EDITORIAL
Colhendo os frutos da
intercooperação
Toda boa semente quando é cultivada rende bons frutos. Ao realizar
a parceria desta revista, o Sicoob Goiás Central e o Sicoob Central DF tinham o objetivo de fortalecer a publicação e, ao mesmo tempo, promover um dos alicerces da doutrina cooperativista: a intercooperação.
A revista passou a se chamar Sicoob Goiás/Tocantins/Distrito Federal e continuou a apresentar um conteúdo inovador, com reportagens especiais e entrevistas de grande repercussão. Com isso, conquistou novos
leitores e se destacou ainda mais no
meio cooperativista. A experiência
bem sucedida serviu de modelo para
todo o Sistema.
A iniciativa das duas Centrais serviu de inspiração para que a Diretoria
Colegiada do Sicoob Brasil tomasse
a decisão de unir esta revista às demais publicações do Sistema e fazer
uma única revista para todas as Centrais do Sicoob. Em um gesto nobre,
o Sicoob Goiás Central e Sicoob Central DF abrem mão desta importante
publicação para participarem da nova
publicação do Sicoob Brasil, que será
lançada em breve. O nosso modelo
de intercooperação se expandiu para
todo o Sistema.
Com um sentimento nostálgico,
apresentamos aos nossos leitores a
última edição da revista Sicoob Goiás/Tocantins/Distrito Federal que, ao
longo de dois anos, cumpriu um importante papel de trazer notícias do
meio cooperativista e entrevistas com
grandes personalidades, servindo assim como instrumento de propagação
do cooperativismo.
Nesta edição especial, a revista
traz uma reportagem sobre os pontos positivos e negativos da LC 130 e
um artigo do Diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do
Banco Central do Brasil, Alexandre
Tombini. Outro destaque é dado ao
aniversário de 20 anos do Sicoob
Goiás Central.
A revista apresenta ainda a campanha de marketing lançada pelo Sicoob Central DF para divulgar os novos terminais de autoatendimento de
Brasília e cidades satélites. A publicação traz um artigo de liderança do
renomado escritor e conferencista Luiz
Marins e uma matéria sobre o Icoop –
sistema que promete otimizar a gestão nas cooperativas de crédito.
O entrevistado desta edição é o
presidente da Frente Parlamentar do
Cooperativismo no
Congresso Nacional
(Frencoop), deputado federal Odacir
Zonta, que falou do
trabalho realizado
para a aprovação
da LC 130 e da atuação da Frente para
a aprovação dos
projetos em tramitação de interesse
do segmento cooperativista.
Não poderíamos deixar de registrar os principais momentos desta edição que conquistou importantes espaços, quebrou paradigmas e antecipou algumas tendências. A revista traz
um resumo de cada edição e seus
principais destaques para que possamos fazer uma retrospectiva, consolidando a história da publicação que
se mostrou pioneira na difusão do
cooperativismo no Sistema Sicoob.
Convidamos os leitores a colher
os frutos que vocês nos ajudaram a
cultivar!
Boa leitura!
José Salvino de Menezes, presidente do Sicoob Brasil e Sicoob Goiás
Central, e José Alves de Sena, presidente do Sicoob Central DF
3
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
SICOOB GOIÁS CENTRAL
SICOOB CENTRAL DF
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
JOSÉ SALVINO DE MENEZES (PRESIDENTE)
VANDERVAL LIMA FERREIRA (1º VICE-PRESIDENTE)
FABRÍCIO MODESTO CÉSAR (2º VICE-PRESIDENTE)
ÁLVARO JOSÉ DO A. MATEUS
EUZI MARTINS PEREIRA
GILBERTO ALVES MORAES
GILSON PURCENA DA SILVA
LEOPOLDO JOSÉ DE ARAÚJO
MARCOS MARIATH RANGEL
CONSELHO FISCAL
EFETIVOS
AUGUSTO DE OLIVEIRA CARVALHO
MARCELO BAIOCCHI CARNEIRO
VANDERVAL JOSÉ RIBEIRO
SUPLENTES
VALDI MARQUES DE SOUSA
DALTON DE SOUZA BARROS THOMAZ
MANOEL DA LUZ ARAÚJO
CONTROLADORIA
Vanderval Lima Ferreira
SUPERINTENDÊNCIA FINANCEIRA
E TECNOLOGIA
Pedro Ivo Santana Gomes
JOSÉ ALVES DE SENA
DIRETOR PRESIDENTE
HÉLIO DE OLIVEIRA PINHA JÚNIOR
DIRETOR FINANCEIRO
MIGUEL FERREIRA DE OLIVEIRA
DIRETOR ADMINISTRATIVO
BENEDITO FAUSTINO DA SILVA
JOAQUIM HENRIQUE MONTELO MOURA
JOSÉ VALDIR RIBEIRO DOS REIS
LUIZ LESSE MOURA SANTOS
PERSIO MARCO ANTONIO DAVISON
ROGÉRIO CAROCA CAVALCANTE
SUPLENTES
MARCOS CARLOS – SICOOB CREDIEMBRAPA
YUSEF GEORGE NIMER – SICOOB CREDINDÚSTRIA
CONSELHO FISCAL
Jaime Aires Coelho - Coopercerd
Pedro Ferreira Caixeta - Cooperforte
Adriano Henrique Guimarães - Credimfa
SUPLENTES
Claudeci Barbosa da Silva - Sicoob
Executivo
Israel Testa - Sicoob Credibrasilia
Diones Alves Cerqueira - Sicoob
Credindústria
Superintendência - SUPER
Edivaldo Alves de Oliveira
SUPERINTENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Edina Francisca de Souza Fileti
Gerência Administrativa - GERAD
Jorge Luiz Moreira
Gerente Tecnologia da Informação
Alexandre Sousa Gonçalves
Setor de Controladoria - SECON
Elivânia Aparecida Alves
Gerente Administração Financeira
Antônio Belloni Neto
Contadora
Regina Elizabeth de Morais
Departamento de Fomento
Regina Coeli Pimentel
Setor de Auditoria - SEAUD
Alaôr José de Morais
Gerente de Desenvolvimento e
Negócio
Juliano de Andrade Almeida
Setor Financeiro - SEFIN
Kelen Yamamaru
Setor de Reestruturação - SERES
Amanda Silva Pereira
Setor de RH
Vivian Franco Terra
Secretaria - SECRE
Nádia Alessandra de Souza Silva
Renata Alves Moreira
Comunicação –SECOM
Noel Lopes Bezerra Junior
TEXTOS:
Luiz Augusto Araujo
Noel Lopes Bezerra Junior
Brunna Marques Duarte
EDITORES:
Luiz Augusto Araujo
(Reg. Prof. GO1444JP)
Francisco Barros
(Reg. Prof. GO00624JP)
COLABORAÇÃO: cooperativas filiadas e
assessorias de comunicação do Sicoob
Brasil, Bancoob e OCB-GO.
OUVIDORIA SICOOB: 0800 725 0996
www.ouvidoriasicoob.com.br
PRODUÇÃO
Setor de Controles Internos - SECIN
Karla Correia Alves Dourado
Setor de Crédito - SECRED
Gláucia Alves Ferreira
Setor de Normas - SENOR
Andreia Cristina Monteiro
Departamento de Normas
Marilene Leite da Silva
Rua 300 s/nº, Cond. Cidade Empresarial, Ed.
Manhattan Center - sl 104 - Cidade Vera Cruz Ap. de Goiânia-GO . CEP: 74935-900.
Tel.: (62) 3097-1406 www.interat.com.br
[email protected]
Projeto gráfico/Diagramação Gaspar Pereira
Impressão Gráfica Elite
Departamento Jurídico
Léo Dias da Silva
Assessoria de Comunicação
Luiz Augusto Araujo
Assessoria de Tecnologia
Wladimir Peres do Nascimento
CONSELHO EDITORIAL:
Álvaro José do A. Mateus, Edina
Francisca de Souza Fileti, Fabrício
Modesto Cesar, Gilson Purcena da Silva,
José Salvino de Menezes, Pedro Ivo
Santana Gomes e Vanderval Lima
Ferreira.
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AGO.SET.OUT./09 - - GOIÁS/TOCANTINS/DF
GOIÁS/TOCANTINS/DF
AGO.SET.OUT./09
As cartas para a Revista Sicoob
Goiás/Tocantins/DF podem ser
enviadas para o e-mail
[email protected] ou para
o endereço: Rua 15, N° 1.250, Setor
Marista, Goiânia-GO. Cep: 74150-150
Fone: (62) 3523-8141/8155
E-mail: [email protected]
ou Endereço: SCS Quadra 06 Bloco
A, Nº 50, Ed. SOFIA, Salas 501 A
507, Brasília-DF. CEP: 70306-902
Fone: (61) 3204-5034
SUMÁRIO
CAPA
6
09
ANIVERSÁRIO - Sicoob Goiás Central completa 20 anos
12
MARKETING - Campanha dos Atm’s faz crescer o número de usuários
14
ARTIGO - A liderança pelo exemplo
16
CULTURA - Cora Coralina: patrimônio dos amantes da poesia
18
ENTREVISTA - Presidente da Frencoop
22
COMEMORAÇÃO - Comemoração do 87º Dia Internacional do Cooperativismo
26
TECNOLOGIA - Sicoob Goiás Central lança sistema que otimiza gestão
27
COMUNICAÇÃO - Cooperativas de Goiás e Brasília lançam TV Sicoob
28
CRÔNICAS E OUTRAS HISTÓRIAS - De Pires do Rio a Paris
31
HISTÓRIA - Retrospectiva dos principais momentos da revista
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AGO.SET.OUT./09 -- GOIÁS/TOCANTINS/DF
GOIÁS/TOCANTINS/DF
AGO.SET.OUT./09
LEGISLAÇÃO
Nova lei regulamenta e fortalece
cooperativismo de crédito
Por Luiz Augusto Araujo
cooperativismo de crédito brasileiro ingressou num novo patamar com a sanção presidencial da Lei Complementar – LC 130 que
regulamenta, em obediência ao artigo 192 da Constituição Federal, o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. A LC 130 preenche uma lacuna legislativa que perdurava por mais de
20 anos, desde a promulgação da
Constituição Federal.
A lei (então PLP 177), de autoria
do Senador Gerson Camata (PMDBES), estabelece novas regras para o
funcionamento do Sistema Nacional
de Crédito Cooperativo e institui quatro tipos de entidades que devem integrá-lo: cooperativas singulares de
crédito, cooperativas centrais de crédito, confederações de cooperativas
de crédito e bancos cooperativos.
A lei implementará novas normas
às instituições financeiras constituídas
sob a forma de cooperativas de crédito – antes regidas apenas pela Lei
5.764/71 e por resoluções do Banco
Central do Brasil (Bacen). “Com a legislação específica, serão criados novos
parâmetros para o aprimoramento da
gestão das cooperativas de crédito,
além de proporcionar um ambiente
mais seguro para o crescimento sólido e sustentável do segmento”, ressalta o presidente do Sicoob Goiás Central e do Sicoob Brasil, José Salvino de
Menezes.
A lei revoga alguns dispositivos
O
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
de duas normas legais vigentes: a Lei
4.595/64, que dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e creditícias e cria o Conselho
Monetário Nacional (CMN); e a Lei
5.764/71, que define a política nacional de cooperativismo e institui o
regime jurídico das sociedades cooperativas.
Confira abaixo os principais pontos positivos da
Lei Complementar 130, segundo a Assessoria Jurídica do Sicoob Brasil
PONTOS POSITIVOS
Reconhece a existência do SNCC - Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.
Permite a associação, às cooperativas de crédito, de pessoas jurídicas sem
qualquer distinção.
Permite a adoção de voto proporcional ao número de associados no caso
das Centrais e Confederações.
Regulamenta, em definitivo, a questão da guarda do sigilo bancário entre as
entidades que compõe o SNCC.
Revoga a exigência da carência de 30 dias, contados da associação, para
que a cooperativa possa operar com o associado.
Institui o acompanhamento de gestão temporária, por parte das Centrais e
das Confederações, junto às cooperativas singulares em caso de risco ou
para garantir a solidez da singular.
Permite que o mandato dos conselheiros fiscais tenha prazo de até três anos.
Permite a contratação de diretores estatutários que não sejam associados
da cooperativa.
Define as confederações de cooperativas de crédito, permitindo que essas
executem atividades das cooperativas centrais.
Permite que a assembleia geral decida pela compensação de perdas do exercício com sobras futuras, desde que respeitadas regras especiais.
Histórico do Projeto de Lei Complementar (PLP) 177, que resultou na Lei 130:
1999
2003
O PLP foi apresentado pelo senador
Gerson Camata, cooperativista capixaba, membro da Frencoop.
Recebeu parecer contrário no
Senado Federal. A Frencoop agiu
junto ao Sistema Cooperativista
Brasileiro e o senador Osmar Dias,
também membro da Frente, apresentou um voto em separado
pela aprovação do projeto. Seu
voto foi aceito.
2004
O projeto foi então encaminhado ao Plenário do Senado, onde
foi aprovado e enviado à Câmara dos Deputados para análise.
O projeto foi relatado pelos deputados Odacir Zonta e Arnaldo
Faria de Sá.
2008
No mês de agosto, o projeto foi votado na Câmara, tendo o Deputado Zonta
como relator. Como foram feitas mudanças no texto, o mesmo teve de retornar ao
Senado, onde o senador Osmar Dias foi o relator de Plenário.
2009
No dia 24 de março, o
projeto foi aprovado por
unanimidade no Senado.
2009
No dia 17 de abril, o presidente
Lula Sancionou a Lei 130.
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
ARTIGO
Por Alexandre Antonio Tombini
Os avanços da nova lei
das cooperativas de crédito
A
Lei Complementar 130/2009
constitui um marco para o co-
operativismo de crédito no
País, sendo a primeira lei a regulamentar o art. 192 da Constituição Federal, e a primeira também a tratar especificamente desse setor do Sistema
Financeiro Nacional. Introduz disposições importantes para sua consolidação e desenvolvimento, visto serem
adequadas aos aspectos característicos das cooperativas de crédito e de
sua organização em sistemas.
Entre as novas disposições, é
oportuno destacar a que permite melhor estruturação da governança das
cooperativas de crédito, mediante
adoção de conselho de administração
e de diretoria executiva profissional a
ele subordinada. Ou seja, é possível
estabelecer a necessária segregação
das atribuições de direção estratégica, realizada pelo primeiro, e de condução das operações correntes, a cargo do segundo, que deve observar
as diretrizes recebidas do conselho.
Também é significativo o reconhecimento da lei à necessidade de uma
estruturação flexível dos sistemas associados, mediante concentração de
atividades especializadas em entidades cooperativas (e até em entidades não cooperativas), societariamente ligadas ao sistema, gerando economias de escala e elevação da qualidade dos serviços.
Noutra vertente, destacam-se as
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
“É importante enfatizar a
questão já bastante
debatida da
regulamentação do
fundo garantidor do
setor. Para além disso, é
prudente aguardar a
adaptação das
cooperativas aos
caminhos já abertos pela
lei, acumulando
experiência valiosa com
vistas a futuras
adaptações das normas
gerais e dos
procedimentos de
fiscalização adotados
pelo Banco Central”.
fere suporte jurídico a procedimentos
disposições que possibilitam ao Conselho Monetário Nacional e ao Banco
prudente aguardar a adaptação das
cooperativas aos caminhos já abertos
Central exercer regulamentação e fiscalização apoiadas em competênci-
pela lei, acumulando experiência valiosa com vistas a futuras adaptações
as definidas segundo as características próprias do setor, atingindo to-
das normas gerais e dos procedimentos de fiscalização adotados pelo
das as atividades relacionadas com as
cooperativas de crédito, mesmo as re-
Banco Central. Tal evolução normativa se dará, como de praxe, dentro do
alizadas por entidades não cooperativas. Nesse âmbito, ressalta o reco-
espírito de entendimento e trabalho
conjunto do Banco Central com os re-
nhecimento legal das atividades de
supervisão realizadas pelas entidades
presentantes do setor cooperativo.
cooperativas em observância à regulamentação específica.
A nova lei, em muitos pontos, con-
observados com sucesso até o presente, mas que eram adotados com
base em disposições legais referentes
a instituições financeiras em geral, sem
considerar as características específicas do setor. Por ser focada no setor
cooperativo e preencher essas lacunas, a LC 130/2009 abre possibilidades ainda não totalmente avaliadas,
que deverão ser exploradas, em primeiro lugar, pelo próprio setor e, subsidiariamente, pela edição de normas
em campos onde se revele necessário disciplinar a gestão das cooperativas de crédito e suas atividades operacionais.
Ainda no que diz respeito à regulamentação da nova lei, é importante
enfatizar a questão já bastante debatida da regulamentação do fundo garantidor do setor. Para além disso, é
Alexandre Antonio Tombini é
Diretor de Normas e Organização do
Sistema Financeiro
do Banco Central do Brasil.
ANIVERSÁRIO
Sicoob Goiás Central
completa 20 anos
Julho é o mês do cooperativismo. Julho é o mês do
aniversário do Sicoob Goiás Central!
O
Sicoob Goiás Central comemorou seu aniversário de 20 anos
no dia 27/7. Constituída a par-
tir da Assembleia Geral realizada no
dia 27/7/1989, a Cooperativa Central
de Crédito de Goiás foi fundada com
o nome de Cocecrer-GO. Em 1995, a
Central passou a se chamar CrediGoiás Central. A última alteração no nome
da Central ocorreu 10 anos depois,
com a adesão à marca Sicoob, no dia
Antiga sede da Central (ainda com o nome CrediGoiás) ao lado da atual.
O que dizem os diretores do Sicoob Goiás Central:
24/11/2005, quando o atual nome foi
adotado.
A Central surgiu a partir do objetivo de atender as cooperativas filiadas,
por meio de uma gestão organizada
e integrada. Seu papel consiste em
promover o fomento ao cooperativis-
“Temos muito o que comemorar! Avançamos muito nestes 20 anos de história e nossa Central tornou-se referência no cooperativismo de crédito. Para comemorar esta data tão importante, ampliamos a sede do Sicoob Goiás Central
para melhor atender nossas filiadas. Nossa Central está preparada para um crescimento sólido, seguro e sustentável”.
José Salvino de Menezes - Presidente do Sicoob Goiás Central
mo de crédito nos Estados de Goiás e
Tocantins, integrando o sistema através de orientações, assessoria e prestação de serviços às suas filiadas. Uma
das suas mais nobres e principais atribuições refere-se à promoção da educação cooperativista e da qualificação dos quadros funcionais e sociais
das singulares.
Atualmente, o Sicoob Goiás Central conta com 34 cooperativas filiadas, totalizando cerca de 80 unidades de atendimento, e mais de 26.500
associados nos Estados de Goiás e Tocantins.
“O Sicoob Goiás Central completa 20 anos em um momento especial, no
qual o nosso presidente, José Salvino de Menezes, também está à frente da
Confederação Sicoob Brasil. Mais do que nunca, nossa Central é referência no
sistema e se consolida nesses 20 anos com muito sucesso. O sucesso da Central
se deve ao sucessso de nossas filiadas!”
Vanderval Lima Ferreira - 1º vice-presidente do Sicoob Goiás Central
“Há 20 anos o Sicoob Goiás Central foi criado com o intuito de organizar as
cooperativas de crédito existentes à época em um sistema, desenvolver o cooperativismo de crédito em Goiás, inclusive com ações de fomento à criação de
novas cooperativas de crédito. A Central exerce um papel fundamental na centralização financeira do sistema GO/TO, na capacitação de colaboradores e dirigentes e no auxílio às singulares como um todo. Agora, o grande desafio de
nossa Central é se preparar cada vez mais para o futuro, reinventando-se a cada
dia para estar na vanguarda do cooperativismo de crédito brasileiro.”
Fabrício Modesto César - 2º vice-presidente do Sicoob Goiás Central
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
RAIO-X GOIÁS/TOCANTINS
Criada desde a primeira edição da revista, a coluna Raio X deu destaque às cooperativas
filiadas. Nesta última edição, os destaques são as mais jovens cooperativas filiadas ao Sistema Sicoob em Goiás e Tocantins, com atuação nas cidades de Palmas (TO), Goiânia (GO), Jataí
(GO) e Ceres (GO).
SICOOB JURISCRED
Cooperativa de Crédito dos Magistrados e
Servidores da Justiça do Estado de Goiás
LTDA.
Data de Constituição: 31/01/2008
Endereço: Rua 72, nº 234, Jardim Goiás, Goiânia GO. CEP: 74805-480
Presidente: José Ricardo Marcos Machado
Vice-Presidente Financeiro: Carlos Magno Rocha da
Silva
Vice-Presidente Administrativo: Carlos Elias da Silva
Nº total de associados: 305
SICOOB MEIO-NORTE
Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos
Engenheiros e Arquitetos de Estado do Tocantins LTDA.
Data de Constituição: 24/10/2007
Endereço: ACNO 01, Qd. 103-N, Conjunto 04, Lt. 29,
Av. LO 02, Salas 03/04, Plano Diretor Norte, Palmas TO. CEP: 77001-022
Presidente: Marco Antônio de Faria Cunha
1º Vice-Presidente: Paulo César da Costa Gonçalves
2º Vice-Presidente: André Roriz Jardim
Nº total de associados: 158
SICOOB CREDCELG
Cooperativa de Crédito dos Empregados da Celg
LTDA.
Data de Constituição: 06/07/2007
Endereço: Rua 2, nº 505, Qd. A-37, Sala 3, Ed. Gileno
Godói, Jardim Goiás, Goiânia - GO. CEP: 74805-180
Presidente: Fausto Almeida Santos
1º Vice-Presidente: Sérgio Gomes Machado
2º Vice-Presidente: Haiti de Almeida Simões
Nº total de associados: 414
10
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
SICOOB EDUCAÇÃO
Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos
Professores e Trabalhadores em Educação de
Goiânia LTDA.
Data de Constituição: 11/12/2007
Endereço: 5ª Avenida com Rua 235, Qd. 71, nº 722,
Bloco B, Leste Universitário, Goiânia - GO. CEP: 74350010
Presidente: Jeová Martins Ribeiro
1º Vice-Presidente: Manoel da Silva Álvares
2º Vice-Presidente: Valdivino Gonçalves Correa
Nº total de associados: 342
SICOOB CREDICER
Cooperativa de Crédito de Ceres e Rialma
LTDA.
Data de Constituição: 14/03/2008
Endereço: Av. Brasil, nº 703-B, Qd. 18-B, Lt. 18-B,
Centro, Ceres - GO. CEP: 76300-000
Presidente: José Maurício de Oliveira
Vice-Presidente: Janduhy Diniz Vieira Filho
Nº total de associados: 203
SICOOB CREDIADAG
SICOOB COOPREM
Cooperativa de Crédito dos Empresários de Jataí
LTDA.
Data de Constituição: 13/02/2008
Endereço: Rua José Manuel Vilela, nº 483, Centro, Jataí
- GO. CEP: 75800-008
Presidente: Valter Pedro Cardoso
Vice-Presidente: Ademar do Carmo Freitas
Nº total de associados: 437
Cooperativa de Crédito dos Distribuidores e
Atacadistas das Regiões de Goiânia, Aparecida
de Goiânia, Ceres, Rialma e Anápolis LTDA.
Data de Constituição: 28/03/2008
Endereço: Rua 1.126 esquina com 1.128, Qd. 230,
Lt. 01, Loja 3, Setor Marista, Goiânia - GO. CEP:
74175-050
Presidente: Dalton de Souza Barros Thomaz
Vice-Presidente: Elisandro Alves Rocha
Nº total de associados: 82
Sicoob DF na Feira do Empreendedor
O Sicoob Central DF e as cooperativas Sicoob CrediBrasil, Sicoob Credilojiosta, Sicoob Credindústria e Sicoob Credibrasília participaram da
Feira do Empreendedor 2009. O evento foi realizado entre os dias 22 e 26
de julho, no Centro de Convenções
Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).
O Sicoob distribuiu folders e divulgou, aos participantes da Feira, informações de como se associar
numa das cooperativas de crédito
Sicoob. Para melhor atender aos visitantes da Feira, a Central contou com
pessoas capacitadas de seu próprio
quadro funcional, além de outras cooperativas filiadas.
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
MARKETING
Campanha dos Atm´s faz
crescer o número de usuários
Por Noel Lopes Bezerra Junior
No mês de junho, o Sicoob Central DF lançou a
Campanha “Mais Tempo Para
Você. Mais Tempo Para o Seu
Dia” para divulgar os seis novos terminais de autoatendimento (Atm´s) localizados no
Distrito Federal. A parceria feita
com a Empresa de Comunicação
e Marketing Goby resultou em
seis peças publicitárias: folder eletrônico, e-mail marketing para os
cooperados, e-mail marketing
para os colaboradores, filipetas,
mala-direta e cartazes.
A ampliação da rede de atendimento faz parte de um plano estratégico de expansão e, neste primeiro
momento, é resultado da parceria de
um consórcio formado pelas coopera-
tivas filiadas Sicoob
Executivo, Sicoob
CrediEmbrapa, Sicoob Cooperplan, Sicoob
Credisutri, Sicoob Credijustra e Sicoob CrediBrasil. “Esta iniciativa veio ao
encontro das
demandas dos
nossos cooperados que, há muito tempo, nos
cobravam mais
pontos de atendimento e maior
visibilidade para nosso Sistema. Tinha
plena certeza de que o atendimento a
essas reivindicações só teriam como
resposta vastos elogios por parte dos
associados”, disse Luiz Lesse, diretorpresidente do Sicoob Executivo.
Lesse parabenizou as cooperativas
integrantes do Consócio pela visão
empreendedora e sistêmica demonstrada nessa iniciativa. “Entendo que
temos de mostrar para a sociedade o
que estamos fazendo e o quanto contribuímos para nossa comunidade. O
Sistema de Crédito Cooperativo do DF
entra em um novo momento após este
projeto”, afirmou.
Os novos ATMs estão localizados
estrategicamente em pontos de grande fluxo de pessoas. São eles: Shopping Pátio Brasil, Taguatinga Shopping,
Gama Shopping, Serra Shopping, CompreFort e Home Center Castelo Forte.
Os endereços completos dos ATMs e
mais informações podem ser obtidas
através do site da Central DF
(www.sicoobdf.coop.br).
Conheça os endereços dos novos terminais
de autoatendimento do Distrito Federal:
Pátio Brasil Shopping - SCS Qd 7, Bl A, Asa Sul, Brasilia-DF - Piso PL, Pátio Banking
Taguatinga Shopping - QS 01, Rua 210, Lote 40, Pistão Sul, Taguatinga-DF - 1º Piso
Gama Shopping - Condôminio Gama Shopping EQ 55/56, Área Especial, Setor Central, Gama -DF - Área de Alimentação
Serra Shopping - Quadra Central, Bloco 11, Qd 7, Sobradinho-DF - Setor de Terminais de Autoatendimento
Home Center Castelo Forte - Qd 302, Conj 8, Lote 2, Centro Urbano, Samambaia-DF - Hall de entrada
Comprefort - CNN 1, Bl K/L, Ceilândia Centro, Ceilândia-DF - Hall de entrada
12
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
ARTIGO
Por Luiz Marins
A liderança pelo exemplo
N
ão se iluda. Numa empresa,
nada ocorre de baixo para
cima. Ou os dirigentes dão o
exemplo ou nada ou pouco ocorrerá.
Não adianta falar. Não adianta fazer
discursos. Não adianta colocar faixas.
Não adianta pregar quadrinhos nas
paredes com frases de efeito e exortações para a qualidade, para o atendimento ao cliente, para a cortesia,
para a prestação de serviços. Se os
dirigentes não tiverem um genuíno
comportamento e atitudes “exemplares”, tudo ficará no discurso, na intenção e pouco ocorrerá de concreto, de
efetivo dentro da empresa no dia-adia. Essa é a verdade, nua e crua.
Temos feito várias pesquisas de
antropologia corporativa e os resultados são surpreendentes. Se você
chega num hotel e é friamente ou rispidamente atendido na recepção,
pode ter certeza, o gerente do hotel
trata as pessoas e seus funcionários
fria e rispidamente. Se você é tratado
com descortesia no estacionamento
de um supermercado, pode ter certeza de que o gerente desse supermercado trata as pessoas com descortesia. Se você é tratado secamente pelas enfermeiras e atendentes num hospital, pode ter certeza: a direção do
hospital trata a todos da mesma maneira. Se você, numa empresa, tem
dificuldades em ser atendido com uma
reclamação ou pedido, pode ter certeza: a diretoria e as gerências têm
uma atitude negativa em relação a
pedidos de clientes. E assim por diante. Se um garçom atende você mal
14
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
num restaurante, pode ter certeza de
que o dono ou gerente do restaurante trata mal os seus funcionários. Os
funcionários de uma empresa repetem
as atitudes e comportamentos de suas
chefias. Acredite!
É através do exemplo e das pequenas atitudes e comportamentos
que emitimos no dia-a-dia que passamos a visão e os valores de nossa
empresa aos nossos funcionários. Não
adiantam campanhas, faixas, cartazes,
panfletos se não houver o exemplo da
liderança, principalmente nas pequenas coisas.
Por exemplo, tenho visto empresas que gastam tempo e recursos em
campanhas institucionais de qualidade. São dezenas de peças – folhetos,
faixas, livretos, pôsteres e até palestras falando e disseminando o conceito e a importância da qualidade. Na
prática, essas campanhas têm pouca
eficácia. Por quê? Por que a liderança
da empresa não está “de fato” comprometida com a qualidade. E isso é
demonstrado a cada momento, a cada
comportamento, a cada decisão da diretoria. Na hora de escolher os fornecedores de matéria prima, escolhe-se
não pela qualidade, mas pelo preço.
Na hora de comprar equipamentos, escolhe-se não pela qualidade, mas pelo
preço. Na hora de escolher a embalagem, escolhe-se a mais barata e não a
que melhor protegerá o produto. Na
hora de escolher os operadores de logística, escolhe-se os mais precários
porque são mais baratos. E a qualidade? A qualidade fica no “discurso”.
Da mesma forma, vejo os famosos programas de “Encantamento do
Cliente”. Na maioria das empresas são
verdadeira peças de ficção. Novamente uma campanha é lançada com
pompa e circunstância, discursos e
coquetéis. Mas, na prática, os comportamentos emitidos pelos dirigentes vão em direção totalmente oposta ao tal “encantamento dos clientes”.
Na prática, os clientes são considerados impertinentes quando solicitam
alguma atenção especial. Na prática,
são mal atendidos pela diretoria. Na
prática, os dirigentes são inacessíveis
aos clientes. Na prática, tudo o que
puder ser “tirado” do cliente e não
“dado” ao cliente é a regra do dia-a-dia.
E o “encantamento do cliente” fica,
novamente, no discurso. Enquanto os
dirigentes e “líderes” não tiverem consciência de que, se não derem o exemplo – de atendimento, qualidade, comprometimento, atenção aos detalhes,
follow up, educação, cortesia, limpeza, respeito, etc. –, nada disso ocorrerá na empresa, estaremos vivendo a
mentira dos quadrinhos e das faixas
de exortação. Continuaremos ouvindo a telefonista repetir, com aquela
voz mecânica, que nossa ligação é a
coisa mais importante para a empresa, e continuaremos a receber o tratamento frio, descortês, descomprometido e sem os resultados que esperamos como clientes.
Luiz Marins é antropólogo, pósgraduado em Antropologia, palestrante e autor de mais de 15 livros.
15
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
CULTURA
Cora Coralina: patrimônio
dos amantes da poesia
Por Brunna Duarte
C
ora Coralina, avessa aos moldes, superior à mera forma; fez
poesia simples, pura e verdadeira, capaz de deixar caído de amores nobres já enaltecidos pela sutileza de um coração de poeta. Carlos
Drummond de Andrade que o diga!
Sobre a poesia de Cora, Drummond
disse admirado: “É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido
e amado. Que riqueza de experiência
humana, que sensibilidade especial e que
lirismo identificado com as fontes da
vida! Aninha hoje não nos pertence. É
patrimônio de nós todos, que nascemos
no Brasil e amamos a poesia.”
Ana Lins dos Guimarães Peixoto
Bretas foi uma mulher forte e, ao mesmo tempo, sensível às belezas sutis do
dia-a-dia, da vida interiorana, do amor,
da sua condição de mulher e mãe.
O gosto pelas palavras? Esse veio
de forma natural e espontânea. Mesmo tendo cursado apenas o primário
(o equivalente ao segundo ano do
ensino fundamental nos dias de hoje),
aos 14 anos já escrevia seus primeiros contos e poemas. O primeiro publicado foi o conto de nome Tragédia
na Roça, inserido no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do Estado
de Goiás.
Ana viveu durante 45 anos no Estado de São Paulo com o marido, o
advogado Cantídio Tolentino Bretas,
com quem teve seis filhos e aos quais
se dedicou devotamente. Aos 50 anos
16
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
“Não sei... Se a vida é curta ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
Se não tocarmos o coração das pessoas.”
de idade, relatou uma profunda transformação que chamou de “perda do
medo”. Ana ficaria ali, dando lugar a
Cora Coralina - pseudônimo escolhido pela escritora muitos anos antes.
Viúva, em 1956, ela voltou a morar
na cidade de Goiás, sua terra natal,
onde se transformaria no maior nome
feminino da literatura goiana.
Seu dom de alimentar com doçura, a alma e o corpo das pessoas, encontrou uma fonte transbordante nas
singularidades do Estado de Goiás. O
retorno ao lar aguçou a sensibilidade
de Cora, que lançou seu primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e
Estórias Mais, no ano de 1965,
já aos 76 anos de idade.
Esse seria o primeiro de
diversos livros lançados
pela autora, sendo eles
de poesias, de contos
e infantis.
A admiração pela
obra de Cora
surgiu tardia, porém, para se tornar
eterna. Em 1982, recebeu o título de
doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e, no ano
seguinte, foi eleita intelectual do ano,
sendo contemplada com o Prêmio Juca
Pato da União Brasileira dos Escritores.
Sua casa na histórica Cidade de
Goiás, onde viveu a maior parte da
vida, é hoje um museu que reconta
sua vida e obra. Se viva, Cora completaria 120 anos no próximo dia 20 de
agosto.
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
“O que importa na vida não é o ponto de partida, mas a
caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que
colher.”
“Estamos todos matriculados na escola da vida, onde o
mestre é o tempo”.
“Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.”
Assim eu vejo a vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
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AGO.SET.OUT./09
AGO.SET.OUT./09 -- GOIÁS/TOCANTINS/DF
GOIÁS/TOCANTINS/DF
Fotos: www.casadecoracoralina.com.br
ENTREVISTA - PRESIDENTE DA FRENCOOP
Frencoop ajuda aprovar LC 130
e trabalha em novos projetos
vismo. Seus 230 membros (208
necessário, também na esfera do
deputados federais e 22 senado-
Executivo. Um dos mais impor-
O Deputado Federal Odacir Zonta
res da República) estão presentes
tantes trabalhos da Frencoop foi
(PP/SC) foi reeleito, em 2009,
em todas as comissões do Con-
a atuação na aprovação do
para presidir por mais um ano a
gresso Nacional, lutando pelos
Projeto de Lei Complementar
Frente Parlamentar do Cooperati-
princípios cooperativistas. É uma
(PLP) 117/2004, que resultou na
vismo no Congresso Nacional
frente de natureza política e não
Lei 130. Com experiência no
(Frencoop). Instituída em 1986, a
ideológica, cujo objetivo é o de
cooperativismo, tendo presidido a
Frencoop vem, ao longo dos
trabalhar, solidária e coordenada-
Cooperativa de Produção e
anos, efetuando uma significativa
mente, na defesa dos interesses
Consumo Concórdia Ltda, de
sinergia com os três Poderes da
do cooperativismo em toda a sua
Santa Catarina (SC), o Deputado
República, dirigentes do Sistema
extensão e níveis de governo.
Zonta falou à reportagem da
OCB e os representantes nacio-
Por isso, atua de forma participa-
Revista Sicoob Goiás/Tocantins/
nais dos 13 ramos do cooperati-
tiva no Legislativo, agindo, quando
Distrito Federal.
REVISTA SICOOB - Desde que foi
social.
REVISTA SICOOB - O foco da Fren-
Por Luiz Augusto Araujo
coop estará na articulação para
reinstalada, há mais de 10 anos, a
Frencoop tem atuado efetivamente
REVISTA SICOOB - Com certeza, a
aprovação do projeto de lei do tra-
junto aos Três Poderes, sobretudo
Lei 130, que instituiu o Sistema Na-
tamento tributário do Ato Coope-
no Congresso Nacional. Qual é o
cional de Crédito Cooperativo, foi a
rativo? Qual é a importância de sua
balanço que o senhor faz relativo ao
principal conquista do cooperativis-
aprovação e o que este representa-
trabalho da Frente nesse período?
mo de crédito brasileiro. Qual foi a
rá para o cooperativismo brasilei-
Deputado Zonta - A Frencoop tem o
participação da Frencoop na apro-
ro?
compromisso de participar ativamen-
vação dessa lei que era esperada há
Deputado Zonta - O Projeto de Lei que
te dos debates políticos em prol do
mais de 20 anos?
regulamenta o tratamento tributário
fomento do cooperativismo e colabo-
Deputado Zonta - Durante esses 20
aplicável a cada ramo cooperativista,
rar nas discussões das proposições de
anos, a Frencoop atuou para a apro-
da forma como foi apresentado pelo
interesse nacional direcionadas para
vação do Projeto de Lei Complemen-
Poder Executivo, não atende aos inte-
a busca da democracia e do desen-
tar (PLP) 117/2004, que resultou na Lei
resses do Sistema, principalmente por
volvimento econômico com justiça
130.
excluir alguns ramos. Com o apoio da
18
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
OCB, a Frencoop apresentará um substitutivo ao relator do projeto, Dr. Ubiali, deputado membro da Frencoop.
REVISTA SICOOB - Além do Ato Cooperativo, quais são os principais
projetos de lei em tramitação no
Congresso que beneficiam o seg-
Principais projetos que envolvem o
cooperativismo em tramitação no Congresso
Projeto de Lei do Senado (PLS) 03/2007, que estabelece novo regime
jurídico para as sociedades cooperativas;
Projeto de Lei Complementar (PLP) 271/2005 e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 198/2007, que regulamentam o Ato Cooperativo;
mento cooperativista, especialmente
o ramo crédito? O que eles propõem?
Projeto de Lei (PL) 3723/2008, que regulamenta o tratamento tributário
aplicável a cada ramo de cooperativa;
DeputadoZonta - As principais proposições para o setor cooperativista,
em tramitação no Congresso Nacional, estão listadas na Agenda Legislativa do Cooperativismo. Publicada por
meio de uma parceria entre a Frente
Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e a Organização das Coopera-
Projeto de Lei da Câmara (PLC) 131/2008 (antigo PL 4622/2004), que
regula as relações de trabalho estabelecidas entre as cooperativas, seus
sócios e tomadores, nos contratos de prestação de serviços continuada.
PROJETOS DO RAMO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO:
Projeto de Lei do Senado (PLS) 320/2003, que possibilita o acesso direto
aos recursos provenientes do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT)
pelos bancos cooperativos;
tivas Brasileiras (OCB), a publicação
está em sua terceira edição. Dentre as
52 proposições da Agenda, podemos
citar o Projeto de Lei (PL)7512/2006,
que isenta o fundo garantidor das
cooperativas de crédito do imposto
de renda e da contribuição social so-
Projeto de Lei (PL) 5804/2005, que autoriza os estados, Distrito Federal e
municípios a depositarem até 5% das respectivas disponibilidades em
cooperativas de crédito;
Projeto de Lei (PL)7512/2006, que isenta o fundo garantidor das cooperativas de crédito do imposto de renda e da contribuição social sobre o
lucro líquido.
bre o lucro líquido (veja no box ao lado
os principais projetos em tramitação).
REVISTA SICOOB - Qual será o trabalho que a Frencoop irá fazer para
conseguir a aprovação parlamentar
do Ato Cooperativo e dos demais
projetos?
Deputado Zonta - Buscando subsídios e apoio na Organização das Cooperativas Brasileiras, a Frente Parlamentar do Cooperativismo encaminhará
aos relatores dos projetos prioritários
fundamentações às posições do se-
“A Frencoop tem
o compromisso
de participar
ativamente dos
debates políticos
em prol do
fomento do
cooperativismo”.
tor, negociando, ao mesmo tempo,
com o governo a forma que mais be-
19
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
ENTREVISTA - PRESIDENTE DA FRENCOOP
neficie as cooperativas.
REVISTA SICOOB - No Congresso,
há projetos de lei que, ao invés de
estimular o cooperativismo, dificultam o seu crescimento? Quais
são? Qual será o posicionamento
da Frencoop em relação a isso?
Deputado Zonta - Todos os dias são
apresentados novos projetos no
Congresso Nacional. Alguns, direta
ou indiretamente, não atendem aos
interesses do cooperativismo. Como
ação diária, a Frencoop, em conjunto com a OCB, monitora todos os
projetos, novos e em tramitação,
com o intuito de sempre encaminhar
a posição do setor aos parlamentares. De forma mais direta, os membros da Frencoop por muitas vezes
assumem a relatoria dessas proposições ou, de forma indireta, trabalham
“A Frencoop sem dúvida é uma das
mais atuantes no Congresso”.
nas comissões ou em reuniões com
os relatores.
retores a Confederação, Centrais e
operativismo?
REVISTA SICOOB - Recentemente, o
cooperativas singulares do Sicoob?
Deputado Zonta - Nenhuma esfera,
senhor foi reeleito presidente da
Deputado Zonta - O entrosamento
Estadual ou Federal, terá sucesso se
Frencoop. Como é o dia-a-dia dos
entre Frencoop, OCB, Federações,
não reconhecer a importância eco-
membros de uma das mais repre-
Centrais e Singulares é harmonioso,
nômica e social do cooperativismo
sentativas Frentes no Congresso
atuante e próximo. Até por que nós,
que se constitui hoje na maior or-
Nacional?
parlamentares, para cumprirmos nos-
ganização de pessoas do país: 8 mi-
Deputado Zonta - A Frencoop, sem
sa missão cooperativista, temos que
lhões de famílias, mais de 300 mi-
dúvida, é uma das mais atuantes no
estar próximos dos mais variados
lhões de pessoas; sob pena de não
Congresso. Diariamente há desafios
segmentos para subsidiar a atuação
alcançar sucesso nas eleições. Va-
em todos os campos de atividades,
cooperativista.
mos, sim, tratar com todos os líderes que disputarão a missão de go-
dado que o cooperativismo atua em
13 ramos de atividade. Hoje em dia
REVISTA SICOOB - No próximo ano,
vernar os Estados, e, principalmen-
o cooperativismo e a Frencoop fazem
teremos eleições majoritárias. A
te, a missão de Presidente da Repú-
parte das necessidades e desafios do
Frencoop desenvolverá ações es-
blica; já na próxima eleição o coo-
país.
pecíficas com os principais pré-
perativismo terá papel decisivo para
REVISTA SICOOB - Como é o relaci-
candidatos para que eles, desde já,
definir os rumos do país.
onamento da Frencoop com os di-
se comprometam em apoiar o co-
20
20
ABR.MAI./JUN./09
AGO.SET.OUT./09 -- GOIÁS/TOCANTINS/DF
GOIÁS/TOCANTINS/DF
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
COMEMORAÇÃO
A comemoração do 87º Dia
Internacional do Cooperativismo
Por Noel Lopes Bezerra Junior
O 87º Dia Internacional do Cooperativismo foi comemorado
no dia 4 de julho. A data,
celebrada sempre no
primeiro sábado de
julho, foi criada
pela Aliança Cooperativa Internacional
(ACI), com o
objetivo de
chamar
a
atenção
ORIGEM DO COOPERATIVISMO
Desde a origem da humanidade,
existiram várias formas de cooperação
entre os homens. Entretanto, o atual
modelo de cooperativismo
to uma alternativa econômica para
atuarem no mercado, frente ao capitalismo ganancioso que os submetia
a preços abusivos, exploração da jornada de trabalho de mulheres e crianças (que trabalhavam até 16 horas por
dia), e do desemprego crescente advindo da
revolução industrial. A constituição de uma pequena cooperativa de consumo no então chamado "Beco do Sapo" (Toad Lane)
mudou os padrões econômicos da
época e deu origem ao movimento
cooperativista.
para a importância das cooperativas no mundo. Em
2009, a ACI lançou a mensagem “Impulsionando a recuperação global por
intermédio das cooperativas”. O lema
procura ressaltar o poder que as cooperativas têm para promover um desenvolvimento econômico com equilíbrio social, num sistema reconhecidamente sustentável.
22
ABR.MAI./JUN./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
tem origem na cidade inglesa de Rochdale, quando 27 tecelões e uma tecelã fundaram uma cooperativa de
consumo no ano de 1844.
Tendo o homem como fator principal – e não o lucro –, os tecelões de
Rochdale buscavam naquele momen-
COOPERATIVISMO NO BRASIL
O cooperativismo, no Brasil, surgiu oficialmente em 1847, por intermédio do médico frânces Jean Maurice Faivre. Ele fundou, juntamente com
um grupo de europeus, no Paraná, a
colônia Tereza Cristina, organizada em
bases cooperativas. Essa organização,
apesar de sua breve existência, contribuiu na memória coletiva como ele-
mento formador do cooperativismo
brasileiro.
O cooperativismo de crédito foi
introduzido por meio do trabalho do
padre jesuíta Teodoro Amstadt, que,
percorrendo a região de colonização
alemã no Rio Grande do Sul, levava
junto com seu trabalho missionário a
doutrina cooperativista. A primeira cooperativa de crédito surgiu no município de Nova Petrópolis (RS), em 1902,
baseada no modelo agrícola alemão.
A partir dessa iniciativa, o movimento de crédito rural tomou força e se
expandiu por todo país.
dos são mais resistentes e ressaltam
a força e a capacidade de expansão.
CÍRCULO: representa a eternidade, pois não tem horizonte final; nem
começo nem fim.
VERDE: faz alusão às árvores, ao
princípio vital da natureza e à necessidade de se manter o equilíbrio com
o meio-ambiente.
BANDEIRA
O cooperativismo possui uma bandeira formada pelas sete cores do
arco-íris, aprovada pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) em 1932,
que significa a unidade na variedade
e um símbolo de paz e esperança.
Cada uma destas cores tem um significado próprio:
PINHEIROS: Por muito tempo o pi-
Assim nasceu o símbolo do cooperativismo, mundialmente conhecido: um círculo abraçando dois pinheiros para indicar a união do movimento, a imortalidade de seus princípios,
VERMELHO: coragem;
ALARANJADO: visão de possibilidades no futuro;
AMARELO: desafio em casa, na família e na comunidade;
VERDE: crescimento, tanto do indivíduo como do cooperado;
AZUL: horizonte distante, a necessidade de ajudar os menos afortunados;
nheiro foi considerado um símbolo da
imortalidade e da fecundidade, em
função de sua sobrevivência em terras menos férteis e pela sua facilidade de multiplicação. Os pinheiros uni-
a fecundidade de seus ideais e a vitalidade de seus adeptos. Tudo isso
marcado pela trajetória ascendente
dos pinheiros que se projetam para o
alto, procurando subir cada vez mais.
ANIL: necessidade de ajudar a si próprio e aos outros através da cooperação;
VIOLETA: beleza, calor humano e
amizade.
OS SÍMBOLOS
DO COOPERATIVISMO
AMARELO: simboliza o sol, fonte permanente de energia e calor.
23
ABR.MAI./JUN./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
RAIO-X DISTRITO FEDERAL
SICOOB LEGISCRED
SICOOB CREDIBRASIL
Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos
Servidores do Poder Legislativo Federal
Data da Constituição: 08/12/1998
Endereço: SAF/SUL, Qd. 04, Lt. 01, Ed. Sede TCU –
Mezanino, Sala M46 - Brasília (DF)
Diretor-Presidente: Rogerio Caroca
Diretor Financeiro: Fábio Henrique G. e Barros
Diretor Administrativo: Agostinho Rocha Ferreira
Pac´s:
Posto Câmara
Posto TCU
Nº de associados: 1209
Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos
Pequenos Empresários, Microempresários e
Microempreendedores
Data da Constituição: 18/07/2003
Endereço: QN 206 Área Especial Nº 2 - Samambaia
– DF
Diretor-Presidente: Francisco de Assis da Silva
Diretor Administrativo: Adauto Steveal
Diretor Operacional: Adriano Madureira Duarte
PAC: Posto Facita
Nº de associados: 524
CREDSEF
SICOOB CREDILOJISTA
Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo
dos Servidores da Secretária de fazenda do
Distrito Federal
Data da Constituição: 01/12/1999
Endereço: SRTVN, Q. 702, Conj. P, Ed. Rádio
Center, Sl. 2031, Brasília (DF)
Diretor-Presidente: Manoel Raimundo Nunes
Diretor Administrativo/Financeiro: Paula da Costa
Nº de associados: 744
Cooperativa de Crédito dos Lojistas do
Distrito Federal
Data da Constituição: 13/07/2005
Endereço: SCS, Qd. 06, Bl. A, Ed. Sônia,
Loja 136 – Brasília (DF)
Diretor-Presidente: Geraldo César de Araújo
Diretor Administrativo: Vírginia Contijo Resende
Diretor-Operacional: Sergio Luiz Viott
Nº de associados: 336
24
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
RAIO-X DISTRITO FEDERAL
SICOOB CREDINDUSTRIA
CREDIMFA
Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo
dos Pequenos Empresários, Microempresários
e Microempreendedores de Produção
Industrial do Distrito Federal
Data da Constituição: 13/04/2003
Endereço: SIA, Trecho 03, Lote 225, Térreo - Ed.
Fibra, Brasília (DF)
Diretor-Presidente: João Ferreira dos Santos
Diretor Administrativo: Walid de Melo Pires
Sariedine
Diretor Operacional: Cláudio da Costa Vargas
Nº de associados: 601
Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo das
Forças Armadas, do Corpo de Bombeiros e
Polícia Militar do Distrito Federal Ltda.
Data da Constituição: 31/10/2000
Endereço: SRTVS Q. 701 Ed. Record, 5º andar, Sala
501 - Brasília (DF)
Diretor-Presidente: Arcênio Chervinski
Diretor Administrativo: Jorge Gadioli
Diretor Operacional: Adriano Guimarães
Nº de associados: 605
Sicoob Central DF tem nova sede
Perto de completar 15 anos,
a Central das Cooperativas de
Crédito do Distrito Federal (Sicoob Central DF) conquista mais
uma vitória com a mudança para
a nova sede. Localizada no Setor de Industrias Gráficas (SIG),
no prédio do Bancoob, segundo andar da Torre II, a Central
ocupa um espaço amplo, equivalente a 483,6 m², com o intuito de melhor atender as cooperativas filiadas.
O Sicoob Central DF participou do processo e adquiriu
o espaço por R$ 3,8 milhões.
A aquisição da sede da Central foi uma decisão estratégica tomada pelo Conselho de
Administração, acompanhando
o momento de desenvolvimento das cooperativas de crédito, que estão em expansão no
Distrito Federal.
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
TECNOLOGIA
Sicoob Goiás Central lança
sistema que otimiza gestão
C
om o objetivo de aprimorar a
sua gestão e intensificar as práticas de boa governança cooperativa, o Sicoob Goiás Central lançou, no mês julho, o programa Inteligência Cooperativa (ICOOP), que promete revolucionar o processo administrativo das cooperativas de crédito.
Com o novo software, os gestores
das cooperativas poderão obter rapidamente qualquer informação gerencial de que necessitam, como, por
exemplo: limite diário a emprestar, depósito a vista e a prazo e resultados
financeiros, inclusive os contábeis. Os
dados são gerados automaticamente,
de forma prática e didática, com relatórios ilustrados com diversos modelos de gráficos e as tradicionais planilhas.
As ferramentas do novo programa permitem que se tenham informações rápidas e seguras. Os relatórios,
26
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
segundo o presidente do Sicoob Goiás Central e Sicoob Brasil, José Salvino
de Menezes, auxiliam na administração da cooperativa. “O nosso intuito
com o ICOOP é oferecer informações
detalhadas aos administradores da cooperativa para que eles
promovam uma gestão
ainda mais eficiente e, assim, aprimorem a governança”, disse.
O superintendente financeiro e de tecnologia
da Central, Pedro Ivo Santana Gomes, ressalta que
os relatórios oferecem informações suficientes
para que os gestores tomem as melhores decisões, reduzindo os riscos
e aumentando oportunidades de negócios para a
cooperativa.
DESENVOLVIMENTO
O ICOOP começou a ser desenvolvido em fevereiro deste ano pelo departamento de Tecnologia do Sicoob
Goiás Central, em conjunto com a WE
Assessoria e com apoio de equipes de
outras áreas da Central, como Controles Internos, Financeiro e Negócios,
além de informações das cooperativas
filiadas. Com funcionamento on line de
fácil acesso e seguro, o programa está
hospedado no Núcleo de Sistemas –
na extranet do Sicoob Goiás Central.
Em sua fase de testes, o ICOOP foi
apresentado aos conselheiros da Central, aos presidentes das cooperativas
filiadas e a auditores do Banco Central
do Brasil. O objetivo da central goiana
é mostrar o novo programa para o Sicoob Brasil, para que a ferramenta possa ser utilizada por outras centrais do
sistema.
COMUNICAÇÃO
Cooperativas de Goiás
e Brasília lançam TV Sicoob
Imagine uma televisão com conteúdo personalizado que, além de
entreter o cooperado que aguarda
pelo atendimento, transmite, em sua
programação, propaganda dos produtos, serviços e notícias da cooperativa de crédito? Algumas cooperativas
filiadas ao Sicoob Goiás Central e ao
Sicoob Central DF iniciaram, em julho
deste ano, um projeto experimental
de suas TVs corporativas.
Instaladas próximo aos caixas de
atendimento, a TV de plasma de 42
polegadas tem sua programação composta por conteúdos informativos e
institucionais, como: temperatura em
várias cidades do país, cotações do
dólar e de preços dos produtos agrícolas, vídeos institucionais, notícias de
economia, notícias do ramo cooperativista, gols da rodada dos campeonatos de futebol, entre outras. Algumas cooperativas decidiram oferecer
aos cooperados e não cooperados espaços comerciais na programação da TV
no intuito reduzir os custos do projeto.
A TV corporativa é mais uma ferramenta para uma comunicação direta e eficaz com os cooperados, como
também com os próprios funcionários da cooperativa. A “TV Sicoob” é
um projeto em parceria com a Câmera Mágica, empresa especializada em
sinalização digital e responsável pela
produção da programação da TV de
cada cooperativa. A atualização do
conteúdo e as modificações na programação são feitas automaticamente por um sistema on line.
Cooperativas que iniciaram o projeto da TV
Cooperativas
de Goiás
Sicoob Goiás Central
Sicoob Coopercred
Sicoob Agrorural
Sicoob Credi-Rural
Sicoob Centro-Sul
Sicoob Credigoiás
Sicoob Credicor
Sicoob Credirural Capa
Sicoob Engecred
Cooperativas do
Distrito Federal:
Sicoob Executivo
Sicoob Judiciário
Sicoob Credijustra
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
CRÔNICAS E OUTRAS HISTÓRIAS
Por Luiz Gonzaga Viana Lage
Presidente do Sicoob Central Cecremge
De Pires do Rio a Paris
M
e falou o Maninho, grande
companheiro de São Paulo,
contador emérito de “causos”
e piadas, que Bonifácio Quaresma, lá
de Pires do Rio, tinha uma pequena
propriedade rural, de onde tirou o sustento da família e formou seus dois
filhos em doutor: o mais velho em
medicina, a caçulinha em odontologia.
Tinha o Bonifácio uma preocupação e
um sonho na vida. A preocupação era
com os invasores de terra, os sem-terra, os sem-que-fazer, que a qualquer
momento podiam apoderar-se de
seus bens; ainda mais agora, conforme dizia ele, que já tem até ministro
e presidente do INCRA invasores
também. O seu grande sonho, quase
impossível, era conhecer Paris e sua
Torre Eiffel.
Morreu Dona Maricota, sua companheira de quase 40 anos. Sem entusiasmo para labutar na terra, vendeua e mudou-se para a cidade. Lá, adquiriu uma casinha para melhor receber seus netos. Com o troco, resolveu
colocar em prática o seu sonho, comprando uma passagem aérea
para Paris e Euros para as
despesas; e, todo feliz da vida, foi para
Cumbicas embar-
28
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
car no seu primeiro voo.
No avião, sentou-se no lugar marcado, admirando-se com tudo – do
ambiente a uma loura boazuda de fechar o comércio. Mas uma coisa o incomodava muito. O maldito do dente
que sua filha quis tratar antes de viajar começou a doer. E como doía o
danado!
Enquanto penava o dito cujo, um
papo rolava lá atrás entre a loura boazuda e o passageiro que sentava na
poltrona logo depois do Bonifácio:
– Como é que é? Vamos aproveitar
a noite... tá tudo escuro, vamos
tirar um sarrinho?
– Você está ficando doido. Tem
quase 300 pessoas aqui dentro
e vai ser um baita escândalo.
Nem pensar!
– Que bobagem menina! Está
todo mundo dormindo.
Quer ver?
E berra a todo pulmão:
– Quem tem fósforo?
– ninguém fala nada.
– Quem tem fósforo? – o mesmo silêncio.
– Viu? Não falei? Tá todo mundo
dormindo. – E fornicaram a noite
toda.
Voltando ao nosso Bonifácio Quaresma, tadinho, de manhãzinha
urrava de dor de dente quando
as comissárias de bordo começavam a servir o café.
– O senhor não está passando bem,
não dormiu. O que aconteceu?
– Arre-égua, menina. Tô que não
aguento mais de tanta dor! Se
eu tivesse aqui um daqueles instrumentos de minha fia, cum certeza expunha a raiz deste maldi-
to dente.
- Ora, por que o senhor
não falou? Eu lhe traria
imediatamente um remédio. Era só ter pedido!
- Eu?... Cê é boba menina?
Uma muié aqui atrás teve
vontade de fumar, cumeram
ela a noite inteira, só porque
ela pediu um fogo. E oia, nunca
mais eu ando nessa merda. Vou
voltar é de navio ou a nado
mesmo. Risco é que
num vou correr.
29
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
HISTÓRIA
Apoio de anunciantes viabiliza
projeto de nova publicação
A
ideia de se lançar e distribuir
uma revista no sistema Sicoob
em Goiás e Tocantins demandaria novos investimentos não previstos pela Central. A saída encontrada
foi a comercialização de anúncios para
empresas ligadas ao cooperativismo
de crédito. A primeira empresa parceira foi a LDR Corretora de Seguros, com
anúncios em todas as edições.
Quem também adquiriu espaço
desde a primeira edição, referente a
julho de 2007, foram o Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) e a Organização das Cooperativas Brasileiras no
Estado de Goiás (OCB/Sescoop-GO).
Além desses parceiros efetivos, a revista também contou com parcerias
pontuais de cooperativas de crédito
filiadas e demais anunciantes em de-
terminadas edições.
Ao ingressar na elaboração da revista, o Sicoob Central DF também
adotou a mesma estratégia de comercialização de espaços comerciais.
Sicoob Goiás Central
lança revista inovadora
A revista do Sicoob Goiás Central
foi idealizada pelo seu presidente, José
Salvino de Menezes, que vislumbrava
um veículo de comunicação abrangente, que além de divulgar os eventos
das cooperativas filiadas, também difundisse notícias de entretenimento e
de interesse geral do meio cooperativista.
Com o nome Revista Sicoob Goiás/Tocantins, a nova publicação foi
iniciada com 32 páginas e veio substituir o informativo Notícias do Sicoob,
de 12 páginas – publicado durante três
32
32
AGO.SET.OUT./09
AGO.SET.OUT./09 -- GOIÁS/TOCANTINS/DF
GOIÁS/TOCANTINS/DF
anos –, sucessor do boletim Notícias
da CrediGoiás. O primeiro veículo de
comunicação produzido pela central
foi o Jornal CrediNews, lançado em
janeiro de 1996.
Depois de mais de 10 anos atuando com publicações informativas,
em julho de 2007, o Sicoob Goiás
Central decidiu lançar a sua revista,
que, além de abranger os dirigentes e
colaboradores das cooperativas de
crédito, também seria distribuída às demais Centrais do Sistema, ao Banco Central do Brasil, às entidades de classe, às
instituições e organizações ligadas ao
cooperativismo, à imprensa, às universidades, parlamentares, órgãos governamentais e formadores de opinião.
A revista Sicoob Goiás/Tocantins
cumpriria um importante papel de
noticiar fatos e acontecimentos relevantes do meio cooperativista aos
dirigentes, colaboradores e associados das cooperativas de crédito do
Sicoob. Por meio dessa publicação, o
sistema passaria a contar com um
importante instrumento de difusão
dos valores e ideais cooperativistas.
Sicoob Central DF torna-se
parceira da revista
Com entrevistas de grande repercussão e matérias especiais, a revista
conquistou leitores fiéis e um espaço
no segmento cooperativista. A partir
da quinta edição, passou a se chamar
Revista Sicoob Goiás/Tocantins/Distrito Federal – em virtude da intercooperação com o Sicoob Central DF – e
abranger notícias das cooperativas de
crédito de Brasília e cidades satélites.
A partir da parceria com a central
do Distrito Federal, o volume de notícias aumentou consideravelmente e a
revista passou a ser publicada em 48
páginas. O que não sofreu alteração
foi sua qualidade editorial. A revista
continuou a apresentar um conteúdo
inovador, com reportagens especiais
e entrevistas de grande repercussão.
Confira a seguir um resumo de
cada edição e os principais trechos de
entrevistas que chamaram a atenção
do meio cooperativista e anteciparam
algumas das tendências:
Destaques
onal das Cooperativas de Crédito (Ancoop). Para ele, “uma cooperativa é
sempre uma obra inacabada, pois não
tem limites para crescer”.
A edição também deu destaque
à posse dos novos Conselheiros de
Administração do Sicoob Goiás Central, e trouxe matéria sobre as novas
regras do produto Sicoob Salário.
Além disso, notícias sobre as comemorações do Dia Internacional do Cooperativismo, da expansão do Sicoob
em Goiás e Tocantins e reportagem
dos eventos e estratégias de capitalização das cooperativas filiadas.
Entrevista
N° 1 - Edição Julho/
Agosto/Setembro
de 2007
A primeira edição trazia na capa
a campanha de marketing em Goiás
e Tocantins. A primeira ação de divulgação em massa da marca Sicoob
foi noticiada como um marco histórico no Sistema.
Dois líderes goianos foram entrevistados: o então vice-presidente do
Sicoob Goiás Central, Lajose Alves
Godinho, e o presidente da OCB-GO,
Antônio Chavaglia. Relembre os principais trechos das entrevistas:
Lajose Alves Godinho preside o
Sicoob Agrorural, cooperativa de crédito sediada em Quirinópolis (GO) e,
durante 17 anos, esteve na vice-presidência do Sicoob Goiás Central. Lajose também ocupou diversos e importantes cargos no cooperativismo
brasileiro, como, entre outros, a presidência da extinta Associação Naci-
REVISTA SICOOB - Por que a década de 1990 foi importante para o
cooperativismo?
Lajose: Porque representou, entre outros fatores, a consolidação da institucionalização das iniciativas do cooperativismo de crédito em nível nacional, inclusive com a fundação de
bancos cooperativistas. Nesse sentido, gostaria de destacar a competente atuação de José Salvino de Menezes, que teve uma participação importante no âmbito de Goiás e do
Centro-Oeste.
REVISTA SICOOB - Quais os desafios do cooperativismo de crédito
em Goiás para os próximos anos?
Lajose: Em primeiro lugar, acredito
que a prioridade seja melhorar sua estrutura para concorrer com as demais
instituições financeiras, pois o mercado está cada dia mais competitivo.
Para isso, precisamos divulgar em
todo o País as vantagens do cooperativismo de crédito. E o esforço por
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33
AGO.SET.OUT./09
AGO.SET.OUT./09 -- GOIÁS/TOCANTINS/DF
GOIÁS/TOCANTINS/DF
HISTÓRIA
“Precisamos divulgar
em todo o País as
vantagens do
cooperativismo de
crédito. E o esforço por
uma maior
capitalização é de
fundamental
importância nesse
processo, além de
investimentos na área
de treinamento e
capacitação de
pessoal”
uma maior capitalização é de fundamental importância nesse processo,
além de investimentos na área de treinamento e capacitação de pessoal.
Além disso, devemos mapear os espaços em Goiás e Tocantins que ainda não possuem entidades representantes do cooperativismo. Creio que
o Sicoob Goiás Central deve atuar na
dianteira desse processo, ampliando
seus Postos de Atendimento ao Cooperado (PAC), estimulando fusões de
entidades e sobretudo promover a fidelização de seus associados, através da concessão de negócios promissores de auto-sustentabilidade,
para expandir e fortalecer o Sistema.
Por fim, gostaria de enfatizar que, se
antes o ideal cooperativo era um sonho, hoje já é uma realidade, e que a
maior riqueza de uma cooperativa
consiste em sua vontade de crescer.
Antônio Chavaglia foi o primeiro presidente da Central de Cooperativas de Crédito de Goiás. Atualmente, preside o Sindicato e Organização
das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB-GO), a cooperativa
de crédito Sicoob Credi-Rural e também a cooperativa de produção Comigo. Para ele, “a atividade de fomen-
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
to deve caminhar visando a sustentabilidade das cooperativas”.
REVISTA SICOOB - Qual o papel
social do cooperativismo de crédito e como vencer as barreiras da
desinformação para estimular o surgimento de novas cooperativas?
Chavaglia: Em primeiro lugar, devemos ressaltar o compromisso do cooperativismo nos dois segmentos
geográficos em que atua: as áreas
urbana e rural. Percebo que uma das
maiores dificuldades à implantação
do cooperativismo hoje é de fato a
desinformação. Faltam às pessoas
mais informações sobre a importância e as vantagens sócio-econômicas da organização cooperativa. Assim como os outros ramos, o cooperativismo de crédito tem um papel importantíssimo no fomento do
desenvolvimento das cooperativas.
É por onde podemos promover melhor em nossos líderes a noção necessária de poupança para capitalizar e fortalecer nossas cooperativas.
Sabemos que, embora regido pelo
Banco Central, o cooperativismo de
crédito tem sido administrado no
país de forma independente e com
uma visão de futuro apurada. O Sicoob Goiás Central também é um
exemplo desse modelo vitorioso do
cooperativismo. Um modelo que
cabe a nós, da OCB, Sicoob e às singulares, continuar defendendo para
que possamos reunir todas as condições favoráveis para dar a sustentabilidade desejada por todos, capitalizando as cooperativas e estimulando o seu desenvolvimento.
REVISTA SICOOB - Como o senhor
avalia o cenário econômico atual e
de que forma as cooperativas de
crédito podem fomentar o desenvolvimento econômico-financeiro
no país?
Chavaglia: A Frencoop vem trabalhando, por exemplo, para que todos
os bancos federais, inclusive o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinem mais
recursos de fomento para as organizações cooperativas. Não é à toa que
o Conselho Monetário Nacional tem
se colocado favorável a uma série de
questões de regulação do cooperativismo de crédito, como a abertura
para que as cooperativas, desse ramo,
se tornem de livre admissão e possam se capitalizar mais e melhor. Tudo
isso é fruto de pressão política e as
lideranças cooperativistas devem entender cada vez mais que as coisas
só acontecem se nos fizermos representados politicamente, tanto em Brasília como em Goiás.
“Assim como os
outros ramos, o
cooperativismo de
crédito tem um papel
importantíssimo no
fomento do
desenvolvimento das
cooperativas. É por
onde podemos
promover melhor em
nossos lideres a
noção necessária de
poupança para
capitalizar e
fortalecer nossas
cooperativas”
plantado por algumas cooperativas de crédito. A publicação
apresentou matérias sobre o Planejamento Estratégico da Central
e noticiou a conquista das cooperativas de crédito de Goiás em
trabalhar com repasse dos recursos do Fundo Constitucional do
Centro-Oeste (FCO).
Entrevista
N° 2 - Edição
Outubro/Novembro/
Dezembro de 2007
Essa edição trouxe a primeira de
muitas entrevistas com personalidades
de renome, nacionais e internacionais.
O entrevistado foi o presidente do
Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, que ganhou o destaque da
capa.
Destaques
A revista abordou o tema Bacen
Jud, na coluna Visão Jurídica, assinada
na época pelo assessor jurídico do Sicoob Goiás Central, o advogado Armando Campos. A revista apresentou
também reportagens especiais sobre
o Cooperjovem, programa que desenvolve os valores do cooperativismo
com crianças do ensino fundamental,
e o programa de Remuneração Extra
para cooperados aposentados, im-
Exclusiva com o presidente
do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, que falou do papel do cooperativismo de crédito para a economia brasileira e
destacou a importância do Sistema Sicoob. A publicação da
entrevista gerou grande repercussão e colocou a Revista Sicoob
Goiás/Tocantins em evidência no
meio cooperativista. Reveja os principais trechos da entrevista:
Henrique Campos Meirelles é natural da cidade de Anápolis (GO). Foi eleito deputado federal com expressiva
votação. Formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e Mestre em
Ciências da Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
ele também é Doutor Honoris Causa
pela Bryant College, em Rhode Island,
nos Estados Unidos. Antes de assumir
o Banco Central, ele presidiu importantes instituições, como o Banco de Boston no Brasil e o Global Banking no
Fleet Boston Financial.
REVISTA SICOOB - Como o senhor
avalia o Sistema Sicoob no contexto da economia brasileira?
Meirelles - O Sistema Sicoob se insere no contexto dos objetivos econômicos que levaram ao aprimoramento das normas a partir de 2003, den-
“O sistema conta
com a maior
amplitude nacional
do ponto de vista do
número de
cooperativas e de
cooperados, tendo
cerca de 47% do
total nos dois casos.
Além disso, o Sicoob
se encontra
presente nas
regiões Norte e
Nordeste que, como
se sabe, são de
reconhecida carência
financeira”.
tre os quais a redução do spread, via
concorrência, e o atendimento de
população mais carente. O sistema
conta com a maior amplitude nacional do ponto de vista do número de
cooperativas e de cooperados, tendo cerca de 47% do total nos dois
casos. Além disso, o Sicoob se encontra presente nas regiões Norte e Nordeste que, como se sabe, são de reconhecida carência financeira.
Mas é importante ressaltar que há
outros fatores de eficiência não necessariamente voltados para o número de
cooperativas, mas sim para os pontos de atendimento. O sistema cooperativista brasileiro, a despeito de seu
crescimento nos últimos anos, responde somente por cerca de 2% do sistema financeiro nacional e está presente em apenas um terço de nossos
municípios. Há um espaço grande para
35
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
HISTÓRIA
Entrevista
crescimento, desde que bem organizado. O Banco Central tem chamado a atenção para esses fatores de
eficiência e inseriu nas normas incentivos para a união de cooperativas de forma a diminuir seu tamanho físico, porém com aumento da
capacidade de atender.
REVISTA SICOOB - Qual é o papel
do Banco Central para a organização do cooperativismo de crédito brasileiro?
Meirelles - Para se ter uma idéia da
importância que o cooperativismo
de crédito tem hoje no Banco Central, a competência para decidir pleitos de cooperativa de livre admissão é da Diretoria Colegiada, que já
aprovou 107 instituições da espécie em todo o Brasil. Há de se reconhecer, ainda, que o cooperativismo de crédito é o único, dentre os
treze ramos cooperativistas, que
possui órgão regulador específico e
que, até o momento, procurou dar
o sentido de organização que hoje
nos permite acreditar que ele venha
de fato cumprir com o seu papel.
REVISTA SICOOB - Qual o objetivo final do planejamento de governança das cooperativas de crédito elaborado pelo Banco Central?
Meirelles - O objetivo é promover
amplo levantamento das principais
práticas de governança adotadas
pelas cooperativas de crédito, mediante pesquisa nacional e internacional que, posteriormente, será objeto de disseminação em seminário
específico. Tudo no intuito de permitir aos diversos agentes discutir
as diretrizes para a introdução de
boas práticas que, hoje, são consideradas condições essenciais para
o sucesso de qualquer empreendimento.
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AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
Com o Presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, consolidou a
Revista Sicoob Goiás/Tocantins como
um dos principais veículos de comunicação do meio cooperativista. Na entrevista, concedida também para a
Mundocoop, Lula defendeu o cooperativismo de crédito e clamou pela
união de todos para a aprovação da
lei que regulamentaria o artigo 192 da
Constituição Federal (LC-130, aprovada em 28 de abril de 2009). Relembre
os principais trechos dessa entrevista:
Nº 3 - Edição
Janeiro/F
evereiro/
Janeiro/Fevereiro/
Março de 2008
A edição destacou em sua capa
a reveladora entrevista com o presidente da república, Luiz Inácio Lula
da Silva. A foto da tradicional festa
do Fogaréu, em Pirenópolis, ilustrou
a chamada da matéria especial sobre os espetáculos religiosos.
Destaques
O 1º Seminário de Crédito Cooperativo de Tocantins, realizado com
sucesso pelo Sicoob Credipar, ganhou espaço pelo seu ineditismo. Outras notícias abordaram a arrecadação recorde de brinquedos das cooperativas de Goiás e Tocantins do
Sistema Sicoob para a Campanha Natal Criança Feliz, os encontros setoriais que movimentaram a OCB-GO e
a importância da aprovação da Lei
130 (que até então tramitava no Congresso como PLP 177).
Luiz Inácio Lula da Silva iniciou
sua atividade política no movimento
sindical. Em 1975, elegeu-se presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de
São Bernardo do Campo (SP). Com a
redemocratização do país, foi um dos
fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Depois de três derrotas seguidas na disputa presidencial, em 2002,
finalmente Lula elegeu-se presidente do
Brasil, reelegendo-se em 2006.
REVISTA SICOOB - O Sicoob é o
maior sistema de cooperativismo
de crédito do Brasil. Porém, tanto
o Sicoob quanto os demais sistemas cooperativistas de crédito
precisam crescer muito mais, pois
juntos representam apenas cerca
de 2% do Sistema Financeiro Nacional. O que o senhor acredita que
ainda precisa ser feito para estimular este crescimento?
Presidente Lula - A introdução do cooperativismo de crédito foi um passo
importantíssimo para o País. E estou
confiante que seguiremos adiante. Seria importante, por exemplo, que o setor unisse forças com o governo federal em torno da aprovação de
uma lei regulamentando o artigo 192
da Constituição, que trata das cooperativas de crédito como instituições
“Seria importante, por
exemplo, que o setor
unisse forças com o
governo federal em
torno da aprovação de
uma lei
regulamentando o
artigo 192 da
Constituição, que trata
das cooperativas de
crédito como
instituições
financeiras”.
financeiras.
REVISTA SICOOB - É possível considerar que, dos últimos 20 anos
de governo deste país, a sua administração é a que está dando
mais apoio e fomento ao cooperativismo? Por que seu governo dá
tanta ênfase ao cooperativismo?
Presidente Lula- Eu acredito muito no
cooperativismo. Foi por isso que autorizei a criação de cooperativas
abertas de crédito, que estavam vetadas pelo Banco Central desde 1999.
Foi por isso, também, que tomei a iniciativa de iniciar um processo para
atualizar a Lei das Sociedades Cooperativas, que data de 1971. Nosso
governo foi o primeiro a criar, no Ministério do Trabalho e Emprego, uma
secretaria específica para fomentar e
desenvolver o cooperativismo e as
formas associativas de produção: a
Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do meu querido Paul
Singer. Ao longo do primeiro mandato, fizemos mudanças regulatórias e
concedemos isenções tributárias importantes para fortalecer as cooperativas de crédito, incluindo a criação
do Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito (PROCAPCRED).
Em 2003, o Ministério da Agricultura
lançou o Plano Brasil Cooperativo, que
resultou na criação do PRODECOOP,
um programa nacional e permanente
de desenvolvimento cooperativo
para agregação de valor à produção
agropecuária; o NORCOOP, um programa de desenvolvimento do cooperativismo no Norte e Nordeste; e o Programa de Ensino e Cooperação Acadêmica no Cooperativismo, visando
divulgar e fomentar a cultura cooperativista. Além disso, o Ministério do
Desenvolvimento Agrário realiza um
trabalho extraordinário de financiamento e apoio técnico às cooperativas de agricultores familiares. Veja, a
aposta do nosso governo nas cooperativas é também uma questão de
eficiência: basta notar que hoje, no
Brasil, um agricultor cooperado tem
uma produtividade média 20% superior à do mercado. Queremos, com essas e outras políticas, que o princípio organizador da economia brasileira passe a ter na justiça social a
sua maior referência.
REVISTA SICOOB - A participação do
sistema de crédito cooperativista de
Goiás no sistema financeiro local
está acima da média nacional. Como
o senhor avalia este desenvolvimento do cooperativismo de crédito na
região, sobretudo o do sistema Sicoob, especialmente em Goiás e Tocantins?
Presidente Lula - Vejo com bons
olhos o exemplo da região CentroOeste (Goiás) e no Sul da Região Norte (Tocantins), como todas as iniciativas que visam consolidar e fortalecer
o cooperativismo de crédito no País.
Esta é uma batalha que interessa a
todo o povo brasileiro. Estão todos
de parabéns.
Nº 4 - Edição
Abril/Maio/Junho
de 2008
O grande destaque foi a matéria
que mostrou o desafio do Sistema em
descobrir talentos, abordando a dificuldade das cooperativas centrais e
singulares de encontrar mão-de-obra
qualificada. A reportagem sobre o Pantanal – maior santuário ecológico do
mundo – também ganhou espaço na
capa.
Destaques
A revista trouxe um bate-papo esclarecedor com a presidenta da Associação de Combate ao Câncer em
Goiás (ACCG), sobre a prevenção e o
combate à doença. Outros destaques
foram a reportagem sobre a autorização das cooperativas de crédito
mútuo captarem poupança, por meio
do Bancoob, e a matéria sobre a eleição de José Salvino de Menezes para
a presidência da Confederação Sicoob Brasil.
37
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
HISTÓRIA
Entrevista
A edição marcou a serie de entrevistas com personalidades estrangeiras. Num emocionante encontro, a
equipe da revista entrevistou, de uma
só vez, dois sobreviventes do histórico acidente aéreo dos Andes, no qual
45 pessoas embarcaram numa aeronave da Força Aérea Uruguaia rumo
ao Chile, no dia 13 de outubro de
1972, e apenas 16 voltaram para a
casa com vida.
Álvaro Mangino, 54 anos de idade, e José Coche Inciarte, 59. Eles são
testemunhas de que vale a pena acreditar na vida e lutar por ela. Relembre
trechos da entrevista:
REVISTA SICOOB - O que vocês fizeram para superar o intenso frio
e permanecerem vivos por tanto
tempo naquelas condições adversas?
Álvaro Mangino - Se você trabalha
unido com espírito de equipe, você
consegue superar todos os obstáculos. Nós trabalhamos juntos para fazer dos destroços do avião, nosso
abrigo. Dividíamos as tarefas e as responsabilidades para cumprir o objetivo do grupo: conseguir sobreviver um
dia a mais. Para não morrermos de frio,
ficávamos, a todo o tempo, abraçados. O calor humano e a solidariedade fizeram com que superássemos
todas as dificuldades.
“O calor humano e a
solidariedade fizeram
com que
superássemos todas
as dificuldades”.
38
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
REVISTA SICOOB - Comer o primeiro pedaço de carne humana foi o
momento mais desesperador, após
a queda do avião?
Álvaro Mangino - Foi um momento
muito terrível! Ouvir a notícia pelo rádio, após algumas semanas, de que
as buscas por sobreviventes do acidente haviam cessadas também foi de
grande desesperança. Entretanto, o
momento mais desesperador aconteceu dezesseis dias depois do acidente, quando fomos soterrados por uma
avalanche que matou oito pessoas.
Não merecíamos aquilo!
REVISTA SICOOB - Como em qualquer grupo, algumas deliberações
são polêmicas. Qual foi a decisão
mais difícil do grupo?
José Coche Inciarte - Nós tínhamos
resolvido o problema da falta de
água. Derretíamos a neve pressionando-a em duas chapas de metal improvisada colocadas no sol (quando
havia sol). Faltava resolver o problema da fome. Estávamos muitos dias
sem comer e por isso havíamos perdido muito peso. Sabíamos que morreríamos se continuássemos sem comida. Então, durante uma assembléia,
houve a decisão de comermos a carne dos amigos mortos. Foi a mais difícil decisão de nossas vidas. Naquele momento, fizemos um pacto de
que a pessoa que viesse a morrer
doaria o seu próprio corpo para os
demais companheiros. É muito importante destacarmos que não houve canibalismo. Ninguém matou ninguém
para comer! Nós alimentamos apenas
das pessoas mortas. Se não tivéssemos tomado essa decisão não haveria nenhum sobrevivente!
REVISTA SICOOB - A união do grupo foi necessária para que todos
“Acredito que o
cooperativismo de
crédito é muito
importante para o
desenvolvimento
econômico de um
país. Eu,
particularmente,
conheço de perto os
ideais e valores
universais do
cooperativismo.
Tempos depois do
acidente, trabalhei,
durante 10 anos,
como diretor de
Cooperativa”.
mantivessem o foco (serem resgatados vivos). A união no cooperativismo de crédito também é muito
importante, cujo foco é a associação de pessoas com o objetivo de
proporcionar assistência financeira
uma as outras por meio da mutualidade. O que vocês acham deste
segmento?
José Coche Inciarte - Acredito que o
cooperativismo de crédito é muito importante para o desenvolvimento econômico de um país. Eu, particularmente, conheço de perto os ideais e valores universais do cooperativismo. Tempos depois do acidente, trabalhei,
durante 10 anos, como diretor da
Cooperativa Nacional dos Produtores
de Leite do Uruguai (Conaprole). Conheci de perto os desafios e benefícios do cooperativismo!
bre as comemorações do Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito, celebrado no mês de outubro,
e da inauguração da nova e moderna sede do Bancoob. O artigo do
escritor Reinaldo Polito inaugurou a
coluna fixa de temas de liderança,
dedicada a autores renomados.
Entrevista
Desta vez, a entrevista foi com
uma representante internacional do
cooperativismo de crédito. Com
versão traduzida também para o inglês, a revista publicou uma entrevista com Monique F. Leroux, que
falou da força do cooperativismo
canadense e o que o Brasil pode
aprender com o Sistema Desjardins.
Nº 5 - Edição Agosto/
Setembro/Outubro
de 2008
A revista retoma o assunto das leis
em tramitação no Congresso Nacional. Desta vez, traz na capa a seguinte chamada: Ato Cooperativo deve se
tornar lei ainda neste ano. A entrevista com Monique F. Leroux, presidenta
do Desjardins, ganhou destaque na
capa.
Destaques
O grande destaque dessa edição
foi a parceria com o Sicoob Central
DF. Pela primeira vez no sistema Sicoob, duas centrais se uniriam numa
mesma publicação noticiosa. O editorial foi assinado em conjunto pelos presidentes José Salvino de Menezes (Sicoob Goiás Central) e José Alves de
Sena (Sicoob Central DF). Além disso,
a revista trouxe matéria especial so-
Monique F. Leroux foi a primeira
mulher da história do Sistema Desjardins – um dos principais modelos mundiais de cooperativismo de crédito –
a assumir a presidência. Da sede no
campus de Levis, na província de Quebec, no Canadá, Monique comanda o
Desjardins, que tem mais de 5,8 milhões de associados e é o maior empregador privado de Quebec, abrigando 40 mil trabalhadores.
REVISTA SICOOB - O principal agente financeiro da província de Quebec é o Sistema de Cooperativas
Desjardins. Qual o percentual de
sua participação local em relação
aos bancos comerciais?
Monique - Desjardins está principalmente presente em Quebec e também
em algumas áreas da província de Ontário, embora em menor grau. Em Quebec, Desjardins é de longe a maior instituição financeira. Nós somos dominantes em vários segmentos, tais
como empréstimos hipotecários, com
39,2% do mercado, sendo o restante
repartido entre os seis grandes bancos. Nos cartões de crédito temos a
fatia de 49,4% do mercado; empréstimos agrícolas, 42,5%; poupanças pessoais, 44,1%.
REVISTA SICOOB - Quais as práticas predominantes que fizeram das
cooperativas Desjardins um dos
grandes agentes financeiros do Canadá?
Monique - Basicamente foi a nossa
capacidade de atender a todos os segmentos da população, especialmente
aqueles com rendas mais baixas. Isso
explica porque a nossa organização
cooperativa foi capaz de crescer em
todo o território da província de Quebec, em particular nas zonas rurais, e
de se tornar o que é hoje. Voltando
100 anos atrás, os bancos não emprestavam dinheiro a pessoas físicas,
só para as empresas. O sr. Alphonse
Desjardins, nosso fundador, se incomo-
“Penso, contudo,
que como
cooperativas
devemos tentar ser
tão altamente
produtivos quanto
possível e, ao
mesmo tempo,
garantir
atendimento a
todos os segmentos
da nossa adesão.
Não é fácil, mas é
possível fazê-lo”.
39
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
HISTÓRIA
dou com o fato de as pessoas estarem
sendo exploradas por usurários. Ele, assim, idealizou o conceito de uma cooperativa de poupança e empréstimos para
ajudá-las e educá-las sobre finanças e
autoatendimento. O que nos diferencia,
também, é que as nossas cooperativas,
embora cada uma seja autônoma, estão
todas integradas em uma grande rede
ou sistema que lhes têm permitido crescer cada vez mais fortes durante os anos.
REVISTA SICOOB - O Sicoob é o
maior sistema de cooperativismo de
crédito em rede de atendimento do
Brasil. Porém, juntamente com os
demais sistemas representa pouco
mais de 2% da participação no Sistema Financeiro Nacional, uma fatia
muito pequena do mercado. O que
a senhora indicaria para o crescimento desejável do cooperativismo
de crédito no Brasil?
Monique - Não conhecendo profundamente sobre o seu sistema tornase um pouco difícil para eu responder
a esta pergunta. Penso, contudo, que
como cooperativas devemos tentar
ser tão altamente produtivos quanto
possível e, ao mesmo tempo, garantir
atendimento a todos os segmentos
da nossa adesão. Não é fácil, mas é
possível fazê-lo. Por exemplo, aqui em
Quebec, muitas das nossas cooperativas decidiram fundir-se de forma a
ter maior base de associados, maiores receitas, maiores ativos e forte base
de capital e do mesmo modo, reduzir
os seus custos globais. Ao fazê-lo, a
maior parte delas foi capaz de contratar consultores financeiros altamente treinados e especializados, a fim de
melhor atender as necessidades financeiras dos seus membros. Embora nos
esforcemos para ser mais produtivos,
não temos como objetivo alcançar
resultados financeiros tão grandes
como almejados pelos bancos. Por
40
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
“Cooperativas, em
minha opinião, são
as únicas
organizações que
podem representar
uma alternativa
viável aos bancos e à
globalização. Elas
pertencem a seus
associados e não
podem ser
compradas por
grandes
conglomerados. Mas
elas não estão
imunes à
concorrência e por
isso devem ser
financeiramente
sólidas, o máximo
que puderem, a fim
de assegurar o seu
futuro”.
exemplo, nós temos o nosso alvo de
taxa de retorno fixado num intervalo
entre 12% e 15%. Isso nos possibilita
alcançar um bom desempenho financeiro que nos permita continuar a desenvolver o nosso sistema e fazer os
investimentos estratégicos necessários para manter a nossa quota de mercado, continuando a estar presente
em quase todas as comunidades e
servir a todos os segmentos dos associados. Poderíamos tentar fazer sempre mais dinheiro, mas a que preço?
Através do fechamento de agências,
deixando pequenas comunidades?
Não, essa não é a nossa filosofia de
trabalho! Ainda assim, o Desjardins foi
capaz de obter lucro recorde em 2007.
Nosso ganho superavitário (lucro – chamado de sobras, no Brasil) alcançou um
recorde de CAN $ 1,1 bilhões (de dólares canadenses) em 2007. Em contrapartida, como cooperativas, nós temos
condições de dividir com os nossos
associados estes excedentes; os dividendos para os cooperados totalizaram CAN $ 592 milhões e cerca de CAN
$ 72 milhões foram devolvidos como
patrocínios, donativos ou bolsas.
REVISTA SICOOB - Os bancos comerciais do Brasil são muito agressivos. O que a senhora acha que o
sistema de cooperativismo de crédito deveria fazer para ser mais
competitivo?
Monique - Eu aconselho vocês a reduzir seus custos através da divisão
de serviços com outras cooperativas,
por exemplo, a fusão dessas cooperativas, ou de qualquer outra forma. A
produtividade é o nome do jogo, porém não pode ser atingida pela exclusão de associados. O Sicoob também
deve considerar a manutenção de uma
forte base de capital, esta é essencial
para o seu crescimento e desenvolvimento. Cooperativas, em minha opinião, são as únicas organizações que
podem representar uma alternativa viável aos bancos e à globalização. Elas
pertencem a seus associados e não
podem ser compradas por grandes
conglomerados. Mas elas não estão
imunes à concorrência e por isso devem ser financeiramente sólidas, o máximo que puderem, a fim de assegurar
o seu futuro.
mia brasileira estaria bem fundamentada e, por isso, os impactos da crise
não seriam tão devastadores.
Alexandre Garcia começou sua
carreira no Jornal do Brasil, no qual trabalhou como correspondente no exterior. Ele foi diretor da extinta TV
Manchete e cobriu três guerras (Angola, Líbano e Malvinas). Teve, ainda,
a honra de receber da Rainha Elisabeth II, a Ordem do Império Britânico.
Atualmente, trabalha nos telejornais
da TV Globo, além de escrever para
revistas, jornais impressos e fazer comentários diários veiculados em 170
emissoras de rádio.
Nº 6 - Edição Dez.
2008/ Jan./F
ev
Jan./Fev
ev..
de 2009
A 6ª edição apresentou em sua
capa o Educanet, projeto inovador de
educação à distância do Sicoob Brasil, com aprendizagem por meio da
utilização de tecnologia conhecida
como e-learning.
Destaques
Uma reportagem especial surpreendente que mostrou a participação
efetiva de índios de diversas tribos no
cooperativismo de crédito do Sistema Sicoob. A edição apresentou matérias sobre o cenário econômico, diante do ápice da crise financeira mundial, além de trazer um especial sobre
o Natal e um artigo do escritor Gustavo Cerbasi.
Entrevista
O jornalista e comentarista de
política e economia da Rede Globo,
Alexandre Garcia. Para ele, a econo-
REVISTA SICOOB - Há uma tendência que os bancos comerciais brasileiros encontrem dificuldades para
captar financiamentos no exterior
em decorrência dos reflexos da crise bancária americana. No médio
prazo, você acredita que isso deverá impactar na oferta do crédito doméstico?
Garcia - Isso deve acontecer sim. Analisando por outro ângulo, a redução
do crédito doméstico será, de certa
forma, boa para o país. Porque uma
oferta desenfreada pode se tornar perigosa, como foi o caso da bolha do
mercado imobiliário dos Estados Unidos, que resultou na atual crise financeira. No Brasil, já é possível identificar, em alguns segmentos, como o
crédito para automóveis, por exemplo, que a oferta de crédito muito fácil já acarreta um alto nível de inadimplência. O crédito fácil para pessoas
sem capacidade de pagamento é
muito arriscado.
REVISTA SICOOB - Você acredita haver oportunidades de crescimento do cooperativismo de crédito
diante deste cenário?
Garcia - Sim! Creio que seja um bom
momento para o cooperativismo de
crédito divulgar à população os seus
diferenciais em relação aos bancos comerciais, destacando suas características solidárias e seguras.
REVISTA SICOOB - Você foi subsecretário de imprensa da Presidência da República durante o governo do General Figueiredo e atua
hoje em importantes empresas de
comunicação. Como você avalia a
inserção do cooperativismo de crédito nestes dois momentos da
nossa história: o período do regime militar e o atual, democrático?
Garcia - O governo do General Figueiredo foi um dos grandes incentivadores do cooperativismo. Na época, havia um estímulo para a colonização de
algumas regiões do País, como a Amazônia, Roraima e norte do Mato Grosso. Isso foi feito por meio do fomento
de cooperativas. Portanto, o sistema
cooperativo foi um importante instrumento para o desenvolvimento regional. Com o advento da democracia, o
processo de expansão cooperativista
teve continuidade. A estabilidade econômica é propícia para a constituição
de sociedades cooperativas de todos
os ramos de atividades.
“A estabilidade
econômica é propícia
para a constituição
de sociedades
cooperativas de
todos os ramos de
atividades”.
41
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
HISTÓRIA
que o jornalista Alexandre Garcia fez
uma análise financeira das consequências da crise, a 7ª edição buscou um
novo olhar sobre o momento e entrevistou o psicólogo americano, Stephen
Paul Adler, que falou dos impactos emocionais da crise financeira mundial.
Nº 7 - Edição Abril/
Maio/Junho
de 2009
A edição trouxe em sua capa uma
foto que ilustrava a movimentação no
Sistema e apontava os novos rumos do
Sicoob. O presidente do Sicoob Brasil
José Salvino de Menezes, e o recém eleito presidente do Bancoob Marco Aurélio Almada, falaram das mudanças administrativas e de suas metas para 2009
Destaques
Além da matéria de capa, os grandes destaques foram: a reportagem
especial sobre a tendência da criação
e transformação de cooperativas de
crédito em Livre Admissão e uma matéria de cultura sobre a vida e obra
do poeta Mário Quintana. O artigo do
escritor Roberto Shinyashiki e reportagem sobre a nova ortografia da língua portuguesa ganharam destaques.
Entrevista
Ao contrário da edição anterior, em
42
AGO.SET.OUT./09 - GOIÁS/TOCANTINS/DF
Dr. Stephen Paul Adler é Ph.D em
Transtorno do Stress Pós-Traumático
pela American Academy of Experts in
Traumatic Stress dos Estados Unidos
e detentor de mais de 13 especializações em psicologia, na área de gerenciamento de crises. Sua atuação ganhou destaque quando desenvolveu
um trabalho de liderança emocional
com o Corpo de Bombeiros de Nova
Iorque, após os atentados de 11 de
setembro.
REVISTA SICOOB - O mundo passa
por uma de suas piores crises financeiras. Qual a melhor forma de
superá-la?
Stephen - Primeiro devemos superar o
medo. O medo nos faz perder as perspectivas e a esperança. As pessoas se
tornam vítimas. Isso faz com que qualquer contratempo seja uma crise na vida
delas. Não podemos nos deixar ser contaminados pelo medo, pois, se isso vier
a acontecer, além de ficarmos mais vulneráveis, a tendência é que tomemos
mais decisões erradas do que certas. É
claro que não podemos ignorar a atual
crise financeira, mas o fato é que nem
todo mundo vai perder o emprego e,
se isso acontecer com algumas pessoas, não será a primeira e, talvez, nem a
última vez. O mundo não vai acabar por
conta dessa crise.
REVISTA SICOOB - O senhor acredita que quando se está menos abalado emocionalmente torna-se mais
fácil superar situações de crises,
principalmente as financeiras?
“De certa forma, a
crise atual está
relacionada à
grande quantidade
de conhecimento e
informação, mas à
falta de sabedoria
para usá-la. A
sabedoria está
dentro das pessoas.
É necessário que
elas aprendam a
procurá-la”.
Stephen - Quando não deixamos o
medo tomar conta da situação, conseguimos enxergar além do óbvio.
Quando isso acontece, conseguimos
ver oportunidades onde a maioria vê
apenas os riscos. Mas se a pessoa
sente que não tem condições de sair
sozinha de uma situação traumática,
ela deve buscar ajuda.
REVISTA SICOOB - O que basicamente está faltando aos nossos líderes?
Stephen - Atualmente, os líderes têm
muita informação e conhecimento, mas,
mesmo assim, tomam decisões erradas,
porque não usam a sabedoria. Conhecimento é o aprendizado que adquirimos ao longo do tempo, já a sabedoria é como usamos esse conhecimento. De certa forma, a crise atual está
relacionada à grande quantidade de conhecimento e informação, mas à falta
de sabedoria para usá-la. A sabedoria
está dentro das pessoas. É necessário
que elas aprendam a procurá-la.
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Edição nº 8 - Sicoob Goiás Central