
Sendo a Somague Engenharia, das empresas do
universo SyV, a que tem maior peso na actividade
da Somague TI, centrou-se essencialmente na
evolução e disponibilização de novas ferramentas
para o universo da construção, tendo tido especial
peso a actividade em ACE´s.
A redução da actividade ao nível da construção
obriga também a que a empresa adapte a sua
estrutura a esta nova realidade, não podendo deixar
de prestar os serviços necessários e com a qualidade habitual, sendo que nestas fases, as tecnologias de informação são mais pressionadas para
apresentar um nível de serviço mais elevado e com
uma significativa redução de custos.
Os investimentos realizados durante o ano de 2010
tiveram essencialmente em vista o reforço da infra-estrutura técnica que suporta a arquitectura de sistemas da Somague.
Os objectivos para 2011 passam essencialmente
pela continuidade da optimização dos custos
operacionais, pela consolidação da infra-estrutura
técnica com o objectivo de melhorar a sua disponibilidade e funcionalidade, pela implementação de
soluções integradas de trabalho colaborativo levando a uma melhor utilização de sistemas já existentes, pela melhoria do plano de contingência em
caso de acidente (Disaster Recovery Plan - DRP),
de forma a melhorar o tempo de resposta em caso
de catástrofe, pela adequação dos sistemas à nova
legislação em vigor e revisão das normas e procedimentos em que assentam os processos, bem
como, pela implementação dos novos processos e
aplicações a todos os estabelecimentos permanentes onde a Somague desenvolve actividade,
nomeadamente Angola, Cabo Verde, Açores e
Madeira.
Os principais indicadores consolidados da empresa
(antes dos ajustamentos de consolidação na holding)
são como seguem:
(Unid: Euros)
2008
2009
2010
Volume de negócios
3.191.102
3.789.780
3.468.948
EBITDA
1.275.228
1.056.804
817.254
459.719
12.045
22.601
RAI
Resultado líquido
440.815
6.549
177
Cash flow
1.357.004
1.038.314
785.607
Activo líquido
5.504.805
5.989.283
6.248.844
Capital próprio
4.979.772
4.567.546
4.567.723
100%
100%
100%
Participação
51
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
3.7 – Quadro de Progressos
e de Compromissos
Área de actuação
Compromissos assumidos em 2009 para 2010
Consolidação
Gestão da Sustentabilidade
Modelo de Governo
do
funcionamento
do
Conselho
Status
de
Sustentabilidade.
Criação de aplicação informática para reporte de indicadores
QSA das obras.
Gestão do Risco
Desenvolvimento de um sistema de avaliação de riscos de obra.
Alargamento da Certificação do SGQ às sucursais da Somague
Gestão da Qualidade
Sistema de Gestão
Inovação
Engenharia.
Consolidação do SGIDI
Alargamento da implementação do SGIDI a outras empresas do
universo Somague.
Comunicação e
transparência
Colaboradores
prestadores de
Ver Cap. 2.2
Ver Cap. 3.6.10
Ver Cap. 2.4
Ver Cap. 5.1
Ver Cap. 5.4.1
Ver Cap. 5.4.2
Consolidação do projecto de levantamento das competências
técnicas dos colaboradores da Somague.
Formação
Fornecedores e
Observações
Implementação de uma plataforma de formação on-line.
Ver Cap. 6.5
Ver Cap. 6.4
Gestão de fornecedores e Extensão dos Princípios do Global Compact no relacionamento
prestadores de serviços
com fornecedores e prestadores de serviços.
Ver Cap. 5.2
serviços
Participar em iniciativas no âmbito do Ano Internacional da
Biodiversidade
Ver Cap. 8.5
Biodiversidade (2010).
Ambiente
Alterações climáticas
Avaliar e potenciar a capacidade de captura de CO2 na Mata da
Ver Cap. 8.4
Povoação em São Miguel.
Diálogo com os
Stakeholders
Cumprido
52
Desenvolver uma consulta formal aos Clientes e Colaboradores.
Comunicação
Implementar um processo de informação da gestão da
Sustentabilidade no site da Somague.
Parcialmente cumprido
A desenvolver em 2011
Ver Cap. 2.5.1
Ver. Cap. 2.5.2
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O C O N S O L I D A D O D E G E S T Ã O
Área de actuação
Gestão da Sustentabilidade
Modelo de Governo
Gestão da Qualidade
Inovação
Sistema de Gestão
Colaboradores
Comunicação e transparência
Fornecedores e
prestadores de serviços
Gestão de fornecedores e
prestadores de serviços
Ambiente
Alterações climáticas
Diálogo com os
Stakeholders
Comunicação
Compromissos assumidos em 2010 para 2011
Consolidação do funcionamento do Conselho de Sustentabilidade.
Criação de aplicação informática para reporte de indicadores QSA das obras.
Alargamento da Certificação do SGQ às sucursais da Somague Engenharia.
Alargamento da implementação do SGIDI a outras empresas do universo Somague.
Consolidação do projecto de levantamento das competências técnicas dos colaboradores da Somague.
Extensão dos Princípios do Global Compact no relacionamento com fornecedores e
prestadores de serviços.
Avaliar e potenciar a capacidade de captura de CO2 na Mata da Povoação em São
Miguel.
Desenvolver uma consulta formal aos Clientes, no âmbito da Sustentabilidade.
Acuinova - Mira
53
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Modernização da Estação da Raquete - Linha de Sines
54
SOMAGUE SGPS
DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO
04
Desempenho Económico-financeiro
Evolução Económico-financeira
Proposta de Aplicação dos Resultados
55
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
4.1 – Evolução Económico-financeira
Assim, apesar do fraco desempenho da economia
portuguesa e da crise acentuada que o sector da
construção atravessou e do qual não se vislumbra
recuperação para 2011, o volume de negócios consolidado da construção da Somague manteve-se
no mesmo nível do ano anterior, melhorando significativamente o resultado do exercício (32,6%) com
a consequente melhoria da maior parte dos indicadores de rendibilidade e solidez financeira, o que
permitirá enfrentar o difícil ano de 2011 com segurança acrescida.
O ano ficou ainda marcado pelo bom desempenho
da actividade internacional da construção que se
manteve em 40% do volume de negócios da
Somague, e que se encontra direccionada, em
grande medida, para os mercados angolano e
cabo-verdiano, mantendo-se a presença nos mercados espanhol e irlandês. Foi também decidido
retomar a actividade no Brasil e em Moçambique.
A evolução dos principais indicadores económico-financeiros das contas consolidadas da Somague
SGPS resume-se como segue:
Indicadores
(Unid: Euros)
2008
2009
Variação
2010/2009
2010
Actividade
761.298.213
796.955.681
799.331.350
0,30%
EBITDA
39.684.657
35.002.450
56.434.507
61,23%
RAI
-4.419.294
12.655.454
17.253.585
36,33%
Resultados líquidos
-8.917.066
7.502.768
9.950.823
32,63%
Resultados operacionais
11.045.440
17.418.768
26.212.057
50,48%
-2,11%
-0,60%
-1,12%
-87,51%
19.722.151
25.086.450
40.173.273
60,14%
Activo líquido
843.191.273
921.153.338
909.552.270
-1,26%
Capitais próprios
135.931.372
140.389.331
150.136.617
6,94%
16%
15%
17%
8,31%
Volume de negócios
Rendibilidade
Resultados Financeiros/Volume de negócios
Cash flow
Estrutura financeira
Autonomia financeira
56
SOMAGUE SGPS
DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO
4.2 – Proposta de Aplicação dos
Resultados
Tendo em consideração os objectivos delineados
para a empresa, propõe-se que os resultados líquidos positivos apurados no exercício, no valor de
9.950.825 euros, tenham a seguinte aplicação:
• Para reserva legal
• Para resultados transitados
497.541€
9.453.284€
Cais do Jardim do Tabaco - 2ª fase - Lisboa
57
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Metro de Gondomar - Porto
58
SOMAGUE SGPS
Q UA L I D A D E E I N OVA Ç Ã O
05
Qualidade e Inovação
Qualidade
Subcontratação
Conformidade Legal
Inovação
59
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
5.1 – Qualidade
O Sistema Integrado de Gestão do Ambiente,
Qualidade e Segurança (SIGAQS) reflecte o Modelo
de Funcionamento da Somague e foi estabelecido
com o objectivo de criar e implementar um conjunto
de normas de procedimento que suportam a
estratégia de negócio e os processos da empresa. O
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), certificado
pela APCER de acordo com a Norma ISO 9001:2008,
faz parte do SIGAQS e resulta da orientação da
empresa para a criação de consciência da qualidade
em todos os seus processos organizacionais.
Na Somague, apesar de todas as participadas e
sucursais se regerem pelos objectivos da Política
da Qualidade, o SGQ encontra-se em diferentes
níveis de implementação, de acordo com as especificidades geográficas, requisitos legais e requisitos
específicos dos clientes.
Na Somague a satisfação dos clientes é uma preocupação e um objectivo constante, tanto na
definição da estratégia comercial, com maior
expressão na elaboração de propostas, como
durante a execução de obras e gestão do período
de garantia.
Na fase comercial é através da classificação da proposta apresentada pela Somague e pelo seu posicionamento face às propostas concorrentes, que a
satisfação dos clientes é verificada. Os resultados da
apreciação das propostas são também analisados de
modo a que, em concursos futuros, se melhore o
desempenho da empresa.
Durante a execução das obras, é da responsabilidade da respectiva direcção registar, analisar e
tratar as reclamações que o cliente eventualmente
realize, assim como resolver, no âmbito do contratualmente especificado e nas alterações que
venham a ser acordadas, questões levantadas
pelo cliente relativamente ao desempenho da
empresa.
Satisfação dos Clientes
2008
60
2009
2010
Somague Engenharia, S.A.
87%
85%
78%
Somague Ediçor Engenharia, S.A.
90%
90%
82%
Somague Engenharia Madeira, S.A.
95%
75%
75%
Neopul – Sociedade de Estudos e Construções, S.A
94%
97%
93%
SOMAGUE SGPS
Q UA L I D A D E E I N OVA Ç Ã O
5.2 – Subcontratação
Um dos principais processos para a garantia da
qualidade dos serviços prestados pela Somague é
a responsabilidade pela sua cadeia de subcontratação. Neste sentido, em 2010, conforme objectivo descrito no relatório de 2009, iniciou-se a revisão
das minutas dos contratos de subempreitada e
fornecimentos. Com implementação prevista para o
primeiro trimestre de 2011, esta revisão inclui
aspectos associados à gestão ambiental, segurança
e saúde e responsabilidade social, entre outras.
Sempre que possível, procura-se contratar mão-de-obra e empresas locais, contribuindo deste modo
para o desenvolvimento social e económico das
regiões onde a Somague opera. Em 2010 a percentagem de subempreitadas/fornecimentos locais
fixou-se em 70% (Angola, Irlanda, Açores e
Madeira).
A classificação dos fornecedores e prestadores de
serviço é efectuada através de um processo internamente designado por “homologação”, que alia a
análise fornecida por estas entidades à avaliação
do seu desempenho por responsáveis da empresa,
entrando em linha de conta com os requisitos da
qualidade, segurança e ambiente aplicáveis ao
fornecimento/serviço.
A Somague mantem actualizado o seu livro de
Fornecedores e Prestadores de Serviços, sendo a
sua consulta prioritária para a contratação de um
serviço. No entanto, e sempre que se justifica, são
consultadas outras empresas tendo em atenção a
sua localização, reputação e referências prévias,
sendo que, nestas situações, estas empresas
passam também a ser submetidas ao processo de
homologação.
Expansão do Terminal de GNL de Sines
61
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
5.3 – Conformidade Legal
Na Somague o cumprimento por todas as disposições legais é uma prioridade. Ainda assim, em
2010, a Somague despendeu cerca de 33 mil euros
para pagamento de 37 coimas contratuais, fiscais,
de segurança e outras. Destaca-se o facto de, pelo
segundo ano consecutivo, a Somague não ter sido
sancionada por incumprimentos legais no âmbito
ambiental.
Tipologia de coimas (% do número total)
2008
2009
2010
Contratuais
45%
44%
54%
Fiscais
35%
32%
24%
Ambientais
2%
0%
0%
Segurança
9%
2%
8%
Outras
9%
22%
14%
Parque Escolar D. Maria - Coimbra
62
SOMAGUE SGPS
Q UA L I D A D E E I N OVA Ç Ã O
5.4 – Inovação
5.4.1 – Sistema de gestão de IDI
A Somague reconhece o seu Sistema de Gestão de
Investigação, Desenvolvimento e Inovação (SGIDI)
como factor de sucesso para o desenvolvimento da
sua actividade empresarial. A criação de uma cultura de inovação dentro da estratégia de negócio da
empresa, veio potenciar a criação de novos processos
produtivos e organizativos, proporcionando vantagens competitivas quer no mercado nacional quer
no internacional.
Em 2010, a APCER confirmou que a Somague
Engenharia e a Neopul mantêm implementado o
seu SGIDI de acordo com a norma NP4457.
Tratando-se do terceiro ano de implementação
efectiva do SGIDI, a Somague vinha a identificar
oportunidades de melhoria, pelo que decidiu proceder a uma profunda revisão do Sistema onde
foram reforçadas acções de comunicação do SGIDI
com vista à promoção da cultura inovadora da
empresa, e revisto a generalidade do processo de
Gestão da IDI (gestão das interfaces, gestão das
ideias e avaliação de oportunidades e gestão de
projecto).
INNOV – Instrumentos para Acção Inovadora
A Somague partilha o conhecimento e know-how na
área da Gestão da Inovação
A Somague colaborou em 2010 na criação e divulgação do
Guia de Boas Práticas de Gestão de Inovação, instrumento promovido pela COTEC Portugal em parceria com a
APCER, onde 24 empresas apresentam exemplos de boas
práticas distintivas de cada uma delas e, em termos gerais,
os seus sistemas, bem como as mais-valias e dificuldades
que sentiram durante o processo de implementação de um
Sistema de Gestão de IDI.
Na sequência do lançamento do Guia de Boas Práticas de
Gestão de Inovação, e com o objectivo de o divulgar, a
COTEC Portugal e a APCER realizou um roadshow por
diversas capitais de distrito. A Somague participou na
acção desenvolvida em Ponta Delgada, com a partilha da
sua experiência na gestão da inovação.
Ainda no âmbito do projecto Desenvolvimento Sustentado
da Inovação Empresarial (DSIE) da COTEC, o qual contou
com a colaboração da Somague, foi criado o “Barómetro
Inovação” que procura estimular a inovação empresarial e,
em paralelo, pretende divulgar casos e experiências empresariais que possam contribuir para um conhecimento mais
No seguimento do projecto InovaDomus, a Somague
fundamentado sobre esta realidade.
ingressou no programa INNOV, o qual tem como objectivo
trocar e discutir ideias entre empresários sobre tópicos relacionados com a Inovação (ligada aos produtos, aos
processos, à organização e aos modelos de negócios).
No decorrer deste ano a Somague participou em duas
acções, nas quais foram trocadas experiências nos
seguintes temas:
• Workshop do Projecto INNOV – Diagnóstico IMProve;
•1ª Tertúlia INNOV – Inovação Organizacional.
63
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
5.4.2 – Projectos de IDI
Em 2010, a Somague teve em curso onze projectos
de IDI, dos quais três transitaram de 2009. Estes
projectos, de inovação de processo e organizacional, caracterizam-se pelas parcerias criadas para
desenvolvimento conjunto das actividades de IDI.
A Somague tem vindo a ver reconhecido o seu
esforço de investimento em inovação e, em 2010,
foi concedido um crédito fiscal de cerca de duzentos
mil euros, no âmbito do Sistema de Incentivos
Fiscais à I&D Empresarial (SIFIDE), relativo às actividades de I&D desenvolvidas em 2008.
obra será mais eficiente e contribuirá como um factor
de inovação.
Controlo de equipamento ferroviário
O presente projecto consistiu na revisão do processo de controlo da utilização de equipamento pesado ferroviário, desenvolvendo um processo de tratamento da informação registada em obra, através de
um notebook com ligação à internet e acesso ao
correio electrónico. A sua implementação permitiu
uma melhor gestão, transformando o fluxo de
dados e a gestão e tratamento da informação num
processo simples e muito mais célebre.
Sala de formação online
De seguida apresenta-se uma breve descrição dos
oito projectos de IDI iniciados em 2010.
Projectos Organizacionais
Gestão do risco em obra
Este projecto consiste em desenvolver um sistema
de gestão de riscos interno que possa ser aplicado
a empreitadas de construção e que constitua uma
mais-valia no processo de gestão de obra promovendo uma maior confiança nos seus clientes ao
evidenciar os mecanismos de controlo que permitem aumentar as probabilidades de obtenção
das metas dos contratos com eles estabelecidos.
Unified Communication
A Somague, face ao crescimento para mercados
estrangeiros, defrontou-se com a necessidade de
implementar uma ferramenta de Unified
Communication. Esta ferramenta oferece à organização a possibilidade de tirar o maior partido dos
recursos da empresa, utilizando tecnologias de
comunicação e informação convergentes, tornando
assim possível ter equipas altamente produtivas, a
colaborar a partir de qualquer lugar do mundo.
Com a criação da sua plataforma de formação
online, a Somague pretende ultrapassar uma dificuldade comum ao sector da construção, nomeadamente a dispersão dos seus colaboradores pelas
obras. Um dos principais objectivos desta nova
modalidade de formação é a de proporcionar a
todos os colaboradores uma forma cómoda de melhorar os seus conhecimentos em determinadas
áreas, frequentando cursos específicos, sem ter de
se deslocar.
Gestão da manutenção e equipamentos
ferroviários
O Parque de Gestão da Manutenção de
Equipamentos, investiu na modernização dos
processos de gestão da manutenção ferroviária,
enquadrando o controlo da manutenção num
processo específico aplicável a todo o tipo de intervenções (programada/preventiva e não programada/correctiva). O novo processo veio revolucionar a
gestão/acompanhamento de todas as ordens de
intervenção correspondentes a cada equipamento/máquina, permitindo a optimização dos recursos
afectos à manutenção.
Projectos de Processo
Controlo de actividades online
Com este projecto a organização pretende informatizar todo o sistema de gestão, com especial
incidência nos trabalhos desenvolvidos nas frentes
de obra, de modo a permitir uma análise fiável dos
trabalhos realizados, verificação/validação de todos
os registos elaborados e mantê-los em base de
dados. Prevê-se ainda a diminuição do consumo de
papel, quer em fotocópias, fax, etc. uma vez que
todo o sistema irá funcionar via web. Desta forma o
processamento dos documentos elaborados em
64
Redundância do sistema de rejeição
No âmbito do Projecto de Expansão do Terminal de
GNL de Sines, em regime de EPC (Enginneering,
Procurement and Commissioning), o presente projecto consistiu na concepção do circuito de rejeição
da água ao mar com o objectivo de criar um sistema de redundância através da interligação do
novo circuito principal com o existente. Este novo
circuito, em superfície livre (secção em canal, aqueduto e túnel) permitirá a redução da quantidade de
SOMAGUE SGPS
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Modernização do troço Bombel e Vidigal - Évora
cloro utilizado no tratamento de água durante o
processo, minimizando os impactes ambientais
associados.
Tratamento de solos com cal
Este projecto consistiu em desenvolver um método
de tratamento de solos, com cal, ao nível da camada de coroamento/leito de via. Esta solução, podendo
melhorar a capacidade resistente da camada de
coroamento sem a remoção da mesma, é económica
e ambientalmente mais vantajosa, relativamente à
substituição da camada por novos materiais.
Desenvolvido na obra de Modernização do Troço
Bombel e Vidigal a Évora das Linhas do Alentejo,
Vendas Novas e Évora, em execução para a Refer,
numa extensão superior a 100 km, este projecto
permitiu alcançar os seguintes objectivos:
• Evitar a movimentação de solos, numa quantidade aproximada de 150.000 m3;
• Optimizar e diminuir as circulações em obra,
decorrentes dos escassos acessos, diminuindo
as circulações em pleno canal ferroviário e evitando conflitos com actividades paralelas;
• Minimizar impactes com vazadouros, reduzindo
significativamente os problemas inerentes a licenciamento em zonas REN, RAN e Natura 2000;
• Minimizar impactes ambientais, privilegiando a
reutilização de materiais existentes, valorizando
os mesmos na sua integração no novo canal
ferroviário e evitando o recurso a manchas de
empréstimo;
65
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Reforço de Potência da Barragem da Bemposta - Trás-os-Montes
66
SOMAGUE SGPS
RECURSOS HUMANOS
06
Recursos Humanos
Colaboradores Somague
Qualidade de Emprego e Protecção Social
Igualdade de Oportunidades, Liberdade de Associativismo, Direitos Humanos
Formação e Educação
Avaliação de Desempenho e Progressão na Carreira
67
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
6.1 – Colaboradores Somague
As participadas da Somague SGPS, em 31 de
Dezembro de 2010, empregavam um total de 3.029
colaboradores distribuídos da seguinte forma:
Tit. Superiores
Tit. Médios
Técn. não Tit.
Administrativos
Outros
TOTAL
279
58
739
146
40
1.262
Sucursal Angola
3
4
15
44
502
568
Sucursal Espanha
4
0
0
0
0
4
Sucursal Irlanda
0
0
0
0
0
0
Sucursal Cabo Verde
4
0
10
0
4
18
Sucursal Brasil
4
1
0
0
2
7
5
2
40
13
10
70
11
3
0
13
0
27
Somague Engenharia
Somague Neopul ACE
Somague TI
0
1
0
1
0
2
Somague Engenharia Madeira
16
4
67
23
10
120
Somague Ediçor Engenharia
27
1
237
33
90
388
9
0
2
4
137
152
Somague Investimentos
Somague Angola
CVC
TOTAL SOMAGUE ENGENHARIA (1)
Somague Utilities
Neopul
16
3
33
13
64
129
378
77
1.143
290
859
2.747
1
0
0
0
0
1
28
9
156
20
44
257
9
2
12
1
0
24
TOTAL SOMAGUE UTILITIES (2)
38
11
168
21
44
282
TOTAL SOMAGUE SGPS (1+2)
416
88
1.311
311
903
3.029
Neopul - Sucursal Espanha
Constata-se um redimensionamento da empresa
em relação ao número de colaboradores, essencialmente associado à conjuntura que o sector atravessa
e à necessidade de a Empresa se adoptar em função
da actividade espectável para os próximos anos.
Evolução do número de colaboradores
2008
Somague
68
3.520
2009
2010
3.395
3.029
SOMAGUE SGPS
RECURSOS HUMANOS
O colaborador tipo em 2010 tem uma idade média
de 43 anos, pertence ao género masculino e trabalha a
tempo inteiro no quadro permanente da empresa,
em Portugal.
Dada a situação que o sector atravessa, têm sido
muitas as solicitações para ingressar na Somague.
A página de recrutamento do site da empresa, onde
é possível submeter candidaturas espontâneas
e/ou responder a ofertas de trabalho disponibilizadas pela empresa, completou, em 2010, um ano
de existência. Analisados os dados constatou-se a
boa adesão a este tipo de candidatura por parte de
candidatos a todo o tipo de funções. De salientar a
origem geográfica das candidaturas que são submetidas dos quatro cantos do mundo.
Em 2010 iniciou-se a revisão do processo de
Gestão de Recursos Humanos e Organização da
Somague, com o objectivo de o adaptar às crescentes e constantes alterações que foram introduzidas nestas áreas. Este trabalho culminará numa
nova edição dos respectivos manuais, que será
publicada durante o próximo ano.
Os indicadores que seguidamente se apresentam
não incluem os colaboradores contratados localmente pelas sucursais da Somague e participadas
da Somague fora de Portugal.
Faixa etária
2008
2009
< 30 anos
281
241
2010
206
30-50 anos
1.457
1.395
1.399
> 50 anos
590
595
522
2008
2009
251
253
244
2.077
1.978
1.883
2008
2009
378
370
366
87
84
78
1.863
1.777
1.683
2008
2009
1.772
1.803
1.723
556
428
404
Trabalho a tempo inteiro
2.323
2.226
2.124
Trabalho a tempo parcial
5
5
3
Género
Feminino
Masculino
2010
Qualificação
Curso superior
Curso de nível médio
Outras
2010
Tipo de contrato
Quadro permanente
Temporários
2010
69
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
6.2 – Qualidade de Emprego e
Protecção Social
Ano após ano a Somague procura ser uma boa
empresa para trabalhar. O sucesso do desempenho
da Somague está, inquestionavelmente, associado
à satisfação e motivação dos seus colaboradores.
Para manter esses níveis elevados, a empresa
procura oferecer boas condições de trabalho, considerando fundamental proporcionar a todos um
bom equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Das práticas implementadas, destacam-se as
seguintes:
• Horário comprimido na Sede e horário flexível
em algumas obras;
• Dispensa dos colaboradores para resolução de
assuntos pessoais/familiares;
• Rede de transporte para colaboradores na sede
de/para diversos pontos de Lisboa;
• Transporte nas obras de mais difícil acesso ou
mais distantes dos centros urbanos;
• Seguro de saúde (extensível ao agregado familiar), vida e acidentes pessoais;
• Refeitório nas instalações;
• Acordos com redes de health clubs, bancos,
empresas de telecomunicações, agências de
viagens, redes hoteleiras, e outros, extensíveis
às famílias.
Cais do Jardim do Tabaco - 2ª fase - Lisboa
Encargos com colaboradores (€)
Custo total médio por colaborador
2008
2009
2010
47.312
42.354
42.799
275
371
298
78
72
80
Encargos médios com protecção social de carácter não
obrigatório por colaborador
Encargos médios com cuidados de saúde por colaborador
70
SOMAGUE SGPS
RECURSOS HUMANOS
Os benefícios listados aplicam-se a todos os colaboradores, independentemente do horário praticado
(inteiro/parcial), e complementam as remunerações
pagas pela Somague que cumprem em todas as
suas unidades operacionais a legislação relativa ao
salário mínimo.
Salário mais baixo comparado ao salário mínimo local (€/mês)
Mínimo pago
Mínimo local
Portugal
475
475
Espanha
779
633
Irlanda
1.750
1.462
Angola
159
89
Cabo Verde
132
*
* Em Cabo Verde não está definido o salário mínimo.
Em 2010 a taxa de rotatividade diminuiu relativamente a 2009, em parte devido à satisfação dos
colaboradores e também devido à incerteza que se
vive no sector e no país, tornando a Somague uma
instituição segura para trabalhar.
Taxa de rotatividade
2008
2009
2010
Mulher
49
21
5
Homem
305
201
108
Mulher
45
22
17
Homem
364
302
207
16.39
12.24
10.55
2008
2009
2.45
3.98
3.34
0
0
0
Admissões
Demissões
Taxa de rotatividade (%)
Absentismo
Taxa de absentismo (%)
N.º de dias perdidos por doenças profissionais
2010
Processo justificação de ausências – Sede
Com o objectivo de facilitar o acesso à informação e a automatizar todo o processo de gestão dos tempos de trabalho, foi
implementado um novo sistema de justificação de ausências no edifício sede da Somague.
Com a implementação do novo procedimento os colaboradores passaram a poder justificar automaticamente as ausências
através do Portal do Colaborador na intranet da Somague, permitindo também a justificação antecipada.
71
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
6.3 – Igualdade de Oportunidades, Liberdade
de Associativismo, Direitos Humanos
A diversidade cultural dos colaboradores da
Somague, com origem em Espanha, Índia, Itália,
Marrocos, Venezuela e nos países de língua oficial
portuguesa, evidenciam a aplicação dos seus
princípios internos de igualdade de oportunidades.
Origem dos colaboradores
2008
23009
2.206
2.135
2.031
Países de língua oficial portuguesa
82
63
64
Países do Leste da Europa
26
23
23
Outros países
14
10
9
Nacionalidade portuguesa
2010
As mulheres representavam em 2010 cerca de
11,5% dos colaboradores da Somague. Este valor
apesar de reduzido encontra-se acima da média
nacional do sector que se fixava, em 2008, em 9%,
evidenciando as boas práticas na gestão de recursos humanos, designadamente:
•
•
•
•
Igualdade no processo de recrutamento;
Igualdade no plano de carreiras;
Igualdade no acesso à formação;
Igualdade de remuneração.
Relação salário base homem/mulher
2008
23009
Quadros (intermédio, médio e superior)
1.04
1.28
1.28
Operacionais
0.86
0.79
0.77
Em 2010, os colaboradores abrangidos por acordos de negociação colectiva representavam
98,63% dos colaboradores da empresa e apenas
5% estavam sindicalizados.
72
2010
SOMAGUE SGPS
RECURSOS HUMANOS
6.4 – Formação e Educação
A formação e desenvolvimento de competências
são uma aposta constante da Somague, que vê a
formação como um investimento no progresso da
empresa, no mercado em que actua.
Em 2010 entrou em funcionamento a plataforma de
formação à distância (e-learning), que começou a
ser desenvolvida no exercício anterior. Esta nova ferramenta permite o aumento do número de colaboradores que recebem formação, uma vez que em
qualquer localização geográfica onde a Somague
se encontre, desde que haja uma ligação à internet,
podem frequentar-se acções de formação.
Contribui, igualmente, para uma redução de custos
relacionados com a frequência de colaboradores
em acções de formação, nomeadamente no que
diz respeito a deslocações e alojamento.
No âmbito da formação presencial destacam-se
dois ciclos de formação que tiveram lugar em 2010:
um ciclo de formação em Relações Interpessoais
dirigido a Operários e outro de Condução
Defensiva. A formação em Relações Interpessoais
faz parte de um programa de formação comportamental que teve início em 2006/2007, resultado de
necessidades detectadas nesta área e que agora
abrangeu a totalidade das funções na empresa.
Quanto à formação em Condução Defensiva, pretendeu-se dotar os participantes do conhecimento
de técnicas de condução e de comportamento que
lhes possibilitem um melhor desempenho na condução do dia-a-dia, através de uma componente
teórica, fundamentalmente dirigida para a prevenção rodoviária e de uma componente prática,
com vários exercícios onde são colocados à prova
em diversas situações de difícil resolução, visando
a criação de mecanismos de reacção em situações
inesperadas. Este tipo de formação continuará a ser
ministrada durante o próximo ano.
A Somague continuou a investir nas línguas
estrangeiras para a construção, tendo sido ministrados
cursos de formação nos idiomas espanhol e inglês.
Com a possibilidade de internacionalização para
novos países, no final do ano decidiu-se começar a
formar os colaboradores em francês, aposta que se
irá manter em 2011.
Numa vertente mais técnica e com o objectivo de
dotar as chefias intermédias de obra de conhecimentos mais actualizados, foram levados a cabo
cursos de “Organização de Estaleiros e Gestão de
Obras” e de “Preparação, Planeamento e
Condução de Obra”.
Pensando nos colaboradores que estão em início
de carreira, realizou-se formação na área das
“Tecnologias e Materiais de Construção Civil e
Obras Públicas”.
Média de horas de formação por ano por colaborador
2008
2009
2010
Administração
11.79
12.86
15.14
Quadros
19.84
20.96
24.34
7.62
7.65
11.84
Operacionais
73
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Young Managers Team (YMT)
Prevenção HIV-SIDA em Cabo Verde
O YMT é uma iniciativa inovadora, que constitui uma opor-
No âmbito do projecto de “Expansão e Modernização do
tunidade de crescimento profissional num ambiente multi-
Porto da Praia – Fase I” foi realizada uma campanha de
sectorial proporcionado pelos membros do BCSD Portugal
sensibilização para a prevenção do HIV/SIDA com os tra-
e, simultaneamente, uma aposta das empresas nos seus
balhadores e comunidade envolvente, incluindo as
quadros mais promissores, garantindo uma forte compo-
seguintes medidas:
nente de formação numa área estratégica, como é o
desenvolvimento sustentável.
- Desenvolvimento de um plano de acção para a infor-
Desde 2005 que a Somague tem vindo a aderir a esta ini-
- Facultar o acesso a métodos de prevenção;
ciativa, com a perspectiva de dotar os seus quadros mais
- Facultar acesso a testes anónimos e voluntários.
mação, educação e comunicação para a prevenção;
jovens de ferramentas concretas para honrar os compromissos de sustentabilidade assumidos.
Estas actividades foram realizadas no período de Outubro
de 2008 a Setembro 2010, tendo-se obtido os seguintes
Em 2010, um colaborador da Somague integrou a equipa
resultados:
“Chi-Sight”, que desenvolveu o seu trabalho na área da
Responsabilidade Social Interna, com o objectivo de criar
uma ferramenta que permita às empresas medir e avaliar o
impacte do investimento realizado em Responsabilidade
Social Interna na criação de valor para o negócio.
•Levantamento/diagnóstico envolvendo 102 trabalhadores
e 104 membros da comunidade local;
•Realização de 58 sessões de informação, educação e
comunicação, envolvendo 943 trabalhadores e membros da comunidade local, sobre discriminação/estigmatização do HIV/SIDA, higiene pessoal, álcool e anti-rectrovirais;
• Realização de 35 sessões de informação, educação e
Apesar de, em 2010, não se terem desenvolvido
acções de formação específicas em políticas e procedimentos relativos a aspectos dos direitos
humanos, na generalidade das acções de formação
internas são revistos os valores da Somague e os
princípios de ética e conduta que deverão ser adoptados por todos os colaboradores. Estas acções
são extensíveis aos vigilantes das instalações da
empresa.
comunicação, envolvendo 558 trabalhadores e membros
da comunidade local, sobre doenças sexualmente transmissíveis;
• Desenvolvimento de 20 sessões de esclarecimentos relativas aos testes HIV/SIDA, abrangendo 300 pessoas;
• Realização de 91 testes HIV/SIDA;
• Realização de 66 consultas médicas individuais;
• Distribuição de 35.712 preservativos a trabalhadores e
membros da comunidade local;
• Distribuição de 635 flyers de informação.
A Somague, em Angola e Cabo Verde, tem ainda
em curso programas de educação, formação,
aconselhamento, prevenção e controlo de risco,
para garantir assistência aos trabalhadores, às suas
famílias ou aos membros da comunidade afectados
por doenças graves, nomeadamente:
• Campanhas de vacinação;
• Rastreio à Tuberculose;
• Campanhas da luta contra o HIV-SIDA.
74
SOMAGUE SGPS
RECURSOS HUMANOS
6.5 – Avaliação de Desempenho e
Progressão na Carreira
A avaliação de desempenho é vista pela Somague
como um instrumento de apoio à gestão, tendo o
objectivo da melhoria da qualidade dos serviços,
assim como estimular o desenvolvimento dos
colaboradores.
Assim, a empresa procede anualmente à apreciação do desempenho de cada colaborador, no
sentido de aferir a sua evolução e proporcionar a
progressão da carreira em adequação às competências recebidas.
Os colaboradores são avaliados tendo como referência o Perfil de Competências, definido para cada
função, com a identificação das competências
estratégicas aplicáveis e o nível de proficiência
esperado em relação a cada colaborador enquanto
titular de determinada função, considerando a sua
experiência e conhecimento.
Avaliação de desempenho
2008
Colaboradores com avaliação de desempenho (%)
2009
2010
95.4
94.9
92.5
12
16
4
117
48
57
7
9
3
Número de colaboradores promovidos
Mudança de função
Mérito
Antiguidade
Em 2010 iniciou-se um novo projecto com o objectivo de melhor gerir as competências técnicas
detidas por todos os colaboradores da Somague, o
qual se prevê concluir durante o próximo ano.
Auto-estrada do Marão
75
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Estoril Sol Residence
76
SOMAGUE SGPS
SEGURANÇA E SAÚDE
07
Segurança e Saúde
Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
Índices de Sinistralidade
77
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
7.1 – Gestão da Segurança e
Saúde no Trabalho
A actividade inerente ao sector da construção civil e
obras públicas apresenta um significativo conjunto
de particularidades que a distinguem das demais
actividades produtivas. Dessas particularidades
destacam-se as seguintes:
• A existência de várias fases distintas no processo produtivo: concepção, organização e execução dos trabalhos – que se desenvolvem em
função de vários parâmetros e condicionalismos, nomeadamente a utilização perspectivada
para a obra;
• A relevância das opções de projecto, quer no
domínio da arquitectura, quer no domínio estrutural e, até, dos materiais na realização dos trabalhos em obra;
• A pluralidade de intervenientes em cada uma
das fases, de que resulta uma natural conflitualidade de interesses.
78
• A utilização da obra, nela se compreendendo as
intervenções construtivas ulteriores à sua conclusão e durante a sua vida útil.
A cada uma das fases corresponde um universo de
actores cujos elementos são específicos de cada
uma delas, em função dos papéis próprios de cada
um deles, mas cujas decisões se projectam, influenciam e podem mesmo condicionar a acção dos
actores dessas fases e/ou de fases subsequentes,
sendo por esses motivos fulcral para assegurar a
gestão eficiente desse processo a implementação
de sistemas de gestão da segurança e saúde.
É neste sentido que a Somague implementa de
forma sistemática o seu sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho, definido e certificado de
acordo com a OHSAS18001/NP4397.
Por outro lado, na construção o processo produtivo
não se desenvolve de forma estática, mas antes em
função da dinâmica do projecto que se materializa
e que assume, mesmo quando se repete, diferentes
enquadramentos e actores distintos. Deste modo,
num empreendimento existem várias fases distintas, complementares e sequenciais, tendo em vista
a sua utilização, que se enumeram de seguida:
No âmbito deste sistema de gestão, a Somague
possui uma Comissão de Segurança, constituída
por trabalhadores das várias empresas e provenientes de diversas áreas da empresa, que se reúne
no mínimo duas vezes por ano. Também na generalidade das obras existem Comissões de
Segurança, constituídas por trabalhadores afectos
especificamente a cada um dos estabelecimentos. As
principais funções das Comissões de Segurança são:
• A concepção na qual se decide a implantação
da obra, se definem as opções arquitectónicas e
as escolhas técnicas necessárias à sua execução, o tipo de materiais e equipamentos a
incorporar, entre outros aspectos;
• A preparação onde se realizam um conjunto de
actos prévios à execução, designadamente a
elaboração do caderno de encargos, a selecção
do(s) executante(s), a definição contratual dos
termos em que o projecto vai ser concretizado e
a adjudicação da obra;
• A execução da obra propriamente dita;
• Colaborar na implementação do Sistema de
Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho;
• Colaborar no processo de identificação de perigos e avaliação de riscos;
• Colaborar na definição, no planeamento e na
implementação de medidas de prevenção e de
protecção;
• Analisar e participar nos processos de consulta
sobre as condições de segurança e saúde no
trabalho;
• Analisar os acidentes de trabalho ocorridos e os
respectivos índices de sinistralidade.
SOMAGUE SGPS
SEGURANÇA E SAÚDE
Os colaboradores da Somague encontram-se também abrangidos pelo Contrato Colectivo de
Trabalho para a indústria da construção civil e obras
públicas (cerca de 98,58% dos trabalhadores em
Portugal), celebrado entre várias associações de
empresas de construção civil e obras públicas e o
sindicato da construção, obras públicas e serviços
afins e outros sindicatos. Este contrato inclui diversos tópicos associados à segurança e saúde no trabalho, nomeadamente: organização de serviços de
segurança e saúde, medidas de segurança e protecção, representantes dos trabalhadores e prevenção e controlo de alcoolemia.
Consulta aos colaboradores no âmbito da
segurança e saúde no trabalho
Com o intuito de assegurar o cumprimento do número 2 do
artigo 282.º da Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro, relativo à
aprovação da revisão do Código do Trabalho, e também do
número 1 do artigo 18.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de
Setembro, relativo ao Regime Jurídico da Promoção da
Segurança e Saúde no Trabalho, em 2010 foram realizadas
duas consultas aos trabalhadores em matéria de segurança e saúde no trabalho.
A generalidade dos colaboradores que participaram na
consulta considerou que a Somague proporciona
condições adequadas de segurança.
Cais do Jardim do Tabaco - 2ª fase - Lisboa
79
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
7.2 – Índices de Sinistralidade
Em 2010, a forma de cálculo dos índices de sinistralidade foi revista com o objectivo de tratar os
acidentes mortais separadamente dos não mortais, conforme se encontra previsto na 16ª
Conferência Internacional de Estaticistas do
Trabalho – “Resolução sobre as estatísticas das
lesões profissionais: devidas a acidentes de trabalho”. Assim no que se refere aos índices de frequência e incidência, estes passaram a ser calculados para as duas situações. Relativamente ao
índice de gravidade, uma vez que apenas se aplica às incapacidades temporárias para o trabalho,
passou a ser calculado apenas para os acidentes
não mortais.
Tendo por base as premissas anteriormente referidas e com o objectivo de assegurar o princípio da
comparabilidade do relatório, foram recalculados
os índices de sinistralidade de 2008 e 2009. Os
índices apresentados de seguida, que incluem
apenas os trabalhadores próprios da Somague, evidenciam uma estabilização da sinistralidade na
empresa, no entanto, quando comparados com
2008, verifica-se uma redução bastante significativa.
Índices globais para a sinistralidade
Acidentes
sem
baixa
Acidentes
com baixa
< 3 dias
Somague Engenharia
28
3
Somague Ediçor Engenharia
8
0
Somague Engenharia Madeira
5
Neopul
9
Trabalhadores próprios
Acidentes
com baixa
3 dias
Acidentes
mortais
Total de
acidentes
N.º de dias
perdidos
37
0
68
1.395
13
0
21
745
0
3
0
8
117
0
19
0
28
763
CVC /Somague Engenharia Sucursal de Cabo Verde
0
0
0
0
0
0
Somague Angola/ Somague Engenharia Sucursal
11
1
14
0
26
470
0
0
0
0
0
0
de Angola
Somague Engenharia Sucursal da Irlanda
80
Somague Neopul, Gestão e Manutenção de Equipamentos
0
1
8
0
9
187
Total
61
5
94
0
160
3.677
SOMAGUE SGPS
SEGURANÇA E SAÚDE
Índices de sinistralidade
2008
2009
2010
Índice de frequência
37.41
12.83
14.39
Índice de incidência
69.81
28.21
30.52
Índice de gravidade
912.94
475.37
534.48
Acidentes não mortais
Acidentes mortais
Índice de frequência
0
0.17
0
Índice de incidência
0
0<37
0
Hospital de Braga
Acidentes mortais ocorridos
Apesar de não se terem verificado acidentes mortais de trabalhadores da Somague em 2010, ocorreram durante este
ano três acidentes mortais com trabalhadores de subempreiteiros em empreitadas em execução por Agrupamentos
Complementares de Empresas onde a Somague participa:
- na Auto-Estrada A4/IP4 – Amarante – Vila Real;
- na Reabilitação e Reforço do Cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco;
- na N7 – Castletown to Nenagh, Irlanda.
Para eliminar/minimizar a ocorrência de incidentes e acidentes de trabalho é fulcral sedimentar a cultura da segurança
e saúde no trabalho, que deve impreterivelmente ser respeitada e cumprida por todos os trabalhadores, independentemente da função que exercem e de pertencerem à Somague, a empresas prestadoras de serviços ou subempreiteiros,
devendo os mesmos considerar a segurança e saúde dos trabalhadores como factores prioritários da sua intervenção.
Também na empreitada Auto-Estrada A4/IP4 – Amarante – Vila Real, ocorreu, em Março de 2010, um acidente mortal
com um terceiro, condutor de uma viatura alheia à obra, na sequência do colapso da estrutura sob o tabuleiro de uma
passagem superior, enquanto decorria a betonagem desse tabuleiro.
81
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Artenius Mega PTA Sines
82
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
08
Ambiente
Gestão Ambiental
Consumo de Recursos
Energia e Alterações Climáticas
Emissões, Efluentes e Resíduos
Biodiversidade
83
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
8.1 – Gestão Ambiental
A Somague entende a Gestão Ambiental como o
conjunto de acções essenciais a implementar para
obter a máxima racionalidade no processo de
decisão relativo à conservação, defesa, protecção e
melhoria do ambiente, no decurso da sua actividade.
A excelência e o respeito pelo ambiente devem
estar presentes em todas as actividades. O correcto
desempenho ambiental significa não só o
cumprimento dos requisitos legais aplicáveis,
mas também a adopção de políticas, regras e
práticas, que assegurem a melhoria contínua das
actividades a realizar pelos responsáveis em
obra.
A política ambiental da Somague, definida em 2002
e revista em 2008, tem norteado a implementação
de práticas rigorosas de minimização de impactes
ambientais, de monitorização dos consumos de
matérias-primas e dos resíduos produzidos.
Actualmente a Somague tem já várias empresas
participadas com sistemas de gestão certificados
de acordo com a norma NP EN ISO 14001, o qual é
implementado de forma sistemática nas obras que
desenvolve.
Cobertura da Etar de Alcântara
Custos e investimentos com a protecção ambiental
2008
84
2009
2010
Técnicos de ambiente
SD
1.117.341,69 €
1.053.896,00 €
Formação
SD
0,00 €
2.230,00 €
Prestações de serviço
SD
544.740,00 €
594.222,54 €
Gestão de resíduos
SD
646.439,50 €
418.525,17 €
Total
SD
2.308.521,19 €
2.068.873,71 €
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
Boas práticas ambientais em obra – ETAR de Alcântara
No sentido de evitar, minimizar e/ou mitigar os potenciais impactes decorrentes das actividades de construção, foram
implementadas as seguintes medidas:
•Execução de bacias de lavagem de autobetoneiras e outros equipamentos;
•Manutenção de zonas (bacias) para lavagem de rodados com caixas de retenção de areias;
•Manutenção de caixa de retenção de gorduras provenientes do refeitório;
•Execução de aterros com reutilização de solos escavados em obra;
•Verificação de equipamentos de uso no exterior para diminuição de funcionamento indevido e consequente aumento
de poluição atmosférica;
•Diminuição dos consumos de energia desnecessários (ex.: colocação de fotocopiadora em modo energy saver, desligar
ar condicionado, luzes e outros equipamentos eléctricos quando os mesmos não são estritamente necessários);
•Diminuição do número de consumíveis informáticos (redução de papel com reutilização para rascunho e impressões
em modo fast – menor consumo de tinteiros);
•Selecção de entidades devidamente licenciadas para gestão dos resíduos gerados em obra, enfatizando organizações
certificadas (ex.: principal gestor de resíduos certificado pelas ISO 9001, 14001 e OHSAS 18001);
•Encaminhamento de resíduos para valorização em detrimento de eliminação sempre que possível (ex.: envio de resíduos
de alvenaria e betão para valorização e não para aterro);
•Reciclagem de toners, tinteiros, pilhas, embalagens, papel e óleos e gorduras alimentares usados;
•Estabelecimento de parceria com a CM Lisboa para recolha selectiva de papel, cartão, embalagens e vidro;
•Parceria com a AMI para recolha e reciclagem de tonners e tinteiros, fomentando a ligação a campanhas de ajuda humanitária;
•Reutilização de big-bags recepcionados com o fornecimento de produtos/materiais, para a triagem, recolha e transporte para
os respectivos contentores de armazenamento temporário, dos resíduos produzidos nas diversas frentes de obra,
antes do seu envio para destino final;
•Protecção do património arqueológico detectado no decorrer das escavações da empreitada;
•Promoção de visitas guiadas à obra com alunos de diversos estabelecimentos de ensino como forma de ter uma visão
e um conhecimento mais próximo do real, isto é, da forma como é executada e gerida uma obra na prática;
•Promoção de estágios curriculares em obra com o intuito de os alunos verificarem e implementarem os conhecimentos
adquiridos nos seus estabelecimentos de ensino.
Seguro de Responsabilidade Ambiental
Existindo uma consciencialização cada vez maior perante os riscos ambientais e face às preocupações de sustentabilidade
do Grupo, a Sacyr Vallehermoso possui um seguro Corporativo de Responsabilidade Civil Ambiental com âmbito internacional que abrange todas as filiais do Grupo SyV, incluindo, também todas as empresas portuguesas do Grupo SyV.
A 1 de Janeiro de 2010, com a entrada em vigor em Portugal do Decreto de Lei 147/2008 de 29 de Julho, surge um novo
regime de responsabilidade ambiental que resulta da transposição para a ordem jurídica interna de diversas directivas comunitárias. Este DL estabelece um regime de responsabilidade ambiental baseado no princípio de “poluidor – pagador”, para
prevenir e reparar os danos ambientais causados às espécies e habitats naturais protegidos, às águas e ao solo, e consagra
a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) como autoridade para efeitos de aplicação do mesmo. Com esta aprovação, a
responsabilidade por danos ambientais ficará melhor enquadrada e definida, quer em termos de montantes indemnizatórios
e de recuperação ambiental dos “sites” afectados, quer em termos de imputação de responsabilidades.
A Somague para além da atitude proactiva na identificação de riscos ambientais e respectivas medidas mitigadoras e de controlo, e do cumprimento da legislação em vigor, dispõe de uma Apólice de Seguro de Responsabilidade Civil Ambiental, que
abrange, em 1ª linha as empresas portuguesas do Grupo SyV, permitindo ter cobertura aos danos causados ao ambiente.
85
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
8.2 – Consumo de Recursos
Em todas as participadas e sucursais da Somague,
são monitorizados os consumos de recursos numa
perspectiva de detectar eventuais desvios às metas
estabelecidas e implementar as mais adequadas
acções correctivas.
8.2.1 Materiais
Em 2010, o consumo de materiais na Somague verificou um ligeiro decréscimo, mais acentuado no
consumo de betão. Pela primeira vez nos últimos
cinco anos o consumo de papel verificou uma
diminuição relativamente ao ano anterior, invertendo
a tendência crescente dos anos anteriores.
Consumo de materiais
2008
Papel (ton)
Betão pronto
Betão (m3)
Produção própria
Total
Cimento (ton)
61,46
248.752,00
152.364,00
169.653,00
62.810,00
47.929,08
49.285,00
311.562,00
200.293,08
218.938,00
42.353,00
58.520,59
57.241,00
Indirecto
74.625,00
45.709,20
50.896,00
116.978,00
104.229,79
108.137,00
1.161.543,00
1.330.282,52
878.161,00
497.503,00
304.728,00
339.306,00
1.659.046,00
1.635.010,52
1.217.467,00
29.950,00
29.137,00
23.264,28
Directo
Agregado (ton) Indirecto
Total
Centrais de betão 3 e 4 - Sines
86
2010
65,53
Directo
Total
Aço (ton)
2009
61,81
SOMAGUE SGPS
AMBIENTE
A utilização de materiais reciclados, no âmbito da
actividade da Somague, encontra-se fortemente
condicionada pelos projectos dos Donos de Obra.
No entanto, a Somague tem vindo a identificar uma
área onde possui uma influência muito significativa,
nomeadamente o tratamento e reutilização de solos
e materiais rochosos.
Movimentação de solos e materiais rochosos (m3)
2008
2009
2.310.676
2.820.414
3.010.551
Reutilização em obra
1.029.624
1.422.620
1.732.373
Vazadouro
1.281.052
1.191.554
1.278.178
1.349.597
2.349.597
1.858.626
1.029.623
1.422.620
1.732.373
319.973
926.977
126.254
Volume total de escavação
Volume total de aterro
Própria obra
Mancha de empréstimo
2010
Reutilização de solos e materiais rochosos
Tratamento de solos
Na obra Reforço de Potência - Venda Nova III, foram
Em 2010, como referido no capítulo da inovação, foi
implementadas diversas medidas de gestão ambiental
desenvolvido um sistema de tratamento de solos com
nas quais se incluíram medidas associadas à gestão de
cal para plataformas de infra-estruturas ferroviárias.
movimentação de solos e materiais rochosos. O correcto
planeamento e armazenamento temporário em obra
Esta solução aplicou-se no tratamento da camada de
permitiram potenciar a reutilização de solos e materiais
coroamento da Linha do Alentejo – Troço Bombel e
rochosos na própria obra, nomeadamente na construção
Vidigal a Évora, que evitou a substituição de cerca de
150.000 m3 de solos por matérias-primas virgens.
de infra-estruturas como escombreiras, acessos e
pedreiras. Adicionalmente foram também reutilizados
solos e materiais rochosos fora da obra.
Considerando apenas a movimentação associada ao
transporte dos solos a vazadouro e da mesma quantidade
Estas medidas permitiram poupar a utilização de cerca
de novos materiais, o presente projecto evitou a emissão
de 115 000 toneladas de matérias-primas virgens.
de 1.240 tonCO2 (considerando uma distância média
de 50 km a vazadouro e a manchas de empréstimo e a
utilização de camiões com uma capacidade de 15 m3
com emissões associadas de 800gCO2/km).
87
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
8.2.2 Água
A Somague em 2010 consumiu aproximadamente a
mesma quantidade de água do que em 2009. No
entanto verificam-se diferenças significativas no que
se refere à sua fonte. Esta alteração implicou um
aumento expressivo nas captações superficiais e
subterrâneas, não tendo sido identificado nenhum
recurso hídrico negativamente afectado pela organização. No que se refere ao volume de água reciclada e reutilizada a Somague implementa, quando
possível, sistemas de reciclagem de água para posterior incorporação no processo produtivo.
Consumo de água (m3)
2008
Água rede
Água salobra
Captações subterrâneas
Total
2009
2010
179.150
132.952
89.190
0
84.077
118.113
17.973
32.029
43.394
197.123
249.058
250.697
Reciclador de central de betão
No âmbito da obra “Expansão do Terminal de GNL de Sines” a Somague instalou duas centrais de betão para satisfazer
as necessidades deprodução de betão da obra de cerca 38.000 m3.
As centrais de betão foram dotadas de um reciclador e de tanques de decantação com o objectivo de reciclar a água proveniente das lavagens das auto-betoneiras e reutilizá-la na produção de betão, como mostra a imagem seguinte.
Tanto os componentes sólidos como os líquidos são geridos em circuito fechado, não havendo rejeição ou eliminação
de águas residuais ou produção de resíduos. Toda esta gestão é efectuada automaticamente através do software de
gestão das centrais.
Em 2010 foram reutilizados cerca de 1 400 000 litros de água (correspondendo a 25% do volume total de água utilizada na produção de betão). Relativamente aos rejeitados (lamas de betão provenientes da limpeza dos tanques de
decantação) foram produzidas aproximadamente 500 ton cujo destino final é a reincorporação em novos produtos.
88
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AMBIENTE
8.3 – Energia e Alterações Climáticas
Na Somague as alterações climáticas são analisadas
em duas vertentes. A primeira associada à contribuição da actividade da empresa para as alterações
climáticas, e a segunda no que se refere à identificação de oportunidades de negócio.
No que se refere à contribuição da empresa para as
alterações climáticas, esta está essencialmente
associada ao consumo de energia, nomeadamente
de gasóleo e gasolina utilizado na frota automóvel e
equipamentos, e electricidade. Em 2010 verificou-se
uma redução do consumo decorrente maioritariamente da diminuição do consumo de gasóleo.
Esta situação está alinhada com a estratégia da
empresa que, dada a conjuntura económica do
sector, prevê uma redução significativa do consumo
de combustíveis da frota automóvel. Também concorreram para esta diminuição as diferentes iniciativas
implementadas em 2010 para reduzir o consumo de
energia, como se exemplifica nas caixas de destaque.
Consumo de energia (GJ)
2008
2009
2010
Gasóleo
257.584
276.921
222.248
Gasolina
10.081
6.473
5.011
Electricidade
26.781
29.549
32.475
Gás natural
Total
1.674
1.818
1.671
306.201
321.233
266.415
Artenius Mega PTA Sines
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Responsabilidade climática em Portugal -
Barómetro Eficiência Energética
- Índice ACGE
A Somague participou no Barómetro da Eficiência
A Somague participou no Índice ACGE 2010, que teve
Energética Portugal 2010, projecto que visa uma maior
como objectivo primordial a avaliação de desempenho de
compreensão, de âmbito macro, sobre diversos indi-
um conjunto seleccionado de sectores empresariais que
cadores quantitativos e qualitativos ligados à área da
operam no mercado nacional, mais especificamente, a
eficiência energética, com o objectivo de passar a
avaliação da capacidade de resposta das empresas aos
constituir uma ferramenta fundamental para a identifi-
desafios apresentados pelas alterações climáticas e por
cação de oportunidades de melhoria. Este projecto contou
uma economia restrita em carbono.
com a criação de um portal dedicado a esta temática
(www.portal-eficienciaenergetica.com.pt)
A apreciação das empresas baseou-se na definição de um
e dos prémios “Energy Efiency Awards Portugal 2010”,
conjunto de indicadores demonstrativos do seu empenho
cujos resultados serão publicados em 2011.
no combate às alterações climáticas. Das empresas do
sector de construção avaliadas, a Somague classificou-se
em segundo lugar, com uma classificação próxima do
Formação condução defensiva
primeiro lugar..
Dotar os participantes do conhecimento de técnicas de
condução e de comportamento que lhes possibilitem
um melhor desempenho na condução do dia-a-dia, através
de uma componente teórica, fundamentalmente dirigida
para a prevenção rodoviária e de uma componente prática,
com vários exercícios onde são colocados à prova em
diversas situações de difícil resolução, visando a criação de
mecanismos de reacção em situações inesperadas.
Os participantes serão assim capazes de conduzir de uma
forma mais eficaz e atenta, aumentando a resposta eficaz
em caso de condução em situações extremas, diminuindo
o risco de acidente, e diminuindo os consumos de
combustível.
Rearborização da Mata da Povoação - Açores
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AMBIENTE
8.4 – Emissões, Efluentes e Resíduos
8.4.1 Emissões
2010 representa o primeiro ano em que a Somague
apresenta o inventário de emissões de CO2 associadas ao âmbito 3, nomeadamente viagens de
avião, comboio e autocarro da empresa. Apesar da
aplicação utilizada para a gestão das viagens estar
implementada desde 2008, apenas em 2010 passou
a abranger a totalidade das deslocações efectuadas na empresa. No presente ano verificou-se uma
redução das emissões de CO2, justificadas pela
redução do consumo de gasóleo descrito no capítulo
anterior.
Emissões (ton CO2)
2008
Âmbito 1
Frota
Equipamentos
Outros
2009
2010
19.856
21.045
16.889
9.584
6.172
5.703
10.178
14.771
11.093
94
102
94
Âmbito 2
2.526
2.657
1.978
Electricidade
2.526
2.657
1.978
0
0
737
Âmbito 3
Viagens avião
S.D.
S.D.
698
Viagens comboio
S.D.
S.D.
2
Autocarro Somague
S.D.
S.D.
36
22.381
23.702
19.603
Total
E-learning – Plataforma Somague
Mata da Povoação
Conforme supradito no capítulo da formação, no início
Propriedade situada nos Açores, património da
de 2010, foi lançada a nova plataforma de formação à
Somague Ediçor, que conta com um Plano de Gestão
distância (e-learning) da Somague. Ao longo do ano,
Florestal implementado desde Agosto de 2005.
foram disponibilizados vários cursos, num total 5.214
horas ministradas a 128 colaboradores. Considerando
Com 51 ha, esta propriedade apresenta-se como
como uma média de deslocação de 50 km para cada
potencial sumidouro de Gases com Efeito de Estufa,
aula, foi possível concluir que, em 2010, esta plataforma
tendo-se, em 2010, iniciado os contactos com a
evitou a emissão de 20 toneladas de CO2.
Universidade dos Açores, de forma a estudar a hipótese
de se arrancar em 2011 com um projecto de cálculo do
sequestro de CO2. Este visa obter o balanço entre o
CO2 emitido, devido ao consumo energético da sua
actividade, e o sumido por captação pela Mata.
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8.4.2 Efluentes líquidos
A preservação dos recursos hídricos, na maior
abrangência possível do conceito, é um dos
maiores desafios que o sector enfrenta, uma vez
que estes podem ser afectados ainda na fase de
projecto se não forem implementadas as medidas
necessárias à protecção das condições naturais de
circulação e drenagem das linhas de água, e também na fase de construção devido aos potenciais
acidentes resultantes em derrames e emissão de
substâncias perigosas utilizadas em obra.
Na Somague, a descarga de água está usualmente
associada a águas residuais provenientes dos
escritórios e dos parques de equipamentos.
Relativamente às primeiras, estas são geralmente
encaminhadas para as redes municipais ou, na
impossibilidade, para sistemas de recolha (fossas
estanques ou ETARs compactas). No que se refere
às águas residuais provenientes dos parques de
equipamentos, estas são sujeitas a um sistema de
separação de hidrocarbonetos antes do encaminhamento/ tratamento.
8.4.3 Resíduos
Em 2010, verificou-se uma diminuição de produção de
RCDs relativamente a 2009, tendo-se obtido valores
semelhantes aos de 2008. O aumento verificado em
2009, como referido no respectivo relatório, deveu-se
a obras como a Linha de Gondomar do Metro do
Porto, em que a Somague foi responsável pela gestão
de quantidades significativas de resíduos históricos.
Os resultados apresentados, relativos aos resíduos
produzidos, não incluem Angola e Cabo Verde.
Resíduos produzidos (ton)
2008
2009
2010
Papel e cartão
43,21
41,81
59,76
Valorização
41,81
59,14
43,21
Eliminação
0,00
0,62
0,00
31.524,00
94.462,66
31.448,23
Valorização
75.693,06
14.892,02
25.977,00
Eliminação
18.769,60
16.556,21
5.547,00
202,00
343,56
249,91
Valorização
208,56
89,99
98,00
Eliminação
135,00
159,92
104,00
RCD
Resíduos perigosos
Resíduos não perigosos
1.602,00
1.426,00
2.304,02
Valorização
939,02
1.565,58
567,00
Eliminação
486,98
738,44
1.035,00
33.371,21
96.274,03
34.061,92
Total
Licenciamento simplificado
O Parque de Equipamentos da Somague, em Pegões,
viu reconhecida a sua boa prática na gestão de resíduos,
obtendo o licenciamento simplificado, de acordo com o
Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro, para o
armazenamento temporário de resíduos provenientes das
obras, destinados a posterior operação de valorização,
nomeadamente óleos e absorventes.
Parque de Equipamentos da Somague - Pegões
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AMBIENTE
8.5 – Biodiversidade
Em toda a sua actividade, a Somague procura ter o
máximo respeito pela biodiversidade local, especialmente em zonas protegidas ou com elevado
índice de biodiversidade, tendo como objectivo
uma conduta de responsabilidade para além do
requerido pela legislação. No início de 2010, a
Somague definiu como objectivo participar em iniciativas no âmbito do Ano Internacional da
Biodiversidade. Não tendo sido possível concretizar
este compromisso, a Somague encontra-se a
avaliar a adesão à iniciativa Business and
Biodiversity.
Em 2010, em Portugal, a Somague foi responsável
por empreitadas que envolveram a afectação de áreas
sensíveis do ponto de vista ecológico, tal como
Reserva Nacional, Zonas de Parque Natural ou Rede
Natura. As actividades de construção associadas
levam a alterações ao nível da ocupação do solo,
afectando directamente os habitats presentes na área,
quer por fragmentação, por degradação ou mesmo
por destruição, com implicações directas na biodiversidade local. No entanto, estes impactes são temporários e após conclusão das empreitadas a
Somague procura estabelecer ou melhorar as
condições anteriores à sua intervenção.
Espaços protegidos
Designação
Parque Natural do Douro Internacional
Região
Figura
Área
de protecção
afectada (ha)
Trás-os-Montes e Alto Douro
Parque Natural
Trás-os-Montes e Alto Douro
Rede Natura 2000
50
Reserva Ecológica Nacional Mogadouro
Trás-os-Montes e Alto Douro
Reserva Nacional
S.D.
Sítio Alvão Marão
Trás-os-Montes e Alto Douro
Rede Natura 2000
58
Parque Natural do Alvão
Trás-os-Montes e Alto Douro
Parque Natural
7
Rede Natura 2000
1
Zona de Protecção Especial (ZPE) do Douro Internacional
Obra
85
Reforço de Potência da Bemposta
e vale do Rio Águeda (Rede Natura 2000)
Zona de Protecção Especial (ZPE) de Évora
Sítio de Importância Comunitária (SIC) “Monfurado”
Reserva Ecológica Nacional
Vendas Novas, Montemor-o-Novo
e Évora
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Agrícola Nacional
Rede Natura 2000
2,47
Reserva Nacional
3,5
Reserva Nacional
0,9
Reserva Nacional
16,25
Reserva Nacional
14,08
Ourém, Tomar, Nazaré e Leiria.
Reserva Ecológica Nacional
Auto-estrada Amarante/Vila Real
(Túnel do Marão)
Modernização do Troço Bombel
e Vidigal a Évora
Auto-estrada Litoral Oeste
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Aeroporto João Paulo II
A empreitada de ampliação da Plataforma “W” e novos caminhos de circulação “D” e “E” destacou-se pelas medidas
ambientais implementadas em todas as frentes de obra e no estaleiro central.
Gestão de resíduos
Além da triagem dos resíduos provenientes dos escritórios ao longo da obra foram instalados diversos equipamentos
para a triagem e armazenamento temporário de resíduos (resíduos sólidos urbanos, papel e cartão, embalagens de
plástico e vidro, resíduos de construção e demolição por tipologia e resíduos reutilizáveis em obra.
Especificamente para o armazenamento de resíduos perigosos, foram estabelecidos locais isolados e de acesso restrito.
Estas áreas, cobertas, impermeabilizadas e com contenção secundária apropriada aos volumes armazenados, dispunham
de kits de emergência ambiental para eventuais derrames e extintor.
Todos os resíduos produzidos foram inventariados, classificados de acordo com a lista europeia de resíduos, de forma
a permitir a sua rastreabilidade nomeadamente o respectivo destino e tipo operação.
Armazenagem e manuseamento de produtos químicos
Foi estabelecido um plano de armazenamento dos materiais de forma a evitar o dano ou deterioração destes durante o
período de armazenagem:
•Foram criadas áreas distintas de armazenamento dos diferentes materiais, considerando as diferentes características
de perigosidade, de modo a serem armazenadas alternadamente (perigoso, não perigoso) criando uma espécie de
barreira (antifogo ou meramente física), reduzindo assim o risco de acidentes (incêndios ou derrames);
•Rotatividade dos produtos, first in first out;
•Kits de emergência ambiental.
Lavagem de caleiras das autobetoneiras
Para a lavagem das autobetoneiras e respectivas caleiras foram instalados sistemas de decantação, constituídos por
três estágios (bacias), com objectivo de evitar a contaminação do solo e permitir a reutilização da água.
Controlo da circulação em obra e no exterior
Tendo em vista a minimização da afectação da qualidade do ar e da envolvente à obra, foram implementadas as
seguintes medidas minimizadoras:
•Limitação das velocidades de circulação no estaleiro e frentes de obra;
•Rega regular controlada dos caminhos de circulação, nomeadamente em dias secos e ventosos;
•Lavagem de rodados dos equipamentos antes da sua saída para a via pública.
Resposta a situações de emergência ambiental
•Realização de simulacros ambientais envolvendo todos os trabalhadores;
•Realização de acção de formação, a todos os trabalhadores, abordando o Plano de Emergência Ambiental definido
para a empreitada;
•Presença de animadores de ambiente em todas as frentes de obra/estaleiro habilitados a realizar uma intervenção rápida
em caso de derrame, incêndio ou inundação;
•Presença de kits de emergência móveis e fixos identificados;
•Presença de extintores.
Formação/sensibilização
Com o objectivo de manter todos os colaboradores envolvidos na gestão ambiental da obra, foram realizadas diversas
acções de formação/sensibilização e afixada informação operacional de controlo ambiental.
94
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AMBIENTE
Tipo de informação
Localização do suporte informativo
Informação a entidades externas, chefias e responsáveis de subempreiteiros
Painel colocado à entrada dos escritórios
Informação sobre ambiente e segurança
Painel/vitrina colocada no exterior das instalações sociais e refeitório
Dossiê com informação diversa: análise de água potável, plano de gestão
de resíduos e plano de emergência
Refeitório
Auto-estrada do Marão
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Hospital de Braga
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I M PA C T E N A C O M U N I D A D E
09
Impacte na Comunidade
A Actividade da Somague como Motor de Desenvolvimento
Donativos e Projectos de Natureza Social
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9.1 – A Actividade da Somague como
Motor de Desenvolvimento
O sector da construção adquire uma relevância
especial uma vez que a própria natureza das suas
actividades representa um motor de desenvolvimento social económico. A construção não é apenas uma actividade industrial, mas sim um vasto
processo que resulta na criação de infra-estruturas
indispensáveis à vida social e económica, destinadas a promover as condições necessárias ao
funcionamento de outros sectores (transportes,
comunicações, produção de energia, entre outros)
e a qualidade de vida das comunidades locais, que
passam a usufruir de equipamentos colectivos
robustos, sólidos e integrados com o máximo conforto e satisfação, durante um longo período de
tempo.
A Somague, através da experiência adquirida em
mais de 60 anos na construção das mais exigentes
obras, possui as competências essenciais à
prestação de um serviço de engenharia global de
qualidade, idealizando, concebendo e realizando
grandes obras, em áreas como as obras públicas
(obras marítimas, barragens e hidráulica fluvial,
infra-estruturas ferroviárias, túneis e escavações
subterrâneas, vias de comunicação – estradas,
pontes e viadutos, aeroportos) e construção civil,
industrial e urbanística (infra-estruturas de lazer,
desportivas, hospitalares e ambientais, habitação a
custos controlados, reabilitação de edifícios e
monumentos, multisserviços de engenharia e
construção – gás, água, electricidade e telecomunicações).
Somague no Programa Nacional de
Barragens
A União Europeia pretende aumentar a produção de
energia a partir de fontes renováveis para 20% em
2020. Neste âmbito foi criado o Programa Nacional
de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico
(PNBEPH), projecto desenvolvido com o intuito de
alcançar as metas para a energia hídrica, definidas
pelo governo português.
98
As obras de reforço de potência da central
hidroeléctrica de Bemposta II e da central hidroeléctrica de Venda Nova III, são dois projectos desenvolvidos neste âmbito pela EDP, nos quais a
Somague é uma das empresas construtoras.
Também se perspectiva, para 2011, a participação
da Somague na construção da barragem de Foz Tua.
A barragem da Bemposta, construída entre 1961 e
1964 pela Somague, volta assim a ter a intervenção
da empresa mais de 40 anos após a data da sua
construção. A obra compreende um reforço de
potência de cerca de 191 MW com uma produção
média anual de 134 GWh de energia renovável, a
qual permitirá evitar cerca de 67.000 ton/ano de
emissões de CO2. Relativamente à barragem de
Venda Nova III prevê-se que sejam evitadas um milhão de ton de emissões de CO2, quando concluído o reforço de potência.
Expansão do Terminal de GNL de Sines
A Somague volta a merecer a confiança da REN
para o “Projecto de Expansão do Terminal de Sines
– PETS”, depois de ter participado na construção
da primeira fase entre 2000 e 2004. Este projecto,
que constitui uns dos mais ambiciosos investimentos da REN, vai permitir aumentar significativamente
a capacidade de emissão e de armazenagem no
terminal, através de novos equipamentos de
processo e da construção de um terceiro tanque.
A ampliação da capacidade de armazenagem do
terminal de 240.000 m3 para 390.000 m3 permitirá
garantir o consumo nacional por um período de um
mês, contra as actuais duas semanas.
Relativamente à capacidade de regasificação, o
aumento previsto assegurará a alimentação das
novas centrais de ciclo combinado previstas para
os próximos anos.
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Itinerário Ferroviário Sines – Elvas
O itinerário ferroviário Sines – Elvas (fronteira), de
importância estratégica para Portugal, tem como
objectivo estabelecer uma ligação ferroviária para o
tráfego de mercadorias entre o Porto de Sines e
Espanha e daí para o resto da Europa, contribuindo
assim para a melhoria da capacidade do Porto de
Sines (e do arco Sines – Setúbal) e da sua competitividade internacional (pelo alargamento da sua
área de influência ao centro da Península Ibérica).
A Somague lidera o consórcio responsável pela
modernização do troço Bombel e Vidigal a Évora,
que abrange simultaneamente a Linha do Alentejo,
a Linha de Vendas Novas e a Linha de Évora, e
que permitirá uma melhoria das condições de
circulação do transporte de passageiros e mercadorias, possibilitando uma velocidade de exploração de 160 km/h. Este projecto contempla também a electrificação da infra-estrutura, aspecto em
concordância com o Plano de Actuação do Plano
Nacional para as Alterações Climáticas dos
Transportes ao promover o uso de energias menos
poluentes em termos de emissões atmosféricas,
com importantes repercussões ao nível da qualidade de vida das populações.
cução das mais exigentes obras marítimas no mercado nacional e internacional, durante o ano de
2010 a Somague esteve envolvida nas obras do
Porto da Praia (Santiago), primeira e segunda fase,
e nas obras do Porto de Sal Rei, na ilha da Boavista.
Modernização da rede hospitalar de Angola
A Somague acompanha e participa no desenvolvimento de Angola em todos os sectores da sua
economia. O sector da saúde não é excepção e a
Somague tem vindo a participar na modernização
da sua rede hospitalar como são exemplos a reabilitação e ampliação da Maternidade Lucrécia Paím,
com 400 camas, e a construção da Clínica Girassol
com 283 camas. Em 2010, a Somague construiu
três novos hospitais municipais no âmbito do projecto de reforço dos serviços municipais de Saúde
de Angola (RSMS), nomeadamente no Futungo,
Cazenga e Sambizanga.
O projecto de RSMS apoia o plano de revitalização
dos serviços municipais de saúde do Governo de
Angola em todo o país como um meio de melhorar
a saúde no país, em particular para acelerar a
redução da mortalidade materna e infantil e aumentar
as possibilidades de Angola atingir as Metas do
Desenvolvimento do Milénio 4 e 5.
Ainda no âmbito do Itinerário Ferroviário Sines – Elvas,
foi adjudicada à Somague, no final de 2010, a modernização da Estação de Évora que compreende
intervenções nas interfaces e edifícios, a construção
de desnivelamentos e a simplificação do layout ferroviário.
Expansão da rede portuária de Cabo Verde
A República de Cabo Verde tem em curso um programa de expansão e/ou modernização das suas
infra-estruturas portuárias marítimas, com o objectivo
de transformar o país numa placa giratória regional
e internacional de passageiros e cargas. Uma vez
terminado este processo de remodelação e ampliação
dos portos, Cabo Verde passará de 3.700 m para
5.400 m de espaço de acostagem, de 8 para 38
hectares de parques de armazenagem e 48
hectares de áreas logísticas, onde antes nada existia.
Na sequência do reconhecido know how da
Somague neste sector, alcançado através da exe-
Porto de Sal Rei - Boavista - Cabo Verde
99
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9.2 – Donativos e Projectos
de Natureza Social
A Somague entende que tem uma forte responsabilidade na sociedade em que se insere, seja através
da exigência de requisitos que atendem os direitos
humanos na indústria da construção, seja por actuação directa através de iniciativas e apoios vários
no âmbito da solidariedade social.
• Escola Primária n.º 9011 (Bita Sapú)
Reparação do edifício e impermeabilização da
cobertura, reparação da caixilharia e do mobiliário e
pinturas interiores e exteriores. A Somague ofereceu
ainda batas para crianças de ambos os sexos.
9.2.1 – Apoios à protecção e integração
social
Apoio ao desenvolvimento local em Angola
Presente em Angola desde os anos 50, a Somague
tem contribuído para o desenvolvimento e modernização do país, não só através das inúmeras obras
realizadas, mas também pelas actividades de
responsabilidade corporativa que realiza junto das
comunidades, em prol do desenvolvimento sustentável. Para além de equipamentos, materiais e outros
donativos, as intervenções mais recentes centram-se
na recuperação de infra-estruturas essenciais ao
desenvolvimento do país e em projectos educacionais, tanto no âmbito do conhecimento e da formação como da saúde, entre outros.
Escola Primária N.º2006 (Maianga - Angola)
Reabilitação e manutenção de escolas
Projectos de manutenção
• Escola Primária n.º 2006 (Maianga)
Inclui a reparação das redes de águas e esgotos,
de casas de banho e pinturas interiores e exteriores, para além da oferta de material didáctico.
Escola Primária N.º2006 (Maianga - Angola)
100
Projecto de reabilitação
• Escola Primária n.º 4007 (S. Paulo)
Reparação básica da instalação eléctrica, da
rede de águas e esgotos, substituição de tecto
falso, reparação/aplicação de vãos de portas e
pinturas interiores e exteriores.
Escola Primária N.º4007 (S. Paulo - Angola)
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• Lar Kuzola
É uma instituição do Estado que tem actualmente a seu cargo cerca de 221 crianças com
idades até aos 18 anos (cerca de 50 crianças
deficientes). São crianças vítimas de abusos
sexuais, abandonadas ou órfãs.
Trabalhos Somague: Reparação das redes de
águas e esgotos e das casas de banho; desentupimento da fossa séptica; revestimento dos pavimentos,
tectos e paredes das instalações; recuperação das
instalações especiais e recuperação e reapetrechamento da cozinha e refeitório; reabilitação do
campo de futebol e basquetebol; criação de um
parque infantil; pintura interior e exterior. A Somague
ofereceu ainda brinquedos de Natal.
Material Informático
• Arranjos de via secundária (Cambamba –
Futungo de Belas);
• Apoio aos trabalhos de perfilamento do terreno,
com reposição de terras, junto ao Colégio
Patrícia Rossana;
• Arranjos exteriores da envolvente da União dos
Escritores Angolanos;
• Remodelação dos jangos em estrutura de
madeira; execução de caminhos de acessos
internos ao jardim; iluminação exterior; execução
de uma sala de leitura em alvenaria;
• Limpeza e desobstrução de vala de drenagem
no Bairro da Boavista;
• Abertura de vala para drenagem de águas, desobstrução da estrada, limpeza da vala existente
e drenagem das águas junto das habitações.
Projectos sociais
• Alfabetização
Iniciativa da Somague, em colaboração com o
Ministério da Educação de Angola, no âmbito do
Programa de Alfabetização e Aceleração
Escolar, que visa promover a alfabetização dos
seus colaboradores.
• Campanha de Informação HIV – SIDA
Formação de colaboradores em HIV – SIDA.
Pretende-se com esta iniciativa, em colaboração
com a Comissão Nacional de Luta contra a SIDA
e Grandes Endemias, formar activistas e mobilizadores na luta contra a doença.
Limpeza e desobstrução de vala de drenagem - Bairro da Boavista - Angola
Limpeza e desobstrução de vala de drenagem - Bairro da Boavista - Angola
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A Somague na Fundação Eduardo dos Santos
A Somague está representada na Assembleia-geral
da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), que
tomou posse em 2010. A FESA, criada pelo
Presidente de Angola em 1996, é uma instituição
que presta auxílio às populações mais desfavorecidas deste país africano, sobretudo através do acesso
ao ensino e ao trabalho, sendo que este órgão consultivo dá apoio à Fundação e é constituído por
doadores singulares e por representantes de
doadores institucionais, como é o caso da
Somague.
Esforço conjunto na recuperação da Madeira
As violentas chuvas que assolaram a Madeira, em
Fevereiro de 2010, provocaram grandes derrocadas
em diversos concelhos da Ilha, em particular no
Funchal, tendo-se registado não só a perda de
vidas humanas, mas também avultados prejuízos
materiais.
Empresários pela Inclusão Social (EPIS)
Desde a sua criação, em 2006, a Somague participa na
Associação de Empresários pela Inclusão Social
(EPIS), que tem como objectivo combater o insucesso
e o abandono escolares através da prevenção e da
remediação de factores de risco dos alunos e famílias,
da promoção de factores de protecção e através da
indução de factores externos de sucesso nas organizações escolares. Está representada na direcção pelo
seu presidente, Eng. José Machado do Vale.
Em 2010 foi definido um novo plano para o triénio
2010-2012 com as seguintes linhas de acção:
• Apontar caminhos inovadores para a inclusão
social;
• Construir um novo horizonte de notoriedade e
influência;
• Reforçar e diversificar as fontes de apoio financeiro.
2010 – Ano Europeu do Combate à Pobreza e à
Exclusão Social
2010 foi o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à
Exclusão Social, cujo objectivo central foi o de
reiterar o empenho da União e de cada Estado-membro na solidariedade, na justiça social e no
aumento da coesão, exercendo um impacto decisivo na erradicação da pobreza. A Somague
apoiou esta iniciativa publicitando-a junto dos
seus colaboradores através da sua intranet e da
revista Soma e Segue.
Reparação da Plataforma Marítima da Barreirinha - Madeira
Após a catástrofe, as autoridades pediram auxílio a
diversas empresas de construção, que rapidamente
iniciaram os trabalhos de limpeza e remoção de
detritos. A Somague Engenharia Madeira integrou
aquele grupo, tendo auxiliado na recuperação de
algumas ruas e infra-estruturas, na cidade do
Funchal. A empresa teve assim de superar o
desafio de gerir os seus recursos entre o imediato
auxílio à comunidade e a recuperação dos seus
próprios espaços, designadamente estaleiros,
obras e escritórios, que também sofreram danos.
102
SOMAGUE SGPS
I M PA C T E N A C O M U N I D A D E
Recolha de sangue - Sede Somague
Recolha de sangue na sede
Os colaboradores da Somague foram convidados a
participar numa acção de colheita de sangue dirigida
pela unidade móvel do Centro Regional de Sangue
de Lisboa que, em Março de 2010, teve lugar na
sede da empresa. A adesão pelos colaboradores a
esta iniciativa foi elevada, demonstrando a sua solidariedade para a satisfação das necessidades
diárias de sangue.
Doação de material informático
A Somague TI – Tecnologias de Informação doou,
durante o ano 2010, diverso material informático
designadamente computadores, ratos, teclados,
ecrãs, entre outros a diferentes instituições. A Cruz
Vermelha Portuguesa, a Sociedade de Língua
Portuguesa e a Casa da Misericórdia da Maia foram
algumas das empresas sem fins lucrativos contempladas.
9.2.2 – Apoio a acções educativas/
formação
A partilha do conhecimento ganho ao longo de
décadas de trabalho e especialização é, para a
Somague, mais do que o financiamento de uma
ideia ou projecto, é um dos maiores investimentos
com que pode contribuir para a sociedade.
Seguindo esta filosofia, a empresa participa em
diversos fóruns de conhecimento, cultivando assim
uma cultura de aprendizagem mútua, procura pela
ciência e competição cooperativa.
Católica TOP+ – Programa instituído pela
Faculdade de Ciências Económicas e Empresarias
da Universidade Católica Portuguesa (FCEE
Católica), com o apoio de um vasto grupo de
grandes empresas e instituições (nomeadamente a
Somague), para premiar os alunos das suas
Licenciaturas em Economia e Gestão que tenham
um desempenho académico de nível superior. O
Católica TOP+ permite que um bom aluno possa
completar toda a sua Licenciatura na FCEE-Católica
sem pagar propinas.
Fundação Cidade de Lisboa / Colégio
Universitário Nuno Kruz Abecasis – Atribuição
de 3 bolsas de estudo a alunos dos PALOP’s que se
encontram a estudar Engenharia em Portugal. Estas
bolsas visam patrocinar os estudos e a promoção
da integração social dos estudantes e a sua formação cultural.
Associação Portuguesa de Certificação – As
tendências da certificação no sector da construção,
a certificação como factor de diferenciação ou o
peso da confiança na cadeia de fornecimento foram
alguns dos tópicos debatido no seminário “O Papel
da Certificação no Sector da Construção, organizado pela APCER a 30 de Abril na Quinta das
Lágrimas em Coimbra. A Somague participou no
evento, apresentando o seu percurso em sistemas
de gestão certificados, nomeadamente da
Qualidade, Segurança, Ambiente e IDI.
103
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Sociedade Portuguesa de Geotecnia
Participação e apoio aos seguintes eventos:
–
• 2º Curso CPT "Túneis e Obras Subterrâneas em
Meio Urbano", realizado nos dias 4 e 5 de Março,
no Laboratório Nacional de Engenharia Civil;
• 12º Congresso Nacional de Geotecnia sob o
tema “Geotecnia e Desenvolvimento Sustentável”, realizado nos dias 26 a 29 de Abril, na
Universidade do Minho;
• Encontro Nacional sobre o “Espaço Subterrâneo
e a sua Utilização”, realizado nos dias 18 e 19 de
Novembro, no Laboratório Nacional de
Engenharia Civil.
construtivas que permitem o aumento da qualidade
de vida, a nível do conforto, da sustentabilidade na
sua inserção no meio ambiente.
Feira da Indústria e da Construção da Madeira
(FIC) – A Somague participou na FIC 2010, que se
realizou de 13 a 17 de Outubro no Centro de Feiras
do Funchal, tendo-lhe sido atribuído o prémio de
melhor stand, de um total de 240 expositores.
Centenário da República – Apoio à exposição
1910-2010 – O Caminho-de-ferro em Portugal, realizada na Estação do Rossio, de 23 de Setembro de
2010 a 31 de Janeiro de 2011, no quadro das
comemorações do centenário da República
Portuguesa, em associação com a CP e REFER.
Este apoio incluiu a edição de um livro sobre a
história do caminho de ferro em Portugal.
Stand Somague - FIC - Madeira
Ordem dos Engenheiros – XVIII Congresso da
Ordem dos Engenheiros nos dias 4 e 6 de
Novembro, na cidade de Aveiro, sob o tema "A
Engenharia no Século XXI - Qualificação, Inovação
e Empreendedorismo".
Instituto Superior Técnico – Como membro do
AVIAS – Grupo Ferroviário para a Alta Velocidade,
ACE, a Neopul participou no IX Seminário
Transporte Ferroviário sob o tema “Uma Solução
Sustentável e Competitiva para a Mobilidade. No
âmbito deste seminário, decorreu ainda uma
exposição nos diferentes domínios ferroviários,
nomeadamente da construção e gestão de infra-estruturas, do fabrico de material circulante, da
operação e exploração e da investigação e desenvolvimento científico.
FUNDEC – Associação para a Formação e o
Desenvolvimento em Engenharia Civil e Arquitectura
– Valorização das pessoas que se dedicam à
engenharia civil e arquitectura portuguesas.
Casa do Futuro Inclusiva – Apresentação, numa
parceria entre o Museu das Comunicações da
Fundação Portuguesa das Comunicações e a
Associação InovaDomus da qual a Somague é
membro, de um conjunto diversificado de soluções
104
Congresso Mundial de Estradas – O Centro de
Congressos de Lisboa recebeu o 16ª Congresso
Mundial de Estradas, que decorreu de 25 a 28 de
Maio de 2010, com organização conjunta da
Internacional Road federation e do centro
Rodoviário português. A Somague apoiou este
evento que é considerado o mais importante do
sector de infra-estruturas rodoviárias.
SOMAGUE SGPS
I M PA C T E N A C O M U N I D A D E
Visitas de estudo a obras Somague – A
Somague promove uma política de porta aberta nas
suas obras, sendo por várias vezes visitadas por
grupos de alunos das diferentes universidades do
país. Disto é exemplo a visita realizada por 90
alunos do IST à obra Reabilitação do Circuito
Hidráulico dos Olivais no âmbito do Mestrado
Integrado em Engenharia Civil. A Somague, responsável pela obra, e a EPAL, o dono de obra, guiaram
o grupo, evidenciando a elevada importância da
empreitada para rede de distribuição de água em
Lisboa.
9.2.2 – Apoios culturais
Fundação Casa da Música – Fundação que tem
por finalidade a promoção, fomento, difusão e
prossecução de actividades culturais e formativas
no domínio da actividade musical, da qual a
Somague é membro fundador.
Fundação Serralves – Instituição cultural de
âmbito europeu ao serviço da comunidade
nacional, que tem como missão sensibilizar o público para a arte contemporânea e para o ambiente.
Como Fundador de Serralves, a Somague participa
num projecto de objectivos ambiciosos, cuja acção
é reconhecida nacional e internacionalmente e identifica-se com os valores positivos de uma Instituição
relevante no domínio das artes e da paisagem,
cujas iniciativas têm um forte impacto na comunidade.
Fundação Museu Nacional Ferroviário – A
FMNF tem por Missão o estudo, a conservação,
valorização e promoção do património histórico,
cultural e tecnológico ferroviário português e por
objectivo Específico a instalação e a gestão do
Museu Nacional Ferroviário, bem como a conceptualização, dinamização e gestão dos vários Núcleos
Museológicos.
Visita de estudo à obra Reabilitação do Circuito Hidráulico dos Olivais
Apoio a publicações técnicas:
• Betão Estrutural em Portugal, publicado pelo
Grupo Português de Betão Estrutural;
• A Durabilidade dos Geossintéticos, publicado
pela Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto;
• 1910-2010 – O Caminho de Ferro em Portugal.
Eventos culturais nos Açores – A Somague
apoia a programação anual e festivais promovidos
pelas seguintes instituições:
• Teatro Micaelense Centro Cultural
Congressos;
• Coliseu Micaelense, S.I.I.;
• Associação Cultural Angrajazz.
e
de
105
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Prémios Construir – Somague recebe Prémio de Sustentabilidade
O Jornal Construir, jornal de negócios da indústria da construção, distinguiu personalidades, empresas e projectos, com
base em diversos critérios, tais como: relevância para o mercado, criatividade, inovação, qualidade dos projectos.
A lista que resultou da selecção efectuada pela redacção do jornal foi submetida à votação dos subscritores do seu site, tendo
a Somague sido, pelo segundo ano consecutivo, honrada com o prémio de sustentabilidade, pelo trabalho desenvolvido
nesta área.
Projectos BCSD
Manual Construção Sustentável - Projecto desenvolvido com o objectivo de identificar os diferentes níveis de resposta
do Sector da Construção aos desafios do Desenvolvimento Sustentável, apresentando soluções para a resolução ou
minimização dos principais dilemas identificados, através de exemplos de práticas de sucesso.
A Somague integra o grupo de trabalho responsável pela elaboração do Manual, formado por empresas associadas ao
BCSD, directa ou indirectamente ligadas ao sector da Construção, tendo contribuído com a identificação de alguns
casos de estudo, a serem apresentados no projecto final. Durante o ano de 2010, foram realizadas diversas reuniões,
tendo a versão final do Manual ficado concluída no final do ano, com a sua publicação agendada para 2011.
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) – Com o intuito de validar a metodologia de construção do Índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE), desenvolvido pelo IST – Instituto Superior Técnico de Lisboa e pelo BCSD Portugal,
foram seleccionadas vinte empresas representativas de diversos sectores de actividade, entre as quais a Somague, tendo
as mesmas sido submetidas a um teste piloto, a fim de validar a aplicabilidade e adequação do ISE às características do
universo das empresas associadas do BCSD Portugal.
Durante o ano de 2010, foram apresentados os resultados do teste piloto efectuado com base nos dados recolhidos
por referência ao ano de 2008, no qual a Somague obteve uma classificação de 3,57 numa escala de 0 a 5,valor acima
da média do grupo que se fixou em 3,24.
106
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I M PA C T E N A C O M U N I D A D E
Hospital de Braga
107
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Aeroporto Internacional 4 de fevereiro - Luanda, Angola
108
SOMAGUE SGPS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
10
Demonstrações Financeiras
Consolidadas
Demonstração Consolidada da Posição Financeira
Demonstração Consolidada dos Resultados por Natureza
Demonstração Consolidada do Resultado Integral
Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio
Demonstração de Fluxos de Caixa Consolidados
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R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Demonstração Consolidada
da Posição Financeira
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em Euros)
ACTIVO
Activos não correntes
Activos fixos tangíveis
Activos intangíveis
Investimentos em associadas
Outros investimentos
Activos não correntes com empresas do grupo
Activos por impostos diferidos
Total de activos não correntes
Activos correntes
Inventários
Clientes
Outros devedores
Caixa e bancos
Outros activos financeiros
Total de activos correntes
TOTAL ACTIVO
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Capital Social
Prestações acessórias
Diferenças de consolidação
Diferenças de transposição
Resultados retidos
Reservas legais
Outras reservas
Justo valor dos instrumentos derivados
Resultado líquido consolidado
Notas
31/12/2010
31/12/2009
6
7
8
9
10
5
86.550.754
29.245.684
405.882
8.731.563
34.856.037
11.518.354
171.308.274
94.192.744
33.289.715
556.050
12.014.437
35.692.709
7.687.067
183.432.722
11
12
13
14
15
57.045.071
473.658.312
45.135.390
117.718.789
44.686.434
738.243.996
909.552.270
52.235.145
508.561.800
45.340.026
78.327.451
53.256.194
737.720.616
921.153.338
16
16
16
16
16
130.500.000
39.470.047
(23.741.680)
(1.839.993)
(9.530.956)
4.393.896
729.078
9.950.823
149.931.215
205.402
150.136.617
130.500.000
39.470.047
(22.862.697)
(2.188.098)
(16.816.160)
4.318.660
729.078
(421.026)
7.502.768
140.232.572
156.759
140.389.331
17
18
19
20
5
57.762.174
31.767.270
15.132.889
6.642.089
1.811.239
113.115.661
43.202.708
25.713.039
15.254.783
8.357.284
433.199
92.961.013
21
22
23
256.594.695
113.483.686
276.221.611
646.299.992
225.466.050
166.640.703
295.696.241
687.802.994
909.552.270
921.153.338
16
16
16
INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO
Passivos não correntes
Financiamentos
Provisões
Fornecedores
Outros passivos não correntes
Passivos por impostos diferidos
Total de passivos não correntes
Passivos correntes
Fornecedores
Financiamentos
Outros passivos financeiros
Total de passivos correntes
TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO
110
SOMAGUE SGPS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Demonstração Consolidada
dos Resultados por Natureza
Para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em Euros)
Notas
Rendimentos operacionais:
Vendas e prestações de serviços
Outros rendimentos operacionais
Total de rendimentos operacionais
Gastos operacionais:
Custo das mercadorias vendidas
Variação da produção
Fornecimento e serviços externos
Gastos com o pessoal
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas de imparidade
Outros gastos operacionais
Total de gastos operacionais
RESULTADOS OPERACIONAIS
31/12/2010
24
25
31/12/2009
799.331.350
42.679.386
842.010.736
796.955.681
44.751.723
841.707.404
26
117.132.621
27
931.091
28
531.913.052
29
118.040.139
6e7
11.967.055
9. 11. 12. 13 e 18 18.255.395
30
17.559.326
815.798.679
26.212.057
162.100.696
986.811
506.066.856
121.109.467
13.283.252
4.300.430
16.441.124
824.288.636
17.418.768
31
32
Gastos e perdas financeiros
Rendimentos e ganhos financeiros
Resultados relativos a actividades de investimento
RESULTADOS FINANCEIROS
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS
Impostos sobre o rendimento
Resultado líquido do período
5
9.997.897
Atribuível a:
Detentores de capital
Interesses que não controlam
Resultados por acção:
Básico
Diluído
(19.088.757)
9.879.774
250.511
(8.958.472)
(19.895.407)
15.132.093
0
(4.763.314)
17.253.585
12.655.454
(7.255.688)
7.616.965
(5.038.489)
9.950.823
47.074
7.502.768
114.197
0.38
0.38
0.29
0.29
Demonstração Consolidada
do Resultado Integral
Para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em Euros)
Resultado líquido do período
Diferenças de transposição das demonstrações financeiras em moeda estrangeira
Justo valor dos instrumentos derivados
Alterações de perímetro
Outros
RESULTADO INTEGRAL DO PERÍODO
31/12/2010
31/12/2009
9.950.823
7.502.768
348.105
(2.737.980)
-
(421.026)
421.026
-
(868.038)
-
9.851.916
4.343.762
111
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Demonstração Consolidada
das Alterações no Capital Próprio
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em Euros)
Saldo a
31.12.08
Capital
Prestações acessórias
Diferenças de consolidação
Diferenças de transposição
Distribuição
Resultados 2008
Aumentos/
Reduções
Alterações de
Perímetro
Resultado
2009
Outros
Saldo a
31.12.09
130.500.000
-
-
-
-
39.470.047
-
-
-
-
- 130.500.000
-
(22.862.697)
-
-
-
-
- (22.862.697)
39.470.047
549.882
-
(2.737.980)
-
-
-
(2.188.098)
Reservas legais
4.318.660
-
-
-
-
-
4.318.660
Outras reservas
729.078
-
-
-
-
-
729.078
(7.899.094)
(8.917.066)
-
-
-
- (16.816.160)
-
-
(421.026)
-
-
-
(421.026)
(8.917.066)
8.917.066
-
-
7.502.768
-
7.502.768
42.562
-
-
135.931.372
-
(3.159.006)
Resultados retidos
Justo valor dos instrumentos
derivados
Resultado consolidado líquido
do exercício
Interesses que não controlam
-
114.197
156.759
7.616.965
- 140.389.331
(Montantes expressos em Euros)
Saldo a
31.12.09
Capital
Distribuição
Resultados 2009
Aumentos/
Reduções
Alterações de
Perímetro
Resultado
2010
130.500.000
-
-
-
-
39.470.047
-
-
-
-
Diferenças de consolidação
(22.862.697)
-
(877.040)
-
-
Diferenças de transposição
Prestações acessórias
Outros
Saldo a
31.12.10
- 130.500.000
-
39.470.047
(1.943) (23.741.680)
(2.188.098)
-
348.105
-
-
-
(1.839.993)
Reservas legais
4.318.660
75.236
-
-
-
-
4.393.896
Outras reservas
729.078
-
-
-
-
-
729.078
(16.816.160)
7.427.532
-
-
- (142.328)
(9.530.956)
(421.026)
-
-
421.026
-
7.502.768
(7.502.768)
-
-
156.759
-
-
140.389.331
-
(528.935)
Resultados retidos
Justo valor dos instrumentos
derivados
-
-
9.950.823
-
9.950.823
47.074
1.569
205.402
Resultado consolidado líquido
do exercício
Interesses que não controlam
112
421.026
9.997.897 (142.702) 150.136.617
SOMAGUE SGPS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Demonstração de Fluxos de Caixa
Consolidados
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em Euros)
Notas
31/12/2010
31/12/2009
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
838.471.340
812.033.932
Pagamentos a fornecedores
(632.245.633)
(675.054.879)
Pagamentos ao pessoal
(118.040.139)
(117.879.543)
88.185.568
19.099.510
Recebimentos de clientes
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
2.387.594
(3.881.116)
90.573.162
15.218.394
55.683.793
37.316.466
146.256.955
52.534.860
Investimentos financeiros
3.031.478
5.085.697
Imobilizações corpóreas
10.401.138
1.580.935
9.879.774
13.067.903
23.312.390
19.734.535
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional
Fluxo de actividades operacionais
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Juros e proveitos similares
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Fluxo de actividades de investimento
(865.462)
(1.993.196)
(11.899.336)
(14.032.020)
(131.376)
(5.608.810)
(12.896.174)
(21.634.026)
10.416.216
(1.899.491)
24.767.240
55.157.583
35.139
215.202
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
Subsídio e doações
Suprimentos
12.064.712
-
36.867.091
55.372.785
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos
(129.785.534)
(72.754.656)
Juros e custos similares
(19.088.757)
(13.120.268)
Amortizações de locação financeira
(4.354.191)
(4.149.666)
Outras operações de financiamento
(936.341)
-
(154.164.823)
(90.024.590)
(117.297.732)
(34.651.805)
39.375.439
15.983.564
Fluxo de actividades de financiamento
Variação de caixa e seus equivalentes
Efeito da alteração de perímetro de consolidação
14
Efeito da variação cambial
34.051
(22.459)
(18.152)
(265.460)
Caixa e seus equivalentes no início do ano
14
78.327.451
62.631.806
Caixa e seus equivalentes no fim do ano
14
117.718.789
78.327.451
113
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Reforço de Potência da Barragem da Bemposta - Trás-os-Montes
114
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11
Anexo às Demonstrações
Financeiras Consolidadas
115
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Anexo às Demonstrações Financeiras
Consolidadas (em 31 de Dezembro de 2010)
1.
Informação Geral
geral da Actividade
actividade do
Grupo Somague Engenharia
A Somague
– Bases–de
Sociedade
consolidação
Gestora de Participações
3.2
Sociais, S.A. (“Somague SGPS” ou “Empresa”), tem
a) Empresas
sede
em Sintra,controladas
foi constituída em 21 de Janeiro de
1952, tendo em 29 de Dezembro de 1993 adoptado
Asactual
particdenominação e o objecto social de gestão
a
de participações sociais noutras sociedades, como
forma indirecta do exercício de actividade económica.
No exercício de 2004 concretizou-se a operação de
troca de participações efectuada entre a Sacyr
Vallehermoso, S.A. (“Grupo Sacyr”) e os anteriores
accionistas e de que resultou o controlo do capital
(100%) da Empresa pelo Grupo Sacyr a partir de
meados deste exercício. Consequentemente, a partir daquela data as operações do Grupo Somague
são influenciadas pelas decisões do Grupo Sacyr
Vallehermoso.
O universo empresarial da Somague (“Grupo”), do
qual a Somague SGPS, S.A. é empresa-mãe, é formado pelas empresas participadas e associadas
indicadas nas Notas 4. As principais actividades do
Grupo são a construção civil e obras públicas e promoção imobiliária.
2.
Data de aprovação das
demonstrações financeiras
Relativamente ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2010, o Conselho de Administração
autorizou a sua emissão das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com Normas
Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) em 28
de Fevereiro de 2011. De acordo com o artº 68 do
CSC a Assembleia Geral de Accionistas pode
recusar a proposta dos membros da Administração
116
relativamente à aprovação de contas desde que
delibere motivadamente que se proceda à elaboração total de novas contas ou à reforma em pontos
concretos das apresentadas.
3.
Principais políticas contabilísticas
3.1. Bases de preparação
As demonstrações financeiras consolidadas do
Grupo Somague foram preparadas no pressuposto
da continuidade das operações, a partir dos livros e
registos contabilísticos das empresas incluídas na
consolidação, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em
Portugal ajustados, no processo de consolidação,
de modo a ficarem de acordo com as disposições
das Normas Internacionais de Relato Financeiro
(“IFRS”) emitidas pelo International Accounting
Standards Board (“IASB”) e adoptadas pela União
Europeia, em vigor para os exercícios económicos
iniciados em 1 de Janeiro de 2010.
Até 31 de Dezembro de 2006, o Grupo de que a
Somague - Sociedade Gestora de Participações
Sociais, S.A. é a empresa-mãe, apresentou
demonstrações financeiras consolidadas de acordo
com os princípios contabilísticos geralmente aceites
em Portugal.
O balanço consolidado em 31 de Dezembro de
2006 e as demonstrações consolidadas dos resultados, dos fluxos de caixa e das alterações nos
capitais próprios para o exercício findo naquela
data, apresentados para efeitos comparativos,
foram ajustados por forma a estarem em conformidade com as IFRS. Os ajustamentos de transição,
com efeitos a 1 de Janeiro de 2006, foram efectuados de acordo com as disposições da IFRS 1 Primeira Adopção das Normas Internacionais de
SOMAGUE SGPS
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Relato Financeiro. As divulgações requeridas pelo
IFRS 1, relativas à transição do normativo contabilístico em vigor em Portugal para o normativo IFRS,
são apresentadas na Nota 34.
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim
específico, ainda que não detenha participações de
capital directamente nessas entidades, as mesmas são
consolidadas pelo método de consolidação integral.
Todos os valores apresentados nestas notas
explicativas estão expressos em Euros, excepto
quando esteja expressamente indicada outra
unidade monetária.
As empresas controladas em 31 de Dezembro de
2010, e como tal consolidadas pelo método de consolidação integral encontram-se identificadas na nota 4.
3.2. Bases de consolidação
b) Empresas conjuntamente controladas
a) Empresas controladas
As participações financeiras em empresas conjuntamente controladas foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de
consolidação proporcional, desde a data em que o
controlo é partilhado. De acordo com este método,
os activos, passivos, proveitos e custos destas
empresas foram integrados, nas demonstrações
financeiras consolidadas, rubrica a rubrica na proporção do controlo atribuível ao Grupo.
As participações financeiras em empresas nas
quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente,
mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia
Geral de Accionistas/Sócios e/ou detenha poder de
controlar as suas políticas financeiras e operacionais, foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação
integral. A participação de terceiros no capital
próprio e no resultado líquido dessas empresas é
apresentada separadamente no balanço consolidado e na demonstração dos resultados consolidada,
nas respectivas rubricas de “interesses que não
controlam”.
As perdas de uma subsidiária passam a ser quinhoadas pelos interesses que não controlam mesmo
que excedam os interesses destas na subsidiária.
Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua
aquisição ou até à data da sua alienação.
As transacções e saldos significativos entre essas
empresas foram eliminados no processo de consolidação. As mais-valias decorrentes da alienação de
empresas participadas, efectuadas dentro do
Grupo, são igualmente anuladas.
Sempre que necessário são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas
subsidiárias, tendo em vista a uniformização das
respectivas políticas contabilísticas com as do
Grupo para efeitos de consolidação de contas.
As transacções, saldos e dividendos entre empresas
são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das entidades
conjuntamente controladas para adequar as suas
políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo.
A classificação dos investimentos financeiros em
empresas conjuntamente controladas é determinada com base em acordos contratuais que regulam
o controlo conjunto, na percentagem efectiva de
detenção e/ou nos direitos de voto detidos.
Os interesses financeiros em Agrupamentos
Complementares de Empresas (ACE), por regra, foram
incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas
pelo método de consolidação proporcional.
No entanto existem alguns interesses em
Agrupamentos Complementares de Empresas, que
foram incluídos nas demonstrações financeiras pelo
método de equivalência patrimonial, porque o seu
controlo é exercido pelo Accionista onde são consolidadas pelo método proporcional.
117
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
As empresas consolidadas pelo método de consolidação proporcional encontram-se identificadas na
Nota 4.
Os investimentos financeiros em empresas conjuntamente controladas excluídas da consolidação por imaterialidade são apresentados ao custo de aquisição
(Nota 4).
c) Concentração de actividades empresariais
A concentração de actividades empresariais,
nomeadamente a aquisição de subsidiárias, é registada pelo método de compra. O custo de
aquisição corresponde ao agregado dos justos valores à data da transacção, dos activos cedidos,
dos passivos incorridos ou assumidos e dos instrumentos de capital próprio emitidos em troca do
controlo da adquirida.
Nas concentrações empresariais ocorridas entre 1
de Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2008, de
acordo com a IFRS 3, os activos e passivos de cada
subsidiária (incluindo os passivos contingentes)
foram mensurados ao seu justo valor na data de
aquisição e o excesso do custo de aquisição face
ao justo valor dos activos e passivos identificáveis
de cada associada na data de aquisição foi reconhecido como goodwill. Quando o diferencial entre
o custo de aquisição e o justo valor dos activos e
passivos líquidos adquiridos foi negativo, o mesmo
foi reconhecido como um proveito do exercício
118
Nas aquisições subsequentes a 1 de Janeiro de
2009, o Goodwill é mensurado pelo seu custo, que
corresponde ao excesso do custo das concentrações de actividades empresariais a que
respeitam acima do interesse do Grupo no justo
valor líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis na data da concentração.
Sempre que o interesse da adquirente no justo valor
líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis excede o custo da concentração de actividades empresariais, o diferencial é
imediatamente reconhecido nos resultados do
período se, após reavaliação, não for possível a sua
imputação aos correspondentes activos e passivos
tendo em conta o respectivo justo valor.
Os interesses que não controlam são apresentados
pela respectiva proporção do justo valor dos activos
e passivos identificados.
d) Empresas associadas
As participações financeiras em empresas associadas, empresas onde o Grupo exerce uma influência
significativa mas não detém o controlo das mesmas
através da participação nas decisões financeiras e
operacionais da Empresa, não são consolidadas
sendo apresentadas nas demonstrações financeiras
pelo método de equivalência patrimonial.
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3.3. Resumo dos principais critérios
valorimétricos
i) Activos e passivos expressos em moeda
estrangeira
Todos os activos e passivos expressos em moeda
estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças cambiais, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas
diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data
das transacções e aquelas em vigor na data das
cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são
registadas como proveitos e custos na demonstração
dos resultados do exercício. A conversão das demonstrações financeiras a consolidar com moeda funcional
diferente da de relato foram convertidas para Euros,
através das seguintes taxas de câmbio:
Escudo
Cabo
Kwanza / Euro Real / Euro Dirham / Euro Metical / Euro Verdiano/ Euro
Vigente ao final do ano - para a totalidade dos activos e passivos
0,0082
0,4509
0,0891
0,0234
110,2650
Médio - para a demonstração dos resultados do ano
0,0082
0,4509
0,0889
0,0227
110,2650
Histórico - para as rubricas do capital próprio
0,0092
-
-
0,0358
110,2650
As diferenças de câmbio originadas nesta conversão
foram incluídas no capital próprio na rubrica
“Diferenças de Transposição”.
ii) Activos e passivos não correntes
Os activos fixos tangíveis são depreciados pelo método das quotas constantes, de acordo com a sua vida
útil estimada, a partir da data em que os mesmos se
encontram disponíveis para ser utilizados no uso pretendido, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas.
Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de
um ano da data de balanço são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.
Anos de vida útil
iii) Activos fixos tangíveis
Os activos fixos tangíveis utilizados na produção,
prestação de serviços ou para uso administrativo
foram registados ao custo considerado até
01/01/2004 e posteriormente ao custo aquisição ou
produção, incluindo as despesas imputáveis à compra, deduzido da depreciação acumulada e perdas
de imparidade, quando aplicável.
Edifícios e outras construções
8 - 50
Equipamento básico
3 - 10
Equipamento de transporte
4-8
Ferramentas e utensílios
3-8
Equipamento administrativo
3 - 20
Outras imobilizações corpóreas
3 - 14
119
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R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
A quantia depreciável dos activos fixos tangíveis é
líquida do valor residual que se estima que exista
final das respectivas vidas úteis.
As benfeitorias e beneficiações apenas são registadas como activo nos casos em que correspondem à substituição de bens, os quais são abatidos,
ou conduzam a um acréscimo dos benefícios
económicos futuros.
Na alienação de uma subsidiária ou entidade conjuntamente controlada, o respectivo goodwill é
incluído na determinação da mais ou menos valia.
Os activos fixos tangíveis em curso representam
activos ainda em fase de construção/promoção,
encontrando-se registados ao custo de aquisição
deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes
activos fixos tangíveis são depreciados a partir do
momento em que os activos subjacentes estejam
concluídos ou disponíveis para o uso pretendido.
O goodwill relativo a investimentos em subsidiárias
sedeadas no estrangeiro encontra-se registado na
moeda de reporte dessas subsidiárias, sendo convertido para a moeda de reporte do Grupo (euro) à
taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As
diferenças cambiais geradas nessa conversão são
registadas na rubrica “Diferenças de transposição”.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate
de activos fixos tangíveis são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas pelo
valor líquido na demonstração dos resultados.
v) Outros investimentos financeiros
iv) Activos intangíveis
Os activos intangíveis excepto “goodwill” encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido
das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os activos intangíveis só são reconhecidos
se for provável que deles advenham benefícios
económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.
As amortizações do exercício dos activos
intangíveis são registadas na demonstração de
resultados na rubrica de “Amortizações”.
O goodwill, apurado entre 1 de Janeiro de 2004 e 31
de Dezembro de 2008, representa o excesso do
custo de aquisição sobre o justo valor dos activos e
passivos identificáveis de uma subsidiária ou entidade conjuntamente controlada, na respectiva data
de aquisição.
O goodwill é registado como activo e não é sujeito
a amortização. Anualmente, e sempre que haja
120
algum indício de eventual perda de valor, os valores de
goodwill são sujeitos a testes de imparidade. Qualquer
perda de imparidade é registada imediatamente como
custo na demonstração de resultados do período, não
sendo susceptível de reversão posterior.
As empresas associadas são registadas de acordo
com o método de equivalência patrimonial. As participações financeiras são registadas pelo seu custo
de aquisição ajustado pelo valor correspondente à
participação do Grupo nas variações dos capitais
próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do
exercício e pelos dividendos recebidos.
Nas aquisições ocorridas após 1 de Janeiro de
2004 os activos e passivos de cada associada
(incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. O
excesso do custo de aquisição face ao justo valor
dos activos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição foi reconhecido como
goodwill. Quando o diferencial entre o custo de
aquisição e o justo valor dos activos e passivos
líquidos adquiridos foi negativo, o mesmo foi reconhecido como um proveito do exercício.
Nas aquisições subsequentes a 1 de Janeiro de
2009, o Goodwill é mensurado pelo seu custo, que
corresponde ao excesso do custo das concentrações de actividades empresariais a que
respeitam acima do interesse do Grupo no justo
valor líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis na data da concentração.
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Sempre que o interesse da adquirente no justo valor
líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis excede o custo da concentração de actividades empresariais, o diferencial é
imediatamente reconhecido nos resultados do
período se, após reavaliação, não for possível a sua
imputação aos correspondentes activos e passivos
tendo em conta o respectivo justo valor.
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo
possa estar em imparidade, sendo registada uma
perda na demonstração de resultados sempre que
tal sucede.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por um valor nulo enquanto o capital próprio da
associada não for positivo, exceptuando as situações
em que o Grupo tenha assumido compromissos para
com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer face a essas obrigações.
Os ganhos não realizados em transacções com
associadas são eliminados proporcionalmente ao
interesse do Grupo na associada por contrapartida
do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são igualmente eliminadas, mas
somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de
imparidade.
Relativamente a empresas associadas que não se
considerem materiais no âmbito do consolidado, a
empresa optou pelo seu registo contabilístico
através do custo de aquisição.
Os investimentos financeiros em empresas excluídas da consolidação encontram-se registados ao
custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas
de imparidade.
Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros em outras empresas participadas e em títulos
e aplicações financeiras (dividendos) são registados na demonstração de resultados do exercício
em que é decidida e anunciada a sua distribuição.
Os empréstimos concedidos a outras empresas
encontram-se registados ao valor nominal, deduzido
de eventuais para perdas estimadas na sua realização.
vi) Impostos diferidos
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos
para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos
montantes para efeitos fiscais.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de
tributação que se espera estarem em vigor à data de
reversão das diferenças temporárias.
Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de
lucros fiscais suficientes para os utilizar. Na data de
cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não
terem preenchido as condições para o seu registo e
por reduzir o montante dos impostos diferidos activos
registados em função da expectativa actual da sua
recuperação futura.
vii) Inventários
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e
de consumo encontram-se valorizadas ao custo de
aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de
mercado, utilizando-se o custo médio como método de custeio.
Os produtos e trabalhos em curso encontram-se
valorizados ao custo de produção, que inclui o
custo dos materiais incorporados, mão-de-obra
directa e gastos gerais de fabrico.
São registadas imparidades nos inventários pela
diferença entre o valor de custo ou produção e o
respectivo valor realizável líquido, sempre que este
seja inferior. Essas imparidades foram registadas
nas contas tendo por base avaliações de entidades
independentes.
121
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
viii) Outros activos financeiros
Os activos financeiros são reconhecidos quando as
empresas englobadas na consolidação se constituem parte na respectiva relação contratual.
Os activos financeiros não incluídos nas alíneas
atrás e que não são valorizados ao justo valor estão
valorizados ao custo ou ao custo amortizado líquido
de perdas por imparidade, quando aplicável.
Os outros activos financeiros, na generalidade, não
vencem juros.
A existência de imparidade das contas a receber é
determinada sempre que se observem eventos que
determinem a sua perda de valor, como sejam:
- Dificuldades financeiras do devedor;
- Quebra contratual, como incumprimentos de
pagamento da dívida;
- Informação sobre a probabilidade de o devedor
entrar em falência.
ix) Imparidade de activos e passivos
financeiros
É efectuada uma avaliação de imparidade à data de
cada balanço e sempre que seja identificado um
evento ou alteração nas circunstâncias que indique
que o montante pelo qual um activo se encontra
registado possa não ser recuperado. Sempre que o
montante pelo qual um activo se encontra registado
é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida
uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica “Outros gastos
operacionais”. A quantia recuperável é a mais alta
do preço de venda líquido e do valor de uso. O
preço de venda líquido é o montante que se obteria
com a alienação do activo numa transacção ao
alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de
uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros
estimados que se espera que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua
vida útil. A quantia recuperável é estimada para
cada activo, individualmente ou, no caso de não ser
122
possível, para a unidade geradora de caixa à qual o
activo pertence.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas
em exercícios anteriores é registada quando os
motivos que provocaram o registo das mesmas
deixarem de existir e consequentemente o activo
deixe de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração
de resultados como rendimentos operacionais.
Contudo, a reversão de uma perda de imparidade é
efectuada até ao limite da quantia que estaria
reconhecida caso a perda de imparidade não se
tivesse registado em exercícios anteriores.
x) Títulos negociáveis
Os títulos negociáveis são registados ao valor de
mercado.
xi) Caixa e bancos
Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e bancos”
correspondem aos valores de caixa, depósitos
bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de
tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que
possam ser imediatamente mobilizáveis com
insignificante risco de alteração de valor.
xii) Financiamentos
Os financiamentos estão valorizados ao custo
amortizado determinado com base na taxa de juro
efectiva. De acordo com este método, na data do
reconhecimento inicial os financiamentos são
reconhecidos no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de despesas com a emissão o qual
corresponde ao respectivo justo valor nessa data.
Subsequentemente, os financiamentos são mensurados ao custo amortizado, que inclui encargos
financeiros calculados de acordo com o método da
taxa de juro efectiva.
xiii) Provisões
Esta rubrica reflecte as obrigações presentes
(legais ou construtivas) do Grupo provenientes de
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acontecimentos passados, cuja liquidação se
espera que resulte num exfluxo de recursos da entidade que incorporem benefícios económicos e cuja
tempestividade e quantia são incertas, mas cujo
valor pode ser estimado com fiabilidade.
As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação
presente à data do balanço. Sempre que o efeito do
valor temporal do dinheiro é material, a quantia de
uma provisão é o valor presente dos dispêndios
que se espera que sejam necessários para liquidar
a obrigação usando uma taxa de desconto antes
dos impostos que reflecte as avaliações correntes
de mercado do valor temporal do dinheiro e dos
riscos específicos do passivo e que não reflecte
riscos relativamente aos quais as estimativas dos
fluxos de caixa futuros tenham sido ajustados.
xiv) Fornecedores
Os fornecedores encontram-se mensurados ao
custo, não vencem juros, nem têm implícitos quaisquer juros.
xv) Operações de factoring
Nos contratos de locação financeira, o custo do
activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo
e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, são registados como custos na
demonstração dos resultados do exercício a que
respeitam.
xvii) Reconhecimento de gastos e rendimentos
em contratos de construção em curso
Para o reconhecimento dos rendimentos e gastos
relativos aos contratos de construção, foi adoptado
o método da percentagem de acabamento. De
acordo com este método, no final de cada exercício, os rendimentos directamente relacionados com
as obras em curso são reconhecidos na demonstração dos resultados em função da percentagem
de acabamento da obra, a qual é determinada pelo
rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As
diferenças entre os rendimentos apurados através
da aplicação deste método e a facturação emitida
são contabilizadas nas rubricas “Clientes” ou
“Outros passivos financeiros”, consoante a natureza da diferença.
Os adiantamentos recebidos ao abrigo de contratos
de factoring com direito de regresso são evidenciados no passivo, na rubrica de outros passivos financeiros, até que se confirme a boa cobrança dos
créditos respectivos.
Provisões para perdas
xvi) Locações
Provisões para garantia
Os contratos de locação são classificados como (a)
locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse do activo sob locação e
como (b) locações operacionais se através deles
não forem transferidos substancialmente todos os
riscos e benefícios inerentes à posse do activo sob
locação.
O Grupo constitui provisões para custos previstos
com garantias a clientes. A estimativa dos custos
com garantias envolve a análise histórica dos custos reais incorridos nos últimos 3 anos.
As percentagens e valores de custos utilizados são
revistos anualmente, sendo ajustado o valor da provisão a considerar em cada ano.
À data do balanço é constituída uma provisão para
as perdas estimadas nos contratos de construção
em curso.
xviii) Outros rendimentos e ganhos
A classificação das locações em financeiras ou
operacionais é feita em função da substância e não
da forma do contrato.
Esta rubrica inclui os trabalhos para a própria
empresa correspondem aos custos associados a
grandes reparações de equipamentos, efectuadas
123
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
pelas próprias empresas, e incluem gastos com
materiais, mão-de-obra directa e gastos gerais de
fabrico. Os trabalhos para a própria empresa
encontram-se mensurados ao custo de produção.
aprovação que proporcionem informação sobre
condições que ocorram após a data do balanço, se
materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.
xix) Custos de financiamento
3.4. Julgamentos e estimativas da gestão
Os encargos relacionados com financiamentos
obtidos são reconhecidos de acordo com o método
de juro efectivo na demonstração dos resultados do
período a que dizem respeito.
3.4.1. Juízos de valor
Os encargos de financiamentos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção
ou produção de activos que levem um período significativo de tempo a ficarem preparados para o fim
pretendido são capitalizados. A capitalização
destes encargos começa após o início da
preparação das actividades de construção ou
desenvolvimento do activo e é interrompida após o
início de utilização do activo ou quando o projecto
em causa se encontra suspenso.
xx) Activos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos
nas demonstrações financeiras consolidadas,
sendo divulgados excepto se a possibilidade de existir
um exfluxo de recursos englobando benefícios
económicos for remota.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas
demonstrações financeiras consolidadas. Os
activos contingentes são divulgados quando é
provável a existência de um influxo económico
futuro.
Os juízos de valor (exceptuando os que envolvem
estimativas) que o órgão de gestão fez no processo
de aplicação das políticas contabilísticas e que
tiveram maior impacte nas quantias reconhecidas
nas demonstrações financeiras:
(a) Vidas úteis dos activos fixos tangíveis e
intangíveis
A vida útil de um activo é o período durante o qual
uma entidade espera que esse activo esteja
disponível para seu uso e deve ser revista pelo
menos no final de cada exercício económico.
O método de amortização/depreciação a aplicar e
as perdas estimadas decorrentes da substituição
de equipamentos antes do fim da sua vida útil,
por motivos de obsolescência tecnológica, é
essencial para determinar a vida útil efectiva de
um activo.
Estes parâmetros são definidos de acordo com
a melhor estimativa da gestão, para os activos e
negócios em questão, considerando também as
práticas adoptadas por empresas dos sectores
em que a empresa opera.
(b) Impostos diferidos activos
xxi) Eventos subsequentes
Os eventos decorridos após a data do balanço e
até à data de envio das demonstrações financeiras
para aprovação que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras
consolidadas.
Os eventos após a data do balanço e até à data de
envio das demonstrações financeiras para
124
São reconhecidos impostos diferidos activos
para todos os prejuízos recuperáveis na medida
em que seja provável que venha a existir lucro
tributável contra o qual as perdas possam ser
utilizadas.
Tendo em conta o contexto de crise e o impacto
que pode ter nos resultados futuros, torna-se
necessário julgamento por parte da
Administração para determinar a quantia de
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impostos diferidos activos que podem ser
reconhecidos tendo em conta:
• A data e quantia prováveis de lucros futuros tributáveis, e
• As estratégias de planeamento fiscal futuro.
(c) Reconhecimento de prestações de serviços
A empresa utiliza o método da percentagem de
acabamento no reconhecimento das suas
prestações de serviço.
A utilização deste método requer que a empresa estime os serviços executados como uma
percentagem do total de serviços a serem executados os quais também necessitam de ser
estimados.
elaborados por consultores independentes e
situam-se num intervalo entre 1% e 2%;
• As taxas de desconto utilizadas baseiam-se no
custo estimado do capital (C.A.P.M.) calculado
em função de uma taxa sem risco, para a qual
foi utilizado como referencial a taxa de juro das
obrigações do tesouro alemãs a 10 anos em 31
Dezembro de 2010, um beta que reflecte o risco
dos activos e o nível de endividamento das
sociedades, um prémio de risco do mercado,
acrescido de um prémio de risco do país. Para
o capital alheio foram consideradas as projecções esperadas do custo do financiamento
alheio, tendo por base uma média das taxas de
juro dos principais empréstimos a que a empresa se financia. De acordo com estes pressupostos as taxas de desconto situaram-se num intervalo entre 5,4% el 7,2%.
(d) Provisões para impostos
A empresa, suportado nas posições dos seus
consultores fiscais e tendo em conta as responsabilidades reconhecidas, entende que das eventuais revisões dessas declarações fiscais não resultarão correcções materiais nas demonstrações
financeiras consolidadas que requeiram a constituição de qualquer provisão para impostos.
(e) Imparidade do goodwill
O goodwill é sujeito a testes de imparidade
anualmente, e o seu valor de uso é determinado
utilizando projecções de fluxos de caixa descontados, de orçamentos para 5 anos aprovados
pela Administração. Para os anos seguintes, foi
considerada uma perpetuidade do fluxo de
caixa estimado para o 5º ano, o qual terá um
crescimento semelhante ao da inflação esperada. A avaliação foi efectuada a preços constantes, sendo as principais hipóteses como
segue:
• Nas projecções dos fluxos de caixa foram consideradas as quebras de actividade que o conselho de administração antecipa para o sector
da construção civil e obras públicas;
• As taxas de inflação esperadas para os próximos 5 anos foram obtidas de estudos públicos
3.4.2. Principais fontes de incerteza
das estimativas
As estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada momento e nas acções
que se planeiam realizar, sendo permanentemente
revistas com base na informação disponível.
Alterações nos factos e circunstâncias subsequentes podem conduzir à revisão das estimativas
no futuro, pelo que os resultados reais poderão vir a
diferir das estimativas presentes.
(a) Imparidade das contas a receber
O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de relato, tendo em
conta a informação histórica do devedor e o seu
perfil de risco tal como referido no parágrafo 3.1.
As contas a receber são ajustadas pela avaliação efectuada dos riscos estimados de
cobrança existentes à data do balanço, os quais
poderão vir divergir do risco efectivo a incorrer
no futuro.
No que diz respeito a créditos sobre contas a
receber de entidades públicas, o órgão de
gestão considera que não existe risco de
125
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
cobrabilidade por as mesmas serem entidades
idóneas, não tendo procedido ao registo de
imparidade quando apenas está em causa a
tempestividade do recebimento.
O activo intangível reconhecido no âmbito da IFRIC
12 tem vida finita, um dos requisitos iniciais
impostos para qualificar determinado contrato de
concessão, em que o concedente controla a infraestrutura no final do período da concessão.
(b) Provisões
O reconhecimento de provisões tem inerente a
determinação da probabilidade de saída de fluxos
futuros e a sua mensuração com fiabilidade.
Estes factores estão muitas vezes dependentes
de acontecimentos futuros e nem sempre sob o
controlo da empresa pelo que poderão conduzir
a ajustamentos significativos futuros, quer por
variação dos pressupostos utilizados, quer pelo
futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.
3.5. Alterações de políticas contabilísticas
O Grupo adoptou no exercício de 2010 a IFRIC 12
pela primeira vez. A aplicação da IFRIC 12 deverá
ser retrospectiva, excepto se tal se revelar impraticável. No caso do Grupo, a aplicação total retrospectiva dos requisitos de mensuração previstos na IFRIC
12 tornou-se impraticável, uma vez que estamos perante uma concessão que já existe há um período relativamente longo. A IFRIC 12 introduziu um regime de
excepção à aplicação retrospectiva, constituindo o
mesmo essencialmente na reclassificação de activos
da concessão sem revalorização dos mesmos.
Na data da aplicação da IFRIC 12, pela primeira vez,
a empresa optou pela aplicação da excepção prevista na norma, não a aplicando retrospectivamente.
A concessionária reconheceu um activo intangível
na extensão que possui um direito de cobrar
serviços pela utilização da infra-estrutura.
126
A vida útil do activo intangível, reconhecido no âmbito
da IFRIC 12, corresponde ao período do contrato da
concessão, isto é 20 anos, utilizando o Grupo o método de amortização a quotas constantes.
A IFRIC 12 caracteriza os concessionários como
“prestadores de serviços”, que devem reconhecer o
rédito associado aos serviços prestados de acordo
com as Normas Internacionais de Contabilidade
números 11 (IAS 11) e 18 (IAS 18). O rédito deverá
ser mensurado pelo justo valor da retribuição tendo
em consideração a quantia de quaisquer descontos
comerciais e de quantidades concedidos pela
empresa.
4.
Composição do Grupo
A Somague SGPS é a empresa-mãe das contas
anuais consolidadas do Grupo, sendo posteriormente
consolidada na sua mãe Sacyr Vallehermoso.
4.1. Composição do Grupo e participações
financeiras
Para efeitos de preparação das contas anuais consolidadas, as empresas que formam o Grupo classificam-se da seguinte forma:
a) Empresas controladas: Empresas juridicamente
independentes que constituem uma unidade
económica sujeita a direcção única a nível
estratégico e aquelas sobre as quais se exerce
domínio efectivo, directa ou indirectamente.
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As empresas controladas incluídas na consolidação, pelo método integral, em 31 de Dezembro
de 2010 e 2009, suas sedes sociais, actividade e
proporção do capital detido em cada exercício são
as seguintes:
Nome
Sede
% participação
2010
2009
Actividade
No âmbito da SGPS
Somague - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Sintra
Empresa-mãe
Sociedade gestora de participações sociais
Somague - Engenharia, S.A.
Sintra
100.00%
100.00%
Construção civil e obras públicas
PEVR - Parques de Estacionamento de Vila Real, S.A.
Sintra
80.00%
80.00%
parques de estacionamento
Sintra
100.00%
100.00%
Gestão de participações sociais
Lisboa
100.00%
100.00%
Construção e exploração de
Somague Utilities - Sociedade Gestora de
Participações Sociais, S.A.
No âmbito da Somague Utilities
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
Construção civil e obras públicas
Construção, manutenção e exploração
Engigás - Tecnologia Multi-Serviços de Engenharia, S.A. Sintra
-
100.00%
infra-estruturas de gás
Construção, manutenção e exploração
Engigás Gaeltec, Lta.
Irlanda
-
75.00%
infra-estruturas de gás
Construção, manutenção e exploração
Neopul Ireland Lta.
Irlanda
100.00%
100.00%
infra-estruturas de gás
Comercialização e instalação de
Enfoque - Energias Renováveis, Lda.
Sintra
-
80.00%
sistemas de energias renováveis
Ferropor - Equipamento Ferroviário
Sintra
100.00%
-
Comercialização de equipamento ferroviário
Somague Investimentos - Gestão e Serviços, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
de investimentos
Somague TI - Tecnologia de Informação, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Consultoria informática
Sintra
100,00%
100,00%
Consultoria informática
No âmbito da Somague Engenharia
Projectos Imobiliários, consultoria e gestão
Smartit - Gestão, Organização de Informação e
Consultoria, Lda.
SmartDC - Destruição e Reciclagem de
Documentação Confidencial, Lda.
Sintra
100,00%
100,00%
Consultoria informática
Somague Ireland, Lta.
Irlanda
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Engigás Gaeltec, Lta.
Irlanda
75,00%
-
Construção, manutenção e exploração
infra-estruturas de gás
Comercialização e instalação de sistemas
Enfoque - Energias Renováveis, Lda.
Sintra
80,00%
-
de energias renováveis
Funchal
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Ponta Delgada 100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
No âmbito da Somague Investimentos
Somague Engenharia Madeira, S.A.
Somague - Ediçor, Engenharia, S.A.
Somague PMG - Promoção e Montagem de Negócios, S.A.
CVC - Construções de Cabo Verde, SARL
Sogel - Sociedade Geral de Empreitadas, Lda.
Sintra
100,00%
100,00%
Promoção imobiliária
Cabo verde
90,30%
90,30%
Construção civil e obras públicas
Moçambique 100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
SGIS - Sociedade Geral de Investimentos e Serviços, Lda. Moçambique 100,00%
100,00%
Serviços de gestão e consultoria empresarial
Somague Angola - Construção Obras Públicas, Lda.
Construção civil e obras públicas
Archipelag Aviation
Angola
100,00%
100,00%
Inglaterra
100,00%
-
Proprietária de avião
Recuperação, construção, comercialização,
Edimecânica - Engenharia Mecânica e Carros
importação, exportação de carros antigos,
Clássicos dos Açores, Lda.
Açores
100,00%
-
máquinas e equipamento diverso e seu aluguer
Soconstroi
Sintra
100,00%
-
Promoção imobiliária
127
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b) Empreendimentos conjuntamente controlados:
Empresas em que a gestão é conduzida conjuntamente com uma ou várias sociedades terceiras que participam no seu capital.
As seguintes entidades conjuntamente controladas
foram consolidadas pelo método proporcional,
dado que a gestão e controlo das mesmas são
exercidos conjuntamente com os outros
sócios/accionistas.
Nome
País de
incorporação
% Participação
2010
2009
Transmetro - Construções do Metropolitano, ACE ("ACE da Transmetro")
Portugal
47,50%
47,50%
UTE Gijón
Espanha
80,00%
80,00%
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Fórum Coimbra")
Portugal
75,00%
75,00%
Somague, A. Barbosa Borges, ACE ("ACE das Águas de Barcelos")
Portugal
70,00%
70,00%
Somague, Norlamor, Camilo Sousa Matos, ACE ("ACE das Águas do Marco")
Portugal
45,00%
45,00%
Somague, Soares da Costa, ACE (ACE do Metro de Superficie")
Portugal
50,00%
50,00%
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Hospital Pediátrico")
Portugal
100,00%
100,00%
UTE Gordoniz
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Abandoibarra
Espanha
80,00%
80,00%
Somague, Irmãos Cavaco, Construtores Molhes do Douro, ACE ("ACE dos Molhes do Douro")
Portugal
50,00%
50,00%
UTE Llodio
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Aiboa - Getxo
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Alfatejo (Múrcia)
Espanha
80,00%
80,00%
UTE 17 Viv. Llodio
Espanha
80,00%
80,00%
Joint Venture - Bowen Somague
Irlanda
60,00%
60,00%
UTE Agadir (Múrcia)
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Somague, Sal La Florida
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Calle Pizarro (Vigo)
Espanha
80,00%
80,00%
Joint Venture - Somague Bowen Sacyr
Irlanda
75,00%
75,00%
Somague, Camilo Sousa Mota, ACE ("ACE das Águas de Gondomar")
Portugal
67,50%
67,50%
Somague, Seth CJT 1F, ACE ("ACE do Jardim do Tabaco")
Portugal
50,00%
50,00%
ACUPM – Agrupamento Construtor de uma Unidade de Piscicultura em Mira, ACE ("ACE da Pescanova")
Portugal
80,00%
80,00%
Infratunel, ACE
Portugal
55,00%
55,00%
Cogeração Sines ACE
Portugal
65,00%
65,00%
Cais cruzeiro 2º fase - ACE
Portugal
37,50%
37,50%
Construtora do Lena, MSF, Novopca - Linha Atlântico Construtoras, ACE ("ACE da A17")
Portugal
25,00%
25,00%
NHBRAGA – Agrupamento Construtor do Novo Hospital de Braga, ACE ("ACE NHBraga")
Portugal
47,50%
47,50%
Somague - Edifer, Empreitada do Estoril Sol, ACE ("ACE Estoril Sol")
Portugal
50,00%
50,00%
Gace, Gondomar ACE ("ACE GACE")
Portugal
24,00%
24,00%
LGC Linha Gondomar Construtores, ACE ("ACE LGC")
Portugal
30,00%
30,00%
SE/NEOPUL/TEODORO, ACE
Portugal
60,00%
60,00%
Somague – Hagen – Aqua Portimão, ACE ("ACE Aqua Portimão")
Portugal
60,00%
60,00%
Continua na pág. seguinte
128
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Continuação da pág. anterior
Nome
País de
incorporação
% Participação
2010
2009
Projesines – Expansão do Terminal de GNL de Sines, ACE ("ACE Projesines")
Portugal
85,00%
85,00%
Haçor C – Construção do Edifício do Hospital da Ilha Terceira, ACE ("ACE da Haçor")
Portugal
34,25%
34,25%
Somague - Engenharia, Engigás, Neopul – Construtores ACE ("ACE do SEN")
Portugal
100,00%
100,00%
Somague, Neopul, ACE ("ACE do Estaleiro de Pegões")
Portugal
100,00%
100,00%
BPC, CBPO, Agromar, Somague, Profarbil, Kaiser e ACER, ACE ("ACE do Metro")
Portugal
50,00%
50,00%
Somague, Bento Pedroso, Cubiertas, Dragados, ACE ("ACE do Alqueva")
Portugal
25,00%
25,00%
Projectos e Construção das Auto-estradas do Oeste – Nova Estrada ACE ("ACE da Nova Estrada")
Portugal
15,00%
15,00%
Somague, BPC, Engil, SPIE, ACE ("ACE da Linha Amarela")
Portugal
-
26,32%
Engil, Somague - Construção Estação Tratamento Águas Residuais da Madalena, ACE ("ACE da Etar da Madalena")
Portugal
33,33%
33,33%
Somague Hidurbe - Central de Compostagem de Resíduos Orgâncios, ACE
Portugal
56,25%
40,00%
Somague, Mesquita - Casa da Música, ACE ("ACE da Casa da Música")
Portugal
60,00%
60,00%
Somague CVO - Construção da Central de Valorização Orgânica, ACE
Portugal
100,00%
60,00%
Obras Civis L.N. 2.1, ACE ("ACE da Linha do Norte")
Portugal
32,50%
32,50%
Infra-estruturas das Antas - Construção e Obras Públicas, ACE ("ACE das Infra-estruturas das Antas")
Portugal
33,33%
33,33%
Somague, Alberto Couto Alves ACE ("ACE da VL9")
Portugal
70,00%
70,00%
Somague, BPC, Engil - SPIE - SBES, ACE ("ACE da Linha Vermelha")
Portugal
26,32%
26,32%
Construtores das Águas da Linha, ACE ("ACE das Águas da Linha")
Portugal
50,00%
50,00%
Novaponte - Agrupamento para a Construção da Segunda Travessia do Tejo, ACE ("ACE da Novaponte")
Portugal
13,33%
13,33%
Resercávado - Soconstroi, Mesquita, Arnaldo Oliveira - Sistemas de Abastecimento de Água
Portugal
33,33%
33,33%
Somague, Edifer, ACE ("ACE do Freeport")
Portugal
50,00%
50,00%
LMNS Atlântico, ACE ("ACE LMNS")
Portugal
25,00%
25,00%
Somague, Edifer - Etar Alcântara ("ACE da Etar de Alcântara")
Portugal
50,00%
50,00%
Meci - Somague , Cogeração de Setúbal ACE
Portugal
44,78%
44,78%
Asterion Consórcio Português de Aeroportos ACE ("ACE Asterion")
Portugal
15,75%
15,75%
LOC – Litoral Oeste Construtores, ACE ("ACE do LOC")
Portugal
25,00%
25,00%
Haçor - Concessionária do Edifício do Hospital da Ilha Terceira, S.A.
Portugal
40,00%
40,00%
Reforço de Potência da Barragem da Venda Nova ACE
Portugal
28,33%
-
Somague - Tomás de Oliveira, ACE (" ACE Bombél Évora")
Portugal
65,00%
-
UTE Isolux, Málaga
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Alcazar Manzanares
Espanha
25,00%
25,00%
UTE Castellbisbal
Espanha
30,00%
30,00%
UTE Orihuela
Espanha
10,00%
10,00%
UTE AVE PORTELA
Espanha
15,00%
15,00%
UTE INECAT
Espanha
38,25%
38,25%
UTE SEVILHA
Espanha
50,00%
50,00%
UTE PONTEVEDRA
Espanha
20,00%
20,00%
Manutenção Algarve
Portugal
67,00%
67,00%
Via Alameda, ACE
Portugal
50,00%
50,00%
Neorail ACE
Portugal
50,00%
-
129
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Durante o ano de 2010 foram constituídos e liquidados os agrupamentos complementares de empresas que se apresentam no quadro abaixo.
Passaram a consolidar durante o ano de 2010 os seguintes ACE's:
País de
incorporação
% Participação
2010
2009
Portugal
28.33%
-
Somague, BPC, Engil, SPIE, ACE ("ACE da Linha Amarela")
Portugal
-
26.32%
Haçor – Concessionária do Edifício do Hospital da Ilha Terceira, S.A.
Portugal
-
40.00%
Reforço de Potência da Barragem da Venda Nova ACE
Deixaram de consolidar durante o ano de 2010 os seguintes ACE’s:
As entidades conjuntamente controladas identificadas no quadro abaixo são consideradas nas contas
do Grupo pelo método de equivalência patrimonial,
sendo consolidadas integralmente ou proporcionalmente conforme aplicável, pelo accionista, que
detêm o controlo total sobre elas.
Nome
130
País de
incorporação
% Participação
2010
2009
UTE Mulle del Leste
Espanha
20,00%
20,00%
UTE As Cancelas
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Prado de Fuentes
Espanha
70,00%
70,00%
UTE Somague la Lastra
Espanha
70,00%
70,00%
UTE Puerto Marin
Espanha
20,00%
20,00%
UTE Abrigo Puerto Valência
Espanha
6,00%
6,00%
UTE Auditório de Vigo
Espanha
16,00%
16,00%
UTE Darsenas Servicios
Espanha
20,00%
20,00%
ACE da Normetro
Portugal
6,59%
6,59%
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Foi excluído da consolidação o empreendimento
conjunto, por se encontrar sem actividade:
Sede
Meia Serra, ACE
Madeira
% Efectiva de
participação
Actividade
3,77%
Construção
Deste modo, as demonstrações financeiras em 31
de Dezembro de 2010 integram os activos, passivos, proveitos e custos dos Agrupamentos
Complementares de Empresas (“ACE”), na proporção em que o Grupo participa nas referidas entidades, líquido das eliminações de saldos e
transacções na referida proporção, como segue:
(Unid: Euros)
2010
Activos correntes
Activos não correntes
Passivos correntes
Passivos não correntes
2009
263.779.120
141.677.765
2.016.639
1.777.063
265.795.760
143.454.828
244.503.681
127.763.726
8.777.011
4.921.004
253.280.691
132.684.730
272.493.445
217.604.488
Outros
rendimentos operacionais
-
(2.580.047)
Custo das mercadorias vendidas
(42.907.616)
(49.182.360)
Fornecimentos serviços externos
(198.098.932)
(147.159.918)
(4.180.351)
(3.651.980)
(593.007)
(592.310)
(3.519.529)
(205.687)
(13.334.478)
(9.523.666)
Vendas e prestação de serviços
Gastos com pessoal
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas de imparidade
Outros gastos operacionais
Resultados financeiros
Lucro antes de imposto sobre rendimento
Imposto sobre rendimento exercício
Lucro líquido
(1.173.797)
(147.729)
8.685.735
9.720.885
(39.513)
(9.223)
8.646.221
9.711.662
131
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c) Empresas associadas: Empresas em que alguma
ou algumas sociedades do Grupo exerçam uma
influência significativa na sua gestão (Nota 8).
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 as participações
em associadas são como segue:
(%) Participação
2010
HSE a)
27.50%
27.50%
PPPS a)
14.40%
14.40%
Complexo Tivane b)
20.00%
20.00%
Engigás Cabo Verde b)
100.00%
100.00%
Somague Panamá b)
100.00%
-
1.00%
-
Haçor - Concessionária para o Hospital da Ilha Terceira b)
a) Estas empresas encontram-se registadas pelo método de
equivalência patrimonial
b) Estas empresas encontram-se registadas pelo custo de
aquisição, deduzido das provisões para perdas estimadas na
sua realização, quando aplicável.
A empresa Engigás Cabo Verde, na qual o grupo
detém uma participação de 100%, não foi consolidada porque se encontra sem actividade e em
processo de dissolução.
A Somague Panamá foi constituída no início do ano
de 2010, com o objectivo de operar no mercado do
Panamá, encontrando-se sem actividade.
d) Existem participações em outras empresas que se
encontram registadas ao valor de mercado porque
se encontram cotadas. As restantes estão registadas ao custo (conforme divulgado na nota 8).
4.2. Remuneração do pessoal chave da
gestão
As remunerações atribuídas aos membros do
Conselho de Administração, durante os exercícios
findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, ascenderam a 3.627.715 euros e 3.855.953 euros, respectivamente. Em cada um destes anos a remuneração
atribuída ao Conselho Fiscal foi de 25.000 euros.
132
(%) Participação
2009
4.3. Natureza do relacionamento das partes
relacionadas
A natureza das transacções e saldos com as entidades relacionadas, que se apresentam na nota 4.4,
são, essencialmente, cedências de Administradores e
quadros técnicos e prestações de serviços ao Grupo.
4.4. Transacções e saldos pendentes com
partes relacionadas
As transacções e saldos entre a Somague SGPS
(empresa-mãe) e empresas do grupo incluídas na
consolidação, que são partes relacionadas, foram
eliminados no processo de consolidação, não sendo
alvo de divulgação na presente nota.
Os saldos e transacções entre o grupo e empresas
relacionadas estão detalhados abaixo.
Os termos e condições praticadas entre a Somague
SGPS e partes relacionadas são substancialmente
idênticos aos que normalmente seriam contratados,
aceites e praticados entre entidades independentes
em operações comparáveis.
SOMAGUE SGPS
A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
Os saldos com entidades relacionadas em 31 de
Dezembro de 2010 podem ser detalhados como se
segue:
(Unid: Euros)
Parte relacionada
Vendas a
partes
relacionados
Compras de
partes
relacionados
Valores em
balanço relativos
a partes relacionados
Entidade(s) com influência significativa no Grupo
Sacyr S.A.U
(1.678.609)
560.309
202.640
Sacyr Vallehermoso
(1.194.840)
341.538
11.857.844
Vallehermoso División Promoción
(170.509)
-
196.894
Valoriza Gestion, S.A.
(512.710)
-
23.007.676
Sufi, SA
-
-
217.391
Sufi, Sucursal Portugal
-
-
1.026.308
Sacyr Chile
-
-
253.683
-
-
500.000
(71.836)
-
2.314.463
1.380.883
239.295
883.425
(2.247.622)
1.141.142
40.460.326
HSE
-
-
19.769
Soconstroi Engenharia
-
-
1.515.554
-
-
1.535.323
Sacyr Concessões
Somague Imobiliária
Somague SGPS
Associadas
5.
Imposto sobre o rendimento
A Somague SGPS encontra-se sujeita a imposto
sobre o rendimento das pessoas colectivas
(“IRC”), actualmente à taxa de 25%, acrescida de
Derrama até à taxa máxima de 1,5% e da derrama estadual em 2.5% atingindo uma taxa agregada de 29%. No apuramento da matéria colectável, à qual é aplicada a referida taxa de imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados
contabilístico as diferenças entre este e o resultado fiscal. Estas diferenças podem ser de
natureza temporária ou permanente.
ao regime especial de tributação dos grupos de
sociedade. Este regime consiste na agregação dos
resultados tributáveis de todas as sociedades
incluídas no perímetro de tributação, conforme estabelecido no artº 70 do código do IRC, deduzidos
dos dividendos distribuídos, aplicando-se ao resultado global assim obtido a taxa de IRC, acrescida
da respectiva derrama. No apuramento da matéria
colectável, à qual é aplicada a referida taxa de
imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados contabilísticos as diferenças entre este resultado e o resultado fiscal. Estas diferenças podem ser
de natureza temporária ou permanente.
A empresa e algumas das suas participadas (designadamente Somague Engenharia, PMG, Investimentos, Utilities, TI, Smartit, Soconstroi Engenharia,
Engenharia Ediçor, Engenharia Madeira, Neopul),
localizadas em Portugal encontram-se sujeitas
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção
por parte das autoridades fiscais durante um período
de 4 anos (10 anos para a segurança social até
2000 inclusive, e 5 anos após 2001), excepto quando
133
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido
concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso
inspecções, reclamações ou impugnações, casos
esses em que, dependendo das circunstâncias os
prazos são alargados ou suspensos.
O Conselho de Administração entende que eventuais
correcções resultantes de futuras revisões/inspecções
fiscais àquelas declarações de impostos não terão
um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010.
O grupo procede ao registo de impostos diferidos
correspondentes às diferenças temporárias entre o
valor contabilístico dos activos e passivos e a correspondente base fiscal.
O encargo de imposto registado no exercício findo em 31
de Dezembro de 2010 corresponde essencialmente a:
(Unid: Euros)
2010
2009
Demonstração de resultados consolidada
Imposto sobre o rendimento corrente
Carga fiscal do imposto sobre o rendimento
10.175.764
5.999.174
-
(840.724)
(2.604.965)
633.624
(315.111)
(753.585)
7.255.688
5.038.489
Ajustamentos resultantes de imposto sobre o rendimento do exercício de exercícios anteriores
Impostos diferidos
Relacionados com a origem e reversão das diferenças temporárias
Efeito de diferenças da taxa de imposto
Gastos com o imposto sobre o rendimento reportados na DR consolidada
(Unid: Euros)
Base fiscal
Imposto
Impostos diferidos
Resultado antes de Imposto
Ajustamentos resultantes de imposto sobre o rendimento do exercício de exercícios anteriores
17.253.585
-
Diferenças temporárias
9.830.055
Diferenças permanentes
4.706.239
31.789.879
Encargo normal de imposto
Tributação autónoma
Dupla tributação internacional
917.172
(4.790.044)
Efeito de diferenças da taxa de imposto
(315.111)
Imposto das sucursais
5.981.603
Poupança fiscal
Ajustamentos resultantes de imposto sobre o redimento do exercício de exercícios anteriores
Imposto diferido
Imposto do exercício
134
9.219.065
(1.152.032)
(2.604.965)
7.255.688
SOMAGUE SGPS
A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
O movimento ocorrido nos activos e passivos por
imposto diferido no exercício de 2010 e 2009, de
acordo com as diferenças temporárias que o geraram é o seguinte:
2010
(Unid: Euros)
Activos por imposto diferido
Saldo em
01.01.10
Imparidade de clientes de cobrança duvidosa
Origem
(Reversão)
Alteração
Saldo em
de perímetro Transferências 31.12.10
4.626.021
979.362
(8.191)
-
-
5.597.192
Imparidade para investimentos financeiros
673.588
439.126
-
-
-
1.112.714
Provisões para outros riscos e encargos
231.707
514.574
(277.359)
-
-
468.922
1.493.242
-
(453.626)
-
-
1.039.616
Contratos de construção
-
955.775
-
-
1.935.155
2.890.930
Justo valor do instrumentos derivados
151.798
-
-
(151.798)
-
-
Grandes reparações + imobilizado
510.711
53
(101.813)
-
29
408.980
7.687.067
2.888.890
(840.989)
(151.798)
1.935.184
11.518.354
Provisões para SAV
(Unid: Euros)
Passivos por imposto diferido
40% da reavaliação do imobilizado
Mais-valias não tributadas por reinvestimento
Contratos de construção
Proveitos diferidos SAV
Saldo em
01.01.10
Origem
(Reversão)
Alteração
Saldo em
de perímetro Transferências 31.12.10
140.696
-
(1.134)
-
-
139.562
94.392
-
(20.903)
-
-
73.489
198.111
-
(107.665)
(40.382)
-
50.064
-
-
(387.031)
-
1.935.155
1.548.124
433.199
-
(516.733)
(40.382)
1.935.155
1.811.239
135
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
2009
(Unid: Euros)
Activos por imposto diferido
Saldo em
01.01.09
Imparidade de clientes de cobrança duvidosa
Origem
(Reversão)
Alteração
Saldo em
de perímetro Transferências 31.12.09
4.351.328
285.696
(11.003)
-
-
4.626.021
Imparidade para investimentos financeiros
673.588
-
-
-
-
673.588
Provisões para outros riscos e encargos
585.412
2.385
(356.090)
-
-
231.707
2.042.325
13.770
(562.853)
-
-
1.493.242
Contratos de construção
Justo valor do instrumentos derivados
Grandes reparações + imobilizado
-
151.798
-
-
-
151.798
720.348
-
(209.637)
-
-
510.711
8.373.001
453.649
(1.139.583)
-
-
7.687.067
(Unid: Euros)
Passivos por imposto diferido
136
Saldo em
01.01.09
Origem
(Reversão)
Alteração
Saldo em
de perímetro Transferências 31.12.09
40% da reavaliação do imobilizado
141.831
-
(1.135)
-
-
140.696
Mais-valias não tributadas por reinvestimento
118.187
-
(23.795)
-
-
94.392
Contratos de construção
163.450
124.425
(89.764)
-
-
198.111
423.468
124.425
(114.694)
-
-
433.199
SOMAGUE SGPS
A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
6.
Activos fixos tangíveis
Durante os anos de 2010 e 2009, os movimentos
ocorridos nos activos fixos tangíveis, bem como nas
respectivas depreciações e perdas por imparidade
acumuladas, foram os seguintes:
(Unid: Euros)
Dezembro 2010
Efeito de
conversão
cambial
Saldo a
01.01.10
Alteração
de perímetro
Adições
Alienações
Transferências Saldo a
e abates
31.12.10
Terrenos e recursos naturais
10.771.717
-
15.325
-
-
-
10.787.042
Edifícios e outras construções
44.354.409
99.760
157.901
508.791
(1.013.647)
(3.357.946)
40.749.268
105.046.712
72.947
1.398.639
3.472.314
(8.118.282)
(4.543.965)
97.328.365
19.382.693
14.016
-
1.412.944
(926.284)
(109.173)
19.774.196
Equipamento básico
Equipamento de transporte
4.489.463
-
-
-
-
(4.489.463)
-
Equipamento administrativo
19.592.075
18.653
3.856
461.844
(178.232)
(783.202)
19.114.994
Outros activos fixos tangíveis
1.244.275
1.178
-
142.211
(164.693)
3.641.193
4.864.164
Activos fixos tangíveis em curso
5.209.784
-
(1.079.080)
3.433.968
-
(1.918.168)
5.646.504
-
-
-
12.500
Ferramentas e utensílios
12.500
-
-
210.103.628
206.554
496.641
Depreciações acumuladas e imparidade (115.910.884)
(112.442)
(1.555.917)
(11.029.325)
8.125.355
94.192.744
94.112
(1.059.276)
(1.597.253)
(2.275.783)
Adiantam. por conta activos fixos tangíveis
9.432.072 (10.401.138) (11.560.724) 198.277.033
8.756.934 (111.726.279)
(2.803.790)
86.550.754
(Unid: Euros)
Dezembro 2009
Efeito de
conversão
cambial
Saldo a
01.01.09
Alteração
de perímetro
Adições
Alienações
Transferências Saldo a
e abates
31.12.09
Terrenos e recursos naturais
10.771.717
-
-
-
-
-
10.771.717
Edifícios e outras construções
43.883.505
(194.763)
3.979
1.498.713
(1.137.465)
300.440
44.354.409
Equipamento básico
89.691.494
12.500
5.281
8.277.003
(1.125.231)
8.185.665
105.046.712
Equipamento de transporte
18.271.090
15.225
-
1.848.846
(720.343)
(32.125)
19.382.693
4.399.418
-
-
133.006
(32.346)
(10.615)
4.489.463
Equipamento administrativo
19.002.166
17.504
12.131
859.218
(75.494)
(223.450)
19.592.075
Outros activos fixos tangíveis
9.257.085
-
-
1.753.926
-
(9.766.736)
1.244.275
644.889
-
(4.645)
5.107.873
-
(538.333)
5.209.784
-
-
-
-
(42.581)
55.081
12.500
195.921.364
(149.534)
16.746
19.478.585
(3.133.460)
(2.030.073)
210.103.628
Ferramentas e utensílios
Activos fixos tangíveis em curso
Adiantam. por conta activos fixos tangíveis
Depreciações acumuladas e imparidade (106.310.906)
(43.418)
2.281
(13.274.684)
2.261.447
1.454.396 (115.910.884)
89.610.458
(192.952)
19.027
6.203.901
(872.013)
(575.677)
94.192.744
137
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
7.
Activos fixos intangíveis
Durante os anos de 2010 e 2009, os movimentos
ocorridos nos activos fixos intangíveis, bem como
nas respectivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:
(Unid: Euros)
Dezembro 2010
Saldo a Alterações
01.01.10 de perímetro
Aumentos
Reduções
Transferências
e abates
Saldo a
31.12.10
Despesas de investigação e desenvolvimento
-
9.890
-
-
-
9.890
Programas de computadores
-
-
131.376
-
5.332.981
5.464.357
Propriedade industrial
114.944
-
-
-
-
114.944
Direitos de concessão
-
-
-
-
3.652.118
3.652.118
Outros activos intangíveis
-
1.360
-
-
-
1.360
5.600.000 (5.600.000)
-
-
-
-
Activos fixos intangíveis em curso
Goodwill
Depreciações acumuladas e imparidade
-
-
(868.038)
-
26.801.751
33.384.733 (5.588.750)
27.669.789
131.376
(868.038)
8.985.099
36.044.420
(11.250)
(937.730)
-
(5.754.738)
(6.798.736)
33.289.715 (5.600.000)
(806.354)
(868.038)
3.230.361
29.245.684
(95.018)
(Unid: Euros)
Dezembro 2010
Saldo a Alterações
01.01.09 de perímetro
Propriedade industrial
Activos
fixos intangíveis em curso
Goodwill
Depreciações acumuladas e imparidade
138
Aumentos
Reduções
Transferências
e abates
Saldo a
31.12.09
124.049
-
-
-
(9.105)
114.944
-
-
5.600.000
-
-
5.600.000
28.764.009
-
- (1.094.220)
-
27.669.789
28.888.058
-
5.600.000 (1.094.220)
(9.105)
33.384.733
(88.221)
-
-
1.771
(95.018)
28.799.837
-
5.591.432 (1.094.220)
(7.334)
33.289.715
(8.568)
SOMAGUE SGPS
A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
7.1. Goodwill
Durante os anos de 2010 e 2009, os movimentos
ocorridos no goodwill, foram os seguintes:
(Unid: Euros)
Percentagem
de aquisição
Dezembro 2010
Saldo a
Adições/
01.01.10
redução
Saldo a
31.12.10
100.00
18.482.450
Somague - Ediçor
50.00
998.953
-
998.953
CVC
57.62
54.338
-
54.338
Somague Engenharia
18.482.450
100.00
4.792.761
-
4.792.761
Neopul
20.00
1.171.798
-
1.171.798
CVC
32.63
1.301.451
-
1.301.451
3.59
868.038
(868.038)
-
Somague Investimentos
Engigás
27.669.789
(868.038) 26.801.751
(Unid: Euros)
Percentagem
de aquisição
Dezembro 2009
Saldo a
Adições/
01.01.09
redução
Saldo a
31.12.09
100.00
18.482.450
Somague - Ediçor
50.00
998.953
-
998.953
CVC
57.62
54.338
-
54.338
100.00
4.792.761
-
4.792.761
Neopul
20.00
1.171.798
-
1.171.798
CVC
32.63
1.301.451
-
1.301.451
3.59
868.038
-
868.038
Somague Engenharia
Somague Investimentos
Engigás
27.669.789
18.482.450
- 27.669.789
Foram efectuados testes de imparidade conforme
definido na alínea e) das bases de consolidação. O
valor de uso, correspondente ao valor presente dos
fluxos de caixa futuros, teve por base os orçamentos
das unidades geradoras de caixa, devidamente
aprovados pelo Conselho de Administração, tendo
sido considerado uma média de 5 anos. As projecções
de fluxos de caixa para além dos 5 anos foram extrapoladas utilizando uma perpetuidade sobre o valor dos
fluxos de caixa estimados para o 5º ano.
139
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
8.
Investimentos em associadas
Os investimentos em associadas encontram-se registados pelo método de equivalência patrimonial,
conforme segue:
(Unid: Euros)
Partes de capital em associadas
% participação
Capital próprio
Resultado
do exercício
Valor do
balanço
HSE
27,50%
387.296
(7.606)
387.296
PPPS
14,40%
(1.292.306)
(241.083)
(1.292.306)
(905.009)
(248.690)
(905.009)
Os investimentos em associadas encontram-se
registados pelo método de equivalência patrimonial,
conforme segue:
(Unid: Euros)
% participação
Custo aquisição
Imparidade
Valor do
balanço
1,00%
10.000
-
10.000
Somague Panamá, S.A.
100,00%
7.524
-
7.524
Engigás Cabo Verde
100,00%
1.634
(1.634)
-
20,00%
1.051
-
1.051
10
-
10
20.220
(1.634)
18.586
HAÇOR – Concessionária do Edifício do Hospital da Terceira
Complexo Tivane
Espaço Belém
9.
Outros investimentos
9.1. Participações em empreendimentos
conjuntos consolidados pelo método
de equivalência patrimonial
(Unid: Euros)
Partes de capital em outras empresas
Capital próprio
Resultado
do exercício
Valor do
balanço
20,00%
1.583.630
(76.370)
1.583.630
6,00%
2.804
374.504
2.804
Ute As Cancelas
50,00%
60.000
60.000
60.000
Ute Auditorio de Vigo
16,00%
464.793
464.793
464.793
Ute Darsena de Servicios
20,00%
368.546
368.546
368.546
2.479.773
1.191.473
2.479.773
Ute Mulle del Leste
Ute Abrigo Puerto Valencia
140
% participação
SOMAGUE SGPS
A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
9.2. Participações em empresas cotadas e
não cotadas
As participações em empresas cotadas encontram-se registadas ao custo de aquisição e são
ajustadas para o valor de mercado.
As restantes participações estão registadas ao
custo de aquisição, deduzidas de ajustamentos
para perdas de imparidade estimadas.
(Unid: Euros)
Custo
aquisição
Imparidade
Valor
balanço
Participações cotadas
Banco Comercial Português
Banco Totta & Açores
Sport Lisboa Benfica
Futebol Clube do Porto
10.673
(1.401)
9.272
8.434
-
8.434
4.460.400
(3.191.456)
1.268.944
500.000
(410.000)
90.000
9.128
(9.128)
-
Participações não cotadas
Soc. Emp. Somague (Angola)
Pirites Alentejanas
União de Leiria
Empresa Edit. Electrotécnica
Companhia Port. Electricidade
Douro (Gestão e Promoção Imobiliária)
Boavista Futebol Clube
Enerviz
Unitenis - Soc. Empreend. Ténis
64.270
(64.270)
-
199.519
(199.519)
-
20
-
20
319
-
319
10.392
(9.840)
552
110.000
(110.000)
-
100
(100)
-
23.942
(23.942)
-
2.759
(2.759)
-
Espaço Belém
5
-
5
Auto-Estradas do Oeste, S.A.
5
-
5
Engibrás
6.375
-
6.375
12.750
-
12.750
Madalenagir, S.A.
6.375
-
6.375
S.D.C.P.V. S.A.
5.625
-
5.625
3 P Serviços, S.A.
12.500
-
12.500
Momasoteco, S.A.
11.875
-
11.875
Marítimo SAD
24.940
-
24.940
Via Madeira
80.000
-
80.000
Via Expresso
56.000
-
56.000
Alverca Futebol Clube
24.938
(24.938)
-
Bomba H
4.988
-
4.988
AREAM
7.482
-
7.482
10
-
10
5.005
-
5.005
5
-
5
66.259
-
66.259
5.725.093
(4.047.353)
1.677.740
Parques Futuros Sec. XXI, S.A.
Portas da Lagoa, S.A.
Túnel do Marão Operadora
Auto-Estradas do Marão
Escala Vila Franca
Obrigações BCA - Cabo Verde
141
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
9.3. Outros empréstimos concedidos
Os empréstimos concedidos estão registados ao
custo de aquisição, deduzidos de ajustamentos
para perdas de imparidade estimadas.
(Unid: Euros)
Custo
aquisição
Valor
balanço
Imparidade
Outros empréstimos concedidos
671.568
(671.568)
-
90
-
90
57.362
-
57.362
1.392.768
-
1.392.768
50.000
-
50.000
Via Expresso
2.057.331
-
2.057.331
Momasoteco, S.A.
1.016.500
-
1.016.500
5.245.619
(671.568)
4.574.051
Assiconstroi / Amadeu Gaudêncio
Archipelag Aviation
Bomba H
PPPS
Auto-Estradas do Marão
O movimento das perdas de imparidade para os
outros investimentos financeiros foi com segue:
(Unid: Euros)
Perdas de imparidade em partes de capital em outras empresas
Perdas de imparidade em empréstimos concedidos
Saldo a
01.01.10
Aumentos
Reduções
Saldo a
31.12.10
2.349.274
1.698.079
-
4.047.353
671.568
-
-
671.568
3.020.842
1.698.079
-
4.718.921
10. Outros activos não correntes com
empresas do grupo
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2010
2009
Valoriza Gestion
23.007.676
22.494.966
Sacyr Vallehermoso
11.848.361
11.197.743
-
2.000.000
34.856.037
35.692.709
Somague Imobiliária
142
SOMAGUE SGPS
A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
11. Inventários
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2010
2009
25.552.652
28.469.020
Produtos e trabalhos em curso (nota 26)
1.225.567
8.805.952
Produtos acabados e intermédios (nota 26)
9.985.784
3.282.428
22.035.052
13.119.795
-
-
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo (nota 25)
Mercadorias (nota 25)
Adiantamento por conta de compras
Perda por imparidade (nota 25 e 26)
(1.753.984)
(1.442.050)
57.045.071
52.235.145
O movimento das perdas de imparidade para os
inventários foi como segue:
(Unid: Euros)
Perdas de imparidade em mercadorias
Perdas de imparidade em produtos acabados e intermédios
Saldo a
01.01.10
Aumentos
1.192.051
435.194
(26.475)
-
1.600.770
250.000
20.557
(221.405)
104.062
153.214
1.442.051
455.751
(247.880)
104.062
1.753.984
Reduções
Saldo a
Regularizações 31.12.10
12. Clientes
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2010
Clientes, conta corrente
Clientes, títulos a receber
Perda por imparidade
2009
499.012.319
530.006.035
9.831.688
8.776.914
(35.185.695)
(30.221.149)
473.658.312 508.561.800
143
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
O movimento das perdas de imparidade para
dos clientes foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.10
Perdas de imparidade em clientes
Aumentos
Reduções
Efeito
cambial
Saldo a
Utilizações Transferências 31.12.10
30.221.149
5.857.236
(474.801)
2.143
(174.701)
(245.331)
30.221.149
5.857.236
(474.801)
2.143
(174.701)
(245.331) 35.185.695
35.185.695
13. Outros devedores
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 o saldo
desta rubrica resulta de operações realizadas
pela empresa e pelas suas participadas no
decurso normal da sua actividade:
(Unid: Euros)
2010
Outros devedores
Perda por imparidade
58.506.457
2009
58.436.910
(13.371.067) (13.096.884)
45.135.390
45.340.026
O movimento das perdas de imparidade para
dos outros devedores foi como segue:
(Unid: Euros)
Perdas de imparidade em outros devedores
144
Saldo a
01.01.10
Aumentos
13.096.884
245.247
(216.395)
245.331
13.096.884
245.247
(216.395)
245.331 13.371.067
Reduções
Transferências
Saldo a
31.12.10
13.371.067
SOMAGUE SGPS
A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
14. Caixa e bancos
15. Outros activos financeiros
Caixa e bancos podem ser decompostos como
se segue:
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
(Unid: Euros)
2010
2009
838.366
955.618
Depósitos bancários
99.381.969
67.699.408
Títulos negociáveis
13.814.758
4.302.905
Numerário
Outras aplicações tesouraria
3.683.696
5.369.520
117.718.789
78.327.451
Os valores incluídos na rubrica de caixa e equivalentes são determinados de forma a incluir apenas os valores cuja realização é possível num
período inferior a três meses contados a partir da
data do balanço.
2010
Empresas do Grupo
2009
114.188
12.178.900
Adiantamentos a fornecedores
34.492.646
24.973.967
Estado e outros entes públicos
10.079.600
16.103.327
44.686.434
53.256.194
A rubrica de estado e outros entes públicos tem
a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2010
2009
1.729.925
5.598.514
-
-
8.323.894
10.504.615
25.781
198
10.079.600
16.103.327
Imposto sobre Rendimento
Efeito das alterações de perímetro no caixa e
seus equivalentes
das Pessoas Colectivas
Imposto sobre Rendimento
das Pessoas Singulares
Imposto sobre valor acrescentado
(Unid: Euros)
Edimecânica
69.837
Soconstroi Engenharia
19.830
Ferropor
9.289
Neorail
6.142
Archipelag Aviation
17
ACE Linha Amarela
(71.063)
34.051
Contribuições para segurança social
16. Capital próprio
Em 31 de Dezembro de 2010, o capital da
Empresa era constituído por 26.100.000 acções
ao portador, com o valor nominal de cinco Euros
cada.
O capital da empresa era em 31 de Dezembro de
2010 detido em 100% pela Sacyr Vallehermoso.
Diferenças de consolidação: As diferenças de
consolidação, decorrentes da aquisição de participações financeiras, estão registadas em capitais próprios ou no activo, na rúbrica “goodwill”,
consoante a data a que se reportam e a respectiva natureza. Assim, as registadas em capitais
próprios correspondem à diferença entre o custo
de aquisição das participações financeiras e a
proporção nos capitais próprios das empresas a
145
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
que aquelas se referem, reportadas a 31 de
Dezembro de 1993, data das primeiras demonstrações financeiras consolidadas.
Diferenças de transposição: As diferenças de
transposição decorrem do efeito da conversão
para Euros de demonstrações financeiras de
empresas participadas, originalmente expressas
em moeda estrangeira.
Reservas legais: De acordo com o artº 295 do
CSC, pelo menos 5% do resultado tem de ser
destinado à constituição ou reforço da reserva
legal até que esta represente pelo menos 20% do
capital social.
A reserva legal não é distribuível a não ser em
caso de liquidação e só pode ser utilizada para
absorver prejuízos, depois de esgotadas todas
as outras reservas, ou para incorporação no capital social (artº 296 do CSC)
17. Financiamentos
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2010
2009
Financiamentos bancários
não correntes (a)
18.562.579
7.676.238
Papel comercial (M/L prazo) (b)
39.199.595
34.953.646
Instrumentos derivados (c)
-
572.824
57.762.174
43.202.708
(a) A rubrica “financiamentos bancários” é composta pelos seguintes contratos:
- Contrato de financiamento celebrado em 12 de
Fevereiro de 2001 por um prazo de treze anos, o
qual, em 31 de Dezembro de 2010 vencia juros a
uma taxa média de 2,55% e apresentava um
valor em dívida de 409.329 Euros. Em garantia
deste financiamento foi constituído um penhor
em primeiro grau sobre a totalidade das acções
da empresa.
146
50.000.000 Euros, o qual, em 31 de Dezembro de
2010 vencia juros a uma taxa média de 4,4% e apresentava um valor em dívida de 26.000.000 Euros
dos quais 18.000.000 Euros a médio e longo prazo.
- Empréstimo bancário celebrado em 14 de
Junho de 2010 no montante de 154.120 Euros,
por um prazo de 10 anos. Em 31 de Dezembro
de 2010 apresentava um valor de 153.250
Euros e vencia juros a uma taxa média anual de
4,9%.
(b) O empréstimo de papel comercial classificado
a médio e longo prazo é composto pelas
seguintes emissões:
- Emissão subscrita em 15 de Dezembro de
2010 no valor de 20.000.0000 Euros, a qual, em
31 de Dezembro de 2010, vencia juros a uma
taxa média anual de 5,512%. O contrato programa ao abrigo do qual foi efectuado poderá ser
utilizado pela Somague Engenharia e Neopul e
termina em 6 de Janeiro de 2013.
- Emissão subscrita em 15 de Dezembro de
2010 no valor de 5.000.000 Euros, a qual, em 31
de Dezembro de 2010, vencia juros a uma taxa
média anual de 3,57%. O contrato programa ao
abrigo do qual foi efectuado termina em 17 de
Janeiro de 2013.
- Emissão subscrita em 15 de Dezembro de
2010 no valor de 10.000.000 Euros, a qual, em
31 de Dezembro de 2010, vencia juros a uma
taxa média anual de 3,569%. O contrato programa ao abrigo do qual foi efectuado termina em
12 de Setembro de 2012.
- Emissão subscrita em 17 de Dezembro de
2010 no valor de 4.000.000 Euros, a qual, em 31
de Dezembro de 2010, vencia juros a uma taxa
média anual de 3,313%. O contrato programa
ao abrigo do qual foi efectuado termina em 15
de Setembro de 2015.
SOMAGUE SGPS
A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
18. Provisões
Em 31 de Dezembro de 2010 esta rubrica tinha a
seguinte composição:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.10
Provisões para garantias
-
127.337
7.067.711
(3.657.330)
862.999
-
-
1.385.000
-
Provisões p/ capitais próprios negativos 2.678.203
(128.238)
-
-
-
1.427.335
-
5.130
583.472
-
0
-
-
-
-
962.900
(909.606)
-
9.999.082 (4.566.936)
(323.669)
Processos judiciais em curso
Impostos
Benefícios de reforma
Outras
19.391.872
Equivalência Actualização
Alterações
Saldo a
patrimonial
cambial
Aumentos Reduções de perímetro Transferências 31.12.10
1.352.630
-
-
25.713.039
(128.238)
132.467
O montante de 23.874.016 Euros correspondem a
estimativa de custos a incorrer no período de garantia das obras.
A provisão para processos judiciais em curso foi
constituída com base no julgamento de Conselho
de Administração quanto ao seu desfecho, bem
como em informações obtidas dos advogados da
Empresa e dos seus consultores externos.
405.962
538.463
23.874.016
-
-
2.247.999
(323.669)
2.804
2.229.101
-
(7.504)
2.008.432
-
-
-
1.798
1.407.722
535.562 31.767.270
As outras provisões dizem essencialmente respeito
a perdas esperadas com contratos de construção,
que são reconhecidas como custo do período na
sua totalidade.
19. Fornecedores não correntes
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
A provisão para capitais próprios negativos discrimina-se da seguinte forma:
(Unid: Euros)
2010
Fornecedores, conta retenções
15.132.889
2009
15.254.783
(Unid: Euros)
2010
PPPS
2009
1.292.306
UTE La Lastra
550.161
UTE Puerto Marin
380.000
Normetro
UTE Prados Fuentes
6.251
383
2.229.101
O montante de 2.008.432 Euros de provisão para
impostos, diz respeito a impugnações judiciais e reclamações graciosas, que à data do balanço e por não se
conhecer o seu desfecho, o Grupo apresentou nas
demonstrações financeiras com base na melhor estimativa, sendo o seu montante revisto todos os anos.
Esta conta reflecte as garantias prestadas por
fornecedores, como garantia de boa execução de
obra.
20. Outros passivos não correntes
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2010
2009
6.642.089
8.357.284
Fornecedores de imobilizado,
conta corrente
147
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
21. Fornecedores correntes
23. Outros passivos financeiros
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
(Unid: Euros)
2010
Fornecedores, conta corrente
Fornecedores, retenções
Fornecedores, títulos a pagar
2009
219.303.893
193.162.390
15.997.516
14.590.357
8.757.256
9.689.883
Fornecedores, facturas em
recepção e conferência
2010
Adiantamentos por conta de vendas
2009
5.974
-
568.925
1.505.266
59.483.250
84.594.182
conta corrente
4.717.704
7.184.968
Estado e outros entes públicos
6.811.243
3.191.688
142.695.328
119.818.745
61.939.187
79.401.392
276.221.611
295.696.241
Empresas do Grupo
Adiantamentos de clientes
Fornecedores de imobilizado,
12.536.030
8.023.420
256.594.695
225.466.050
Facturação antecipada
Outros credores
22. Financiamentos correntes
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2010
2009
Na rubrica de “facturação antecipada”, os montantes
de 142.695.328, em 2010, e 119.818.745, em 2009,
dizem respeito aos proveitos diferidos, que resultam
da aplicação do método da percentagem de acabamento, conforme descrito no ponto 3.3 alínea x).
Descoberto bancário / Conta
caucionada (a)
Papel comercial (b)
Outros financiamentos
100.307.866
161.175.093
13.000.000
2.500.000
175.820
2.965.610
113.483.686
166.640.703
A rubrica de estado e outros entes públicos tem a
seguinte composição:
(Unid: Euros)
2010
(a) Os descobertos bancários, contas correntes
caucionadas e empréstimos bancários vencem
juros às taxas correntes de mercado, para operações similares.
(b) Emissão subscrita em 22 de Dezembro de 2010
no valor de 13.000.000 Euros, a qual em 31 de
Dezembro de 2010 vencia juros a uma taxa
média anual de 5,01%. O contrato programa ao
abrigo do qual foi efectuado termina em 24 de
Agosto de 2011.
148
2009
Imposto sobre Rendimento
das Pessoas Colectivas
666.771
-
das Pessoas Singulares
2.423.303
1.285.833
Imposto sobre o valor acrescentado
1.504.168
-
Constribuições para segurança social
2.122.109
1.905.855
94.892
-
6.811.243
3.191.688
Imposto sobre Rendimento
Outros impostos
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24. Vendas e prestações de serviços
por mercados geográficos
clientes e no passivo na rubrica de outros passivos
financeiros. A discriminação dos montantes é como
segue:
As vendas de mercadorias e as prestações de
serviços efectuadas nos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2010 e 2009 distribuem-se da
seguinte forma:
(Unid: Euros)
Acréscimo de rendimentos
Facturação antecipada
(Unid: Euros)
2010
389.656.354
342.699.021
Angola
182.572.538
191.172.556
Irlanda
66.123.296
91.937.442
Açores
55.510.704
67.056.256
Espanha
43.035.738
43.946.460
Madeira
31.359.795
34.403.319
Cabo Verde
30.674.038
24.316.040
357.626
1.278.977
33.761
138.110
7.500
7.500
Moçambique
Marrocos
2009
59.695.428
(142.695.328) (119.818.745)
(89.355.659)
(60.123.317)
2009
Continente
Brasil
2010
53.339.669
799.331.350 796.955.681
25. Outros rendimentos e
ganhos operacionais
Os outros rendimentos e ganhos operacionais, nos
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e
2009 apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2010
2009
Rendimentos suplementares (a)
26.668.809
27.741.387
Trabalhos para a própria empresa
1.449.758
4.634.766
4.160.353
4.091.930
89.750
2.867.714
943.715
2.041.848
1.387.187
1.509.886
Outros rendimentos e ganhos
24.1. Prestações de serviços de contratos de
construção
operacionais
Benefícios de penalidades
contratuais
Na rubrica de prestações de serviços, o montante
de rendimentos referentes a contratos de construção é de 792.605.195 em 2010 e 776.177.080 em
2009, os quais resultam da aplicação do método da
percentagem de acabamento para o reconhecimento do rédito (nota 3.3 xvii).
24.2. Activos e passivos registados pela
aplicação do método de percentagem
de acabamento nos contratos de
construção
As diferenças resultantes entre a facturação emitida
e os rendimentos apurados no exercício, pela aplicação do método da percentagem de acabamento,
encontram-se registados no activo na rubrica de
Reversão amortizações e
ajustamentos
Correcções relativas a exercícios
anteriores
Ganhos em imobilizações
Redução de provisões
Subsídios à exploração
Indemnizações
Ganhos em existências
788.502
795.537
4.566.936
589.439
35.139
215.202
2.241.975
165.878
347.262
98.136
42.679.386
44.751.723
(a) A rubrica de rendimentos suplementares inclui essencialmente cedências de materiais diversos, alugueres
de equipamento e indeminizações.
149
SOMAGUE SGPS
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26. Custo das vendas
O custo das vendas, nos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2010 e 2009, apresentou a seguinte
composição:
2010
(Unid: Euros)
Matérias-primas,
subsidiárias e de consumo
Mercadorias
Total
Activo bruto:
28.469.020
13.119.795
-
-
-
Compras
113.807.607
9.323.904
123.131.510
Saldo em 31 de Dezembro de 2010 (nota 11)
(25.552.652)
(22.035.052)
(47.587.704)
Custo do exercício
116.723.975
408.647
117.132.621
Saldo em 01 de Janeiro de 2010
-
(1.192.051)
(1.192.051)
Alteração de perímetro
-
-
-
Reforços/reduções
-
(408.720)
(408.720)
Saldo em 31 de Dezembro de 2010
-
(1.600.770)
(1.600.770)
(25.552.652)
(20.434.282)
(45.986.934)
Saldo em 01 de Janeiro de 2010
Alteração de perímetro
41.588.815
Imparidades acumuladas em inventários
Valor líquido:
2009
(Unid: Euros)
Matérias-primas,
subsidiárias e de consumo
Mercadorias
Total
Activo bruto:
29.263.546
11.821.541
41.085.087
Compras
159.708.997
2.895.427
162.604.424
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 (nota 11)
(28.469.020)
(13.119.795)
(41.588.815)
Custo do exercício
160.503.523
1.597.173
162.100.696
Saldo em 01 de Janeiro de 2009
-
-
-
Alteração de perímetro
-
-
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2009
-
(1.192.051)
(1.192.051)
Saldo em 01 de Janeiro de 2009
Alteração de perímetro
Imparidades acumuladas em inventários
Valor líquido:
150
-
(1.192.051)
(1.192.051)
(28.469.020)
(11.927.744)
(40.396.764)
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27. Variação da produção
A variação da produção, nos exercícios findos em
31 de Dezembro de 2010 e 2009, apresentou a
seguinte composição:
(Unid: Euros)
Produtos e trabalhos
em curso
2010
Produtos acabados
e intermédios
Total
Activo bruto:
8.805.952
3.282.428
-
-
-
(6.880.298)
6.934.360
54.062
(700.086)
(231.005)
(931.091)
1.225.568
9.985.784
11.211.351
Saldo em 1 de Janeiro de 2010
-
(250.000)
(250.000)
Regularização
-
(104.062)
(104.062)
Reforços/reduções
-
200.848
200.848
Saldo em 31 de Dezembro de 2010
-
(153.214)
(153.214)
1.225.568
9.832.569
11.058.137
Saldo em 1 de Janeiro de 2010
Alteração de perímetro
Regularização de existências
Aumento/redução do exercício
Saldo em 31 de Dezembro de 2010 (nota 11)
12.088.381
Imparidades acumuladas em inventários:
Valor líquido:
(Unid: Euros)
Produtos e trabalhos
em curso
2009
Produtos acabados
e intermédios
Total
Activo bruto:
9.622.374
3.216.278
-
-
-
236.540
-
236.540
(1.052.961)
66.151
(986.811)
8.805.952
3.282.428
12.088.381
Saldo em 1 de Janeiro de 2009
-
(302.878)
(302.878)
Reforços
-
52.878
52.878
Reduções e utilizações
-
Saldo em 31 de Dezembro de 2009
-
(250.000)
(250.000)
8.805.952
3.032.428
11.838.381
Saldo em 1 de Janeiro de 2009
Alteração de perímetro
Regularização de existências
Aumento/redução do exercício
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 (nota 11)
12.838.652
Imparidades acumuladas em inventários:
Valor líquido:
151
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28. Fornecimentos e serviços externos
Na rubrica de fornecimentos e serviços externos
encontram-se essencialmente registados os custos
incorridos com subempreitadas de contratos de
construção, alugueres de equipamento e transportes de mercadorias.
Os gastos com o pessoal nos exercícios findos
naquelas datas foram como segue:
(Unid: Euros)
Remunerações
2010
2009
97.135.331
95.209.697
391.992
392.194
Pensões
29. Gastos com o pessoal
Encargos sociais
O número médio de empregados ao serviço das
principais empresas incluídas na consolidação
(Nota 4) nos exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2010 e 2009 foi o seguinte:
2010
2009
1.262
1.230
Somague Engenharia - Sucursal Angola
568
967
Somague Ediçor
388
383
Somague Angola
152
54
Somague Engenharia
25.507.576
121.109.467
30. Outros gastos e perdas
operacionais
Os gastos e perdas operacionais, nos exercícios
findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2010
2009
891.953
383.851
2.996.469
793.030
Somague Engenharia Madeira
120
126
Donativos
CVC
129
115
Indemnizações
70
65
Perdas em existências
28.975
144.877
Perdas em imobilizações
92.758
749.310
131.499
178.931
Somague, Neopul - ACE
Somague TI
27
29
Somague Engenharia - Sucursal Cabo Verde
18
7
Multas e penalidades
Somague Engenharia - Sucursal Brasil
7
6
Correcções relativas a exercícios
Somague Engenharia - Sucursal Espanha
4
6
anteriores
48.626
3.549.496
8.978.341
7.072.102
4.390.705
3.569.527
Somague Engenharia - Sucursal Irlanda
-
4
Impostos
Somague Investimentos
2
2
Outros gastos e perdas operacionais (a)
Somague Utilities
1
1
PMG
-
2
Smartit
-
-
Neopul
257
263
24
22
Engigás
-
175
Enfoque
-
-
3.029
3.457
Neopul - Sucursal Espanha
152
20.512.816
118.040.139
17.559.326 16.441.124
(a) A rubrica de imposto inclui essencialmente o
pagamento de 1% de imposto do selo que recaí
sobre os todos os recebimentos de clientes em
Angola.
(b) Dentro da rubrica de outros custos e perdas
operacionais, estão incluídos custos com
expropriações incorridos na obra do Túnel do
Marão, num total de 1.909.282 euros.
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31. Gastos e perdas financeiras
33. Locação
Os gastos e perdas financeiras, nos exercícios findos
em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, apresentam a
seguinte decomposição:
33.1. Locação operacional
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2010
Juros suportados
Outros gastos e perdas financeiras
Diferenças de câmbio desfavoráveis
13.077.104
12.860.467
2010
1.585.730
2.181.593
Locação operacional
116.932
1.102.933
Até um ano
Entre um e cinco anos
Garantias bancárias e seguros
de crédito
(Unid: Euros)
2009
3.601.391
2.448.192
-
9.000
2009
1.556.797
1.111.552
819.390
741.962
2.376.186
1.853.514
Imparidade para aplicações
financeiras
Perdas em investimentos financeiros
em associadas
Comissões de factoring
331.084
907.359
376.516
385.863
19.088.757
19.895.407
A informação acima referida respeita a rendas
futuras (capital e juros) dos contratos de ALD que
se encontram em vigor nos referidos períodos, referentes a viaturas ligeiras.
32. Rendimentos e ganhos financeiros
Os rendimentos e ganhos financeiros, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009,
apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
Juros obtidos
2010
2009
7.707.642
11.170.513
1.665.614
1.162.150
-
496.167
506.518
857.904
Rendimentos em investimentos
em associadas
Descontos de pronto pagamento
obtidos
Outros rendimentos e ganhos
financeiros
Diferenças de câmbio favoráveis
-
1.445.359
9.879.774
15.132.093
153
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33.2. Locação financeira
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 as locações
financeiras apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2010
Valor actualizado
dos pagamentos
2009
Valor actualizado
Pagamentos
dos pagamentos
mínimos
2011
-
-
3.686.639
3.824.873
2012
3.454.301
3.617.158
2.929.323
3.003.000
2013
1.974.660
2.045.537
1.699.056
1.715.852
2014
895.960
925.232
196.399
197.887
2015 e seguintes
286.931
292.188
-
-
-
6.880.115
-
8.741.612
-
(268.263)
-
(230.194)
6.611.852
6.611.852
8.511.418
8.511.418
Juros futuros
Os contratos de locação financeira vencem juros a
taxas de mercado e têm períodos de vida definidos.
diferentes do esperado, sejam estes positivos ou
negativos, alterando o valor patrimonial do Grupo.
O valor actualizado dos pagamentos representa o
capital em divida de cada um dos contratos de
locação financeira em vigor à data.
No desenvolvimento das suas actividades correntes, o
Grupo está exposto a uma variedade de riscos financeiros susceptíveis de alterarem o seu valor patrimonial, os quais, de acordo com a sua natureza, se
podem agrupar nas seguintes categorias:
O valor dos pagamentos mínimos inclui além do
capital em divida os juros que se encontram previstos pagar nos contratos acima referidos.
Os bens que se encontram em locação financeira
são essencialmente equipamentos para escavações e terraplanagem, equipamentos para construção de estradas e o edifício onde se encontra a
sede do Grupo.
34. Análise de riscos
Princípios gerais
O risco financeiro é o risco de o justo valor ou os
fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro
virem a variar e de se virem a obter resultados
154
Pagamentos
mínimos
• Risco de mercado
• Risco de taxa de câmbio
• Risco de taxa de juro
• Risco de liquidez
• Risco de crédito
A gestão dos riscos acima referidos - riscos que
decorrem, em grande medida, da imprevisibilidade dos mercados financeiros – exige a aplicação criteriosa de um conjunto de regras e
metodologias aprovadas pela Administração,
cujo objectivo último é a minimização do seu
potencial impacto negativo no valor patrimonial e
no desempenho do Grupo.
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Com este objectivo, toda a gestão é orientada
em função de duas preocupações essenciais:
• Reduzir, sempre que possível, flutuações nos
resultados e cash flows sujeitos a situações de
risco;
• Limitar os desvios face aos resultados previsionais, através de um planeamento económico e
financeiro rigoroso, assente em orçamentos plurianuais.
Por regra, o Grupo não assume posições
especulativas, pelo que geralmente as operações efectuadas no âmbito da gestão dos
riscos financeiros têm por finalidade o controlo
de riscos já existentes e aos quais o Grupo se
encontra exposto.
A Administração define princípios para a gestão
do risco como um todo e quando considerado
necessário, em face da sua materialidade e
probabilidade de ocorrência, políticas que
cobrem áreas específicas, como o risco cambial,
o risco de taxa de juro, o risco de crédito e o
risco de liquidez.
A gestão dos riscos financeiros - incluindo a sua
identificação, avaliação e cobertura - é conduzida pela Direcção Financeira de acordo com
políticas aprovadas pela Administração. A
Direcção Financeira avalia e realiza coberturas
de riscos financeiros em estrita cooperação com
as unidades operacionais do Grupo.
A Direcção de Auditoria Interna faz o acompanhamento da implementação das políticas de
gestão de risco definidas pela Administração de
forma a garantir que os riscos económicos e
financeiros são identificados, mensurados e geridos de acordo com tais políticas.
Risco de taxa de câmbio
O risco de taxa de câmbio é o risco de o justo valor
ou os fluxos de caixa dos instrumentos financeiros
virem a variar em resultado de alterações nas taxas
de câmbio.
A internacionalização do Grupo obriga-o a estar
exposto ao risco de taxa de câmbio das moedas de
diferentes países, entre os quais se salienta, pelo
valor do capital nele investido, Angola.
A exposição ao risco de taxa de câmbio resulta fundamentalmente das actividades operacionais do
Grupo (em que os gastos, rendimentos, activos e
passivos são denominados em moedas diferentes
da moeda de relato) e dos investimentos líquidos
em participadas estrangeiras:
• O preço de parte dos fornecimentos de materiais e
subempreitadas é fixado em Kwanzas e USD, pelo
que a evolução do euro face a estas moedas
poderá ter impacto significativo na estrutura de custos das entidades que operam nesse país;
• Uma parte das vendas e prestações de serviços
é denominada em moedas diferentes do euro,
nomeadamente em Kwanzas e em USD. Por esta
via também a evolução do euro face a estas
moedas poderá ter impacto significativo nos
rendimentos futuros do Grupo;
• Uma vez concretizadas as aquisições e as vendas em moeda diferente do euro, o Grupo incorre
em risco cambial até ao pagamento e recebimento dos montantes em causa pelo que existe
permanentemente no balanço do Grupo um
montante significativo de valores a receber e a
pagar expostos a risco cambial;
• Investimentos líquidos em países que não pertencem à UE e cujos activos e passivos, gastos e
rendimentos necessitam de ser transpostos para
Euros para efeitos da preparação das demonstrações financeiras do Grupo;
• Regra geral os financiamentos são contratados
na moeda de apresentação das demonstrações
financeiras do Grupo (Euro). Embora existam
financiamentos contratados directamente pelas
diferentes áreas operacionais do grupo para
fazer face às suas necessidades correntes, o
Grupo não contrata instrumentos de cobertura de
risco cambial, dada a pouca materialidade que
os financiamentos a pagar expostos a risco cambial, representam para as contas do Grupo. Em
Angola, quando necessário, o financiamento tem
155
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
sido contratado em Kwanzas pela falta de
disponibilidade de moeda estrangeira dos bancos locais e também pelo facto da moeda local
apresentar no longo prazo tendência a depreciar
face ao USD e ao Euro, que mais que compensa
o diferencial entre as taxas de juro dos financiamentos em moeda local face aos praticados em
divisas.
A variação das taxas de câmbio que afecta a
exposição ao risco de taxa de câmbio é a indicada
no quadro seguinte:
Dólar norte-americano
Kwanza angolano
Quando se considera necessário, o Grupo recorre à
utilização de instrumentos financeiros derivados
para a gestão do risco cambial, de acordo com uma
política definida periodicamente pela Administração
e que tem como objectivo limitar o risco de
exposição cambial associado às vendas futuras, aos
créditos a receber denominados em moedas diferentes do euro, aos efeitos cambiais dos investimentos
líquidos em moeda estrangeira e aos financiamento a
pagar em moedas diferentes do euro.
156
2010
2009
Variação
(%)
1.3362
1.4406
-7,25%
122.129
128.526
-4,98%
No que respeita à cobertura de risco cambial, as
operações de cobertura têm sido esporádicas, por
se considerar que o seu custo é, em regra, excessivo face ao nível dos riscos envolvidos. No entanto,
sempre que considerado adequado, o Grupo contrata
financiamentos em moeda estrangeira e usa “swaps”
de taxas de câmbio por forma a cobrir o risco.
Por norma, só são efectuadas operações sobre
taxas de câmbio que se destinem a cobrir riscos de
posições já existentes ou contratadas e os termos
da cobertura são negociados de forma a serem
condizentes com os termos do instrumento coberto
de forma a maximizar a eficácia da cobertura.
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A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio
com base nos valores de balanço dos activos e
passivos financeiros do Grupo em 31 de Dezembro
de 2010 é a indicada no quadro seguinte:
Dólar
norte-americano
Kwanza
angolano
Total
134.997.160
(20.123.382)
114.873.778
Caixa e bancos
13.456.918
23.938.927
37.395.845
Inventários
10.154.249
-
10.154.249
158.608.327
3.815.545
162.423.872
82.859.018
50.782.788
133.641.806
5.598.002
-
5.598.002
-
8.218.432
8.218.432
Clientes
Total de activos
Outros passivos financeiros
Financiamentos
Rendimentos suplementares
4.414.867
6.664.146
11.079.013
Total de passivos
92.871.887
65.665.366
158.537.253
Exposição líquida
65.736.440
(61.849.821)
3.886.619
Outros
157
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
A sensibilidade dos resultados do exercício (devido
a alterações no justo valor dos activos e passivos
monetários) e dos capitais próprios, a uma possível
alteração razoável das taxas de câmbio, admitindo
que todas as restantes variáveis se mantêm constantes, é a indicada no quadro seguinte:
(Unid: Euros)
% Apreciação(-)/
Depreciação(+) do
USD face ao Euro
158
% Apreciação (-)/
Depreciação(+) do
Kwanza face ao Euro
Efeito nos resultados
do exercício (antes
de impostos)
Efeito nos
capitais
próprios
-5%
-5%
668.915
434.795
-5%
-2%
2.661.453
1.729.944
-5%
0%
3.923.917
2.550.546
-5%
2%
5.136.863
3.338.961
-5%
5%
6.868.939
4.464.810
-2%
-5%
(1.734.637)
(1.127.514)
-2%
-2%
257.902
167.636
-2%
0%
1.520.364
988.237
-2%
2%
2.733.310
1.776.652
-2%
5%
4.465.387
2.902.502
0%
-5%
(3.255.002)
(2.115.751)
0%
-2%
(1.262.463)
(820.601)
0%
2%
1.212.946
788.415
0%
5%
2.945.022
1.914.264
2%
-5%
(4.715.796)
(3.065.267)
2%
-2%
(2.723.257)
(1.770.117)
2%
0%
(1.460.794)
(949.516)
2%
2%
(247.848)
(161.101)
2%
5%
1.484.228
964.748
5%
-5%
(6.805.266)
(4.423.423)
5%
-2%
(4.812.727)
(3.128.273)
5%
0%
(3.550.264)
(2.307.672)
5%
2%
(2.337.318)
(1.519.257)
5%
5%
(605.241)
(393.407)
SOMAGUE SGPS
A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
Risco de taxa de juro
O risco de taxa de juro é o risco de o justo valor ou
os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro vir a variar, devido a alterações nas taxas de
juro de mercado, alterando o valor patrimonial do
Grupo.
A exposição do Grupo ao risco de taxa de juro
advém da existência, no seu balanço, de activos e
passivos financeiros contratados a taxa fixa ou a
taxa variável. No primeiro caso, o Grupo enfrenta
um risco de variação do ‘‘justo valor’’ desses
activos ou passivos, na medida em que qualquer
alteração das taxas de mercado envolve um custo
de oportunidade (positivo ou negativo). No segundo
caso, tal alteração tem um impacto directo no valor
dos juros recebidos/pagos, provocando consequentemente variações de caixa.
A evolução nas taxas de juro foi a seguinte:
Evolução das taxas do mercado monetário na zona Euro
2010
Euribor 12 M
1,507%
Euribor 6 M
1,227%
Euribor 3 M
1,006%
Euribor 1 M
0,782%
(Fonte: Banco de Portugal)
A opção por manter a maior parte dos empréstimos
bancários a taxa variável, prende-se com o facto da
sua curta maturidade não permitir, na óptica do
Grupo, recuperar o diferencial de taxas negativo
pago inicialmente, devido à forte inclinação que a
curva de rendimentos apresenta, nomeadamente
nos prazos mais curtos.
2010
A sensibilidade do resultado do exercício (resultante
dos impactos provenientes dos financiamentos a
taxa de juro variável) a possíveis alterações nas
taxas de juro, com todas as restantes variáveis
mantidas constantes, é a indicada no quadro
seguinte. A sensibilidade dos capitais próprios às
mesmas variações é imaterial.
Aumento/Diminuição
(em pontos)
Efeito nos resultados
do exercício
antes de impostos
Euribor
+ 50
-0.95
Euribor
+ 100
-1.91
Euribor
- 50
0.95
Euribor
- 100
1.91
159
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Risco de liquidez
O principal objectivo da política de gestão de risco
da liquidez é garantir que a Somague tem ao seu
dispor, a qualquer momento, os recursos financeiros suficientes para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir estratégias delineadas,
honrando todos os compromissos assumidos com
terceiros, através de uma adequada gestão da
relação custo-maturidade dos financiamentos.
A Somague prossegue assim uma política activa de
refinanciamento, caracterizada pela manutenção de
um nível adequado de recursos livres e disponíveis,
para fazer face a necessidades de curto prazo e pelo
alongamento ou manutenção da maturidade da dívida, de acordo com os fluxos de caixa previstos.
Em 31 de Dezembro de 2010, os montantes de
créditos bancários obtidos de instituições financeiras e não sacados, que podem ser utilizados
para futuras actividades operacionais e para satisfazer compromissos financeiros ascendem a,
aproximadamente, 18 milhões de Euros.
• Os limites de crédito são estabelecidos para
todos os clientes com base em critérios de
avaliação interna;
• A qualidade de crédito de cada cliente é avaliada
com base em notações de crédito fornecidas por
empresas especializadas externas ao Grupo;
• Os valores em dívida são regularmente monitorizados e os fornecimentos para os clientes mais
significativos estão normalmente cobertos por
garantias;
• O Grupo tem em vigor contratos de factoring
mediante os quais cede os créditos e em que, no
caso de entidades públicas, o risco de cobrabilidade passa para a entidade de factoring.
O saldo total de clientes ascende a 473.658.312
Euros, dos quais 185.260.855 Euros dizem respeito
a clientes públicos e 288.397.458 Euros a clientes
do sector privado.
A concentração de risco de crédito relativa a
clientes privados encontra-se evidenciada no
quadro seguinte:
Risco de crédito
2010
O risco de crédito é o risco de uma contraparte não
cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instrumento financeiro originando uma perda.
O Grupo encontra-se sujeito a risco no crédito que
concerne às seguintes actividades:
• Actividade operacional - Clientes e outras contas
a receber.
• Actividades de financiamento - Depósitos em
bancos e instituições financeiras;
A gestão do risco de crédito relativo a clientes e outras
contas a receber é efectuada da seguinte forma:
• Seguindo políticas, procedimentos e controlos
estabelecidos pelo Grupo para cada unidade
operacional;
160
Nº clientes
% do total
clientes priv.
> 5.000 k€
12
63%
> 1.000 k€
34
23%
Valor da dívida
A antiguidade de clientes é a indicada na alínea b)
do parágrafo 28.2.
A gestão do risco de crédito relativo a saldos em
bancos e instituições financeiras é efectuada da
seguinte forma:
• Pela Direcção Financeira do Grupo de acordo
com as políticas do Grupo;
• Os investimentos de fundos superavitários em
relação às necessidades são efectuados apenas
com contrapartes aprovadas e dentro dos limites
aprovados para cada uma;
SOMAGUE SGPS
A N E XO À S D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S C O N S O L I D A D A S
• Os limites são estabelecidos para minimizar a
concentração de risco e dessa forma mitigar perdas financeiras resultantes de potenciais falhas
de cumprimento pelas contrapartes;
• Os limites aprovados para cada contraparte são
revistos pela Administração do Grupo numa base
anual mas podem ser actualizados ao longo do
ano com o acordo do Comité Financeiro do Grupo.
A qualidade de risco de crédito do Grupo face a
activos financeiros (caixa e equivalentes), cujas
contrapartes sejam instituições financeiras, é, com
base no rating destas entidades, a indicada no
quadro seguinte:
(Unid: Euros)
2010
AAA
-
AA
-
A
66.866
BBB
27.691
Outros
23.162
117.719
Os outros dizem respeito a instituições financeiras relativamente às quais não foi possível obter a notação
de rating, nomeadamente as localizadas em Angola.
A exposição máxima ao risco de crédito, não tendo
em conta garantias prestadas nem instrumentos
derivados, é por cada classe de activos mencionados nas alíneas b) e h) (com excepção da Caixa) do
parágrafo 28.2., a que se indica no quadro seguinte:
Além do risco de crédito constante do quadro
anterior o Grupo está exposto ao risco decorrente
de ter assumido as garantias constantes do quadro
seguinte:
(Unid: Euros)
Garantias bancárias
2010
Concursos
17.843
Financeiras
22.781
Contratuais / Boa execução
394.399
435.023
Dado que, conforme descrito anteriormente, o
Grupo adoptou uma política de mitigação dos
riscos de crédito de saldos a receber, procede à
cedência de boa parte desses créditos e tem como
prática uma escolha selectiva de entidades financeiras (como contrapartes) que apresentem ratings
financeiros sólidos, a Administração considera que
a exposição efectiva do Grupo ao risco de crédito
se encontra mitigada a níveis aceitáveis.
35. Contingências
Os activos contingentes que não estão reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas e
que se espera que seja provável a existência de um
influxo económico futuro, dizem respeito a reclamações em curso referentes a alguns contratos de
construção.
37. Eventos subsequentes
Não houve acontecimentos após a data do balanço que dessem origem a ajustamentos às contas apresentadas.
(Unid: Euros)
2010
Clientes
Outros activos financeiros
Caixa e bancos
473.658
45.135
117.719
636.512
Garantias prestadas
435.023
1.071.536
161
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Ligação Ferroviária ao Porto de Aveiro
162
SOMAGUE SGPS
C E R T I F I C A Ç Ã O L E G A L D A S C O N TA S C O N S O L I D A D A S
12
Certificação Legal das
Contas Consolidadas
163
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Certificação Legal das
Contas Consolidadas
Introdução
Âmbito
1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas de Somague - Sociedade
Gestora de Participações Sociais, S.A., as quais
compreendem a Demonstração Consolidada da
Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2010
(que evidencia um total de 909.552.270 Euros e
um total de capital próprio de 150.136.617 Euros,
incluindo um resultado líquido de 9.950.823
Euros), a Demonstração Consolidada dos
Resultados por Naturezas, a Demonstração
Consolidada do Rendimento Integral, a
Demonstração Consolidada das Alterações no
Capital Próprio e a Demonstração Consolidada
dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela
data, e as Notas.
4. O exame a que procedemos foi efectuado de
acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de
Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores
Oficiais de Contas, as quais exigem que o
mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável
sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente
relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de
Administração a preparação de demonstrações
financeiras consolidadas que apresentem de
forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas englobadas na
consolidação, o resultado consolidado e o rendimento integral das suas operações, as alterações consolidadas no seu capital próprio e os
seus fluxos de caixa consolidados, bem como a
adopção de políticas e critérios contabilísticos
adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar
uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações
financeiras.
164
- a verificação de as demonstrações financeiras das
empresas englobadas na consolidação terem sido
apropriadamente examinadas e, para os casos
significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte
das quantias e divulgações nelas constantes e a
avaliação das estimativas, baseadas em juízos e
critérios
definidos
pelo
Conselho
de
Administração, utilizadas na sua preparação;
- a verificação das operações de consolidação;
- a apreciação sobre se são adequadas as políticas
contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
- a verificação da aplicabilidade do princípio de
continuidade; e
- a apreciação sobre se é adequada, em termos
globais, a apresentação das demonstrações
financeiras consolidadas.
SOMAGUE SGPS
C E R T I F I C A Ç Ã O L E G A L D A S C O N TA S C O N S O L I D A D A S
5. O nosso exame abrangeu também a verificação
da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão consolidado com as
demonstrações financeiras consolidadas.
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da
nossa opinião.
Relato sobre outros requisitos legais
9. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão consolidado é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício.
Lisboa, 18 de Março de 2011
Opinião
7. Em nossa opinião as demonstrações financeiras
consolidadas referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada de Somague - Sociedade Gestora de
Participações Sociais, S.A. em 31 de Dezembro de
2010, o resultado e o rendimento integral consolidado das suas operações, as alterações no seu
capital próprio consolidado e os seus fluxos consolidados de caixa consolidados no exercício findo
naquela data, em conformidade com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro, tal como
adoptadas na União Europeia.
Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178)
Representada por:
João Carlos Miguel Alves (ROC nº 896)
165
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Cais do Jardim do Tabaco - 2ª fase - Lisboa
166
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O E PA R E C E R D O F I S C A L Ú N I C O
13
Relatório e Parecer
do Fiscal Único
167
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Relatório e Parecer do
Fiscal Único
Senhores Accionistas,
Em cumprimento do disposto na alínea g), do nº 1,
do Artigo 420 conjugado com o nº 1 do Artigo 508
D do Código das Sociedades Comerciais, compete-nos emitir o relatório anual sobre a nossa
acção fiscalizadora e dar parecer sobre o Relatório
de Gestão individual e consolidado, as
Demonstrações financeiras individuais e consolidadas e a proposta de aplicação de resultados
apresentados pelo Conselho de Administração de
Somague - Sociedade Gestora de Participações
Sociais, S.A., referente ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2010.
No decurso do exercício, acompanhámos a actividade da empresa tendo efectuado os seguintes
procedimentos:
- Verificámos, com a extensão considerada
necessária, os registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte;
- Verificámos, quando julgámos conveniente, da
forma que julgámos adequada e na extensão
considerada apropriada, a existência de bens ou
valores pertencentes à sociedade ou por ela
recebidos em garantia, depósito ou outro título;
- Verificámos que a definição do perímetro de consolidação e as operações de consolidação efectuadas estão de harmonia com o estabelecido
nas normas de consolidação aplicáveis;
- Verificámos a adequacidade dos documentos de
prestação de contas individuais e consolidados;
168
- Verificámos que as políticas contabilísticas e os
critérios valorimétricos adoptados nas contas
individuais, as quais incluem as decorrentes da
adopção pela primeira vez do Sistema de
Normalização Contabilística aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de Julho conduzem a uma adequada apresentação do
património e dos resultados da sociedade;
- Verificámos que as políticas contabilísticas e os
critérios valorimétricos adoptados nas contas
consolidadas, preparadas de acordo com as
IFRS, tal como adoptadas pela União Europeia,
conduzem a uma adequada apresentação do
património e dos resultados do Grupo do qual a
sociedade é a empresa-mãe;
- Estivemos disponíveis para receber as comunicações de irregularidades provenientes dos
accionistas, colaboradores da sociedade e outros;
- Confirmámos que o Relatório de Gestão, o
Balanço, a Demonstração dos Resultados por
Naturezas, a Demonstração das Alterações no
Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de
Caixa e o Anexo, satisfazem os requisitos legais
aplicáveis e reflectem a posição dos registos
contabilísticos no final do exercício;
- Confirmámos que o Relatório de Gestão
Consolidado, a Demonstração Consolidada da
Posição
Financeira,
a
Demonstração
Consolidada dos Resultados por Naturezas, a
Demonstração Consolidada do Resultado
Integral, a Demonstração Consolidada das
Alterações no Capital Próprio, a Demonstração
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O E PA R E C E R D O F I S C A L Ú N I C O
Consolidada dos Fluxos de Caixa e as Notas
Consolidadas, satisfazem os requisitos legais
aplicáveis e reflectem a posição dos registos
contabilísticos no final do exercício;
- Averiguámos da observância pelo cumprimento
da lei e do contrato de sociedade;
- Cumprimos as demais atribuições constantes da lei.
No decurso dos nossos actos de verificação e validação que efectuámos com vista ao cumprimento
das nossas obrigações de fiscalização, obtivémos
do Conselho de Administração e dos Serviços as
provas e os esclarecimentos que consideramos
necessários.
No âmbito do trabalho de revisão legal contas que
efectuámos, foi emitida, nesta data, a correspondente Certificação Legal das Contas sobre as contas
individuais sem reservas e sem ênfases e a correspondente Certificação Legal das Contas sobre as
contas consolidadas sem reservas e sem ênfases.
Face ao exposto decidimos emitir o seguinte
parecer:
Sociedades Comerciais, em resultado da qual
somos de parecer que:
(a) A proposta de aplicação de resultados constante do Relatório de Gestão do exercício de
2010 cumpre com os requisitos relativos à constituição da reserva legal e com os limites de distribuição de lucros aos accionistas previstos no
Código das Sociedades Comerciais;
(b) O Relatório de Gestão do exercício de 2010 satisfaz os requisitos previstos no Código nas
Sociedades Comerciais;
(c) O Balanço, as Demonstrações dos Resultados por
Naturezas, a Demonstração das Alterações no
Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de
Caixa e o Anexo do exercício de 2010, satisfazem
os requisitos legais e contabilísticos aplicáveis;
(d) A Demonstração Consolidada da Posição
Financeira, a Demonstração Consolidada dos
Resultados por Naturezas, a Demonstração
Consolidada do Resultado Integral, a Demonstração Consolidada das Alterações no Capital
Próprio, a Demonstração Consolidada dos Fluxos
de Caixa e as Notas Consolidadas, satisfazem os
requisitos legais e contabilísticos aplicáveis.
Lisboa, 18 de Março de 2010
Parecer do Fiscal Único
O Fiscal Único
Senhores Accionistas,
Procedemos à acção de fiscalização da Somague Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
nos termos da alínea g), do nº 1, do Artigo 420 conjugado com o nº 1 do Artigo 508 D do Código das
Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº178)
Representada por:
João Carlos Miguel Alves (ROC nº 896)
169
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
Central de Cogeração de Setúbal
170
SOMAGUE SGPS
A N E XO A O S I N D I C A D O R E S D E S U S T E N TA B I L I D A D E ( G R I )
14
Anexo aos Indicadores de
Sustentabilidade (GRI)
171
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
14.1 – Âmbitos e Limites de Enquadramento
da Sustentabilidade
O presente relatório foi elaborado tendo em consideração as directrizes da Global Report Initiative
(GRI-G3), que incluem um conjunto de orientações
e princípios que têm como objectivo definir o conteúdo do relatório, o âmbito e garantir a qualidade
da informação reportada.
stakeholders, contexto da sustentabilidade e da
abrangência, que aliados à maturação dos conceitos da sustentabilidade na Somague (com publicação de relatórios de sustentabilidade desde
2003), permitiram identificar os seguintes aspectos
como os mais relevantes:
O conteúdo do relatório foi determinado de forma a
abranger questões e indicadores que reflectem,
num contexto abrangente da sustentabilidade, os
impactes económicos, ambientais e sociais mais
relevantes da organização, no período de tempo
declarado.
•
•
•
•
•
•
Numa primeira etapa foram analisadas as envolventes económica, social e ambiental (capítulos 3.1,
3.2 e 3.3, respectivamente), permitindo concluir
sobre as suas tendências, desafios futuros e oportunidades, em particular as relativas ao sector da
construção.
O limite do relatório foi definido tendo em consideração o tipo de relacionamento com entidades a
montante ou a jusante da organização. Assim,
foram incluídas as entidades sobre as quais a
Somague tem controlo (participadas, sucursais,
consórcios e agrupamentos complementares de
empresas) e entidades em que a Somague exerce
uma influência significativa, nomeadamente os
fornecedores e subempreiteiros (quando operam
nas instalações da Somague).
Através das diferentes ferramentas de comunicação
interna e externa, descritas no capítulo 2.5, foram
também identificadas as expectativas e as questões
mais frequentes das partes interessadas, procurando-se com este documento corresponder a essas
solicitações. A participação em diversos grupos de
trabalho, de diferentes âmbitos, assim como o
benchmarking sectorial contribuíram para a
selecção dos indicadores mais relevantes.
Assim, a estrutura do presente relatório foi definida
com base nos princípios da relevância, inclusão dos
172
Desempenho Económico
Qualidade e Inovação
Recursos Humanos
Segurança e Saúde
Ambiente
Impacte na Comunidade
Relativamente ao desempenho das empresas
conjuntamente controladas (consórcios, agrupamentos complementares de empresas ou outras
unidades empresariais em que a Somague
detenha menos de 50% do capital), os respectivos resultados são incluídos pelo método de
consolidação proporcional.
SOMAGUE SGPS
A N E XO A O S I N D I C A D O R E S D E S U S T E N TA B I L I D A D E ( G R I )
A Somague continua a avaliar a possibilidade de verificar externamente os dados reportados. No entanto, a
generalidade da informação reportada tem origem em
processos sistematizados e auditados internamente e
por entidades externas, nomeadamente no âmbito da
certificação do SIGAQS e do SGIDI e da verificação do
Relatório e Contas.
A principal alteração verificada na organização em
2010 foi a fusão, por incorporação, da empresa
Engigás – Tecnologia Multi-Serviços de Engenharia,
S.A. na Somague Engenharia, S.A. tendo como
principais objectivos a racionalização de custos e o
aproveitamento de sinergias. Esta situação não
provocou alterações no âmbito, limite ou métodos
de medição relativamente a anos anteriores, nem
originou a reformulação da informação apresentada
nos respectivos relatórios.
De seguida apresenta-se um quadro de correspondência entre os pontos da GRI e os conteúdos
do presente relatório, bem como a explicação
dos critérios de cálculo dos indicadores reportados. Este quadro justifica o nível “A” auto-declarado
e verificado pela GRI.
Sempre que o âmbito e o limite não sejam os aqui
definidos, tal é devidamente referido junto da respectiva informação qualitativa e quantitativa relatada.
Nível de Aplicação
C+
a 2.10, 3.1 a 3.8, 3.10 a 3.12,
de Gestão da
Não Exigido
G3 - Resultado
Responda a um mínimo de
Indicadores de Desempenho
da G3 & Indicadores de
Desempenho do Suplemento
Sectorial - Resultado
10 indicadores de
desempenho, incluindo pelo
menos um de cada uma das
seguintes áreas de
desempenho: Social,
Económico e Ambiental
A
A+
critérios elencados para o
O mesmo exigido para o
nível C+: 1.2, 3.9, 3.13, 4.5 a
nível B
4.13, 4.16 a 4.17
Com Verificação Externa
Conteúdo do Relatório
4.1 a 4.4, 4.14 a 4.15
Informações sobre a forma
B+
Responda a todos os
Responda aos itens: 1.1, 2.1
Perfil da G3 - Resultado
B
Informações sobre a Forma
de Gestão para cada
categoria de indicador
Responda a um mínimo de
20 indicadores de
desempenho, incluindo pelo
menos um de cada uma das
seguintes áreas de
desempenho: Económico,
Ambiental, Direitos Humanos,
Práticas Trabalhistas,
Sociedade, Responsabilidade
pelo Produto.
Forma de Gestão divulgada
para cada categoria de
indicador
Responda a cada indicador
essencial da G3 e do
suplemento sectorial * com
a devida consideração ao
princípio da materialidade
Com Verificação Externa
C
Com Verificação Externa
do Relatório
de uma das seguintes
formas: a) respondendo ao
indicador, b) explicando o
motivo da omissão
* Suplemento sectorial em sua versão final
173
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
14.2 – Quadro de Correspondência da GRI
GRI
1
Designação
Status
Referência/Resposta
ESTRATÉGIA E ANÁLISE
Declaração da pessoa com o maior poder de decisão na organização (por
ex.: o Director-Geral, o Presidente do Conselho de Administração ou cargo
de importância equivalente) sobre a relevância da sustentabilidade para a
1.1
organização e a sua estratégia
Total
Pág. 8
1.2
Descrição dos principais impactes, riscos e oportunidades.
Total
Pág. 18, 26-35, 52, 154
2
PERFIL DA ORGANIZAÇÃO
2.1
Denominação da organização relatora.
2.2
Principais Marcas, Produtos e/ou Serviços
Somague SGPS, SA
Total
Pág. 36, 38
Total
Pág. 17
Estrutura operacional da organização e principais divisões, operadoras,
2.3
subsidiárias e joint ventures.
Sintra-Cascais Escritórios
Rua da Tapada da Quinta de Cima - Linhó
2.4
Localização da Sede Social da Organização
Total
2714-555 Sintra - Portugal
Pág. 3
Número de países em que a organização opera, assim como os nomes
dos países onde se encontram as operações ou que têm uma relevância
2.5
específica para as questões da sustentabilidade, abrangidas pelo relatório.
Total
2.6
Tipo e Natureza Jurídica da Propriedade
Total
Anónima.
2.7
Mercados abrangidos (incluindo uma análise geográfica discriminativa, os
sectores abrangidos e os tipos de Clientes/beneficiários).
Total
Pág. 3, 38
Dimensão e organização da entidade relatora.
Total
Pág. 2-4
Pág. 174
Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sociedade
2.8
Principais alterações que tenham ocorrido, durante o período abrangido
pelo relatório, referentes à dimensão, à estrutura organizacional ou à estru2.9
tura accionista.
Total
2.10
Prémios recebidos durante o período abrangido pelo relatório.
Total
Prémio Secil
Prémio Sustentabilidade, Jornal Construir (Pág. 106)
3
PARÂMETROS DO RELATÓRIO
PERFIL DO RELATÓRIO
3.1
Período abrangido (por ex., ano fiscal/civil) para as informações
apresentadas no relatório.
Total
Ano civil 2010
3.2
Data do último relatório publicado (se aplicável).
Total
2009
3.3
Ciclo de publicação de relatórios (anual, bianual, entre outros).
Total
Anual
Eng.ª Maria Adelaide Jerónimo Worm
Directora Delegada QSA e IDI
3.4
174
Contacto para perguntas referentes ao relatório ou ao seu conteúdo.
Total
+351 219 104 000
SOMAGUE SGPS
A N E XO A O S I N D I C A D O R E S D E S U S T E N TA B I L I D A D E ( G R I )
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
ÂMBITO E LIMITES DE ENQUADRAMENTO DO RELATÓRIO
3.5
Processo para a definição do conteúdo do relatório.
Total
Pág. 174
Total
Pág. 3, 174
Total
Pág. 174
Total
Pág. 174
Limite do relatório (por ex.: países, divisões, subsidiárias, instalações arren3.6
dadas, joint ventures, fornecedores).
Refira quaisquer limitações específicas relativas ao âmbito e ao limite do
3.7
relatório.
Base para a elaboração do relatório, no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações atribuídas a serviços externos
e outras entidades, passíveis de afectar significativamente a comparação
3.8
entre diferentes períodos e/ou organizações.
Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóte-
Pág. 186-187
ses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos
3.9
indicadores e de outras informações contidas no relatório.
Adicionalmente critérios de cálculo específicos poderão
Total
ser apresentados junto dos dados reportados.
Total
Pág. 174
Explicação do efeito de quaisquer reformulações de informações existentes
em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações (como fusões
ou aquisições, mudança no período ou ano base, na natureza do negócio,
3.10
em métodos de medição)
Alterações significativas em comparação com anos anteriores no âmbito,
3.11
limite ou métodos de medição aplicados no relatório.
Total
Pág. 174
3.12
Sumário de Conteúdo da GRI
Total
Pág. 176
VERIFICAÇÃO
A Somague continua a avaliar a possibilidade de verificar
externamente os dados reportados. No entanto, a gene-ralidade da informação reportada tem origem em processos sistematizados e auditados internamente e por entidades
Política e prática corrente relativa à procura de um processo independente
3.13
4
de garantia de fiabilidade para o relatório.
externas, nomeadamente no âmbito da certificação do
Total
SIGAQS e do SGIDI e da verificação do relatório e contas.
Total
Pág. 14-15
Total
Pág. 14-15
CORPORATE GOVERNANCE, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO
GOVERNAÇÃO
Estrutura de Governação da organização, incluindo comissões subordinadas ao órgão de governação hierarquicamente mais elevado e com
responsabilidade por tarefas específicas, tais como a definição da estraté-
4.1
gia ou a supervisão da organização.
Indique se o Presidente do órgão de governação hierarquicamente mais
elevado é, simultaneamente, um director executivo (e, nesse caso, quais as
suas funções no âmbito da gestão da organização e as razões para esta
4.2
composição)
Indique, no caso de organizações com uma estrutura de administração
unitária, o n.º de membros do órgão de governação hierarquicamente mais
4.3
elevado que são independentes e/ou não-executivos
Mecanismos que permitam a accionistas e funcionários transmitirem
Pág. 14
Total
recomendações ou orientações ao órgão de governação hierarquicamente
4.4
mais elevado
Pág. 21-22
Relação entre a remuneração dos vários membros do órgão de gover-
Total
nação hierarquicamente mais elevado, dos directores de topo e dos exec-
Total
utivos (incluindo acordos de tomada de decisão) e o desempenho da orga4.5
nização (incluindo o desempenho social e ambiental)
Pág. 15, 132
Processos ao dispor do órgão de governação hierarquicamente mais ele4.6
vado para evitar a ocorrência de conflitos de interesse
Pág. 18-19
175
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
Processo para a determinação das qualificações e competências exigidas
aos membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado
para definir a estratégia da organização relativamente às questões ligadas
4.7
ao desempenho económico, ambiental e social.
Total
Pág. 15
Total
Pág. 10, 13
Total
Pág. 13, 15, 18
Total
Pág. 15
Total
Pág. 18
Total
Pág. 13
Total
Pág. 22
Total
Pág. 20
Total
Pág. 20
Total
Pág. 21
Total
Pág. 21, 79
O desenvolvimento interno de declarações de missão e valores, códigos de
conduta e princípios internos relevantes para o desempenho económico,
4.8
ambiental e social, assim como a fase de implementação
Processos do órgão de governação, hierarquicamente mais elevado, para
supervisionar a forma como a organização efectua a identificação e gestão
por parte da organização do desempenho económico, ambiental e social,
a identificação e a gestão de riscos e oportunidades relevantes, bem como
a adesão ou conformidade com normas internacionalmente aceites, códi-
4.9
gos de conduta e princípios.
Processos para a avaliação do desempenho do órgão de governação hierarquicamente mais elevado, especialmente em relação ao desempenho
4.10
económico, ambiental e social.
COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS
Explicação sobre se o princípio da precaução é abordado pela organiza-
4.11
ção e de que forma.
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de
carácter económico, ambiental e social que a organização subscreve ou
4.12
defende.
Participação significativa em associações (tais como associações industri-
4.13
ais) e/ou organizações de defesa nacionais/internacionais.
ENVOLVIMENTO DAS PARTES INTERESSADAS
Relação dos grupos que constituem as partes interessadas envolvidas pela
4.14
organização.
Base para a identificação e selecção das partes interessadas a serem
4.15
envolvidas.
Abordagens utilizadas para envolver as partes interessadas, incluindo a fre-
4.16
quência do envolvimento, por tipo e por grupos, das partes interessadas.
Principais questões e preocupações identificadas através do envolvimento
das partes interessadas e as medidas adoptadas pela organização no
4.17
176
tratamento das mesmas, nomeadamente através do relatórios.
SOMAGUE SGPS
A N E XO A O S I N D I C A D O R E S D E S U S T E N TA B I L I D A D E ( G R I )
GRI
5
Designação
Status
Referência/Resposta
ABORDAGEM DE GESTÃO E INDICADORES DE DESEMPENHO
DESEMPENHO ECONÓMICO
Abordagem de Gestão
Total
Pág. 8, 34, 56, 98
Total
Pág. 2, 56, 109, 152
Valor económico directo gerado e distribuído, incluindo receitas, custos
operacionais, indeminizações a trabalhadores, donativos, e outros investimentos na comunidade, lucros não distribuídos e pagamentos a investiEC1
dores e governos.
Pág. 32, 63, 89
Parcial Em 2011 a Somague vai identificar e definir um processo
EC2
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as activi-
para efectuar esta avaliação, e espera começar a publicar
dades da organização devido às alterações climáticas.
esta informação em 2012.
Cobertura das obrigações referente ao plano de benefícios definidos pela
EC3
Organização.
N.A.
EC4
Apoio financeira significativa recebida do governo.
Total
Governo.
Total
Pág. 71
Total
Pág. 61
A Somague não possui planos de reforma.
Em 2010, a Somague não obteve ajuda financeira do
PRESENÇA NO MERCADO
Rácio entre o salário mais baixo e o salário mínimo local nas unidades
EC5
operacionais importantes.
Políticas, práticas e proporção de custos com fornecedores locais em
EC6
unidades operacionais importantes.
Pág. 61
A Somague fomenta a contratação local dos colaboradores a todos os níveis da organização. Em 2010, das sete
Procedimentos para contratação local e proporção de cargos de gestão de
unidades operacionais fora de Portugal Continental, ape-
topo ocupado por indivíduos provenientes da comunidade local nas
EC7
unidades operacionais importantes.
nas a Somague Ediçor Engenharia contava com elementos
Total
da comunidade local na gestão de topo.
Total
Pág. 98, 100
Total
Pág. 98, 100
Total
Pág. 8, 32, 82
IMPACTES ECONÓMICOS INDIRECTOS
Desenvolvimento e impacto dos investimentos em infra-estrutura e serviços
que visem essencialmente o beneficio público através de envolvimento
EC8
comercial, em géneros ou pro bono.
Descrição e análise dos impactes económicos indirectos mais significa-
EC9
tivos, incluindo a sua extensão.
DESEMPENHO AMBIENTAL
Abordagem de Gestão
MATERIAIS
EN1
Materiais utilizados por peso ou volume.
Total
Pág. 86
EN2
Percentual de materiais utilizados que são provenientes de reciclagem.
Total
Pág. 87
ENERGIA
Consumo de directo de energia, discriminado por fonte de energia
EN3
primária.
Total
Pág. 89
EN4
Consumo indirecto de energia discriminado por fonte primária.
Total
Pág. 89
EN5
Total de poupança de energia devido a melhorias na conservação e eficiência.
Total
Pág. 89
Iniciativas para fornecer produtos e serviços baseados na eficiência
Total
energética ou nas energias renováveis, reduções no consumo de energia
EN6
em resultado dessas iniciativas.
Pág. 89
EN7
Iniciativas para reduzir o consumo de energia indirecta e as reduções obtidas.
Pág. 50, 64-65, 89-91
177
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
ÁGUA
EN8
Consumo total de água por fonte.
Total
Pág. 88
EN9
Recursos hídricos significativamente afectadas pelo consumo de água.
Total
Pág. 88
EN10 Percentagem e volume total de água reciclada e reutilizada
Parcial Pág. 88
BIODIVERSIDADE
Localização e área dos terrenos pertencentes, arrendados ou administrados
pela organização, no interior de zonas protegidas, ou a elas adjacentes, e em
EN11 áreas de alto índice de biodiversidade fora das zonas protegidas.
Total
Pág. 93
Descrição dos impactos significativos de actividades, produtos e serviços
sobre a biodiversidade das áreas protegidas e sobre as áreas de alto índice
EN12 de biodiversidade fora das áreas protegidas
Pág. 93
Pág. 93
Apenas são referidos os habitats em áreas protegidas, não
sendo reportado o sucesso das acções de protecção ou
recuperação, uma vez que a Somague não dispõe actualmente dessa informação. Está em avaliação uma
metodologia para levantamento da informação necessária,
esperando a Empresa reportar a totalidade deste indicador
EN13 Habitats protegidos ou recuperados
Parcial no relatório de 2011.
Pág. 93
Apesar de incluída na estratégia global da Somague, ainda
não se encontram definidas metas especificas para a bio-
Estratégias e programas, actuais e futuros, de gestão de impactes na bioEN14 diversidade.
diversidade. A Empresa conta reportar este indicador em
Parcial 2012.
Este indicador não é reportado pois a organização não dispõe da informação necessária. Está em avaliação a
Número de espécies, na Lista Vermelha da IUCN e na lista nacional de con-
definição de uma metodologia para o levantamento desta
servação das espécies, com habitats em áreas afectadas por operações,
EN15 discriminadas por nível de risco de extinção.
informação. No relatório de 2011, caso se mantenha
N.D.
aplicável, o indicador será reportado.
EN16 Emissões totais directas e indirectas de gases com efeito de estufa, por peso.
Total
Pág. 91
EN17 Outras emissões indirectas relevantes de gases com efeito de estufa, por peso.
Total
Pág. 91
Total
Pág. 50, 64-65, 89-91
EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS
Iniciativas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, assim
EN18 como reduções alcançadas.
Não foi efectuado o levantamento da emissão de subs-tâncias destruidoras da camada de ozono, no entanto, considera-se que dada a actividade da Somague, este é um
EN19 Emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso.
N.M.
assunto não material.
Dada a actividade da Somague, as emissões efectuadas
estão maioritariamente associadas a instalações móveis,
EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e por peso
N.A.
pelo que se considera este indicador não aplicável.
Pág. 88, 92
A Somague não possui sistemas de contagem de águas
residuais, pois em geral estes estão ligados às redes municipais. Estima-se que cerca de 30% da água consumida da
rede é para uso nos escritórios e a restante para incorporação nos produtos (assim estima-se uma produção de
EN21 Descarga total de água, por qualidade e destino
178
Parcial cerca de 26.757m3 de efluentes liquídos).
SOMAGUE SGPS
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GRI
Designação
EN22 Quantidade total de resíduos, por tipo e método de eliminação
Status
Total
Referência/Resposta
Pág. 92
Em 2010, não foram identificados derrames significativos
EN23 Número e volume total de derrames significativos
Total
resultantes da actividade da organização.
Peso dos resíduos transportados, importados, exportados ou tratados, considerados perigosos nos termos da Convenção de Basileia – Anexos I, II, III e VIII,
EN24 e percentagem de resíduos transportados por navio, a nível internacional.
A Somague não efectua movimentos transfronteiriços de
N.A.
Identidade, dimensão, estatuto de protecção e valor para a biodiversidade
Pág. 92
dos recursos hídricos e respectivos habitats, afectados de forma significaEN25 tiva pelas descargas de água e escoamento superficial.
resíduos perigosos.
Em 2010 não foram identificados recursos hídricos signiTotal
ficativamente afectados pela actividade da organização.
PRODUTOS E SERVIÇOS
Iniciativas para mitigar os impactes ambientais de produtos e serviços e
EN26 grau de redução do impacte.
Percentagem recuperada de produtos vendidos e respectivas embalagens,
Pág. 84
Total
EN27 por categoria.
CONFORMIDADE
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos pela
Somague, este indicador foi considerado não aplicável.
Total
Montantes envolvidos no pagamento de coimas significativas e o número
total de sanções não-monetárias por incumprimento das leis e regulamenEN28 tos ambientais.
Pág. 62
TRANSPORTE
Impactes ambientais significativos, resultantes do transporte de produtos e
Total
outros bens ou matérias-primas utilizados nas operações da organização,
EN29 bem como o transporte de funcionários.
GERAL
Pág. 91
Total
EN30 Total de custos e investimentos com a protecção ambiental, por tipo.
DESEMPENHO SOCIAL
Pág. 84
Total
Abordagem de gestão
Pág. 8, 21, 68, 78
EMPREGO
Discrimine a mão-de-obra total, por tipo de emprego, por contrato de traLA1
balho e por região.
Total
Pág. 4, 68-69
Total
Pág. 71
Total
Pág. 70
Total
Pág. 72
Número total de trabalhadores e respectiva taxa de rotatividade, por faixa
LA2
etária, género e região.
Benefícios assegurados aos funcionários a tempo inteiro que não são con-
LA3
cedidos a funcionários temporários ou a tempo parcial.
RELAÇÕES ENTRE FUNCIONÁRIOS E ADMINISTRAÇÃO
Percentagem de trabalhadores abrangidos por acordos de contratação
LA4
LA5
colectiva.
Prazos mínimos de notificação prévia em relação a mudanças opera-
Os prazos mínimos de notificação prévia dependem de
cionais, incluindo se esse procedimento é mencionado nos acordos de
caso a caso. No entanto, a Somague cumpre o previsto na
contratação colectiva.
Total
legislação e nos contractos colectivos de trabalho.
Total
Pág. 78
Total
Pág. 71, 80-81
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Percentagem da totalidade da mão-de-obra representada em comissões
formais de segurança e saúde, que ajudam no acompanhamento e aconLA6
selhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional.
Taxa de lesões, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e óbitos
LA7
relacionados com o trabalho, por região.
179
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
Programas em curso de educação, formação, aconselhamento, prevenção e
controlo de risco, em curso, para garantir assistência aos trabalhadores, às
LA08
suas famílias ou aos membros da comunidade afectados por doenças graves.
Total
Pág. 74
Total
Pág. 79
Total
Pág. 73
Total
Pág. 75
Total
Pág. 75
Total
Pág. 69, 72
Total
Pág. 72
Tópicos relativos a saúde e segurança, abrangidos por acordos formais
LA09
com sindicatos.
FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO
Média de horas de formação, por ano, por trabalhador, discriminadas por
LA10
categoria de funções.
Programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua que
apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para a
LA11
gestão de carreira.
Percentagem de funcionários que recebem, regularmente, análises de
LA12
desempenho e de desenvolvimento da carreira.
DIVERSIDADES E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
Composição dos órgãos sociais da empresa e relação dos trabalhadores
por categoria, de acordo com o género, a faixa etária, as minorias e outros
LA13
indicadores de diversidade.
Discriminação do rácio do salário base entre homens e mulheres, por ca-
LA14
tegoria de funções.
DIREITOS HUMANOS
Abordagem de gestão
Pág. 8, 18, 61, 72
PRÁTICAS DE INVESTIMENTO E DE AQUISIÇÕES
Pág. 18
Percentagem e número total de contratos de investimento significativos que
Em 2010 não foi efectuado nenhum novo investimento sig-
incluam cláusulas referentes aos direitos humanos ou que foram submetiHR1
dos a análise referentes aos direitos humanos.
nificativo, continuando a Somague a operar nos mesmos
Total
países que em 2009.
Pág. 61
Em 2010, a Somague avaliou cerca de 1393 fornecedores/subempreiteiros, que correspondem a
86% do
total. Destes, 290 foram considerados como homologados,
69 a abandonar e 1102 em vias de homologação ou com
avaliação condicionada. Este processo permite distinguir
Percentagem dos principais fornecedores e empresas contratadas que foram
HR2
submetidos a avaliações relativas a direitos humanos e medidas tomadas.
os fornecedores no momento de selecção, sendo dada a
Parcial preferência aos homologados.
Número total de horas de formação em políticas e procedimentos relativos
a aspectos dos direitos humanos relevantes para as operações, incluindo
HR3
a percentagem de funcionários que beneficiaram de formação.
Total
Pág. 74
NÃO-DISCRIMINAÇÃO
Durante o ano de 2010 a Somague não teve conhecimento
da existência de nenhum incidente de discriminação ocorriHR4
Número total de casos de discriminação e acções tomadas.
do na empresa.
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E ACORDO DE NEGOCIAÇÃO COLECTIVA
Casos em que exista um risco significativo de impedimento ao livre exercício
Total
da liberdade de associação e realização de acordos de contratação colectiva,
HR5
Pág. 72
e medidas que contribuam para a sua eliminação.
TRABALHO INFANTIL
Total
Casos em que exista um risco significativo de ocorrência de trabalho infantil,
HR6
180
e medidas que contribuam para a sua eliminação.
Pág. 18
SOMAGUE SGPS
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GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
TRABALHO FORÇADO E ESCRAVO
Casos em que exista um risco significativo de ocorrência de trabalho forçado
HR7
ou escravo, e medidas que contribuam para a sua eliminação.
Total
Pág. 18
PRÁTICAS DE SEGURANÇA
Percentagem do pessoal de segurança submetido a formação nas políticas
ou procedimentos da organização, relativos aos direitos humanos, e que
HR8
são relevantes para as operações.
Parcial Pág. 74
DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS
Número total de incidentes que envolvam a violação dos direitos dos povos
HR9
indígenas e acções tomadas.
Em 2010 a Somague não teve conhecimento da existência
Total
de nenhum incidente deste tipo na empresa.
DESEMPENHO SOCIAL REFERENTE À SOCIEDADE
Abordagem de gestão
Pág. 8, 18, 62, 98
COMUNIDADE
Natureza, âmbito e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar
e gerir os impactes das operações nas comunidades, incluindo no momenSO1
to da sua instalação durante a operação e no momento da retirada.
Total
Pág. 18, 84
CORRUPÇÃO
Pág. 18
Percentagem e número total de unidades de negócio alvo de análise de
SO2
riscos à corrupção.
Todas as unidades de negócio da organização são objecTotal
to do processo de gestão de riscos e auditoria interna.
Pág. 18
No âmbito dos doze trabalhos de auditoria interna realizados em 2010, a direcção de auditoria interna sensibiliza as
respectivas áreas no que se refere à política global de controlo e gestão de riscos da organização. Assim, e considerando as acções de formação de anos anteriores, os
Percentagem de trabalhadores que tenham efectuado formação nas polítiSO3
cas e práticas de anti-corrupção da organização.
100% dos gestores de topo e chefias intermédias posParcial suem formação nesse âmbito.
Durante o ano de 2010, a Somague não teve conhecimento
da existência de nenhum incidente relacionado com co-
SO4
Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção.
Total
rrupção envolvendo elementos da sua organização.
POLÍTICAS PÚBLICAS
As acções desenvolvidas neste âmbito são em geral efectuPosições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de polítiSO5
cas públicas e em grupos de pressão.
adas no campo de acção das associações a que a Somague
Total
pertence.
CONCORRÊNCIA DESLEAL
Número total de acções judiciais por concorrência desleal, antitrust e prátiSO7
cas de monopólio, bem como os seus resultados.
Durante o ano de 2010, a Somague não esteve envolvida em
Total
qualquer acção judicial neste âmbito.
Total
Pág. 62
Total
Pág. 8, 62, 78
CONFORMIDADE
Montantes das coimas significativas e número total de sanções não monSO8
etárias por incumprimento das leis e regulamentos ambientais.
DESEMPENHO REFERENTES À RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO
Abordagem de gestão
181
SOMAGUE SGPS
R E L AT Ó R I O A N UA L 2 0 1 0
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
SAÚDE E SEGURANÇA DO CLIENTE
Indique os ciclos de vida dos produtos e serviços em que os impactes de
PR1
saúde e segurança são avaliados com o objectivo de efectuar melhorias,
bem como a percentagem das principais categorias de produtos e serviços
sujeitas a tais procedimentos.
Total
Pág. 62
os regulamentos e códigos voluntários relativos aos impactes, na saúde e
Apenas são reportadas as não conformidades com requisitos legais. Serão implementadas as acções necessárias
segurança, dos produtos e serviços durante o respectivo ciclo de vida, disPR2
Pág. 78
Refira o número total de incidentes resultantes da não-conformidade com
criminado por tipo de resultado.
Parcial para incluir esta informação no relatório de 2011.
ROTULAGEM DE PRODUTOS E SERVIÇOS
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos pela
Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por regulamentos, e a
PR3
percentagem de produtos e serviços significativos sujeitos a tais requisitos.
N.A.
Somague, este indicador considerou-se não aplicável.
Indique o número total de incidentes resultantes da não-conformidade com
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos pela
os regulamentos e códigos voluntários relativos à informação e rotulagem
PR4
de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado.
N.A.
Somague, este indicador foi considerado não aplicável.
Total
Pág. 60
Procedimentos relacionados com a satisfação do Cliente, incluindo resultaPR5
dos de pesquisas que meçam a satisfação do Cliente.
COMUNICAÇÕES DE MARKETING
Programas de observância das leis, normas e códigos voluntários rela-
Dada a escassa actividade de marketing que a Somague
cionados com comunicações de marketing, incluindo publicidade, proPR6
moção e patrocínio.
N.M.
desenvolve, este indicador foi considerado não material.
Indique o número total de incidentes resultantes da não-conformidade com
os regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marDada a escassa actividade de marketing que a Somague
keting, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por
PR7
tipo de resultado.
N.M.
desenvolve, este indicador foi considerado não material.
PRIVACIDADE DO CLIENTE
Durante o ano de 2010, a Somague não teve nenhuma
Número total de reclamações registadas relativas à violação da privacidade
PR8
de Clientes.
Total
reclamação neste âmbito.
Total
Pág. 62
CONFORMIDADE
Montante das coimas (significativas) por incumprimento de leis e regulaPR9
182
mentos relativos ao fornecimento e utilização de produtos e serviços.
SOMAGUE SGPS
A N E XO A O S I N D I C A D O R E S D E S U S T E N TA B I L I D A D E ( G R I )
Global Reporting Iniciative (GRI)
183
SOMAGUE SGPS
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14.3 – Critérios de Cálculos
de Indicadores
SOCIAIS
Colaboradores abrangidos por avaliação de
desempenho
Número de colaboradores que recebem avaliação
de desempenho sobre o número total de colaboradores.
Índice de frequência
Número de acidentes x 1.000.000 / n.º de horas trabalhadas
Índice de gravidade
Dias perdidos x 1.000.000 / n.º horas trabalhadas
Índice de incidência
Número de acidentes x 1.000 / n.º de trabalhadores
Relação salário base homem/mulher
Média ponderada do vencimento base ilíquido anual
dos colaboradores do género masculino sobre a
média ponderada do vencimento base ilíquido anual
dos colaboradores do género feminino.
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Taxa de absentismo
Número de horas perdidas sobre o número de
horas trabalháveis.
Taxa de rotatividade
Número médio de colaboradores que entraram e
que saíram da empresa sobre o número total de
colaboradores no final do ano.
Taxa de subcontratação local
Volume de contratos a subempreiteiros/fornecedores locais sobre o total de contratos a subempreiteiros/fornecedores.
SOMAGUE SGPS
A N E XO A O S I N D I C A D O R E S D E S U S T E N TA B I L I D A D E ( G R I )
Termas do Cró - Sabugal
AMBIENTAIS
Consumos de água
Os consumos de água foram agregados de acordo
com as facturas emitidas pelos fornecedores de água.
Foram também considerados os consumos provenientes de captações subterrâneas, cuja contabilização é efectuada através de contadores da Empresa.
Consumo de energia
O consumo de electricidade (kW.h) e gás natural (m3)
foi obtido através das respectivas facturas.
Relativamente aos consumos de gasolina e gasóleo,
estes foram obtidos em litros directamente do fornecedor. Na conversão dos consumos para GJ foram utilizados os seguintes factores de conversão:
Electricidade: 0,0036 GJ/kW.h
Gás natural: 0,039 GJ/m3
Gasóleo: 0,03645 GJ/l
Gasolina: 0,03302 GJ/l
Consumos de materiais de construção
O cimento e os agregados podem ser consumidos
directa ou indirectamente, nomeadamente através do
consumo do betão, dado que a 1 m3 de betão corresponde aproximadamente 300kg de cimento e 2 000kg
de agregados. Desta forma, foram tidas em conta estas
duas fontes de consumo dos materiais de construção.
Na relação entre os consumos de materiais de construção e a facturação da empresa foi utilizado o volume de negócios consolidado (em milhões de euros).
Estimativa das emissões de CO2 directas e indirectas
Este inventário foi realizado de acordo com a
metodologia proposta pelo “Greenhouse Gases
Protocol”, que classifica as emissões em três âmbitos:
Âmbito 1 – emissões directas que ocorrem em
fontes controladas pela Somague, por
exemplo, viaturas da frota, os grupos de
geradores de emergência e o equipamentos e maquinaria utilizada nas obras;
Âmbito 2 – emissões indirectas associadas à produção de electricidade consumida (estimativa e comunicação obrigatória);
Âmbito 3 – emissões indirectas associadas a fontes
que não são controladas pela Somague,
por exemplo, viagens de avião e deslocações casa-trabalho-casa (estimativa e
comunicação voluntária).
No inventário de emissões de GEE foram considerados os seguintes factores de conversão:
Gasóleo: 74,01 kgCO2/GJ
Gasolina: 69,25 kgCO2/GJ
Gás natural: 56,06 kgCO2/GJ
Electricidade (2008): 373 gCO2/kW.h
Electricidade (2009): 354 gCO2/kW.h
Electricidade (2010): 227 gCO2/kW.h
Avião (curta distância, <500km): 0,18 kg/pkm
Avião (longa distância, >500km): 0,11 kg/pkm
Autocarro: 1,035 kgCO2/km
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Relatório Anual 2010 Somague SGPS