FAED
01. GENTIS PATRÍCIOS: NAÇÃO E SABER ESCOLAR SOBRE SANTA CATARINA NAS
OBRAS DE LUCAS ALEXANDRE BOITEUX
Helena Gabriela Moellmann Gasparini.........................................................................................1
02. VARIAÇÃO DO NÍVEL DO MAR NO LITORAL SUL DO BRASIL. PARTE 3: ALTA
SUBTROPICAL DO ATLÂNTICO SUL
Ricardo Wagner Ad-Víncula Veado, Bárbara Gonçalves Fornerolli, Ruy de Sá Prudêncio.............2
03. URBANIZAÇÃO, CLASSE MÉDIA E DITADURA: O “MILAGRE ECONÔMICO” EM
FLORIANÓPOLIS (1968-1978)
Reinaldo Lindolfo Lohn, Carla Acordi, Felício Mourão Freire.......................................................3
04. TRAJETÓRIAS SOCIAL DE EGRESSOS DO ENSINO SECUNDÁRIO DO COLÉGIO
CATARINENSE (1951-1960)
Norberto Dallabrida, Juliana Topanotti dos Santos de Mello, Estela Maris Sartori Martini, Tainara
Lemos, Stèphanie Kreibich............................................................................................................4
05. TRAJETÓRIAS PROFISSIONAIS JUVENIS: EXPECTATIVAS E POSSIBILIDADES
Mariléia Maria da Silva, Pâmela Regina Jung, Julia Marina Marchi de Almeida, Letícia Vieira,
Luana Maria Silva Adão..............................................................................................................5
06. TRAJETÓRIAS NO ENSINO SUPERIOR DOS/AS EGRESSOS/AS DO CURSO
CLÁSSICO DO COLÉGIO ESTADUAL DIAS VELHO (1951-1960)
Norberto Dallabrida, Stèphanie Kreibich Pinheiro, Ângela Xavier de Brito, Estela Maris Sartori
Martini, Juliana Topanotti dos Santos de Mello, Tainara Lemos das Neves..................................6
07. TRAJETÓRIA SOCIAL DE EGRESSOS/AS DO CURSO CIENTÍFICO DO COLÉGIO
ESTADUAL DIAS VELHO (1951-1960)
Norberto Dallabrida, Tainara Lemos das Neves, Ângela Xavier de Brito, Estela Maris Sartori
Martini, Juliana Topanotti dos Santos de Mello, Stephanie Kreibich Pinheiro.................................7
08. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E SISTEMA TUTORIAL: ATIVIDADES
MEDIATIZADAS DOS TUTORES ON-LINE NA PERSPECTIVA DA ERGONOMIA
COGNITIVA DE FORMAÇÃO
Martha Kaschny Borges, Samara Nunes Lemos, Julyana Cristina.....................................................8
09. MENINAS DO AROEIRA: RELAÇÕES FAMILIARES E GRAVIDEZ NA
ADOLESCÊNCIA
Mariléia Maria da Silva, Letícia Vieira...............................................................................................9
10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO SÓCIO-PATRIMONIAL E AMBIENTAL EM
BACIAS HIDROGRÁFICAS PARA FINS DE CONSTRUÇÃO DE PEQUENAS CENTRAIS
HIDROELÉTRICAS – PCH´S
Mariane Alves Dal Santo, Lucas Augusto D’Aquino, Francisco Henrique de Oliveira, Pedro
Henrique Machado Porath, Sueli Siqueira, Patrícia Tatiana Raasch.............................................10
11. DESENVOLVIMENTO DE UMA PROPOSTA DE PROTÓTIPO DE PROGRAMA DE
TV EDUCAÇÃO SEXUAL EM DEBATE COMO SUBSÍDIO EM PROCESSOS DE
FORMAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES
Sonia Maria Martins de Melo, Raquel da Veiga Pacheco, Marina dos Santos
Teixeira.....................................................................................................................................11
12. SINAIS DA MODERNIZAÇÃO URBANA: FLORIANÓPOLIS, TURISMO E AS
ESCOLAS DE SAMBA EM PRINCIPIO DA DÉCADA DE 1970
Luiz Felipe Falcão, Daniel Henrique França Lunardelli................................................................12
13. REFLEXÕES SOBRE A IMIGRAÇÃO: PEQUENO INVENTÁRIO DA PRESENÇA
ÁRABE EM SANTA CATARINA (1990 - 2010)
Catarina Lisboa do Carmo.................................................................................................................13
14. REAÇÕES FRENTE AO PROGRESSO FLORIANOPOLITANO NAS DÉCADAS DE
1969 E 1970
Luiz Felipe, Bruna da Silveira Viana................................................................................................14
15. PRÁTICAS CONTACEPTIVAS E ABORTO EM GRUPOS POPULARES URBANOS
Carmen Susana Tornquist, Iara Maria Török Pomar......................................................................15
16. PERMEANDO LIMITES DE INCLUSÃO EM ESCOLAS DE ENSINO
FUNDAMENTAL ATRAVÉS DOS CADERNOS DE CLASSE.
Geovana Mendonça Lunardi Mendes, Raquel Andrade Sasso, Daiana da Rosa.............................16
17. OS CADERNOS ESCOLARES EM ANÁLISE: QUE CURRÍCULO? QUE INCLUSÃO?
Daiana da Rosa Ferreira, Geovana Mendonça Lunardi Mendes................................................17
18. OS ÁRABES MUÇULMANOS DE FLORIANÓPOLIS NO TEMPO PRESENTE
Emerson César de Campos, Bruno Bortoli...................................................................................18
19. OBJETOS DA ESCOLA: CULTURA MATERIAL DA ESCOLA GRADUADA (18701950)
Vera Lucia Gaspar da Silva, Marília Gabriela Petry...................................................................19
20. MÚSICA PARA UM NOVO ESTADO: A ATUAÇÃO DO ESTADO NOVO DIANTE DO
HINO NACIONAL BRASILEIRO (1937-1945)
Rafael Rosa Hagemeyer,: Renan Ritzmann de Oliveira....................................................................20
21. MODELAGEM 3D EM AMBIENTE SIG – ESTUDO DE CASO: COXILHA RICA
Francisco Henrique de Oliveira, Gustavo da Silveira Postiglione.....................................................21
22. LEVANTAMENTO DE DOCUMENTOS DE PLANEJAMENTO REGIONAL
PERTINENTES ÀS CATÁSTROFES NATURAIS EM SANTA CATARINA (DÉCADAS DE
1960 A 1980)
Isa de Oliveira Rocha, Cássio Donadel Guterres.........................................................................22
23. HISTÓRIA NAS PROVAS DE VESTIBULAR: REPRESENTAÇÕES
SILENCIAMENTOS SOBRE O PASSADO DE SANTA CATARINA
Luciana Rossato, Andréia Seganfredo.........................................................................................23
E
24. FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES PARA O USO DAS TECNOLOGIAS
DIGITAIS: UM ESTUDO JUNTO AOS FORMADORES DOS NÚCLEOS DE
TECNOLOGIA EDUCACIONAL (NTES).
Geovana Mendonça Lunardi Mendes, Elisa Maria Quartiero, Bárbara Wollinger Niehues..............24
25. ESTUDO DE CASO: LAGOA DOS PATOS, RS.
Ricardo Wagner ad-Víncula Veado, André Luis da Silva Bertoncini, Ruy de Sá Prudêncio............25
26. ENTRE NETUNO E CLIO. A HISTÓRIA DO ALMIRANTE HENRIQUE BOITEUX.
DÉCADAS DE 20 A 40 - SANTA CATARINA.
Maria Teresa Santos Cunha, Patrícia Schwarz.............................................................................26
27. EDUCAÇÃO ATRAVÉS DE EXEMPLOS EM CARTILHAS ESCOLARES: A SÉRIE
FONTES (1920 – 1940).
Maria Teresa Santos Cunha, Elaine Maria de Quadros, Ana Luíza Mello Santiago de Andrade......27
28. DEFENDER O FOLCLORE, PROTEGER OS SAMBAQUIS E FAZER CIÊNCIA:
ASPECTOS DA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO EM SANTA CATARINA (1938-1974)
Janice Gonçalves, Débora Garcia Mortimer, Gabriela de Oliveira Ribeiro.................................28
29. CONEXÕES ENTRE OS ESTADOS UNIDOS, A EUROPA E O BRASIL: UMA
ANÁLISE DA CONFIGURAÇÃO DE LAÇOS TRANSNACIONAIS CONSTRUÍDOS
PELOS NOVOS E/IMIGRANTES BRASILEIROS
Gláucia de Oliveira Assis, Karoline Kika Uemura, Émerson Cesar de Campos..........................29
30. EXPERIÊNCIAS DE SEPARAÇÃO MATRIMONIAL NO BRASIL (FLORIANÓPOLIS,
1970-2010)
Marlene de Fáveri, Fabiolla Falconi Vieira, Maria Aparecida Pessatti............................................30
31. CARACTERIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DA REGIÃO COSTEIRA SUL
CATARINENSE, COM ÊNFASE NA OCUPAÇÃO ANTRÓPICA DOS AMBIENTES
COSTEIROS.
Maria Paula Casagrande Marimon, Larissa Corrêa Firmino, Lúcia Ayala, Mário Freitas, Isa de
Oliveira Rocha, Francisco Henrique de Oliveira, Antônio Pedro Soares, Neres de Lourdes da Rosa
Bitencourt, Heloisa Campos Lalane...........................................................................................31
32. BR 101 EM SANTA CATARINA; ANÁLISE DOS VOLUMES MÉDIOS DIÁRIOS (1972
A 1984; 1994 A 2001; 2006)
Isa de Oliveira Rocha, Thaís Grüdtner Basílio..............................................................................32
33. AVALIAÇÃO DAS OCUPAÇÕES IRREGULARES EM FAIXAS DE SEGURANÇA DE
LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ÁREAS URBANAS.
Francisco Henrique de Oliveira, Patrícia Royes Schardosim.......................................................33
34. AVALIAÇÃO DA CARTOGRAFIA DIGITAL DO BAIRRO ITACORUBI APLICANDO GNSS"
Francisco Henrique de Oliveira, Getúlio Silva Filho........................................................................34
35. AS RODOVIAS FEDERAIS DE SANTA CATARINA: LEVANTAMENTO E
CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO
Isa de Oliveira Rocha, Aurora M. Putton Barbosa, Natan Dolejal.....................................................35
36. AS MULHERES BRASILEIRAS NA IMPRENSA: EXOTIZAÇÃO E PRECONCEITO
Gláucia de Oliveira Assis, Kim Martins Knoche..............................................................................36
37. ABORTO E IMPRENSA NO BRASIL (1995-2009)
Silvia Maria Fávero Arend, Júlia Rodrigues Vieira.........................................................................37
38. A VIDA VAI MELHORAR? DITADURA, CASA PRÓPRIA E POLÍTICA
HABITACIONAL EM FLORIANÓPOLIS (1974 – 1985)
Reinaldo Lindolfo Lohn, Felício Mourão Freire, Carla Acordi.........................................................38
39. A VIDA COMO EXEMPLO: AS BIOGRAFIAS DE PERSONAGENS HISTÓRICOS E
FICTÍCIOS NA SÉRIE DE LEITURA GRADUADA PEDRINHO DE LOURENÇO FILHO
(1950 A 1960)
Maria Teresa Santos Cunha, Elaine Maria de Quadros, Ana Luíza Mello Santiago de Andrade......39
40. A POTENCIALIDADE DOS SENSORES ORBITAIS NA APLICAÇÃO EM ÁREAS DE
RISCO AMBIENTAL
Mariane Alves Dal Santo, Ronan Max Prochnow, Francisco Henrique de Oliveira, Sinara Fernandes
Parreira.......................................................................................................................................40
41. A HISTÓRIA DE SANTA CATARINA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA E A
CONSTRUÇÃO DO SABER ESCOLAR
Cristiani Bereta da Silva, Virgínia Broering....................................................................................41
42. A EXPERIÊNCIA DA PESQUISA EM ACERVOS ON-LINE
Márcia Ramos de Oliveira.............................................................................................................42
43. A BIBLIOTECA PÚBLICA DE SANTA CATARINA COMO UM LUGAR DE
PRÁTICAS CULTURAIS, ENTRE DOCUMENTOS E FALAS
Gisela Eggert Steindel, Luciane Gonçalves Toledo, Fernanda de Sales, Jorge Moisés Kroll do
Prado, Francine Adelino Carvalho..............................................................................................43
44. RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DE ESCOLAS ISOLADAS: ALGUMAS INFORMAÇÕES
SOBRE O MOBILIÁRIO ESCOLAR
Vera Lucia Gaspar da Silva, Camila Mendes de Jesus.................................................................44
45. A CONSTRUÇÃO IMOBILIÁRIA EM FLORIANÓPOLIS E AS LEIS DE
REGULAMENTAÇÃO
Vera Lucia Nehls Dias, Cristina Maria Dalla Nora, Gustavo Moresco de Oliveira...........................45
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
“GENTIS PATRÍCIOS”: NAÇÃO E SABER ESCOLAR SOBRE SANTA CATARINA
NAS OBRAS DE LUCAS ALEXANDRE BOITEUX1
Helena Gabriela Moellmann Gasparini2
Palavras-chave: Saber histórico escolar, História de Santa Catarina, Livros didáticos, Ensino de História.
As transformações políticas vividas no Brasil, na transição entre os séculos XIX e XX, modificam
as mentalidades políticas e todo o contexto cultural, social e artístico nacional. A proclamação da
República, o momento de mudança no cenário político embala os esforços de reafirmação da
unidade nacional e seus veículos de propagação do novo ideário brasileiro. A análise dos
discursos e narrativas didáticas, assim como a produção de um saber histórico escolar, neste
contexto, torna-se substancial na medida em que os livros didáticos tornam-se importantes
ferramentas na propagação de ideários republicanos. No Estado de Santa Catarina, é possível
perceber não apenas um esforço em reafirmação e transformação dos acontecimentos fundantes da
História Catarinense, mas também os seus principais protagonistas, forjando-se assim uma
constelação de mitos e heróis que tomam forma nas páginas das produções didáticas do fim do
século XIX e início do XX. O objetivo deste trabalho, portanto, foi analisar obras como Pequena
Historia Catharinense, publicada em 1920, e Notas para a História Catharinense, de 1912,
ambas do autor Lucas Alexandre Boiteux, buscando perceber como se deu a idealização e
reafirmação de determinados personagens políticos, e de que forma foram construídos, pensados e
concretizados nas narrativas didáticas.
1
2
Projeto de Pesquisa - No 1494/2009 FAED-UDESC.
Acadêmica do Curso de História/FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
VARIAÇÃO DO NÍVEL DO MAR NO LITORAL SUL DO BRASIL. PARTE 3: ALTA
SUBTROPICAL DO ATLÂNTICO SUL
Ricardo Wagner Ad-Víncula Veado1, Bárbara Gonçalves Fornerolli2, Ruy de Sá Prudêncio3
Palavras-chave: maré meteorológica, litoral sul do Brasil, alta subtropical do Atlântico Sul.
É de fundamental importância o controle e o estudo do nível dos oceanos, pois conduzem para um
melhor planejamento costeiro, ocupações urbanas e visa minimizar prejuízos nas atividades
pesqueiras, nos portos e plataformas. A atual pesquisa estuda a interação atmosfera-oceano e a
influência causada pelas forçantes atmosféricas sobre a variação do nível médio do mar. O litoral sul
do Brasil é influenciado climatologicamente pela presença da Alta Subtropical do Atlântico Sul
(ASAS). O Centro da ASAS possui variação latitudinal e longitudinal conforme as estações do ano.
Com a presença da Alta Subtropical do Atlântico Sul no litoral sul do Brasil forma-se um corredor
de ventos de quadrante norte paralelos a costa, ocorrendo o transporte de água em direção ao
oceano, acarretando, assim, o rebaixamento da água do mar na área costeira. As marés
meteorológicas são variações na elevação do nível do mar causado pelos efeitos do sistema
meteorológico atuante, em relação à maré astronômica. Neste trabalho foi realizado uma investigação
de eventos de sub-elevação de maré devido à presença da Alta Subtropical do Atlântico Sul no ano de
2003 através de dados do marégrafo situado na região de Itajaí/SC e reanálises do Centro Nacional de
Previsão Ambiental (NCEP). Com a análise do período temporal, através de gráficos de maré
meteorológica, e espacial, com cartas sinóticas, foi possível identificar eventos significativos de maré
meteorológica negativa, no período de janeiro a dezembro do ano de 2003.
1
Orientador, Professor do Departamento de Geografia do Centro de Ciências Humanas e da Educação - FAED –
[email protected]; [email protected]
2
Acadêmico (a) do Curso de Geografia – Centro-UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq ou
PROBIC/UDESC.
3
Co-Orientador, LECO-UDESC – [email protected]
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
“CULTURA URBANA, DITADURA E DEMOCRATIZAÇÃO: RELAÇÕES
POLÍTICAS E AÇÃO ESTATAL NO LITORAL DE SANTA CATARINA (1960-2000)
GRANDE FLORIANÓPOLIS E BALNEÁRIO CAMBORIÚ”1
Urbanização, Classe Média e Ditadura: o “milagre econômico” em Florianópolis
(1968-1978)
Orientador: Reinaldo Lindolfo Lohn2, Carla Acordi3, Felício Mourão Freire4
Palavras-chave: Urbanização, classe média, milagre econômico
Durante as décadas de 1960 e 1970, a cidade de Florianópolis passou por mudanças significativas,
tanto com relação à sua estrutura física quanto nos costumes da população.
A vigência do governo militar e o “milagre econômico” deram à capital catarinense as ferramentas
para a construção de uma cidade voltada aos interesses das camadas médias da sociedade. O “milagre”
através do crescimento econômico e vai possibilitar a expansão, ao menos para os setores assalariados
que fazem parte das camadas médias, do nível de consumo, principalmente no que diz respeito aos
bens de consumo. Para tanto é necessário pensar uma “nova classe média”, que seria composta por
setores profissionais da empresa privada ou pública.
Junto com a urbanização da cidade entram em vigor novos padrões de consumo, cada vez mais
relacionados com a noção de cidadania. O cidadão passa a ser um consumidor e o consumo começa a
moldar um novo conceito de cidadania.
Em Florianópolis é possível perceber a engrenada no acesso da classe média à moradia através dos
jornais, observando a relação das notícias e da publicidade com o modelo que podemos denominar
carro-apartamento. A construção da Avenida Beira-Mar Norte denota esses novos padrões.
1
Projeto de Pesquisa - No 1531/2009 – FAED/UDESC
Orientador, Professor do Departamento de História FAED-UDESC – [email protected]
3
Acadêmica do Curso de História FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC
4
Acadêmico do Curso de História – FAED/UDESC
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
TRAJETÓRIAS SOCIAIS DE EGRESSOS/AS DOS COLÉGIOS DE ENSINO
SECUNDÁRIO DE FLORIANÓPOLIS NA DÉCADA DE 19501.
Trajetórias social de egressos do ensino secundário
do Colégio Catarinense (1951-1960)
Prof, Dr. Norberto Dallabrida2 Juliana Topanotti dos Santos de Mello3 Estela Maris Sartori Martini4,
Tainara Lemos5, Stèphanie Kreibich6
Palavras-chaves: ensino secundário, Colégio Catarinense, trajetórias sociais.
Esta pesquisa teve por finalidade compreender as trajetórias sociais de jovens concluintes do
curso científico do Colégio Catarinense, sendo este localizado na cidade de Florianópolis,
formados entre os anos de 1951 e 1960. O estudo focaliza os percursos sociais escolhidos
pelos alunos egressos deste estabelecimento, tendo um maior foco nos caminhos percorridos
nas instituições de ensino superior e nos campos profissionais. Administrado pelos padres
jesuítas, este colégio desenvolveu desde a sua fundação em 1906, uma educação que visava
preparar seus alunos para a inserção nos cursos universitários, mantendo um ensino voltado
para a aquisição de saberes e condutas que seriam utilizados na trajetória universitária e
profissional de seus educandos. No período recortado, o campo de possibilidades de inserção
no ensino superior na capital catarinense era bem restrito, haviam poucos cursos oferecidos,
as faculdades existentes eram privadas e as condições de ensino eram precárias. As escolhas
dos ex-alunos serão analisadas a luz dos conceitos de capital cultural, capital social, capital
simbólico e capital econômico, cunhados pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu. Os dados
foram recolhidos, junto aos alunos egressos, através de questionários, e outras fontes de
pesquisa também foram utilizadas tais como: jornais de circulação local, jornais estudantis e
relatórios do Colégio Catarinense.
1
Projeto de Pesquisa - No 1475/2009– FAED-UDESC
Orientador, Professor do Departamento de Ciências Humanas, FAED - UDESC – [email protected]
3
Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq
4
Acadêmica do programa de Pós-Graduação em Educação FAED-UDESC.
5
Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq
6 Acadêmico(a) do Curso de Pedagogia FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
A INSERÇÃO PROFISSIONAL DE JOVENS ASSISTIDOS POR ONGS: UM
ESTUDO DOS FREQÜENTADORES DO PROJETO AROEIRA 1
Trajetórias profissionais juvenis: expectativas e possibilidades
Mariléia Maria da Silva 2, Pâmela Regina Jung3 , Julia Marina Marchi de Almeida, Letícia Vieira,
Luana Maria Silva Adão 4
Palavras-chave: Trabalho, Juventude, Trajetória Profissional.
Os atuais programas de qualificação e inserção profissional, ajudam a compor o elenco das
políticas públicas brasileiras destinadas ao público juvenil que tomaram corpo diante dos altos índices
de desemprego constatados desde meados dos anos 1990. Pelo presente artigo pretendemos analisar
em que medida a participação nesses programas de inclusão social destinados aos jovens considerados
em “situação de risco e vulnerabilidade social” interfere na configuração de sua identidade
profissional. Desse modo resgatamos a trajetória profissional de alguns desses jovens partindo das
experiências, oportunidades e necessidades que configuraram suas representações a respeito do mundo
do trabalho e sua inserção neste. Os dados que serviram de base para essa pesquisa são provenientes
de onze entrevistas realizadas durante o ano de 2009, com jovens sobrevindos do Consórcio Social da
Juventude Aroeira, ou Projeto Aroeira da cidade de Florianópolis, Santa Catarina. A partir das
narrativas foi possível observar que a entrada dessa população no mercado de trabalho seja formal ou
informalmente, acontece de forma precoce e precária. Entremeio a essas experiências, está a
participação no programa, caracterizando-se como mais uma, entre as vivências que compõem o
processo de formação de suas identidades profissionais. Percebemos que embora não passe
despercebida, a participação no programa pouco contribui para uma visão consciente e crítica, a cerca
do lugar que ocupam no mercado de trabalho. Mais que isso, percebe-se uma grande carência quanto
ao estabelecimento de ideais a serem alcançados, o que fragiliza a elaboração de planos e metas e
consequentemente dificulta ainda mais, sua realização profissional.
1
Projeto de Pesquisa – FAED-UDESC
Orientador, Professor do Departamento de Ciências Humanas - FAED-UDESC – [email protected]
3
Acadêmico(a) do Curso de Pedagogia - FAED -UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
4
Acadêmicas do Curso de Pedagogia– FAED-UDESC
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
TRAJETÓRIA SOCIAL DE EGRESSOS/AS DOS COLÉGIOS DE ENSINO
SECUNDÁRIO DE FLORIANÓPOLIS NA DÉCADA DE 19501
Trajetórias no ensino superior dos/as egressos/as do curso clássico do Colégio Estadual Dias
Velho (1951-1960)
Prof. Dr. Norberto Dallabrida2, Stèphanie Kreibich Pinheiro3, Profa. Dra. Ângela Xavier de Brito4, Estela
Maris Sartori Martini5, Juliana Topanotti dos Santos de Mello6, Tainara Lemos das Neves7.
Palavras-chave: Trajetória social, cultura escolar, curso clássico.
Em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, a partir da segunda metade da década de 1940, o
campo do ensino secundário passou a ser constituído por dois educandários católicos e por um
estabelecimento de ensino público – o Colégio Estadual Dias Velho. Essas instituições escolares se
diferenciavam e colocavam em prática a cultura escolar e também o perfil sociológico dos/as alunos/as
que as freqüentavam. Assim, o Colégio Estadual Dias Velho, estabelecimento de ensino público, gratuito,
misto e laico, oferecia escolarização secundária com o curso clássico e científico, geralmente voltado às
classes médias. Neste viés, pretende-se analisar as trajetórias no ensino superior desses egressos/as,
especificamente, os secundaristas do curso clássico, num recorte temporal de 1951 – ano da formatura da
primeira turma do segundo ciclo do ensino secundário – e 1960, quando foi criada a Universidade Federal
de Santa Catarina, que proporcionou expansão expressiva do ensino superior em Florianópolis. Com o
intuito de refinar a análise das desigualdades sociais e escolares, apóia-se na perspectiva sociológica de
Pierre Bourdieu, utilizando-se dos conceitos de capital cultural e social, além do uso de fontes escritas e
iconográficas, depoimentos de ex-professores/as e dados de um questionário aplicado aos/às egressos/as
do curso clássico do Colégio Estadual Dias Velho. E presente pesquisa contribui, portanto, para a
compreensão da cultura escolar desta emblemática instituição pública, possibilitando a visibilidade da
socialização da juventude da época, denunciando as desigualdades e diferenças de classe social e de
gênero.
1
Projeto de Pesquisa - No 1475/2009 - FAED/UDESC.
Orientador, Professor do Departamento de Pedagogia FAED/UDESC. E-mail: [email protected]
3
Acadêmica do curso de Pedagogia FAED/UDESC e bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq.
4
Professor Participante.
5
Mestranda do Programa de Pós-graduação da Educação, UDESC.
6
Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED/UDESC e Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq.
7
Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
TRAJETÓRIA SOCIAL DE EGRESSOS/AS DOS COLÉGIOS DE ENSINO
SECUNDÁRIO DE FLORIANÓPOLIS NA DÉCADA DE 19501
Trajetória social de egressos/as do Curso Científico do Colégio Estadual Dias Velho (19511960)
Prof. Dr. Norberto Dallabrida2, Tainara Lemos das Neves3, Profa. Dra. Ângela Xavier de Brito4, Estela
Maris Sartori Martini5, Juliana Topanotti dos Santos de Mello6, Stephanie Kreibich Pinheiro7.
Palavras-chave: Colégio Estadual Dias Velho, Curso Científico, trajetória social.
O cenário educacional de Florianópolis, a partir da metade dos anos de 1940, passou a ser configurado
por três estabelecimentos de ensino secundário diferenciados pela cultura escolar que punham em
prática. Dois desses estabelecimentos eram confessionais, privados e destinados a educar a elite
catarinense, sendo um masculino e outro de educação feminina. O terceiro deles, o Colégio Estadual
Dias Velho, em contraponto, era laico, público e oferecia ensino secundário gratuito para jovens de
ambos os sexos, inclusive no período noturno. Sobre o Colégio Estadual Dias Velho, o presente artigo
visa apresentar os resultados parciais da pesquisa que analisa a trajetória social dos egressos/as do
Curso Científico, no período de 1951, ano que data a formatura da primeira turma de egressos/as dessa
modalidade do segundo ciclo do ensino secundário nessa instituição, até 1960, quando ocorre a
expansão do ensino superior em Santa Catarina, com a criação da Universidade Federal. A trajetória
social desses egressos/as é compreendida a partir dos conceitos de capital cultural, social, capital
simbólico e do conceito de campo, cunhados pelo sociólogo Pierre Bourdieu, com o intuito de
compreender a produção de desigualdades escolares e sociais. Através de arquivos documentais do
acervo do atual Instituto Estadual de Educação, de fontes iconográficas e, sobretudo, de dados de um
questionário aplicado aos egressos/as localizados/as que se formaram no curso científico no recorte
temporal desse artigo, busca-se identificar aspectos dos condicionamentos econômicos e culturais e do
“efeito-colégio” nas trajetórias sociais dos egressos/as dessa instituição.
1
Projeto de Pesquisa - No
– FAED/ UDESC
Orientador, Professor do departamento de Pedagogia FAED/UDESC. E-mail: [email protected]
3
Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq
4
Professor Participante do departamento
5
Mestranda
6
Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq
7
Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
Título do Projeto: Educação a distância e sistema tutorial: atividades mediatizadas dos
tutores on-line na perspectiva da ergonomia cognitiva de formação1
Martha Kaschny Borges2, Samara Nunes Lemos3, Julyana Cristina Coelho Martins3
Palavras-chave: Educação a Distância; Tutores; UFSC.
A pesquisa investigou como os professores-tutores on-line de cursos a distância re-definem e reelaboram suas atividades profissionais quando atuam em um dispositivo de formação a distância
fortemente instrumentado. As questões que nortearam o estudo foram: quem são estes novos atores do
processo de ensino e aprendizagem? Como as atividades mediatizadas interferem no seu processo de
re-definição, de re-interpretação das tarefas prescritas? O estudo se realizou junto aos tutores virtuais
de dois cursos de graduação oferecidos pela Universidade Aberta do Brasil – UAB, em parceria com a
UFSC: Letras - Espanhol e Letras – Português. O quadro teórico utilizado foi o da ergonomia
cognitiva em formação. Na primeira etapa da pesquisa, no ano de 2009, realizamos uma revisão
bibliográfica em periódicos, artigos, revistas especializadas, acerca das diversas definições de tutor e
de sistema tutorial. Em 2010, realizamos uma análise documental sobre a Universidade Aberta do
Brasil, para identificar o que é a UAB, como funciona e quando aconteceu a parceria com a UFSC. A
análise documental também foi realizada com relação aos documentos disponíveis pela UFSC,
especialmente com relação aos cursos de Letras - Espanhol e Letras – Português. Esta análise
identificou as tarefas prescritas dos tutores on-line e dos polos presenciais. Esta etapa da pesquisa
possibilitou a descrição da implantação dos cursos na modalidade a distância, que teve seu início em
2004. O objetivo dos cursos foi ampliar o acesso aos cursos de graduação oferecidos pela instituição.
Através da análise dos documentos dos cursos, identificamos a estrutura dos cursos, a função de cada
profissional, as tecnologias utilizadas, processo de avaliação, etc Nos cursos investigados têm-se a
presença do tutor presencial e o tutor a distância, com tarefas prescritas, tais como: esclarecer dúvidas
sobre o conteúdo das disciplinas; orientar os alunos a planejar seus trabalhos; orientar e supervisionar
trabalhos de grupo; proporcionar feedback dos trabalhos e avaliações realizadas, entre outras.
1
Projeto de Pesquisa CAV/UDESC
Orientadora – Professora do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED e Chefe
do Departamento de Pedagogia.
3
Acadêmicas do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e da Educação –
FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PIBIC/CNPq.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA CADASTRADO NO CENTRO1 - A
INSERÇÃO PROFISSIONAL DE JOVENS ASSISTISDOS POR ONGS: UM ESTUDO
DOS FREQUETADORES DO PROJETO AROEIRA
Título do projeto de pesquisa do bolsista - Meninas do Aroeira: relações familiares e
gravidez na adolescência
Mariléia Maria da Silva, Professora do Departamento de Pedagogia – FAED - UDESC –
[email protected], Letícia Vieira, Acadêmica do Curso de Pedagogia – FAED – UDESC,
bolsista de iniciação científica PROBIC/CNPq
Palavras-chave: Jovens, Inserção profissional, Maternidade.
O presente artigo tem como objetivo refletir acerca da maternidade precoce e as condições de trabalho
das jovens consideradas em situação de “risco e vulnerabilidade social”. Para tal reflexão, tomamos
como ponto de partida a análise realizada a partir de entrevistas aplicadas durante pesquisa intitulada
“A inserção Profissional de jovens assistidos por ONGs: Um estudo dos frequentadores do Projeto
Aroeira”, da qual faço parte como bolsista de iniciação científica, cujo objetivo central consiste em
investigar as percepções dos jovens que freqüentam ou freqüentaram programas vinculados à ONGs
(Organizações Não-Governamentais), no que se refere à sua inserção no mercado de trabalho. Tendo
em vista o fato destas jovens serem mães e cuidadoras, condição que interfere diretamente nas suas
possibilidades de real inserção no mercado de trabalho, buscamos, aqui, abordar aspectos que
explicitem como se dá esta inserção, colocando em pauta, também, as relações familiares e a
construção do universo social das mesmas.
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Projeto de Pesquisa - No processo – sigla do Centro-UDESC
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MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO SÓCIO-PATRIMONIAL E AMBIENTAL EM
BACIAS HIDROGRÁFICAS PARA FINS DE CONSTRUÇÃO DE PEQUENAS
CENTRAIS HIDROELÉTRICAS – PCH´S
ProfªDrª Mariane Alves Dal Santo1, Lucas Augusto D’Aquino 2 ,
Prof. Dr. Francisco Henrique de Oliveira3, Pedro Henrique Machado Porath4
Palavras-chave: Sistemas de Informação Geográfica, modelagem ambiental, impactos ambientais.
O projeto teve como objetivo principal monitorar e avaliar o potencial sócio-patrimonial e ambiental
em bacias hidrográficas para fins de construção de PCHs (Pequenas Centrais Hidroelétricas). O
projeto teve inicio através do reconhecimento de áreas piloto que possuíssem as variáveis necessárias
ao estudo. A área escolhida foi a Usina Hidroelétrica de Cana Brava, localizada no município de
Minaçu, no estado de Goiás. Primeiramente toda a área de entorno da barragem foi vetorizada em
imagens do satélite QuickBird do ano de 2004, 2005, 2008, 2009 e 2009/2. Depois foi definida uma
área de influência do entorno da barragem, nas imagens dos anos de 2004 e 2008. Nesta área piloto foi
elaborada a vetorização do uso do solo no entorno da barragem; foi gerado a partir da curvas de nível
um Modelo Numérico de Terreno (MNT) a partir do qual foram geradas as informações de
declividade, hipsometria e perfis das vertentes. A partir destes dados foram gerados mapas, tabelas e
gráficos, que foram cruzados para desenvolver um modelo de monitoramento ambiental que leva em
consideração a variável histórica das modificações de uso do solo, a ocupação em áreas suscetíveis a
erosão do solo, como fator determinante da sedimentação do reservatório e áreas de ocupação
irregular. Por fim concluiu-se que controlando e entendendo as variáveis que influenciam na
manutenção de uma barragem podemos compreender o que ocorre na construção e monitoramento de
outras, visando uma maior perspectiva a estas.
1
Orientador, Professor do Departamento de Geografia - FAED – endereço de e-mail.
Acadêmico(a) do Curso de Geografia FAED, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
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Professor Participante do Departamento de Geografia – FAED - UDESC
4
Acadêmico do Curso de Geografia – FAED - UDESC
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DESENVOLVIMENTO DE UMA PROPOSTA DE PROTÓTIPO DO PROGRAMA DE
TV EDUCAÇÃO SEXUAL EM DEBATE COMO SUBSÍDIO EM PROCESSOS DE
FORMAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES1
Sonia Maria Martins de Melo2
Raquel da Veiga Pacheco e Marina dos Santos Teixeira3
Palavras-Chave: educação sexual emancipatória, tecnologias da informação e comunicação,
formação de educadores.
O Projeto “Desenvolvimento de uma proposta de protótipo de programa de TV Educação
Sexual em Debate como subsídio em processos de formação continuada de educadores” em
desenvolvimento de agosto /2009 a julho /2011, com objetivos de: 1 - dar continuidade ao
processo de desenvolvimento de novas metodologias e de materiais pedagógicos em várias
linguagens midiáticas (TV, DVD, internet, etc.) como subsídio à construção de uma abordagem
emancipatória de educação sexual, registrando a caminhada via pesquisa-ação; 2 - desenvolver
um protótipo/piloto de programa de TV voltado para a formação de educadores e educação
sexual, com possibilidade de adaptação do mesmo em várias linguagens midiáticas. No plano de
trabalho das bolsistas deu-se ênfase nas questões ligadas à educação sexual subsidiando suas
interfaces com as tecnologias. Foi realizado aprofundamento teórico sobre o tema, bem como
foi feito levantamento exploratório de programas já existentes na televisão brasileira, analisando
sua estrutura pedagógica. Passou-se então ao desenvolvimento do protótipo, com registros do
trabalho em diário de campo, por ser pesquisa-ação. Nas três sessões experimentais de gravação
do piloto aspectos de ordem pedagógica foram analisados. O piloto estruturou-se nos moldes de
um diálogo informal entre duas educadoras especializadas na área, em módulos temáticos:
Educação sexual no espaço escolar, O diálogo com os adolescentes: relato de experiência,
Família e escola frente à educação sexual, Docentes e a educação sexual no espaço escolar. Esse
piloto será testado por diferentes grupos ligados à educação, sendo coletadas sugestões para seu
aperfeiçoamento, bem como em sua adaptação pedagógica para ser disponibilizado na internet e
em outras mídias, embasando o estudo em teoria de objetos de aprendizagem.
1
Projeto de Pesquisa FAED/UDESC, agosto de 2009 a julho de 2010. Prorrogado para
31/07/20011
2
Orientadora, Docente FAED, Departamento de Pedagogia
3
Acadêmicas do Curso de Pedagogia FAED, Bolsista de Iniciação Científica - PROBIC
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SINAIS DA MODERNIZAÇÃO URBANA: FLORIANÓPOLIS, TURISMO E AS
ESCOLAS DE SAMBA EM PRINCIPIO DA DÉCADA DE 1970
Professor Doutor Luiz Felipe Falcão1 – Bolsista PROBIC Daniel Henrique França Lunardelli2
Palavras Chave: Escolas de Samba. Turismo. Tradição.
Resumo: Florianópolis no início da década de 70 do século XX sofre inúmeras intervenções na
configuração do espaço físico da cidade, como a construção da ponte Colombo Salles e o aterro da
Baía Sul. Ações físicas se juntam a práticas discursivas pelo desejo de modernidade e progresso e
marcam um processo de rupturas quebrando antigos laços de sociabilidade que são reelaborados na
tradição. A pesquisa deste trabalho, elaborada a partir do jornal “O Estado” entre os anos de 72 a 74,
procura analisar a inserção das escolas de samba da cidade no espaço da tradição, integrado as novas
necessidades da cidade moderna, como o turismo.
1
Orientador Professor do Departamento de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação/UDESC –
[email protected].
2
Acadêmico(a) do Curso de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação/UDESC, bolsista de
iniciação científica PROBIC/UDESC.
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Reflexões sobre a imigração: pequeno inventário da presença árabe em Santa
Catarina (1990 - 2010)
Catarina Lisboa do Carmo1
Universidade do Estado de Santa Catarina
Ao andar pelas ruas do centro, ou de outros bairros, da cidade de
Florianópolis/SC na contemporaneidade não é muito difícil notar traços de elementos
culturais árabes no cotidiano. Estes traços, entre outros presentes de maneira mais ou
menos explícita nos espaços físicos e/ou praticados da cidade, nos levam então a
perceber a presença de populações de origem e/ou descendência árabe na cidade.
Porém, não obstante sua presença, tanto no passado como no presente, e efetiva
colaboração no processo de construção e transformação no que a cidade de
Florianópolis, e o estado de Santa Catarina em geral, se tornaram nos dias atuais; a
presença de migrantes e descendentes árabes foi até então muito pouco visibilizada pela
historiografia catarinense. É nesse sentido que em agosto de 2009 demos inicio à
pesquisa intitulada Estrangeiros numa Ilha: territórios e populações estrangeiras em
Florianópolis – SC – (1990- 2008), que visa, entre outras coisas - e é o que tentarei
desenvolver neste artigo: conhecer os fluxos contemporâneos das populações de origem
e/ou descendência árabe para a capital catarinense, esboçando de maneira geral um
histórico dos fluxos migratórios árabes para Santa Catarina, e mais especificamente para
a cidade de Florianópolis.
1
Aluna do Curso de História da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, estudante de
Iniciação científica vinculada ao projeto: Estrangeiros numa Ilha: territórios e populações estrangeiras
em Florianópolis – SC – (1990- 2008), sob orientação do Prof. Dr. Emerson César de Campos. Participam
ainda da Pesquisa: Bruno Bortoli, Carolina Ferreira de Figueiredo e Thamirys Mendes Lunardi, também
como Estudantes de Iniciação Científica.
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REAÇÕES FRENTE AO PROGRESSO FLORIANOPOLITANO NAS DÉCADAS DE
1969 E 1970
Professor Doutor Luiz Felipe Falcão1 – Bolsista PROBIC Bruna da Silveira Viana2
Palavras-chave: cidade, modernização, imprensa.
Resumo: Em meio ao "milagre econômico" implementado pelo governo militar, a cidade de
Florianópolis apresentou grandes transformações entre as décadas de 60 e 80. Construções de novas
estradas, avenidas, asfaltamento, pontes, viadutos e prédios transformaram a paisagem local. Pela
análise do jornal O Estado, nas décadas de 69 e 70, podemos perceber o discurso dominante de
incentivo ao tal desenvolvimento da cidade, com grande estimulo ao turismo, e ao mesmo tempo
muitas noticias informando o caos em que se transformou a cidade nesta época, com problemas nas
estradas, na adaptação da população ao trânsito, na relação com a grande quantidade de pessoas vindas
de fora para a cidade. Tal trabalho objetiva discutir a forma como algumas das mudanças ocorridas na
cidade durante este período interferiram na forma como as pessoas viam, o que queriam e se
relacionavam com a cidade.
1
Orientador Professor do Departamento de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação/UDESC –
[email protected].
2
Acadêmico(a) do Curso de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação/UDESC, bolsista de
iniciação científica PROBIC/UDESC.
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PRÁTICAS CONTACEPTIVAS E ABORTO EM GRUPOS POPULARES URBANOS1
Carmen Susana Tornquist2, Iara Maria Török Pomar3
Palavras-chave: Mulheres – Saúde reprodutiva – Métodos contraceptivos – Aborto.
Este artigo faz parte de uma pesquisa mais ampla, em andamento, que envolve pesquisadoras
do Laboratório de Relações de Gênero e Família da Universidade do Estado de Santa Catarina4. A
pesquisa tem por objetivo reconstruir trajetórias afetivo-sexuais de mulheres e homens de grupos
populares urbanos, buscando apreender suas representações sobre aborto e práticas contraceptivas. A
partir das referências dos estudos de gênero e da perspectiva sócio-antropológica trabalhou-se num
primeiro momento com metodologias qualitativas, entre elas entrevistas, observação participante e
Grupo Focal. Meu trabalho consistiu em fazer observação participante na unidade de saúde do bairro e
participar do grupo focal utilizado como grupo de controle. O aborto é um tema muito polêmico e
complexo, que tem sido colocado como um direito sexual e reprodutivo das mulheres em diversos
acordos internacionais. No entanto no Brasil esse tema que perpassa diversas classes sociais e está
presente no dia-a-dia, sendo muito discutido nos meios de comunicação, além de estar nos tramites da
legislação brasileira, por esse motivo a coleta desses materiais midiáticos se torna interessante para a
pesquisa como uma forma de contextualizar a pesquisa de Práticas Contraceptivas e Aborto em
Grupos Populares Urbanos.
1
Projeto de Pesquisa - No – FAED-UDESC
Orientadora, Professor do Departamento de Ciências Humanas FAED-UDESC –
[email protected]
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Acadêmica do Curso de História FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq
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CULTURA ESCOLAR E INOVAÇÃO CURRICULAR EM ESCOLAS INCLUSIVAS 1
Permeando limites de inclusão em escolas de Ensino Fundamental através dos cadernos
de classe.
Geovana Mendonça Lunardi Mendes2, Raquel Andrade Sasso3, Daiana da Rosa4
Palavras-chave: Cultura escolar, Escolas inclusivas, Cadernos escolares.
Várias pesquisas vêm mostrando que os espaços escolares ditos inclusivos desafiam a forma escolar
estabelecida. Com a intenção de contribuir com tais análises, este artigo é resultado do projeto de
pesquisa “Cultura escolar e inovação curricular em Escolas Inclusivas”, cuja finalidade é investigar a
cultura escolar constituída nos Anos Iniciais de escolas inclusivas e os elementos de inovação
curricular presentes em tais contextos, a partir da análise do currículo prescrito e da produção dos
alunos dos anos iniciais. Para tanto realizamos o que Viñao Frago (2008) chama de microestudos. A
partir do contato com a Secretária Estadual de Educação tivemos o conhecimento das escolas públicas
que trabalham com a inclusão na região de Florianópolis, selecionamos 03 (três) escolas como
amostra. Entre os alunos do 1º ao 5º ano encontramos 06 (seis) alunos (as) com deficiência incluídos.
Coletaram-se produções de alunos para o trabalho, totalizando 24 (vinte e quatro) cadernos de crianças
ditas “normais” e 11 (onze) cadernos de crianças com deficiência. As análises preliminares nos
apontam também que não há “inovações” curriculares. As imagens nos mostram os mesmos
problemas suscitados pelo ensino regular, com atividades repetidas e mecânicas, e, especificamente,
presença no caderno das crianças com deficiência de conteúdos desconexos do que está sendo
ensinado para os alunos ditos “normais” ou distantes de suas reais capacidades cognitivas naquele
momento.
1
Projeto de Pesquisa - No ______– FAED-UDESC
Orientador, Professor do Departamento de Pedagogia - FAED-UDESC – [email protected].
3
Acadêmico(a) do Curso de Graduação em Pedagogia/ FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica
PIBIC/CNPq /UDESC
4
Acadêmico do Curso de Graduação em Pedagogia/FAED-UDESC
2
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OS CADERNOS ESCOLARES EM ANÁLISE: QUE CURRÍCULO? QUE
INCLUSÃO?1
Daiana da Rosa Ferreira2, Geovana Mendonça Lunardi Mendes3
Palavras- chave: cultura escolar, escolas inclusivas, cadernos escolares.
Várias pesquisas vêm mostrando que os espaços escolares ditos inclusivos desafiam a forma escolar
estabelecida. Com a intenção de contribuir com tais análises, este artigo é resultado do projeto de
pesquisa “Cultura escolar e inovação curricular em Escolas Inclusivas”, cuja finalidade é
investigar a cultura escolar constituída nos Anos Iniciais de escolas inclusivas e os elementos
de inovação curricular presentes em tais contextos, a partir da análise do currículo prescrito e da
produção dos alunos dos anos iniciais. Para tanto realizamos o que Viñao Frago (2008) chama de
microestudos. A partir do contato com a Secretária Estadual de Educação tivemos o
conhecimento das escolas públicas que trabalham com a inclusão na região de Florianópolis,
selecionamos 03 (três) escolas como amostra. Entre os alunos do 1º ao 5º ano encontramos 06
(seis) alunos (as) com deficiência incluídos. Coletaram-se produções de alunos para o
trabalho, totalizando 24 (vinte e quatro) cadernos de crianças ditas “normais” e 11 (onze)
cadernos de crianças com deficiência. As análises preliminares nos apontam também que não
há “inovações” curriculares.As tabelas de observação nos mostram os mesmos problemas
suscitados pelo ensino regular, com atividades repetidas e mecânicas, conteúdos
fragmentados; e, especificamente, presença no caderno das crianças com deficiência de
conteúdos desconexos do que está sendo ensinado para os alunos ditos “normais” ou distantes
de suas reais capacidades cognitivas naquele momento.
1
Artigo decorrente do projeto de pesquisa intitulado: CULTURA ESCOLAR E INOVAÇÃO CURRICULAR
EM ESCOLAS INCLUSIVAS - FAED/UDESC.
2
Aluna do Curso de Pedagogia da FAED-UDESC. Bolsista de iniciação Científica na Modalidade PROBIC.
3
Professora do PPGE e do Curso de Pedagogia da FAED-UDESC. Orientadora de Bolsa de Iniciação Científica
Modalidade PROBIC e PIBIC-Cnpq.
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ESTRANGEIROS NUMA ILHA: TERRITÓRIOS E POPULAÇÕES
ESTRANGEIRAS EM FLORIANÓPOLIS – SC – (1990- 2008).
Os Árabes Muçulmanos de Florianópolis no Tempo Presente
Emerson César de Campos1, Bruno Bortoli2
Palavras-chave: Imigração, Árabes muçulmanos, territorialidades.
Florianópolis nas duas últimas décadas sofreu um incremento de sua população, sendo que neste
crescimento houve também um expressivo aumento da população dita estrangeira. As populações
estrangeiras, embora reconhecidas pelas ruas e no cotidiano da cidade, são ainda pouco visibilizadas
pela Historiografia. Essas populações, porém, tem paulatinamente conquistado um espaço próprio
dentro da cidade de Florianópolis. Neste projeto pretendemos identificar entre a população imigrante
estrangeira, aquela composta por árabes muçulmanos. No presente artigo, através de um estudo dos
territórios praticados pela comunidade árabe e muçulmana de Florianópolis, pretendemos compreender
de que maneira esta comunidade se organiza e (re)cria uma identidade étnica e cultural.
1
Orientador, Professor do Departamento de história - FAED – [email protected]
Acadêmico do Curso de Geografia – FAED - UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC. Participam
ainda da Pesquisa: Carolina Ferreira de Figueiredo, Catarina Lisboa do Carmo e Thamirys Mendes Lunardi,
também como Estudantes de Iniciação Científica.
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OBJETOS DA ESCOLA: CULTURA MATERIAL DA ESCOLA GRADUADA (18701950) 1
Objetos da escola: cultura material da escola graduada (1870-1950)
Vera Lucia Gaspar da Silva2, Marília Gabriela Petry3
Palavras-chave: Cultura material da escola, história comparada, Santa Catarina
Esta pesquisa articula-se ao projeto nacional “Por uma teoria e uma história da escola primária no
Brasil: investigações comparadas sobre a escola graduada (1870-1950)”, compondo o “Grupo
Temático 2 – Cultura material escolar” no qual estão envolvidos os estados do RS, SC, PR, SP, MA. A
investigação está centrada na cultura material da escola graduada catarinense, entre os anos 1870 e
1950. A base empírica circunscreve-se na análise de documentos administrativos, tais como ofícios e
circulares da diretoria de instrução pública, carta de professor, relatórios de inspeção de escolas,
jornais e legislação, com vistas a localizar informações sobre a base material da escola catarinense a
partir de diferentes perspectivas. Foram privilegiadas treze categorias de objetos a serem analisadas,
representativas da materialidade escolar, a saber: mobília, utensílios da escrita, livros e revistas
escolares, materiais visuais, sonoros e táteis para o ensino, organização/escrituração da escola, prédios
escolares, material de higiene, de limpeza, trabalhos dos alunos, indumentária, ornamentos, honrarias,
jogos e brinquedos. Durante o levantamento das fontes, procedeu-se o preenchimento de quadros
elaborados pelo grupo nacional, composto por dados a serem coligidos das fontes. Após esta etapa, foi
construído um quadro comparativo entre os estados para saber acerca de materiais que circulavam
nesses lugares, semelhanças e diferenças. Como produto final, elaborou-se uma listagem geral dos
objetos encontrados nas fontes, com 232 verbetes, extraídos de nove das treze categorias mencionadas.
Os termos encontrados foram conceituados a partir de dicionários de época, a fim de compor um
livro/fonte para pesquisas futuras.
1
Projeto de Pesquisa – nº 1787/2008 – FAED-UDESC.
Orientadora, Professora do Departamento de Ciências Humanas da FAED-UDESC – [email protected].
3
Acadêmica do Curso de Pedagogia da FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
O BRASIL SONHADO NO CANTO DE UM POVO: O HINO NACIONAL NO
IMAGINÁRIO REPUBLICANO BRASILEIRO (1900-1945)1
Música para um novo Estado: A atuação do Estado Novo diante do Hino Nacional
Brasileiro (1937-1945)
Orientador: Rafael Rosa Hagemeyer2
Bolsista: Renan Ritzmann de Oliveira3
Palavras-chave: Hino Nacional, Estado Novo, Nacionalismo
Poucos brasileiros sabem que a música que conhecemos hoje como Hino Nacional do país
possuí uma história longa e complexa. Apesar de sua melodia ter sido composta ainda no
Império, foi depois da proclamação da República que ocorreu uma maior discussão a respeito
do canto do hino e a participação da população nos rituais cívicos de um regime republicano
que pressupõe cidadania. A respectiva discussão envolveu acirradas disputas em torno da
oficialização do hino e de uma nova letra para ele, e permaneceu mal resolvida até a década
de trinta com o advento do Estado Novo. Diferente dos governos anteriores que não se
interessaram em estabelecer para o Hino um padrão fixo oficial, ou estimular a população a
cantá-lo, a análise da constituição de 1937 e das leis sancionadas em 1936 e 1942 revela uma
postura mais enérgica do governo de Getúlio Vargas perante o Hino. Essa postura deve ser
vista dentro do contexto político da época e do regime em questão. Logo, através da análise
das relações entre música e política, é possível entender que para o governo de Getúlio
Vargas, atuar em prol do Hino Nacional tinha um significado mais profundo, que ia a além da
institucionalização da música ou da difusão de seu canto: tratava-se de alcançar o
envolvimento das massas através do canto, numa grande liturgia do poder que ele
representava, para estabelecer uma maior identificação do regime com o imaginário nacional.
1
Projeto de pesquisa 9814. FAED-UDESC
Professor do Departamento de História. FAED-UDESC
3
Acadêmico do curso de História (bacharelado e licenciatura) FAED-UDESC. Bolsista de Iniciação Científica
PROBIC/UDESC
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I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
SIMULADOR 3D EM AMBIENTE SIG, VISANDO AVALIAR POTENCIAIS
CAUSADORES DE IMPACTOS À PAISAGEM E AO MEIO CULTURAL 1
Modelagem 3D em ambiente SIG – Estudo de caso: Coxilha Rica
Francisco Henrique de Oliveira2, Gustavo da Silveira Postiglione3
Palavras-chave: Modelo Digital do Terreno (MDT), SIG, Coxilha Rica.
A Coxilha Rica – região localizada no planalto do Município de Lages – SC, se caracteriza como uma
região peculiar, ao chegar a esse lugar percebe-se a quantidade de vegetação nativa e um rico
patrimônio arqueológico, representado por vestígios e remanescentes materiais do ciclo dos tropeiros.
Portanto tem um importante papel na história e remonta de bens materiais como os corredores de
taipas, construído pelo trabalho escravo ao longo de dezenas de quilômetros por entre campos e
coxilhas. Na região há também as fazendas, passos, pousos, registros e cemitérios centenários, os
quais são objetos de pesquisa e interesse no cadastramento e mapeamento pelo IPHAN. Neste
contexto, a região da Coxilha Rica tornou-se objeto de estudo deste projeto de pesquisa, com o
objetivo de caracterizar e diagnosticar os potenciais impactos antrópicos à paisagem e ao meio
cultural, pré-implantação de empreendimentos de geração-transmissão de energia, tomando como
referência a modelagem das variáveis de interesse arqueológico, paisagístico e cultural. O objetivo
deste artigo é demonstrar o resultado do levantamento dos produtos cartográficos que possibilitaram
visualizar as feições de interesse e gerar modelos tridimensionais do terreno (MDTs).
1
Projeto de Pesquisa–-FAED-UDESC
Orientador, Professor do Departamento de Geografia - FAED-UDESC – [email protected]
3
Acadêmico do Curso de Geografia - FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
PLANEJAMENTO REGIONAL E PREVENÇÃO DE CATÁSTROFES EM SANTA
CATARINA.1
Levantamento de documentos de planejamento regional pertinentes às catástrofes naturais em
Santa Catarina (décadas de 1960 a 1980)
Isa de Oliveira Rocha2
Cássio Donadel Guterres3
Palavras-chave: Planejamento Regional; Catástrofes; Santa Catarina
Com as grandes catástrofes ocorridas em Santa Catarina, sobretudo as ocasionadas por
grandes enchentes e as inúmeras perdas - não só materiais, mas principalmente humanas surge a necessidade de estudos acerca das medidas governamentais e administrativas tomadas
a fim de prevenir e atenuar tais saldos negativos. Ao longo de muitos anos o estado sofre com
estes eventos adversos e pouco parece ser feito em planejamento ou prevenção e, por
conseguinte, muito é gasto com reconstrução e medidas emergenciais. Esta pesquisa tem
como objetivo resgatar registros históricos que proporcionam um panorama dos gastos e
movimentações gerados após os acontecimentos, ou seja, levantar documentos relacionados
ao planejamento regional. Com o embasamento teórico em Milton Santos (formação sócioespacial) foram levantadas informações relativas aos desastres naturais ocorridos em Santa
Catarina entre as décadas de 1960 e 1980, sobretudo as enchentes, através de documentos de
diversos órgãos, como relatórios, planos de metas, correspondências, registros fotográficos,
entre outros, no Arquivo Público de Santa Catarina. Dentre eles citam-se registros e relatórios
de prefeituras, secretarias de governo do estado, CEDEC e GAPLAN. Com esta coleta foi
constituído um banco de dados onde se percebe que os acontecimentos catastróficos, além de
periódicos, estão presentes em praticamente todas as regiões de Santa Catarina. Entretanto,
nem mesmo os mais reincidentes recebem o devido amparo preventivo, e com o decorrer do
tempo os prejuízos aumentam junto à ocupação humana e o aumento populacional.
1
Projeto de Pesquisa DPPG/FAED n. 1351/2009 – FAED-UDESC.
Orientadora, Professora do Departamento de Geografia, FAED-UDESC – [email protected].
3
Acadêmico do Curso de Geografia, FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
MEMÓRIA COLETIVA E SABER HISTÓRICO ESCOLAR: O ENSINO DE
HISTÓRIA DE SANTA CATARINA NO SÉCULO XX / INÍCIO DO SÉCULO XXI1
História nas provas de vestibular: representações e silenciamentos sobre o passado de
Santa Catarina
Luciana Rossato2, Andréia Seganfredo3
Palavras-chave: História de Santa Catarina, vestibular, Análise de Discurso.
Considerando o vestibular como uma das formas de seleção e de difusão do conhecimento
histórico, o objetivo da pesquisa é analisar os temas e representações sobre o estado catarinense,
presentes nas questões do exame. Para tanto, foram analisadas provas Sistema Acafe, da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) no
período entre 1999 e 2009. De um total de 280 questões, 69 faziam referências à História de Santa
Catarina. Elas foram analisadas de acordo com o conceito de representação de Chartier e com a
metodologia de Análise do Discurso, tendo como autores principais nessa discussão Michel Foucault e
Eni Orlandi. Como resultado, foram percebidos discursos historiográficos e representações diferentes
veiculados pelas instituições no que tange aos principais temas abordados nos concursos: imigração e
composição étnica no estado, participação de Santa Catarina em revoltas e rebeliões, regionalismo
político e cultural. As questões da UDESC apresentaram representações diferenciadas em relação à
imigração e presença de maior diversidade étnica, incluindo grupos esquecidos nos exames das outras
instituições, como indígenas, afrodescendentes e mulheres. Além desses pontos, a forma de elaboração
das perguntas também foi analisada, bem como as diferentes capacidades cognitivas exigidas pelos
alunos. Questões intertextuais, com presença de textos historiográficos e literários em seu enunciado,
exigindo, além da memorização prévia de conhecimento, a interpretação por parte do aluno foram
encontradas nos vestibulares da UFSC e da UDESC.
1
Projeto de Pesquisa – No 2130/2008 – FAED-UDESC
Orientadora, Professora do Departamento de História, FAED-UDESC – [email protected]
3
Acadêmica do Curso de História, FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES PARA O USO DAS TECNOLOGIAS
DIGITAIS: UM ESTUDO JUNTO AOS FORMADORES DOS NÚCLEOS DE TECNOLOGIA
EDUCACIONAL (NTES).
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1
Geovana Mendonça Lunardi Mendes ;Elisa Maria Quartiero³ ; Bárbara Wollinger Niehues
4
Palavras-chave: Políticas públicas - Formação continuada de professores - Núcleos de Tecnologia
Educacional – formadores/multiplicadores - Tecnologias digitais
Neste trabalho discutimos os processos de formação continuada de professores para utilizar as
tecnologias digitais no Ensino Fundamental e Médio, desencadeados a partir da implementação de
políticas públicas, mais especificamente, do Programa Nacional de Tecnologia Educativa/ProInfo
(1997), uma política de um governo que, passados 12 anos da sua implementação, ainda é presa dos
ensaios e erros no processo de firmar-se como política pública, de estado. Nosso foco é o trabalho
realizado nos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), criados pelo Programa para o apoio ao
processo de informatização das escolas por meio da formação continuada de professores e gestores.
Analisamos a situação atual desses Núcleos, da infra-estrutura às propostas de formação e gestão, com
destaque para as interpretações que os formadores fazem da sua atuação em um Programa nacional.
Para colher esses dados foram aplicados dois questionários: um dirigido aos coordenadores dos
Núcleos no país - 447 espalhados em 27 Estados - para saber da infra-estrutura e proposta de
formação; e outro aos seus formadores - um total de 2.069 professores - para obter dados sobre sua
inserção no Núcleo, competências e concepções. Tivemos o retorno de 340 questionários envolvendo
148 NTEs, representantes de 17 Estados. Obtivemos dados sobre as suas concepções sobre o uso de
tecnologias na educação, a organização e os conteúdos dos cursos oferecidos, assim como as soluções
implementadas para as principais dificuldades: professores sem tempo para realizar a formação,
internet muito lenta, falta de equipamentos, pouca valorização do trabalho do NTE, entre outras.
________________
1 Projeto de Pesquisa CCE/FAED/UDESC.
2 Orientadora, Professora do Departamento de Pedagogia – Centro de Ciências Humana e da
Educação - Av. Madre Benvenuta, 2007 - Itacorubi – CEP 88.035-001 - Florianópolis - SC.
3 Orientadora, Professora do Departamento de Pedagogia – Centro de Ciências Humana e da
Educação - Av. Madre Benvenuta, 2007 - Itacorubi – CEP 88.035-001 - Florianópolis - SC.
4 Acadêmica do Curso de Pedagogia – CCE/ FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do
PIBIC/CNPq.
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
ESTUDO DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA LACUSTRE COSTEIRA NO SUL DO
BRASIL.
Estudo de caso: Lagoa dos Patos, RS.
·,
Ricardo Wagner ad-Víncula Veado1, André Luis da Silva Bertoncini2, Ruy de Sá Prudêncio3.
Palavras-chave: Lagoa dos Patos, brisa marinha/lacustre, gradiente térmico.
A planície costeira do sul de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul é caracterizada pela
formação de diversas lagunas costeiras, que quando de grandes dimensões tem a capacidade de gerar
um gradiente térmico entre a água e a terra, originando assim, um sistema de circulação atmosférica
local ou regional. O litoral do Rio Grande do sul - Brasil, onde está localizada a Lagoa dos Patos, têm
um regime de ventos caracterizado pela atuação do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS),
que é freqüentemente modificado por passagens frontais, caracterizando períodos com ventos de
quadrante sul. Esse padrão atmosférico típico da região pode ser alterado pela ação de um regime
sinótico diário de circulação, que é a brisa marinha/lacustre. O estudo tem por objetivo caracterizar o
regime de ventos e a circulação térmica da Lagoa dos Patos, analisando sua configuração espacial e
temporal, o horário de entrada da brisa e sua intensidade. Foram utilizados dados horários de
velocidade e direção do vento, medidos através de quatro estações meteorológicas automáticas, sendo
duas delas localizadas em cada margem da laguna (oeste e leste). A amostragem foi feita num período
de um ano, entre 01/09/1988 e 31/08/1989. Todas as quatro estações evidenciaram uma maior
freqüência de ventos de NE seguido por ventos de SW, nos meses de inverno. Através da
decomposição do sinal da brisa do padrão típico de ventos para a região, foi identificada a presença de
brisa marinha/lacustre as margens da Lagoa dos Patos.
1
Orientador, Coordenador do Laboratório de Estudos Climáticos e Oceânicos (LECO) e Professor do
Departamento de Geografia, FAED-UDESC. – [email protected]
2
Acadêmico do Curso de Geografia, FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq do
Laboratório de Estudos Climáticos e Oceânicos (LECO). – [email protected]
3
Co-orientador, pesquisador do Laboratório de Estudos Climáticos e Oceânicos (LECO), FAED-UDESC. –
[email protected]
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
TERRITÓRIOS DE MUITAS ESCRITAS. OS ARQUIVOS PESSOAIS DOS IRMÃOS
BOITEUX/ IHG-SC/ SÉCULOS XIX E XX 1
Entre Netuno e Clio. A história do Almirante Henrique Boiteux. Décadas de 20 a 40.
Santa Catarina.
Maria Teresa Santos Cunha2 , Patrícia Schwarz3
Palavras-chave: Arquivos pessoais, biografia, cultura escrita
Resumo: O presente trabalho pretende apresentar contribuições a partir da intervenção realizada no
acervo da família Boiteux localizado no Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, composto
por 50000 documentos, entre os quais a série de correspondências, com 5341 peças. Foi realizada
catalogação, identificação e digitalização da pasta de correspondências do almirante e historiador
Henrique Boiteux (SC/1862 e RJ/1945) com cerca 250 cartas, escritas entre os períodos de 1873 a
1945, totalizando 457 digitalizações, contribuindo para a preservação da documentação em futuras
consultas. Dando visibilidade a estas cartas, fontes históricas tidas como escritas ordinárias e ainda
pouco consideradas pela historiografia vigente, almeja-se ampliar o conjunto de informações
disponíveis sobre Henrique Boiteux encontradas em suas biografias oficiais. Henrique era o que se
poderia chamar de homem de letras, segundo Roger Chartier. Foi em sua juventude membro da
Assembléia Constituinte de Santa Catarina, vindo posteriormente a seguir carreira naval, chegando ao
posto de Almirante reformado, quando passa a dedicar-se integralmente as letras, escrevendo várias
biografias, cuja intenção era biografar os feitos de grandes heróis nacionais. São biografias
apologéticas, descritivas e exemplares. Seguindo os pressupostos teórico-metodológicos da Historia da
Cultura Escrita e os conceitos da prática cultural e de representação cunhados pelo historiador Roger
Chartier nas abordagens da Historia Cultural, pretende-se ampliar a compreensão sobre como o
indivíduo Henrique Boiteux construía sua representação de mundo e como Santa Catarina era vista por
ele. O objetivo é problematizar através da análise e interpretação histórica essas escritas comuns,
refletindo sobre as particularidades e multiplicidades da época.
1
Projeto de Pesquisa com protocolo nº 2192/2008 e ratificado como projeto em andamento em março de 2009
como 1349/2009 - FAED/UDESC
2
Orientadora professora do departamento de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED
UDESC - [email protected]
3
Acadêmica do curso de Historia – Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED - UDESC, bolsista de
iniciação científica PIBIC/CNPq
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
PROTOCOLOS DE CIVILIDADES: MODELOS DE CONDUTA PESSOAL E
CÍVICA EM LEITURAS ESCOLARES (SANTA CATARINA/DÉCADAS DE 20 A 50
DO SÉCULO XX)1
Educação através de exemplos em cartilhas escolares: a Série Fontes.
(1920 – 1940).
Maria Teresa Santos Cunha2, Elaine Maria de Quadros3, Ana Luíza Mello Santiago de Andrade 4
Palavras-chave: História da Educação - História da Leitura – Civilidades - Livros Escolares - Impressos
Com o objetivo de mapear práticas de leitura em Santa Catarina no período que compreende as
décadas de 1920 a 1950, esta pesquisa buscou, através de levantamentos em arquivos, materiais
diversos para análise da Série Fontes, de Henrique Fontes, com quatro livros de leitura (década de
1920 a 1940), e da Série Graduada Pedrinho (década de 1950 a 1970), de Lourenço Filho, com cinco
livros de leitura. Assim, através de estudos, participações em eventos, revisão bibliográfica,
digitalização e análise do material em cruzamento com jornais do período e fotografias de acervos
pessoais, foram as atividades elaboradas no decorrer desta pesquisa, com a finalidade de perceber os
protocolos de civilidades presentes nos quatro livros que compõem a Série Fontes, entendendo estes
como produções datadas que auxiliam na compreensão do período onde se inserem (1920 – 1940),
haja vista que percebe-se uma vontade em formar bons cidadãos e cidadãs, através destas cartilhas,
dadas a ler, de acordo com o momento histórico em que estiveram inseridas. Notamos como resultados
da pesquisa, formas intencionais de educação, através das fontes empíricas, que a educação em Santa
Catarina foi um meio para a transmissão de valores relativos às condutas pessoais e a protocolos de
civilidade. Civilidade por nós entendida como a prática de regras comportamentais nas relações da
vida social e cívica que ajudaram a construir a idéia de pátria civilizada e moderna. Esta pesquisa
mapeou nestas leituras a transmissão destas condutas, relacionadas às construções e formações
desejadas, como a valorização do trabalho, a moralidade e o nacionalismo. Assim, notamos relações
entre as duas séries entre si, e com os protocolos de civilidade propostos, bem como com as propostas
educacionais, vigentes em Santa Catarina e no Brasil, em dois momentos diferentes: as décadas de
1920 a 1940 e as década de 1950 a 1970.
1
Projeto de Pesquisa - No 2190/2008 – FAED - UDESC
Professora do Departamento de História – Centro de Ciências Humanas e da Educação – Av. Madre
Benvenuta, Avenida Madre Benvenuta 2007, CEP 88000-900 – Itacorubi – Florianópolis, SC.
3
Acadêmica do Curso de História, FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPQ
4
Acadêmica do Curso de História, FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPQ.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
NOMES PARA O SERVIÇO: A ATUAÇÃO DO SPHAN EM SANTA CATARINA E O
PAPEL DOS HISTORIADORES LOCAIS (1938-1974)1
Defender o folclore, proteger os sambaquis e fazer ciência: aspectos da preservação do
patrimônio em Santa Catarina (1938-1974)
Janice Gonçalves2, Débora Garcia Mortimer3, Gabriela de Oliveira Ribeiro4
Palavras-chave: Patrimônio cultural – Ciência – Santa Catarina
Criado em 1936, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN -, durante suas
primeiras décadas de atuação, não possuía escritório ou funcionários em Santa Catarina, dependendo
da colaboração de profissionais de diferentes áreas para a efetivação de sua política preservacionista,
ancorada no Decreto-Lei nº 25 de 1937. De acordo com o Decreto-Lei, deveria ser vislumbrada
excepcionalidade artística ou estética e dimensão nacional nos bens a serem protegidos por meio do
tombamento. Nesse sentido, o período inicial de atuação do SPHAN foi marcado pela predominância
das ações voltadas para um patrimônio monumental que remetia à herança colonial lusitana; nessa
atuação, Santa Catarina teve pouca relevância em termos quantitativos. Este trabalho é resultado de
pesquisa que problematiza o papel dos colaboradores do órgão federal em Santa Catarina durante o
período em que não havia órgãos ou legislação estadual específicos sobre a preservação do patrimônio
cultural no estado. Percebemos que questões relacionadas ao folclore e ao patrimônio arqueológico,
menos presentes na atuação do órgão federal, tiveram destaque em Santa Catarina e na atuação desses
colaboradores. Nesse sentido, aparece como significativa a perspectiva da defesa do folclore,
especialmente através da Comissão Catarinense de Folclore, ligada ao Movimento Folclórico
Brasileiro, que entre outros objetivos, pretendia institucionalizar os estudos folclóricos e conferir um
estatuto científico para o mesmo. Em relação ao patrimônio arqueológico, que esteve em voga a partir
do início da década de 1960, com a sistematização dos estudos arqueológicos no âmbito da pesquisa
universitária, a preservação aparece como uma preocupação científica.
1
Projeto de Pesquisa – FAED-UDESC.
Orientadora, Professora do Departamento de História – FAED - [email protected]
3
Acadêmica do Curso de História – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PIBIC/UDESC (De abril
de 2009 a julho de 2010).
4
Acadêmica do Curso de História – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PIBIC/UDESC (De
agosto de 2008 a março de 2009).
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
CONEXÕES ENTRE OS EUA, EUROPA E BRASIL: UMA ANÁLISE DA
CONFIGURAÇÃO DE LAÇOS TRANSNACIONAIS CONSTRUÍDOS PELOS
NOVOS E/IMIGRANTES BRASILEIROS1
Conexões entre os EUA, Europa e Brasil: uma análise da configuração de laços
transnacionais construídos pelos novos e/imigrantes brasileiros.
Gláucia de Oliveira Assis2, Patrícia Tatiana Raasch3 , Emerson César de Campos4, Sueli Siqueira5,
Karoline Kika Uemura6.
Palavras-chave: relações familiares, Criciúma-Governador Valadares, transnacionalismo.
Desde meados de 1980 e início de 1990, Governador Valadares (MG) e Criciúma (SC) têm se
configurado como cidades que mantém um fluxo contínuo de emigrantes para os EUA (região de
Boston) e, mais recentemente, para Portugal (região de Lisboa). Esses migrantes têm, ao longo dos
anos, formado redes sociais que sustentam a formação de comunidades transnacionais. Este projeto de
pesquisa tem por objetivos discutir a formação dessas comunidades, mapear a configuração desse
campo de relações que os migrantes estabelecem com a sociedade de origem e destino, e verificar qual
a extensão e os impactos dessas práticas transnacionais no cotidiano de migrantes e não-migrantes. A
metodologia da pesquisa envolve entrevistas semi-estruturadas, visando reconstruir as trajetórias de
migração, através de relatos orais e observação participante nos locais de origem e destino. Por meio
da análise das fontes foi possível identificar de que forma as práticas transnacionais alteram o
cotidiano de quem migrou e de outras pessoas envolvidas no processo, como amigos e familiares. A
família adquire importância crucial na efetivação do projeto migratório, que, portanto, já não é mais
um projeto individual. Além disso, a partir dos relatos orais foi possível compreender as mudanças
sociais e culturais que ocorrem no cotidiano e nas relações familiares. Por fim, por meio dos relatos
orais desses emigrantes também foi possível perceber a migração como um processo social que tem
impacto no cotidiano das cidades de origem e de destino, pois os relatos reconstroem essa experiência
através da memória coletiva e desvelam a complexidade da migração contemporânea e seu caráter
transnacional.
1
Projeto de Pesquisa intitulado: “Conexões entre os EUA, Europa e Brasil: uma análise da configuração de laços
transnacionais construídos pelos novos e/imigrantes brasileiros” do CCHE/FAED - UDESC. - No processo –.
2
Orientadora, Professora Dra. do Departamento de Ciências Humanas da FAED – UDESC –
[email protected].
3
Acadêmico(a) do Curso de História da CCHE/FAED – UDESC, bolsista de iniciação científica
PROBIC/UDESC.
4
Professor Dr. Participante do Departamento de História –FAED – UDESC.
5
Professora Dra. Participante da UNIVALE/MG.
6
Acadêmica do Curso de História – CCHE/FAED – UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
Experiências de separação matrimonial no Brasil (Florianópolis, 1970-2010)1
Marlene de Fáveri2, Fabiolla Falconi Vieira3, Maria Aparecida Pessatti4
Palavras-chave: Separação matrimonial; Relações de Gênero e Poder; Experiências.
Esta pesquisa analisa experiências de homens e mulheres que estiveram envolvidos em
processos de desquite e/ou divórcio, em Florianópolis, antes e depois da Lei n. 6.515, de
26 de dezembro de 1977. Investiga motivações relativas ao mundo das subjetividade e
implicações na vida cotidiana de pessoas que buscaram resolver a situações
matrimoniais com a dissolução deste vínculo; analisa representações vivencidas e
construídas nos processos de separação; percebe mudanças nos arranjos familiares e
comportamentos, guarda de filhos, etc. Faz reflexões que remetem a categoria de
gênero para análise histórica, entrelaçada à classe, etnia e geração, e as experiências
onde estão imbricadas relações de poder, portanto, culturais. Analisa leis que
regulamentaram as separações de conjujês e as aplicações práticas a partir destas
legislações. Para a análise, foram realizadas 22 entrevistas com homens e mulheres que
estiveram ou estão em situação de separação do vínculo conjugal. Compilados os dados,
mostram-nos dificuldades e complexidades na reconstrução de outros laços afetivos; na
adoção de novas perspectivas de vida; nas relações entre pais e filhos e entre os próprios
filhos; implicações negativas geralmente sobre as mulheres nos processos de separação.
1
Projeto de Pesquisa - IC/FAED/ UDESC – 2008/2010.
2
Orientadora e coordenadora do projeto, vinculada ao Departamento de História do Centro de Ciências
Humanas e da Educação – Av. Madre Benvenuta, 2007 – Itacorubi – CEP: 88035 001 – Florianópolis,
SC.
3
Acadêmica do curso de História – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica/PIC.
Email: [email protected]
4
Acadêmica do curso de História – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica/PIC.
Email: [email protected]
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL DA REGIÃO COSTEIRA SUL
CATARINENSE, COMO INSTRUMENTO DE APOIO PARA IMPLEMENTAÇÃO
DA ÁREA DE GESTÃO COSTEIRA NO NÚCLEO DE ESTUDOS AMBIENTAIS
NEA, DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA1
Caracterização Socioambiental da Região Costeira Sul Catarinense, com ênfase na
ocupação antrópica dos ambientes costeiros.
Maria Paula Casagrande Marimon, Drª 2, Larissa Corrêa Firmino3 ,Professora Lúcia Ayala, Drª 4,
Professor Mário Freitas, Dr 5, Professora Isa de Oliveira Rocha, Drª 6, Professor Francisco Henrique de
Oliveira, Dr 7, Professor Antônio Pedro Soares, Esp 8, Neres de Lourdes da Rosa Bitencourt, Drª 9,
Heloisa Campos Lalane10.
Palavras-chave: ambientes costeiros, ocupação antrópica, planície quaternária .
O trabalho desenvolvido, ao longo dos últimos doze meses, através da bolsa de pesquisa PROBIC,
teve como objetivo principal a caracterização dos ambientes naturais, utilizando como base de
delimitação da área de estudo, as bacias hidrográficas das lagoas do Extremo Sul do Estado de Santa
Catarina, com finalidade de analisar as alterações antrópicas impostas a este ambiente costeiro, num
período que inicia-se na década de 60, até os dias atuais. A área caracteriza-se por uma planície
quaternária ampla, construída por deposição marinha e continental, se estende desde a linha de costa
junto ao Oceano Atlântico até o início da escarpa da Serra Geral, e apresenta um conjunto de lagunas
costeiras localizadas entre os municípios de Araranguá e Sombrio. As principais lagunas da área são
Caverá, Sombrio, Mãe Luzia, de Fora, entre outras menores. Integradas a estas lagunas ocorrem
também extensas áreas de marismas e banhados, que reúnem diversas singularidades geomorfológicas
e biogeográficas. No mês de Junho foi realizada saída de campo para a região de estudo com a
finalidade de investigar a percepção social da população dos municípios envolvidos, tirar dúvidas da
fotointerpretação realizada em laboratório, bem como obter informações para alimentar o banco de
dados geográficos que está sendo elaborado para o projeto. Diante do material e dos estudos feitos ao
longo do ano, foi possível criar e alimentar um banco de dados, caracterizar os ambientes naturais da
região e a forma como a ocupação humana se estabelece sobre esses ambientes frente as áreas
protegidas pela legislação vigente.
1
Projeto de Pesquisa - No 1311 - 2010 – FAED-UDESC
Orientador, Professor do Departamento de Geografia FAED-UDESC – [email protected].
3
Acadêmica do Curso de Geografia FAED-UDESC, bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC.
4
Professora do Departamento de Geografia FAED-UDESC – [email protected]
5
Professor Visitante Departamento de Geografia FAED/UDESC – [email protected]
6
Professora do Departamento de Geografia FAED-UDESC – [email protected]
7
Professor do Departamento de Geografia FAED-UDESC – [email protected]
8
Professor do Departamento de Geografia FAED/UDESC - [email protected]
9
Bolsista MPPT/PNPD/CAPES – [email protected]
10
Mestranda do MPPT da FAED–UDESC – [email protected]
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
DIAGNÓSTICO DA INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES EM SANTA
CATARINA1
BR 101 em Santa Catarina; Análise dos Volumes Médios Diários (1972 a 1984; 1994 a
2001; 2006)
Isa de Oliveira Rocha2
Thaís Grüdtner Basílio3
Palavras-chave: Santa Catarina; BR 101; Volumes Médios Diários (VMD)
Os trabalhos da pesquisa resultaram na organização de um banco de dados e análises dos volumes
médios diários da BR-101 em Santa Catarina para os períodos 1972 a 1984, 1994 a 2001, 2006 (anos
disponibilizados pelo DEINFRA E DENIT). O objetivo principal é organizar um banco de dados sobre
volumes médios diários da BR 101, principal rodovia federal em Santa Catarina e analisar os dados
disponíveis. O padrão de contagem utilizado nesse tipo de estudo é o Volume Médio Diário (VMD),
um índice que aponta o número de veículos que trafegam num determinado ponto no intervalo de um
dia. Conhecer esses índices é essencial para o planejamento territorial, uma vez que devem ser
considerados em projetos de ampliação, reforma, segurança e estudos de conjuntura econômica e
social estaduais. O referencial teórico apóia-se na perspectiva de Milton Santos (formação sócioespacial), Victor Peluso Jr. (combinações geográficas de Santa Catarina) e Armen Mamigonian
(dinamismo do Brasil Meridional). As tabelas e gráficos mostraram a falta de dados necessários para
se fazer uma análise de caso conjuntural, já que o país vive em um momento de expansão econômica e
precisa que as vias de escoamento acompanhem o ritmo. Não há uma base atualizada e constante de
levantamentos dos volumes médios diários da BR 101, o que reflete o descaso em um assunto tão
importante, quanto necessário. Tal fato contribui para a falta de informações e dados que envolvem a
onda de privatização e concessão de estradas após a década de 1990.
1
Projeto de Pesquisa DPPG/FAED n. 1348/2009 – FAED-UDESC.
Orientadora, Professora do Departamento de Geografia, FAED-UDESC – [email protected].
3
Acadêmica do Curso de Geografia, FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
ANÁLISE ESPACIAL DA OCUPAÇÃO DA FAIXA DE SERVIDÃO EM LINHAS DE
TRANSMISSÃO1
Avaliação das ocupações irregulares em faixas de segurança de Linhas de Transmissão
de Energia Elétrica em áreas urbanas.
Francisco Henrique de Oliveira2, Patrícia Royes Schardosim3
Palavras-chave: ocupação irregular, linhas de transmissão de energia elétrica, Sistema de Informações
Geográficas (SIG).
A dinâmica da ocupação físico-territorial, nos dias de hoje, tem-se dado rapidamente sem que se
consiga acompanhar eficientemente este processo e tampouco ordená-lo, segundo os princípios e
práticas da segurança, do planejamento e da gestão. É preciso que se dissemine a utilização de meios
tecnológicos, visando a caracterização física e gestão do espaço, ou seja, a efetiva aplicação dos
mapeamentos e recursos geotecnológicos como base ao planejamento e gestão do espaço para que se
execute o ordenamento e reordenamento territorial. As áreas mapeadas que apresentem riscos à
população e que desta maneira impõe restrições de uso, merecem atenção especial. Caso específico
estudado neste trabalho se apresenta para a linha de transmissão de energia elétrica, que tem no seu
entorno e abaixo a denominada Faixa de Segurança. O Sistema de Informação Geográfica (SIG) foi
aplicado como recurso adequado ao estudo no trecho entre Capivari de Baixo a Palhoça em Santa
Catarina, pois permitiu ao usuário do sistema analisar adequadamente a ocupação irregular nos
municípios de Capivari de Baixo, Imaruí, Imbituba, Garopaba, Laguna, Palhoça e Paulo Lopes,
utilizando técnicas específicas de interpretação visual de produtos cartográficos e ainda gerar um
banco de dados necessário ao gerenciamento e gestão do espaço, pela empresa responsável, ou seja, a
Eletrosul. A caracterização da ocupação e algumas inferências sobre a dinâmica das cidades citadas,
bem como do ordenamento territorial e do comportamento dos municípios foi foco de estudo no
trabalho.
1
Projeto de Pesquisa - No processo – FAED-UDESC
Orientador, Professor do Departamento de Geografia, FAED - UDESC – [email protected]
3
Acadêmica do Curso de Geografia, FAED - UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq –
[email protected]
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
AVALIAÇÃO DA CARTOGRAFIA DIGITAL DO BAIRRO ITACORUBI
APLICANDO GPS1
Avaliação da cartografia digital do bairro Itacorubi - Aplicando GNSS"
Profº Dr. Francisco Henrique de Oliveira2, Getúlio Silva Filho3 ,
Palavras-chave: GNSS, Mapeamento Cadastral, Atualização Cartográfica,
A pesquisa envolveu o uso de equipamento GNSS Hiper Lite +, de marca TOPCON, disponibilizado
pelo Laboratório de Geoprocessamento - GeoLab, afim de avaliar a qualidade geométrica da
cartografia básica referente a área localizada entre o Centro da cidade, Maciço do Morro da Cruz e a
Bacia do Rio Itacorubi no município de Florianópolis/SC. Dessa forma, percebe-se que a área de
interesse foi ampliada por necessidade de um estudo que envolvesse a estrutura geométrica da área de
estudo. O órgão responsável pela solicitação do trabalho de cartografia, junto as empresas de
aerolevantamento, foi o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis – IPUF. Considerando o
método empregado na pesquisa foi necessário realizar uma série de levantamentos a campo de pontos
de controle utilizando o sistema GNSS - Sistema Global de Navegação por Satélite, em locais
estratégicos. Basicamente foram levantadas coordenadas em quina de muro, esquina de vias e quina de
canteiros, as quais permitiram aferir os dados cartográficos que estão disponibilizados no site da
Prefeitura de Florianópolis por meio do portal "Geoprocessamento Corporativo". Por fim, foi iniciado
o processo de leitura e compreensão da literatura que envolve o tema “Teoria dos Erros”, essa base
teórica permitiu análises e validações referentes aos métodos de rastreamento, bem como classificação
dos equipamento, para que então os resultados fossem analisados adequadamente e posteriormente
disponibilizado no GoogleMaps. Por meio dessa pesquisa foi efetivado um trabalho prático aliado à
teoria das literaturas, legislação vigente sobre o tema voltado a qualidade geométrica de produtos
cartográficos, avaliação dos recursos envolvidos na tecnologia GNSS – Sistema Global de Navegação
por Satélite visando desempenhar as atualizações e controle de qualidade geométrico da cartografia
básica do Bairro Itacorubi – Florianópolis – SC.
1
Projeto de Pesquisa - No processo – FAED-UDESC
Orientador, Professor do Departamento de Geografia. FAED-UDESC – [email protected]
3
Acadêmico(a) do Curso de Geografia FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/CNPq
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
DIAGNÓSTICO DA INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES EM SANTA
CATARINA1
As Rodovias Federais De Santa Catarina: levantamento e caracterização das áreas de
risco.
Isa de Oliveira Rocha 2, Aurora M. Putton Barbosa 3, Natan Dolejal 4
Palavras-chave: Santa Catarina; rodovias federais; áreas de risco.
Santa Catarina sente as dificuldades impostas pelas condições naturais que compõem a paisagem de
Santa Catarina, o que torna demasiado custosa a construção, conservação e manutenção das estradas,
principalmente nos vales atlânticos, local onde se localizam importantes zonas industriais. O relevo
acentuado, as tempestades típicas de um clima subtropical, o uso intensivo e muitas vezes não
apropriado às características naturais do solo, são alguns fatores que trouxeram, e ainda trazem
diversos problemas que comprometem a qualidade da pista. O objetivo da pesquisa compreende
analisar a dimensão desta problemática, realizando um diagnóstico da principal malha rodoviária
federal de direção Norte-Sul e Leste-Oeste: BRs 101, 116, 282, 280 e 470. Após as grandes catástrofes
das chuvas e deslizamentos de novembro/2008, foi efetuado estudo de campo nas citadas rodovias
com os levantamentos de todos os pontos de deslizamentos e áreas de risco, com o respectivo
mapeamento (identificação das coordenadas geográficas com GPS) e registro fotográfico, totalizando
cerca de 3.200 km de rodovias percorridas. Enchentes, deslizamentos, desmoronamentos, erosão
precoce e destruição da pista são alguns acontecimentos recorrentes nas rodovias catarinenses.
Destaca-se que a conjuntura neoliberal dos anos 1990 trouxe o crescente abandono das infra-estruturas
de transportes, dando início ao processo de privatizações e concessões. As principais rodovias
utilizadas para transporte intra e inter-estadual apresentam sérios problemas de conservação,
saturamento, difícil acesso aos portos, número elevado de acidentes etc., cujas soluções têm sido
embasadas somente na duplicação de vias e nas concessões de gestão à iniciativa privada estrangeira.
1
Projeto de Pesquisa DPPG/FAED nº 1348/2009 – FAED-UDESC.
Orientadora – Professora do Departamento de Geografia, FAED/UDESC - [email protected]
3
Acadêmica do Curso de Geografia – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC.
4
Acadêmico do Curso de Geografia – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
AS REPRESENTAÇÕES SOBRE OS NOVOS MIGRANTES BRASILEIROS RUMO
A EUROPA: GÊNERO, ETNICIDADE E PRECONCEITO1
As mulheres brasileiras na imprensa: exotização e preconceito
Gláucia de Oliveira Assis2, Kim Martins Knoche3 ,
Palavras-chave: gênero, migração, mídia
Esta pesquisa buscou analisar as imagens e representações construídas sobre os migrantes
contemporâneos, em particular os migrantes brasileiros, na mídia nacional e internacional, tendo como
objetivo analisar como as questões relativas à migração são abordadas na imprensa e em que medida
essas imagens reforçam ou não o processo de criminalização das migrações, o qual tem se
intensificado principalmente após os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos EUA. Nesta última
parte da pesquisa focou-se nas representações da mulher brasileira imigrante na Europa na mídia
nacional e internacional, verificando em que medida essas imagens reforçam ou não o processo de
criminalização das migrações, o qual tem se intensificado principalmente após os atentados de 11 de
Setembro de 2001 nos EUA. A metodologia utilizada consistiu em revisão bibliográfica e discussão
em grupo da literatura, além de levantamento, análise e catalogação de reportagens disponíveis online e análise de entrevistas. As reportagens analisadas foram pesquisadas na Folha Online do (versão
virtual do grupo Folha de São Paulo), do período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009.
Posteriormente, as notícias encontradas foram divididas por categorias: Condições de vida, Conflito
Brasil-Espanha, Jogadores de Futebol, Prisões e Deportações, Leis e Políticas Migratórias,
Prostituição, Violência e Xenofobia.
1
Projeto de Pesquisa - No processo – FAED-UDESC
Orientador, Professor do Departamento de Ciências Humanas – FAED- UDESC – [email protected]
3
Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC
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I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
ABORTO E IMPRENSA NO BRASIL (1995-2009)1
Aborto e imprensa no Brasil (1995-2009)
Silvia Maria Fávero Arend2
Júlia Rodrigues Vieira3
Palavras-chave: imprensa, relações de gênero, aborto
O tema desta pesquisa são os discursos emitidos pela imprensa brasileira acerca do aborto, entre 1995
e 2009. Objetiva-se conhecer as diferentes visões relativas a esta prática social presentes na imprensa
nacional no referido período, bem como verificar se os resultados destes embates no campo
jornalístico estão presentes nos projetos de lei apresentados no Congresso Nacional que prevêem a
descriminalização parcial ou total do aborto. As fontes documentais pesquisadas, até o presente
momento, foram a Revista Veja, de cunho informativo, e a Revista O Reformandor, periódico
produzido pela Federação Espírita Brasileira. Estes dois impressos foram analisados sob a perspectiva
metodológica da análise do discurso e à luz dos referenciais teóricos das relações de gênero e dos
estudos feministas. Constatou-se que os escritos, de ambos os periódicos, foram pautados, sobretudo,
pelos discursos da Medicina, do mundo jurídico e do universo religioso. No caso da Revista Veja,
que tinha com leitores uma parcela significativa da camada média brasileira, observou-se alterações,
ao longo do período, em relação ao tema. Os enunciados, que abordavam a temática sob a ótica do
indivíduo e das relações sociais no âmbito da família, passaram a tratar a mesma sob a perspectiva da
saúde das mulheres. Na revista O Reformador não se verificou alterações no discurso jornalístico no
recorte temporal da pesquisa. Estes escritos, norteados pelos preceitos da gestão da população e pelo
ideário religioso da reencarnação, rechaçam veementemente a prática social do aborto, bem como
veiculam a representação social das mulheres, sobretudo, como mães.
1
Projeto de Pesquisa – Nº 1562/2009 – FAED/UDESC
Orientador, Professora do Departamento de História – FAED - [email protected]
3
Acadêmica do Curso de História FAED, bolsista de Iniciação Científica PROBIC/CNPq
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I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
CULTURA URBANA, DITADURA E DEMOCRATIZAÇÃO: RELAÇÕES
POLÍTICAS E AÇÃO ESTATAL NO LITORAL DE SANTA CATARINA (1960-2000)
– GRANDE FLORIANÓPOLIS E BALNEÁRIO CAMBORIÚ.
A vida vai melhorar? Ditadura, Casa Própria e Política Habitacional em Florianópolis
(1974 – 1985)
Reinaldo Lindolfo Lohn1, Felício Mourão Freire2 , Carla Acordi3 –
Palavras-chave: Políticas Habitacionais, Ditadura, Seletividade
O presente trabalho tem por objetivo analisar as políticas habitacionais implementadas ao longo da
ditadura militar, no período de 1974 a 1985, em Florianópolis, mas especificamente ao longo do
período de existência do Plano de Habitação Popular - PLANHAP, formulado pelo então Banco
Nacional de Habitação – BNH, com intuito de constatar a existência de ações de seletividades políticoadministrativa e práticas clientelistas na atuação do governo estadual, municipal e empresas públicas
afins, como a Companhia Habitacional de Santa Catarina – COHAB/SC, na seleção de programas
habitacionais e escolha dos mutuários do sistema. Para pesquisa foi recortado o estudo do Conjunto
Habitacional do Monte Verde, no qual se buscou realizar as análises supracitadas. Para tanto, foram
utilizados para análise fontes impressas, como jornais, fontes oficiais, tais como legislações da época,
40 questionários sócio-econômicos de mutuários do Conjunto Habitacional do Monte Verde extraídos
do acervo da COHAB/SC e fontes orais.
1
Orientador, Professor do Departamento de História - FAED-UDESC –[email protected].
Acadêmico(a) do Curso de História - FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
3
Acadêmico do Curso de História – FAED-UDESC.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
PROTOCOLOS DE CIVILIDADES: MODELOS DE CONDUTA PESSOAL E
CÍVICA EM LEITURAS ESCOLARES (SANTA CATARINA/DÉCADAS DE 20 A 50
DO SÉCULO XX)1
A VIDA COMO EXEMPLO: as biografias de personagens históricos e fictícios na Série
de Leitura Graduada Pedrinho de Lourenço Filho (1950 a 1960)
Maria Teresa Santos Cunha2, Elaine Maria de Quadros3, Ana Luíza Mello Santiago de Andrade 4
Palavras-chave: Biografias, Civilidades, Manuais Didáticos
A Série de leitura Graduada Pedrinho, escrita por Lourenço Filho na década de 1950, que circulou até
aproximadamente 1970 por todo o Brasil, inclusive santa Catarina, foi um importante manual de
leitura escolar. Compostas por cinco livros, a Série serviu não só como suporte didático mas como
difusora de preceitos de civilidade e boa conduta. Dentre as diversas formas de divulgar estes
preceitos, estão as biografias de pessoas importantes e personagens fictícios. Essas histórias de vida
podem ser consideradas como um exemplo a ser seguido, um espelho heróico de bom cidadão ou um
modelo ideal comportamental. Seguindo os pressupostos da História da Cultura Escrita este trabalho
observou a maneira com o autor escreveu essas biografias, como forma de representação de valores
importantes. Representação aqui entendida como mediadora de diferentes formas de apreensão do real.
Os manuais, considerados como objetos comuns, do cotidiano infantil, permitiram a análise de quais
pessoas e valores eram considerados importantes nas décadas de 50 e 60, pois de alguma forma esses
livros foram capazes de atuar com eficácia na constituição dos imaginários dos futuros cidadãos
brasileiros. Metodologicamente as biografias foram separadas em duas categorias: as biografias de
pessoas públicas e a de personagens fictícios. Foram analisados não só os textos das lições bem como
as imagens que são compreendidas como formas narrativas de representação do biografado. Como
principais conclusões, percebeu-se que diferentemente dos personagens públicos que são considerados
como heróis e grandes exemplos aos quais as crianças devem almejar a ser no futuro, os exemplos de
personagens fictícios mostram pequenas atitudes que no presente podem ser feitas.Ambas mostrando
qualidades que procuravam formar um cidadão brasileiro republicano, seguidor de preceitos cívicos e
civilizadores.
1
Projeto de Pesquisa - No 2190/2008 – FAED-UDESC
Orientadora, Professora do Departamento de História,FAED-UDESC - [email protected].
3
Acadêmica do Curso de História, FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPQ
4
Acadêmica do Curso de História, FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPQ.
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I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
ESTUDO DO POTENCIAL DOS SENSORES ORBITAIS NA APLICAÇÃO EM
ÁREAS DE RISCO AMBIENTAL
A potencialidade dos sensores orbitais na aplicação em áreas de risco ambiental
Prof. Dra. Mariane Alves Dal Santo1, Ronan Max Prochnow2 , Prof. Dr. Francisco Henrique de
Oliveira3, Msc. Sinara Fernandes Parreira4
Palavras-chave: Sensoriamento Remoto, Estereoscopia digital, Catástrofes naturais, Áreas de risco, Uso e
ocupação do solo.
O número de acidentes considerados desastres naturais vem aumentando em freqüência e intensidade,
refletindo diretamente perdas econômicas ou até de vidas humanas. Exemplo recente destes eventos, a
catástrofe ocorrida no Estado de Santa Catarina, notadamente no Vale do Itajaí, em novembro de
2008, demonstra que cidades e comunidades rurais estão assentados em áreas de risco sujeitas a
fenômenos de dinâmica natural ou acelerados pelo uso do solo inapropriado. A delimitação e
caracterização das unidades de paisagens são etapas importantes no planejamento do território, pois
podem indicar fragilidades e potencialidades de uso e ocupação humanas de uma determinada região
O desenvolvimento de regiões pode ser prejudicado pela ocorrência de catástrofes por vários motivos,
dentre eles, a destruição de infra-estruturas que obrigam governos e iniciativa privada a alocar recursos
visando à reconstrução. Nota-se que este fato gera um círculo vicioso, uma vez que o recurso
econômico é gasto em planos emergenciais e de reconstrução ao invés do investimento em prevenção
e manutenção. Dentro deste contexto, este trabalho tem como objetivo apresentar o estudo da
avaliação e potencialidade dos sensores orbitais na aplicação em áreas de risco ambiental, podendo
este ser considerado uma ferramenta de detecção e gestão de áreas susceptíveis a desastres naturais.
Desta forma, a pesquisa tem como diretriz estudar a potencialidade de sensores orbitais que possuem a
variável estereoscópica como característica técnica, dentre eles os listados: CBERS, ALOS, ASTER,
CARTOSAT-1, IKONOS, OrbView-3, QuickBird e SPOT. A capacidade de estereoscopia é
fundamental para a identificação das áreas de risco geoambiental. Soma-se a esta proposição o
emprego e treinamento em manuseio da ferramenta em fotogrametria digital da Leica, o Leica
Photogrammetry Suite – LPS, o qual apresenta dentre suas funcionalidades a geração de modelos
digitais de terreno a partir de imagens de satélite, utilizando os conceitos e modelos da fotogrametria.
O emprego destes sensores viabiliza a tomada de medidas preventivas com relação a estas áreas, e
desta forma configura-se como um meio de contribuição ao poder público para a gestão e
planejamento do uso do solo evitando a ocupação de áreas de risco potencial.
1
Orientador, Professor do Departamento de Geografia FAED-UDESC – [email protected]
Acadêmico(a) do Curso de Geografia FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PIVIC/UDESC
3
Professor Participante do Departamentode Geografia - FAED - UDESC
4
Acadêmico do Curso de Geografia – FAED - UDESC
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I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
A HISTÓRIA DE SANTA CATARINA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA E
A CONSTRUÇÃO DO SABER ESCOLAR1
Cristiani Bereta da Silva2, Virgínia Broering3
Palavras-chave: ensino de História, história regional, saber histórico escolar.
Esse trabalho apresenta algumas idéias e análises sobre a construção do saber histórico escolar em
Santa Catarina, a partir dos discursos que circularam na primeira metade do século XX sobre a história
nacional e sobre a história regional, principalmente aqueles produzidos pelos membros do Instituto
Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Tal trabalho constitui recorte da pesquisa A História de
Santa Catarina nos livros didáticos de História e a construção do saber escolar desenvolvida entre
os anos de 2008 a 2010 no Departamento e Programa de Pós-Graduação em História da UDESC, com
concessão de bolsas de Iniciação Científica. Nosso objetivo, nesse recorte, consiste principalmente em
perceber as relações entre a idéia de Pátria mãe brasileira e a idéia da pequena Pátria catarinense, na
produção de uma história regional e de seu ensino. Partimos da idéia de que esses discursos foram
distribuídos operando seleções e exclusões sobre o que deveria ser lembrado e esquecido na história de
Santa Catarina. Buscamos, ainda, observar em que medida o currículo prescritivo relativo ao ensino de
História de Santa Catarina na contemporaneidade guarda resíduos da mesma estrutura fundante de
uma história catarinense construída pelos intelectuais, na primeira metade do século XX.
1
Projeto de Pesquisa - No 1494/2009 FAED-UDESC
Orientadora, Professora do Departamento de História/FAED-UDESC – [email protected]
3
Acadêmica do Curso de História/FAED-UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
IMPRESSÕES SOBRE OS “NACIONALISMOS” NO BRASIL DO SÉCULO XX: O
REPERTÓRIO MUSICAL DAS EMISSORAS DE RÁDIO NAS DÉCADAS DE 20 A 30
A experiência da pesquisa em acervos on-line
Márcia Ramos de Oliveira1, Bolsista: Kamylla Silva2
Palavras-chave: Acervos Digitais, Pesquisa, Tecnologia
A última década assistiu a uma rápida expansão tecnológica, o que representou grandes
transformações tanto na maneira como a informação é difundida quanto na agilidade com que
é recebida. Em parte, ela é o reflexo do imediatismo dos nossos tempos e alguns autores
defendem, inclusive, que estamos vivendo uma revolução, onde o modo como a informação é
produzida e articulada exerce papel relevante. A digitalização de acervos, sobretudo de
bibliotecas, passou a ser uma constante, devido especialmente à alta capacidade de
armazenagem – superior a de um acervo convencional, físico - e à facilidade com que a
informação pode ser acessada, pouco importando a localização geográfica do interessado por
determinada informação. Este processo também possibilita a preservação do documento
original, sem que essa atitude implique no esquecimento dele, no entanto. O que o presente
trabalho propõe é uma reflexão sobre o contato com esse tipo de fonte dentro de um projeto
de pesquisa; suas vantagens, desvantagens, possibilidades e limitações.
1
Professora do Departamento de História FAED/UDESC.
Acadêmica do curso de História (bacharelado e licenciatura) FAED/UDESC. Bolsista de Iniciação Científica
PROBIC/UDESC.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
A BIBLIOTECA PÚBLICA DE SANTA CATARINA COMO UM LUGAR DE
PRÁTICAS CULTURAIS, ENTRE DOCUMENTOS E FALAS.
Gisela Eggert Steindel1 Luciane Gonçalves Toledo2 , Fernanda de Sales 3, Jorge Moisés Kroll
do Prado 4 e Francine Adelino Carvalho5
PALAVRAS – CHAVE. 1. História do Livro 2. Biblioteca Pública de Santa Catarina - Práticas
bibliotecárias 3. Biblioteca Pública de Santa Catarina – Relatórios – Representação 4. Coleção
fotográfica – Descrição.
Esse projeto intenta apreender como os funcionários da Biblioteca Pública do Estado de Santa
Catarina (BPSC) compreendem seu trabalho enquanto aqueles que colocam em movimento
essa instituição de leitura pública e possibilitam que a biblioteca abra as suas portas ao longo
do tempo. A questão norteadora é - Como o corpo de funcionários da Biblioteca Pública de
Santa Catarina apreende o seu trabalho ao longo da sua vinculação com essa instituição
pública de leitura? A investigação se inscreve nos estudos da História Cultural. Trata-se de
um estudo descritivo quanti – qualitativo que tem fontes tanto de ordem documental como
oral compreendendo os anos entre 1980 a 2008, a coleta e tratamento dos dados documentais
tem por base a estruturação de uma planilha. O relato oral - funcionários: bibliotecários e
pessoal de apoio são recolhidos por meio de entrevista semi-estruturada gravada, transcrita e
transcriada. Como resultados o estudo em andamento analisou inicialmente a materialidade de
22 relatórios anuais, 13 relatórios mensais e o tipo de informação apresentada nesses
relatórios de quase 30 anos de trabalho registrado nesses documentos. Dessa análise
preliminar depreende-se que os relatórios traduzem um modo de pensar e fazer o trabalho na
Biblioteca, constituem-se memória material de práticas sociais não só do corpo de
funcionários mas indiciam o valor dessa instituição para a comunidade local. Para além desse
material impresso analisado, identificou-se uma coleção composta de 972 de fotografias da e
sobre a biblioteca objeto de estudo no qual se tem como questão norteadora quais as possíveis
representações estampadas no conjunto de fotografias da e sobre essa instituição pública de
leitura? Debruçar-se sobre os relatórios, fotografias e sua materialidade levantam mais
questões do que respostas; entre as muitas questões que se colocam pontua-se o conjunto
dessas informações como possibilidade de gestão da Biblioteca não apenas para os tempos do
passado mas para o tempo futuro.
1
Orientador, Professor do Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação/DBI/FAED/UDES –
e-mail [email protected]
2
Acadêmica do Curso de Biblioteconomia – Hab. Gestão em Gestão da Informação/FAED/UDESC, bolsista
PROBIC/UDESC.
3
Professora do Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação/DBI/FAED/UDESC.
4
Acadêmico do Curso de Biblioteconomia – Hab. Gestão da Informação/FAED/UDESC.
5
Mestranda PPGE/FAED/UDESC
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
OBJETOS DA ESCOLA: CULTURA MATERIAL DA ESCOLA GRADUADA (1874 –
1950)1 (UDESC – CNPQ)
“Relatório de Inspeção de Escolas Isoladas: algumas informações sobre o mobiliário
escolar”
Orientadora Professora Dra Vera Lucia Gaspar da Silva2, Camila Mendes de Jesus3
Palavras-chave: mobiliário, material escolar, cultura material escolar
Resumo: Este trabalho apresenta alguns resultados da pesquisa em andamento OBJETOS DA ESCOLA:
Cultura Material da Escola Graduada (1874-1950) (CNPq/FAPESC/UDESC), vinculada ao Projeto
Nacional “Por uma teoria e uma história da escola primária no Brasil: investigações comparadas sobre
a escola graduada (1870-1950)” (CNPq). Pretende-se traçar algumas hipóteses acerca da constituição
material das escolas nos primeiros anos após a reforma Orestes Guimarães (1911), tendo por base o
mobiliário descrito no Relatório de um Inspetor Escolar das escolas isoladas, do ano de 1916. Os
dados apurados neste relatório serão cotejados com informações presentes em mensagens de
presidentes da província. Pretende-se refletir acerca da situação descrita pelo inspetor no tocante ao
material necessário para o funcionamento de uma escola isolada no Estado no ano de 1916, tendo por
referência elementos localizados em relatórios dos presidentes da província nos quais se identificam
certa normatização para essas escolas e recomendações para sua estruturação e funcionamento, tal
como ser fiscalizada pelos inspetores escolares. Entre os produtos desta inspeção estão os relatórios
como o do ano de 1916 aqui tomado como exemplar. Suas páginas revelam que em suas visitas à
escola o inspetor tomava notas acerca da organização, regulamentação e mobiliário. Por esses registros
se pretende desenhar, ainda que em parte, a constituição material escolar da época que se dá não só
pela regulamentação e métodos de ensino, mas também pelo material escolar que a compõem.
1
Projeto de Pesquisa aprovado através do processo No 1787/2008 – FAED-UDESC.
Orientadora, Professora do Departamento de Ciências Humanas e do PPGE / FAED /UDESC.
[email protected].
3
Acadêmica do Curso de Pedagogia – FAED – UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.
2
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
A CONSTRUÇÃO IMOBILIÁRIA EM FLORIANÓPOLIS E AS LEIS DE
REGULAMENTAÇÃO
Vera Lucia Nehls Dias1; Cristina Maria Dalla Nora1*; Gustavo Moresco de Oliveira1
1
UDESC
1. Introdução
As exageradas mudanças no Plano Diretor de Florianópolis, ou mais precisamente as
alterações de zoneamento no município, impulsionaram a pesquisa que possibilitou a produção
deste artigo e a elucidação de uma nova área de estudos em Geografia e Planejamento Urbano,
que procurem investigar a fundo como o zoneamento urbano e as suas alterações são capazes de
moldar o território do município de maneira ímpar, como a valorização excessiva do preço da
terra, a influência de grupos sociais dispostos a pagar por ela, a presença de atores sociais cuja
influência é direcionada a classes mais altas, etc. O município de Florianópolis passou a ser
visado nacionalmente por construtoras e outras empresas por seu potencial turístico (sobretudo a
partir da década de 90), atraindo grandes contingentes migratórios de classe média e alta de
outros estados sem que houvesse preparo institucional e infra-estrutural para tanto.
Desta maneira, planos diretores para o município surgiram e foram adaptados ao longo
de décadas de modo a atender interesses e práticas de determinados atores. A falta de moradias
tornou-se um problema agudo nos idos da década de 80, época de grande crescimento da cidade
e começo das ocupações irregulares nos morros do centro e nas margens da Via Expressa (BR282), bem como em extensas áreas nos balneários da Ilha e municípios circunvizinhos (Palhoça,
São José, Biguaçu).
Surgiam então, pesquisas que procuraram identificar quais são os atores destas
adaptações, melhor caracterizadas pelas alterações de zoneamento e quais os seus interesses por
traz destes mecanismos. Cada edificação, cada uso do solo urbano de Florianópolis está inserido
em um Macrozoneamento ou em um Microzoneamento, tem valores de Adequação de Uso e
tem valores de Limites de Ocupação definidos. No caso dos dois primeiros, a informação é dada
pelo chamado anexo I dos Planos Diretores, que contém os mapas com o zoneamento. Já no
segundo caso, os demais anexos contêm tabelas com as listas de valores pré-determinados, cada
um relacionado a uma das áreas definidas no zoneamento.
É através da modificação deste mecanismo, ou pela inserção de outros que fica evidente
a interferência de determinados agentes na regulação do espaço urbano da capital. Neste sentido
esta pesquisa se destaca por: 1) detalhar profundamente as alterações de zoneamento nos planos
diretores, bem como a tomada de decisões de políticos em instâncias legais, sendo as mesmas
entendidas como a principal arena para a interferência destes atores; 2) a partir deste
detalhamento, caracterizar e expor estes atores; 3) por comprovar que esta prática produziu no
município de Florianópolis situações delicadas durante as décadas de 1990 e 2000,
principalmente; e 4) por procurar, a partir destes resultados, soluções para os problemas gerados
antes e intensificados durante estas décadas.
2. Método
Esclarecendo a metodologia aplicada nesta pesquisa, para o levantamento de praticamente
todas as leis caracterizadas por alterar o zoneamento de algum dos distritos do município de
Florianópolis, bem como os autores dos projetos das referidas alterações, foi utilizada como
procedimento uma pesquisa na base de dados on-line da Prefeitura de Florianópolis, o que
possibilitou o acesso às leis aprovadas, a elucidação das áreas alteradas e a localização das
*
Autor Correspondente: [email protected]
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
mesmas. A partir disto deu-se início a outra pesquisa, desta vez no setor de documentação da
Câmara dos Vereadores de Florianópolis, que por manter arquivados neste local os processos
absolutos, evidenciando, inclusive, os já referidos autores dos projetos de alteração de
zoneamento bem como os partidos dos mesmos durante seus mandatos, possibilitaram a
organização de planilhas e gráficos que demonstram a atividade de determinados atores sociais.
A bibliografia existente envolvendo direta ou indiretamente o Plano Diretor de Florianópolis,
levando-se em consideração a urbanização crescente do município, sobretudo desde a década de
80, é relativamente escassa, mas fornece elementos muito interessantes.
Uma revisão bibliográfica realizada para esta pesquisa dividiu o material em dois
principais grupos, cada um com características e interpretações distintas: a documentação
oficial, composta de análises e relatórios produzidos pelas equipes de engenheiros e arquitetos
(e um geógrafo) do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), órgão criado em
1977 e ligado à Prefeitura Municipal de Florianópolis, ou, quando este ainda não havia sido
criado, por equipes especiais de arquitetos e urbanistas contratados pela própria prefeitura. O
segundo grupo de bibliografia consiste em dissertações de cursos de mestrados, especialmente
dos programas de pós-graduação em Geografia, Arquitetura e Engenharia Civil da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC), que introduzem a regulamentação do uso do solo direta ou
indiretamente no objeto de estudo. Entretanto, não se pretende que seja realizada, nesta
pesquisa, uma discussão teórica muito aprofundada acerca desta bibliografia, mas serão
destacados os pontos mais relevantes de todo este arcabouço teórico encontrado sobre o assunto.
3. Resultados e Discussão
“O plano atual virou uma verdadeira 'colcha de retalhos', com cerca de 480 mudanças
promovidas por leis aprovadas na Câmara, alterando principalmente o zoneamento urbano”
(BEVILACQUA. Diário Catarinense. 6 maio 2007. p 8.) [1]. A frase acima foi citada pelo
diretor-presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis, Ildo Rosa, em
entrevista ao jornal Diário Catarinense, enquanto se deflagrava a Operação Moeda Verde, da
Polícia Federal. Três dias antes, 19 empresários e políticos foram presos preventivamente, em
decreto assinado pelo juiz Zenildo Bodnar (então da Vara Ambiental de Florianópolis e hoje na
Vara Federal e Juizado Especial Federal Adjunto de São Miguel D'oeste). A delegada Julia
Vergara, responsável pelo caso, explicou ao mesmo jornal, no dia das prisões, que, além de
supostas compras de licenças ambientais e privilégios em trâmites na SUSP (Secretaria de
Urbanismo e Serviços Públicos de Florianópolis, que autoriza a construção de obras): “Os
suspeitos também negociavam mudanças no Plano Diretor da Cidade, que agora está sob
suspeita. De acordo com a coordenadora das investigações, as mudanças envolviam vantagens
indevidas”. (PEREIRA. Diário Catarinense. 4 maio 2007. p 4.) [2]
E são essas mudanças no Plano Diretor de Florianópolis, mais precisamente alterações
de zoneamento, que impulsionaram a pesquisa da qual este relatório é fruto e pretende abrir uma
nova área nas pesquisas em Geografia e afins, que procurem investigar a fundo como o
zoneamento urbano de Florianópolis e as suas alterações moldaram o município - através da
definição do preço da terra e dos grupos sociais dispostos a pagar por ela -, desde que passou a
ser visado nacionalmente por construtoras e outras empresas por seu potencial turístico
(sobretudo a partir da década de 90), além de receber grandes contingentes migratórios de classe
média e média-alta de outros estados. Além disso, pesquisas que procurem identificar quem
foram os atores desse molde, quais os seus interesses e práticas. Em outras palavras, como os
agentes da produção do espaço urbano, nas palavras de Correa1 (1989) [3], atuaram dentro do
1
CORREA (1989) diz que “O espaço urbano capitalista (...) é um produto social, resultado de ações
acumuladas através do tempo, e engendradas por agentes que produzem e consomem o espaço” (CORREA, 1989:11).
Para ele, esses agentes seriam: 1 – Os proprietários dos meios de produção – industriais e empresários, necessitam
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
aparato institucional da Prefeitura e da Câmara de Vereadores para prevalecerem seus interesses
em detrimento de outros grupos sociais. Uma breve caracterização dessas mudanças pelas quais
passou. Florianópolis nos fará compreender melhor esta situação.
Desde que foi eleita por um relatório do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) de 1998 como a primeira capital e a segunda cidade brasileira com
melhor classificação pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)2, Florianópolis vem sendo
enaltecida por dados que apontam o bom viver3, fato que, segundo o IBGE, atraiu 29.000 novos
habitantes somente entre os anos de 1991 e 1996.
Entretanto, ainda que a mídia – amparada em dados oficiais da ONU e do IPEA – tenha
escolhido Florianópolis como a “Meca da classe média”4, os dados sobre urbanização
preocupam e ameaçam a estabilidade da cidade.
A falta de moradias tornou-se um problema agudo nos idos da década de 80, época de
grande crescimento da cidade e começo das ocupações irregulares5 nos morros do centro e nas
margens da Via Expressa, bem como em extensas áreas nos balneários da Ilha.
Segundo Marcon, (1986) apud Binotto (1994:52)[4], entre os anos 70 e 80,
Florianópolis recebeu, basicamente, três correntes migratórias: a) As pessoas que vinham
preencher cargos públicos tanto na administração estadual, como na municipal ou em
instituições como a Eletrosul ou a Universidade Federal de Santa Catarina; b) Os estudantes
de terrenos amplos e modelam o espaço urbano na medida em que influenciam na localização dos terrenos dos
trabalhadores; 2 – Proprietários fundiários – São os mais interessados na valorização da terra, que é utilizada com
valor de troca, e não de uso. Para isso, influenciam o crescimento urbano e a localização dos terrenos, que podem
alavancar os valores de troca; 3 – Promotores imobiliários – responsável pela aquisição estratégica de terrenos,
construção e comercialização de imóveis, podendo partir da iniciativa privada ou de grandes bancos estatais. Em
geral, preocupam-se com a classe média e média-alta. Envolve grandes financiamentos, depende dos proprietários
fundiários e pode valorizar áreas desvalorizadas; 4 – Estado – é o grande mediador, responsável pela regulamentação
do uso do solo e implantação de obras institucionais, podendo influenciar poderosamente na valorização da terra. É
também o regulador dos impostos sobre a terra; 5 – Grupos sociais excluídos – em geral habitam áreas degradadas,
nos centros e periferias ou nas favelas. Apenas neste último caso, quando invadem terrenos públicos e produzem a
própria resistência e sobrevivência, tornam-se agentes modeladores.
2
A ONU criou o IDH em 1990. Este índice propõe uma forma de analisar o espaço mundial (pós Guerra
Fria) a partir de indicativos que não sejam puramente econômicos. Para tanto, utilizou basicamente três variáveis: a
expectativa de vida ao nascer (este dado foi incluído por acreditarem que, se a população apresenta uma expectativa
de vida elevada, isto indica que as condições de saneamento básico, alimentação, assistência médico-hospitalar e
moradia são boas, além de haver o acesso a um meio ambiente saudável); escolaridade (quanto maior o índice de
escolarização da população, melhor o nível de desenvolvimento, exercício da cidadania e produtividade do trabalho)
e Produto Interno Bruto (PIB) (para realizar o cálculo do IDH, o PIB é ajustado ao poder de compra da moeda
nacional, porque os gastos com alimentação, saúde e moradia variam muito de um país para outro). Essas três
variáveis são expressas numa escala de zero a um e indicam o grau de desenvolvimento de um país. Quanto mais
próximo do zero, pior é o desenvolvimento humano do país e, quanto mais próximo do um, melhor o IDH.
3
Ver a este respeito as reportagens da revista VEJA de 22/10/1997, de 25/11/1998, de 07/04/1999, de
09/06/1999, de 28/07/1999 e de 07/03/1999; da revista ISTO É de 16/09/1998 e dados de uma pesquisa realizada em
parceria pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), pelo IPEA (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada, que é uma fundação pública subordinada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
encarregada de elaborar estudos e pesquisas para subsidiar o planejamento de políticas governamentais.) e pela
Fundação João Pinheiro de Minas Gerais, divulgados em agosto de 2003, onde afirmam que Florianópolis foi a
cidade brasileira que mais enriqueceu nas três últimas décadas (seu PIB per capita cresceu, em média, 6% ao ano) e
que a Grande Florianópolis (Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça) têm o melhor Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDH-M) do país (0,86).
4
Reportagem da revista Veja de 07/03/2001 cujo título era “Floripa Campeã: pintada de verde no mapa e
recordista em estatísticas positivas, a capital catarinense é a meca da classe média”.
5
Entende-se por ocupação irregular aquela que não segue as normas legais – seja da propriedade da terra ou
das leis urbanísticas do município. Mas a construção “irregular”, em Florianópolis, não é exclusividade das camadas
desfavorecidas, sendo um artifício das camadas médias e altas também. Segundo levantamento da Prefeitura
Municipal de Florianópolis, realizado em 1994, cerca de 58% dos domicílios foram construídos irregularmente na
capital catarinense. (Miranda, 2001:65)
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
universitários vindos do interior ou de outros estados para estudarem na UFSC ou na UDESC; e
c) A migração rural-urbana ou urbana-urbana.
Esta migração, no entanto, produziu efeitos sociais e espaciais distintos que podem ser
classificados de acordo com o poder econômico: a) as classes média-alta e alta ocuparam os
prédios de luxo da Avenida Beira-Mar Norte ou os condomínios do distrito sede, do Norte da
Ilha ou da Lagoa da Conceição; b) a classe média veio morar na zona central da cidade (que se
verticalizou para receber esta população6), nas adjacências da Universidade Federal e da
Eletrosul e/ou nos demais balneários da Ilha, nem sempre de forma regular7 e; c) a população de
baixa renda que se localizou
(...) nos morros, com altura média de 150 metros; nas áreas
planas da Ilha e periféricas ao centro: antigas zonas rurais que
atualmente cumprem a função de núcleos-dormitórios de
Florianópolis e; na parte continental, ocupada pela expansão de
Florianópolis que agrega num só conjunto razoavelmente
homogêneo, os municípios de São José, Palhoça e Biguaçu.
(Binotto, 1994:53) [4]
O movimento de migração para os municípios que compõem a região conurbada de
Florianópolis foi muito importante a partir dos anos 70 e chegou a representar, no ano de 1996,
quase metade da população total dos municípios. Observemos a tabela:
População Total e Não Natural dos Municípios da Aglomeração de Florianópolis.
1980
1991
1996
Pop
N° de migrantes Pop
N° de migrantes Pop
N° de migrantes por
Total
por município e Total
por município e Total
município e %
Município
(mil)
%
(mil)
%
(mil)
21.434 5.868 (27,37%) 34.063 11.133 (32,68%) 40.047
15.188 (37,92%)
Biguaçu
Florianópoli 187.871 68.436 (36,42%) 255.390 99.432 (36,19%) 271.281 128.473 (47,35%)
s
38.031 5.866 (15,42%) 68.430 30.352 (44,35%) 81.176
38.264 (47,13%)
Palhoça
87.817 49.379 (56,22%) 139.493 77.255 (55,38%) 151.024 92.345 (61,14%)
São José
335.153 129.549
497.376 218.172
543.528 274.270 (50,46%)
Total
(38,65%)
(43,86%)
Tab. 01: Fonte IBGE.
Em Florianópolis, a chegada destes enormes contingentes de novos moradores promoveu
a valorização dos terrenos e das moradias nas áreas centrais da cidade, resultado do efeito
oferta/procura. O distrito sede foi o que mais cresceu num primeiro momento, seguido da
expansão dos bairros com os quais faz divisa. Por fim, o crescimento deu-se em direção dos
balneários. A expansão desenfreada veio acompanhada de uma pressão grande entre os
proprietários fundiários e os agentes imobiliários, interessados nas populações de alta renda que
agora queriam mudar-se para Florianópolis e em um futuro supostamente promissor no turismo.
Ano
6
7
Segundo Neumann, nos anos 80, acentua-se a queda na construção de número de edificações de 1 e 2
pavimentos, inicia-se a queda do número de construções com 3 e 4 pavimentos, e se eleva o aumento de
construção de edificações com mais de 4 pavimentos, foram construídos no período 161 edificações. (1998 : 75)
Exemplo de ocupação irregular da classe média são os balneários do Campeche (no Sul da Ilha) ou dos Ingleses
(no Norte) onde prevalece, pela legislação em vigor, terras para uso rural onde é proibido, portanto, construir
residências urbanas. Essa legislação não é cumprida nem fiscalizada, o que tem permitido um crescimento
enorme destes dois bairros nos últimos 15 anos.
Exemplo de ocupação irregular da classe média são os balneários do Campeche (no Sul da Ilha) ou dos Ingleses
(no Norte) onde prevalece, pela legislação em vigor, terras para uso rural onde é proibido, portanto, construir
residências urbanas. Essa legislação não é cumprida nem fiscalizada, o que tem permitido um crescimento
enorme destes dois bairros nos últimos 15 anos.
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
4. Conclusão
Os dados obtidos e analisados, no decorrer desta pesquisa nos permitiram elucidar o que
certas práticas políticas e interesses imobiliários são capazes de provocar numa cidade como
Florianópolis, onde o padrão de moradia é tão elevado que impossibilita a fixação de uma
população de classes mais baixas. Ao mesmo tempo esta prática transforma regiões no entorno
da capital, criando cidades dormitório, como São José, Palhoça e Biguaçu que dispõem de terras
e moradias mais acessíveis à uma população que é empregada, em grande parte, por
mecanismos provenientes do alto padrão desenvolvido ao longo que duas décadas na cidade de
Florianópolis.
Referências
[1] BEVILACQUA, Viviane. “Maioria dos imóveis é irregular”. Diário Catarinense,
Florianópolis, 06 mai. 2007. Reportagem especial, p. 8.
[2] PEREIRA, Felipe. “Polícia Federal prende 19 empresários e políticos”. Diário
Catarinense, Florianópolis, 04 mai. 2007. Reportagem especial, p. 4.
[3] CORREA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1989. 94p.
[4] BINOTTO, Gelson Afonso. O Estado e a política habitacional: um estudo da região
conurbada de Florianópolis no período 1964/1992. 1994. 146fls. Dissertação (Mestrado) –
Universidade Federal de Santa Catarina.
[5] CAVALAZZI, João. PEREIRA, Felipe. Polícia revela como investigou suspeitos. Diário
Catarinense, Florianópolis, 31 mai. 2007. Reportagem especial, p. 4-6.
[6] DIÁRIO CATARINENSE [s.n.]. Câmara de Florianópolis aprova relatório final da CPI
da Moeda Verde sem responsabilizar ninguém. [online] Disponível em:
http://www.canalrural.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Pol%C3
%ADtica&newsID=a2014197.xml. Acesso em 19 jul. 2008, 20:49.
[7] FLORIANÓPOLIS (SC). Lei 2193 de 03 de janeiro de 1985. DISPÕE SOBRE O
ZONEAMENTO O USO E A OCUPAÇÃO DO SOLO NOS BALNEÁRIOS DA ILHA DE
SANTA CATARINA, DECLARANDO-OS ÁREA ESPECIAL DE INTERESSE TURÍSTICO
E
DÁ
OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
[online]
Disponível
em:
http://sistemas.sc.gov.br/cmf/pesquisa/docs/1985/lpmf/lei2193_85.doc. Acesso em 21 jul. 2008.
02:02.
[8] FLORIANÓPOLIS (SC). Lei Complementar 001 de 18 de fevereiro de 1997. DISPÕE
SOBRE O ZONEAMENTO, O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO DISTRITO SEDE DE
FLORIANÓPOLIS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. [online] Disponível em:
http://sistemas.sc.gov.br/cmf/pesquisa/docs/1997/lcpmf/leicom001_97.doc. Acesso em 21 jul.
2008. 02:02
[9] NEUMANN, Clóvis; JUNGLES, Antonio Edesio. UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA Centro Tecnológico. O processo de intensificação urbana do centro de
Florianópolis. Florianópolis, 1998. 186 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de
Santa Catarina, Centro Tecnológico
I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
[10] RIZZO, Paulo Marcos Borges; SOSTISSO, Ivo. UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Do urbanismo ao
planejamento urbano: utopia e ideologia: caso de Florianópolis, 1950 a 1990. 1993. 119f.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Humanas.
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FAED 01. GENTIS PATRÍCIOS: NAÇÃO E SABER