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JP 6
Sábado e domingo,
31 de maio e 1º de junho de 2008
CASO ADNAN
Para não esquecer Adnan
Familiares e amigos da jovem caminharam por justiça
FOTOS ROBSON NEVES
> ROBSON NEVES
Sorridente e alegre.
Esta era a imagem da jovem Adnan Corrêa Melo
estampada nas camisetas
usadas pelos seus familiares e amigos durante a
passeata onde pediram
justiça na manhã desta
sexta-feira em Cachoeira
do Sul. O protesto reuniu
cerca de 150 pessoas, partindo da frente do Fórum
e seguindo até a Praça
Honorato de Souza Santos, durando meia hora.
Durante a caminhada os
familiares e amigos da jovem bateram palmas,
além de gritar: “Adnan,
justiça seja feita”. Ao longo da Rua Sete de Setembro os familiares foram
elogiados pela atitude e
confortados pela comunidade, que demonstrava a
sua revolta com o crime
através de cartazes pedindo justiça.
Ao chegar na Praça
Honorato, os pais de
Adnan, César Francisco de
Souza Melo e Zenaide
Terezinha Corrêa Melo,
não conseguiram conter
as lágrimas. Abraçados
pelos familiares e amigos
o casal buscava forças para
superar as saudades da
filha. Em seguida, de mãos
dadas, todos fizeram um
grande círculo onde oraram a Ave Maria e o Pai
Nosso, encerrando o pacífico protesto. “Queremos
sensibilizar a comunidade e as autoridades, pois
todos estamos sofrendo
com o bárbaro crime que
precisa de uma punição
rigorosa”, frisa o tio de
Adnan, Jorge Alberto da
Silva. Ele salienta que o
trabalho da Polícia e da
Justiça têm sido eficientes, mas ressalta que o
caso não pode cair no esquecimento porque em
caso de futuro julgamento
quem decidirá o destino
do réu é a comunidade.
Caminhada: cerca
de 150 pesssoas
participaram do
protesto no centro
da cidade
CASO
ADNAN
Franciso e Zenaide: pais pedem justiça
pela morte de Adnan Corrêa Melo
MUL
TIMÍDIA
MULTIMÍDIA
Acesse o site do JP para assistir um
vídeo e ver mais fotos da caminhada por Justiça
no Caso Adnan.
CRIME - O corpo de
Adnan foi encontrado na
manhã do dia 11 de maio
enterrado em um matagal
na Avenida Paul Harris, no
Bairro Tupinambá. A vítima foi degolada com dois
cortes no pescoço e enterrada pelo assassino. Ela
estava sumida desde o dia
8, quando saiu de casa na
Rua Roberto Silva, no Bairro Barcelos, para trabalhar
na Natuderme, onde não
chegou. Para a Polícia Civil,
o suspeito do homicídio é o
jovem Tarandine de Loreto
Me-nezes, de quem a jovem
estava separada havia menos de 20 dias quando desapareceu. Ele nega o crime.