Informativo da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica - Regional Minas Gerais
Ano XVIII – Nº 79 – setembro/outubro/2011
Rua Araguari, 1705 - sala 303 - CEP 30.190-111 - Belo Horizonte - Minas Gerais
16ª Jornada Mineira de Cirurgia Plástica: sucesso de
“público e de crítica”
IMPRESSO FECHADO
Pode ser aberto pela ECT
Páginas 6, 7 e 8
Entrevista
Ivo Pitanguy exalta as
qualidades da cirurgia
plástica mineira.
Pág. 3
Mutirão
Projeto Open
Minas contou com a
participação de 46 mulheres
operadas.
Evento reúne 90
cirurgiões plásticos em
Belo Horizonte.
Pág. 5
Pág. 4
Recados da Diretoria
Cartas e E-mails
Caro presidente Eduardo,
Parabéns pela belíssima Jornada
Mineira. Ficamos extremamente
felizes com o nível científico e com
a organização perfeita do evento.
Agradecemos, especialmente, pela
oportunidade em nos aprofundar
no tema das abdominoplastias pósbariátricas. Como mineiros, nos sentimos envaidecidos por ter feito parte de um evento de tão alto brilho.
Cumprimentamos toda a comissão
organizadora, o Presidente Sebastião Nelson e o homenageado regional: nosso querido Cadu.
Abraços,
Marco Túlio Rodrigues da Cunha Uberaba - Membro Titular da SBCP
Prezados amigos Nigri, Salum e Antônio Carlos,
Gostaria de agradecer e, principalmente, parabenizá-los pela excelente Jornada.
Continuem assim.
Forte abraço,
Dr. Paulo Keiki R. Matsudo – São
Paulo - Membro Titular da SBCP
Este é o espaço reservado para a
correspondência do leitor com o
Plástica em Minas. A cada edição,
publicaremos aqui os comentários,
sugestões, críticas e opiniões de
nossos leitores.
Participe! As pessoas que se
interessarem em nos enviar suas
cartas poderão fazê-lo pelos e-mails:
[email protected]
e [email protected]
Em memória
Doutor Antônio Gonçalves Pi- se esqueceu de elogiar a beleza história
nheiro, um médico simples, educado de Ouro Preto, bem como a recepção
e gentil, que deixa muitas saudades. dos mineiros, que não poderia deixar
Por suas inúmeras qualidades, poderia de ser calorosa por se tratar de uma
ser considerado mineipessoa tão especial. “A
ro, não fosse o fato de
recepção incrível dos
morar longe. Atuante,
mineiros, a gastronomia
o conselheiro do CFM
desse lugar, tudo muisempre defendeu o exerto bom. É uma cidade
cício profissional de quamaravilhosa, que emolidade, deixando a todos
ciona”, disse ele na ocanós orgulhosos por tê-lo
sião. Nós é que sempre
como colega. Na última
nos emocionaremos ao
oportunidade em que
nos lembrar do senhor,
nos encontramos, no
e do exemplo que nos
5º Simpósio Mineiro de
deixou tanto como amiIntercorrências, foi pre- Eduardo Nigri – Presidente go quanto como profissença marcante, e não da SBCP-MG
sional.
Mutirão em Minas
Mais uma vez o Mutirão de Cirur- dades do interior: Pouso Alegre, Ubegias Plásticas foi um sucesso, mostran- raba e Juiz de Fora, que, pela segunda
do a força do lado social
vez, bateu o recorde de
da nossa especialidade,
procedimentos em um
ainda desconhecido por
só hospital: dez paciengrande parte da poputes. Em Minas Gerais,
lação. Visitamos nove
a espera de 45 pessoas
hospitais em Belo Horipor uma mamoplastia
zonte, e foi emocionante
chegou ao fim, graças a
acompanhar o empenho
vocês. Sinto muito orgude tantos profissionais
lho por ter coordenado
por uma causa tão noessa brilhante iniciativa,
bre. Além da capital, o Cláudio Salum –
parabéns a todos que
Mutirão atingiu três ci- Secretário SBCP-MG
participaram.
Expediente
Jornada Mineira
PRESIDENTE: Eduardo Luiz Nigri dos Santos
SECRETÁRIO: Cláudio Salum Castro
TESOUREIRO: Antônio Carlos Vieira
Site: www.sbcpmg.org.br
Telefone: (31) 3275-1488
Email: [email protected]
REPORTAGEM, REDAÇÃO E EDIÇÃO:
Vfazitto Comunicação e Consultoria Ltda.
Jornalista responsável: Vilma Fazitto –
1988/MT/JP
Reportagem: Andressa Santos – Reg. Prof.
15.162/MG
Site: www.vfazitto.com.br
Fotografia: Divulgação Vfazitto e
JB Costa
A 16ª Jornada Mineira de Cirurgia Chegamos a esse resultado sem cauPlástica foi marcante para todos os sar nenhum prejuízo à Regional, e ainpresentes. Pela primeira vez, a SBCP- da obtivemos lucros, que serão, como
sempre, reinvestidos no
MG ficou responsável
associado. Gostaria de
pela organização estrutudeixar registrado aqui
ral e financeira do evento,
o meu agradecimento a
e mostramos a força de
todos que prestigiaram
uma boa administração.
mais uma edição da
Foram três dias de JorJornada, e contribuíram
nada, um a mais do que
para o fortalecimennos anos anteriores, com
to da Regional Minas.
mais de 200 inscritos e
Com o seu apoio podepalestrantes de nível inmos chegar ainda mais
ternacional: um sucesso Antônio Carlos Vieira –
longe.
em todos os sentidos. Tesoureiro da SBCP-MG
2
Entrevista
Do contorno ao bem-estar
Nesta edição, o Plástica em Minas entrevista o cirurgião plástico mais respeitado do mundo: Ivo Pitanguy. Fundador
da Clínica de Cirurgia Plástica da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e grande defensor do lado humanitário
e reconstrutor da especialidade, o médico comenta a importância da cirurgia plástica além de seu aspecto estético.
Apesar de já ter operado celebridades e ter seu nome consagrado pelo mundo da beleza, o professor mostra a
essencialidade da cirurgia plástica como mecanismo de busca pela felicidade e pela aceitação.
Professor, em primeiro lugar, qual a
opinião do senhor sobre a importância
desses mutirões que têm acontecido
Brasil afora, para desmistificar a ideia
da cirurgia plástica somente como uma
intervenção estética, como uma especialidade superficial, fútil?
Eu, particularmente, faço isso há 50
anos. Acredito que o mutirão é importante, um elemento agregador. Ao fazer isso, eles estão chamando a atenção
para a importância da cirurgia plástica
no seu sentido de bem-estar, de colocar
o indivíduo em paz com sua imagem. É
importante o mutirão, mas também sua
continuidade. Pra que sirva de fato para
estimular outros serviços a se voltarem
para a questão social da cirurgia plástica.
Dr. Ivo, Minas Gerais, recentemente, passou o Rio de Janeiro em número
de cirurgias plásticas realizadas. Hoje,
ocupando o segundo lugar nacional,
fica atrás apenas de São Paulo. Ao mesmo tempo, vemos agora o fim de um
mandato bem-sucedido do primeiro mineiro a assumir a presidência da SBCP.
Como o senhor enxerga essa ascensão
da especialidade em Minas?
uma coisa não se desassocia da outra:
a reparadora da estética. Isso até hoje
é muito importante. A cirurgia estética
tem uma importância para o bem- estar
da pessoa, e só quem já fez é capaz de
avaliar.
Ela é um braço da psiquiatria?
Professor Ivo Pitanguy
fora da sua seriedade como médico, é
má. Eu acho que cabe a cada médico, a
cada um, guardar sua ética médica, sua
qualidade. Mas uma das coisas mais importantes é que o médico tem direito de
viver de acordo com sua cultura. Aqui no
Brasil, quando lançamos a cirurgia plástica, havia uma resistência à especialidade,
até mesmo na classe médica, por não ser
considerada útil, sobretudo a cirurgia esEu sou mineiro, de modo que sou sus- tética por vaidade pura, por não enxergar
peito para enxergar. Mas acho que Minas esse aspecto da pessoa estar bem com
Gerais sempre teve uma qualidade de a própria imagem. No entanto, esse asmedicina muito boa. O mineiro é muito pecto é um fato muito importante que a
psiquiatria já havia atingido, já tinha cobom médico e é natural que ele seja um
meçado a atingir. Eu me lembro quando
bom cirurgião plástico.
era garoto aqui em Belo
Agora, isso mostra tamHorizonte, eu nem era
bém uma abertura da
estudante, quando uma
sociedade mineira para a “A cirurgia estética
pessoa fazia uma plásticirurgia plástica, que foi
ca todo mundo ria, achaconquistada seguramen- tem uma importância
va graça, era uma coisa
te pelos bons resultados.
toda ridícula. Na minha
geração, então, a maO senhor acha que para o bem-estar da
neira que encontrei de
essa imagem estigmatilutar contra esse aspecto
zada do cirurgião plásti- pessoa, e só quem
ridículo foi trazendo quaco (um profissional que
lidade de cirurgia a cada
se preocupa estritamenjá fez é capaz de
campo, cirurgia de mão,
te em ganhar dinheiro)
cirurgia na ortopedia.
tem mudado?
Foi colocando dentro da
avaliar”
A imagem do cirurcirurgia plástica, de seu
gião como um playboy,
conjunto, a ideia de que
A cirurgia plástica é mais que um
braço da psiquiatria, ela é um campo importante do ponto de vista de o indivíduo
se encontrar com sua imagem. Ela é um
campo muito presente, muitas vezes coadjuvante ou necessário à psiquiatria e
ao tratamento psicológico. Muitas vezes,
o necessário é a correção. Isso quando a
pessoa da à deformidade uma importância excessiva. Houve época em que
as deformidades não eram corrigidas,
eram obrigados a considerá-las símbolos
divinos. Como o lábio leporino, deformidade que o cirurgião não podia tocar.
Mas, quando surgiu a possibilidade de a
pessoa não ter este estigma, não ter um
grande nariz, não ter uma orelha para
frente, as coisas mudaram. Aquele menino, por exemplo, que vai à classe com
aquela “orelha de Dumbo”, ele muitas
vezes tem dificuldades de adaptação e
se recolhe. Se você corrige, ele vira outra criança. O que ele quer ser? Normal.
O normal é o que não chama atenção.
Então, a pessoa tende a procurar ser normal e ser igual aos outros. Por exemplo,
se você pertencesse a uma tribo em uma
ilha na Grécia, onde todo mundo tinha
seis dedos na mão, um problema congênito, então o normal naquela ilha seria
ter seis dedos. Ter cinco dedos não era
normal, é preciso ser igual ao seu grupo.
No entanto, a ética no ponto de vista estético é muito importante. Há coisas que
não se muda. Você tem beleza em cada
grupo étnico. Tem a beleza negra, tem
a beleza saxônica e a nossa, que é essa
raça toda misturada, porém harmoniosa.
Não se pode transformar um grupo no
outro, um biótipo no outro. Sempre houve influências, mas, dentro dessa influência cultural, cabe ao cirurgião plástico
decidir o que é melhor para aquele
paciente.
3
Eventos
Projeto Open reúne 90 cirurgiões plásticos em BH
Nos dias 16 e 17 de setembro,
Belo Horizonte sediou o Projeto
Open, coordenado pelo cirurgião
plástico José Carlos Ronche Ferreira, idealizador do evento. Cerca de
90 profissionais se reuniram no Hotel Mercure/Lourdes para discutir os
modernos conceitos da rinoplastia
funcional estruturada.
Segundo Ronche, o Projeto Open
oferece aos cirurgiões plásticos
a oportunidade de conhecer e
discutir técnicas mais modernas,
com via de acesso aberta (“open”,
que deu origem ao nome do encontro), através da utilização frequente de enxertos cartilaginosos ou, até mesmo, de materiais
aloplásticos.
“Em alguns serviços de ensino
de cirurgia plástica, o resi- Auditório cheio mostra sucesso do evento
dente aprende uma única
técnica, a que o chefe adota e pantes: open your heart, open your mind
ensina, e que por vezes não é a and open your noses!”, afirma Ronche.
mais atualizada. A nossa missão
Durante os três primeiros anos de
é a de provocar os participantes
existência,
o projeto foi apresentado
a repensar a rinoplastia e a adotar alguns dos muitos concei- apenas em São Paulo, mas, há sete
tos apresentados. Eu costumo anos, ele viaja as capitais brasileiras e
brincar com o nome do projeto, alguns países da América do Sul e da
dizendo aos cirurgiões partici- América Central.
Diretoria da SBCP-MG e José Carlos Ronche
SBCP-MG participa do Saúde na Praça
com estande sobre queimaduras
montados entre as 8h e as 13h. Profissionais da saúde responderam as dúvidas da população, e deram orientações
sobre qualidade de vida e dicas de prevenção de doenças.
Marcelo Versiani esteve no Saúde
na Praça pela primeira vez, e não deixou
de ressaltar a importância da iniciativa.
“Esse evento é muito bom para divulgar
para a população tudo o que todas as
especialidades médicas fazem, além de
mostrar o lado humano da cirurgia plástica, aquele que vai além da estética”,
disse. As amigas Astaruth Guimarães,
de 22 anos, e Lívia Paula Calado, de 19,
aproveitaram o estande exatamente
para acabarem com o preconceito que
tinham com a especialidade, já que
só conheciam os procedimentos relacionados à beleza. “Hoje eu passei
a olhar a cirurgia plástica com outro
olhar”, afirmou Lívia.
Luzia Barbosa, moradora do
bairro, compareceu ao estande para
tirar dúvidas sobre uma queimadura
sofrida na panturrilha, quando andava de moto, e destacou a relevância do tema. “Esse assunto de queiAs amigas Astaruth Guimarães e Lívia Calado
maduras está em alta, hoje é muito
escutam explicações de Cláudio Salum
Os cirurgiões plásticos Cláudio Salum e Marcelo Versiani estiveram presentes na quinta edição do Saúde na
Praça, dessa vez realizado na Barragem
Santa Lúcia, região Centro-Sul de Belo
Horizonte. Com o tema “queimaduras”, o estande da cirurgia plástica foi
procurado principalmente por crianças,
que levaram para casa uma revistinha
da Turma da Mônica sobre como evitar
acidentes que podem provocar queimaduras.
Uma promoção da Associação Médica de Minas Gerais em parceria com
os departamentos científicos, o evento
contou com a participação de 24 especialidades, com estandes que ficaram
Marcelo Versiani e Cláudio Salum no
estande da Cirurgia Plástica, no Saúde
na Praça
perigoso e temos que tomar muito cuidado para preveni-las, principalmente
nas nossas crianças”, declarou Luzia.
Para Cláudio Salum, um dos pontos
mais importantes do evento é a oportunidade que as pessoas têm de tirar as
suas dúvidas diretamente com os especialistas. “Aqui podemos responder as
questões da população, não só as relacionadas às queimaduras, mas também
a outros problemas, como o câncer de
pele”, disse.
4
Responsabilidade social
Mutirão de Cirurgias Plásticas movimenta
12 hospitais em Minas Gerais
No dia 5 de outubro, véspera da
16ª Jornada Mineira de Cirurgia Plástica, quase 30 médicos e residentes
em cirurgia plástica se mobilizaram
em todo o estado para a realização
do Mutirão de Cirurgias Plásticas. Foi
a segunda edição em Minas Gerais e
a 13ª no Brasil. Em Belo Horizonte,
nove hospitais participaram do evento: Hospital da Baleia, Alberto Cavalcanti, Felício Rocho, São José, Hospital das Clínicas, Julia Kubitscheck,
Hospital Belo Horizonte, Santa Casa
e IPSEMG. No interior, Juiz de Fora,
Mutirão no Hospital Júlia Kubitschek:
Cláudio Salum, Victor Adissi, Eduardo
Nigri, Pedro Martins, Sebastião Nelson e
Antônio Carlos Vieira
Pouso Alegre e
Uberaba participaram da iniciativa.
Os
cirurgiões
plásticos operaram
mulheres que estavam na fila do SUS
à espera de uma
cirurgia de redução
de mamas hipertróficas. Foram 46
mulheres operadas
em Minas Gerais, e
Hospital Universitário da UFJF, onde aconteceram dez cirur32 só na capital.
gias no Mutirão de Cirurgias Plásticas de 2011
O critério de seleção das pacientes foi o tempo de cutivo em que a cidade teve o maior
espera na lista do Sistema Único de número de cirurgias realizadas, reSaúde. “Eu estava esperando há qua- afirmando o sucesso da iniciativa na
se dois anos. Hoje, realizo um sonho cidade.
e ponho a autoestima em primeiro luEm Pouso Alegre, os procedimengar”, afirma Débora dos Santos, ope- tos foram realizados no Hospital das
rada durante o mutirão no Hospital Clínicas Samuel Libânio, e foram operadas duas pacientes. Já em Uberaba,
Alberto Cavalcanti.
Segundo Cláudio Salum, secretá- o mutirão foi realizado no Hospital
rio da SBCP-MG e coordenador regio- Escola da Faculdade de Medicina do
Triângulo Mineiro (FMTM), onde duas
nal do mutirão, em um dia foi possímulheres foram submetidas ao provel reduzir em mais de 10% a lista de
cedimento de reparação de hipertroespera de Belo Horizonte por uma fia mamária.
cirurgia de reparação de hipertrofia
Segundo o Dr. Pedro Escobar Marmamária.
tins, diretor do Departamento de AsJuiz de Fora bateu, novamente, o sistência Social (DAS) e coordenador
recorde de procedimentos por hospi- nacional do mutirão, a ação é importal no estado, com dez pacientes ope- tante para desmistificar a ideia da
radas, no Hospital Universitário da cirurgia plástica como especialidade
UFJF. Foi o segundo mutirão conse- que prioriza a estética.
Nova diretoria
A SBCP-MG já tem nova diretoria para o biênio
2012/2013, composta pelo presidente Cláudio Salum,
pelo secretário Marcelo Versiani, e pelo tesoureiro Antônio Carlos Vieira.
Nova
diretoria da
SBCP-MG:
Antônio
Carlos Vieira,
Cláudio Salum
e Marcelo
Versiani
Nota de pesar
A Regional Minas manifesta sua solidariedade e pesar pelo falecimento do conselheiro do CFM Antônio Gonçalves Pinheiro,
ocorrido no dia oito de outubro. Profissional exemplar, Antônio era também membro-titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e
ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Pará
(CRM-PA), onde integrava, na ocasião de sua morte, o corpo
de conselheiros. Foi sempre muito atuante, e, dentre suas
últimas ações está a criação do Protocolo de Cirurgia Plástica e do Protocolo de Queimados. O corpo do conselheiro
foi velado no dia 10, e cremado no dia 13 de outubro. Suas
cinzas foram lançadas ao encontro dos rios Itacaiúnas e Tocantins, na sexta-feira (14/10).
5
Matéria de Capa
6
16ª Jornada Mineira de Cirurgia Plástica
Solenidade de Abertura da 16ª edição da Jornada Mineira de Cirurgia Plástica
Realizada nos últimos dias 6, 7
e 8 de outubro, a 16ª edição da já
tradicional Jornada Mineira de Cirurgia Plástica aconteceu, em 2011,
no Ouro Minas Palace Hotel. Evento oficial da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica e realizado pela Regional Minas Gerais, o encontro teve
como tema central as dermolipectomias, sendo que o primeiro dia,
quinta-feira, ficou reservado para
o 1º Curso do Capítulo de Procedimentos Não-Cirúrgicos em Cirurgia
Plástica e Laser, coordenado pelo
presidente da Sociedade Brasileira
de Laser em Medicina e Cirurgia,
Rômulo de Melo Mene. Neste ano,
o homenageado nacional foi José
Horácio Costa Aboudib Junior, e o
homenageado regional Carlos Eduardo Guimarães Leão. A presidência
de honra coube ao professor Ivo Pitanguy.
A quinta-feira começou com uma
mesa sobre laser, com presidência
de Eduardo Nigri, presidente da Regional Minas. Dentre os relatores,
Bárbara Helena Machado falou sobre a evolução do laser na Clínica de
Ivo Pitanguy, explicando sua importância quando usado em conjunto
com os procedimentos cirúrgicos.
Em seguida, a primeira palestra da Jornada,
proferida por Rômulo
de Melo Mene, com o
tema “Evolução do uso
do Laser no Tratamento do Envelhecimento
da Face”.
A inovação na palestra ficou por conta
da participação de oito
pacientes submetidas
a procedimentos estéticos na face no dia
Eduardo Nigri homenageia o professor Ivo Pitanguy
anterior (5/10), que
subiram ao palco para mostrar aos
presentes como estavam no primeiro dia de recuperação.
Paulo Matsudo abriu a segunda
mesa do dia, com o tema “Procedimentos Associados à Cirurgia da
Face”, que ficou sob moderação de
Cláudio Salum. A terceira mesa, já
na parte da tarde, foi sobre recuperação volumétrica da face, seguida
pela última mesa da quinta-feira,
que foi sobre peeling.
Encerrando os trabalhos do primeiro dia de Jornada,
houve um painel de
especialistas, quando
várias perguntas do
público foram respondidas. A moderação ficou por conta de Jorge
Menezes.
A abertura
Logo após o painel
de especialistas, ainda
na quinta-feira, houve a sessão solene de
abertura da 16ª Jorna- Ivo Pitanguy, Se
da Mineira de Cirurgia
Plástica. Em seu discurso, o presidente da Regional Minas, Eduardo
Nigri, enfatizou a importância do
Mutirão de Cirurgias Plásticas, que
aconteceu na véspera da Jornada,
e teve como objetivo as cirurgias de
hipertrofia mamária. “Hoje, 50 mu-
Plateia cheia no segundo dia de Jornada
Matéria de Capa
reúne médicos de todo o Brasil
lheres estão se sentindo melhor”,
destacou o presidente.
Em seguida, Carlos Eduardo Leão,
homenageado regional da Jornada,
fez seu discurso, representando, na
ocasião, Osvaldo Saldanha, diretor
do Departamento de Eventos Científicos (DEC). Por fim, leu um texto
de sua autoria, que homenageava
Sebastião Nelson, primeiro presidente mineiro da SBCP, que termina
seu mandato no fim deste ano.
O último discurso coube a Pe-
ebastião Nelson e Eduardo Nigri
dro Escobar Martins, diretor do Departamento de Assistência Social
(DAS). Ressaltando a importância
das ações humanitárias da SBCP, ele
aproveitou para convocar os cirurgiões plásticos mineiros a abraçarem
a causa do Mutirão Nacional de Cirurgia Plástica, que
acontecerá em 17 de
dezembro próximo,
data em que aconteceu o grande incêndio
do Circo de Niterói.
Por fim, ele entregou
um certificado a Cláudio Salum pela coordenação do Mutirão
de Cirurgias Plásticas
de 2011.
A cerimônia se-
guiu com a sessão
de homenagens. A
primeira foi entregue por Eduardo
Nigri ao professor
Ivo Pitanguy. Na
ocasião, o mestre
da cirurgia plástica
mundial
também
recebeu a medalha
comemorativa do
Dia do Estado de
Minas Gerais, a mais
importante honraria Jantar de Congraçamento
dada pelo governo
de Minas pelos serviços prestados
ISAPS e IPRAS. A noite seguiu com
ao estado.
um coquetel para os participantes e
acompanhantes.
Depois foi a vez de Ivo Pitanguy
e Eduardo Nigri homenagearem SeA sexta-feira, dia sete, foi marbastião Nelson. Em seguida, Cláudio
cada pela palestra do professor Ivo
Salum entregou a menção honrosa a
Pitanguy. Às 9h30, ele falou aos parJosé Horácio Aboudib, presidente
ticipantes do evento sobre sua exeleito da SBCP, e, por fim, Antônio
periência em cirurgias de contorno
Carlos Vieira, tesoureiro da SBCPcorporal. Ainda na sexta, a prograMG, entregou o troféu comemoratimação científica ficou por conta de
vo a Carlos Eduardo Leão.
duas mesas redondas, três palestras
e dois fóruns, além de um workshop
Encerrando a cerimônia de aberda Cristália. Houve no mesmo dia
tura da Jornada, Sebastião Nelson
uma reunião da diretoria da SBCPfez seu discurso, agradecendo a hoMG com os presidentes eleitos e a
menagem que diz ter recebido de
comissão de prêmios.
“pai” e “filho”, se referindo a Pitanguy e Nigri, respectivamente. DeA quarta palestra da Jornada, sopois fez uma palestra sobre a SBCP
Continua na página 8
desde sua história, passando pelos
cargos e funções da
Sociedade até os
principais desafios
e obstáculos enfrentados hoje. Sebastião reforçou também a importância
dos cirurgiões plásticos
brasileiros
que, hoje, ocupam
cargos de destaque
em três das maiores
entidades médicas
de cirurgia plástica Antônio Carlos Vieira, Renato Lage, Cláudio Salum e Eduardo Nigri
do mundo: FILACP, com a vencedora do sorteio de um kit de mama: Rimária Hanako
7
Matéria de Capa
Continuação da página 7
bre abdominoplastia, teve como
palestrante Ewaldo Bolívar de Souza Pinto e fez parte do Programa de
Educação Continuada (PEC). Ainda
na sexta, aconteceu também a palestra de Reinaldo Kube, da Venezuela, convidado internacional da
16ª Jornada Mineira de Cirurgia
Plástica, que falou sobre cirurgia
pós-bariátrica. O dia foi encerrado
com um jantar de congraçamento
no Iate Tênis Clube.
O sábado, último dia de palestras do evento, contou com aulas e
discussões interessantes sobre os
diferentes tipos de dermolipectomias que podem ser realizadas em
pacientes ex-obesos. Cirurgiões
muito conceituados discorreram
sobre o tema das 8h30 às 12h30,
José Horácio Aboudib
“Achei um evento, como
sempre, muito interessante,
com um nível científico alto.
Fui muito recebido pelos mineiros, e pelo mineiro mor,
Ivo Pitanguy. A Jornada Mineira veio para ficar no calendário nacional, já que tem um peso muito grande.
Ela tem tudo para continuar acontecendo.”
Osvaldo Saldanha
“A Jornada Mineira está,
cada vez mais, mostrando a
sua importância e capacidade. Uma prova disso é que
ela é, agora, um evento com
organização financeira e estrutural independente, com
muita maturidade.”
Giselle Burgarelli
“Essa é a melhor Jornada que já participei, achei o
tema muito bom, além da localidade, que foi excelente”.
Luiz Alberto Lamana
“Achei o evento excelente,
desde a escolha do tema até a
localidade escolhida para sua realização. A cirurgia de abdômen
é uma das mais realizadas, então
esse tema é de uma importância
muito grande.
em duas mesas redondas e uma
palestra. A 16ª edição da Jornada
Mineira de Cirurgia Plástica terminou com um sorteio de um kit de
mama, oferecido pela MG Medic. A
grande vencedora foi Rimária Hanako.
Seguem alguns depoimentos de
participantes da 16ª edição da Jornada Mineira de Cirurgia Plástica:
Pedro Sanglard
“Gostei muito da Jornada, em especial da parte de
laser, que acrescentou muito
ao evento. Os procedimentos
complementares às cirurgias
têm uma importância crescente”.
Sérgio Levy
“O tema desse ano foi excelente, muito atual. Esse tipo
de evento é muito importante, pois permite que nós, médicos, possamos discutir um
assunto de cada vez, e nós podemos aprender muito com os
colegas. Além disso, o encontro é sempre muito
agradável e proveitoso”.
Níveo Steffen
“Foi, como sempre, uma
Jornada muito proveitosa,
com um tema que acrescentou muito. Nós, profissionais,
estamos sempre buscando
aprimoramento, e essa troca
de informações, esse convívio que a Jornada proporciona, são sempre muito proveitosos. Além disso, os mineiros são muito afetivos,
e fazem com que a gente se sinta em casa.”
8
Fatos e Fotos
Mutirão
Mutirão no Hospital Alberto Cavalcanti: Antônio
Carlos Vieira, Pedro Martins, Eduardo Nigri, Dalze
Lohenr, Sebastião Nelson e Cláudio Salum
Mutirão no Hospital da Baleia: Victor Adissi,
Antônio Carlos Vieira, Eduardo Nigri, Sebastião
Nelson, Cláudio Salum e Pedro Martins com a
equipe do hospital
Mutirão no Hospital São
José: Antônio Carlos,
Eduardo Nigri, Sebastião
Nelson, Claúdio Salum e
Pedro Martins com a equipe
do hospital
Mutirão no Hospital Júlia Kubitschek: Antônio Carlos,
Pedro Martins, Sebastião Nelson, Cláudio Salum,
Eduardo Nigri e Victor Adissi em companhia da equipe do
hospital
Mutirão na Santa Casa: Sebastião Nelson, Antônio
Carlos Vieira, Cláudio Salum, Pedro Martins, Eduardo
Nigri, Victor Adissi e equipe do hospital
Mutirão no Hospital Felício Rocho: Victor
Adissi, Eduardo Nigri, Antônio Carlos
Vieira, Sebastião Nelson, Cláudio Salum e
Pedro Martins, em companhia da equipe
do hospital
Mutirão no Hospital Belo
Horizonte: Victor Adissi, Antônio
Carlos Vieira, Pedro Martins,
Cláudio Salum, Sebastião Nelson,
Eduardo Nigri e equipe do hospital
9
Fatos e Fotos
16ª Jornada Mineira de Cirurgia Plástica
José Horácio Aboudib e Cláudio
Salum
Presidentes eleitos das
regionais do Amazonas e do
Pará: Roberto Alves Pereira e
Yuji Ikuta, respectivamente
Carlos Eduardo Leão e Antônio
Carlos Vieira
Didi Guerra, Flora, Neila e Farid Hakme
Ewaldo Bolívar de Souza Pinto com
seus residentes
Dawson Malveira, Carla e Didi
Guerra
Osvaldo Saldanha e Ewaldo Bolívar,
em companhia de seus residentes
Presença de residentes na 16ª
Jornada Mineira
Evandro, com esposa, e Édio, com
esposa e filha
Osvaldo Saldanha, Luciano Chaves
e Níveo Steffen
Eduardo, Rute e Guilherme Nigri
Sérgio Levy, Fábio Cunha, Cláudio
Roncatti e Carlos Lacerda
Eugênio Alfonso Coronel, Reinaldo
Kube, Francisco e Sebastião Nelson
Sebastião Nelson, Farid Hakme e
Antônio Carlos Vieira
Edgard Tom Back e Carolina com
acompanhantes
10
Tribuna Literária
“Um beijo no seu coração”
A crônica é um texto híbrido, normalmente em primeira pessoa, e exige uma grande cumplicidade do binômio escritor/
leitor. Por ser normalmente opinativa, fica sempre exposta
às mais variadas críticas, boas ou más, e, não raro, até mesmo algum tipo de melindre pode acontecer por parte de um
leitor, quando mergulha intensamente no texto e se sente,
de alguma forma, atingido por ele.
Dito isso, o que certamente ameniza o meu lado cronista, vamos ao que interessa, salvaguardando-se, claro, a individualidade dos que aqui, porventura, se encontrarem.
Não sei se os que me leem nesse momento já repararam
certas frases, ditos ou expressões que ganharam o Brasil nos
últimos anos.
Existe coisa mais jeca do que, ao se despedir, alguém soltar
a meiga expressão “um beijo no seu coração”? Por mais que
me esforce, não consigo entender a dimensão de se beijar
um coração, a não ser por toracotomia, mesmo assim com
fortes possibilidades de uma pericardite por contaminação
de saliva. Nem o sentido figurativo, como, por exemplo, um
beijo no sentimento, ameniza a minha implicância.
Nessa mesma toada das despedidas, o “tchau, tchau”, dito
dessa maneira dupla, é uma das coisas mais pernósticas e
chatas de se ouvir. Talvez seja a versão tupiniquim do clássico “bye, bye”, imortalizado no dito popular dos americanos e
que aqui soa como mais uma de “los macaquitos”.
Também de matar é a forma pela qual alguns casais se tratam, sob a égide de carinho explícito. Embora muito chato,
o “mô” prá lá e o “mô” prá cá, ou, ao invés de “mô”, o clássico “nen”, ou variantes com “beeem” (dito assim, com muito
“e”), não chegam nem perto do famoso “pai” – o marido, e
“mãe” – a esposa. Esse é de doer e deveria ficar, ao molde das
outras, como segredo de alcova, ou restrito à santa intimidade do lar, compartilhado, no máximo, com os filhos, mesmo
assim sujeito à reprimendas.
E o chatíssimo “fui”? Esse representa, hoje em dia, muito
mais do que o ato de ir embora. Trata-se de uma expressão
de descontentamento, intolerância, ou a
maneira mais taxativa de expressar a palavra final.
E o “tipo assim”? Que
dureza! “Eu sou daqueles, tipo assim, que
escrevem
crônicas,
tipo assim, do cotidiano”. Pior que “tipo assim”, é a utilização do
“enquanto”, sozinho
Carlos Eduardo G. Leão,
ou associado ao “tipo
Membro Titular SBCP
assim”. “Tipo assim:
enquanto cronista eu
relaxo um pouco das minhas atividades cirúrgicas. Tipo assim,
um momento de relax”. É mole, meus amigos?
“A nível de” personifica o PT e os seus letrados seguidores.
Começou com ele, “tipo assim”: “O meu governo está a nível
do povo”. Ou “A nível da Casa Civil é impossível resolver esse
problema”.
O “então” nem se fala. Passou a ser obrigatório para qualquer resposta, seja lá qual for a pergunta. “– Você já acabou
a sua cirurgia? – Então, Cadu. Hoje eu comecei mais cedo e já
terminei” ou. “– E aí, você vai para o clube? – Então, cara. Está
uma bela manhã para um joguinho de tênis.” Duríssimo de ouvir. Além de cafona, claro.
E, para terminar, eu me pergunto: O que o povo achou disso tudo? Então, meus amigos, grande parte do povo achou
bacana e começou a falar a nível de seus políticos prediletos,
nocauteando, enquanto povo, a língua pátria, tipo assim sem
nenhuma piedade.
Pelo visto esse negócio pega. Acho bom acabar por aqui. Assim sendo, um beijo no seu coração.
Fui!
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48º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica
Data: 11 a 15
de novembro
Local: Goiás
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Formatura Residentes – Festa Encerramento
Data: 2 de dezembro
Local: Belo Horizonte
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16ª Jornada Mineira de Cirurgia Plástica: sucesso de - SBCP-MG