CORREIO DO POVO Sábado, 8 de novembro de 2003 A Open Home Mostra São Paulo de Arquitetura e Decoração acontece, a partir do dia 15 de novembro, num casarão da década de 20, no bairro da Aclimação, em SP. O evento quer desmitificar a figura do arquiteto e do designer de interiores e mostra que o consumidor pode adquirir idéias, projetos e serviços de decoração conforme suas necessidades práticas e econômicas. BONSAI FOTOS DIVULGAÇÃO / CP 6 ó mesmo os sábios egípcios para imaginar, há 6 mil anos, que a mistura de areia e carbonatos de cálcio e de sódio, aquecidos pelo fogo, resultaria num material belo, flexível e versátil como o vidro. Hoje, o produto assume milhares de formas, como matéria-prima de portas, janelas e divisórias. O material é usado ainda em acessórios como tampos, painéis, cubas, revestimento para paredes, molduras de espelhos, chapas com imagens gravadas e outras mil variações. O que salta ao olhos são as novas versões coloridas, translúcidas (acidatos e jateados), texturizadas e com bordas apicoadas (aspecto de estilhaçada). Todas resultantes de uma tecnologia avançada, que levou a indústria do vidro para a frente, garantindo muitas novidades. Uma das características do vidro é a luminosidade que ele proporciona aos ambientes. Por outro lado, pode-se perder a privacidade. Talvez por isso, para divisórias, uma das versões mais procuradas seja a translúcida. O jateado é uma das opções, mas hoje o mais refinado é o acidato, que ganha o aspecto translúcido devido ao tratamento com ácidos, resultando numa superfície lisa. Os jateados são porosos por serem tratados com jato de areia. O vidro continua dando um toque moderno aos ambientes. A versatilidade da matéria-prima e a variedade de acabamentos torna-o um curinga, adaptável a qualquer casa. Normalmente, o vidro vai bem com todo tipo de decoração, basta escolher o acabamento certo. Entre as qualidades do vidro, muitos decoradores ressaltam a leveza e a possibilidade que ele proporciona de integrar ambientes. É um ótimo recurso para apartamentos pequenos quando usado em portas de correr ou divisórias. Elas economizam espaço e os acabamentos translúcidos ou texturizados garantem privacidade na porta de entrada, por exemplo, ou na do banheiro. Outra vantagem citada pelos decoradores em relação ao uso do vidro é a praticidade da manutenção e da limpeza. Contudo, o vidro pede cuidados com a segurança, especialmente em casas com crianças. A tradução da palavra bonsai é “vaso” (bon) e “árvore” (sai). Portanto, é uma árvore no vaso. Mas ela não é considerada uma árvore anã, é apenas uma planta com aspecto de árvore em dimensão reduzida. Para obtê-la, uma das medidas é cortar as suas raízes. Quando se coloca uma planta qualquer em um vaso, suas raízes continuam crescendo, encontram a parede do vaso e começam, por fim, a se enrolar. Desenvolve-se uma quantidade enorme de raízes, o que dentro de três a cinco anos pode ser prejudicial à planta. O excesso de raízes pode impedir, inclusive, a drenagem adequada da água, deixando o solo saturado. Conseqüentemente, a planta não responde aos cuidados e não apresenta a beleza que se espera. Então é preciso fazer um replantio, e neste momento aparase por volta de um terço do volume das raízes, coloca-se a planta no vaso e completa-se com substrato adequado para plantio em vasos. Muitas vezes, torna-se necessário mudar um dos ramos de posição, fixando-o cuidadosamente com um arame. A operação deve ser feita de modo a não danificar a planta. Entre três a seis meses, retire o arame, pois o ramo já irá se manter na posição desejada. S Vidro traz mais leveza a divisórias e portas MOTIVOS BRASILEIROS Convidado para criar uma coleção de tecidos, o pintor Gustavo Rosa pensou em explorar figuras como aves e frutas brasileiras para a linha de estampas de marca Salotex. O resultado pôde ser conferido na exposição “Ensaios”, na galeria do Hotel Lycra, em São Paulo. A mostra reuniu, também, pinturas e objetos feitos pelo artista. A curadoria foi de João Spinelli. As aves, as melancias e uma série de rostos (que Gustavo Rosa prefere chamar de “caras”), as figuras e o colorido presentes em suas telas foram transportados para o tecido. O artista costuma se autodefinir como “um pintor de um país tropical”. A estréia de Gustavo Rosa no segmento de tecelagem leva entusiasmo a sua carreira. É a primeira vez que ele é contratado para colocar seus desenhos em tecidos. De acordo com o artista, as peças já fazem sucesso nos Estados Unidos e em países europeus. “Com isso, tenho levado o meu trabalho para fora do país”, comemora Gustavo Rosa. Ele acrescenta que os tecidos começam a ser vistos, com freqüência, nas ruas da Europa. O colorido dos motivos brasileiros chamam muita atenção no exterior. TECENDO FIOS PINTURA EM TECIDO AULAS LIVRES O Ateliê Assunta Ferrugem está com inscrições abertas para cursos de tecelagem manual em diferentes teares. A artista Maria Assunta Ferrugem, com 15 anos na profissão, ensina a tecer jogos americanos originais, cortinas, tecidos para roupas, coletes, mantas ou xales, trilhos para mesa, tapetes e capas, entre outros utilitários. Informações e inscrições: (51) 3224-8914. A artista Béti Breitman está ministrando o curso “Criando com arte”, que ensinará os segredos da pintura em diferentes tecidos, desde o algodão até a seda. As aulas são individuais ou em grupos. Informações podem ser obtidas no telefone 3311-2903. Béti usa sua criatividade para pintar formas e linhas singulares em echarpes, lenços, bolsas, biquínis e sombrinhas. A Usina de Arte promove, durante todo o mês de novembro, o projeto O Mês da Aula Livre. Interessados poderão ter aulas livres de sabonete, pintura em madeira e cerâmica, textura sobre tela e outras técnicas para iniciantes interessados em se iniciar em trabalhos manuais. Os encontros são promovidos em horários diversos na Usina. Informações e inscrições pelo telefone 3222-9777.