Quinta-feira, 13 de março de 2008
O Jornal do tamanho da cidade
Negócios
Empreender ganha núcleo de cabeleireiros
O lema “Unir para Crescer” do Empreender-Guarulhos conquistou uma
nova categoria: os cabeleireiros. Profissionais do
setor lançaram na última
segunda-feira, 10, o oitavo núcleo setorial assistido
pelo programa, de olho em
uma metodologia que já é
sucesso no Estado de São
Paulo.
De acordo com o diretor
de Marketing da Federação
das Escolas Profissionais
de Cabeleireiros e Similares do Estado de São Paulo
(FEPCSSP), Raul Betiol, o
programa pode contribuir
com o reconhecimento
do setor. “O empreender
abre uma porta para o crescimento dos empreendimentos e nos mostra que
sozinho, não vamos a lugar
nenhum”, disse.
Beitol acrescentou que
o setor sofre com a falta de
qualificação de alguns cursos. “Nos últimos tempos
surgiram muitas escolas
que formam cabeleireiros,
mas, a grande maioria, deixa a desejar”, falou.
A empresária Flávia Antônia da Silva, que há um
mês abriu um salão na região de Cumbica, espera
prosperar com o empreendimento. “Ainda estou
conhecendo a região, mas
estou encontrando algumas
dificuldades junto à população, que ainda prefere
ir ao centro em busca do
serviço, mas venho provan-
Fotos: Vitor Locks/Imprensa ACE
As vantagens
de trabalhar
em casa
Diário do Comércio
Novo núcleo setorial do programa Empreender-Guarulhos
do que nos bairros existem
salões com qualidade e bom
preço”, disse.
Já o barbeiro Aguinaldo
Albano, acostumado realizar corte tradicionais masculinos, se interessou pelo
programa de olho em novas
oportunidades. “Já estava
desanimado, mas já mudei a
minha posição depois desta
primeira reunião. Agora tenho certeza que posso ajudar no crescimento do salão
de minha filha”, disse.
O superintendente da
ACE, Maurici Dias Gomes,
que participou do primeiro encontro, afirmou que
a entidade quer proporcionar resultados positivos
aos empresários. “Muitos
empresários que chegam ao
Empreender têm receios de
partilhar suas estratégias e
o programa ajuda a quebrar
paradigmas, como este. Nós
sabemos do desafio que te-
Fiscalização da Prefeitura
preocupa comerciantes
Moacir de Souza, Wilson Lourenço e Jorge Taiar
Desde do ano passado, a
Prefeitura de Guarulhos vem
intensificando na cidade a fiscalização junto ao comércio.
Fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Urbano têm
lavrado notificações por conta
de irregularidades encontradas nas fachadas das lojas, o
que vem preocupando os comerciantes, que esperam a
aprovação do Projeto de Lei
que prevê a Organização dos
Elementos que compõem a
Paisagem Urbana – mais conhecido como “Cidade Limpa” – para realizar as readequações previstas.
O vice-presidente de comércio da ACE-Guarulhos,
Jorge Taiar, que possui uma
farmácia de manipulação na
rua Sete de Setembro, recebeu a notificação em seu
estabelecimento. Taiar conta
que em fevereiro, uma blitz
fiscalizou a maioria das lojas
da região central, que receberam a advertência. “Não somos contra a regulamentação,
só achamos que a Prefeitura
deveria esperar a aprovação
do novo projeto e a partir daí
realizar uma fiscalização rigorosa”, disse.
O comerciante Juarez Erli
de Souza após ser notificado
resolveu retirar a fachada de
sua loja. “Resolvi acompanhar
a atitude de outros comer-
Alan Neto, autor do Cidade Limpa guarulhense
ciantes. Quero ficar dentro da
lei, mas só arrumarei a minha
fachada após a nova lei ser
aprovada”, afirmou.
Segundo o vereador Alan
Neto (PSC), autor do projeto
que tramita na Câmara, ele já
teria conversado com o prefeito Elói Pietá (PT) pedindo
para que a administração tenha mais sensibilidade com
os comerciantes. “Não é justo ficarmos ‘canetando’ todo
mundo antes da aprovação da
lei”, falou.
Em reunião com o secretário de Desenvolvimento
Urbano, Moacir de Souza, o
presidente da ACE-Guarulhos,
Wilson Lourenço, informou
que a entidade pretende realizar uma campanha de conscientização junto aos comerciantes para que readequem
as fachadas. Porém, Lourenço
cobrou uma legislação única
para regular o segmento. “O
comerciante precisa saber de
forma clara o que a lei determina em Guarulhos”, afirmou.
De acordo com Moacir de
Souza, após a blitz o número
de reclamações na Secretaria
aumentaram. Souza anunciou
que pretende levar o problema
a Pietá. “Pretendo conversar
com o prefeito para ver no que
a administração pode ajudar
neste processo de regularização dos comerciantes”, disse.
mos em proporcionar o desenvolvimento de um setor
tão importante para a cidade”, afirmou.
Além do Núcleo de Cabeleireiros, o Empreender
conta com outros sete núcleos setoriais: Contabilidade,
Recursos Humanos (NRH),
Centro Automotivo (GRAG),
Transportes Rápidos (NETRAN), Pizzarias, Vídeos-Locadoras e Confecções.
As reuniões do novo nú-
cleo acontecerão todas as segundas-feiras, das 9h às 10h,
na sede distrital da ACE-Guarulhos, que fica na Rua Capitão Walter Ribeiro, 211, salas
4 e 5, em Cumbica.
Mais informações sobre
o Empreender pelo telefone
2137-9339 (falar com os consultores Wagner Ântico ou
Andréia Silva) ou ainda pelos
e-mails: [email protected] e [email protected].
O trabalho a distância, utilizando tecnologias de informação e telecomunicações já é realidade. Concebido em 1970,
sua forma mais difundida é o
trabalho em casa, em regime
de “home office”. Nos EUA há
milhões de pessoas que trabalham em qualquer lugar.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade (Sobratt) estima em 4,5
milhões o número de teletrabalhadores. Esse contingente
estaria crescendo cerca de 10%
a 15% ao ano. Se a estimativa
for correta, trata-se de uma expansão marcante, duas ou três
vezes maior do que a taxa de
crescimento oficial da economia brasileira. Há quem argumente que o regime de home
office não se consolidou, nem
se consolidará entre nós, em
especial devido a aspectos culturais das empresas brasileiras.
Mas, do ponto de vista
objetivo, é preciso lembrar:
faz pouco tempo que o país
dispõe de redes de telefonia e
transmissão de dados minimamente confiáveis, o que consiste em infra-estrutura básica
para o teletrabalho. Há inúmeras grandes empresas adeptas
do teletrabalho. Em empresas
estatais, diversas práticas de
teletrabalho têm sido viabilizadas, até mesmo na esfera do
conservador Poder Judiciário,
cujos Juizados de Pequenas
Causas valem-se de procedimentos a distância.
Uma indústria de recordes
Diário do Comércio
A indústria automobilística divulgou um novo recorde.
Desta vez é o de investimentos no Brasil, previsto em US$
4,9 bilhões neste ano, mais
que o dobro dos US$ 2,1 bilhões de 2007 e praticamente
o triplo de 2006 (US$ 1,6 bilhão). Grande parte será destinada ao aumento da produção.
A capacidade instalada será
ampliada de 3,5 milhões para
3,85 milhões de veículos. A
meta é chegar a 4 milhões já
no próximo ano.
Os dados foram apresentados pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
(Anfavea), Jackson Schneider,
com a ressalva de que o valor
se refere exclusivamente às
montadoras. “Se for computada a cadeia, incluindo autopeças, a projeção para o período
2008/2010 é de US$ 20 bilhões em investimentos”.
A Anfavea também divulgou o novo ranking mundial
automotivo. O Brasil passou
a Espanha e agora ocupa o 7º
lugar em produção e o 8º em
vendas. A produção cresceu
23,6% no primeiro bimestre,
atingindo 505.599 veículos,
ante 409.103 no mesmo período de 2007. As vendas internas foram 38,7% maiores, com
415,8 mil unidades nos dois
primeiros meses do ano.
Na comparação entre fevereiro e janeiro houve queda
por causa do menor número
de dias úteis. A produção caiu
0,7%, num total de 251,9 mil
unidades, e as vendas internas
ficaram em 200,8 mil veículos,
menos 6,6%.
Agricultura e transporte – O
maior volume de crédito e os
prazos alongados de financiamento continuam sendo a base
do crescimento das vendas de
carros e comerciais leves. Mas
outras áreas também estão
aquecidas. A produção de caminhões expandiu-se em 40,4%
e atingiu 22,7 mil unidades no
primeiro bimestre. A de máquinas agrícolas ampliou 72,2% na
mesma comparação, chegando
a 12,4 mil unidades. É o bom
desempenho da agricultura que
favorece esses segmentos.
“Só por conta da perspectiva de safra para este ano, que
passou de 131,7 milhões para
139,3 milhões de toneladas,
serão necessárias 125 mil viagens a mais de caminhões para
garantir o transporte”, comentou Schneider. É uma estimativa baseada em uma média de
40 toneladas por veículo.
No caso das máquinas agrícolas, o resultado é favorável
tanto interna como externamente. A demanda local cresceu 62,6% no bimestre, com a
venda de 6.840 unidades, e
as exportações ampliaram-se
em 47,1% (4.222 unidades).
No que diz respeito a automóveis e veículos comerciais,
verifica-se queda de 3,3% em
unidades vendidas. Mas a
receita continua crescendo.
Foram exportados US$ 2,07
bilhões no bimestre, 18,4% a
mais do que em idêntico período de 2007. O setor tem
hoje 122,4 mil trabalhadores.
Foram abertas 14,5 mil novas
vagas nos últimos 12 meses.
Trânsito - Ao apresentar os
números do setor, o presidente da Anfavea foi questionado
sobre os problemas de trânsito por causa do excesso de
veículos nas ruas.
“Ao aumentar a oferta, a
indústria está atendendo a
um desejo do consumidor. Ele
compra veículo e paga imposto, licencia e paga impostos,
põe combustível e paga imposto”, enfatizou. O que falta, portanto, é reverter o que
se arrecada em melhorias na
mobilidade urbana.
Para Schneider, não existe solução mágica de curto
prazo. Mas é preciso implementar ações para melhorar
a infra-estrutura viária e o
transporte coletivo. “A inspeção veicular, por exemplo, é
importante neste contexto”,
completou.
Segundo Magali Albuquerque, analista do Sebrae nacional, apesar de empresas de
todos os portes terem abandonado as vendas externas,
as micros e pequenas foram
especialmente atingidas.
Motivos – Na opinião da
analista, embora a queda do dólar em relação ao real tenha sido
fator determinante para a saída
dessas empresas do cenário global, ele não é o único. “Algumas
não têm a exportação como fator fundamental da atividade e,
por conta da desvalorização do
dólar, acabam se desestimulando e encerram a operação de
venda externa”, diz.
Apesar disso, o estudo
aponta crescimento no valor
exportado entre 2005 e 2006:
as microempresas venderam
2,4% mais, alcançando US$
148,5 milhões; enquanto as
pequenas tiveram expansão
de 6,1%, totalizando US$ 1,76
bilhão. Mesmo assim, a contribuição das micros e pequenas
no total exportado pelo Brasil
vem diminuindo significativamente nos últimos anos.
Pequenas desistem de exportar
Diário do Comércio
Estudo divulgado pelo Sebrae apontou que embora o
Brasil tenha alcançado valores
recordes nas exportações entre 1998 e 2006, o número de
exportadoras não evoluiu na
mesma velocidade.
Segundo a pesquisa, realizada pelo Funcex, enquanto
em 2006 as vendas externas
somaram US$ 137,6 bilhões,
uma expansão de 16,3% em
comparação a 2005, houve
uma queda de 2,6% no total de
empresas exportadoras.
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Dia 13 - Guarulhos Empresarial