Jornal Virtual da Diretoria de Hidrografia e Navegação - ANO 1 Nº 1 - Agosto/2009 - www.dhn.mar.mil.br
Navio Polar Almirante Maximiano lança
quatro flutuadores ARGO
A Diretoria de Hidrografia e Navegação lançou, no período de 20 de junho
a 2 de julho, quatro flutuadores de subsuperfície, em contribuição às atividades do programa internacional ARGO Array for Real-time Geostrophic Oceanography.
O flutuador ARGO é um cilindro de
aproximadamente dois metros de comprimento que é deixado derivar por alguns dias a uma determinada profundidade (cerca de 1mil metros) e, em intervalos regulares (normalmente 10
dias), desce até 2 mil metros e sobe à
superfície, ocasião em que envia todos
os dados coletados durante esse período submerso. Em seguida, submerge
novamente e inicia um novo ciclo de
medições.
O derivador ARGO se presta principalmente a estudos da circulação
oceânica a médias e grandes profundidades, bem como a outros estudos na
área de oceanografia.
Os lançamentos realizados visam a
complementar a atual rede operacional e experimental de medidas de alta
densidade (XBT, derivadores, etc.) que
são empregadas para a geração de modelos oceânicos, calibração e validação
dos modelos gerados a partir de dados
satelitários (a chamada verdade de campo - “ground truth”).
No Brasil, os lançamentos são
realizados por meio de navios da
DHN, dentre eles o NPo Alte. Maximiano, que vem apoiando o Projeto MOVAR - Monitoramento da Variabilidade Regional localizado no
Oceano Atlântico Sul entre o Rio
de Janeiro e a Ilha Trindade, no
Espírito Santo.
Foto: DHN
Lançamento de flutuador ARGO
CARACTERÍSTICAS DO FLUTUADOR ARGO
Esquema de funcionamento
Detalhes do flutuador
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Intercâmbio com o Serviço Meteorológico Alemão
A Diretoria de Hidrografia e Navegação recebeu, no período de 6 a 10 de
julho, a visita do Dr. Detlev Majewski,
Chefe da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento do Serviço Meteorológico Alemão (Deustcher Wetterdienst - DWD).
A visita do pesquisador teve como
principal objetivo tratar sobre estudos de casos, desempenho e avaliação dos resultados do modelo atmosférico HRM (High-resolution Regional Model), o qual tem sido empregado não somente no Serviço
Meteorológico Marinho brasileiro
(SMM), como também em diversos
serviços meteorológicos, universidades e instituições de pesquisas no
Brasil e ao redor do mundo.
O HRM é o modelo atmosférico padrão adotado pelo SMM, operado pelo
Centro de Hidrografia da Marinha
(CHM), que fornece produtos de previsão numérica em auxílio à produção
de boletins de previsões meteorológicas para área marítima de responsabilidade do Brasil junto à Organização
Meteorológica Mundial (OMM) e para a
Península Antártica. Essa visita também marcou os 13 anos de implantação da previsão numérica do tempo na
DHN e de uma profícua relação de cooperação entre a DHN e o DWD.
Durante essa semana, foi organizado um ciclo de palestras proferidas pelo
Dr. Detlev. As palestras abordaram assuntos de interesse direto do SMM,
com enfoque no estado da arte em previsão numérica do
tempo.
Além da DHN, participaram representantes
do Instituto Nacional de
Meteorologia (INMET),
do Sistema Meteorológico do Paraná (SIMEPAR), do Centro de
Previsão do Tempo e
Estudos Climáticos do
Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais
(CPTEC/INPE) e da
Petrobras.
Esse tipo de interação com a comunidade científica traduz-se em enorme benefício ao SMM, pois permite acompanhar
o estado da arte, absorver e aplicar técnicas que resultam num aumento da qualidade e da acurácia das previsões prestadas pela Marinha do Brasil em apoio à segurança da navegação e à aplicação do
Poder Naval.
Foto: CHM
DHN realiza Intercâmbio com a Marinha dos EUA
na área de Hidrografia
Foto: CHM
Entre os dias 6 e 17 de julho de 2009,
a DHN recebeu a visita de representantes da Marinha dos EUA, da área de
hidrografia, mais especificamente do
Naval Oceanographic Office (NAVOCEANO) e do Fleet Survey Team (FST),
como parte do exercício “Southern Exchange 2009”, previsto no Programa de
Intercâmbios de 2009.
Os trabalhos foram realizados na
Baía de Guanabara, nas proximidades
da DHN, envolvendo técnicas de redução de marés, usando dados de posicionadores precisos com GPS, procedimentos de sondagem com ecobatímetros multifeixe, processamento de
dados multifeixe para classificação de
sedimentos do fundo, modelagem hidrodinâmica de correntes, medição de
correntes com ADCP e sensoriamento
remoto.
Os resultados demonstraram a enorme potencialidade das correções de
marés com GPS, representando uma
solução para a produção de informações batimétricas em regiões com características hidrodinâmicas complexas, como algumas baías e, principal-
mente, as
Barras Norte
e Sul do Rio
Amazonas.
No dia 8 de
julho, na Praia
de Camboinhas (Niterói,
RJ), ocorreu
uma demontração de sondagem expedita com jetski
na zona de arrebentação
pela equipe do
FST para apoio
às Operações
de Desembarque Anfíbio, Demonstração pelo FST de
que contou
com a presença de representantes do
ComOpNav, do CGCFN, da FFE, do
GRUMEC e de outras OM do CFN. Foi
realizado um briefing prévio a essa demonstração para descrever a técnica
empregada, bem como para discutir a
viabilidade de emprego operacional em
sondagem expedita para apoio às OpAnf
uma situação de presença do inimigo
e de forte oposição.
Espera-se que a continuidade da
cooperação entre a DHN, a NAVOCEANO e o FST venha a incrementar
nossas capacidades em hidrografia,
meteorologia e oceanografia para
apoio às Operações Navais.
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DHN lança terceira boia meteoceanográfica de
fundeio de 2009
Dando continuação às atividades do Programa Nacional de
Bóias - PNBOIA, da Diretoria de
Hidrografia e Navegação, foi lançado no dia 24 de julho, a boia
meteoceanográfica de fundeio
“ALNITAKA”, completando os
três lançamentos planejados
para 2009.
Os dois lançamentos anteriores, foram das boias (do tipo
“Plataforma”, fabricadas pela
empresa Axys Technologies,
Canadá) “ALNILAN” e “MINTAKA”, respectivamente, nos
litorais dos Estados de Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
A “ALNITAKA”, uma boia Axys
Watchkeeper, do tipo “Costeira”, foi lançada pelo NHO AMORIM DO VALLE, ao largo de
Cabo Frio (RJ), sendo a profundidade local de 73m. As boias
receberam nomes em alusão
às estrelas da Constelação de
Órion, as “Três Marias”.
O apoio dessas bóias ao
Serviço Meteorológico Marinho (SMM) e a outros Centros
de Previsão e de Pesquisas,
ocorre por meio da medição e
transmissão, em tempo real,
de dados de ventos, ondas,
pressão atmosférica, temperatura do ar e da água, humidade relativa e fluorescência,
bem como a medição e armazenagem para posterior recuperação de dados de temperatura de seis termistores instalados em seu dispositivo de
fundeio, ao longo da coluna
d´água. Os dados transmitidos são colocados no GTS/
WIS (GLOBAL TELECOMMUNICATION SYSTEM).
Está planejada e já iniciada a
compra de mais duas boias do
tipo ”Plataforma” e uma do tipo
“Costeira”, bem como o upgrade da bóia 3M de Plataforma “MINUANO”.
Manutenção Bienal em Faróis
Foto: CAMR
O Centro de Sinalização Náutica e Reparos Almirante Moraes Rego
- CAMR é responsável pela manutenção corretiva e preventiva de 15
radiofaróis e 15 estações rádio de faróis ao longo da costa do Brasil.
Um radiofarol conta com um equipamento de NDB (non-directional
beacon) e uma estação de referência diferencial GPS (ERDGPS), além
de equipamentos de comunicação. Uma estação radiofarol conta apenas com equipamentos de comunicação em HF (SSB) e VHF. Durante
as manutenções são realizadas as seguintes tarefas: desmontagem e
limpeza dos transmissores NDB; inspeção dos transmissores de SSB
e VHF; substituição dos cabos de sustentação da torre irradiante e
cabos dos mastros de comunicação; tratamento e pintura das antenas
irradiantes, antenas WHIP, antenas VHF e mastros de comunicações;
substituição das antenas dipolos e para-raios; e inspeção, limpeza e
aferição das ERDGPS.
Diferentemente do que se cogitava há alguns anos, o fim do emprego do radio goniômetro como equipamento de navegação não acarretou
o desuso dos radiofaróis, pois a onda emitida pelos antigos transmissores NDB serve como portadora das correções DGPS.
A antena do radiofarol é composta de uma estrutura metálica irradiante com uma altura que varia de 42m a 72m.
A cada ano são realizadas cerca de seis comissões, cada uma envolvendo um radiofarol e estações rádio dos faróis nas proximidades.
Em 2009, foram realizadas manutenções bienais nos faróis, no período de 20 de abril a 5 de junho.
Estação rádiofarol instalada próximo ao farol Albardão
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Curso do Programa Bathy DataBase
Fotos: CHM
O Centro de Hidrografia da Marinha nos dias
29 de junho a 3 de julho
relizou um curso do programa “Bathy DataBase” da empresa CARIS,
que foi adquirido recentemente para armazenar e gerenciar dados
batimétricos. Com o
avanço da tecnologia da
aquisição de dados batimétricos, o volume de
informações a serem armazenadas cresce
cada vez mais, em especial em decorrência da utilização
de ecobatímetro multifeixe.
Com esta situação, o modo antigo de armazenar informações não
se mostra mais apropriado, sendo
necessário uma ferramenta com maior capacidade de arquivamento, geren-
cação e transferência de informações
para o banco de dados utilizado em
apoio à produção de cartas náuticas,
em fase de implantação no CHM.
Além de ser um banco de dados batimétricos, o programa permite o armazenamento de informações de contorno, topográficos, maregráficos, sonográficos, e outros tipos de superfícies,
como imagens raster.
ciamento e recuperação dos dados.
A filosofia deste programa é a utilização de superfícies batimétricas,
com metadados correspondentes, de
modo a possibilitar a geração de diversos produtos, dentre os quais se
destacam a capacidade de comuni-
Primeira missão operativa do Navio
Polar Almirante Maximiano
O Navio Polar Almirante Maximiano
cumpriu a sua primeira missão operativa ocorrida entre os dias 20 de junho
e 2 de julho, além de levar o material e
pessoal necessários até a construção
da Estação Científica da Ilha da Trindade (ECIT). Foram transportadas cerca de 50 toneladas de material de
construção, boa parte por helicóptero do
Esquadrão HI-1 que
realizou 89 pousos a
bordo do navio polar e
232 fainas de carga externa (VERTREP). Também foi utilizada a embarcação popularmente chamada de “cabrita”, que resultou 3 fainas de carga
No dia 28 de junho, foi realizada
Cerimônia de substituição do Pavilhão Nacional no extremo oriente
de nosso território, a Ilha de Martin
Vaz.
Fotos: GNHO
Comando da Marinha
Comandante: Alte de Esq. Júlio Soares de Moura Neto
Centro de Comunicação Social da Marinha do Brasil
Diretor: C. Alte. Domingos Sávio Almeida Nogueira
E XPEDIENTE
REDAÇÃO E EDITORAÇÃO
2T RM2-T Jaqueline Alves
Assessoria de Comunicação da DHN
EQUIPE
EQUIPE
APOIO: 2º SG Pimentel, CB Leandro,
MN Adriano
DE EDITORAÇÃO: 3º SG-PD Selma Moraes e
3º SG-PD Viviane
E_mail: [email protected]
DE
Diretor de Hidrografia e Navegação(DHN): V. Alte. Luiz Fernando Palmer Fonseca
Comandante da Base de Hidrografia da Marinha (BHMN): CMG José Antonio da Costa dos Santos Mesquita
Diretor do Centro de Sinalização Naútica e Reparos Almirante Moraes Rego (CAMR): CMG Márcio Leite Teixeira
Comandante do Grupamento de Navios Hidrográficos(GNHO): CMG Heraldo Soares Caldeira
Diretor do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM): CMG Antonio Fernando Garcez Faria
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