PARECER SOBRE O ALTAR METODISTA
Temos várias publicações da Igreja que abordam o tema do altar. As orientações que o
irmão tem são desta matriz. Elas são fruto de nossa reflexão sobre o altar e seu
significado.
Todavia, não há nenhum regulamento sobre os altares na Igreja Metodista. Há estudos
de nossos litúrgicos metodistas.
Eu tenho em casa algumas orientações dadas pela Faculdade de Teologia da década
de 70 para cá.
Em relação a isto posso colocar a título de partilha com o irmão e com a Pastora Joana:
- Os tópicos que o irmão colocou abaixo, e que recebeu na Escola Dominical, estão
atualizados em relação a nossa teologia wesleyana;
- A presença da cruz vazia no altar é de nossa teologia. Mesmo que outras influências
tenham tirado esta cruz do altar de nossas Igrejas num período histórico aqui no Brasil,
ela deve estar no altar.
- A presença da Mesa dos sacramentos ao centro é outra característica do altar
metodista. O sacramento é central na vida cristã e no culto. Em relação ao estar ao
fundo ou mais a frente, tem também um fundamento. Não é questão meramente de
layout: estando ao fundo é o altar do antigo testamento, enquanto estando mais ao
centro do altar é a "mesa da comunhão" do novo testamento. Como não abandonamos
o antigo testamento, mas enfatizamos o novo testamento, podemos usar a "mesa" ao
centro, aberta em baixo, ou o altar ao fundo, fechado em baixo. Muitas Igrejas
transformam a mesa ao centro em altar do AT e colocam uma toalha que esconde as
pernas da mesa. Isto é um erro.
- Usamos os dois púlpitos, um para a liturgia e outro para a Palavra. Os batistas que tem
nos sacramentos apenas um símbolo, colocam o púlpito no centro e a mesa num local
secundário. Para nós metodistas a "Palavra" não é um sacramento como santa ceia e
batismo. No centro vem os sacramentos.
- Na Mesa da Ceia ou no Altar cristão, ao centro devem estar os sacramentos: pão,
vinho e água. A Bíblia pode ser colocada em um dos lados da mesa, mas não no centro,
pois a Bíblia é a Palavra de Deus, mas não é sacramento.
- Num púlpito largo, penso que se pode ter no lado do dirigente da liturgia, algum
instrumento musical. Há templos nossos hoje que tem esta disposição. No centro em
hipótese alguma. Em nossa tradição os instrumentos ficavam no nível do templo, no
lado do litúrgico, ou atrás, na galeria.
Na década de 80, com o crescimento da importância do Evangelismo Mundial Metodista,
que criou a cruz e a chama, este logotipo foi se tornando símbolo do metodismo. Neste
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contexto as igrejas metodistas começaram a colocar a cruz e a chama no altar. Muitas
igrejas nossas tem a cruz e a chama no altar.
A cruz e a chama não são um símbolo litúrgico, mas o símbolo do metodismo. Deveria
estar na fachada do templo, etc.
Na reflexão que tenho feito com outros irmãos e irmãs, não vejo prejuízo em termos o
nosso símbolo no altar, pois nós metodistas, além de lembrarmos do Cristo ressurreto
também lembramos a presença do Espírito Santo.
O Colégio Episcopal não tem visto que seja necessário padronizar os altares, mas dar
orientações ao povo metodista para que nosso altar esteja identificado com nossa
teologia.
É a reflexão que partilho com o irmão.
Fraternalmente, em Cristo,
Bispo Stanley da Silva Moraes.
10 de Setembro de 2012.
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Texto com parecer do Reverendíssimo Bispo Stanley da Silva Moraes.