EDITORIAL Colhendo os frutos da intercooperação Toda boa semente quando é cultivada rende bons frutos. Ao realizar a parceria desta revista, o Sicoob Goiás Central e o Sicoob Central DF tinham o objetivo de fortalecer a publicação e, ao mesmo tempo, promover um dos alicerces da doutrina cooperativista: a intercooperação. A revista passou a se chamar Sicoob Goiás/Tocantins/Distrito Federal e continuou a apresentar um conteúdo inovador, com reportagens especiais e entrevistas de grande repercussão. Com isso, conquistou novos leitores e se destacou ainda mais no meio cooperativista. A experiência bem sucedida serviu de modelo para todo o Sistema. A iniciativa das duas Centrais serviu de inspiração para que a Diretoria Colegiada do Sicoob Brasil tomasse a decisão de unir esta revista às demais publicações do Sistema e fazer uma única revista para todas as Centrais do Sicoob. Em um gesto nobre, o Sicoob Goiás Central e Sicoob Central DF abrem mão desta importante publicação para participarem da nova publicação do Sicoob Brasil, que será lançada em breve. O nosso modelo de intercooperação se expandiu para todo o Sistema. Com um sentimento nostálgico, apresentamos aos nossos leitores a última edição da revista Sicoob Goiás/Tocantins/Distrito Federal que, ao longo de dois anos, cumpriu um importante papel de trazer notícias do meio cooperativista e entrevistas com grandes personalidades, servindo assim como instrumento de propagação do cooperativismo. Nesta edição especial, a revista traz uma reportagem sobre os pontos positivos e negativos da LC 130 e um artigo do Diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini. Outro destaque é dado ao aniversário de 20 anos do Sicoob Goiás Central. A revista apresenta ainda a campanha de marketing lançada pelo Sicoob Central DF para divulgar os novos terminais de autoatendimento de Brasília e cidades satélites. A publicação traz um artigo de liderança do renomado escritor e conferencista Luiz Marins e uma matéria sobre o Icoop – sistema que promete otimizar a gestão nas cooperativas de crédito. O entrevistado desta edição é o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo no Congresso Nacional (Frencoop), deputado federal Odacir Zonta, que falou do trabalho realizado para a aprovação da LC 130 e da atuação da Frente para a aprovação dos projetos em tramitação de interesse do segmento cooperativista. Não poderíamos deixar de registrar os principais momentos desta edição que conquistou importantes espaços, quebrou paradigmas e antecipou algumas tendências. A revista traz um resumo de cada edição e seus principais destaques para que possamos fazer uma retrospectiva, consolidando a história da publicação que se mostrou pioneira na difusão do cooperativismo no Sistema Sicoob. Convidamos os leitores a colher os frutos que vocês nos ajudaram a cultivar! Boa leitura! José Salvino de Menezes, presidente do Sicoob Brasil e Sicoob Goiás Central, e José Alves de Sena, presidente do Sicoob Central DF 3 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF SICOOB GOIÁS CENTRAL SICOOB CENTRAL DF CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO JOSÉ SALVINO DE MENEZES (PRESIDENTE) VANDERVAL LIMA FERREIRA (1º VICE-PRESIDENTE) FABRÍCIO MODESTO CÉSAR (2º VICE-PRESIDENTE) ÁLVARO JOSÉ DO A. MATEUS EUZI MARTINS PEREIRA GILBERTO ALVES MORAES GILSON PURCENA DA SILVA LEOPOLDO JOSÉ DE ARAÚJO MARCOS MARIATH RANGEL CONSELHO FISCAL EFETIVOS AUGUSTO DE OLIVEIRA CARVALHO MARCELO BAIOCCHI CARNEIRO VANDERVAL JOSÉ RIBEIRO SUPLENTES VALDI MARQUES DE SOUSA DALTON DE SOUZA BARROS THOMAZ MANOEL DA LUZ ARAÚJO CONTROLADORIA Vanderval Lima Ferreira SUPERINTENDÊNCIA FINANCEIRA E TECNOLOGIA Pedro Ivo Santana Gomes JOSÉ ALVES DE SENA DIRETOR PRESIDENTE HÉLIO DE OLIVEIRA PINHA JÚNIOR DIRETOR FINANCEIRO MIGUEL FERREIRA DE OLIVEIRA DIRETOR ADMINISTRATIVO BENEDITO FAUSTINO DA SILVA JOAQUIM HENRIQUE MONTELO MOURA JOSÉ VALDIR RIBEIRO DOS REIS LUIZ LESSE MOURA SANTOS PERSIO MARCO ANTONIO DAVISON ROGÉRIO CAROCA CAVALCANTE SUPLENTES MARCOS CARLOS – SICOOB CREDIEMBRAPA YUSEF GEORGE NIMER – SICOOB CREDINDÚSTRIA CONSELHO FISCAL Jaime Aires Coelho - Coopercerd Pedro Ferreira Caixeta - Cooperforte Adriano Henrique Guimarães - Credimfa SUPLENTES Claudeci Barbosa da Silva - Sicoob Executivo Israel Testa - Sicoob Credibrasilia Diones Alves Cerqueira - Sicoob Credindústria Superintendência - SUPER Edivaldo Alves de Oliveira SUPERINTENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Edina Francisca de Souza Fileti Gerência Administrativa - GERAD Jorge Luiz Moreira Gerente Tecnologia da Informação Alexandre Sousa Gonçalves Setor de Controladoria - SECON Elivânia Aparecida Alves Gerente Administração Financeira Antônio Belloni Neto Contadora Regina Elizabeth de Morais Departamento de Fomento Regina Coeli Pimentel Setor de Auditoria - SEAUD Alaôr José de Morais Gerente de Desenvolvimento e Negócio Juliano de Andrade Almeida Setor Financeiro - SEFIN Kelen Yamamaru Setor de Reestruturação - SERES Amanda Silva Pereira Setor de RH Vivian Franco Terra Secretaria - SECRE Nádia Alessandra de Souza Silva Renata Alves Moreira Comunicação –SECOM Noel Lopes Bezerra Junior TEXTOS: Luiz Augusto Araujo Noel Lopes Bezerra Junior Brunna Marques Duarte EDITORES: Luiz Augusto Araujo (Reg. Prof. GO1444JP) Francisco Barros (Reg. Prof. GO00624JP) COLABORAÇÃO: cooperativas filiadas e assessorias de comunicação do Sicoob Brasil, Bancoob e OCB-GO. OUVIDORIA SICOOB: 0800 725 0996 www.ouvidoriasicoob.com.br PRODUÇÃO Setor de Controles Internos - SECIN Karla Correia Alves Dourado Setor de Crédito - SECRED Gláucia Alves Ferreira Setor de Normas - SENOR Andreia Cristina Monteiro Departamento de Normas Marilene Leite da Silva Rua 300 s/nº, Cond. Cidade Empresarial, Ed. Manhattan Center - sl 104 - Cidade Vera Cruz Ap. de Goiânia-GO . CEP: 74935-900. Tel.: (62) 3097-1406 www.interat.com.br [email protected] Projeto gráfico/Diagramação Gaspar Pereira Impressão Gráfica Elite Departamento Jurídico Léo Dias da Silva Assessoria de Comunicação Luiz Augusto Araujo Assessoria de Tecnologia Wladimir Peres do Nascimento CONSELHO EDITORIAL: Álvaro José do A. Mateus, Edina Francisca de Souza Fileti, Fabrício Modesto Cesar, Gilson Purcena da Silva, José Salvino de Menezes, Pedro Ivo Santana Gomes e Vanderval Lima Ferreira. 4 AGO.SET.OUT./09 - - GOIÁS/TOCANTINS/DF GOIÁS/TOCANTINS/DF AGO.SET.OUT./09 As cartas para a Revista Sicoob Goiás/Tocantins/DF podem ser enviadas para o e-mail [email protected] ou para o endereço: Rua 15, N° 1.250, Setor Marista, Goiânia-GO. Cep: 74150-150 Fone: (62) 3523-8141/8155 E-mail: [email protected] ou Endereço: SCS Quadra 06 Bloco A, Nº 50, Ed. SOFIA, Salas 501 A 507, Brasília-DF. CEP: 70306-902 Fone: (61) 3204-5034 SUMÁRIO CAPA 6 09 ANIVERSÁRIO - Sicoob Goiás Central completa 20 anos 12 MARKETING - Campanha dos Atm’s faz crescer o número de usuários 14 ARTIGO - A liderança pelo exemplo 16 CULTURA - Cora Coralina: patrimônio dos amantes da poesia 18 ENTREVISTA - Presidente da Frencoop 22 COMEMORAÇÃO - Comemoração do 87º Dia Internacional do Cooperativismo 26 TECNOLOGIA - Sicoob Goiás Central lança sistema que otimiza gestão 27 COMUNICAÇÃO - Cooperativas de Goiás e Brasília lançam TV Sicoob 28 CRÔNICAS E OUTRAS HISTÓRIAS - De Pires do Rio a Paris 31 HISTÓRIA - Retrospectiva dos principais momentos da revista 55 AGO.SET.OUT./09 -- GOIÁS/TOCANTINS/DF GOIÁS/TOCANTINS/DF AGO.SET.OUT./09 LEGISLAÇÃO Nova lei regulamenta e fortalece cooperativismo de crédito Por Luiz Augusto Araujo cooperativismo de crédito brasileiro ingressou num novo patamar com a sanção presidencial da Lei Complementar – LC 130 que regulamenta, em obediência ao artigo 192 da Constituição Federal, o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. A LC 130 preenche uma lacuna legislativa que perdurava por mais de 20 anos, desde a promulgação da Constituição Federal. A lei (então PLP 177), de autoria do Senador Gerson Camata (PMDBES), estabelece novas regras para o funcionamento do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo e institui quatro tipos de entidades que devem integrá-lo: cooperativas singulares de crédito, cooperativas centrais de crédito, confederações de cooperativas de crédito e bancos cooperativos. A lei implementará novas normas às instituições financeiras constituídas sob a forma de cooperativas de crédito – antes regidas apenas pela Lei 5.764/71 e por resoluções do Banco Central do Brasil (Bacen). “Com a legislação específica, serão criados novos parâmetros para o aprimoramento da gestão das cooperativas de crédito, além de proporcionar um ambiente mais seguro para o crescimento sólido e sustentável do segmento”, ressalta o presidente do Sicoob Goiás Central e do Sicoob Brasil, José Salvino de Menezes. A lei revoga alguns dispositivos O 6 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF de duas normas legais vigentes: a Lei 4.595/64, que dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e creditícias e cria o Conselho Monetário Nacional (CMN); e a Lei 5.764/71, que define a política nacional de cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Confira abaixo os principais pontos positivos da Lei Complementar 130, segundo a Assessoria Jurídica do Sicoob Brasil PONTOS POSITIVOS Reconhece a existência do SNCC - Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Permite a associação, às cooperativas de crédito, de pessoas jurídicas sem qualquer distinção. Permite a adoção de voto proporcional ao número de associados no caso das Centrais e Confederações. Regulamenta, em definitivo, a questão da guarda do sigilo bancário entre as entidades que compõe o SNCC. Revoga a exigência da carência de 30 dias, contados da associação, para que a cooperativa possa operar com o associado. Institui o acompanhamento de gestão temporária, por parte das Centrais e das Confederações, junto às cooperativas singulares em caso de risco ou para garantir a solidez da singular. Permite que o mandato dos conselheiros fiscais tenha prazo de até três anos. Permite a contratação de diretores estatutários que não sejam associados da cooperativa. Define as confederações de cooperativas de crédito, permitindo que essas executem atividades das cooperativas centrais. Permite que a assembleia geral decida pela compensação de perdas do exercício com sobras futuras, desde que respeitadas regras especiais. Histórico do Projeto de Lei Complementar (PLP) 177, que resultou na Lei 130: 1999 2003 O PLP foi apresentado pelo senador Gerson Camata, cooperativista capixaba, membro da Frencoop. Recebeu parecer contrário no Senado Federal. A Frencoop agiu junto ao Sistema Cooperativista Brasileiro e o senador Osmar Dias, também membro da Frente, apresentou um voto em separado pela aprovação do projeto. Seu voto foi aceito. 2004 O projeto foi então encaminhado ao Plenário do Senado, onde foi aprovado e enviado à Câmara dos Deputados para análise. O projeto foi relatado pelos deputados Odacir Zonta e Arnaldo Faria de Sá. 2008 No mês de agosto, o projeto foi votado na Câmara, tendo o Deputado Zonta como relator. Como foram feitas mudanças no texto, o mesmo teve de retornar ao Senado, onde o senador Osmar Dias foi o relator de Plenário. 2009 No dia 24 de março, o projeto foi aprovado por unanimidade no Senado. 2009 No dia 17 de abril, o presidente Lula Sancionou a Lei 130. 7 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF ARTIGO Por Alexandre Antonio Tombini Os avanços da nova lei das cooperativas de crédito A Lei Complementar 130/2009 constitui um marco para o co- operativismo de crédito no País, sendo a primeira lei a regulamentar o art. 192 da Constituição Federal, e a primeira também a tratar especificamente desse setor do Sistema Financeiro Nacional. Introduz disposições importantes para sua consolidação e desenvolvimento, visto serem adequadas aos aspectos característicos das cooperativas de crédito e de sua organização em sistemas. Entre as novas disposições, é oportuno destacar a que permite melhor estruturação da governança das cooperativas de crédito, mediante adoção de conselho de administração e de diretoria executiva profissional a ele subordinada. Ou seja, é possível estabelecer a necessária segregação das atribuições de direção estratégica, realizada pelo primeiro, e de condução das operações correntes, a cargo do segundo, que deve observar as diretrizes recebidas do conselho. Também é significativo o reconhecimento da lei à necessidade de uma estruturação flexível dos sistemas associados, mediante concentração de atividades especializadas em entidades cooperativas (e até em entidades não cooperativas), societariamente ligadas ao sistema, gerando economias de escala e elevação da qualidade dos serviços. Noutra vertente, destacam-se as 8 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF “É importante enfatizar a questão já bastante debatida da regulamentação do fundo garantidor do setor. Para além disso, é prudente aguardar a adaptação das cooperativas aos caminhos já abertos pela lei, acumulando experiência valiosa com vistas a futuras adaptações das normas gerais e dos procedimentos de fiscalização adotados pelo Banco Central”. fere suporte jurídico a procedimentos disposições que possibilitam ao Conselho Monetário Nacional e ao Banco prudente aguardar a adaptação das cooperativas aos caminhos já abertos Central exercer regulamentação e fiscalização apoiadas em competênci- pela lei, acumulando experiência valiosa com vistas a futuras adaptações as definidas segundo as características próprias do setor, atingindo to- das normas gerais e dos procedimentos de fiscalização adotados pelo das as atividades relacionadas com as cooperativas de crédito, mesmo as re- Banco Central. Tal evolução normativa se dará, como de praxe, dentro do alizadas por entidades não cooperativas. Nesse âmbito, ressalta o reco- espírito de entendimento e trabalho conjunto do Banco Central com os re- nhecimento legal das atividades de supervisão realizadas pelas entidades presentantes do setor cooperativo. cooperativas em observância à regulamentação específica. A nova lei, em muitos pontos, con- observados com sucesso até o presente, mas que eram adotados com base em disposições legais referentes a instituições financeiras em geral, sem considerar as características específicas do setor. Por ser focada no setor cooperativo e preencher essas lacunas, a LC 130/2009 abre possibilidades ainda não totalmente avaliadas, que deverão ser exploradas, em primeiro lugar, pelo próprio setor e, subsidiariamente, pela edição de normas em campos onde se revele necessário disciplinar a gestão das cooperativas de crédito e suas atividades operacionais. Ainda no que diz respeito à regulamentação da nova lei, é importante enfatizar a questão já bastante debatida da regulamentação do fundo garantidor do setor. Para além disso, é Alexandre Antonio Tombini é Diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil. ANIVERSÁRIO Sicoob Goiás Central completa 20 anos Julho é o mês do cooperativismo. Julho é o mês do aniversário do Sicoob Goiás Central! O Sicoob Goiás Central comemorou seu aniversário de 20 anos no dia 27/7. Constituída a par- tir da Assembleia Geral realizada no dia 27/7/1989, a Cooperativa Central de Crédito de Goiás foi fundada com o nome de Cocecrer-GO. Em 1995, a Central passou a se chamar CrediGoiás Central. A última alteração no nome da Central ocorreu 10 anos depois, com a adesão à marca Sicoob, no dia Antiga sede da Central (ainda com o nome CrediGoiás) ao lado da atual. O que dizem os diretores do Sicoob Goiás Central: 24/11/2005, quando o atual nome foi adotado. A Central surgiu a partir do objetivo de atender as cooperativas filiadas, por meio de uma gestão organizada e integrada. Seu papel consiste em promover o fomento ao cooperativis- “Temos muito o que comemorar! Avançamos muito nestes 20 anos de história e nossa Central tornou-se referência no cooperativismo de crédito. Para comemorar esta data tão importante, ampliamos a sede do Sicoob Goiás Central para melhor atender nossas filiadas. Nossa Central está preparada para um crescimento sólido, seguro e sustentável”. José Salvino de Menezes - Presidente do Sicoob Goiás Central mo de crédito nos Estados de Goiás e Tocantins, integrando o sistema através de orientações, assessoria e prestação de serviços às suas filiadas. Uma das suas mais nobres e principais atribuições refere-se à promoção da educação cooperativista e da qualificação dos quadros funcionais e sociais das singulares. Atualmente, o Sicoob Goiás Central conta com 34 cooperativas filiadas, totalizando cerca de 80 unidades de atendimento, e mais de 26.500 associados nos Estados de Goiás e Tocantins. “O Sicoob Goiás Central completa 20 anos em um momento especial, no qual o nosso presidente, José Salvino de Menezes, também está à frente da Confederação Sicoob Brasil. Mais do que nunca, nossa Central é referência no sistema e se consolida nesses 20 anos com muito sucesso. O sucesso da Central se deve ao sucessso de nossas filiadas!” Vanderval Lima Ferreira - 1º vice-presidente do Sicoob Goiás Central “Há 20 anos o Sicoob Goiás Central foi criado com o intuito de organizar as cooperativas de crédito existentes à época em um sistema, desenvolver o cooperativismo de crédito em Goiás, inclusive com ações de fomento à criação de novas cooperativas de crédito. A Central exerce um papel fundamental na centralização financeira do sistema GO/TO, na capacitação de colaboradores e dirigentes e no auxílio às singulares como um todo. Agora, o grande desafio de nossa Central é se preparar cada vez mais para o futuro, reinventando-se a cada dia para estar na vanguarda do cooperativismo de crédito brasileiro.” Fabrício Modesto César - 2º vice-presidente do Sicoob Goiás Central 9 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF RAIO-X GOIÁS/TOCANTINS Criada desde a primeira edição da revista, a coluna Raio X deu destaque às cooperativas filiadas. Nesta última edição, os destaques são as mais jovens cooperativas filiadas ao Sistema Sicoob em Goiás e Tocantins, com atuação nas cidades de Palmas (TO), Goiânia (GO), Jataí (GO) e Ceres (GO). SICOOB JURISCRED Cooperativa de Crédito dos Magistrados e Servidores da Justiça do Estado de Goiás LTDA. Data de Constituição: 31/01/2008 Endereço: Rua 72, nº 234, Jardim Goiás, Goiânia GO. CEP: 74805-480 Presidente: José Ricardo Marcos Machado Vice-Presidente Financeiro: Carlos Magno Rocha da Silva Vice-Presidente Administrativo: Carlos Elias da Silva Nº total de associados: 305 SICOOB MEIO-NORTE Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Engenheiros e Arquitetos de Estado do Tocantins LTDA. Data de Constituição: 24/10/2007 Endereço: ACNO 01, Qd. 103-N, Conjunto 04, Lt. 29, Av. LO 02, Salas 03/04, Plano Diretor Norte, Palmas TO. CEP: 77001-022 Presidente: Marco Antônio de Faria Cunha 1º Vice-Presidente: Paulo César da Costa Gonçalves 2º Vice-Presidente: André Roriz Jardim Nº total de associados: 158 SICOOB CREDCELG Cooperativa de Crédito dos Empregados da Celg LTDA. Data de Constituição: 06/07/2007 Endereço: Rua 2, nº 505, Qd. A-37, Sala 3, Ed. Gileno Godói, Jardim Goiás, Goiânia - GO. CEP: 74805-180 Presidente: Fausto Almeida Santos 1º Vice-Presidente: Sérgio Gomes Machado 2º Vice-Presidente: Haiti de Almeida Simões Nº total de associados: 414 10 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF SICOOB EDUCAÇÃO Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Professores e Trabalhadores em Educação de Goiânia LTDA. Data de Constituição: 11/12/2007 Endereço: 5ª Avenida com Rua 235, Qd. 71, nº 722, Bloco B, Leste Universitário, Goiânia - GO. CEP: 74350010 Presidente: Jeová Martins Ribeiro 1º Vice-Presidente: Manoel da Silva Álvares 2º Vice-Presidente: Valdivino Gonçalves Correa Nº total de associados: 342 SICOOB CREDICER Cooperativa de Crédito de Ceres e Rialma LTDA. Data de Constituição: 14/03/2008 Endereço: Av. Brasil, nº 703-B, Qd. 18-B, Lt. 18-B, Centro, Ceres - GO. CEP: 76300-000 Presidente: José Maurício de Oliveira Vice-Presidente: Janduhy Diniz Vieira Filho Nº total de associados: 203 SICOOB CREDIADAG SICOOB COOPREM Cooperativa de Crédito dos Empresários de Jataí LTDA. Data de Constituição: 13/02/2008 Endereço: Rua José Manuel Vilela, nº 483, Centro, Jataí - GO. CEP: 75800-008 Presidente: Valter Pedro Cardoso Vice-Presidente: Ademar do Carmo Freitas Nº total de associados: 437 Cooperativa de Crédito dos Distribuidores e Atacadistas das Regiões de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Ceres, Rialma e Anápolis LTDA. Data de Constituição: 28/03/2008 Endereço: Rua 1.126 esquina com 1.128, Qd. 230, Lt. 01, Loja 3, Setor Marista, Goiânia - GO. CEP: 74175-050 Presidente: Dalton de Souza Barros Thomaz Vice-Presidente: Elisandro Alves Rocha Nº total de associados: 82 Sicoob DF na Feira do Empreendedor O Sicoob Central DF e as cooperativas Sicoob CrediBrasil, Sicoob Credilojiosta, Sicoob Credindústria e Sicoob Credibrasília participaram da Feira do Empreendedor 2009. O evento foi realizado entre os dias 22 e 26 de julho, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). O Sicoob distribuiu folders e divulgou, aos participantes da Feira, informações de como se associar numa das cooperativas de crédito Sicoob. Para melhor atender aos visitantes da Feira, a Central contou com pessoas capacitadas de seu próprio quadro funcional, além de outras cooperativas filiadas. 11 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF MARKETING Campanha dos Atm´s faz crescer o número de usuários Por Noel Lopes Bezerra Junior No mês de junho, o Sicoob Central DF lançou a Campanha “Mais Tempo Para Você. Mais Tempo Para o Seu Dia” para divulgar os seis novos terminais de autoatendimento (Atm´s) localizados no Distrito Federal. A parceria feita com a Empresa de Comunicação e Marketing Goby resultou em seis peças publicitárias: folder eletrônico, e-mail marketing para os cooperados, e-mail marketing para os colaboradores, filipetas, mala-direta e cartazes. A ampliação da rede de atendimento faz parte de um plano estratégico de expansão e, neste primeiro momento, é resultado da parceria de um consórcio formado pelas coopera- tivas filiadas Sicoob Executivo, Sicoob CrediEmbrapa, Sicoob Cooperplan, Sicoob Credisutri, Sicoob Credijustra e Sicoob CrediBrasil. “Esta iniciativa veio ao encontro das demandas dos nossos cooperados que, há muito tempo, nos cobravam mais pontos de atendimento e maior visibilidade para nosso Sistema. Tinha plena certeza de que o atendimento a essas reivindicações só teriam como resposta vastos elogios por parte dos associados”, disse Luiz Lesse, diretorpresidente do Sicoob Executivo. Lesse parabenizou as cooperativas integrantes do Consócio pela visão empreendedora e sistêmica demonstrada nessa iniciativa. “Entendo que temos de mostrar para a sociedade o que estamos fazendo e o quanto contribuímos para nossa comunidade. O Sistema de Crédito Cooperativo do DF entra em um novo momento após este projeto”, afirmou. Os novos ATMs estão localizados estrategicamente em pontos de grande fluxo de pessoas. São eles: Shopping Pátio Brasil, Taguatinga Shopping, Gama Shopping, Serra Shopping, CompreFort e Home Center Castelo Forte. Os endereços completos dos ATMs e mais informações podem ser obtidas através do site da Central DF (www.sicoobdf.coop.br). Conheça os endereços dos novos terminais de autoatendimento do Distrito Federal: Pátio Brasil Shopping - SCS Qd 7, Bl A, Asa Sul, Brasilia-DF - Piso PL, Pátio Banking Taguatinga Shopping - QS 01, Rua 210, Lote 40, Pistão Sul, Taguatinga-DF - 1º Piso Gama Shopping - Condôminio Gama Shopping EQ 55/56, Área Especial, Setor Central, Gama -DF - Área de Alimentação Serra Shopping - Quadra Central, Bloco 11, Qd 7, Sobradinho-DF - Setor de Terminais de Autoatendimento Home Center Castelo Forte - Qd 302, Conj 8, Lote 2, Centro Urbano, Samambaia-DF - Hall de entrada Comprefort - CNN 1, Bl K/L, Ceilândia Centro, Ceilândia-DF - Hall de entrada 12 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF 13 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF ARTIGO Por Luiz Marins A liderança pelo exemplo N ão se iluda. Numa empresa, nada ocorre de baixo para cima. Ou os dirigentes dão o exemplo ou nada ou pouco ocorrerá. Não adianta falar. Não adianta fazer discursos. Não adianta colocar faixas. Não adianta pregar quadrinhos nas paredes com frases de efeito e exortações para a qualidade, para o atendimento ao cliente, para a cortesia, para a prestação de serviços. Se os dirigentes não tiverem um genuíno comportamento e atitudes “exemplares”, tudo ficará no discurso, na intenção e pouco ocorrerá de concreto, de efetivo dentro da empresa no dia-adia. Essa é a verdade, nua e crua. Temos feito várias pesquisas de antropologia corporativa e os resultados são surpreendentes. Se você chega num hotel e é friamente ou rispidamente atendido na recepção, pode ter certeza, o gerente do hotel trata as pessoas e seus funcionários fria e rispidamente. Se você é tratado com descortesia no estacionamento de um supermercado, pode ter certeza de que o gerente desse supermercado trata as pessoas com descortesia. Se você é tratado secamente pelas enfermeiras e atendentes num hospital, pode ter certeza: a direção do hospital trata a todos da mesma maneira. Se você, numa empresa, tem dificuldades em ser atendido com uma reclamação ou pedido, pode ter certeza: a diretoria e as gerências têm uma atitude negativa em relação a pedidos de clientes. E assim por diante. Se um garçom atende você mal 14 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF num restaurante, pode ter certeza de que o dono ou gerente do restaurante trata mal os seus funcionários. Os funcionários de uma empresa repetem as atitudes e comportamentos de suas chefias. Acredite! É através do exemplo e das pequenas atitudes e comportamentos que emitimos no dia-a-dia que passamos a visão e os valores de nossa empresa aos nossos funcionários. Não adiantam campanhas, faixas, cartazes, panfletos se não houver o exemplo da liderança, principalmente nas pequenas coisas. Por exemplo, tenho visto empresas que gastam tempo e recursos em campanhas institucionais de qualidade. São dezenas de peças – folhetos, faixas, livretos, pôsteres e até palestras falando e disseminando o conceito e a importância da qualidade. Na prática, essas campanhas têm pouca eficácia. Por quê? Por que a liderança da empresa não está “de fato” comprometida com a qualidade. E isso é demonstrado a cada momento, a cada comportamento, a cada decisão da diretoria. Na hora de escolher os fornecedores de matéria prima, escolhe-se não pela qualidade, mas pelo preço. Na hora de comprar equipamentos, escolhe-se não pela qualidade, mas pelo preço. Na hora de escolher a embalagem, escolhe-se a mais barata e não a que melhor protegerá o produto. Na hora de escolher os operadores de logística, escolhe-se os mais precários porque são mais baratos. E a qualidade? A qualidade fica no “discurso”. Da mesma forma, vejo os famosos programas de “Encantamento do Cliente”. Na maioria das empresas são verdadeira peças de ficção. Novamente uma campanha é lançada com pompa e circunstância, discursos e coquetéis. Mas, na prática, os comportamentos emitidos pelos dirigentes vão em direção totalmente oposta ao tal “encantamento dos clientes”. Na prática, os clientes são considerados impertinentes quando solicitam alguma atenção especial. Na prática, são mal atendidos pela diretoria. Na prática, os dirigentes são inacessíveis aos clientes. Na prática, tudo o que puder ser “tirado” do cliente e não “dado” ao cliente é a regra do dia-a-dia. E o “encantamento do cliente” fica, novamente, no discurso. Enquanto os dirigentes e “líderes” não tiverem consciência de que, se não derem o exemplo – de atendimento, qualidade, comprometimento, atenção aos detalhes, follow up, educação, cortesia, limpeza, respeito, etc. –, nada disso ocorrerá na empresa, estaremos vivendo a mentira dos quadrinhos e das faixas de exortação. Continuaremos ouvindo a telefonista repetir, com aquela voz mecânica, que nossa ligação é a coisa mais importante para a empresa, e continuaremos a receber o tratamento frio, descortês, descomprometido e sem os resultados que esperamos como clientes. Luiz Marins é antropólogo, pósgraduado em Antropologia, palestrante e autor de mais de 15 livros. 15 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF CULTURA Cora Coralina: patrimônio dos amantes da poesia Por Brunna Duarte C ora Coralina, avessa aos moldes, superior à mera forma; fez poesia simples, pura e verdadeira, capaz de deixar caído de amores nobres já enaltecidos pela sutileza de um coração de poeta. Carlos Drummond de Andrade que o diga! Sobre a poesia de Cora, Drummond disse admirado: “É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia.” Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas foi uma mulher forte e, ao mesmo tempo, sensível às belezas sutis do dia-a-dia, da vida interiorana, do amor, da sua condição de mulher e mãe. O gosto pelas palavras? Esse veio de forma natural e espontânea. Mesmo tendo cursado apenas o primário (o equivalente ao segundo ano do ensino fundamental nos dias de hoje), aos 14 anos já escrevia seus primeiros contos e poemas. O primeiro publicado foi o conto de nome Tragédia na Roça, inserido no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás. Ana viveu durante 45 anos no Estado de São Paulo com o marido, o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem teve seis filhos e aos quais se dedicou devotamente. Aos 50 anos 16 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF “Não sei... Se a vida é curta ou longa demais pra nós, Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, Se não tocarmos o coração das pessoas.” de idade, relatou uma profunda transformação que chamou de “perda do medo”. Ana ficaria ali, dando lugar a Cora Coralina - pseudônimo escolhido pela escritora muitos anos antes. Viúva, em 1956, ela voltou a morar na cidade de Goiás, sua terra natal, onde se transformaria no maior nome feminino da literatura goiana. Seu dom de alimentar com doçura, a alma e o corpo das pessoas, encontrou uma fonte transbordante nas singularidades do Estado de Goiás. O retorno ao lar aguçou a sensibilidade de Cora, que lançou seu primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, no ano de 1965, já aos 76 anos de idade. Esse seria o primeiro de diversos livros lançados pela autora, sendo eles de poesias, de contos e infantis. A admiração pela obra de Cora surgiu tardia, porém, para se tornar eterna. Em 1982, recebeu o título de doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e, no ano seguinte, foi eleita intelectual do ano, sendo contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores. Sua casa na histórica Cidade de Goiás, onde viveu a maior parte da vida, é hoje um museu que reconta sua vida e obra. Se viva, Cora completaria 120 anos no próximo dia 20 de agosto. “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” “O que importa na vida não é o ponto de partida, mas a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” “Estamos todos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo”. “Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.” Assim eu vejo a vida A vida tem duas faces: Positiva e negativa O passado foi duro mas deixou o seu legado Saber viver é a grande sabedoria Que eu possa dignificar Minha condição de mulher, Aceitar suas limitações E me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando. Nasci em tempos rudes Aceitei contradições lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo Aprendi a viver. Aninha e suas pedras Não te deixes destruir... Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça. Faz de tua vida mesquinha um poema. E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Esta fonte é para uso de todos os sedentos. Toma a tua parte. Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede. 17 17 AGO.SET.OUT./09 AGO.SET.OUT./09 -- GOIÁS/TOCANTINS/DF GOIÁS/TOCANTINS/DF Fotos: www.casadecoracoralina.com.br ENTREVISTA - PRESIDENTE DA FRENCOOP Frencoop ajuda aprovar LC 130 e trabalha em novos projetos vismo. Seus 230 membros (208 necessário, também na esfera do deputados federais e 22 senado- Executivo. Um dos mais impor- O Deputado Federal Odacir Zonta res da República) estão presentes tantes trabalhos da Frencoop foi (PP/SC) foi reeleito, em 2009, em todas as comissões do Con- a atuação na aprovação do para presidir por mais um ano a gresso Nacional, lutando pelos Projeto de Lei Complementar Frente Parlamentar do Cooperati- princípios cooperativistas. É uma (PLP) 117/2004, que resultou na vismo no Congresso Nacional frente de natureza política e não Lei 130. Com experiência no (Frencoop). Instituída em 1986, a ideológica, cujo objetivo é o de cooperativismo, tendo presidido a Frencoop vem, ao longo dos trabalhar, solidária e coordenada- Cooperativa de Produção e anos, efetuando uma significativa mente, na defesa dos interesses Consumo Concórdia Ltda, de sinergia com os três Poderes da do cooperativismo em toda a sua Santa Catarina (SC), o Deputado República, dirigentes do Sistema extensão e níveis de governo. Zonta falou à reportagem da OCB e os representantes nacio- Por isso, atua de forma participa- Revista Sicoob Goiás/Tocantins/ nais dos 13 ramos do cooperati- tiva no Legislativo, agindo, quando Distrito Federal. REVISTA SICOOB - Desde que foi social. REVISTA SICOOB - O foco da Fren- Por Luiz Augusto Araujo coop estará na articulação para reinstalada, há mais de 10 anos, a Frencoop tem atuado efetivamente REVISTA SICOOB - Com certeza, a aprovação do projeto de lei do tra- junto aos Três Poderes, sobretudo Lei 130, que instituiu o Sistema Na- tamento tributário do Ato Coope- no Congresso Nacional. Qual é o cional de Crédito Cooperativo, foi a rativo? Qual é a importância de sua balanço que o senhor faz relativo ao principal conquista do cooperativis- aprovação e o que este representa- trabalho da Frente nesse período? mo de crédito brasileiro. Qual foi a rá para o cooperativismo brasilei- Deputado Zonta - A Frencoop tem o participação da Frencoop na apro- ro? compromisso de participar ativamen- vação dessa lei que era esperada há Deputado Zonta - O Projeto de Lei que te dos debates políticos em prol do mais de 20 anos? regulamenta o tratamento tributário fomento do cooperativismo e colabo- Deputado Zonta - Durante esses 20 aplicável a cada ramo cooperativista, rar nas discussões das proposições de anos, a Frencoop atuou para a apro- da forma como foi apresentado pelo interesse nacional direcionadas para vação do Projeto de Lei Complemen- Poder Executivo, não atende aos inte- a busca da democracia e do desen- tar (PLP) 117/2004, que resultou na Lei resses do Sistema, principalmente por volvimento econômico com justiça 130. excluir alguns ramos. Com o apoio da 18 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF OCB, a Frencoop apresentará um substitutivo ao relator do projeto, Dr. Ubiali, deputado membro da Frencoop. REVISTA SICOOB - Além do Ato Cooperativo, quais são os principais projetos de lei em tramitação no Congresso que beneficiam o seg- Principais projetos que envolvem o cooperativismo em tramitação no Congresso Projeto de Lei do Senado (PLS) 03/2007, que estabelece novo regime jurídico para as sociedades cooperativas; Projeto de Lei Complementar (PLP) 271/2005 e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 198/2007, que regulamentam o Ato Cooperativo; mento cooperativista, especialmente o ramo crédito? O que eles propõem? Projeto de Lei (PL) 3723/2008, que regulamenta o tratamento tributário aplicável a cada ramo de cooperativa; DeputadoZonta - As principais proposições para o setor cooperativista, em tramitação no Congresso Nacional, estão listadas na Agenda Legislativa do Cooperativismo. Publicada por meio de uma parceria entre a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e a Organização das Coopera- Projeto de Lei da Câmara (PLC) 131/2008 (antigo PL 4622/2004), que regula as relações de trabalho estabelecidas entre as cooperativas, seus sócios e tomadores, nos contratos de prestação de serviços continuada. PROJETOS DO RAMO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO: Projeto de Lei do Senado (PLS) 320/2003, que possibilita o acesso direto aos recursos provenientes do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) pelos bancos cooperativos; tivas Brasileiras (OCB), a publicação está em sua terceira edição. Dentre as 52 proposições da Agenda, podemos citar o Projeto de Lei (PL)7512/2006, que isenta o fundo garantidor das cooperativas de crédito do imposto de renda e da contribuição social so- Projeto de Lei (PL) 5804/2005, que autoriza os estados, Distrito Federal e municípios a depositarem até 5% das respectivas disponibilidades em cooperativas de crédito; Projeto de Lei (PL)7512/2006, que isenta o fundo garantidor das cooperativas de crédito do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido. bre o lucro líquido (veja no box ao lado os principais projetos em tramitação). REVISTA SICOOB - Qual será o trabalho que a Frencoop irá fazer para conseguir a aprovação parlamentar do Ato Cooperativo e dos demais projetos? Deputado Zonta - Buscando subsídios e apoio na Organização das Cooperativas Brasileiras, a Frente Parlamentar do Cooperativismo encaminhará aos relatores dos projetos prioritários fundamentações às posições do se- “A Frencoop tem o compromisso de participar ativamente dos debates políticos em prol do fomento do cooperativismo”. tor, negociando, ao mesmo tempo, com o governo a forma que mais be- 19 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF ENTREVISTA - PRESIDENTE DA FRENCOOP neficie as cooperativas. REVISTA SICOOB - No Congresso, há projetos de lei que, ao invés de estimular o cooperativismo, dificultam o seu crescimento? Quais são? Qual será o posicionamento da Frencoop em relação a isso? Deputado Zonta - Todos os dias são apresentados novos projetos no Congresso Nacional. Alguns, direta ou indiretamente, não atendem aos interesses do cooperativismo. Como ação diária, a Frencoop, em conjunto com a OCB, monitora todos os projetos, novos e em tramitação, com o intuito de sempre encaminhar a posição do setor aos parlamentares. De forma mais direta, os membros da Frencoop por muitas vezes assumem a relatoria dessas proposições ou, de forma indireta, trabalham “A Frencoop sem dúvida é uma das mais atuantes no Congresso”. nas comissões ou em reuniões com os relatores. retores a Confederação, Centrais e operativismo? REVISTA SICOOB - Recentemente, o cooperativas singulares do Sicoob? Deputado Zonta - Nenhuma esfera, senhor foi reeleito presidente da Deputado Zonta - O entrosamento Estadual ou Federal, terá sucesso se Frencoop. Como é o dia-a-dia dos entre Frencoop, OCB, Federações, não reconhecer a importância eco- membros de uma das mais repre- Centrais e Singulares é harmonioso, nômica e social do cooperativismo sentativas Frentes no Congresso atuante e próximo. Até por que nós, que se constitui hoje na maior or- Nacional? parlamentares, para cumprirmos nos- ganização de pessoas do país: 8 mi- Deputado Zonta - A Frencoop, sem sa missão cooperativista, temos que lhões de famílias, mais de 300 mi- dúvida, é uma das mais atuantes no estar próximos dos mais variados lhões de pessoas; sob pena de não Congresso. Diariamente há desafios segmentos para subsidiar a atuação alcançar sucesso nas eleições. Va- em todos os campos de atividades, cooperativista. mos, sim, tratar com todos os líderes que disputarão a missão de go- dado que o cooperativismo atua em 13 ramos de atividade. Hoje em dia REVISTA SICOOB - No próximo ano, vernar os Estados, e, principalmen- o cooperativismo e a Frencoop fazem teremos eleições majoritárias. A te, a missão de Presidente da Repú- parte das necessidades e desafios do Frencoop desenvolverá ações es- blica; já na próxima eleição o coo- país. pecíficas com os principais pré- perativismo terá papel decisivo para REVISTA SICOOB - Como é o relaci- candidatos para que eles, desde já, definir os rumos do país. onamento da Frencoop com os di- se comprometam em apoiar o co- 20 20 ABR.MAI./JUN./09 AGO.SET.OUT./09 -- GOIÁS/TOCANTINS/DF GOIÁS/TOCANTINS/DF 21 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF COMEMORAÇÃO A comemoração do 87º Dia Internacional do Cooperativismo Por Noel Lopes Bezerra Junior O 87º Dia Internacional do Cooperativismo foi comemorado no dia 4 de julho. A data, celebrada sempre no primeiro sábado de julho, foi criada pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), com o objetivo de chamar a atenção ORIGEM DO COOPERATIVISMO Desde a origem da humanidade, existiram várias formas de cooperação entre os homens. Entretanto, o atual modelo de cooperativismo to uma alternativa econômica para atuarem no mercado, frente ao capitalismo ganancioso que os submetia a preços abusivos, exploração da jornada de trabalho de mulheres e crianças (que trabalhavam até 16 horas por dia), e do desemprego crescente advindo da revolução industrial. A constituição de uma pequena cooperativa de consumo no então chamado "Beco do Sapo" (Toad Lane) mudou os padrões econômicos da época e deu origem ao movimento cooperativista. para a importância das cooperativas no mundo. Em 2009, a ACI lançou a mensagem “Impulsionando a recuperação global por intermédio das cooperativas”. O lema procura ressaltar o poder que as cooperativas têm para promover um desenvolvimento econômico com equilíbrio social, num sistema reconhecidamente sustentável. 22 ABR.MAI./JUN./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF tem origem na cidade inglesa de Rochdale, quando 27 tecelões e uma tecelã fundaram uma cooperativa de consumo no ano de 1844. Tendo o homem como fator principal – e não o lucro –, os tecelões de Rochdale buscavam naquele momen- COOPERATIVISMO NO BRASIL O cooperativismo, no Brasil, surgiu oficialmente em 1847, por intermédio do médico frânces Jean Maurice Faivre. Ele fundou, juntamente com um grupo de europeus, no Paraná, a colônia Tereza Cristina, organizada em bases cooperativas. Essa organização, apesar de sua breve existência, contribuiu na memória coletiva como ele- mento formador do cooperativismo brasileiro. O cooperativismo de crédito foi introduzido por meio do trabalho do padre jesuíta Teodoro Amstadt, que, percorrendo a região de colonização alemã no Rio Grande do Sul, levava junto com seu trabalho missionário a doutrina cooperativista. A primeira cooperativa de crédito surgiu no município de Nova Petrópolis (RS), em 1902, baseada no modelo agrícola alemão. A partir dessa iniciativa, o movimento de crédito rural tomou força e se expandiu por todo país. dos são mais resistentes e ressaltam a força e a capacidade de expansão. CÍRCULO: representa a eternidade, pois não tem horizonte final; nem começo nem fim. VERDE: faz alusão às árvores, ao princípio vital da natureza e à necessidade de se manter o equilíbrio com o meio-ambiente. BANDEIRA O cooperativismo possui uma bandeira formada pelas sete cores do arco-íris, aprovada pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) em 1932, que significa a unidade na variedade e um símbolo de paz e esperança. Cada uma destas cores tem um significado próprio: PINHEIROS: Por muito tempo o pi- Assim nasceu o símbolo do cooperativismo, mundialmente conhecido: um círculo abraçando dois pinheiros para indicar a união do movimento, a imortalidade de seus princípios, VERMELHO: coragem; ALARANJADO: visão de possibilidades no futuro; AMARELO: desafio em casa, na família e na comunidade; VERDE: crescimento, tanto do indivíduo como do cooperado; AZUL: horizonte distante, a necessidade de ajudar os menos afortunados; nheiro foi considerado um símbolo da imortalidade e da fecundidade, em função de sua sobrevivência em terras menos férteis e pela sua facilidade de multiplicação. Os pinheiros uni- a fecundidade de seus ideais e a vitalidade de seus adeptos. Tudo isso marcado pela trajetória ascendente dos pinheiros que se projetam para o alto, procurando subir cada vez mais. ANIL: necessidade de ajudar a si próprio e aos outros através da cooperação; VIOLETA: beleza, calor humano e amizade. OS SÍMBOLOS DO COOPERATIVISMO AMARELO: simboliza o sol, fonte permanente de energia e calor. 23 ABR.MAI./JUN./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF RAIO-X DISTRITO FEDERAL SICOOB LEGISCRED SICOOB CREDIBRASIL Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores do Poder Legislativo Federal Data da Constituição: 08/12/1998 Endereço: SAF/SUL, Qd. 04, Lt. 01, Ed. Sede TCU – Mezanino, Sala M46 - Brasília (DF) Diretor-Presidente: Rogerio Caroca Diretor Financeiro: Fábio Henrique G. e Barros Diretor Administrativo: Agostinho Rocha Ferreira Pac´s: Posto Câmara Posto TCU Nº de associados: 1209 Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Pequenos Empresários, Microempresários e Microempreendedores Data da Constituição: 18/07/2003 Endereço: QN 206 Área Especial Nº 2 - Samambaia – DF Diretor-Presidente: Francisco de Assis da Silva Diretor Administrativo: Adauto Steveal Diretor Operacional: Adriano Madureira Duarte PAC: Posto Facita Nº de associados: 524 CREDSEF SICOOB CREDILOJISTA Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores da Secretária de fazenda do Distrito Federal Data da Constituição: 01/12/1999 Endereço: SRTVN, Q. 702, Conj. P, Ed. Rádio Center, Sl. 2031, Brasília (DF) Diretor-Presidente: Manoel Raimundo Nunes Diretor Administrativo/Financeiro: Paula da Costa Nº de associados: 744 Cooperativa de Crédito dos Lojistas do Distrito Federal Data da Constituição: 13/07/2005 Endereço: SCS, Qd. 06, Bl. A, Ed. Sônia, Loja 136 – Brasília (DF) Diretor-Presidente: Geraldo César de Araújo Diretor Administrativo: Vírginia Contijo Resende Diretor-Operacional: Sergio Luiz Viott Nº de associados: 336 24 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF RAIO-X DISTRITO FEDERAL SICOOB CREDINDUSTRIA CREDIMFA Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Pequenos Empresários, Microempresários e Microempreendedores de Produção Industrial do Distrito Federal Data da Constituição: 13/04/2003 Endereço: SIA, Trecho 03, Lote 225, Térreo - Ed. Fibra, Brasília (DF) Diretor-Presidente: João Ferreira dos Santos Diretor Administrativo: Walid de Melo Pires Sariedine Diretor Operacional: Cláudio da Costa Vargas Nº de associados: 601 Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo das Forças Armadas, do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar do Distrito Federal Ltda. Data da Constituição: 31/10/2000 Endereço: SRTVS Q. 701 Ed. Record, 5º andar, Sala 501 - Brasília (DF) Diretor-Presidente: Arcênio Chervinski Diretor Administrativo: Jorge Gadioli Diretor Operacional: Adriano Guimarães Nº de associados: 605 Sicoob Central DF tem nova sede Perto de completar 15 anos, a Central das Cooperativas de Crédito do Distrito Federal (Sicoob Central DF) conquista mais uma vitória com a mudança para a nova sede. Localizada no Setor de Industrias Gráficas (SIG), no prédio do Bancoob, segundo andar da Torre II, a Central ocupa um espaço amplo, equivalente a 483,6 m², com o intuito de melhor atender as cooperativas filiadas. O Sicoob Central DF participou do processo e adquiriu o espaço por R$ 3,8 milhões. A aquisição da sede da Central foi uma decisão estratégica tomada pelo Conselho de Administração, acompanhando o momento de desenvolvimento das cooperativas de crédito, que estão em expansão no Distrito Federal. 25 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF TECNOLOGIA Sicoob Goiás Central lança sistema que otimiza gestão C om o objetivo de aprimorar a sua gestão e intensificar as práticas de boa governança cooperativa, o Sicoob Goiás Central lançou, no mês julho, o programa Inteligência Cooperativa (ICOOP), que promete revolucionar o processo administrativo das cooperativas de crédito. Com o novo software, os gestores das cooperativas poderão obter rapidamente qualquer informação gerencial de que necessitam, como, por exemplo: limite diário a emprestar, depósito a vista e a prazo e resultados financeiros, inclusive os contábeis. Os dados são gerados automaticamente, de forma prática e didática, com relatórios ilustrados com diversos modelos de gráficos e as tradicionais planilhas. As ferramentas do novo programa permitem que se tenham informações rápidas e seguras. Os relatórios, 26 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF segundo o presidente do Sicoob Goiás Central e Sicoob Brasil, José Salvino de Menezes, auxiliam na administração da cooperativa. “O nosso intuito com o ICOOP é oferecer informações detalhadas aos administradores da cooperativa para que eles promovam uma gestão ainda mais eficiente e, assim, aprimorem a governança”, disse. O superintendente financeiro e de tecnologia da Central, Pedro Ivo Santana Gomes, ressalta que os relatórios oferecem informações suficientes para que os gestores tomem as melhores decisões, reduzindo os riscos e aumentando oportunidades de negócios para a cooperativa. DESENVOLVIMENTO O ICOOP começou a ser desenvolvido em fevereiro deste ano pelo departamento de Tecnologia do Sicoob Goiás Central, em conjunto com a WE Assessoria e com apoio de equipes de outras áreas da Central, como Controles Internos, Financeiro e Negócios, além de informações das cooperativas filiadas. Com funcionamento on line de fácil acesso e seguro, o programa está hospedado no Núcleo de Sistemas – na extranet do Sicoob Goiás Central. Em sua fase de testes, o ICOOP foi apresentado aos conselheiros da Central, aos presidentes das cooperativas filiadas e a auditores do Banco Central do Brasil. O objetivo da central goiana é mostrar o novo programa para o Sicoob Brasil, para que a ferramenta possa ser utilizada por outras centrais do sistema. COMUNICAÇÃO Cooperativas de Goiás e Brasília lançam TV Sicoob Imagine uma televisão com conteúdo personalizado que, além de entreter o cooperado que aguarda pelo atendimento, transmite, em sua programação, propaganda dos produtos, serviços e notícias da cooperativa de crédito? Algumas cooperativas filiadas ao Sicoob Goiás Central e ao Sicoob Central DF iniciaram, em julho deste ano, um projeto experimental de suas TVs corporativas. Instaladas próximo aos caixas de atendimento, a TV de plasma de 42 polegadas tem sua programação composta por conteúdos informativos e institucionais, como: temperatura em várias cidades do país, cotações do dólar e de preços dos produtos agrícolas, vídeos institucionais, notícias de economia, notícias do ramo cooperativista, gols da rodada dos campeonatos de futebol, entre outras. Algumas cooperativas decidiram oferecer aos cooperados e não cooperados espaços comerciais na programação da TV no intuito reduzir os custos do projeto. A TV corporativa é mais uma ferramenta para uma comunicação direta e eficaz com os cooperados, como também com os próprios funcionários da cooperativa. A “TV Sicoob” é um projeto em parceria com a Câmera Mágica, empresa especializada em sinalização digital e responsável pela produção da programação da TV de cada cooperativa. A atualização do conteúdo e as modificações na programação são feitas automaticamente por um sistema on line. Cooperativas que iniciaram o projeto da TV Cooperativas de Goiás Sicoob Goiás Central Sicoob Coopercred Sicoob Agrorural Sicoob Credi-Rural Sicoob Centro-Sul Sicoob Credigoiás Sicoob Credicor Sicoob Credirural Capa Sicoob Engecred Cooperativas do Distrito Federal: Sicoob Executivo Sicoob Judiciário Sicoob Credijustra 27 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF CRÔNICAS E OUTRAS HISTÓRIAS Por Luiz Gonzaga Viana Lage Presidente do Sicoob Central Cecremge De Pires do Rio a Paris M e falou o Maninho, grande companheiro de São Paulo, contador emérito de “causos” e piadas, que Bonifácio Quaresma, lá de Pires do Rio, tinha uma pequena propriedade rural, de onde tirou o sustento da família e formou seus dois filhos em doutor: o mais velho em medicina, a caçulinha em odontologia. Tinha o Bonifácio uma preocupação e um sonho na vida. A preocupação era com os invasores de terra, os sem-terra, os sem-que-fazer, que a qualquer momento podiam apoderar-se de seus bens; ainda mais agora, conforme dizia ele, que já tem até ministro e presidente do INCRA invasores também. O seu grande sonho, quase impossível, era conhecer Paris e sua Torre Eiffel. Morreu Dona Maricota, sua companheira de quase 40 anos. Sem entusiasmo para labutar na terra, vendeua e mudou-se para a cidade. Lá, adquiriu uma casinha para melhor receber seus netos. Com o troco, resolveu colocar em prática o seu sonho, comprando uma passagem aérea para Paris e Euros para as despesas; e, todo feliz da vida, foi para Cumbicas embar- 28 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF car no seu primeiro voo. No avião, sentou-se no lugar marcado, admirando-se com tudo – do ambiente a uma loura boazuda de fechar o comércio. Mas uma coisa o incomodava muito. O maldito do dente que sua filha quis tratar antes de viajar começou a doer. E como doía o danado! Enquanto penava o dito cujo, um papo rolava lá atrás entre a loura boazuda e o passageiro que sentava na poltrona logo depois do Bonifácio: – Como é que é? Vamos aproveitar a noite... tá tudo escuro, vamos tirar um sarrinho? – Você está ficando doido. Tem quase 300 pessoas aqui dentro e vai ser um baita escândalo. Nem pensar! – Que bobagem menina! Está todo mundo dormindo. Quer ver? E berra a todo pulmão: – Quem tem fósforo? – ninguém fala nada. – Quem tem fósforo? – o mesmo silêncio. – Viu? Não falei? Tá todo mundo dormindo. – E fornicaram a noite toda. Voltando ao nosso Bonifácio Quaresma, tadinho, de manhãzinha urrava de dor de dente quando as comissárias de bordo começavam a servir o café. – O senhor não está passando bem, não dormiu. O que aconteceu? – Arre-égua, menina. Tô que não aguento mais de tanta dor! Se eu tivesse aqui um daqueles instrumentos de minha fia, cum certeza expunha a raiz deste maldi- to dente. - Ora, por que o senhor não falou? Eu lhe traria imediatamente um remédio. Era só ter pedido! - Eu?... Cê é boba menina? Uma muié aqui atrás teve vontade de fumar, cumeram ela a noite inteira, só porque ela pediu um fogo. E oia, nunca mais eu ando nessa merda. Vou voltar é de navio ou a nado mesmo. Risco é que num vou correr. 29 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF HISTÓRIA Apoio de anunciantes viabiliza projeto de nova publicação A ideia de se lançar e distribuir uma revista no sistema Sicoob em Goiás e Tocantins demandaria novos investimentos não previstos pela Central. A saída encontrada foi a comercialização de anúncios para empresas ligadas ao cooperativismo de crédito. A primeira empresa parceira foi a LDR Corretora de Seguros, com anúncios em todas as edições. Quem também adquiriu espaço desde a primeira edição, referente a julho de 2007, foram o Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) e a Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB/Sescoop-GO). Além desses parceiros efetivos, a revista também contou com parcerias pontuais de cooperativas de crédito filiadas e demais anunciantes em de- terminadas edições. Ao ingressar na elaboração da revista, o Sicoob Central DF também adotou a mesma estratégia de comercialização de espaços comerciais. Sicoob Goiás Central lança revista inovadora A revista do Sicoob Goiás Central foi idealizada pelo seu presidente, José Salvino de Menezes, que vislumbrava um veículo de comunicação abrangente, que além de divulgar os eventos das cooperativas filiadas, também difundisse notícias de entretenimento e de interesse geral do meio cooperativista. Com o nome Revista Sicoob Goiás/Tocantins, a nova publicação foi iniciada com 32 páginas e veio substituir o informativo Notícias do Sicoob, de 12 páginas – publicado durante três 32 32 AGO.SET.OUT./09 AGO.SET.OUT./09 -- GOIÁS/TOCANTINS/DF GOIÁS/TOCANTINS/DF anos –, sucessor do boletim Notícias da CrediGoiás. O primeiro veículo de comunicação produzido pela central foi o Jornal CrediNews, lançado em janeiro de 1996. Depois de mais de 10 anos atuando com publicações informativas, em julho de 2007, o Sicoob Goiás Central decidiu lançar a sua revista, que, além de abranger os dirigentes e colaboradores das cooperativas de crédito, também seria distribuída às demais Centrais do Sistema, ao Banco Central do Brasil, às entidades de classe, às instituições e organizações ligadas ao cooperativismo, à imprensa, às universidades, parlamentares, órgãos governamentais e formadores de opinião. A revista Sicoob Goiás/Tocantins cumpriria um importante papel de noticiar fatos e acontecimentos relevantes do meio cooperativista aos dirigentes, colaboradores e associados das cooperativas de crédito do Sicoob. Por meio dessa publicação, o sistema passaria a contar com um importante instrumento de difusão dos valores e ideais cooperativistas. Sicoob Central DF torna-se parceira da revista Com entrevistas de grande repercussão e matérias especiais, a revista conquistou leitores fiéis e um espaço no segmento cooperativista. A partir da quinta edição, passou a se chamar Revista Sicoob Goiás/Tocantins/Distrito Federal – em virtude da intercooperação com o Sicoob Central DF – e abranger notícias das cooperativas de crédito de Brasília e cidades satélites. A partir da parceria com a central do Distrito Federal, o volume de notícias aumentou consideravelmente e a revista passou a ser publicada em 48 páginas. O que não sofreu alteração foi sua qualidade editorial. A revista continuou a apresentar um conteúdo inovador, com reportagens especiais e entrevistas de grande repercussão. Confira a seguir um resumo de cada edição e os principais trechos de entrevistas que chamaram a atenção do meio cooperativista e anteciparam algumas das tendências: Destaques onal das Cooperativas de Crédito (Ancoop). Para ele, “uma cooperativa é sempre uma obra inacabada, pois não tem limites para crescer”. A edição também deu destaque à posse dos novos Conselheiros de Administração do Sicoob Goiás Central, e trouxe matéria sobre as novas regras do produto Sicoob Salário. Além disso, notícias sobre as comemorações do Dia Internacional do Cooperativismo, da expansão do Sicoob em Goiás e Tocantins e reportagem dos eventos e estratégias de capitalização das cooperativas filiadas. Entrevista N° 1 - Edição Julho/ Agosto/Setembro de 2007 A primeira edição trazia na capa a campanha de marketing em Goiás e Tocantins. A primeira ação de divulgação em massa da marca Sicoob foi noticiada como um marco histórico no Sistema. Dois líderes goianos foram entrevistados: o então vice-presidente do Sicoob Goiás Central, Lajose Alves Godinho, e o presidente da OCB-GO, Antônio Chavaglia. Relembre os principais trechos das entrevistas: Lajose Alves Godinho preside o Sicoob Agrorural, cooperativa de crédito sediada em Quirinópolis (GO) e, durante 17 anos, esteve na vice-presidência do Sicoob Goiás Central. Lajose também ocupou diversos e importantes cargos no cooperativismo brasileiro, como, entre outros, a presidência da extinta Associação Naci- REVISTA SICOOB - Por que a década de 1990 foi importante para o cooperativismo? Lajose: Porque representou, entre outros fatores, a consolidação da institucionalização das iniciativas do cooperativismo de crédito em nível nacional, inclusive com a fundação de bancos cooperativistas. Nesse sentido, gostaria de destacar a competente atuação de José Salvino de Menezes, que teve uma participação importante no âmbito de Goiás e do Centro-Oeste. REVISTA SICOOB - Quais os desafios do cooperativismo de crédito em Goiás para os próximos anos? Lajose: Em primeiro lugar, acredito que a prioridade seja melhorar sua estrutura para concorrer com as demais instituições financeiras, pois o mercado está cada dia mais competitivo. Para isso, precisamos divulgar em todo o País as vantagens do cooperativismo de crédito. E o esforço por 33 33 AGO.SET.OUT./09 AGO.SET.OUT./09 -- GOIÁS/TOCANTINS/DF GOIÁS/TOCANTINS/DF HISTÓRIA “Precisamos divulgar em todo o País as vantagens do cooperativismo de crédito. E o esforço por uma maior capitalização é de fundamental importância nesse processo, além de investimentos na área de treinamento e capacitação de pessoal” uma maior capitalização é de fundamental importância nesse processo, além de investimentos na área de treinamento e capacitação de pessoal. Além disso, devemos mapear os espaços em Goiás e Tocantins que ainda não possuem entidades representantes do cooperativismo. Creio que o Sicoob Goiás Central deve atuar na dianteira desse processo, ampliando seus Postos de Atendimento ao Cooperado (PAC), estimulando fusões de entidades e sobretudo promover a fidelização de seus associados, através da concessão de negócios promissores de auto-sustentabilidade, para expandir e fortalecer o Sistema. Por fim, gostaria de enfatizar que, se antes o ideal cooperativo era um sonho, hoje já é uma realidade, e que a maior riqueza de uma cooperativa consiste em sua vontade de crescer. Antônio Chavaglia foi o primeiro presidente da Central de Cooperativas de Crédito de Goiás. Atualmente, preside o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB-GO), a cooperativa de crédito Sicoob Credi-Rural e também a cooperativa de produção Comigo. Para ele, “a atividade de fomen- 34 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF to deve caminhar visando a sustentabilidade das cooperativas”. REVISTA SICOOB - Qual o papel social do cooperativismo de crédito e como vencer as barreiras da desinformação para estimular o surgimento de novas cooperativas? Chavaglia: Em primeiro lugar, devemos ressaltar o compromisso do cooperativismo nos dois segmentos geográficos em que atua: as áreas urbana e rural. Percebo que uma das maiores dificuldades à implantação do cooperativismo hoje é de fato a desinformação. Faltam às pessoas mais informações sobre a importância e as vantagens sócio-econômicas da organização cooperativa. Assim como os outros ramos, o cooperativismo de crédito tem um papel importantíssimo no fomento do desenvolvimento das cooperativas. É por onde podemos promover melhor em nossos líderes a noção necessária de poupança para capitalizar e fortalecer nossas cooperativas. Sabemos que, embora regido pelo Banco Central, o cooperativismo de crédito tem sido administrado no país de forma independente e com uma visão de futuro apurada. O Sicoob Goiás Central também é um exemplo desse modelo vitorioso do cooperativismo. Um modelo que cabe a nós, da OCB, Sicoob e às singulares, continuar defendendo para que possamos reunir todas as condições favoráveis para dar a sustentabilidade desejada por todos, capitalizando as cooperativas e estimulando o seu desenvolvimento. REVISTA SICOOB - Como o senhor avalia o cenário econômico atual e de que forma as cooperativas de crédito podem fomentar o desenvolvimento econômico-financeiro no país? Chavaglia: A Frencoop vem trabalhando, por exemplo, para que todos os bancos federais, inclusive o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinem mais recursos de fomento para as organizações cooperativas. Não é à toa que o Conselho Monetário Nacional tem se colocado favorável a uma série de questões de regulação do cooperativismo de crédito, como a abertura para que as cooperativas, desse ramo, se tornem de livre admissão e possam se capitalizar mais e melhor. Tudo isso é fruto de pressão política e as lideranças cooperativistas devem entender cada vez mais que as coisas só acontecem se nos fizermos representados politicamente, tanto em Brasília como em Goiás. “Assim como os outros ramos, o cooperativismo de crédito tem um papel importantíssimo no fomento do desenvolvimento das cooperativas. É por onde podemos promover melhor em nossos lideres a noção necessária de poupança para capitalizar e fortalecer nossas cooperativas” plantado por algumas cooperativas de crédito. A publicação apresentou matérias sobre o Planejamento Estratégico da Central e noticiou a conquista das cooperativas de crédito de Goiás em trabalhar com repasse dos recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). Entrevista N° 2 - Edição Outubro/Novembro/ Dezembro de 2007 Essa edição trouxe a primeira de muitas entrevistas com personalidades de renome, nacionais e internacionais. O entrevistado foi o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, que ganhou o destaque da capa. Destaques A revista abordou o tema Bacen Jud, na coluna Visão Jurídica, assinada na época pelo assessor jurídico do Sicoob Goiás Central, o advogado Armando Campos. A revista apresentou também reportagens especiais sobre o Cooperjovem, programa que desenvolve os valores do cooperativismo com crianças do ensino fundamental, e o programa de Remuneração Extra para cooperados aposentados, im- Exclusiva com o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, que falou do papel do cooperativismo de crédito para a economia brasileira e destacou a importância do Sistema Sicoob. A publicação da entrevista gerou grande repercussão e colocou a Revista Sicoob Goiás/Tocantins em evidência no meio cooperativista. Reveja os principais trechos da entrevista: Henrique Campos Meirelles é natural da cidade de Anápolis (GO). Foi eleito deputado federal com expressiva votação. Formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e Mestre em Ciências da Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele também é Doutor Honoris Causa pela Bryant College, em Rhode Island, nos Estados Unidos. Antes de assumir o Banco Central, ele presidiu importantes instituições, como o Banco de Boston no Brasil e o Global Banking no Fleet Boston Financial. REVISTA SICOOB - Como o senhor avalia o Sistema Sicoob no contexto da economia brasileira? Meirelles - O Sistema Sicoob se insere no contexto dos objetivos econômicos que levaram ao aprimoramento das normas a partir de 2003, den- “O sistema conta com a maior amplitude nacional do ponto de vista do número de cooperativas e de cooperados, tendo cerca de 47% do total nos dois casos. Além disso, o Sicoob se encontra presente nas regiões Norte e Nordeste que, como se sabe, são de reconhecida carência financeira”. tre os quais a redução do spread, via concorrência, e o atendimento de população mais carente. O sistema conta com a maior amplitude nacional do ponto de vista do número de cooperativas e de cooperados, tendo cerca de 47% do total nos dois casos. Além disso, o Sicoob se encontra presente nas regiões Norte e Nordeste que, como se sabe, são de reconhecida carência financeira. Mas é importante ressaltar que há outros fatores de eficiência não necessariamente voltados para o número de cooperativas, mas sim para os pontos de atendimento. O sistema cooperativista brasileiro, a despeito de seu crescimento nos últimos anos, responde somente por cerca de 2% do sistema financeiro nacional e está presente em apenas um terço de nossos municípios. Há um espaço grande para 35 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF HISTÓRIA Entrevista crescimento, desde que bem organizado. O Banco Central tem chamado a atenção para esses fatores de eficiência e inseriu nas normas incentivos para a união de cooperativas de forma a diminuir seu tamanho físico, porém com aumento da capacidade de atender. REVISTA SICOOB - Qual é o papel do Banco Central para a organização do cooperativismo de crédito brasileiro? Meirelles - Para se ter uma idéia da importância que o cooperativismo de crédito tem hoje no Banco Central, a competência para decidir pleitos de cooperativa de livre admissão é da Diretoria Colegiada, que já aprovou 107 instituições da espécie em todo o Brasil. Há de se reconhecer, ainda, que o cooperativismo de crédito é o único, dentre os treze ramos cooperativistas, que possui órgão regulador específico e que, até o momento, procurou dar o sentido de organização que hoje nos permite acreditar que ele venha de fato cumprir com o seu papel. REVISTA SICOOB - Qual o objetivo final do planejamento de governança das cooperativas de crédito elaborado pelo Banco Central? Meirelles - O objetivo é promover amplo levantamento das principais práticas de governança adotadas pelas cooperativas de crédito, mediante pesquisa nacional e internacional que, posteriormente, será objeto de disseminação em seminário específico. Tudo no intuito de permitir aos diversos agentes discutir as diretrizes para a introdução de boas práticas que, hoje, são consideradas condições essenciais para o sucesso de qualquer empreendimento. 36 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF Com o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, consolidou a Revista Sicoob Goiás/Tocantins como um dos principais veículos de comunicação do meio cooperativista. Na entrevista, concedida também para a Mundocoop, Lula defendeu o cooperativismo de crédito e clamou pela união de todos para a aprovação da lei que regulamentaria o artigo 192 da Constituição Federal (LC-130, aprovada em 28 de abril de 2009). Relembre os principais trechos dessa entrevista: Nº 3 - Edição Janeiro/F evereiro/ Janeiro/Fevereiro/ Março de 2008 A edição destacou em sua capa a reveladora entrevista com o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva. A foto da tradicional festa do Fogaréu, em Pirenópolis, ilustrou a chamada da matéria especial sobre os espetáculos religiosos. Destaques O 1º Seminário de Crédito Cooperativo de Tocantins, realizado com sucesso pelo Sicoob Credipar, ganhou espaço pelo seu ineditismo. Outras notícias abordaram a arrecadação recorde de brinquedos das cooperativas de Goiás e Tocantins do Sistema Sicoob para a Campanha Natal Criança Feliz, os encontros setoriais que movimentaram a OCB-GO e a importância da aprovação da Lei 130 (que até então tramitava no Congresso como PLP 177). Luiz Inácio Lula da Silva iniciou sua atividade política no movimento sindical. Em 1975, elegeu-se presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP). Com a redemocratização do país, foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Depois de três derrotas seguidas na disputa presidencial, em 2002, finalmente Lula elegeu-se presidente do Brasil, reelegendo-se em 2006. REVISTA SICOOB - O Sicoob é o maior sistema de cooperativismo de crédito do Brasil. Porém, tanto o Sicoob quanto os demais sistemas cooperativistas de crédito precisam crescer muito mais, pois juntos representam apenas cerca de 2% do Sistema Financeiro Nacional. O que o senhor acredita que ainda precisa ser feito para estimular este crescimento? Presidente Lula - A introdução do cooperativismo de crédito foi um passo importantíssimo para o País. E estou confiante que seguiremos adiante. Seria importante, por exemplo, que o setor unisse forças com o governo federal em torno da aprovação de uma lei regulamentando o artigo 192 da Constituição, que trata das cooperativas de crédito como instituições “Seria importante, por exemplo, que o setor unisse forças com o governo federal em torno da aprovação de uma lei regulamentando o artigo 192 da Constituição, que trata das cooperativas de crédito como instituições financeiras”. financeiras. REVISTA SICOOB - É possível considerar que, dos últimos 20 anos de governo deste país, a sua administração é a que está dando mais apoio e fomento ao cooperativismo? Por que seu governo dá tanta ênfase ao cooperativismo? Presidente Lula- Eu acredito muito no cooperativismo. Foi por isso que autorizei a criação de cooperativas abertas de crédito, que estavam vetadas pelo Banco Central desde 1999. Foi por isso, também, que tomei a iniciativa de iniciar um processo para atualizar a Lei das Sociedades Cooperativas, que data de 1971. Nosso governo foi o primeiro a criar, no Ministério do Trabalho e Emprego, uma secretaria específica para fomentar e desenvolver o cooperativismo e as formas associativas de produção: a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do meu querido Paul Singer. Ao longo do primeiro mandato, fizemos mudanças regulatórias e concedemos isenções tributárias importantes para fortalecer as cooperativas de crédito, incluindo a criação do Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito (PROCAPCRED). Em 2003, o Ministério da Agricultura lançou o Plano Brasil Cooperativo, que resultou na criação do PRODECOOP, um programa nacional e permanente de desenvolvimento cooperativo para agregação de valor à produção agropecuária; o NORCOOP, um programa de desenvolvimento do cooperativismo no Norte e Nordeste; e o Programa de Ensino e Cooperação Acadêmica no Cooperativismo, visando divulgar e fomentar a cultura cooperativista. Além disso, o Ministério do Desenvolvimento Agrário realiza um trabalho extraordinário de financiamento e apoio técnico às cooperativas de agricultores familiares. Veja, a aposta do nosso governo nas cooperativas é também uma questão de eficiência: basta notar que hoje, no Brasil, um agricultor cooperado tem uma produtividade média 20% superior à do mercado. Queremos, com essas e outras políticas, que o princípio organizador da economia brasileira passe a ter na justiça social a sua maior referência. REVISTA SICOOB - A participação do sistema de crédito cooperativista de Goiás no sistema financeiro local está acima da média nacional. Como o senhor avalia este desenvolvimento do cooperativismo de crédito na região, sobretudo o do sistema Sicoob, especialmente em Goiás e Tocantins? Presidente Lula - Vejo com bons olhos o exemplo da região CentroOeste (Goiás) e no Sul da Região Norte (Tocantins), como todas as iniciativas que visam consolidar e fortalecer o cooperativismo de crédito no País. Esta é uma batalha que interessa a todo o povo brasileiro. Estão todos de parabéns. Nº 4 - Edição Abril/Maio/Junho de 2008 O grande destaque foi a matéria que mostrou o desafio do Sistema em descobrir talentos, abordando a dificuldade das cooperativas centrais e singulares de encontrar mão-de-obra qualificada. A reportagem sobre o Pantanal – maior santuário ecológico do mundo – também ganhou espaço na capa. Destaques A revista trouxe um bate-papo esclarecedor com a presidenta da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), sobre a prevenção e o combate à doença. Outros destaques foram a reportagem sobre a autorização das cooperativas de crédito mútuo captarem poupança, por meio do Bancoob, e a matéria sobre a eleição de José Salvino de Menezes para a presidência da Confederação Sicoob Brasil. 37 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF HISTÓRIA Entrevista A edição marcou a serie de entrevistas com personalidades estrangeiras. Num emocionante encontro, a equipe da revista entrevistou, de uma só vez, dois sobreviventes do histórico acidente aéreo dos Andes, no qual 45 pessoas embarcaram numa aeronave da Força Aérea Uruguaia rumo ao Chile, no dia 13 de outubro de 1972, e apenas 16 voltaram para a casa com vida. Álvaro Mangino, 54 anos de idade, e José Coche Inciarte, 59. Eles são testemunhas de que vale a pena acreditar na vida e lutar por ela. Relembre trechos da entrevista: REVISTA SICOOB - O que vocês fizeram para superar o intenso frio e permanecerem vivos por tanto tempo naquelas condições adversas? Álvaro Mangino - Se você trabalha unido com espírito de equipe, você consegue superar todos os obstáculos. Nós trabalhamos juntos para fazer dos destroços do avião, nosso abrigo. Dividíamos as tarefas e as responsabilidades para cumprir o objetivo do grupo: conseguir sobreviver um dia a mais. Para não morrermos de frio, ficávamos, a todo o tempo, abraçados. O calor humano e a solidariedade fizeram com que superássemos todas as dificuldades. “O calor humano e a solidariedade fizeram com que superássemos todas as dificuldades”. 38 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF REVISTA SICOOB - Comer o primeiro pedaço de carne humana foi o momento mais desesperador, após a queda do avião? Álvaro Mangino - Foi um momento muito terrível! Ouvir a notícia pelo rádio, após algumas semanas, de que as buscas por sobreviventes do acidente haviam cessadas também foi de grande desesperança. Entretanto, o momento mais desesperador aconteceu dezesseis dias depois do acidente, quando fomos soterrados por uma avalanche que matou oito pessoas. Não merecíamos aquilo! REVISTA SICOOB - Como em qualquer grupo, algumas deliberações são polêmicas. Qual foi a decisão mais difícil do grupo? José Coche Inciarte - Nós tínhamos resolvido o problema da falta de água. Derretíamos a neve pressionando-a em duas chapas de metal improvisada colocadas no sol (quando havia sol). Faltava resolver o problema da fome. Estávamos muitos dias sem comer e por isso havíamos perdido muito peso. Sabíamos que morreríamos se continuássemos sem comida. Então, durante uma assembléia, houve a decisão de comermos a carne dos amigos mortos. Foi a mais difícil decisão de nossas vidas. Naquele momento, fizemos um pacto de que a pessoa que viesse a morrer doaria o seu próprio corpo para os demais companheiros. É muito importante destacarmos que não houve canibalismo. Ninguém matou ninguém para comer! Nós alimentamos apenas das pessoas mortas. Se não tivéssemos tomado essa decisão não haveria nenhum sobrevivente! REVISTA SICOOB - A união do grupo foi necessária para que todos “Acredito que o cooperativismo de crédito é muito importante para o desenvolvimento econômico de um país. Eu, particularmente, conheço de perto os ideais e valores universais do cooperativismo. Tempos depois do acidente, trabalhei, durante 10 anos, como diretor de Cooperativa”. mantivessem o foco (serem resgatados vivos). A união no cooperativismo de crédito também é muito importante, cujo foco é a associação de pessoas com o objetivo de proporcionar assistência financeira uma as outras por meio da mutualidade. O que vocês acham deste segmento? José Coche Inciarte - Acredito que o cooperativismo de crédito é muito importante para o desenvolvimento econômico de um país. Eu, particularmente, conheço de perto os ideais e valores universais do cooperativismo. Tempos depois do acidente, trabalhei, durante 10 anos, como diretor da Cooperativa Nacional dos Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole). Conheci de perto os desafios e benefícios do cooperativismo! bre as comemorações do Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito, celebrado no mês de outubro, e da inauguração da nova e moderna sede do Bancoob. O artigo do escritor Reinaldo Polito inaugurou a coluna fixa de temas de liderança, dedicada a autores renomados. Entrevista Desta vez, a entrevista foi com uma representante internacional do cooperativismo de crédito. Com versão traduzida também para o inglês, a revista publicou uma entrevista com Monique F. Leroux, que falou da força do cooperativismo canadense e o que o Brasil pode aprender com o Sistema Desjardins. Nº 5 - Edição Agosto/ Setembro/Outubro de 2008 A revista retoma o assunto das leis em tramitação no Congresso Nacional. Desta vez, traz na capa a seguinte chamada: Ato Cooperativo deve se tornar lei ainda neste ano. A entrevista com Monique F. Leroux, presidenta do Desjardins, ganhou destaque na capa. Destaques O grande destaque dessa edição foi a parceria com o Sicoob Central DF. Pela primeira vez no sistema Sicoob, duas centrais se uniriam numa mesma publicação noticiosa. O editorial foi assinado em conjunto pelos presidentes José Salvino de Menezes (Sicoob Goiás Central) e José Alves de Sena (Sicoob Central DF). Além disso, a revista trouxe matéria especial so- Monique F. Leroux foi a primeira mulher da história do Sistema Desjardins – um dos principais modelos mundiais de cooperativismo de crédito – a assumir a presidência. Da sede no campus de Levis, na província de Quebec, no Canadá, Monique comanda o Desjardins, que tem mais de 5,8 milhões de associados e é o maior empregador privado de Quebec, abrigando 40 mil trabalhadores. REVISTA SICOOB - O principal agente financeiro da província de Quebec é o Sistema de Cooperativas Desjardins. Qual o percentual de sua participação local em relação aos bancos comerciais? Monique - Desjardins está principalmente presente em Quebec e também em algumas áreas da província de Ontário, embora em menor grau. Em Quebec, Desjardins é de longe a maior instituição financeira. Nós somos dominantes em vários segmentos, tais como empréstimos hipotecários, com 39,2% do mercado, sendo o restante repartido entre os seis grandes bancos. Nos cartões de crédito temos a fatia de 49,4% do mercado; empréstimos agrícolas, 42,5%; poupanças pessoais, 44,1%. REVISTA SICOOB - Quais as práticas predominantes que fizeram das cooperativas Desjardins um dos grandes agentes financeiros do Canadá? Monique - Basicamente foi a nossa capacidade de atender a todos os segmentos da população, especialmente aqueles com rendas mais baixas. Isso explica porque a nossa organização cooperativa foi capaz de crescer em todo o território da província de Quebec, em particular nas zonas rurais, e de se tornar o que é hoje. Voltando 100 anos atrás, os bancos não emprestavam dinheiro a pessoas físicas, só para as empresas. O sr. Alphonse Desjardins, nosso fundador, se incomo- “Penso, contudo, que como cooperativas devemos tentar ser tão altamente produtivos quanto possível e, ao mesmo tempo, garantir atendimento a todos os segmentos da nossa adesão. Não é fácil, mas é possível fazê-lo”. 39 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF HISTÓRIA dou com o fato de as pessoas estarem sendo exploradas por usurários. Ele, assim, idealizou o conceito de uma cooperativa de poupança e empréstimos para ajudá-las e educá-las sobre finanças e autoatendimento. O que nos diferencia, também, é que as nossas cooperativas, embora cada uma seja autônoma, estão todas integradas em uma grande rede ou sistema que lhes têm permitido crescer cada vez mais fortes durante os anos. REVISTA SICOOB - O Sicoob é o maior sistema de cooperativismo de crédito em rede de atendimento do Brasil. Porém, juntamente com os demais sistemas representa pouco mais de 2% da participação no Sistema Financeiro Nacional, uma fatia muito pequena do mercado. O que a senhora indicaria para o crescimento desejável do cooperativismo de crédito no Brasil? Monique - Não conhecendo profundamente sobre o seu sistema tornase um pouco difícil para eu responder a esta pergunta. Penso, contudo, que como cooperativas devemos tentar ser tão altamente produtivos quanto possível e, ao mesmo tempo, garantir atendimento a todos os segmentos da nossa adesão. Não é fácil, mas é possível fazê-lo. Por exemplo, aqui em Quebec, muitas das nossas cooperativas decidiram fundir-se de forma a ter maior base de associados, maiores receitas, maiores ativos e forte base de capital e do mesmo modo, reduzir os seus custos globais. Ao fazê-lo, a maior parte delas foi capaz de contratar consultores financeiros altamente treinados e especializados, a fim de melhor atender as necessidades financeiras dos seus membros. Embora nos esforcemos para ser mais produtivos, não temos como objetivo alcançar resultados financeiros tão grandes como almejados pelos bancos. Por 40 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF “Cooperativas, em minha opinião, são as únicas organizações que podem representar uma alternativa viável aos bancos e à globalização. Elas pertencem a seus associados e não podem ser compradas por grandes conglomerados. Mas elas não estão imunes à concorrência e por isso devem ser financeiramente sólidas, o máximo que puderem, a fim de assegurar o seu futuro”. exemplo, nós temos o nosso alvo de taxa de retorno fixado num intervalo entre 12% e 15%. Isso nos possibilita alcançar um bom desempenho financeiro que nos permita continuar a desenvolver o nosso sistema e fazer os investimentos estratégicos necessários para manter a nossa quota de mercado, continuando a estar presente em quase todas as comunidades e servir a todos os segmentos dos associados. Poderíamos tentar fazer sempre mais dinheiro, mas a que preço? Através do fechamento de agências, deixando pequenas comunidades? Não, essa não é a nossa filosofia de trabalho! Ainda assim, o Desjardins foi capaz de obter lucro recorde em 2007. Nosso ganho superavitário (lucro – chamado de sobras, no Brasil) alcançou um recorde de CAN $ 1,1 bilhões (de dólares canadenses) em 2007. Em contrapartida, como cooperativas, nós temos condições de dividir com os nossos associados estes excedentes; os dividendos para os cooperados totalizaram CAN $ 592 milhões e cerca de CAN $ 72 milhões foram devolvidos como patrocínios, donativos ou bolsas. REVISTA SICOOB - Os bancos comerciais do Brasil são muito agressivos. O que a senhora acha que o sistema de cooperativismo de crédito deveria fazer para ser mais competitivo? Monique - Eu aconselho vocês a reduzir seus custos através da divisão de serviços com outras cooperativas, por exemplo, a fusão dessas cooperativas, ou de qualquer outra forma. A produtividade é o nome do jogo, porém não pode ser atingida pela exclusão de associados. O Sicoob também deve considerar a manutenção de uma forte base de capital, esta é essencial para o seu crescimento e desenvolvimento. Cooperativas, em minha opinião, são as únicas organizações que podem representar uma alternativa viável aos bancos e à globalização. Elas pertencem a seus associados e não podem ser compradas por grandes conglomerados. Mas elas não estão imunes à concorrência e por isso devem ser financeiramente sólidas, o máximo que puderem, a fim de assegurar o seu futuro. mia brasileira estaria bem fundamentada e, por isso, os impactos da crise não seriam tão devastadores. Alexandre Garcia começou sua carreira no Jornal do Brasil, no qual trabalhou como correspondente no exterior. Ele foi diretor da extinta TV Manchete e cobriu três guerras (Angola, Líbano e Malvinas). Teve, ainda, a honra de receber da Rainha Elisabeth II, a Ordem do Império Britânico. Atualmente, trabalha nos telejornais da TV Globo, além de escrever para revistas, jornais impressos e fazer comentários diários veiculados em 170 emissoras de rádio. Nº 6 - Edição Dez. 2008/ Jan./F ev Jan./Fev ev.. de 2009 A 6ª edição apresentou em sua capa o Educanet, projeto inovador de educação à distância do Sicoob Brasil, com aprendizagem por meio da utilização de tecnologia conhecida como e-learning. Destaques Uma reportagem especial surpreendente que mostrou a participação efetiva de índios de diversas tribos no cooperativismo de crédito do Sistema Sicoob. A edição apresentou matérias sobre o cenário econômico, diante do ápice da crise financeira mundial, além de trazer um especial sobre o Natal e um artigo do escritor Gustavo Cerbasi. Entrevista O jornalista e comentarista de política e economia da Rede Globo, Alexandre Garcia. Para ele, a econo- REVISTA SICOOB - Há uma tendência que os bancos comerciais brasileiros encontrem dificuldades para captar financiamentos no exterior em decorrência dos reflexos da crise bancária americana. No médio prazo, você acredita que isso deverá impactar na oferta do crédito doméstico? Garcia - Isso deve acontecer sim. Analisando por outro ângulo, a redução do crédito doméstico será, de certa forma, boa para o país. Porque uma oferta desenfreada pode se tornar perigosa, como foi o caso da bolha do mercado imobiliário dos Estados Unidos, que resultou na atual crise financeira. No Brasil, já é possível identificar, em alguns segmentos, como o crédito para automóveis, por exemplo, que a oferta de crédito muito fácil já acarreta um alto nível de inadimplência. O crédito fácil para pessoas sem capacidade de pagamento é muito arriscado. REVISTA SICOOB - Você acredita haver oportunidades de crescimento do cooperativismo de crédito diante deste cenário? Garcia - Sim! Creio que seja um bom momento para o cooperativismo de crédito divulgar à população os seus diferenciais em relação aos bancos comerciais, destacando suas características solidárias e seguras. REVISTA SICOOB - Você foi subsecretário de imprensa da Presidência da República durante o governo do General Figueiredo e atua hoje em importantes empresas de comunicação. Como você avalia a inserção do cooperativismo de crédito nestes dois momentos da nossa história: o período do regime militar e o atual, democrático? Garcia - O governo do General Figueiredo foi um dos grandes incentivadores do cooperativismo. Na época, havia um estímulo para a colonização de algumas regiões do País, como a Amazônia, Roraima e norte do Mato Grosso. Isso foi feito por meio do fomento de cooperativas. Portanto, o sistema cooperativo foi um importante instrumento para o desenvolvimento regional. Com o advento da democracia, o processo de expansão cooperativista teve continuidade. A estabilidade econômica é propícia para a constituição de sociedades cooperativas de todos os ramos de atividades. “A estabilidade econômica é propícia para a constituição de sociedades cooperativas de todos os ramos de atividades”. 41 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF HISTÓRIA que o jornalista Alexandre Garcia fez uma análise financeira das consequências da crise, a 7ª edição buscou um novo olhar sobre o momento e entrevistou o psicólogo americano, Stephen Paul Adler, que falou dos impactos emocionais da crise financeira mundial. Nº 7 - Edição Abril/ Maio/Junho de 2009 A edição trouxe em sua capa uma foto que ilustrava a movimentação no Sistema e apontava os novos rumos do Sicoob. O presidente do Sicoob Brasil José Salvino de Menezes, e o recém eleito presidente do Bancoob Marco Aurélio Almada, falaram das mudanças administrativas e de suas metas para 2009 Destaques Além da matéria de capa, os grandes destaques foram: a reportagem especial sobre a tendência da criação e transformação de cooperativas de crédito em Livre Admissão e uma matéria de cultura sobre a vida e obra do poeta Mário Quintana. O artigo do escritor Roberto Shinyashiki e reportagem sobre a nova ortografia da língua portuguesa ganharam destaques. Entrevista Ao contrário da edição anterior, em 42 AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF Dr. Stephen Paul Adler é Ph.D em Transtorno do Stress Pós-Traumático pela American Academy of Experts in Traumatic Stress dos Estados Unidos e detentor de mais de 13 especializações em psicologia, na área de gerenciamento de crises. Sua atuação ganhou destaque quando desenvolveu um trabalho de liderança emocional com o Corpo de Bombeiros de Nova Iorque, após os atentados de 11 de setembro. REVISTA SICOOB - O mundo passa por uma de suas piores crises financeiras. Qual a melhor forma de superá-la? Stephen - Primeiro devemos superar o medo. O medo nos faz perder as perspectivas e a esperança. As pessoas se tornam vítimas. Isso faz com que qualquer contratempo seja uma crise na vida delas. Não podemos nos deixar ser contaminados pelo medo, pois, se isso vier a acontecer, além de ficarmos mais vulneráveis, a tendência é que tomemos mais decisões erradas do que certas. É claro que não podemos ignorar a atual crise financeira, mas o fato é que nem todo mundo vai perder o emprego e, se isso acontecer com algumas pessoas, não será a primeira e, talvez, nem a última vez. O mundo não vai acabar por conta dessa crise. REVISTA SICOOB - O senhor acredita que quando se está menos abalado emocionalmente torna-se mais fácil superar situações de crises, principalmente as financeiras? “De certa forma, a crise atual está relacionada à grande quantidade de conhecimento e informação, mas à falta de sabedoria para usá-la. A sabedoria está dentro das pessoas. É necessário que elas aprendam a procurá-la”. Stephen - Quando não deixamos o medo tomar conta da situação, conseguimos enxergar além do óbvio. Quando isso acontece, conseguimos ver oportunidades onde a maioria vê apenas os riscos. Mas se a pessoa sente que não tem condições de sair sozinha de uma situação traumática, ela deve buscar ajuda. REVISTA SICOOB - O que basicamente está faltando aos nossos líderes? Stephen - Atualmente, os líderes têm muita informação e conhecimento, mas, mesmo assim, tomam decisões erradas, porque não usam a sabedoria. Conhecimento é o aprendizado que adquirimos ao longo do tempo, já a sabedoria é como usamos esse conhecimento. De certa forma, a crise atual está relacionada à grande quantidade de conhecimento e informação, mas à falta de sabedoria para usá-la. A sabedoria está dentro das pessoas. É necessário que elas aprendam a procurá-la.