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Testemunho
“Levanta-te e vai à grande cidade” (Jn 1,2)
“Aqui está o desafio fundamental que afrontamos: mostrar a capacidade da Igreja para promover e formar discípulos e missionários que
respondam à vocação recebida e comuniquem por toda parte, transbordando de gratidão e alegria, o dom do encontro com Jesus Cristo”
(Dap 14). O que aconteceria na cidade de São Paulo se a maioria dos
batizados se tornassem realmente discípulos missionários?
A missão evangelizadora na cidade recebe nova inspiração neste mês
da Bíblia com a reflexão sobre o livro de Jonas. A história de Jonas é um
conto que se lê com prazer, e que serve muito bem para a formação
de discípulos-missionários. Todos podemos nos ver espelhados em
Jonas, em sua luta e resistência contra Deus, e, ao mesmo tempo,
sendo surpreendidos a cada momento com as diversas formas de presença e de manifestação de Deus em nossa vida.
Jonas é enviado para profetizar em Nínive, uma cidade grande
para os parâmetros da época. Era uma cidade habitada por estrangeiros. A grande dificuldade do profeta era justamente a
de ser missionário fora do espaço de seu povo e de sua comunidade. Jonas não entendia o motivo de pregar para um povo que
não fazia parte do povo de Israel. Parece que ele realmente
não estava preparado, pois não tinha ainda aquela intimidade
com Deus a ponto de entender seus caminhos e poder agir com
autoridade em seu nome.
Começa então sua luta com Deus (cf. Jn 1). Toma a direção contrária,
e se dirige a Társis, considerada pelos hebreus como o fim do mundo.
Seu desejo é ficar longe da face de Deus: “Pagou a passagem e embarcou, para tentar escapar da presença do Senhor”. Estava realmente
alienado. Enquanto todos enfrentavam a tempestade do mar e estavam agitados, Jonas se refugia no porão do navio, e dorme, alheio às
pessoas e aos acontecimentos! Quando é acordado, prefere a morte,
e pede que o joguem no mar. Quem sabe, com a morte, conseguirá
fugir mais longe do Senhor! Ele, que tinha medo de se atirar na missão
na grande cidade, agora prefere ser jogado num mar agitado.
Fuga inútil! Chegou, sim, ao ponto mais baixo de sua vida, no ventre
de um peixe. Mas, nesta condição extrema, ele se reencontra com o
Senhor, e experimenta sua grande misericórdia (cf. Jn 2):
“Tu me afundaste no coração do mar, um rio me encobriu.
Passaram sobre mim tuas ondas e redemoinhos.
Pensei, então: ´Fui expulso da presença do teu olhar,
mas voltarei a admirar a beleza de teu santo templo´...
Quando ia perdendo toda esperança,
lembrei-me do Senhor,
e minha oração chegou a ti no teu santo templo”.
Jonas agora parece estar preparado para ser missionário. Passou pelo
deserto da aridez e do comodismo, e encontrou-se com o Senhor. O
peixe então devolve Jonas à terra. O Senhor o envia novamente para
a grande cidade, para anunciar o que Ele quer dizer. Desta vez Jonas
obedece, e profetiza a destruição da cidade, pois era isto que ele
entendia ser a vontade de Deus.
O resultado de sua pregação é inesperado para Jonas: “Os ninivitas
passaram a crer em Deus e proclamaram um dia de penitência” (cf. Jn
3). Deus então perdoa os ninivitas. A vontade de Deus era a conversão
do povo à vida e ao verdadeiro Deus.
Jonas fica irritado, pois ele havia profetizado a ruína daquele povo, e
agora Deus não quer destruir a cidade. Jonas está com seu orgulho
ferido. Continua sua luta com Deus, a quem acusa de ser bondoso
demais (cf. Jn 4). Diz novamente que prefere morrer. Faltava ainda
algo para o missionário Jonas: entender que a missão não é dele, mas
de Deus; que deve anunciar a palavra de Deus, não as suas; que deve
estar disponível para servir ao projeto de Deus, não ao seus projetos
de realização pessoal, que Deus quer salvar a todos, e busca constantemente a ovelha desgarrada. O Senhor dialoga pacientemente com
Jonas, que deverá crescer sempre mais neste diálogo com Deus, para
entender sempre mais profundamente o Mistério de seu amor.
A grande cidade continua sendo terra de missão, e o Senhor continua
a enviar profetas. Que aconteça a conversão pessoal e pastoral que os
novos tempos exigem!
Dom Tarcísio Scaramussa, SDB
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal da Região Sé
Região Episcopal Sé
Aniversário de Dom Tarcísio
A Região Episcopal Sé parabeniza
Dom Tarcísio Scaramussa pelo seu
aniversário natalício que será celebrado no dia 19 de setembro.
Agradecemos a Deus sua vida e sua
presença entre nós, desejando
que o Espírito Santo continue a
iluminá-lo na sua mssão.
Aniversariantes de Setembro
NATALÍCIO
07.
10.
14.
15.
19.
21.
21.
Pe. Armênio Rodrigues Nogueira
Pe. João Batista Lopes, SSS
Dom Paulo Evaristo Arns
Pe. Sérgio Lucas Câmara
Dom Tarcísio Scaramussa, SDB
Pe. Cláudio Gregianim, CMF
Dom Odilo Pedro Scherer
22.
24.
24.
27.
27.
28.
Pe. Luiz Antônio Mathias, CSsR
Pe. Ademir Gonçalves, CSsR
Fr. Alain Hevin, TOR
Pe. Carlos Alberto Contieri, SJ
Fr. Rubens Sevilha, OCD
Mons. Luiz Geraldo Amaral Mello
ORDENAÇÃO
16. Pe. Ricardo Cardoso Anacleto
17. Fr. Alain Hevin, TOR
20. Pe. Ilson José Frossard
Provisões da Região Episcopal Sé
ADMINISTRADOR PAROQUIAL
Paróquia de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos
Pe. Ivanildo José Domingos, SAC
USO DE ORDENS
Companhia de Jesus - Jesuítas
Congregação do Santíssimo Redentor - Redentoristas
COMISSÃO PAROQUIAL DE ASSUNTOS ECONÔMICOS
Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios
Paróquia do Sagrado Coração de Jesus em Sufrágio das Almas
Nomeações da Arquidiocese
Na celebração de abertura do mês Vocacional, na Arquidiocese
de São Paulo, foi anunciada a nomeação do novo coordenador
da Pastoral Vocacional Arquidiocesana, Pe. Messias de Moraes
Ferreira, e do Vice-Reitor do Seminário Propedêutico Nossa
Senhora da Assunção, Pe. Frank Antonio Almeida.
Agenda de Crismas - setembro
11/09 10h00 Catedral Metropolitana de São Paulo
26/09 11h30 Paróquia de São Paulo da Cruz- Calvário
Censo 2010: Qual é sua religião?
Divulgação
O Censo de 2010 já está em pleno andamento e vai mostrar o rosto atual do
Brasil, visto a partir de muitos ângulos.
Um deles, será o perfil religioso. Preocupa, porém, aquilo que vem depois da
pergunta: “qual é sua religião?” No nosso caso, não basta responder: “sou católico”, ou: “minha religião é a católica”;
mas sim “sou Católico Apostólico Romano” ou minha religião é “Católica Apostólica Romana”.
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