4 Cidades - [email protected] Diário de Caxias Anele de Paula [email protected] "Se for aprovada então a proposta da vereadora, isso sim será um ato de coragem da Câmara Municipal" O Estado do Maranhão - São Luís, 16 de março de 2014 - domingo Audiência O s representantes do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Caxias, incluem-se nesse rol os professores, tanto fizeram na porta da Câmara Municipal que conseguiram o queriam. A vereadora Benvinda (PMDB), apesar de achincalhada na porta da Casa do Povo durante manifestação da categoria, propôs na semana passada a realização de uma audiência pública para que a categoria possa expor seus desejos. Corajosos, não? Achei. Se for aprovada então a proposta da vereadora, isso sim será um ato de coragem da Câmara Municipal. E mais coragem ainda será os verea- dores se os vereadores não faltarem. É, porque eles têm o habito de fugir de tudo que lhes ameace, inclusive enfrentar o eleitorado. que o Sintrap terá essa oportunidade no mandato dos Coutinhos, mesmo tendo agido errado ao dizer palavras de baixo Foi um erro a postura dos professores durante o protesto. Principalmente por terem exagerado em atitudes e palavras. Mesmo assim, esta pode ser a primeira vez que o Sintrap terá essa oportunidade Foi um erro a postura dos professores durante o protesto. Principalmente por terem exagerado em atitudes e palavras. Mesmo assim, esta pode ser a primeira vez calão durante o protesto que realizaram na frente da Câmara há duas semanas uma luz se acende, mesmo que esta venha carregada de interesses. Marcada Caçada O tema ainda passará pela aprovação dos vereadores para somente então ter a data marcada. Entretanto, muitos apostam que será a audiência do ano na Câmara Municipal de Caxias, onde será aberta a caixa preta do setor da educação. As polícias Militar e Civil ainda estão na região à procura dos outros assaltantes que ainda não foram detidos por assaltarem a agência dos Correios de Afonso Cunha, quando explodiram um caixa eletrônico e lavaram mais de R$ 100 mil. Ideia Treinamento Quem não deve estar gostando da sugestão é a secretária municipal de Educação, Silvia Carvalho, que está há um ano quietinha, passando despercebida na gestão do prefeito Leo Coutinho. Só não se sabe até quando ficará quieta. Profissionais de Saúde de Timon (bioquímicos e biomédicos) estão participando de treinamento sobre o sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) para informatizar a rede de laboratório de saúde pública e descentralizar exames. CONTINUAÇÃO CIDADES 3 Policial militar de Imperatriz tem perfil recordista de seguidores Dauvane Silva, que é apelidado de “Rei do Facebook”, destaca o serviço que desenvolve diariamente nas ruas da cidade nas redes sociais; para esse trabalho, o policial disse que sempre contou com o apoio de seus superiores O policial militar Dauvane Silva faz sucesso em uma rede social onde atrai uma legião de seguidores. Qual é a fórmula para esse sucesso todo? Mostrar em fotos o trabalho dele nas ruas, as apreensões de drogas, entre outras, e os bandidos presos. Como se não bastasse, ele ainda recorre a uma particularidade: deixar-se fotografar ao lado dos presos. Dauvane Silva trabalha sempre em parceria com o soldado Rangel. Na maioria das vezes em que a dupla executa uma prisão, o policial avisa por mensagem de SMS (texto) aos jornalistas sobre a ocorrência onde costuma se identificar sempre na terceira pessoa do singular. "Dauvane e Rangel acabam de prender uma mulher que estava roubando no centro", escreveu o policial em uma das mensagens. Divulgação/Facebook Em entrevista a O Estado, Dauvane Silva explicou que em 20 anos de carreira já desenvolveu ações e trabalhou nos municípios de Estreito e Amarante, fez curso específico desenvolvido pela Força Nacional de Segurança no Rio de Janeiro e trabalhou na unidade especial Força Tática, mas em 2013 resolveu inovar. "Resolvi me unir ao Rangel e nós fomos para a área do Grande Santa Rita, onde começamos a ter muitas denúncias de tráfico de drogas. Falei para Rangel que sabíamos do risco. Às vezes, temos de pular muro, entrar em matagais, mas está aí o resultado: as pessoas não nos conhecem. Conhecem o nosso trabalho", disse citando as postagens no Facebook. Apoio - Para esse trabalho, o policial disse que sempre contou com o apoio de seus superiores, Segurança é o problema da internet, diz professor Aos 67 anos, o sociólogo e especialista em gestão de pessoas Valdir Batistelli não tem dúvida de que a sociedade mudou muito nos últimos anos e não há como viver sem as redes sociais. Ele próprio tem conta em muitas delas e utiliza esse meio para agendar e promover palestras. A única preocupação do estudioso é sobre os riscos que as redes sociais podem causar às pessoas que estiverem desatentas on-line. "Tudo tem seu preço. E é caro. Há riscos de toda a natureza porque as redes sociais estão aí para quem quiser escolher. É o risco da própria corrupção. Existe uma certa subserviência. Queira ou não, você é um pouco vítima das tendências, das ideias e do efeito massa", observou o sociólogo. Batistelli destacou que é natural que o joio venha com o trigo e que a melhor maneira de se prevenir de problemas é ter discernimento no uso das redes sociais pelo seu poder de fazer boas ações, mas também de provocar atos criminosos. "Vai depender dos seus valores morais, do que aprendeu desde o berço, na escola e nas instituições. É isso que vai sele- cionar, pois os conhecimentos vão aumentar muito mais e as redes sociais têm o poder de contaminar um monte de pensamentos, cabeças, ideias, ideologias, como, por exemplo, fazer e desfazer casamentos", ilustrou o estudioso da sociedade. Fonte - O historiador e antropólogo Rogério Veras, também entende que as redes sociais são fontes para muitas ações. "As redes sociais, que possibilitam a divulgação de informações, de contatos de pessoas de lugares distantes, se tornaram no Brasil recentemente um fenômeno político, uma vez que muitas reivindicações foram combinadas via Facebook. A gente precisa pensar como que essas redes sociais trazem de consequência no nosso mundo contemporâneo", raciocinou o especialista. Para Rogério Veras, outro risco é o fato de as pessoas estarem mais distantes umas das outras fisicamente, preferindo o relacionamento virtual. Ele citou como exemplo casos em que uma pessoa tem dezenas de amigos no Facebook e não conversa com o vizinho. como é o caso dos coronéis Alves, Francisco Melo, Edeilson, Uchoa e o então comandante do 3º BPM, Zanoni Porto, que atualmente é o comandante da Polícia Militar do Maranhão. Nem precisa ser policial para ter uma ideia do risco que a dupla corre ao expor bandidos presos em seu perfil na rede social, mas Dauvane Silva encara essa situação naturalmente, com algumas ressalvas. "O pessoal sabe o meu nome, no Facebook, meu telefone, mas não sei se o pessoal sabe meu endereço. As pessoas sabem onde eu ando em Imperatriz, onde eu vivo, onde eu jogo bola, o restaurante onde eu vou almoçar com minha esposa. Às vezes, vou a algumas festas e shows, mas evito alguns lugares", disse o policial. Dauvane Silva também tem uma explicação para a fotogra- fia que ele faz com o colega Rangel ao lado da pessoa presa, durante a entrega da ocorrência no Plantão Central da Polícia Civil. "O pessoal acha estranho que a gente faça a prisão do marginal e tire a foto do lado dele, mas isso é para que o cidadão identifique a pessoa. O cidadão de bem já nos conhece e o que acontece. Quando a gente começou a expor o trabalho no Facebook, as pessoas começaram a confiar no nosso trabalho. Viram que é sério", resumiu. Com a divulgação na internet, segundo Dauvane Silva, aumentou a lista de seguidores que estava em 4 mil há mais de dois meses, praticamente na mesma proporção das denúncias sobre foragidos de pontos de drogas. "A maioria das informações que recebemos vem pela rede social e pelo telefone celular pessoal", ressaltou o policial. Rei - O esforço pessoal que o policial imprime nas operações e na divulgação das ocorrências atendidas pela dupla renderam a Duavane Silva alguns adjetivos como o “Rei do Facebook”. Sempre que ele posta fotografias e informações sobre uma prisão, logo vêm os comentários dos seguidores com elogios aos militares. Apesar disso, Dauvane Silva disse que não trabalha para ganhar recompensas, não pretende ser candidato a nada e não quer nada além do merecido salário. Tudo é por uma sociedade melhor. "Nós não queremos medalha, elogios ou promoções. Esse trabalho que estamos fazendo é diretamente para a sociedade imperatrizense", encerrou Dauvane Silva, nome que usa no perfil da rede social. O policial militar Dauvane Silva