ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. MOTIVAÇÃO E APRENDIZAGEM PARA O ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA: A MÚSICA NA SALA DE AULA Valdirene Prudente Santana (UFS)1 Acassia dos Anjos Santos (UFS)2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS As atuais mudanças paradigmáticas no campo da educação exigem do professor novas estratégias para estimular aprendizagens por meio da motivação nas salas de aula. Assim, para aprimorar o ensino do Espanhol (como também de outras áreas), enquanto língua estrangeira é importante usar técnicas diferenciadas levando em conta situações reais da comunicação. Os alunos ouvem músicas, assistem filmes, leem livros e acessam a internet, por isso é muito importante a utilização de recursos tecnológicos. Para melhorar o processo ensino/ aprendizagem, o ensino de uma língua estrangeira não pode limitar-se ao uso de livros didáticos, estes devem “abarcar o mundo vivido” de modo a levar em consideração os interesses dos alunos. Para Libâneo (1994), nossa escola pública brasileira, está muito aquém de atender às necessidades da população, principalmente no que se refere à administração e gestão do ensino e recursos financeiros. Quanto à questão pedagógica ele afirma que, “[...] nas escolas os recursos financeiros são insuficiente e mau empregados, as escolas funcionam precariamente por falta de recursos e matérias didáticos, os professores são mal remunerados os alunos não possuem livros e material escolar (LIBÂNEO, 1994, p.35)”. Infelizmente a maior parte dos materiais impressos e métodos utilizados até hoje para o ensino de espanhol como segunda língua não levam em conta o conhecimento do léxico que o aluno brasileiro tem em relação ao espanhol (SILVA, 2009 p.261). Concernente ao ensino de Espanhol a realidade não é diferente. No entanto, alguns professores apresentam atitudes que fazem diferença. Dentre estes, podemos destacar aqueles que desenvolvem atividades pedagógicas voltadas a atender aos interesses dos alunos, assim como, podemos dizer que, aproximam o mundo “de fora dos muros das escolas” e o trazem para dentro da sala de aula. 1 Graduanda do sétimo período e do grupo de pesquisa PIBIX de Letras Espanhol da Universidade Federal de Sergipe. Email: [email protected] 2 Mestre em letras pela Universidade Federal de Sergipe. Professora Assistente de Língua Espanhola da Universidade Federal de Sergipe. Email: [email protected] 1 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA SALA DE AULA A música é uma ferramenta essencial para o ensino de língua espanhola, em especial, aquela de origem espanhola, pois, se torna importante esse aprendizado e ainda as redes sociais que fazem com que os alunos interajam com pessoas de outros países. Assim, o ensino/aprendizagem de espanhol no Brasil não pode mais ser considerado uma prática recente. Fatores como a globalização e os tratados que o nosso país tem assinado com os parceiros do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) vem tornando o espanhol um idioma imprescindível pela necessidade de comunicação. Segundo Silva: Mas os brasileiros apresentam algumas particularidades na aprendizagem de espanhol como língua estrangeira (E/LE), apresentam facilidade na leitura e reconhecem algumas palavras que têm relação com o português, relacionando-se muito melhor com a língua espanhola falada do que com a escrita (SILVA, p.259, 2009) Neste caso a aproximação entre as línguas, segundo SEDYCIAS (2005, p.43) a autora é mais fácil para o brasileiro aprender espanhol, do que o nativo de língua espanhola, ou seja, o hispanofalante aprender o português. No ensino do espanhol, se o método de ensino for somente a escrita poderá ocorrer alguns erros de pronúncia, por isso a necessidade de uma metodologia na qual os alunos interajam de modo real: lendo, escrevendo, escutando, falando e observando atos do cotidiano de modo que o professor ao utilizar a música como meio lúdico para motivar aprendizagens (SEDYCIAS, 2005, p.63). Com aprovação da lei 11.161 de 05 de agosto de 2005, que determina que o ensino do espanhol seja obrigatório nas escolas de ensino médio e facultativo no ensino fundamental, proporcionando uma relevância ainda maior, legitimada tanto nos campos acadêmicos quanto no campo político, social e do contexto cultural. Com a globalização da economia mundial e a instalação do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) tornou- se importante o ensino de espanhol nas escolas publicas, com vista a levar o aluno à comunicação de maneira adequada em diferentes situações da vida cotidiana. O ensino do espanhol contribuirá para ampliar a visão de mundo dos alunos, desenvolvendo a compreensão de textos com uma língua próxima ao português, a qual oportuniza o acesso a vários conhecimentos de uma determinada cultura. Neste sentido entende-se por cultura, aspectos gerais que vão além de simples estereotipização do idioma, o que pode ser encontrados em aulas de espanhol, como por exemplo, 2 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. redução de alguns países, como: na Espanha só tem tourada, na Argentina apenas o tango e na Colômbia todos são narcotraficantes. Nesta visão, por meio de canções, poderemos evidenciar outras realidades para que os alunos percebam que cada cultura é muito maior que simples “rótulos”. Sobretudo, quando direcionamos o ensino de língua espanhola um status e caráter que, habite e capacite o aluno a compreender e a produzir enunciados corretos com nível de competência linguística, o qual permite o acesso a várias informações, com o auxílio da música na sala de aula. O ensino do espanhol nas escolas públicas possibilita o acesso às novas culturas; a circulação de informação e do conhecimento; à interação na sociedade e a participação na produção da linguagem dessa sociedade. Nas escolas públicas o ensino da língua espanhola, não acompanhou de forma relevante e eficaz as de mandas existentes, pois, uma das causas atribuídas é a falta de professores aptos a atender a essa nova realidade, soma-se a isto a falta de interesse de determinados alunos na aprendizagem de outra língua, o que implica na produção do conhecimento baseado outras culturas. Sobre a aprendizagem de uma língua estrangeira, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s 2000), adverte que o aluno aprende mais sobre si e sobre um mundo de valores culturais diferentemente. Um autor que também defende essa perspectiva é Sedycias (2005, p.62), ao afirmar que não se trata de transformar as aulas de espanhol em aulas de cultura espanhola, mas sim a necessidade de formar professores com conhecimentos múltiplos capazes de se posicionar diante de determinados temas. Adverte-nos a importância de não desconsiderar nem a diversidade da língua espanhola nem a diversidade cultural dos povos, que alguns professores costumam colocar a cultura apartada do ensino da gramática e do léxico, como se a cultura tivesse somente a finalidade de demonstrar curiosidades sobre determinado país. (SEDYCIAS, 2005, p.65). Dessa forma, se o professor optar por trabalhar com música em sala de aula, qual seria o método adequado? Sabemos que não existe um único método adequando para se trabalhar em sala de aula. O uso da música em sala de aula, para o ensino de língua estrangeira, em especial espanhol, se encaixa em diversos enfoques e abordagens de ensino como, por exemplo, cita FREITAS (postado em 29 de setembro de 2011) Áudio-lingual que segundo Leffa (1988) proporciona uma memorização de pronuncias e palavras; “Comunicativo” que é um, um dos métodos de ensino de línguas onde, há interação entre os falantes, sua intenção e funções linguísticas. (ALMEIDA FILHO, 2007, p.36) e o viés “Intercultural” que se configura em uma situação onde cada cultura é explicada no contexto uma da outra através de um processo que estimula a curiosidade pelos outros e a compreensão da interação entre ambas. (PARAQUETT, 2009 p.7). 3 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. Nessas situações são desenvolvidos diálogos, conhecimentos culturais, conhecimento de competências comunicativas; conhecimentos linguísticos e ampliação de vocabulário. Pois, ao ouvir canções o aluno desenvolve o conhecimento de novas palavras, ampliando seu vocabulário, para que sejam usadas nos diálogos, ou em situações diárias, conhecendo também a cultura daquele país, representado na música por meio do cantor, alem disso há o conhecimento da pronúncia das palavras de acordo com os diferentes traços de cada região. Deste modo, é de suma importância inovações pedagógicas no ensino do espanhol de acordo com Freire (1996) afirma que, os instrumentos para o ensino são: ver, escutar, falar e agir. Todos inter-relacionados, sobretudo quando, o professor pode convidar o aluno para contribuir com as atividades e não somente repetir e memorizando, dando a oportunidade de desenvolver diálogos utilizando, a música como instrumento para aguçar as motivações em aprender outra língua. De acordo com Gonzalez (1994) a meta é fazer com que os alunos sejam capazes de se comunicarem usando a língua meta, no caso em questão o espanhol. Para isso, eles precisam aprendê-la automaticamente, formando novos hábitos na língua meta superando hábitos em sua língua nativa. O conteúdo é bastante estrutural, apresentado em diálogos no inicio do ensino, aprendidos com imitação, memorização e repetição. Em seguida, são conduzidos a exercícios dos conteúdos e do vocabulário, na qual é dirigido pelo professor, que é o responsável em orientar os alunos, dirigir e controlar a sua aprendizagem de forma que as torne mais fácil. Sobretudo, porque os alunos aprendem músicas: rapidamente, as canções ficam em suas mentes e tornam parte cotidiana da vida. Ao cantar uma canção, assimilamos palavras do contexto a língua espanhola. Para tanto, Piaget (1993) descreve como a linguagem egocêntrica e a fala socializada se faz presente, pois os alunos expressam por meio de conversas seus interesses em aprender e gosta de repetir expressões com significado. Em relação à semelhança com a língua, González (2005), afirma ser mais fácil na hora de escrever o que se ouve, levando em conta que as palavras cognatas implicam também no portunhol que é uma das primeiras fases da aprendizagem de língua espanhola, onde se constitui a um estágio intermediário de um aluno que pretende adquirir uma segunda língua, mas, de um espanhol considerado errôneo. Para que o aprendizado de outra língua seja correto é indispensável que o professor tenha métodos interdisciplinares e abranja de modo real as atividades interligando a teoria com a prática, estimulando o aluno a produzir diferentes tipos de conhecimento. Já Carcedo González (1994) faz distinção entre os quatros aspectos: falar, ler, interpretar e escrever, afirmando que elas não têm por que estar igualmente desenvolvidas e que seria apropriado 4 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. considerar cada uma destas habilidades essenciais para a vida dos alunos. Quem aprende uma nova língua e deseja dominá-la, deve esquecer-se dos hábitos adquiridos com sua língua materna e familiarizar-se com a nova base de articulação. O professor deve conhecer tais ferramentas como estratégias pedagógicas para introduzir na escrita e também na fala, de forma a desenvolver variadas práticas de aprendizagem. Assim, a música além de ser prazerosa contribui para construir conhecimentos, sociais e emocionais, servindo como estimulo à aprendizagem. SEDYCIAS (2005, p.44) Compara o espanhol a uma música ao afirmar que, é uma das línguas mais bonita e romântica que o mundo já teve a felicidade de ouvir. MÉTODOS DESENVOLVIDOS NO ENSINO /APRENDIZAGEM Nesta direção o Departamento de Letras Estrangeiras (DLES), da Universidade Federal de Sergipe oferece “cursos de Línguas para a comunidade” (CLIC), na perspectiva de promover a formação científica e profissional do aluno, com atividades de pesquisa, ensino e extensão inteirados com a realidade em que vivem, contribuindo para o aprimoramento lingüístico e cultural dos membros das comunidades externas e internas. Comentaremos uma experiência vivida enquanto alunos de graduação em aplicação de oficinas no projeto CLIC. Para tanto, o método de ensino em questão, aplicada em sala de aula em que os alunos em processo formativo participaram de forma direta nas atividades se envolvendo com atividades de compreensão, gramática, conversação. Em uma das dinâmicas em grupo os alunos teriam que ouvir a música duas vezes e em seguida completar no presente do indicativo dos verbos, misturados e cortados em quadradinhos na forma dos verbos do infinitivo, além de outras atividades para exercita e motivar a aprendizagem do aluno. Nesse sentido, a aprendizagem da música consiste em formar um hábito, uma maneira de aprender e repetir, até que o vocabulário e a pronuncia esteja automatizada. Com a música torna-se mais fácil o aprendizado e o desenvolvimento da pronuncia. De acordo com Freitas e Barreto (2007) o ensino por meio da música, motiva o aluno a aprender as partes gramaticais e pronuncias. Assim, a música é um instrumento lúdico a, pois e pode ser utilizada no processo educativo de forma satisfatório, já que é apreciada por todo mundo. A motivação determina que se produza realmente uma apropriação do conhecimento, se o interesse e a necessidade por adquirir conhecimento de uma língua nova são fortes, o processo de aprendizagem da linguagem passa por certos processos que avançaram gradualmente. A utilização 5 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. de algumas estratégias poderá contribuir para aulas que visam o desenvolvimento da habilidade oral, que é o caso da proposta do trabalho com músicas. Freitas (2011) nos apresenta vários métodos de ensino e as principais técnicas segundo Larsen-Freeman (1986), em um dos procedimentos é o uso de material autentico. É neste sentido, que propomos como ferramenta de aprendizagem a música espanhola, para a introdução do aluno no conhecimento da língua. Paraquett (2009) nos alerta que, o ensino de língua está em integrar os alunos no funcionamento de ensino e aprendizagem, como capazes de refletir as relações de linguagem e estabelecer uma relação das diferentes concepções de língua que trazem consigo e a nova língua em aprendizagem. Molica (2009, p. 25) assegura que alguns conceitos linguísticos são muito importantes, servindo de apoio para o trabalho do professor de língua materna, como também de língua estrangeira com relação à linguagem oral e escrita. Sobre como explorar as singularidades entre o português e o espanhol, Almeida Filho (1996) salienta que, as vantagens dessa proximidade ao afirmar que permite a adequação a um planejamento que ele chama de evolutivo, em que onde aprender torna-se uma grande experiência. Assim, a música como uma ferramenta lúdica como estratégia de ensino a iniciação do espanhol eficaz. Pois, o aluno percebe com dedicação as palavras, lidas e ouvidas. Partindo, do método áudio oral e lingual, podemos incluir os outros métodos como, o método comunicativo, intercultural, sociointeracionista. Já sobre os materiais Salinas (2005) afirma que muitos não remetem às verdadeiras necessidades dos alunos, porque há uma necessidade de renovar as metodologias para melhor ensino/aprendizagem. Segundo Molica (2009, p.30), o professor tem que apreciar e utilizar de assuntos onde haja fala e comunicação, tendo em vista o conhecimento e a variedade lingüística dos alunos, de forma a desenvolver diferentes pratica de letramento. Já Almeida Filho (2007, p.15) afirma que: “aprender língua estrangeira é crescer numa matriz de relações interativas na língua alvo que gradualmente se desestrangeiriza para quem a aprende.” Em Molica (2009) assegura que, um profissional precisa conhecer as variantes lingüísticas existentes, levando em consideração que parte da aprendizagem é inata e adquirida pela experiência vivida, o individuo nasce com uma língua internalizada que precisa ser aproveitada na aprendizagem e a língua não é uma lista de palavras. Ainda de acordo com a referida autora, os professores devem prepara os alunos para que possam discernir as diversas situações que venham surgir, nesse contexto a música auxilia motivando os alunos a conhecer a língua e a escrita com num contexto real. 6 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. Pode-se considerar de acordo com os PCN’s (2000) que a música permite utilizar, composição, interpretação, expressão oral e escrita juntamente com a historia e a cultura da língua estudada. Ainda de acordo com os PCN’s (2000) o espanhol nas escolas publica auxilia atingir um nível de competência linguística capaz de permitir o aluno o acesso a informações de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribui para a sua formação geral, assim, a utilização de música no ensino do espanhol é uma estratégia adotada pelos professores na produção do conhecimento e aprendizado. Já que tratamos da metodologia em questão devemos tomar alguns cuidados, um dos cuidados é fazer com que os alunos entendam que na língua há variações, as quais o aluno as usa de maneira inadequada e que existem diversidades culturais, tais assuntos devem ser tratados em sala de aula para que eles sejam capazes de debater suas opiniões sobre a cultura de outros países. CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, como foi apresentado em todo artigo a música deixa de ser somente um entretenimento para se tornar um método de ensino estratégico que, capacita o aluno por meio eclético e motivador a aprender a língua estuda, em questão o espanhol. É de suma importância a melhoria do ensino e aprendizagem do espanhol, pois além de se tratar de uma das línguas mais falada em todo o mundo é uma língua que contribuirá para o aprimoramento lingüístico e uma visão de mundo e cultura dos alunos. O ensino do espanhol nas escolas públicas possibilita o acesso às novas culturas, a circulação de informação e do conhecimento, a interação na sociedade e a participação na produção da linguagem dessa sociedade. Sem motivação e matérias eficientes os alunos não serão capazes de debater suas opiniões sobre a cultura de outros povos, de interagir de modo real na língua estudada, no caso em questão o espanhol. A escolha da música está ligada a cultura de um país, podemos dizer que aproximam o mundo “de fora dos muros das escolas” e o trazem para dentro da sala de aula. Levando em consideração as palavras de Freire (1996), ensinar exige do professor um conhecimento cultural, transformador, trabalhado com amor tendo respeito por seus alunos, que mudar é difícil mais é possível e preciso. Quem aprende uma nova língua e deseja dominá-la, deve esquecer-se dos hábitos adquiridos com sua língua materna e familiar-se com a nova base de articulação. A finalidade é de transformar um dos mais poderosos recursos pedagógicos já utilizados em classe que é a música, em um dos métodos de ensino de língua espanhola em que os alunos sintam interesse em aprender. 7 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. REFERÊNCIAS ALMEIDA FILHO, J.C.P. 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