73
CARACTERIZAÇÃO DE QUINTAIS AGROFLORESTAIS NO PROJETO
DE ASSENTAMENTO BELO HORIZONTE I, SÃO DOMINGOS DO
ARAGUAIA, PARÁ
Carmen Nazário Pereira1, Rosana Quaresma Maneschy2, Pâmela Dias Oliveira3, Ilmaione
Keiza de Souza Oliveira4
1
Discente de Agronomia, UFPA/Campus de Marabá, [email protected]
Engenheira Agrônoma, D.Sc., Docente da FCAM/ UFPA, [email protected]
3
Discente de Agronomia, UFPA/Campus de Marabá, Bolsista FAPESPA, [email protected]
4
Discente de Agronomia, UFPA/Campus de Marabá, Bolsista PIBIC/PARD, [email protected]
2
RESUMO: Os quintais agroflorestais caracterizam-se por uma imitação dos ecossistemas naturais,
sendo um dos sistemas agroflorestais mais antigos do uso da terra dito como sustentável por vários
estudos. Objetivou-se caracterizar os quintais agroflorestais de unidades de produção familiares a
fim de conhecer a diversidade de espécies e o seu uso pela família. A pesquisa foi realizada em três
quintais do assentamento rural Belo Horizonte I, localizado no km 30 da BR-153, no município de
São Domingos do Araguaia, na microrregião de Marabá-PA. A metodologia utilizada foi da
pesquisa participante com a realização de entrevista estruturada com os membros da família. Foram
levantados um total de 60 espécies distribuídas em 29 famílias botânicas, destacando-se Rutaceae,
Anacardiaceae, Annonaceae e Palmae. A similaridade entre os quintais foi considerada baixa, pois o
índice ficou abaixo de 50%. Isso pode ser explicado em função da preferência das famílias por
espécies em função do uso (frutífera, madeireira e medicinal). Os quintais agroflorestais
constituem-se numa alternativa viável de manejo racional devido sua composição florística,
estrutura e possibilidade de produção diversificada auxiliando na segurança alimentar da família
durante o ano todo.
PALAVRAS-CHAVE: Agricultura familiar, biodiversidade, sistema agroflorestal.
DESCRIPCIÓN DE LOS HUERTOS FAMILIARES DEL PROYECTO DE
ASENTAMIENTO BELO HORIZONTE I, SÃO DOMINGOS DO
ARAGUAIA, PARA
RESUMEN: Los huertos familiares se caracterizan por una imitación de los ecosistemas naturales,
una de las más antiguas del uso de la tierra y la agrosilvicultura sostenible, dijo por varios estudios.
Este estudio tuvo como objetivo caracterizar los huertos de las unidades de producción familiares a
fin de conocer la diversidad de especies y su uso por la familia. La encuesta se llevó a cabo en tres
unidades de producción familiares de asentamiento rural Belo Horizonte I, ubicado en el km 30 de
la BR-153, en São Domingos do Araguaia, en la microregión de Maraba-PA. La metodología
utilizada fue la investigación-acción participativa con la realización de entrevistas estructuradas con
miembros de la familia. Hemos planteado un total de 60 especies pertenecientes a 29 familias
botânicas, especialmente de las Rutaceae, Anacardiaceae, Annonaceae y Palmae. La similitud entre
las yardas se considera bajo, ya que el índice estuvo por debajo del 50%. Esto puede explicarse por
la preferencia de las familias por las especies de acuerdo al uso (fruta, madera y medicinales). Los
huertos familiares constituyen una alternativa viable a la gestión racional debido a su composición
florística, la estructura y la posibilidad de ayudar en la producción diversificada de seguridad
alimentaria de los hogares durante todo el año.
Agroecossistemas, v. 2, n. 1, p. 73-81, 2010
74
PALABRAS CLAVES: Agricultura familiar, biodiversidad, sistemas agroforestales.
al., 1996). Como isso, o estudo foi realizado
INTRODUÇÃO
A
implantação
de
quintais
com objetivo de caracterizar o quintal
agroflorestais em unidades de produção
agroflorestal
familiar torna-se importante pelo fato, de
familiares a fim de conhecer a diversidade de
cultivar várias espécies com múltiplos usos
espécies e o seu uso pela família.
em
um
determinado
espaço,
as
familiares,
como
lote
de
agricultores
quais
asseguram algumas necessidades básicas, de
agricultores
em
MATERIAL E MÉTODO
nutrição
garantindo a segurança alimentar e saúde da
família.
A pesquisa foi realizada no âmbito do
projeto
“Sistemas
silvipastoris
e
agrossilvipastoris como alternativa para a
Os quintais agroflorestais são uma
sustentabilidade da pecuária na agricultura
área de produção localizada próximo a casa,
familiar
onde é cultivada uma mistura de espécies
desenvolvido pela Universidade Federal do Pará
agrícolas e florestais, envolvendo, também, a
–
criação de pequenos animais domésticos
Assentamento Belo Horizonte I, localizado no
(MACEDO, 2000). Segundo Víquez et al.
km 30 da BR-153, no município de São
(1996)
esses agroecossistemas demandam
baixos insumos e representam uma fonte
da
Campus
região
de
de
Marabá
Marabá,
no
–
Projeto
PA”
de
Domingos do Araguaia, na microrregião de
Marabá-PA.
adicional de renda, caracterizando-se como
uma atividade potencial para a obtenção de
alimentos e para suprir as necessidades de
Para a seleção das unidades de
produção familiares a serem pesquisados os
quintais, foram considerados os seguintes
lenha e madeira para consumo da família.
critérios: as famílias deveriam participar
Esse espaço produtivo permite que a
ativamente das ações do projeto, estar
unidade de produção familiar garanta a
estabelecido no lote por no mínimo há dez
segurança alimentar da família, além de ser
anos, os lotes deveriam ser de fácil acesso, e
uma alternativa econômica viável para os
colaboração da família com a pesquisa. A
agricultores
metodologia
familiares.
Sendo
uma
utilizada
foi
da
pesquisa
complementação da dieta básica diária com
participante com a realização de entrevista
vitaminas e sais minerais em função do
estruturada com os membros da família
consumo de espécies frutíferas (DUBOIS et
utilizando um questionário com perguntas
Agroecossistemas, v. 2, n. 1, p. 73-81, 2010
75
abertas e fechadas para a realização do
aumento da biodiversidade e recuperar áreas
levantamento da biodiversidade presente nos
degradadas e/ou abandonadas para que seja
quintais de três unidades de produção
possível
familiares.
unidades de produção familiar.
alcançar sustentabilidade nessas
Além da entrevista foram realizados
No Quintal 1, a finalidade principal
registros fotográficos da área e avaliadas as
das espécies é a complementação da dieta
espécies arbóreas quanto à altura total (AT),
familiar através do consumo de frutas (86%)
diâmetro a altura do peito (DAP) e diâmetro de
produzidas na área do quintal. As outras
copa (DC) dos indivíduos produtivos. Os dados
funções exercidas pelas espécies escolhidas
foram analisados através da estatística descritiva
pela família para comporem o quintal são: a
e para comparar a similaridade de espécies entre
sombra para deixar a casa mais arejada
os quintais foi utilizado o índice de similaridade
(60,4%), produção de madeira para lenha e
de Sorense, que é dado pela equação: IS (%) =
fabricação de cercas, curral e móveis (32,5%).
(2A/B+C) x 100, em que A = número de
A família utiliza seu quintal para criação de
espécies comuns às duas áreas; B e C =
aves (57), sendo vendidas apenas quando há a
número de espécies de cada uma das áreas
procura
(SORENSE, 1972).
Corroborando
pelos
Sablayrolles
agricultores
com
(2009)
Ferreira
que
os
vizinhos.
e
Piresquintais
agroflorestais funcionam como espaços para
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os
três
quintais
encontros e reuniões comunitárias, para
agroflorestais
brincadeiras de crianças, descanso da família,
selecionados para o levantamento possuem
além da criação de
área de 0,5 ha. Este estudo levantou um total
domésticos
de 60 espécies distribuídas em 29 famílias,
cachorros).
destacando-se
Rutaceae,
Anacardiaceae,
Annonaceae e Palmae (Tabela 1).
As
encontradas
espécies
em
maior
frutíferas
frequência,
(como
pequenos
galinhas,
animais
patos
e
Em relação às espécies vegetais
encontradas no Quintal 2, foram escolhidas
foram
pela agricultora e seu filho que juntos
por
trabalham na limpeza e manutenção do
contribuírem na permanência do agricultor ao
mesmo.
lote, além de colaborar com a segurança
quintal
alimentar. Segundo Oliveira (1997) a adoção
contribuir para complementação da dieta da
de frutíferas em quintais agroflorestais podem
familiar (68,75%), as espécies madeiráveis
gerar lucros adicionais de renda, propiciar o
(15,62%) são utilizadas para fabricação de
A maior parte das espécies do
tem
como
finalidade
principal
Agroecossistemas, v. 2, n. 1, p. 73-81, 2010
76
cercas, do curral, móveis e para fazer lenha. A
cachorros são criados para dar a proteção ao
diversidade de espécies no quintal também
estabelecimento de animais peçonhentos,
pode estar relacionada ao tempo de moradia
ladrões e ajudar na caça de animais silvestres.
da família no lote.
Nele estão presentes
Em relação ao índice de Sorense, os
animais como: cachorro (1), gato (1), aves
quintais agroflorestais avaliados obtiveram as
(81) e suínos (7). Estes, por sua vez, possuem
seguintes sequência de similaridade: Q2 x Q1
finalidades diferentes o cachorro ajuda na
> Q3 x Q2 > Q3 x Q1 (Quadro 2).
caça e protege a família dos ladrões, a gata
tem a função afugentar ratos, aranhas e
cobras. As aves e suínos são criados para o
A similaridade entre os quintais foi
considerada baixa, pois o índice ficou abaixo
de 50%. Isso pode ser explicado em função da
consumo da família.
preferência das famílias por espécies em
Com respeito à função das espécies
função do uso (frutífera, madeireira e
vegetais encontradas no Quintal 3, foi
medicinal), disponibilidade de material de
observado que 88,46% são espécies com
propagação
finalidade
madeireira
espécie, demanda de mão de obra relacionada
(construção de móveis e lenha) e 3,84%
a tratos culturais específicos. Segundo Pinto-
medicinal. Como a família está no P.A. há 15
Coelho (2000) a frequência de determinadas
anos seu quintal é bastante diversificado, pois
espécies
além das espécies vegetais estão presentes
relacionada com sua função seccional, além
alimentar,
7,69%
animais, como: cachorro (2), gato (2), aves
no
vegetal,
quintal
adaptabilidade
agroflorestal
da
está
da preferência do agricultor pelo potencial de
(50) e suínos (3). As aves são criadas com
aproveitamento da espécie, assim como pela
duas finalidades, consumo e venda. Os suínos
disponibilidade de material para reprodução.
são apenas para consumo, os gatos e os
Agroecossistemas, v. 2, n. 1, p. 73-81, 2010
77
Tabela 1: Espécies vegetais em quintais agroflorestais de unidade de produção familiares e formas
de utilização no P. A. Belo Horizonte I, São Domingos do Araguaia – PA.
Família/Espécie Nome científico
ANACARDIACEAE
Anacardium occidentale L.
Myracrodruon urundeuva Allemão
Magnifera indica L.
Spondias mombin L.
Spondias purpurea L.
Lithraea molleoides var. lorentziana
Hieron. ex Lillo
ANNONACEAE
Anona reticulata Linn
Rollinia mucosa (Jacq.) Baill
Anona muricata L.
Rollinia mucosa (Jacq.) Baill
BIGNONIACEAE
Tabebuia serratifolia Vahl
Crescentia cujete L.
Jacaranda mimosifolia D. Don
BIXACEAE
Bixa orellana L.
CARICACEAE
Jacaratia spinosa (Aubl.) A. DC.
CECROPIACEAE
Cecropia hololeuca Miq
CESALPINACEAE
Tamarindus indica Lineu
Caelsalpinia ferrea Mart
COMBRETACEAE
Terminalia catappa L.
FABACEAE
Cenostigma tocantinum Ducke
Parkia multijuga Benth.
LAURACEAE
Persea americana C. Bauh
LECYTHIDACEAE
Bertholletia excels Humb. e Bonpl.
MALPIGHIACEAE
Malpighia glabra Linn
MALVACEAE
Theobroma speciosum Willd. ex
Spreng.
MELIACEAE
Cedrela odorata L.
Swietenia macrophylla King
MIMOSACEAE
Inga spp.
Parkia multijuga Benth.
Nome comum
Ocorrência
Uso
Cajú
Aroeira preta
Manga
Cajá
Siriguela
PT
ES
PT
PT
PT
AL/SO
LEN/MO
AL/SO
AL/SO
AL/SO
Aroeira branca
ES
LEN/MO
Condessa
Ata
Graviola
Berimbá
PT
PT
PT
PT
AL/SO
AL/SO
AL/SO
AL/SO
Ipê amarelo
Coité
Jacarandá
ES
PT
ES
LEN/MO
UDO/ALT/SO
CON/SO
Urucum
PT
UDO/SO
Mamuí
ES
AL/SO
Embaúba
ES
SO
Tamarindo
Jucá
PT
PT
AL/SO
ME/SO
Amêndoa
PT
AL/SO
Pau preto
Faveira
ES
ES
LEN/SO
LEN/MO
Abacate
PT
AL/SO
Castanha-do-Pará
ES
AL
Acerola
PT
AL/SO
Cacau-da-mata
ES
ORN/EXP/SO
Cedro
Mogno
ES
PT
LEN/MO
MO
Ingá
Faveira
PT
ES
AL/SO
LEN/MO
Agroecossistemas, v. 2, n. 1, p. 73-81, 2010
78
Continuação da Tabela 1.
Família/Espécie Nome científico
MORACEAE
Chlorophora tinctoria (L.) Gaudich. ex Benth.
Artocarpus heterophyllus Lam.
MUSACEAE
Musa sp.
MYRTACEAE
Myrcia cauliflora Berg
Psidium guajava L.
OXALIDACEAE
Averrhoa carambola L.
PALMAE
Oenocarpus bacaba Mart.
Cocos nucifera L.
Syagrus oleracea (Mart.) Becc
Attalea speciosa Mart. ex Spreng.
PAPILIONACEAE
Dioclea violácea Mart. ex Benth.
Dipterix odorata Willd
PIPERACEAE
Xylopia aromática (Lam.) Mart.
ROSACEAE
Moquilea tomentosa Benth
RUBIACEAE
Coffea arabica L.
Genipa americana L.
Psychotria longipedunculata
(Gardner) Müll. Arg.
RUTACEAE
Citrus aurantium L.
Citrus sinensis L.
Citrus reticulata Blanco
Citrus L.
Citrus aurantifolia Swing
Murraya paniculata (L.) Jack
Citrus aurantiifolia (Christm.) Swingle
Citrus reticulata Blanco
SAPINDACEAE
Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk.
SAPOTACEAE
Pouteria macrophylla (Lam.) Eyma
STERCULIACEAE
Thebroma cacao L.
Theobroma grandiflorum Schum
Guazuma ulmifolia Lamark
VERBENACEAE
Tectona grandis L. F.
Nome comum
Ocorrência
Uso
Moreira
Jaca
ES
PT
LEN/MO/CO/SO
AL
Banana
PT
AL
Jabuticaba
Goiaba
PT
PT
AL/SO
AL/SO
Carambola
PT
AL/ME/SO
Bacaba
Coco
Gueroba
Babaçu
ES
PT
ES
ES
AL
AL
AL/SO
AL/SO
Coronha
Cumaru
PT
ES
ORN/ME/SO
AL/ME/EXP/SO
Pimenta-de-macaco
PT
AL
Oiti
PT
AL/SO
Café
Genipapo
PT
ES
AL/SO
AL/SO
Café-da-mata
ES
CON/SO
Laranja da terra
Laranja
Tangerina
Lima
Limão galego
Murta
Limão tanja
Mexerica
PT
PT
PT
PT
PT
ES
PT
PT
AL/ME/SO
AL/SO
AL/SO
AL/SO
AL/SO
AL/SO/ORN
AL/SO
AL/SO
Pitomba
PT
AL/SO
Taturubá
ES
AL/SO
Cacau
Cupuaçu
Mutamba preta
PT
PT
ES
AL/SO
AL/SO
CON/LEN/SO
Teca
PT
MO/SO
Onde: PT= plantio, ES= espontâneo, AL= Alimentação, ME= Medicinal, CON= Construção, MO= Móveis, ORN=
Ornamental, LEN= Lenha, UDO= Utensílios domésticos, SO= Sombra, EXP= experimentação.
Agroecossistemas, v. 2, n. 1, p. 73-81, 2010
79
Quadro 1: Caracterização das espécies vegetais em quintais agroflorestais de unidades de produção familiares do P.A. Belo Horizonte I, São
Domingos do Araguaia – PA.
Espécies
Abacate
Acerola
Amêndoa
Aroeira branca
Aroeira preta
Ata
Babaçu
Bacaba
Banana
Berimbá
Cacau
Cacau-da-mata
Café
Café-da-mata
Cajá
Cajú
Carambola
Castanha-do-Pará
Cedro
Coco
Coité
Condessa
Coronha
Cumaru
Cupuaçu
Embaúba
Espinheiro
Faveira
Genipapo
Goiaba
Graviola
Gueroba
J
1
1
Planta
A
P
1
1
1
Quintal 1
AT
(m)
7
3
9
DAP
(cm)
120
46
125
DC
(m)
12,30
3,50
14,80
15
56
2,00
6,00
J
1
2
Quintal 2
AT
DAP
(m)
(cm)
7
80
3,5
23
DC
(m)
5,00
2,00
6,5
44
3,00
1
5
10
9
20
132
-
1,00
-
1
1
5
6,5
54
84
6,00
6,50
6
1
1
3,9(±0,5)
12
12
29,5(±14,1)
64
142
3,50(±0,30)
6,00
8,00
Planta
A
P
1
1
3
2,5
5
1
1
3
4
2
1
3
7
8,5
49
-
41
1
13
5
8,5
3,5
40
39
50
7,05
4,00
7,50
6
2
1
7
7
18
9
8
7
3
5
4
100
100
170
40
80
70
17
45
12
14,05
12,00
10,00
7,00
10,50
3,50
7,05
4,00
4
8,5
10
8
1,8
10
70
50
29
65
50
84
5,50
6,00
12,80
10,25
1,95
19,00
1
3
1
4
1
1
1
1
1
1
1
1
7
10
10
13
70
5
3
7,3(±4,5)
70(±10,0)
1
6
3
60
33
4,00
4,00
3
7(±1,0)
15
76(±10,6)
45
5, 3(±1,0)
5,00
6
1
6,7(±2,2)
6
54,7(±12,2)
25
5,50(±1,6)
5,00
1
1
2
J
Quintal 3
AT
DAP
(m)
(cm)
11,00(± 4,24)
86(±33,94)
3,00
51,5(±30,41)
DC
(m)
6,50(±1,41)
3,38(±1,59)
3
4,67(±1,15)
15,00
36(±17,09)
175(±35,36)
2,50(±1,00)
-
2
3,50(±0,71)
54(±14,14)
5,50(±2,83)
3,00
85
6,00
2
17,00
6,50(±2,12)
7,00
200
33,5(±2,12)
96,50(± 4,95)
17,00
3,00(±0,71)
8,00(± 2,12)
1
10,00
83
-
6,36(±1,6)
62,73(±22,1)
5,77(±1,6)
9,00(±1,73)
4,75(±0,35)
71,0(±12,3)
41(±7,07)
10,67(± 2,7)
2,38(±0,88)
Planta
A
P
1
2
2
2
1
1
2
11
3
1
2
-
Agroecossistemas, v. 2, n. 1, p. 73-81, 2010
80
Continuação do Quadro 1.
Espécies
Ingá
Ipê amarelo
Jabuticaba
Jaca
Jacarandá
Jucá
Laranja
Laranja da
terra
Lima
Limão galego
Limão tanja
Mamuí
Manga
Mexerica
Mogno
Moreira
Murta
Mutamba preta
Oiti
Pau preto
Pimenta-demacaco
Pitomba
Siriguela
Tamarindo
Tangerina
Taturubá
Teca
Urucum
Planta
J
A
P
2
3
1
1
1
1
1
Quintal 1
AT
DAP
(m)
(cm)
8,5
80
4
40
3
40
1,2
0,09
1,4
0,2
DC
(m)
13,70
3,00
3,00
1,15
2,65
3
2
30
2,25
4
2
7
2,5
30
25
6,00
2,10
Planta
J
A
P
1
2
7
1
9
1
9
8,5
2
13
50
79
93
2
9
10,00
Quintal 2
AT
DAP
(m)
(cm)
5
3,9(±0,9)
23
44,1(±12,9)
Quintal 3
DC
(m)
Planta
J A
P
AT
(m)
DAP
(cm)
DC
(m)
1
3
13,33(±1,53)
122,7(± 39,5)
11,67(± 2,57)
4
7
7,36(±2,76)
72,3(±29,59)
5,38(±2,98)
2
8,25 (±1,06)
71 (±15,56)
7,25 (±2,47)
1
4,00
30
4,50
4
1
12,50 (±1,00)
5,00
12
16
148,75(±40,9)
93
42
125
12,25 (±3,01)
6,50
4,50
5,00
5,00
5,00
34
23
3,5
5,50
7,00
70
6,50
3,00
30
1,50
10,00
140
12,00
7,00
2,40(±0,9)
4
40
2,00
14(±1,4)
9,1(±2,8)
135(±35,4)
125,7(±51,1)
5,8(±1,80)
8,60(±4,40)
7
6,5
43
2,50
2
3,5
27
3,00
8
60
5,00
4
3
3,00
1
10
140
12,00
3
10,7(±2,3)
19
3
70(±14)
4
40
5,20(±0,6)
1,00
6,00
2
1
9,50
1
14,84
1
1
1
6,5
11
10
70
7,25
12,75
1
2
1
14
2
12,5
220
10
73
20,50
1,50
13,75
1
1
1
1
1
1
17
1
1
Agroecossistemas, v. 2, n. 1, p. 73-81, 2010
81
Quadro 2 – Índice de similaridade de Sorense (%) em quintais agroflorestais de unidades de
produção familiares do P.A. Belo Horizonte I, São Domingos do Araguaia - PA.
Q1
32,26
46,58
Q3
Q2
Q2
39,21
Onde: Q1= quintal 1; Q2= quintal 2; Q3= quintal 3.
CONCLUSÃO
Os quintais agroflorestais constituemse numa alternativa viável de manejo racional
OLIVEIRA, T. K. Sistemas agroflorestais:
vantagens e desvantagens. 1997. Disponível:
<http://www.cpafac.embrapa.br/chefias/cna/ar
tigos/sistagroflo.htm>.
Acesso
em:
31/09/2009.
devido sua composição florística, estrutura e
possibilidade
de
produção
diversificada
auxiliando na segurança alimentar da unidade
de produção familiar durante o ano todo, já
que as espécies são preferencialmente com
finalidade alimentar. A comercialização do
excedente de produção auxilia na composição
PINTO-COELHO, R. M. Biodiversidade:
métodos de mensuração. In: _ Fundamentos
em Ecologia. Porto Alegre: Artmed, p. 81-91,
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caracterização de quintais agroflorestais no projeto