DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA
REVISÃO E REDAÇÃO
SESSÃO: 151.2.53.O
DATA: 24/06/08
TURNO: Matutino
TIPO DA SESSÃO: Solene - CD
LOCAL: Plenário Principal - CD
INÍCIO: 10h24min
TÉRMINO: 12h12min
DISCURSOS RETIRADOS PELO ORADOR PARA REVISÃO
Hora
Obs.:
Fase
Orador
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Ata da 151ª Sessão, em 24 de junho de 2008
Presidência dos Srs.
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ÀS 10 HORAS E 24 MINUTOS COMPARECEM À CASA OS SRS.:
Arlindo Chinaglia
Narcio Rodrigues
Inocêncio Oliveira
Osmar Serraglio
Ciro Nogueira
Waldemir Moka
José Carlos Machado
Manato
Arnon Bezerra
Alexandre Silveira
Deley
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Número Sessão: 151.2.53.O
Data: 24/06/2008
REDAÇÃO FINAL
Tipo: Solene - CD
Montagem: 4171
I - ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos
trabalhos.
II - LEITURA DA ATA
O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Fica dispensada a leitura da ata da
sessão anterior.
O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Passa-se à leitura do expediente.
O SR. ..........................................................., servindo como 1° Secretário,
procede à leitura do seguinte
III - EXPEDIENTE
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Número Sessão: 151.2.53.O
Data: 24/06/2008
REDAÇÃO FINAL
Tipo: Solene - CD
Montagem: 4171
O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Finda a leitura do expediente,
passa-se à
IV - HOMENAGEM
O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Esta sessão solene destina-se a
homenagear os 80 anos do jornal Estado de Minas e os 200 anos do jornal Correio
Braziliense.
Esta sessão foi requerida pelos nobres Deputados Carlos Melles, Gilmar
Machado, Narcio Rodrigues, José Santana de Vasconcellos e Claudio Diaz.
Convido para compor a mesa o Sr. Hélio Costa, Ministro das Comunicações
(palmas); o Sr. Édison Zenóbio, Diretor-Geral do Estado de Minas e Presidente dos
Diários Associados (palmas); o Sr. Álvaro Teixeira da Costa, Diretor-Presidente do
Correio Braziliense e Diretor-Executivo do Estado de Minas. (Palmas.)
Convido todos a ouvirem de pé o Hino Nacional.
(É executado o Hino Nacional.)
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Tipo: Solene - CD
Montagem: 4171
O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Neste momento, assistiremos a um
vídeo alusivo aos 80 anos do jornal Estado de Minas.
(Exibição de vídeo. Palmas.)
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Número Sessão: 151.2.53.O
Data: 24/06/2008
REDAÇÃO FINAL
Tipo: Solene - CD
Montagem: 4171
O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Prezado Ministro Hélio Costa,
Ministro das Comunicações; Sr. Édison Zenóbio, Diretor-Geral do Estado de Minas e
Presidente dos Diários Associados; Sr. Álvaro Teixeira da Costa, Diretor-Presidente
do Correio Braziliense e Diretor-Executivo do Estado de Minas; meu prezado
companheiro de Mesa, Primeiro-Vice-Presidente da Câmara dos Deputados,
Deputado Narcio Rodrigues; Sras. e Srs. Parlamentares; demais presentes nesta
sessão solene, entre as comemorações históricas que se destacam em 2008
incluem-se o bicentenário do Correio Braziliense, de Hipólito José da Costa, primeiro
órgão da imprensa brasileira, e os 80 anos do jornal Estado de Minas. Para
homenageá-los pelo importante papel que sempre exerceram em favor do Brasil e
do povo brasileiro, a Câmara dos Deputados reúne-se nesta sessão solene,
requerida pelos nobres Deputados Carlos Melles, Gilmar Machado, Narcio
Rodrigues, José Santana de Vasconcellos e Claudio Diaz.
É também nas páginas dos jornais que se escreve, dia-a-dia, a história de
uma Nação, a luta de seus homens e mulheres, o desempenho das instituições —
entre elas a própria imprensa —, às quais compete defender a liberdade, os valores
democráticos e a cidadania plena. Assim, tanto quanto informar, cabe ao jornalismo
brasileiro participar da construção de uma sociedade melhor, em que prevaleçam a
dignidade humana e a justiça social.
Esse, o princípio que norteava o pensamento e a ação de Hipólito José da
Costa. Formado em leis, Filosofia e Matemática, tinha a lúcida consciência do que
lhe cumpria fazer como cidadão brasileiro, como homem de idéias, como intelectual
convicto de que nenhum povo é sentenciado por condenação do destino ou por
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Montagem: 4171
determinismo histórico à dependência política, ao atraso econômico e à pobreza
social.
Em um Brasil Colônia sem direito à imprensa livre, Hipólito José da Costa
publica, em Londres, no dia 1º de junho de 1808, o primeiro número do Correio
Braziliense, com uma alentada edição de 80 páginas, 20 vezes maior do que a da
Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal impresso no Brasil, que se lançaria 2
meses depois, em 10 de setembro de 1808, com apenas 4 páginas, sob rigorosa
vigilância da censura.
Dividia-se o Correio Braziliense em 4 grandes seções: política, comércio e
artes, literatura e ciências, e miscelânea, todas redigidas unicamente pelo fundador
e editor, façanha que ainda hoje impressiona pelo volume de trabalho e pela riqueza
do conhecimento de quem as escrevia. Semelhante trabalho fez de Hipólito José da
Costa o patrono da nossa imprensa e um dos pioneiros do pensamento econômico
brasileiro.
Do Correio Braziliense editaram-se 175 números, de junho de 1808 a
dezembro de 1822, quando deixou de sair em razão da Independência do Brasil,
com o que já não se justificava continuasse a ser publicado em Londres. Proibido de
entrar nos domínios da Coroa Portuguesa, circulava clandestinamente no Brasil, a
defender entre outras idéias liberais, então subversivas, a independência da Colônia
e a abolição da escravatura.
Chegava a termo, assim, a primeira fase histórica do Correio Braziliense,
verdadeira legenda que seria resgatada 138 anos depois pelas mãos de outro
célebre nome da imprensa brasileira, o jornalista Assis Chateaubriand. Visionário e
audacioso, o homem dos Diários e Emissoras Associadas fez um desafio ao
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Montagem: 4171
Presidente Juscelino Kubitschek: se Brasília fosse inaugurada em 21 de abril de
1960, nesta data circularia, na cidade monumento de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa,
o primeiro diário da nova Capital. E assim ressurgiu o lendário Correio Braziliense,
com uma edição histórica de 124 páginas, como a dar razão ao pioneiro Hipólito
José da Costa, que no século XIX já defendia a transferência da Capital do Brasil do
Rio de Janeiro para o interior do País.
Hoje, é o Correio Braziliense um dos melhores e mais modernos órgãos da
imprensa brasileira, pelo bom gosto da apresentação gráfica e pela substância das
matérias que veicula. Não por acaso, a ele se deram alguns dos mais relevantes
prêmios nacionais e estrangeiros, justo reconhecimento ao periódico que dia a dia
acompanha, com diligência e atenção, o que acontece em Brasília, no Brasil e no
mundo. Um dos carros-chefe do Grupo Associados, não admira faça jus o Correio
Braziliense ao respeito da opinião pública e à confiança dos seus milhares de
leitores.
Outro patrimônio da organização fundada por Assis Chateaubriand é o jornal
Estado de Minas, que, em 2008, comemora 8 décadas de existência. Lançado no
dia 7 de março de 1928, nasceu graças ao idealismo e à determinação dos
jornalistas Juscelino Barbosa, Álvaro Mendes Pimentel e Pedro Aleixo, este, grande
homem público de Minas Gerais, com importante presença na política brasileira
como ex-Vice-Presidente da República, ex-Deputado Federal e ex-Presidente da
Câmara dos Deputados — esta função exerceu em 1937.
Ao Estado de Minas pertenceram alguns dos mais representativos nomes da
intelectualidade mineira e da cultura nacional, a exemplo de José Maria Alkmin,
Carlos Drummond de Andrade, Milton Campos, Afonso Arinos de Melo Franco e
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Montagem: 4171
Dario de Almeida Magalhães. A par dessa relevância, o jornal sempre se destacou
pela modernização gráfica e por se manter em dia com o desenvolvimento
tecnológico: foi, em 1988, o primeiro periódico brasileiro a utilizar a impressão em
cores e tornou-se, no ano de 1996, o primeiro jornal do País a prover acesso à rede
mundial de computadores.
Nestes 80 anos de circulação, o jornal Estado de Minas registrou os mais
significativos acontecimentos da história do Brasil: a Revolução de 1930; o Estado
Novo de 1937; a redemocratização do País, em 1945; o suicídio de Getúlio Vargas,
em 1954; a inauguração de Brasília, em 1960; a renúncia de Jânio Quadros, em
1961; o golpe militar, em 1964; a eleição e a morte de Tancredo Neves, em 1985; a
renúncia de Fernando Collor de Mello, em 1992; a eleição de Luiz Inácio Lula da
Silva para Presidente da República, em 2003. São fatos políticos e ocorrências
históricas que o Estado de Minas reportou com a consciência de que, ao noticiá-Ios,
transcendia a efemeridade do presente, para dar testemunho das coisas e dos
homens que permitirão aos brasileiros do futuro compreender o que fomos no
passado.
Esse, o sentimento com que a Câmara dos Deputados comemora os 2
séculos do Correio Braziliense e os 80 anos do jornal Estado de Minas. Aos seus
diretores e funcionários a nossa homenagem e o nosso reconhecimento, pela obra
com que honram o Brasil e engrandecem a imprensa brasileira.
Nossos parabéns, portanto, e nossos agradecimentos em nome da sociedade
brasileira. (Palmas.)
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Data: 24/06/2008
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Tipo: Solene - CD
Montagem: 4171
O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Dando continuidade a esta sessão
solene, concedo a palavra ao Deputado Carlos Melles, um dos autores do
requerimento de realização desta sessão solene.
O SR. CARLOS MELLES (DEM-MG. Sem revisão do orador.) - Exmo. Sr.
Presidente desta Casa, Deputado Arlindo Chinaglia; Exmo. Sr. Ministro Hélio Costa;
Exmo. e caríssimo Presidente do Correio Braziliense, Dr. Álvaro Teixeira da Costa;
Exmo. e caríssimo Diretor-Geral do Estado de Minas e Presidente dos Diários
Associados, Dr. Édison Zenóbio; Sr. Primeiro-Vice-Presidente da Câmara dos
Deputados, Deputado Narcio Rodrigues; Sras. e Srs. Deputados; amigos e
visitantes, o motivo desta sessão solene é saudar os 200 anos do Correio
Braziliense e os 80 anos do Estado de Minas.
Falarei mais focadamente sobre o jornal Estado de Minas, juntamente com
outros oradores, que farão a divisão da homenagem aos 2 jornais.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nenhuma empresa chega aos 80
anos, no Brasil, se não contar com dirigentes lúcidos, perfeitamente sintonizados
com o seu tempo e capazes de enfrentar um novo e maior desafio a cada instante.
Uma empresa jornalística brasileira cujo prestígio cresce durante 8 décadas e
continua a ser criativa, inovadora, respeitada e admirada, até por seus concorrentes,
chega a ser quase um milagre de sobrevivência.
Basta lembrar todas as crises que vivemos nesses anos — crises econômicas
e políticas, crises internas e externas — para termos uma pálida noção do que
significou esse período para a imprensa brasileira.
Muitos jornais, importantes em seu tempo, não sobreviveram às dificuldades
econômicas ou naufragaram na sua própria perda de expressão, particularmente
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Montagem: 4171
durante os governos militares. Minas, felizmente, teve o privilégio de contar com uma
grande empresa e um grande jornal, nesses 80 anos.
Entendo que os jornais mais significativos, em todas as épocas, são aqueles
que não se limitam a noticiar os fatos. Os jornais realmente grandes são aqueles
têm capacidade reconhecida de captar e expressar os sentimentos coletivos e a
vontade popular. Esses é que formam a opinião pública e fazem história. Esses é
que movem a sociedade, expõem e analisam as controvérsias e preparam a
sociedade para superar novos desafios.
Essa visão da história como processo de construção coletiva de novas
realidades econômicas, sociais, culturais e políticas sempre foi uma das
características dominantes do jornal Estado de Minas e dos seus dirigentes. Por
isso, devemos muito a esses profissionais, que definiram desde os primeiros dias o
perfil, as responsabilidades e os compromissos sociais do Estado de Minas.
Devemos, sim, a eles e a todos os que os sucederam, tanto na direção quanto nas
árduas tarefas diárias da redação.
Poucos jornais brasileiros podem se orgulhar de uma história tão longa e tão
rica e de contar com profissionais de imprensa de nível tão elevado quanto aqueles
que o Estado de Minas reuniu ao longo dos anos.
A própria idéia da liberdade de imprensa ganha significado mais profundo
quando analisamos a contribuição desse que se tornou não só o maior jornal dos
mineiros, mas também uma das vozes mais respeitadas de Minas, na defesa do
equilíbrio, do diálogo, do entendimento e, ao mesmo tempo, de inadiáveis mudanças
econômicas, sociais, culturais e políticas.
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Montagem: 4171
O Estado de Minas foi sempre a voz da razão, nos momentos em que o
radicalismo elevou a temperatura política até o nível de se configurar autêntica
ameaça à unidade nacional.
Radicais de todas as cores e tendências, no afã de conquistar adeptos e
posições na sociedade, sempre quiseram arrastar a imprensa para a defesa de suas
crenças e bandeiras. Em Minas, entretanto, o radicalismo político jamais encontrou
solo fértil, pois tinha pela frente o Estado de Minas, com sua sólida e consistente
defesa das instituições democráticas, das quais a própria imprensa livre é um dos
fundamentos.
As publicações mais importantes, no mundo inteiro, são aquelas cuja leitura já
deixou de ser apenas hábito, para se tornar necessidade, tanto para o público em
geral quanto para os principais atores sociais, econômicos, culturais e políticos.
Quem já passou alguns dias em Minas Gerais certamente constatou que o
Estado de Minas ocupa essa posição de permanente referência para a sociedade,
por haver participado e continuar participando ativamente de momentos e
movimentos de opinião que empurraram o Brasil e o nosso Estado rumo ao futuro.
A melhor imprensa brasileira, em todos os tempos, foi aquela que trilhou esse
caminho e promoveu o amplo debate sobre mudanças políticas decisivas, em cada
época, desde a Independência até a superação do regime autoritário, tanto na Era
Vargas quanto no período em que fomos governados pelos generais.
Algumas das personalidades políticas mais marcantes do Brasil iniciaram sua
trajetória pelo jornalismo, como aconteceu, como já referido pelo nosso Presidente,
com Milton Campos, José Maria Alkmin, Tancredo Neves, Pedro Aleixo, todos no
jornal Estado de Minas.
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Homens públicos formados na escola do jornalismo e da democracia, esses
políticos mineiros deram provas incontestáveis do seu apreço pela liberdade. E não
só pela liberdade de imprensa, mas pela liberdade de pensamento e de ação
política, que é própria das democracias mais avançadas.
Há 80 anos, nasceu o Estado de Minas. Era outra a tecnologia, eram outros
os costumes. A empresa evoluiu, cresceu, inovou e muitas vezes se antecipou às
demais, tanto na qualidade das informações quanto nos processos de produção, que
se comparam hoje aos mais avançados do mundo.
Mantém até hoje, entretanto, a tradição de receber, formar e dar voz não
apenas aos melhores profissionais de imprensa, mas também a intelectuais,
administradores e técnicos que são responsáveis por manter a elevada qualidade do
jornal que é entregue aos mineiros, dia após dia.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a iniciativa desta homenagem aos 80
anos do jornal Estado de Minas é também manifestação de apreço da Câmara dos
Deputados por toda a imprensa brasileira, que compartilha com o Parlamento a
missão de dar vez e voz ao nosso povo e de expressar nosso projeto de fazer do
Brasil uma nação próspera, socialmente justa e politicamente estável e soberana.
A convivência diária com os representantes da imprensa não está livre,
felizmente, de controvérsias e conflitos, pois é desse confronto que nasce a verdade,
mas devo confessar que me sinto privilegiado por contar com a amizade de
mulheres e homens que cumprem a sua missão com tão admirável coerência e
dedicação.
Orgulho-me, particularmente, das amizades com que me honram os
profissionais do Estado de Minas, que homenageio através dessa sessão na pessoa
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dos amigos: Britaldo Silveira Soares, Diretor-Presidente; Édison Zenóbio, DiretorGeral; Álvaro Teixeira da Costa, Diretor-Executivo; Geraldo Teixeira da Costa Neto,
Diretor de Gestão; Josemar Gimenez de Rezende, Diretor de Redação; Hélio Amoni,
Diretor de Finanças; Guilherme Machado, Diretor de Tecnologia; Luiz Antônio
Mendes, Diretor Administrativo; Mário Neves, Diretor de Publicidade; Joaquim
Freitas, Diretor Jurídico; João Bosco Martins Salles, Editor-Geral; Caio Braga Neto,
Superintendente de Circulação; Cyro Siqueira, Fábio Proença Doyle e Dídimo Paiva,
do Conselho Editorial. No Correio Braziliense, Álvaro Teixeira da Costa, DiretorPresidente; Ari Cunha, Diretor-Vice-Presidente; Evaristo de Oliveira, Diretor-Gerente;
Josemar Gimenez, Diretor de Redação; Ana Dubeux, Editora-Chefe; Carlos Marcelo,
Editor-Executivo; e Marcelo Pimentel, Presidente do Conselho Editorial. Registro
também a pessoa de Hipólito José da Costa, já mencionado, de Pedro Fulgêncio e
Hermenegildo Chaves, mencionados como pessoas importantes na vida desse
grande jornal.
Porque já se tornou símbolo e intérprete de Minas e faz parte tanto da nossa
história quanto do nosso presente, o jornal Estado de Minas merece não só o
respeito do Parlamento nacional, mas também os agradecimentos de todos os
brasileiros pela coerência, maturidade, equilíbrio e ética que têm assinalado sua
orientação editorial e sua presença entre os principais órgãos de comunicação do
Brasil.
Os caminhos do Estado de Minas são hoje determinados por um código de
ética que define princípios e valores que se confundem com os melhores caminhos
de Minas e do Brasil. Essa fidelidade a princípios, somada à coerência do seu
projeto editorial, gerou a confiança, o respeito e a fidelidade dos leitores, que a cada
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dia reconhecem no jornal os seus sonhos, aspirações e projetos.
Este é o Estado de Minas, inovador e moderno, mas fiel à sua história e à sua
tradição. Trata-se de um grande jornal, mas também um fórum amplo e democrático,
aberto a toda a sociedade, aos partidos políticos e aos governantes, que muitas
vezes têm ido buscar nele idéias e inspiração para suas decisões.
Sras. e Srs. Deputados e demais presentes, convidados para esta cerimônia,
os inventores do Estado de Minas deixaram os fundamentos que permitiram a
construção de uma grande empresa e de um excelente jornal, e seus continuadores
souberam preservar, ampliar e fortalecer, durante 8 décadas, uma empresa
jornalística que se tornou patrimônio de todos os mineiros. As melhores qualidades
de caráter dessas 3 gerações de profissionais de imprensa estão presentes hoje nos
repórteres, redatores, colunistas, colaboradores e dirigentes do Estado de Minas,
aos quais transmito os cumprimentos da minha terra natal, dos meus conterrâneos
de todas as regiões e de todos os mineiros.
Um jornal que fez e contou a história merece a gratidão do nosso povo.
Merece e a terá para sempre.
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Concedo a palavra ao Deputado
Claudio Diaz, co-autor do requerimento para realização desta sessão de
homenagem.
O SR. CLAUDIO DIAZ (PSDB-RS. Sem revisão do orador.) - Exmo. Sr.
Presidente Arlindo Chinaglia; Exmo. Sr. Ministro Hélio Costa; Exmo. Dr. Álvaro
Teixeira da Costa, Diretor-Presidente do Correio Braziliense; Exmo. Sr. Édison
Zenóbio, Diretor-Geral do Estado de Minas e Presidente dos Diários Associados,
saúdo os co-proponentes da realização desta sessão solene, os Deputados Carlos
Melles, Gilmar Machado, o nosso Primeiro-Vice-Presidente, Narcio Rodrigues, e
José Santana de Vasconcellos, bem como todos os Deputados e as autoridades
presentes.
Sr. Presidente, peço permissão para ler mensagem da Governadora Yeda
Crusius:
“Na ocasião em que a Câmara dos Deputados
realiza ato solene comemorativo aos 200 anos do Correio
Braziliense, uno-me ao deputado Cláudio Diaz e aos
demais proponentes para exaltar o significado histórico
dessa data.
A agenda do ano de 2008 é fortemente assinalada
pelo bicentenário de eventos que fizeram de 1808 um dos
mais marcantes da história brasileira. Os fatos e os feitos
decorrentes da vinda da Família Real para o Brasil
ergueram nosso país a um patamar político e econômico
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que tornou irreversível sua marcha no sentido da
autonomia, da independência e da liberdade.
Entre esses eventos se inclui o nascimento do
Correio Braziliense, jornal brasileiro editado em Londres,
uma palavra viva em defesa dos interesses da nossa
emergente nação. Ele precisou ser impresso no exterior
para ser livre, já então ciente seu criador de que o
jornalismo, se não for livre, não será jornalismo.
Como Governadora do Rio Grande do Sul, ressalto,
com orgulho, o fato de que Hipólito José da Costa,
fundador do Correio Braziliense e grande pioneiro do
jornalismo nacional, tenha sido conterrâneo naquelas
configurações do século 18, quando a Colônia do
Sacramento
era
território
brasileiro
sob
domínio
português.
As lições de pioneirismo que nos foram legadas por
ele muito contribuíram para formar as melhores tradições
do nosso jornalismo e impõem uma reverência aos
nossos profissionais de imprensa e a todos aqueles que
fazem a comunicação social no Brasil.
Ao tempo em que felicito o deputado Claudio Diaz
pela iniciativa, peço-lhe que transmita meu abraço à
direção e profissionais de Correio Braziliense, na
prestigiada versão moderna do jornal, aos homens e
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mulheres que fazem o Estado de Minas, em seus oitenta
anos, e aos parlamentares dessa Casa, onde, durante
três mandatos, pude servir meu Estado e meu país.
Estão
de
parabéns
todos
os
amantes
da
democracia e da liberdade.
Yeda Roratto Crusius
Governadora do Rio Grande do Sul”. (Palmas.)
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faço esta rápida saudação, na
condição de co-autor do requerimento para realização desta sessão solene, pelo
privilégio que tive de ser acolhido por V.Exa. e pelos nobres pares desta Casa.
Fico extremamente orgulhoso e honrado de poder participar desta
homenagem que marca o bicentenário de fundação do jornal Correio Braziliense,
relançado em 1960 por Assis Chateaubriand, e os 80 anos do jornal Estado de
Minas.
Reverenciamos não somente a consolidação de 2 importantes veículos de
comunicação, que influenciam a opinião pública e as decisões tomadas em Brasília
e em Minas Gerais, um dos mais importantes Estados da Federação. Não é preciso
dizer que são 2 jornais reconhecidos em todo o Brasil pela qualidade editorial e
gráfica que possuem.
Mas a história do Correio Braziliense tem algo mais, porque se confunde com
a própria história do Brasil. Celebramos, na verdade, 200 anos de luta por um ideal,
pelo direito social à informação, pelo direito de todos à cidadania. Celebramos os
ideais de democracia, de ética e de patriotismo.
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Como bem observou o jornalista Alberto Dines, da época do descobrimento,
em 1500, até a fundação do Correio Braziliense, em 1808, os brasileiros passaram
300 anos mergulhados nas trevas, sem o direito à informação, que hoje nos é tão
familiar.
A estratégia da Coroa Portuguesa era manter a colônia desconectada de um
mundo que sofria profundas transformações. Com a independência dos Estados
Unidos, em 1776, a liberdade de imprensa passou a ser entendida como suporte da
própria liberdade social. E, um pouco mais tarde, em 1789, acontecia a Revolução
Francesa, que proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Já
nessa época, um dos direitos mais preciosos da humanidade passou a ser a
liberdade de exprimir idéias e opiniões.
Mas o Brasil dessa época era obrigado pela Coroa Portuguesa a dormir em
berço esplêndido. Enquanto levavam nossas riquezas, nossos colonizadores
mantiveram o Brasil sob total censura, sem acesso a livros e a impressos.
Nesse contexto, coube a um gaúcho da minha região, apaixonado pelo Brasil,
mas radicado em Londres, chamado Hipólito José da Costa, criar o primeiro jornal
genuinamente brasileiro.
Contam os historiadores que o periódico chegava ao Brasil clandestinamente,
nos porões dos navios. A implantação da Imprensa Régia só ocorreria meses depois
do lançamento do Correio Braziliense, em 10 de setembro de 1808, com a chegada
da Corte. Aqui, passados 3 séculos de colonização, também ainda não existiam
universidades.
Os objetivos de Hipólito eram os mais nobres possíveis. Queria dissipar no
Brasil as trevas da ignorância e semear ideários de brasilidade, liberdade e
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independência. Inspirou-se nas idéias do iluminismo — filosofia do chamado Século
das Luzes, nascida na Europa entre os séculos XVII e XVIII.
Formado em Direito, Filosofia e Letras, foi perseguido e torturado em Portugal
por ter-se tornado maçom. Sem alternativa, mudou-se para Londres, onde criou o
Correio Braziliense e exerceu as funções de jornalista, repórter, editor e também
redator por 14 anos, em edições mensais, até 1822, ano da Independência do Brasil.
Só parou de publicar o Correio Braziliense, segundo os historiadores, por
entender não fazia sentido continuar editando o jornal de um país agora autônomo.
“O Brasil quer ser livre, pode ser livre e já livre”, disse logo após encerrar as
atividades do Correio Braziliense.
Por essa razões, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e demais presentes,
esse brasileiro, esse gaúcho nascido na então Colônia de Sacramento, merece ser
considerado um herói dos brasileiros e também Patrono da imprensa brasileira.
Vale lembrar que a data de criação do Correio Braziliense, dia 1º de junho,
marca também a passagem do Dia da Imprensa, conforme lei sancionada em 2000,
de autoria do saudoso colega tucano Deputado Federal Nelson Marchezan.
Sabemos que o Brasil alternou momentos de democracia e de ditadura.
Entendo que esses diferentes momentos da nossa história nos ensinaram a valorizar
pessoas como Hipólito José da Costa e a compreender que a vocação do povo
brasileiro é o apreço pela liberdade.
Figuras importantes da história do nosso jornalismo como José do Patrocínio,
Rui Barbosa, Libero Badaró, Assis Chateaubriand, Barbosa Lima Sobrinho e tantos
outros também empunharam bandeiras, em prol das grandes causas do País, que
tiveram início com a Independência do Brasil e prosseguiram rumo à integração
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nacional, à abolição da escravatura e à luta pela democracia e pelos direitos
humanos. A imprensa também ajudou e ainda ajuda nas campanhas e ações de
combate à fome e à exclusão social, além de defender a ética e a honestidade na
política.
Hoje celebramos, portanto, a arte de bem informar, a livre circulação de
notícias, de opiniões, de idéias e conhecimentos. Celebramos ideais humanistas e
também o fim da censura, que, por meio da Constituição de 1988, garantiu a
liberdade de informação como princípio básico.
Como disse o Prof. Francisco José Karam, no livro Jornalismo, Ética e
Liberdade, se a informação é um bem público e social, como define a UNESCO,
será preciso superar os complexos limites em que se move atualmente. O autor
defende que a informação seja mediada por uma ética em que, sem apegar-se
somente a normas de conduta, reflita uma própria teoria moral que rompa com a
moralidade conservadora, legalidade e dominação vigentes e construa-se com base
em valores como liberdade e humanidade.
Para concluir, Sr. Presidente, saúdo os nobres convidados e o bicentenário de
uma imprensa que desde o começo desejou ser livre, independente e imparcial, pois
sem imprensa livre, todos nós sabemos, não há democracia. De todas as
instituições, é a imprensa que espelha fielmente os nossos valores.
Parabéns aos diretores e funcionários desses órgãos de imprensa! Parabéns
ao Correio Braziliense! Parabéns ao Estado de Minas! (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Concedo a palavra ao Deputado
Narcio Rodrigues, co-autor do requerimento de realização desta sessão de
homenagem.
O SR. NARCIO RODRIGUES (PSDB-MG. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Deputado Arlindo Chinaglia; caríssimo Édison Zenóbio, Presidente dos
Diários Associados; meu caro amigo e jornalista Álvaro Teixeira, Diretor do Estado
de Minas e do Correio Braziliense; Deputados Carlos Melles, José Santana de
Vasconcellos e Gilmar Machado, meus parceiros nesta empreitada, em nome da
bancada, para que se fizesse, nesta manhã, solenidade tão importante; caro
Deputado Claudio Diaz, colega de bancada; membros da bancada de Minas Gerais,
que se associaram, de forma unânime, à iniciativa proposta para uma solenidade
conjunta que hoje se materializa, em comemoração de datas que se entrelaçam
para cristalizar marcos na história da imprensa brasileira, a comemoração que hoje
fazemos dos 200 anos do Correio Braziliense e dos 80 anos do jornal Estado de
Minas é motivo suficientemente forte para comemoração de todo o Brasil.
Ao homenagearmos esses 2 jornais que fazem parte do passado, do presente
e do futuro da imprensa brasileira, o que se comemora não é apenas a trajetória
vitoriosa desses 2 veículos de informação, mas também, e de forma enfática, a
construção da sociedade Grupo Diários Associados e a força da democracia
brasileira, também vitoriosa por abrigar expressões tão contundentes de liberdade
de expressão.
É interessante constatar que a imprensa brasileira tenha nascido antes
mesmo da criação da Nação. Foi na resistência do exílio, na vocação portanto para
a defesa da liberdade e o patrocínio do sonho, marcas da imprensa brasileira, que o
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jornalista Hipólito José da Costa plantou em terras inglesas o nosso primeiro jornal,
o Correio Braziliense.
Esse fato mostra com clareza, Sras. e Srs. Parlamentares, senhoras e
senhores convidados, que a construção da Nação se confunde com a difusão dos
ideais de liberdade que acabaram por semear o desejo de independência que veio a
se consumar depois. Por isso mesmo, pode-se dizer que a história da Nação
brasileira se confunde com a própria história da imprensa, já que sem imprensa livre
não haveria nação, e sem nação, na concepção de espaço para a cidadania, não
haveria espaço para a imprensa.
Na manhã de hoje comemoramos tudo isso, a trajetória vitoriosa dos Diários
Associados. A saga iniciada por Assis Chateaubriand acabou por legar ao País
instrumentos poderosos na construção da cidadania, quando, em 1960, inspirado
em Hipólito José da Costa, o velho Chateau, ainda no vigor dos seus melhores anos,
replantou o Correio Braziliense para amparar o marco civilizatório de Brasília.
Iniciávamos a interiorização do Brasil e a tomada de consciência do papel que o
País ia jogar, como joga hoje no futuro do mundo.
Foi do arrojo criativo e da capacidade empreendedora dos Diários Associados
que nasceu o principal veículo de comunicação do Brasil Central. O Correio
Braziliense é hoje a voz da Capital. E por falar da Capital dos brasileiros, fala alto do
principal centro de decisões do País. A herança deixada por João Calmon, Edilson
Varela e Nereu Bastos ultrapassa os limites do Cerrado brasileiro para exercer
influência nacional decisiva.
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Há poucos dias, uma grande festa marcou, em Belo Horizonte, a
comemoração dos 80 anos do jornal Estado de Minas, jornal dos mineiros, aquele
que fala para as montanhas de Minas e é ouvido por todo o Brasil.
Criado em 1928, o Estado de Minas é orgulho do povo mineiro e patrimônio
do Brasil. O jornal testemunhou principalmente os capítulos que distinguiram Minas
Gerais nos momentos de crise nacional, seja na resistência liderada por Minas
Gerais contra a ditadura Vargas — e o Manifesto dos Mineiros mostra esse
momento de coragem —, seja na resistência à ditadura militar, seja nos exemplos e
na inspiração plantada pelo Presidente Tancredo Neves, que ajudou a legar ao País
a democracia e a liberdade pela qual sempre lutamos.
A verdade é que os exemplos de Minas, tão caros ao Brasil, sempre tiveram
destaque e defesa nas páginas do nosso Estado de Minas. A própria história é
testemunha do quanto o jornal está presente nos principais acontecimentos do
Brasil.
Cito apenas uma passagem, de 1928. Na primeira reunião com os integrantes
do jornal, Chateau apresentou a equipe que o dirigiria, formada por Milton Campos,
seu Redator-Chefe; Tancredo Neves, seu Secretário de Redação; Pedro Aleixo, o
Presidente da empresa; Dario de Almeida Magalhães, que seria seu Diretor; e José
Maria Alkmin, o seu Gerente. Ninguém precisa dizer o que representaram nas
décadas seguintes esses personagens para a história de Minas e do Brasil. Ali eles
plantaram também os alicerces para a construção de um jornal exemplar, que cultiva
o melhor das tradições de Minas, porque sabe que essa é a forma de servir ao
Brasil.
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Agradeço a oportunidade de propor esta iniciativa e ao Presidente Arlindo a
acolhida que deu a ela. Cumprimento o Estado de Minas pelo esforço de fazer um
jornalismo que serve a todo o Brasil. Cumprimento também o Correio Braziliense.
Finalmente, cumprimento Minas Gerais por contar com um veículo de
comunicação tão vigoroso na defesa dos interesses de todo o País.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os 200 anos do jornal Correio
Braziliense e as 8 décadas do jornal Estado de Minas certamente dignificam a
função jornalística exercida no País e plenamente justificam a série de atividades
comemorativas em alusão a datas tão marcantes. Ao prestarmos homenagem a
meios de comunicação social de tamanha importância, teremos a real possibilidade
de rememorar instantes históricos fundamentais da Nação.
Em 1º de junho de 1808, Hipólito José da Costa publicou o primeiro número
do jornal Correio Braziliense, em uma edição responsável por marcar, de forma
indelével, o início da imprensa brasileira. Concebido em Londres, diante da censura
exercida pela Corte Portuguesa à colônia, circulou até 1822, ocasião em que, com a
Independência do Brasil, a circulação do periódico foi suspensa. Registros
historiográficos também revelam que, por mais de uma década, o jornalista Hipólito
José da Costa, movido por nobres ideais, continuou a escrever o jornal mensal, não
se distanciando do pensamento de defender a autonomia do Brasil.
Em 21 de abril de 1960, o jornal Correio Braziliense, que temos satisfação em
homenagear, era editado sob a inspiração do saudoso jornalista e notável humanista
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Assis Chateaubriand, de forma a revelar grande significado simbólico. Quando
Chateaubriand decidiu fundar esse importante instrumento de comunicação,
inspirou-se no exemplo de Hipólito José da Costa na defesa da causa nacional. E
tem simbologia ainda maior, pois o jornal, ao dar voz a Brasília, no dia de sua
fundação, revelou naquele exato instante sua vocação de levar ao leitor a realidade
diária de uma jovem cidade.
Nesse intento e graças à competente dedicação de homens como João
Calmon, Edilson Varela e Nereu Bastos, encarregados pela execução desse
extraordinário projeto, fez-se do ideal uma entusiástica realidade. Assim surgia, no
Planalto Central do Brasil, uma instituição jornalística que, possuidora de raízes num
memorável passado, já sinalizava os caminhos do futuro.
E se encontramos no jornal Correio Braziliense a expressão de temáticas
vinculadas ao quotidiano da cidade, não menos relevante é o fato de o jornal,
sempre atento à sua responsabilidade de informar, trazer para o centro do debate
questões nacionais. Inegavelmente, com singular eficiência, presta relevantes
serviços à cidade e ao País.
Nobres Parlamentares, esta sessão solene tem relevância sobrelevada, pois
também possibilita que façamos registros de efusivo elogio aos 80 anos do jornal
Estado de Minas, inaugurado e março de 1928. Também presente no pioneirismo do
Embaixador Assis Chateaubriand e pertencente, tal qual o jornal Correio Braziliense,
aos Diários Associados, projeta-se hoje na vanguarda da comunicação no advento
do século XXI.
Ao longo de sua trajetória, tem atuado como fiel representante da imprensa
livre e coerente. No momento em que Pedro Aleixo, Mendes Pimentel, Milton
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Campos, Juscelino Barbosa e Abílio Machado fundaram o jornal Estado de Minas,
somaram esforços para fazer nascer esse valioso instrumento de comunicação. O
trabalho dos fundadores, aliado ao diuturno empenho de numerosos jornalistas,
justifica o reconhecimento adquirido pelo jornal e revelado em diferentes prêmios
nacionais e internacionais recebidos.
Informar para transformar: eis o caminho do sucesso percorrido por esse
essencial veículo de mídia. Nesse sentido, de que forma deixar cair no
esquecimento a campanha pela paz por ele deflagrada, impulsionando coletivas
ações contra a violência, ou mesmo a elevada carga de informação correta e
responsável presente em seus específicos cadernos, como Direito e Justiça?
Idealizado para ser a palavra do povo de Minas Gerais e defensor dos ideais
de liberdade e de justiça, o jornal traz a marca da modernidade e promove como
poucos o rico patrimônio histórico-cultural mineiro. ConciIia, desse modo, as
novidades tecnológicas de sua forma com a preocupação cidadã, tão marcante em
seu conteúdo.
E por partilhar dessa preocupação cidadã, associo-me à iniciativa desta
homenagem, na certeza de que jornais como Correio Braziliense e Estado de Minas
escrevem não somente parte da história de Brasília e de Minas Gerais, mas
registram a história da Nação. Diretores, repórteres, editores, colunistas, articulistas,
diagramadores, muito temos a celebrar! São jornais que sempre estiveram à frente
de seu tempo, no ritmo da velocidade da notícia e com um jornalismo de altíssima
qualidade.
Sras. e Srs. Deputados, demais convidados, as datas de inauguração de
nossos homenageados constituem reais efemérides; ambos trazem em si — além do
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legítimo desejo de muito fazer pelo desenvolvimento socioeconômico do País — a
marca dos valores liberdade e responsabilidade. E felizmente isso ocorre, pois não
se aperfeiçoa o livre jornalismo distanciando-se dos domínios estritos da ética.
Congratulo Presidentes e Diretores por continuarem a acreditar na pujança de
nobres ideais!
Muito obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) - Anuncio a presença dos Deputados
Laerte Bessa, Virgílio Guimarães, Magela, Rodrigo Rollemberg, Humberto Souto,
Antônio Roberto, Aelton Freitas, Mauro Benevides, Bonifácio de Andrada, Jô
Moraes, Paulo Abi-Ackel e da ex-Deputada Maria Elvira.
Passo a Presidência dos trabalhos ao Primeiro-Vice-Presidente da Casa,
Deputado Narcio Rodrigues, um dos autores do requerimento de realização desta
sessão solene.
O Sr. Arlindo Chinaglia, Presidente, deixa a cadeira
da presidência, que é ocupada pelo Sr. Narcio Rodrigues,
1º Vice-Presidente.
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Com a palavra o ilustre Deputado
Leonardo Quintão, pelo PMDB.
O SR. LEONARDO QUINTÃO (Bloco/PMDB-MG. Sem revisão do orador) Sr. Presidente, quero cumprimentar o querido Ministro Hélio Costa; o Sr. Édison
Zenóbio, Presidente dos Diários Associados e Diretor-Geral do jornal Estado de
Minas; o Dr. Álvaro Teixeira da Costa, Diretor-Presidente do Correio Braziliense e
Diretor-Executivo do jornal Estado de Minas, irmão do saudoso Gegê, um dos
maiores jornalistas do Estado de Minas Gerais; e também todos os Deputados
presentes, em nome da ex-Deputada Maria Elvira, Presidente do PMDB Mulher do
Estado de Minas Gerais.
Senhoras e senhores, é com grande satisfação que nos juntamos a todos os
que participam desta sessão de homenagem aos 200 anos do Correio Braziliense e
aos 80 anos do Estado de Minas, 2 exemplos de grandeza na imprensa nacional.
No dia-a-dia das redações dos jornais, repórteres e editores são sempre
surpreendidos pelo acúmulo de informações, que precisam ser interpretadas com
rapidez e discernimento, para oferecer aos leitores visão crítica e bem
fundamentada da realidade. Cada edição do jornal é como uma fotografia de um
instante particular, que depois se somará aos anteriores para colaborar na
construção da memória coletiva.
Temos hoje o privilégio de homenagear 2 dos mais importantes jornais
produzidos no País, que têm conseguido oferecer aos cidadãos brasileiros magnífico
trabalho de informação e cultura, hoje parte indispensável da memória de Minas
Gerais, de Brasília e do Brasil.
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Nas páginas desses periódicos, os leitores podem encontrar inteligência,
senso de humor, criatividade e compromisso com a verdade. Em todas as suas
diferentes sessões estão sempre presentes a percepção refinada do momento
histórico e a consciência de sua importância para a formação da cultura política e da
responsabilidade social sem as quais não é possível alcançar o fortalecimento da
cidadania participativa tão desejada por todos.
Neste momento de mudanças na economia mundial, criadas por novos
paradigmas tecnológicos, a firmeza de empresas independentes na área das
comunicações é vital para o desenvolvimento pluralista e democrático da
consciência nacional.
Precisamos de jornais fortes, responsáveis e atuantes como são o Estado de
Minas e o Correio Braziliense para preservar nossa autonomia em face dos imensos
desafios criados pela globalização, que traz ao País influências externas poderosas
através de mídias presentes no cotidiano de todas as pessoas.
É cada dia mais raro encontrar alguém que esteja afastado da influência dos
meios de comunicação de massa e que não participe intensa e apaixonadamente da
integração cultural promovida por eles.
Nesse contexto, jornais de grande tradição e íntimo convívio com os leitores
são uma arma poderosa na afirmação da identidade coletiva, seja em nível local,
seja em plano mais abrangente.
No caso do Correio Braziliense e do Estado de Minas, sabemos que por trás
de seu sucesso está a força criadora dos Diários Associados, um dos mais
respeitados conglomerados empresariais na área de comunicação no Brasil. A força
desse grupo é sentida no respeito e fidelidade de que desfrutam junto à comunidade
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do Brasil, de Brasília e do Estado de Minas Gerais, graças aos serviços que
oferecem através de diversos veículos, presentes tanto na mídia escrita quanto na
mídia eletrônica.
E é por esse motivo, pelo reconhecimento de que estamos diante de um
trabalho de equipe, que esta sessão de hoje é uma homenagem não apenas aos
jornais que comemoram essas datas importantes, mas a todos os que, direta ou
indiretamente, têm trabalhado em prol dos Diários Associados.
Hipólito da Costa, que em 1808 transformou o Correio Braziliense em símbolo
da luta pela liberdade de opinião, e Assis Chateaubriand, um dos maiores líderes da
imprensa nacional, são os nomes que estão por trás desse projeto inovador e
libertário, cujos frutos hoje homenageamos.
Nós do PMDB queremos aproveitar esta oportunidade para reiterar nossa
estima e admiração pelos profissionais que trabalham nos jornais Correio Braziliense
e Estado de Minas, principais formadores de opinião em Brasília e Minas Gerais, e
parabenizá-los pelo brilhante trabalho que têm realizado ao longo de todos esses
anos. É a esses colaboradores que dirigimos nossa homenagem, nas pessoas de
seus diretores: Britaldo Silveira Soares, Édison Zenóbio, Álvaro Teixeira da Costa e
Geraldo Teixeira da Costa Neto, pelo Estado de Minas, e Álvaro Teixeira da Costa,
Ari Cunha e Evaristo de Oliveira, pelo Correio Braziliense, além de Josemar
Gimenez, Diretor de Redação.
Além de sermos testemunhas do prestígio que esses jornais possuem nas
regiões em que são distribuídos, podemos também dar o depoimento da influência
que possuem aqui no Congresso Nacional, onde promovem não apenas a
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divulgação de informações relevantes, mas também participam dos debates públicos
em que são formadas as decisões nacionais.
Assim, parabenizamos mais uma vez os Diários Associados pelos 80 anos do
Estado de Minas e pelos 200 anos do Correio Braziliense, jornais sempre presentes
na luta diária que travamos em busca de informações verdadeiras e pela construção
de uma cidadania includente e democrática no Brasil.
Que Deus os abençoe. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - A Presidência registra e agradece
a presença nesta sessão do Senador Eduardo Azeredo, de Minas Gerais.
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Magela, do Distrito Federal, para falar em nome do PT.
O SR. MAGELA (PT-DF. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Deputado
Narcio Rodrigues, digníssimo Presidente desta sessão e co-autor do requerimento
que possibilitou sua realização; Exmo. Sr. Ministro Hélio Costa; Ilmos. Srs. Édison
Zenóbio e Álvaro Teixeira da Costa; Sras. e Srs. Deputados; senhoras e senhores
dirigentes e funcionários dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, na
verdade, eu vou me abster de falar da história desses 2 jornais, primeiro, porque
seria desnecessário repetir o que já foi dito; segundo, porque eu não teria
capacidade de fazê-lo melhor do que já fizeram os que me antecederam nesta
tribuna.
Vou, portanto, ater-me a render minhas homenagens a todos aqueles que
fizeram, no passado, e fazem, no presente, esses 2 jornais, que certamente
orgulham os povos de Minas Gerais e do Distrito Federal.
Na condição de Parlamentar eleito pelo Distrito Federal, mas nascido em
Minas Gerais, presto dupla homenagem — e sinto-me duplamente homenageado —,
porque sei da importância que esses 2 jornais têm para a sociedade mineira e para
a sociedade da Capital da República.
Muitos já abordaram a questão da liberdade de imprensa. Não acredito na
possibilidade de existir democracia em qualquer canto do mundo sem um de seus
pressupostos básicos: a liberdade e a autonomia da imprensa. Certamente, os
jornais Correio Braziliense e Estado de Minas representam bem essa parcela
responsável, séria e democrática da imprensa brasileira.
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Devemos não apenas reconhecer e aplaudir essa postura, mas defendê-la,
porque é exatamente essa forma de fazer a imprensa que dignificam os homens e
as mulheres que dirigem esses jornais.
Eu certamente poderia, aqui, ao render as homenagens, estender-me falando
sobre Hipólito e Chateaubriand, mas prefiro tratar dos homens e mulheres que
fazem, hoje, esses 2 jornais: os que os dirigem, os que os escrevem, os que os
entregam, os que passam noites rodando-os nas máquinas.
Nós, que temos acesso todas as manhãs ao jornal Correio Braziliense, assim
como os mineiros, ao jornal Estado de Minas, certamente não temos a clareza da
dificuldade e da magnitude do trabalho desses homens e mulheres para fazerem
chegar as nossas casas todos os dias as notícias do Brasil e do mundo — e até da
nossa cidade, do nosso bairro. São esses homens e essas mulheres que fazem os
jornais Estado de Minas e Correio Braziliense darem seguimento ao sonho de
Hipólito e de Chateaubriand, que merecem as nossas mais efusivas homenagens e
os nossos aplausos.
O SR. LAERTE BESSA - Deputado Magela, V.Exa. me permite um aparte?
O SR. MAGELA - Com muita honra, concedo a V.Exa...
O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Quero dizer ao Plenário que neste
momento não é permitido fazer apartes. Por favor, regimentalmente, só podem falar
nas solenidades os Parlamentares inscritos pelas Lideranças.
O SR. LAERTE BESSA - Quero apenas dizer a V.Exa., Sr. Presidente, que
eu não tenho autorização para falar pelo PMDB. Eu gostaria apenas de dar um
depoimento.
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Eu sei. Entretanto, V.Exa. me
perdoe, não podemos ferir o Regimento. V.Exa. me desculpe, mas não tenho
autoridade para ferir o Regimento feito pela Casa.
O SR. LAERTE BESSA - Mas creio que V.Exa. não estaria ferindo o
Regimento ao me permitir fazer um aparte que foi concedido...
O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Pelo PMDB já falou o Deputado
Leonardo Quintão.
O SR. LAERTE BESSA - Mas eu não pretendo falar pelo PMDB, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Eu sei, mas estou dizendo a V.Exa.
que neste momento...
O SR. LAERTE BESSA - Eu não tenho autorização para falar pelo PMDB. Eu
apenas quero dar um depoimento.
O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Nobre Deputado, neste momento
não posso permitir que haja aparte. V.Exa. me perdoe.
O SR. LAERTE BESSA - Muito obrigado pela consciência de V.Exa.
O SR. MAGELA - Sr. Presidente, nós temos o costume de conceder apartes
nas sessões solenes. Certamente foi em razão desse costume que o Deputado
Laerte Bessa se dirigiu ao microfone.
Deputado Laerte Bessa, peço-lhe desculpas por ter concedido o aparte sem
ter autorização da Presidência para fazê-lo. Mas registro que somo à homenagem
da bancada do Partido dos Trabalhadores a que gostaria de ter feito o Deputado
Laerte Bessa.
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Por fim, presto a minha mais efusiva homenagem e dou o meu aplauso
caloroso a todos os homens e mulheres, a todos os trabalhadores e trabalhadoras e
a todos os dirigentes dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas.
Sigam o sonho de Chateaubriand e de Hipólito!
Um grande abraço.
Parabéns. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Para falar pelo PSDB, concedo a
palavra ao ilustre Deputado Paulo Abi-Ackel.
O SR. PAULO ABI-ACKEL (PSDB-MG. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Deputado Narcio Rodrigues; Sr. Ministro das Comunicações, Senador
Hélio Costa; Sr. Presidente do Correio Braziliense e Diretor-Executivo do Estado de
Minas, Álvaro Teixeira da Costa; Sr. Diretor-Geral do Estado de Minas e Presidente
dos Diários Associados, Édison Zenóbio; caros colegas Deputados autores do
requerimento de realização desta sessão; demais Parlamentares aqui presentes;
minhas senhoras e meus senhores, a comemoração conjunta do aniversário de
fundação dos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense é uma grande
oportunidade para exaltarmos o incomparável serviço que tem exercido em favor da
Pátria a imprensa brasileira.
É, pois, com muito prazer que trazemos a manifestação do Partido da Social
Democracia Brasileira, o PSDB, na homenagem a esses 2 gigantes da imprensa
nacional.
O Correio Braziliense, mais do que um periódico, é um verdadeiro
monumento histórico, bicentenário, que remonta ao Brasil Colônia e às
circunstâncias de sua submissão a Portugal.
Criado em 1º de junho de 1808, meses depois da chegada da Corte Real à
cidade de Londres, foi fruto do empenho e idealismo daquele que seria, no futuro, o
patrono da imprensa brasileira, Hipólito José da Costa, nascido na Colônia do
Sacramento, cuja memória é venerada no Brasil pela audácia e pioneirismo de editar
sozinho, na Inglaterra, um jornal em língua portuguesa.
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Sua iniciativa constituiu um exercício histórico de cidadania brasileira, uma
vez que o periódico servia ao sonho maior da independência e da autonomia
política, razão pela qual era objeto da pesada censura do Poder Central.
Foi exatamente em 21 de abril de 1960 que Assis Chateaubriand, dos Diários
Associados, resolveu adquirir dos herdeiros de Hipólito o direito ao nome do jornal.
Fez questão de manter a grafia da época para se reportar ao anseio de
nacionalidade que crescia com o povo da Colônia.
Esta é a notável origem do Correio Braziliense, hoje o principal jornal da
Capital Federal e um dos mais influentes do País.
Não posso deixar, contudo, de homenagear, o que faço com emoção, aquele
que é o grande jornal dos mineiros.
Na Belo Horizonte do final dos anos 1920, um grupo de jovens intelectuais da
mais alta qualidade esmerava-se em projetar pelo Brasil os valores morais e
políticos da gente montanheza. Minas desempenhava papel do maior relevo na
política nacional. Esses jovens intelectuais, porém, estavam a serviço das novas
idéias que, principalmente na Europa, reviam dogmas até então assentados, sob a
visão inovadora e abrangente da ciência política.
Entre eles, o advogado Pedro Aleixo, ainda no início de sua esplêndida
carreira de jurista, de líder parlamentar e de homem de renovadora ação política,
fundou o jornal Estado de Minas, dotando-o, já de início, dos equipamentos mais
modernos então disponíveis. Cercou-o, nessa empreitada, um conjunto de homens
da mesma geração dispostos a emprestar ao novo órgão o valor de sua
colaboração.
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Entre tantos outros importantes mineiros, destacaram-se Milton Campos,
Dario de Almeida Magalhães, Mendes Pimentel, José Maria Alkmin, Tancredo
Neves, personalidades invulgares que viriam a se projetar como exemplo de homens
públicos no Brasil.
Os acontecimentos do século formam um quadro revolto em que o ser
humano viveu todas as mudanças imagináveis. É surpreendente verificar que o
jornal Estado de Minas é testemunha presencial dessas enormes conturbações, as
quais descreveu e interpretou com profundidade e isenção ainda nos primórdios da
nova Capital de Minas.
Pode-se afirmar, portanto, que o Estado de Minas viveu em função do século
mais surpreendente, trágico e ao mesmo tempo luminoso da Idade Moderna. Nunca
se curvou às injunções, como jamais cedeu a interesses subalternos. Refletiu com
propriedade a alma de Minas, pois é prudente na crítica e veraz na informações.
Uma das características principais do jornal Estado de Minas é sua
capacidade de refletir as transformações da sociedade, a elas se antecipando em
várias ocasiões, em virtude da competência profissional dos seus redatores,
jornalistas e fotógrafos. Aliás, o Estado de Minas destaca-se por ser uma escola de
jornalismo no seu mais elevado sentido, pois foi em sua redação que, ao longo de
sua existência, formaram-se jornalistas os mais eminentes e de maior expressão na
imprensa brasileira.
É justo que, neste momento, voltemos o olhar agradecido e reverente aos
profissionais dos Diários Associados, exemplos para toda a imprensa nacional, que
desde os primeiros números do jornal se entregaram com devotamento, arte e
talento à sua cuidadosa elaboração.
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Desejo que fique registrado,
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já encerrando,
Sr.
Presidente,
minha
homenagem aos membros da Direção — herdeiros da ousadia e do talento de Assis
Chateaubriand —, a seus editores, repórteres, pesquisadores, diagramadores e
equipes de documentação; a todos que, irmanados a cada dia, enriquecem a
sociedade brasileira com a presença dos jornais
Estado de Minas e
Correio
Braziliense.
Recebam, Srs. Álvaro Teixeira da Costa e Édison Zenóbio, os cumprimentos
do PSDB, na certeza de que seu desempenho e competência, juntamente com a
evidente dedicação de suas equipes, são amplamente responsáveis pelo sucesso
desses jornais. Desejamos sucesso na continuidade de suas gestões, pelo que
representam, sem dúvida, para o crescente engrandecimento da imprensa nacional.
Sr. Presidente, fugindo ao protocolo, não posso deixar de registrar que faço
com especial carinho esta manifestação, em face também dos profundos e fortes
laços oriundos de uma longa amizade familiar.
Muito obrigado, Sr. Presidente; muito obrigado, Sr. Édison Zenóbio e Sr.
Álvaro Teixeira da Costa. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Quero comunicar ao Plenário que
ainda estão inscritos 3 oradores e, segundo a Assessoria da Mesa, há antecedentes
de uso de apartes durante sessão solene. Portanto, depois de dar a palavra aos
Deputados Rodrigo Rollemberg, pelo PSB, Paes Landim, pelo PTB, e à Deputada Jô
Moraes, pelo PCdoB, vou concedê-la ao Deputado Laerte Bessa.
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Com a palavra, pela ordem, o
Deputado Magela.
O SR. MAGELA (PT-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, quero pedir a V.Exa. que me permita fazer o registro de uma injustiça
que cometi ao usar o tempo do Partido dos Trabalhadores.
Quero justificar a ausência do Deputado Gilmar Machado que, junto com
V.Exa. e demais Deputados, subscreveu o pedido desta sessão. Por motivo de
doença na família, S.Exa. ficou impedido de participar desta sessão e me pediu que
fizesse esse comunicado.
Agradeço a V.Exa.
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - O Deputado Gilmar Machado nos
informou da impossibilidade de estar presente nesta sessão solene. S.Exa. será
representado na tribuna pelo Deputado Virgílio Guimarães, do PT.
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Rodrigo Rollemberg, do PSB.
O SR. RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB-DF. Pela ordem. Sem revisão
do orador.) - Sr. Presidente, Deputado Narcio Rodrigues, Sr. Presidente dos Diários
Associados, Dr. Édison Zenóbio; Sr. Diretor-Presidente do Correio Braziliense, Dr.
Álvaro Teixeira da Costa; prezado Ministro Hélio Costa; prezados Parlamentares
presentes; prezadas amigas e amigos do Correio Braziliense e do Estado de Minas,
falar sobre o Estado de Minas e o Correio Braziliense é falar sobre os mais altos
ideais libertários que movimentam a Nação brasileira.
Não é por acaso que, há 200 anos, o Correio Braziliense, ao ser fundado no
exterior, em função do exílio de Hipólito José da Costa, tinha como princípios
fundamentais lutar pela independência do Brasil, pela abolição da escravatura, pela
interiorização do País e pela liberdade de imprensa.
Falar do Estado de Minas e do Correio Braziliense é falar de Minas, é falar de
Brasília, é falar do Brasil. Esses 2 jornais refletem, numa simbiose permanente, o
sentimento das populações brasiliense, mineira e brasileira. E não poderia ser
diferente, em função dos fortes vínculos que unem a história de Brasília, a história
de Minas Gerais e a história desses jornais à democracia brasileira.
Tenho fortes vínculos familiares com o Estado de Minas Gerais. Cresci
ouvindo meu pai falar das melhores tradições da política de Minas Gerais. Ele, que
se formou na Faculdade de Direito de Minas Gerais, morou na mesma pensão de
Francelino Pereira, que dividia o quarto com o grande jornalista Carlos Castello
Branco e levou para Sergipe, escondido na meia, o Manifesto dos Mineiros, como o
grande manifesto contra a ditadura do Estado Novo. Esse fato o levou a ingressar no
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Partido Republicano, no Estado de Sergipe, partido que sempre caminhou junto com
Juscelino Kubitschek.
Falar do Correio Braziliense é falar do nosso cotidiano em Brasília. Já virou
reflexo condicionado. Depois de uma merecida noite de descanso, de bons sonhos,
levanto todos os dias com o barulho do elevador, que me vai permitir um primeiro
contato com a realidade de hoje e do dia anterior, ao ler as páginas do Correio
Braziliense.
O Correio Braziliense sempre esteve profundamente envolvido na vida do
Distrito Federal, seja no combate à grilagem de terras públicas, à ocupação
desordenada do solo, seja com o apoio incondicional à campanha civilizatória da paz
no trânsito, que chegou a reunir mais de 25 mil pessoas no Eixão, numa grande
manifestação cívica. Recentemente, tomou a defesa do mesmo Eixão como espaço
público de lazer aos domingos, e não permitiu que esse espaço, conquistado pela
população, dela lhe fosse tomado.
Sr. Presidente, assomo a esta tribuna, com muita alegria, para comemorar os
80 anos do Estado de Minas e os 200 anos do Correio Braziliense e dizer que
aqueles ideais libertários presentes no Manifesto dos Mineiros continuam presentes
nos jornalistas dos 2 jornais, na luta diária contra a corrupção, o autoritarismo e pela
liberdade de imprensa.
Peço licença aos meus colegas para ler pequeno trecho do Manifesto dos
Mineiros, que combatia a ditadura naquele momento:
“(...)
A
prosperidade
nos
negócios,
o
êxito
nas
atividades profissionais, a riqueza, o conforto, o gozo da
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tranqüilidade fácil todos os dias, mesmo que existissem,
não esgotariam as nossas aspirações, nem resumiriam a
nossa concepção do destino humano. (...)”
Liberdade de imprensa moveu esses 2 Jornais, que tanta contribuição vêm
dando ao País.
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Para falar pelo PTB, concedo a
palavra ao ilustre Deputado Paes Landim.
O SR. PAES LANDIM (PTB-PI. Sem revisão do orador.) -
DISCURSO DO SR. DEPUTADO PAES LANDIM QUE, ENTREGUE AO
ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO.
(Discurso a ser publicado na Sessão nº 290, de 25/11/08.)
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Concedo a palavra à ilustre
Deputada Jô Moraes, pelo PCdoB.
A SRA. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB-MG. Sem revisão da oradora.) - Sr.
Presidente desta sessão, Primeiro-Vice-Presidente desta Casa, Deputado Narcio
Rodrigues; Exmo. Sr. Ministro das Comunicações, Hélio Costa; caros Srs. Édison
Zenóbio e Álvaro Teixeira da Costa, que vivem o cotidiano de Minas Gerais e o
aproximam de todos nós; caros Deputados e Deputadas; Deputada Estadual de
Minas Gerais Maria Lúcia, quando, nesta Casa, nesta sessão, registramos os 200
anos do jornal Correio Braziliense e os 80 anos do Estado de Minas, não fazemos
apenas um registro histórico, fazemos um exercício pedagógico: mostrar a
importância que têm para a construção da nacionalidade 2 instrumentos como
esses.
Basta analisarmos as suas origens para vermos em que circunstâncias esses
2 jornais nasceram: o Correio Braziliense, numa resistência às idéias monárquicas
daquele momento, quando levantava bandeiras republicanas sociais como a
abolição da escravatura e a independência do País, numa ação subversiva para a
época; o jornal Estado de Minas, na década de 20, surge também da gestação da
modernidade brasileira, da inquietação de uma sociedade ainda agrária, que
buscava não só constituir a organização da sociedade — como se deu, com a
criação do meu partido, em 1922 —, mas também construir um projeto político
consubstanciado no editorial do Estado de Minas. Dizia-se que esse jornal tinha
como objetivo a defesa dos interesses das classes que trabalham e que produzem,
e se registrava: lavoura, indústria e comércio.
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Se tivermos o trabalho de ler aquele editorial, veremos que ele polemizava
com o pensamento retrógrado de que a imprensa registraria apenas as intrigas, as
obsessões, as confusões da sociedade. Mas o Estado de Minas, em editorial ali
presente, confrontava-se com essas concepções. Dizia que não iria apenas registrar
fatos, mas guiar e moderar a consciência coletiva de então, buscando ser o guia
orientador de um novo projeto. É esse jornal, inspirado sob essas circunstâncias,
que estamos homenageando aqui. O vídeo institucional mostrou muito bem que o
jornal não faz apenas o registro de histórias, mas a história das pessoas.
Ouvi o Secretário-Geral da Mesa, Dr. Mozart, contar que, em Corinto, aos 6
anos, ele corria, disputando com seu irmão, até a portaria de sua casa, porque seu
pai assinava o jornal, para ver quem pegava o Estado de Minas primeiro.
Caros Édison Zenóbio e Álvaro Teixeira da Costa, neste primeiro jornal,
registrava-se o nascimento da filha do redator do Estado de Minas. Quem era esse
redator? Carlos Drummond de Andrade, que, naquele momento, registrava o
nascimento de sua filha, Maria Andrade.
Naquele período, os conflitos da sociedade moderna davam seus primeiros
passos. O jornal registrou o confronto de um bonde com o carro do Prof. Mendes
Pimentel, que, felizmente, não ficou com nenhuma seqüela física. Ali se iniciava o
conflito que hoje enfrentamos.
Vejam nas páginas econômicas do Estado de Minas de hoje o registro da
produção mineira e vejam o registro de 2007 da nossa exportação essencialmente
agrária: café, carnes, algodão, couro e tantos outros produtos agrários.
Por isso, caro Presidente, termino dizendo que esse exercício pedagógico
aponta no sentido de aprendermos, com a nossa história, o que é preciso fazer
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avançar para superar as desigualdades de outrora, para superar as desigualdades
sociais que hoje nos machucam a alma e para transformar esta sociedade na
sociedade do pensamento crítico, na qual se inspirou o Estado de Minas, no seu
primeiro editorial, e na sociedade dos iguais, dos desenvolvidos e do progresso
humano.
Parabéns, Sr. Édison Zenóbio! Parabéns, Sr. Álvaro Teixeira da Costa!
(Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Virgílio Guimarães, pelo PT, em substituição ao Deputado Gilmar
Machado, co-autor do requerimento de realização desta sessão solene.
O SR. VIRGÍLIO GUIMARÃES (PT-MG. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Deputado Narcio Rodrigues; Sr. Ministro Hélio Costa, cuja presença nos
honra tanto; queridíssimo Édison Zenóbio, comandante do Estado de Minas e do
conglomerado dos Diários Associados; Sr. Álvaro Teixeira da Costa, chefe maior do
Correio Braziliense, orgulho de Minas Gerais e do jornalismo nacional; Sras. e Srs.
Deputados, cumpre-me a tarefa de esclarecer que toda a bancada mineira foi
signatária também desse requerimento. É evidente que V.Exa., Presidente Narcio
Rodrigues, teve a sabedoria de não chegar ao exagero de conceder a palavra a
todos, mas a alguns dos que encabeçavam a solicitação. O Deputado Gilmar
Machado falaria por todos, mas neste momento se encontra em sua terra,
Uberlândia, acompanhando sua mãe, que está adoentada. Eu, na condição de coautor do requerimento, pude usar da palavra, representando o Deputado Gilmar
Machado e outros 2 signatários, os Deputados Odair Cunha e Leonardo Monteiro.
Sr. Presidente, cumpro a difícil tarefa de falar ao final da sessão, depois de
muitos oradores, e quero me somar àqueles que comemoraram os 80 anos do jornal
Estado de Minas e os 200 anos do jornal Correio Braziliense. Ambos fizeram coisas
tão importantes que justificam sobejamente a realização de uma sessão solene para
comemorar tudo o que já aconteceu.
Uso a palavra sobretudo para falar do futuro, no momento do bicentenário do
Correio Braziliense e dos 80 anos bem vividos do Estado de Minas; para falar da
expectativa de futuro que nos reserva esse importante jornal dos mineiros.
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Digo isso porque Minas Gerais, mais do que outros Estados, precisa de um
grande jornal, até porque, na sua formação histórica, foi fruto da junção de várias
partes do País: no noroeste de Minas, temos uma herança de Pernambuco; uma
parte do norte, na margem direita do São Francisco, foi herança da Bahia; o
Triângulo Mineiro já foi Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. Enfim, Minas é o
resultado de um amálgama de regiões brasileiras, e isso é uma virtude do Estado. Aí
reside nosso hábito do entendimento, da conversa, de ter sempre um papel
nacional.
Pelo fato de Minas ser um Estado mediterrâneo e não ter saída para o mar,
talvez resulte daí a nossa amizade indestrutível com o Espírito Santo e também a
nossa vocação nacional. Minas não existe fora de uma idéia de Brasil. Minas é parte
do Centro-Oeste, do Nordeste, do Sudeste. Culturalmente, o Estado tem esse
somatório. Mas apesar da vantagem que Minas tem de ser uma amostra do Brasil, o
Estado precisa de uma sólida unidade. E a unidade se dá de variadas formas.
No mundo moderno, é a imprensa que nos une, que nos permite a
comunicação, e é essa a vantagem que temos de estar abertos aos Estados
vizinhos. Isto nos traz informações variadas que nos servirão de esteio, de coluna
vertebral, pois a imprensa também é a nossa sustentação.
Muito ainda terá de ser feito, Álvaro, por esse grande jornal no futuro.
Quando vemos se multiplicar a Internet, a comunicação instantânea, e as
dificuldades logísticas existentes no Estado de Minas para implantá-lo em várias
regiões mineiras, vemos também como são superadas essas dificuldades e as
iniciativas que a direção do jornal tem tomado, as mais modernas do ponto de vista
da informática, para levar essa comunicação.
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Ministro Hélio Costa, com a universalização da informatização, teremos os
telecentros e os Centros Vocacionais Tecnológicos — CVTs e deveríamos levar
também os jornais eletrônicos, como o Estado de Minas, para cada mineiro.
Esse mesmo futuro também nos cobra, Álvaro e Zenóbio, o Correio
Braziliense. Com a transferência da Capital para Brasília, tivemos o descortinar de
um Brasil que se agigantou com a ocupação do Centro-Oeste, mas havíamos
perdido a imprensa não regional, a imprensa da Capital. O Rio de Janeiro, que se
tornou um Estado, passou a ter uma imprensa regional, e o Brasil ficou carente de
uma imprensa nacional.
Hoje, a imprensa nacional é o Correio Braziliense. Este jornal cobre pelo
menos um dos 2 papéis fundamentais da imprensa nacional: o de falar primeiro para
quem tem responsabilidade com o País.
Não há um Deputado, um Ministro, um secretário executivo, um alto
funcionário, que não tenha como sua primeira leitura o Correio Braziliense.
O Correio fala para o Brasil mesmo sendo o Distrito Federal um território
grande — obra de JK, que via um Distrito Federal brasileiro, que não fosse apenas
uma ilha dentro de Goiás, mas que mantivesse contato, as mãos dadas mesmo,
com Minas; são 5 quilômetros de fronteira tocando Minas Gerais. Para evitar
especulação imobiliária, fez-se um Distrito Federal maior, mas isso também criou
certa tentação de transformá-lo numa pequena província. É, por exemplo, um
Distrito Federal que faz guerra fiscal, algo meio estranho. Não é o papel do Distrito
Federal. Ele tem que ser neutro.
Houve também a tentação, parece-me — não sei se estou sendo justo com a
história do jornal —, de tornar o Correio Braziliense um jornal de província. Mas creio
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que, com a sabedoria do jornalista — mais do que a do comandante —, da pessoa
que tem essa visão nacional, essa visão de futuro, o Correio Braziliense ressurge
como jornal nacional, jornal que fala para o País, que analisa as grandes questões,
que não fica apenas naquela cobertura provinciana imediata.
A imprensa provinciana merece respeito, e até gosto dela, mas o País tem
direito a uma imprensa nacional. Daí o Correio Braziliense ter essa vocação de
expansão nacional, de ser o segundo jornal em todos os Estados.
Esses são os desafios, o caminho que o futuro abre para o Correio
Braziliense, Édison Zenóbio. Trata-se de um desejo e de uma necessidade do País.
Parabéns por esses 80 anos do Estado de Minas e por esses 200 anos do
Correio Braziliense! E muitas felicidades pelas décadas que virão, pelos séculos que
virão, pelos papéis inigualáveis que cabem ao Estado de Minas e ao Correio
Braziliense!
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - A Presidência registra a presença,
no plenário, dos alunos do Curso de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi,
de São Paulo, que vêm sendo ciceroneados na Casa pelo ilustre Deputado Vic Pires
Franco.
Sejam muito bem-vindos à Câmara dos Deputados. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Concedo a palavra pela ordem,
nesta sessão solene, ao ilustre Deputado Laerte Bessa.
O SR. LAERTE BESSA (Bloco/PMDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Agradeço ao nosso Presidente, primeiro, o reconhecimento do meu direito
de aqui me pronunciar, mesmo porque esta é a Casa do povo. Estava-me sentindo
cerceado em meu direito e até pensei que estava sendo discriminado, mas fui
reconhecido. Fico feliz com o posicionamento de S.Exa.
Cumprimento o Ministro Hélio Costa; o nosso grande Presidente do Correio
Braziliense, o Sr. Álvaro Costa; o Diretor-Geral do jornal Estado de Minas, Édison
Zenóbio; e todos os Parlamentares e jornalistas presentes.
Peço desculpas pelo mal-estar. Quero apenas fazer um depoimento, nestes 2
minutos.
Primeiro, peço desculpas por estar fora da autoria do requerimento para a
realização desta solenidade. Talvez eu até deva pedir desculpas por toda a bancada
do Distrito Federal, que, por um cochilo, ficou fora do requerimento para a realização
desta grande solenidade em homenagem ao bicentenário do Correio Braziliense e
aos 80 anos do jornal Estado de Minas.
Quero dizer, neste depoimento, que tive alguns problemas com o próprio
Correio Braziliense, mas foram todos sanados. Embora tenha havido uma demanda
mais séria há alguns anos, quero deixar bem claro que o meu respeito pelo Correio
Braziliense é muito grande. Tenho certeza de que no Correio Braziliense sempre
imperou o profissionalismo, pela dedicação dos seus funcionários, principalmente
pela ética e a imparcialidade.
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Cumprimento, então, todos os jornalistas do Correio Braziliense e também do
jornal Estado de Minas pelo excelente e ostensivo trabalho informativo em nosso
País. Que ele seja sempre preservado, principalmente nesta Casa, por meio dos
Parlamentares, tanto da Câmara quanto do Senado, tendo em vista, reconhecemos,
a fraqueza de alguns entes jornalísticos em nosso País.
Era este o meu depoimento nesses 2 minutos. Agradeço ao Presidente o
reconhecimento. Obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Queremos dizer ao Deputado
Laerte Bessa que quem preside sessões nesta Casa tem que ser escravo do
Regimento. Por outro lado, algumas vezes, não recebemos a orientação correta de
como proceder.
Então, assim que a assessoria nos informou que seria possível contemplar a
fala de V.Exa. e como aqui não se discrimina ninguém, todos têm a mesma
oportunidade, retificamos nossa posição. Obedecemos sempre às regras ditadas
pelo próprio Plenário, por meio do Regimento Interno.
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Concedo a palavra ao último
orador desta sessão, o ilustre Deputado Antônio Roberto, pelo PV.
O SR. ANTÔNIO ROBERTO (PV-MG. Sem revisão do orador) - Sr.
Presidente, ilustre Deputado Narcio Rodrigues; meu querido Ministro das
Comunicações, Hélio Costa; meus grandes amigos Álvaro Teixeira da Costa e
Édison Zenóbio; Srs. Deputados Federais e Estaduais, estes representados pela
nossa querida Maria Elvira; demais participantes desta sessão, a marca fundamental
que diferencia a pessoa humana é a liberdade. E a pedra de toque, a pedra angular
da democracia é a liberdade.
A imprensa só tem significado na medida em que é a expressão da liberdade
e é a liberdade de expressão através da palavra. Os jornais Estado de Minas e
Correio Braziliense têm sido fiéis a esse destino, a essa consolidação da democracia
no Brasil.
Não vou falar da história desses 2 jornais, dos quais sou muito próximo.
Pertenço à família dos Diários Associados, primeiro como consultor e, atualmente,
como colaborador.
O Partido Verde não poderia deixar de atestar neste momento, sobretudo,
que mais importante do que a longevidade de 200 anos do Correio Braziliense e de
80 anos do Estado de Minas é a qualidade da sua existência. Essa qualidade se
expressa claramente através dos valores fundamentais que norteiam esses 2
jornais,
evidentemente, orientados pelas crenças, pelos valores e pela
determinação dos seus dirigentes e dos seus funcionários.
Afora a luta incessante pela ética, vemos os 2 jornais engajados
profundamente na questão social, na luta a favor da paz e contra as desigualdades
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sociais, sem esquecer do toque ambiental que possuem, lutando bravamente contra
toda situação que venha a prejudicar o meio ambiente brasileiro, tanto do ponto de
vista social quanto ecológico.
Álvaro Teixeira da Costa e Édison Zenóbio, meus grandes e queridos amigos,
deixo aqui registrados, mais uma vez, até com certa emoção, o prazer e a alegria de
estarmos juntos em todo esse caminho. Estou e estarei sempre disponível,
completamente pronto a colaborar.
Quero sobretudo parabenizá-los, bem como os seus jornais. O Partido Verde
quer registrar esses cumprimentos, essas congratulações, porque vocês, mais do
que ninguém, têm construído a história da liberdade brasileira, a história da nossa
humanização, a história perfeita, crescente e democrática desta Nação. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - A Presidência agradece a presença
aos Deputados Estaduais Maria Lúcia Mendonça e Ruy Muniz, da Assembléia
Legislativa do Estado de Minas Gerais, e aos ilustres convidados para esta sessão.
Destaco as presenças do Sr. Nestor, diretor do Democratas em Minas Gerais;
do jornalista Washington Mello, que tem história no Estado de Minas Gerais; bem
como do Sr. Elias Cardoso.
Cumprimento e registro a presença dos Deputados Bonifácio de Andrada,
Humberto Souto, Antônio Roberto, Paulo Abi-Ackel, Jairo Ataide, Vitor Penido, Jô
Moraes e Pedro Wilson. Todos estão aqui expressando, naturalmente, o enorme
reconhecimento que têm pelos órgãos de imprensa aqui homenageados, assim
como a ex-Deputada Maria Elvira.
Saúdo de forma muito especial a presença nesta solenidade do ilustre
Senador Hélio Costa, Ministro das Comunicações, mineiro que começou sua vida no
jornalismo, no Estado de Minas Gerais, e é uma das expressões mais reconhecidas
do jornalismo brasileiro. S.Exa. hoje empresta seu talento e sua competência ao
Governo Lula, honrando a melhor das tradições de Minas Gerais. Agradeço a S.Exa.
por ter estado conosco aqui.
Cumprimento o nosso querido Dr. Édison Zenóbio, colega jornalista, DiretorGeral do jornal Estado de Minas e Presidente dos Diários Associados; o Dr. Álvaro
Teixeira da Cosa, nosso amigo, Diretor-Presidente do jornal Correio Braziliense e
Diretor-Executivo do jornal Estado de Minas; e, na pessoa deles, toda a diretoria dos
Diários Associados, do jornal Correio Braziliense, do jornal Estado de Minas e todos
os funcionários que constroem diariamente a história desses jornais.
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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ
Número Sessão: 151.2.53.O
Data: 24/06/2008
REDAÇÃO FINAL
Tipo: Solene - CD
Montagem: 4171
Registro o orgulho com que a Câmara dos Deputados presta hoje esta
merecida homenagem a 2 veículos de comunicação que escrevem os capítulos mais
importantes da história da imprensa do País, no Brasil central e em Minas Gerais.
Parabéns.
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Número Sessão: 151.2.53.O
Data: 24/06/2008
REDAÇÃO FINAL
Tipo: Solene - CD
Montagem: 4171
V - ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Nada mais havendo a tratar, vou
encerrar a sessão.
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Número Sessão: 151.2.53.O
Data: 24/06/2008
REDAÇÃO FINAL
Tipo: Solene - CD
Montagem: 4171
O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Está encerrada a sessão.
(Encerra-se a sessão às 12 horas e 12 minutos.)
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Sessão Solene - Câmara dos Deputados